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NEOPLASIA E DISTÚRBIOS DO SANGUE TIPO DEFINIÇÃO EPIDEMIOLOGIA SINTOMAS DIAGNÓSTICO TRATAMENTO EXTRA Linfoma de Hodgkin Neoplasia originada no tecido linfóide (origem dos linfócitos B). Pico bimodal (15-30 ou 50- 60 anos), masculinino. O tipo mais comum é esclerose nodular com preferência por mulheres jovens e tem bom prognóstico. - Linfodenomegalia não dolorosa e firme cervical 80% dos casos; podendo ter comprometimento supraclavicular, axilar e mediastinal. Disseminação por contiguidade → tosse, dispneia. Dor no linfonodo se consome álcool, prurido, febres persistentes e sintomas B Histopatologia (células de RS). Estadiamento: I Uma cadeia linfonodal ou um local extralinfático II Duas ou mais cadeias do mesmo lado do diafragma ou um local ou órgão extra-linfático e uma ou mais cadeias linfonodais no mesmo lado do diafragma III Cadeias dos dois lados que podem ser acompanhados por envolvimento esplênico ou local extra-linfático IV Disseminado Prognóstico bom: 85% curáveis. O tratamento geralmente consistente em combinação de radioterapia com quimioterapia. Achado histológico patognomônico: Células de Reed-Stemberg (grandes células bilobuladas) com infiltrado inflamatório; Rico em linfócitos tem melhor prognóstico e depleção linfocitária o pior. Tipo EN tem RS do tipo lacunar. Linfoma Não Hodgkin Grupo diverso de tumores linfoides clonais (pode ser cél B, T ou NK). Está associado com imunosupressão (HIV), exposição ocupacional (pesticida, radiação), doenças do colágeno e agentes infecciosos ( EBV, HCV, H. pilory, Malária). Translozação do cromossomos 8/14 e 14/18; Mais comum em idosos, pico entre 50-60 anos, principalmente em homens. Subtipo mais comum: linfoma difuso de grandes células B. Linfomas indolentes - baixo grau: Idosos, poucos sintomas, dificilmente curáveis; Linfadenopatia, esplenomegalia Linfomas agressivos- alto grau: Adultos, crescem rápido, sobrevida menor sem tratamento e maior chance de cura Linfadenopatia + Sintomas B + dor abdominal ou óssea Clínica + análise da natureza clonal (imunofenotipagem) + biópsia de linfonodo (não realiza punção aspirativa); DHL elevado, ácido úrico elevado, beta-2-microglobulina elevado. → acompanhamento Anemia normo normo Diversos ciclos de quimioterapia Alguns pacientes se beneficiam de transplante de MO Rituximabe: anti-CD20 Pior prognóstico: idade avançada, grandes tumores, DHL elevado, >3 sítios extranodais EBV: infecta linfócito B, altera DNA e pode desenvolver Linfoma de Burkitt (endêmico na África, muito agressivo) Leucemia Mielóide Aguda População de blastos na MO > 20%. Medula com proliferação celular intensa do tipo mielóides progenitoras Leucemia mais comum em adultos; possível relação com benzeno, irradiação ionizante; muito relacionado a genética Citopenia (não tem espaço para produção na MO), anemia, leucopenia (infecções, febre), linfadenopatia, sangramentos e hemorragias, petéquias e epistaxe, CIVD (subtipo M3), hepatomegalia, esplenomegalia, hipertrofia gengiva com sangramento, dor óssea, sarcomas granulocíticos, cefaleia, convulsão. Aspirado MO e biópsia MO para confirmar o tipo Pancitopenia! Anemia normo normona elevado. Leucocitose e plaquetopenia <100.000 Bastão de Auer: patognomônico Marcadores CD13, CD14 e CD44 Genética: marcadores de prognóstico Indução: fase inicial, tratamento agressivo com quimioterapia para destruir os clones leucêmicos, Manutenção: tratamento que visa manter o progresso alcançado pela indução inicial; Transplante de medula óssea alogênico → cura, cuidar em idosos e com neutropenia Hemorragia: uso imediato de transfusão de plaquetas Translocação 15;17 está relacionada com leucemia promielocitica (M3) altera a proteína receptora do ácido retinóide → trata com ATRA já na suspeita Leucemia Linfóide Aguda Medula com proliferação celular intensa do tipo clonal. Linfoblastos na MO e sangue periférico Doença maligna mais frequente na infância, mas também pode acometer adultos (25-37 anos) com pior prognóstico. Crianças de 2-5 anos, mais comum em meninos Febre, astenia, palidez, Hepatoesplenomegalia (68%) Adenomegalias (50%), dor óssea, hemorragia Hemograma: pode ter leucocitose com presença de blastos OU pode ter leucopenia (quando não tem blasto na circulação); Mielograma: >20% de blasto, imunofenotipagem e citogenética Quimioterapia, previnir infecções, suporte hemodinâmico. Remissão na maioria dos casos. Se tiver recaída é mau prognóstico. O tipo B, leuco >100.000, translocaçã 9,22 tem pior prognóstico. Classificação L1: leucemia linfoide de blastos pequenos e homogêneos com alta relação núcleo/citoplasma. L2: leucemia linfoide de blastos com tamanho variável e heterogêneos. Confundida com LMA tipo M7 com blastos pequenos L3: leucemia linfoide de blastos grandes, com citoplasma abundante, basófilo e vacuolizado. Essa forma é a que apresenta pior prognóstico Mieloma Múltiplo Neoplasia Hematológica com proliferação clonal de plasmócitos (célula em roda de carroça), que irão originar imunoglobulinas sem função que vão se acumular em diferentes locais do corp Exposição a pesticidas, benzenos, hereditariedade. 2º neoplasia hematológica mais frequente Predomínio discreto sexo masculino e idade mediana de 60-65 anos * Excesso de cadeias leves produzidas → proteína de Bence Jones *Ligação à fatores de coagulação → sangramentos, coagulação ou flebite → hemograma mostra hemácia em pilha de moeda (Rouleaux) * Neuropatia periférica * Ligação com hormônios circulantes → alteração metabólica * Doença óssea → aumento de cálcio sérico e lesões osteolíticas (lesão de sal e pimenta) DOR ÓSSEA (lombosacral) * Anemia NORMO →aumento de hepcidina * Disfunção renal Comprometimento da Imunidade → leucopenia, inibição dos linfócitos T → infecção é uma causa de mortalidade! Plasmocitoma Aspirado medular para biópsia ; Eletroforese de proteína: ajuda no diagnóstico; Urinálise com proteína M sérica elevada ; RX, TC e RNM; hiperviscosidade do sangue (tanta proteína que o sangue fica grosso) Critérios Diagnósticos Presença de proteína anômala M Comprometimento do órgão: rim, por exemplo Presença de clone de células em aspirado de MO e citometria de fluxo Paciente com GMSI ou MM assintomático: não trata! Só observa Paciente elegível ao tratamento: aguenta ou não transplante de MO autólogo? Se sim: usa quimio com 3 drogas (agente imunomodulador + bortezomib + dexametasona Se não: quimio apenas com esquemas menos agressivos IgG é a mais frequentemente acometida no mieloma (proteína M) Leucemia Mielóide Crônica Doença caracterizada pela produção excessiva de células da série granulocítica, em especial neutrófilos e monócitos: trombocitose; basofilia, esplenomegalia volumosa e 95% dos casos há presença do cromossomo Philadelphia (PH1) Diagnóstico aumenta com a idade, a maioria é entre 45-50 anos. Prognóstico péssimo após 65 anos. Mais prevalente em homens. Curso clínico bifásico ou trifásico. Muitos pacientes são diagnosticados na fase assintomática por esplenomegalia ou alteração hemogragrama. Sintomas: esplenomegalia (90%), anemia, perda de peso, astenia. Sangramento e infecção é incomum. História clínica arrastada de meses + exame físico + leucocitose mieloide inexplicada com esplenomegalia . Hemograma: anemia normo/norml, trombocitose, muitos granulócitos, leucocitose. Sempre pedir citogenética (PH1). Aumento d LDH e ácido úrico. MO: hiperplásica, hipercelular A quimioterapia é tratamento de escolha até a disponibilidade de um doador compatível Busulfan e Hidroxiuréia: drogas mielossupressoras Transplante de MO: curativo em 75% dos casos Translocação do cromossomo 9 e 22! Relacionado a fusão dos genes BCR e ABL1 → produzem proteínas p210
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