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DIREITO DO TRABALHO 1 (09/02 RELAÇÃO DE TRABALHO Conceito¹: é a relação entre o empregado e o empregador. Conceito²: Para ser empregado é necessário cumprir os seguintes requisitos: ser pessoa física, com pessoalidade, onerosidade, subordinação e habitualidade/não eventualidade. (SHOPP). Observação: a exclusividade não é requisito para ser empregado. Conceito³: Já o empregador nos termos do art. 2º da CLT, é a pessoa física ou jurídica que contrata, assalaria e dirige a prestação de serviços pelos empregados, bem como é quem assume o risco do negócio (alteridade). O empregador possui o chamado poder diretivo, que se subdivide no poder de organizar, no poder de regulamentar, poder disciplinar e no poder de fiscalizar. O parágrafo 2º do art. 2º da CLT trata do grupo econômico (aglomerado de empresas) determinando a responsabilidade solidária sobre as empresas. Já o parágrafo 3º prevê que a mera identidade de sócio não caracteriza o grupo econômico. Por fim, os arts. 10 e 448 da CLT tratam da sucessão (empresa é vendida para outra) entre as empresas. A Súmula 129 do TST também aborda o grupo econômico. MODALIDADES/ESPÉCIES DE EMPREGADO I. Trabalho em domicílio/teletrabalho; Conceito: : os artigos 6º e 75-B ao 75-E da Consolidação das Leis Trabalhistas tratam do tema. II. Empregado rural; Conceito: possui regulamentação na Lei 5.889/73, cabendo destacar o artigo 2º que trata do conceito e prevê que o enquadramento como rural vai depender da atividade do empregador (sim, a pessoa que emprega) e do local de trabalho serem propriedade rural ou prédio rústico. Os artigos 14 e 14-A da Lei, regulamentam o contrato por prazo determinado de safra e o de pequeno prazo. Por fim, o adicional noturno é de 25% e o horário noturno na pecuária é das 20h00 às 4h00 e na lavoura é das 21h00 às 5h00. DIREITO DO TRABALHO 2 III. Empregado doméstico; Conceito: o artigo 7º, parágrafo único da Constituição Federal e a Lei Complementar 150/15 regulamentam o tema, sendo que o artigo 1º prevê que é doméstico a pessoa física que trabalha mais de 2x na semana em ambiente residencial sem finalidade lucrativa. Cabe aplicar aos domésticos os mesmos direitos que os demais trabalhadores, cabendo destacar o adicional de 25% para as horas trabalhadas em viagem e os recolhimentos do FGTS de 8% (comum) + 3,2%, sendo este último devido se o empregado é dispensado sem justa causa, já na hipótese de pedido de demissão, aposentadoria, morte e justa causa o empregador pega esse percentual de volta. RELAÇÃO DE TRABALHO Conceito: é a pessoa física que presta serviço sem os requisitos do art. 3º da Consolidação das Leis Trabalhistas, ou seja, não tem vínculo de emprego. ESPÉCIES DE TRABALHADORES NA RELAÇÃO DE TRABALHO SEM O VÍNCULO DE EMPREGO I. Autônomo; II. Profissional liberal; III. Representante comercial; IV. Eventual; V. Avulso; (fundamento legal: Lei 12.815/13) VI. Voluntário; (fundamento legal: 9.608/98) VII. Estagiário. (fundamento legal: Lei 11.788/08) CONTRATO INDIVIDUAL DE TRABALHO Conceito: art. 442, caput, CLT. É o acordo tácito ou expresso correspondente à relação de emprego. É um negócio jurídico bilateral ou plurilateral. Observação: somente possui contrato de trabalho quem possui relação de emprego, é por essa razão que o estagiário não tem férias e sim recesso, tendo em vista que não possui contrato individual de trabalho, e sim vínculo com relação de estudos. DIREITO DO TRABALHO 3 CLASSIFICAÇÃO Previsão legal: Art. 443 caput, CLT Conceito: o contrato individual de trabalho pode ser tácito ou expresso, verbal ou escrito, por prazo indeterminado ou determinado (a termo) ou intermitente. Observação¹: em regra, a informalidade é uma das grandes características do contrato de trabalho. Exceção: alguns contratos obrigatoriamente escritos. Exemplo: contrato de aprendizagem, contrato de trabalho temporário, contrato do atleta de futebol, contrato intermitente. (ler arts. 13 e seguintes CLT – art. 29 – prazo para anotação na CTPS que são de 5 dias úteis). Observação²: a celebração do contrato individual de trabalho por prazo determinado (a termo) é lícita mas não é regra, assim, só será admitido em hipóteses previstas em lei, e sim o por prazo indeterminado (princípio da continuidade da relação de emprego) será a regra. CONTRATO DE EXPERIÊNCIA Previsão legal: Art. 443, parágrafo 2, “c”, CLT; art. 445, único, CLT, art. 451 CLT e súmula 188 TST. Conceito: o prazo máximo de vigência é de 90 dias. A lei não fala em prazo mínimo. Ao se referir em prorrogação é facultativa, sendo admitida uma única prorrogação dentro do prazo máximo de 90 dias, sendo o segundo período não necessariamente igual ao primeiro período. Observação¹: Caso haja a prorrogação de forma indevida, se entende que o contrato se torna de prazo indeterminado desde o início. Observação²: comprovação de experiência prévia (art. 442-A CLT) é lícita, porém encontra um limite de até 6 meses no mesmo tipo de atividade. IDADE MÍNIMA PARA TRABALHAR Conceito: art. 7º, XXXIII, CF; arts. 402 a 404 CLT. Partem 3 premissas, sendo elas: a) É proibido o trabalho noturno, perigoso ou insalubre aos menores de 18 anos; b) É proibido qualquer trabalho aos menores de 16 anos (regra); c) Salvo na condição de aprendiz a partir dos 14 anos. DIREITO DO TRABALHO 4 Observação¹: art. 7° CF e LC 150/2015 a idade mínima para empregadores domésticos é de 18 anos, tendo em vista a convenção 182 OIT que traz as piores formas de trabalho infantil. Observação²: art. 428 a 433 CLT. Idade do aprendiz: vai dos 14 anos até os 24 anos, salvo pessoas com deficiência (pode ter mais de 24 anos). O prazo máximo de vigência do contrato de aprendizagem é de 2 anos, salvo pessoa com deficiência que também pode ter mais tempo. TRABALHO PROIBIDO/ TRABALHO ILÍCITO Conceito: trabalho proibido ou irregular é aquele cujo objeto é licito, mas o ordenamento jurídico vigente proíbe o trabalho para proteger o trabalhador ou o interesse público. Exemplo: auxiliar de escritório menor de 16 anos, não aprendiz. Já o trabalho ilícito é aquele cujo objeto é ilícito e não produz nenhuma repercussão trabalhista. Exemplo: jogo do bicho. TERCEIRIZAÇÃO Conceito: trata-se de uma relação triangular de trabalho, na qual ocorre uma intermediação de mão de obra pela empresa prestadora de serviço, ou seja, o terceirizado é empregado da empresa prestadora mas trabalha para a empresa tomadora. É possível terceirizar qualquer atividade da tomadora, inclusive a atividade fim (súmula 331 TST prejudicada nessa parte). Observação¹: a tomadora não pode dar ordem ao terceirizado, pois não há subordinação e pessoalidade entre eles, caso isso aconteça, será ilícita e o vínculo de emprego será com a empresa tomadora, salvo se for ente público, que o vínculo não é possível em razão da exigência do concurso público. A empresa tomadora poderá exigir que o terceirizado cumpra as normas de segurança. Responsabilidade: na hipótese de inadimplência no pagamento das verbas trabalhistas pela empresa prestadora ocorrerá a responsabilidade subsidiária da empresa tomadora, ou seja, existe o benefício de ordem, a tomadora somente será responsabilizada após esgotas as tentativas contra a empresa prestadora. Na hipótese de terceirização ilícita, a responsabilidade será solidária entre as empresas. Comentários: Já na hipótese de tomadora Administração Pública, para ocorrer a responsabilidade subsidiária, além da inadimplência é necessário provar a negligência da tomadora na fiscalização dos cumprimentos trabalhistas, pela prestadora. DIREITO DO TRABALHO 5 EMPREITADA Conceito: trata-se de um contrato para obra certa, ou seja, é contratado um resultado e não um serviço. A CLT trata do tema em seu art. 455. O empreiteiro pode contratar outro para fazer o serviço, não exigindo a pessoalidade,trata-se da sub-empreitada. A OJ191-1 da TST prevê que não há responsabilidade do tuno da obra, salvo, se empreiteira ou construtora. O TST mitigou essa jurisprudência ampliando a responsabilidade para qualquer pessoa jurídica dona da obra. ALTERAÇÃO NO CONTRATO INDIVIDUAL DE TRABALHO Conceito: O artigo 468, caput da Consolidação das Leis Trabalhistas, trata do princípio da inalterabilidade contratual prejudicial ou lesiva ao empregado. Assim, é possível a alteração lícita do contrato, desde que preenchidos dois requisitos cumulativos, são eles: I. Mútuo consentimento: há a necessidade da anuência do empregado. II. Ausência de prejuízos diretos ou indiretos ao empregado. Sob pena de nulidade da cláusula infringente desta garantia (ler artigos 9° e 444, caput da Consolidação das Leis Trabalhistas). PRINCIPAL CLASSIFICAÇÃO DAS ALTERAÇÕES Conceito: podem ser objetivas ou subjetivas. I. Alterações contratuais objetivas: são as alterações nas cláusulas e condições do contrato de trabalho; Exemplo: alteração do horário de trabalho; alteração do local do trabalho. II. Alterações contratuais subjetivas: são aquelas que dizem respeito aos sujeitos do contrato. Exemplo: sucessão empresarial (fundamento legal: artigos 10, 448, 448-A da Consolidação das Leis Trabalhistas). Exceções: Alterações Unilaterias Lícitas. DIREITO DO TRABALHO 6 Conceito: São situações em que poderá haver a alteração do contrato individual de trabalho sem a anuência do empregado, trata-se do jus variandi que é o direito conferido ao empregador para implementar alterações unilaterais lícitas no contrato individual de trabalho. Principais exemplos de jus variandi: I. Instituto jurídico da reversão trabalhista (fundamento legal: artigo 468, §1° e 2º da Consolidação das Leis Trabalhistas), é a determinação do empregador para que o empregado retorne ao cargo efetivo anteriormente ocupado deixando o exercício da função de confiança, não se confunde com o rebaixamento, tendo em vista que o rebaixamento é ilícito; Normalmente o cargo de confiança vem com uma gratificação de função, sendo que na reversão com ou sem justo motivo, o empregado sempre perderá o valor da gratificação independentemente do tempo de exercício da função de confiança. II. Alteração unilateral prejudicial no regulamento empresarial (súmula 51, item I do TST), trata-se de uma alteração unilateral lícita que somente atinge os novos contratos individuais de trabalho, os demais estão protegidos pelo direito adquirido. TRANSFERÊNCIA DE EMPREGADOS Conceito: Trata-se de uma alteração contratual objetiva, que diz respeito a cláusulas e condições do contrato. Existem duas espécies de transferência de empregado, vamos estudar apenas a que vai no exame de ordem, vejamos: a) Transferência no âmbito do território nacional (fundamento legal: artigos 469 e 470 da Consolidação das Leis Trabalhistas). b) Transferência para o exterior (fundamento legal: Lei 7064/82). Comentários: Vamos tratar apenas da transferência no âmbito do território nacional. A regra (fundamento legal: artigo 469, caput da Consolidação das Leis Trabalhistas), é a transferência definitiva, bilateral (exige a anuência do empregado) e lícita. O requisito legal objetivo é a mudança de domicílio com base no artigo 70 do Código Civil. Primeira exceção: (fundamento legal: artigo 469, parágrafo primeiro da Consolidação das Leis Trabalhistas) que trata da transferência unilateral (independente da anuência do empregado) lícita, é possível em duas hipóteses: A. Cargo de confiança; DIREITO DO TRABALHO 7 B. Quando houver previsão contratual implícita ou explícita (exemplo: circo). Observação: Em ambos os casos, o empregador deverá comprovar a real necessidade do serviço, sob pena da transferência ser abusiva, com base na Súmula 43 do TST. Segunda exceção: (fundamento legal: artigo 469, parágrafo segundo da Consolidação das Leis Trabalhistas), trata da transferência definitiva unilateral (não depende de anuência do empregado) lícita, quando houver extinção do estabelecimento em que trabalhar o empregado (ler artigos 501 a 504 da Consolidação das Leis Trabalhistas). Terceira exceção: (fundamento legal: artigo 469, parágrafo terceiro da Consolidação das Leis Trabalhistas cumulado com a OJ 113 da SDI - 1 do TST), trata da transferência provisória unilateral lícita, é legal, cabendo o adicional de transferência, que é de no mínimo 25% sobre o salário contratual ou efetivo. Atenção: não cabe adicional de transferência nas transferências definitivas. INTERRUPÇÃO E SUSPENSÃO DO CONTRATO INDIVIDUAL DE TRABALHO 1. Introdução Conceito: Essas hipóteses impedem a despedida arbitrária ou sem justa causa. Buscam cumprir o princípio da continuidade da relação de emprego, o direito do trabalho visa a manutenção e preservação da relação de trabalho. 2. Características da Interrupção a) Manutenção do vínculo empregatício, não cabe despedida arbitrária ou sem justa causa; b) O empregado não presta serviços; c) O pagamento dos salários do período (principal característica); d) Cômputo do período no tempo de serviço (previdenciário); e) Depósitos do fundo de garantia; f) Sustação restrita e unilateral dos efeitos principais do contrato individual de trabalho. 3. Características da Suspensão DIREITO DO TRABALHO 8 a) A manutenção do vínculo empregatício; b) Não cabe despedida arbitrária ou sem justa causa; c) O empregado não presta serviços; d) Não há o pagamento dos salários do período; e) Em regra, não há o cômputo do período (fins previdenciários); f) Em regra, não há o recolhimento do FGTS; g) Sendo uma sustação ampliada e recíprocas dos efeitos principais do contrato. EXEMPLOS DE INTERRUPÇÃO: 1. Férias; 2. Feriados; 3. Descanso semanal remunerado; repouso semanal remunerado ou folga semanal, preferencialmente aos domingos; 4. Ausências ou faltas justificadas (abonadas) (apresentou-se o atestado presume-se verdadeiro, o ônus de provar o contrário é do empregador, sendo que sendo falso configura despesa por justa causa); 5. Licenças remuneradas (fundamento legal: artigo 473 da Consolidação das Leis Trabalhistas), rol exemplificativo, dentre eles: A. Licença falecimento ou nojo: falecimento do CADI (cônjuge; ascendente; descendente; irmão) ou pessoa dependente economicamente declarada na CTPS, a licença será de dois dias consecutivos. B. Licença casamento ou bodas: é concedido a ausência de 3 dias consecutivos. Observação¹: artigo 320, parágrafo terceiro da Consolidação das Leis Trabalhistas, é concedido o prazo de 9 dias. Observação²: artigo 320, parágrafo terceiro da Consolidação das Leis Trabalhistas, que trata do professor, em caso de falecimento do cônjuge, pai, mãe ou filho, há a concessão de 9 faltas justificadas. EXEMPLOS DE SUSPENSÃO: 1. Licenças não remuneradas (ano sabático – tempo para estudo); 2. Ausência injustificadas ou não abonadas (a falta você perde o dia, bem como o descanso semanal remunerado, falta 1 e perde 2); 3. Greve (fundamento legal: artigo 7, caput da Lei 7783/89); DIREITO DO TRABALHO 9 4. Aposentadoria por invalidez (fundamento legal: artigo 475 da Consolidação das Leis Trabalhistas); ATENÇÃO; Súmula 440 do TST, a empresa é obrigada a manter a assistência médica bem como o plano de saúde. 5. Empregado eleito diretor de sociedade (súmula 269 do TST), durante sua atuação; 6. Lei Maria da Penha e seus reflexos no contrato de trabalho, o artigo 9, parágrafo segundo inciso dois da Lei Maria da Penha estabelece que o juiz determinará o afastamento da mulher, do local de trabalho, por até 6 meses, com a manutenção do vínculo empregatício, para aquelas que sofrem agressões em âmbito domiciliar, em razão da saúde psicológica. EXCEÇÕES- HIPÓTESES DE SUSPENSÃO ATÍPICA OU SUI GENERIS DO CONTRATO Conceito: São hipóteses em que contratoestará suspenso, porém haverá o cômputo do período do tempo de serviço e depósitos do fundo de garantia. Exemplos: 1. Serviço militar obrigatório; 2. Acidente de trabalho após o 15º dia. Observação: No último caso, se iniciará com a comunicação do acidente de trabalho, sendo que nos primeiros 15 dias, aplica-se a interrupção, no 16º dia em diante inicia-se a suspensão especial. No seu retorno, há 12 meses de estabilidade. FÉRIAS INTRODUÇÃO Fundamento legal: artigo 7, XVII da Constituição Federal. Conceito: trata das férias anuais remuneradas acrescidas do terço constitucional. De forma infraconstitucional, temos o artigo 129 da Consolidação das Leis Trabalhistas. O principal objetivo das férias é a recuperação das energias físicas e mentais do empregado. Período aquisitivo, é período que o empregado tem que trabalhar para adquirir as férias, em regra 12 meses. Tabela de férias prevista no artigo 130 da Consolidação das Leis Trabalhistas, leva em consideração os dias de férias e a falta injustificada nesse período, vejamos: DIAS DE FÉRIAS E FALTAS INJUSTIFICADAS DIREITO DO TRABALHO 10 Conceito: O funcionário terá 30 dias de férias se tiver até 5 faltas injustificadas; O funcionário terá 24 dias de férias se tiver de 6 a 14 faltas injustificadas; O funcionário terá 18 dias de férias se tiver de 15 a 23 faltas injustificadas; O funcionário terá 12 dias de férias se tiver de 24 a 32 faltas injustificadas. Método mnemônico Tabela do 69 - Se reduzirá sempre 6 dias das férias e acrescerá 9 dias das faltas. PERÍODO CONCESSIVO Conceito: período de 12 meses após a aquisição do direito de férias, serve para concessão das férias. Em regra, a escolha da época do gozo das férias é o empregador. Existem 2 exceções, ou seja, o empregado escolhe a época de gozo das férias, são elas: 1. Empregados integrantes de uma mesma família que trabalham para o mesmo empregador, poderão coincidir a época de gozo, se assim desejarem e desde que não cause prejuízo a empresa; 2. Empregado estudante menor de 18 anos, da coincidência com as férias escolares. Comentários: Em regra, as férias deverão ser concedidas em um único período, ocorre que, após a reforma trabalhista, é possível (facultativo) o fracionamento das férias em até 3 períodos, sendo eles: 1º período: no mínimo 15 dias corridos; 2º período: no mínimo 5 dias corridos; 3º período: no mínimo 5 dias corridos. ATENÇÃO: Para o fracionamento, se exige a concordância do empregado. Observação: se o empregado tiver faltas injustificadas em que não poderia tirar os 30 dias completos e o empregador ainda, assim, quiser dividir as férias desse sujeito em 3 períodos, os mínimos ainda deverão ser respeitados. HIPÓTESES DE IMPOSSIBILIDADE DE INÍCIO DO GOZO DAS FÉRIAS Conceito: São duas as hipóteses: Nesses dois casos, dois dias antes não pode ter a coincidência com as férias: 1. Descanso semanal remunerado; 2. Feriado. DIREITO DO TRABALHO 11 Observação: é obrigatória a anotação por escrito do empregado, com antecedência mínima de 30 dias do respectivo gozo na ctps e o recibo de férias. ABONO PECUNIÁRIO OU CELETISTA DE FÉRIAS (VENDA DE FÉRIAS) Fundamento legal: artigos 143 e 144 da Consolidação das Leis Trabalhistas. É possível a venda das férias, a escolha do empregado (direito potestativo = um declara o outro aceita). O período permitido é de 1/3 que não significa 10 dias (pensando nos sujeitos que não possuem os 30 dias de férias por completos a ser cumprido). Esse abono nada mais é do que a conversão do descanso por pecúnia. Prazo para requerimento: até 15 dias antes do término do período aquisitivo. HIPÓTESES DE PAGAMENTO EM DOBRO DAS FÉRIAS (E TERÇO CONSTITUCIONAL) Fundamento legal: artigos 137 e 145 da Consolidação das Leis Trabalhistas e súmula 450. Conceito: acontece quando houverem: 1. Férias vencidas; 2. Pagamento intempestivo das férias, as férias devem ser pagas em até dois dias antes da concessão das férias. FÉRIAS COLETIVAS Fundamento legal: artigos 139 e seguintes da Consolidação das Leis Trabalhistas. Amplitude: pode abranger toda a empresa; estabelecimento; setor. É possível o fracionamento em até dois períodos, sendo que nenhum deles poderá ser inferior a 10 dias corridos. FGTS (FUNDO DE GARANTIA POR TEMPO DE SERVIÇO) Fundamento legal: artigo 7º, III da constituição federal e Lei 8036/90. Conceito: Em relação a Lei, é necessário avaliar os seguintes artigos: 2.1. Artigo 2º, parágrafo segundo: estabelece que as contas vinculadas do fundo de garantia são absolutamente impenhoráveis; 2.2. Artigo 20: trata das hipóteses autorizadoras de movimentação da conta vinculada.
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