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Aula 6 - Sistema de Esgotamento Sanitário

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SISTEMA DE ESGOTAMENTO 
SANITÁRIO
PROF. JULIANA BILUCA
DISCIPLINA DE SANEAMENTO AMBIENTAL
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL
2
Esgoto ???
Despejos diversos usos da água
doméstico, comercial, industrial,
utilidade pública, áreas agrícolas,
de superfície, de infiltração, pluviais.
Águas residuárias ????
 Aversão ao termo esgoto 
3
Esgoto sanitário
Despejos domésticos, águas pluviais, águas de infiltração e
parcela não significativa de despejos industriais.
Destinação????
Estações de tratamento de esgoto
Tratamento individual
ÁGUAS DE INFILTRAÇÃO
Infiltram na rede por meio das juntas dos tubos, em caso de 
rede assentada em nível inferior ao lençol freático, e nas 
juntas dos tampões dos poços de visita.
NBR 9649 – Projeto de rede de esgoto
Taxa de infiltração  0,05 a 1,00 L/s.km
Tubulação da rede: plástico
Infiltração de água na rede quando o nível do lençol é elevado
Fonte: Trecos de engenharia
Infiltração no PV
6
Esgoto industrial
Qualquer utilização da água para fins industriais
Extremamente diversos
Características próprias em função do processo industrial empregado. 
Mesmo tipo de indústria alimentícia = mesmo efluente?
Diferem nas
Matérias primas
Tecnologias empregadas
7
Esgoto doméstico
De residências
com instalações de banheiros, lavanderias, cozinhas, ou qualquer
dispositivo de utilização de água para fins domésticos.
Composição?
água de banho, urina, fezes, restos de comida, sabão,
detergentes e águas de lavagem
, edifícios comerciais, instituições ou quaisquer edificações 
Características conhecidas – tratamento biológico
INDÚSTRIAS/COMÉRCIO PODEM LANÇAR O 
ESGOTO NA REDE DE COLETA DA SANEPAR??
https://site.sanepar.com.br/noticias/empresas-que-geram-esgoto-nao-domestico-devem-solicitar-documento
Não pode alterar a características do esgoto – tratamento biológico
SISTEMA INDIVIDUAL versus SISTEMA 
COLETIVO
Combinado ou
Separador Absoluto
SISTEMA INDIVIDUAL versus SISTEMA 
COLETIVO
Ideal em quais situações?
SISTEMA INDIVIDUAL versus SISTEMA 
COLETIVO
SISTEMA UNITÁRIO/COMBINADO
SISTEMA UNITÁRIO/COMBINADO
Estação de tratamento 
de esgoto
Esgoto – diluído em 
dias de chuva
SISTEMA SEPARADOR ABSOLUTO
PROJETO DE SISTEMA DE 
ESGOTAMENTO SANITÁRIO
ESTUDO DE CONCEPÇÃO – SEMELHANTE A 
ABASTECIMENTO DE ÁGUA
• DADOS E CARACTERÍSTICAS DA COMUNIDADE
• ANÁLISE DO SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO EXISTENTE
• ESTUDOS DEMOGRÁFICOS E DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO
• DEFINIÇÃO DE PARÂMETROS DE PROJETO
• CÁLCULO DAS CONTRIBUIÇÕES DE ESGOTO EM CADA BACIA
• ESTUDO DE CORPOS RECEPTORES
• FORMULAÇÃO DAS ALTERNATIVAS DE CONCEPÇÃO
Seguir termo de referência
ESTUDO DE CONCEPÇÃO - EXEMPLO
Exemplo de estudo: http://sigaceivap.org.br/publicacoesArquivos/ceivap/arq_pubMidia_Processo_099-
2014_P01.pdf
Grande parte das cidades tem 
tratamento de água mas não de esgoto
Sistema existente
Análise de alternativas em função da declividade, 
áreas homogênas e n° de elevatórias
http://sigaceivap.org.br/publicacoesArquivos/ceivap/arq_pubMidia_Processo_099-2014_P01.pdf
PARTES DO SISTEMA SEPARADOR 
ABSOLUTO
Início do separador absoluto
Ligações prediais
https://www.youtube.com/watch?v=TiDuCr9l-Pk
VISTORIA COM CORANTE
https://site.sanepar.com.br/vto
PARTES DO SISTEMA
PARTES DO SISTEMA
O diâmetro mínimo da rede projetada deve ser DN 150.
DN 100 mm  ABNT
Manual de projetos hidrossanitário - SANEPAR
http://wiki.urca.br/dcc/lib/exe/fetch.php?media=saneamento_conceitos_basicos_de_um_sistema_de_esgotamento_sanitario.pdf
Interceptor – faixa de serviço
Desapropriação 4 a 8 metros
Rede coletora
Ligações Prediais
Poços de visita
Trecho entre cada PV
INTERCEPTOR
ESTAÇÃO ELEVATÓRIA
Tem gradeamento antes da elevatória
PARTES DO SISTEMA
• SIFÃO INVERTIDO
PARTES DO SISTEMA
• EMISSÁRIO
CORPO RECEPTOR
Conama 430/2011 – Padrões de lançamento
EMISSÁRIO SUBMARINO 
https://falacaragua.com.br/2016/07/emissario-submarino-da-praia-
das-cigarras-e-retirado-pela-sabesp/
http://edsonprof.blogspot.com/2012/06/o-que-e-um-emissario-
submarino.html
Ponto de Lançamento 100 metros após lançamento
ETE Pato Branco
https://www.youtube.com/watch?v=L_5l8tozThQ
HTTPS://KAHOOT.IT/
https://kahoot.it/
ÓRGÃOS ACESSÓRIOS
• QUANDO SÃO UTILIZADOS?
Nos pontos de mudança de derivação e/ou mudança de
declividade, material e cota
• IMPORTANTES:
Na construção, operação, inspeção e manutenção da rede
coletora de esgotos.
43
- Caixa de passagem (CP) - Proprietário
- Caixa de inspeção (CI)
- Poço de visita (PV)
- Terminal de limpeza (TL)
- Tubo de inspeção e limpeza (TIL)
NBR 9649 – Projeto de redes coletoras de Esgoto Sanitário
ÓRGÃOS ACESSÓRIOS
44
- Caixa de passagem (CP) - Proprietário
NBR 8160/99 - Sistemas prediais de esgoto sanitário - Projeto e
execução
46
- Caixa de inspeção (CI)
Mínimo 70 cm de profundidade 
- Caixa de inspeção (CI)
https://semae.riopreto.sp.gov.br/Data/sites/3/media/caixa-de-inspecao-de-esgoto.pdf
48
- Poço de visita (PV)
É uma câmara visitável,
construída em concreto ou
alvenaria, com abertura na parte
superior para possibilitar o acesso
de homens e equipamentos, e,
com isso a realização das
atividades de inspeção,
desobstrução e limpeza do
coletor.
49
- Poço de visita (PV)
Distância máxima entre os poços de visita deve ser de 100 m
Manual de projetos hidrossanitário - SANEPAR
52
- Terminal de limpeza (TL)
Dispositivo não visitável,
fabricado em PVC ou outro
material plástico, destina à
introdução de equipamentos
de desobstrução e limpeza
dos coletores, localizado na
cabeceira do coletor.
Não possibilita a inspeção 
visual ou acesso ao coletor.
TL  INÍCIO DA REDE
54
- Tubo de inspeção e
limpeza (TIL)
Dispositivo não visitável,
fabricado em PVC ou em
outro material plástico,
destinado a inspeção
visual ou a introdução de
equipamentos de
desobstrução e limpeza
dos coletores.
https://www.youtube.com/watch?v=42Yr1RPcTss
Escavação de túneis – tatuzão 
Exemplo: metrô de São Paulo
https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2022/02/02/tatuzao-fica-danificado-apos-vazamento-de-esgoto-e-desmoronamento-
em-obra-da-linha-6-laranja-do-metro-de-sp.ghtml
Rede de esgoto e construção de metrô em SP
Rede de esgoto
Construção do túnel do metrô
3 metros
https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2022/05/09/imagens-ineditas-mostram-obra-e-tatuzao-do-metro-3-meses-apos-esgoto-
que-vazou-de-tunel-da-sabesp-abrir-cratera-na-marginal-tiete-em-sp.ghtml
Esgoto dentro dos túneis
MP de São Paulo investiga as causas
59
Como saber quanto de esgoto será coletado/tratado?
Existe um medidor de esgoto na saída das residências?
VAZÕES DE PROJETOS
Toda água que chega na residência (medição no hidrômetro) é 
descartada na rede coletora?
Considerar um coeficiente de retorno
60
Calculada com base no consumo de água
calculada em função da população de projeto
consumo médio diário/hab. Quota Per Capita (QPC)
Considerar
• Índice de atendimento
• Projeção populacional
• Consumo médio de água e produção de esgoto
• Variações na vazão
• Densidade populacional – cada região tem geração diferente
VAZÕES DE PROJETOS
https://slideplayer.com.br/amp/7559308/
Menor n° de lotes, maior n° de ruas
62
• Consumo médio de água – variável
Porte da comunidade Faixa da população 
(hab.)
Consumo per capita 
(QPC) (L/hab.dia)
Povoado Rural < 5.000 90 – 140
Vila 5.000 – 10.000 100 – 160
Pequena Localidade 10.000 – 50.000 110 – 180
Cidade Média 50.000 – 250.000 120 – 220
Cidade Grande > 250.000 150 - 300
Consumida e não 
produzida nas ETAs
Esgoto
63
Vazão média
Vazão do esgoto corresponde praticamente ao consumo de água
parte consumo rede pluvial (lavagem de calçadas)
 ligações clandestinas da rede pluvial a rede de esgoto
Fração de água fornecida que retorna a rede de coleta = coeficiente de
retorno = 80%
NBR 9649
Dia de > consumo de água e > 
geração de esgoto
Hora de > consumo de água e > 
geração deesgoto
Hora de < consumo de água e < 
geração de esgoto
Esgoto parado na 
tubulação  problema
Fonte: Trecos de engenharia
VAZÕES DE ESGOTO
Fonte: Trecos de engenharia
Grandes geradores: escolas, hospitais, etc.
Calculamos com população início de 
plano e final de plano
C = coef. de retorno
P = população
qm = consumo de água
- INÍCIO DE PLANO: POPULAÇÃO ATENDIDA E CONDIÇÕES DE AUTO 
LIMPEZA (TENSÃO TRATIVA)
- FINAL DE PLANO: VAZÃO MÁXIMA APÓS 20/30 ANOS, CAPACIDADE 
DO COLETOR E VELOCIDADE CRÍTICA
VAZÕES DE ESGOTO
https://edisciplinas.usp.br
Ex: mesma área, em 2024
P = 2.000 habitantes
Tem que garantir a tração 
trativa p/ não acumular 
resíduos na tubulações
> Diâmetro e < Vazão
Vazão total no início e final de plano
Ex: mesma área, em 2050
P = 3.500 habitantes
Precisa analisar a velocidade
> Vazão > velocidade
Atender ao máximo de 5,0 m/s
Diferentes vazões na mesma área
Tre
cho
 1
PV 1
PV 2 PV 3 PV 4Trecho 2 Trecho 3
Para dimensionar a rede precisa considerar os trechos
entre os PV (poços de visita) – vazão nos trechos
Exemplo
Calcular as vazões, inicial e final, para a rede 
coletora da figura ao lado
Pi = 3.400 habitantes
Pf = 13.000 habitantes
Consumo de água (q) = 200 L/Hab.dia
Coeficiente de retorno (C) = 0,8
K1=1,2, K2 =1,5
Taxa de infiltração = 0,1L/s.km
Comprimento rede = 1.200m
https://www3.sabesp.com.br/normastecnicas/nts/nts025.pdf
DIMENSIONAR A REDE 
COLETORA SIMPLES
https://edisciplinas.usp.br
PARA DIMENSIONAR A REDE COLETORA
Relembrando e comparando
Cálculo rede de abastecimento
Vazão distribuição em marcha 
(l/s*m)
DIMENSIONAR A REDE 
COLETORA SIMPLES
DIMENSIONAR A REDE 
COLETORA DUPLA
https://edisciplinas.usp.br
O que muda?
DIMENSIONAR A REDE 
COLETORA MISTA
https://edisciplinas.usp.br
Exemplo
Calcular as taxas de contribuição linear para 
a rede coletora da figura ao lado
Pi = 3.400 habitantes
Pf = 13.000 habitantes
Consumo de água (q) = 200 L/Hab.dia
Coeficiente de retorno (C) = 0,8
K1=1,2, K2 =1,5
Taxa de infiltração = 0,1L/s.km
Comprimento rede simples Ls = 791m
Comprimento rede dupla Ld = 692 m
Simples
Dupla
1 – Comprimento virtual
Lv = Ls + Ld/2
Lv = ????
Pi = 3.400 habitantes
Pf = 13.000 habitantes
Consumo de água (q) = 200 L/Hab.dia
Coeficiente de retorno (C) = 0,8
K1=1,2, K2 =1,5
Taxa de infiltração = 0,1L/s.km
Taxa de contribuição INICIAL
Rede simples
𝑇𝑥𝑖𝑠 =
𝐾2 ∗
𝐶𝑃𝑞
86400
𝐿𝑣
+ 𝑇𝑖𝑛𝑓
𝑇𝑥𝑖𝑠 =
1,5 ∗
0,8 ∗ 3400 ∗ 200
86400
1,137𝑘𝑚
+
0,1𝐿
𝑠 ∗ 𝑘𝑚
𝑇𝑥𝑖𝑠 = 8,41
𝐿
𝑠 ∗ 𝑘𝑚
𝑇𝑥𝑖𝑑 =
1,5 ∗
0,8 ∗ 3400 ∗ 200
86400
2 ∗ 1,137 𝑘𝑚
+
0,1𝐿
𝑠 ∗ 𝑘𝑚
Taxa de contribuição INICIAL
Rede dupla
𝐿𝑣 =1,137 km
𝑇𝑥𝑖𝑑 = 4,25
𝐿
𝑠 ∗ 𝑘𝑚
Pi = 3.400 habitantes
Pf = 13.000 habitantes
Consumo de água (q) = 200 L/Hab.dia
Coeficiente de retorno (C) = 0,8
K1=1,2, K2 =1,5
Taxa de infiltração = 0,1L/s.km
Taxa de contribuição final
Rede simples
𝑇𝑥𝑓𝑠 =
𝐾1 ∗ 𝐾2 ∗
𝐶𝑃𝑞
86400
𝐿𝑣
+ 𝑇𝑖𝑛𝑓
𝑇𝑥𝑓𝑠 =
1,2 ∗ 1,5 ∗
0,8 ∗ 13.000 ∗ 200
86400
1,137𝑘𝑚
+
0,1𝐿
𝑠 ∗ 𝑘𝑚
𝑇𝑥𝑓𝑠 = 38,21
𝐿
𝑠 ∗ 𝑘𝑚
𝑇𝑥𝑓𝑑 =
1,2 ∗ 1,5 ∗
0,8 ∗ 13000 ∗ 200
86400
2 ∗ 1,137 𝑘𝑚
+
0,1𝐿
𝑠 ∗ 𝑘𝑚
Taxa de contribuição final
Rede dupla
𝐿𝑣 =1,137 km
Permanece o mesmo, não tem 
ampliação da rede
𝑇𝑥𝑓𝑑 = 19,16
𝐿
𝑠 ∗ 𝑘𝑚
EXERCÍCIO
Calcular as taxas de contribuição para início e final de plano,
considerando os seguintes dados:
• População de início: 1.200 habitantes
• População final: 1.600 habitantes
• Consumo per capita efetivo de água: 250 litros/hab.dia
• Coeficiente de retorno: 80%
• Taxa de infiltração = 0,5 litros/seg.km
• Comprimento da rede = 1.900 m
• K1 = 1,20
• K2 = 1,50
PRÓXIMA ETAPA
• IDENTIFICAR AS VAZÕES NOS TRECHOS

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