Buscar

Auditoria

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 31 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 31 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 31 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Continue navegando


Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE DO GRANDE RIO UNIGRANRIO 
COMPANHIA NILZA CORDEIRO HERDY ED. CULTURA.
ESCOLA DE CIÊNCIAS SOCIAIS E APLICADAS
CIÊNCIAS CONTÁBEIS
PROJETO CURRICULAR ARTICULADOR
OPERAÇÕES CONTÁBEIS
RIO DE JANEIRO
2021.2
 ELZENI JOSÉ DOS SANTOS GLICERIO
ATIVIDADE INDIVIDUAL
 Orientador: Professor Aleciano Santana de Souza.
SUMÁRIO
Introdução.................................................................................................................5
Desenvolvimento.......................................................................................................6
Apêndice 1.................................................................................................................7
Apêndice 2.................................................................................................................8
Apêndice 3.................................................................................................................9
Referência..................................................................................................................10
Introdução
 A função da contabilidade é estudar e controlar o patrimônio das empresas, e para tornar mais eficiente esse controle, tem-se a auditoria que através de suas técnicas pode confirmar a veracidade das demonstrações contábeis, dando uma maior credibilidade nas informações. Os gestores das organizações preocupam-se com a correta aplicação de seus recursos, pois quando utilizados indevidamente podem ocasionar efeitos contrários a seus objetivos, prejudicando o negócio e a rentabilidade das mesmas. Para buscar a modernização e o sucesso dos seus negócios, os gestores das organizações procuram utilizar planos com métodos e medidas denominados controles internos que buscam a eficiência operacional, diminuição de desperdícios, maior confiança e segurança quanto ao processo da tomada de decisões, visando proteger seus ativos. Gerir uma organização de forma transparente com métodos que visam proteger o seu patrimônio, assegurando uma melhor tomada de decisão e transmitindo confiabilidade são pontos que fazem com que as empresas se destaquem no mercado e satisfaçam seus clientes. Com isso os gestores podem obter maior exatidão, integridade e autenticidade das informações, bem como evidenciar maior transparência em sua gestão. Para uma melhor compreensão do sistema empresa e seus controles faz-se necessário identificar conceitos relacionados a auditoria e controles internos, e a relevância que os mesmos possuem dentro de uma organização. As organizações utilizam a auditoria para fazer uma análise do controle interno, e também a auditoria das demonstrações contábeis através do seu parecer que é emitido pelo auditor independente, visando dar maior credibilidade aos registros contábeis.
 De acordo com Almeida (1996):
 “A função da auditoria não é somente a detecção de erros ou fraudes, mas sua atividade deve ser entendida como de assessoramento a administração quanto ao desempenho das atribuições definidas para cada área da empresa mediante os objetivos por ela determinados”. 
 Os trabalhos técnicos de auditoria são planejados e executados de acordo com as normas brasileiras de auditoria e requer a compreensão dos negócios das cooperativas visando atender ao máximo às expectativas da relação custo-benefício, assim como ser realizada de maneira segura e uniforme.
Este método de trabalho visa controlar a qualidade da auditoria e dos custos, requerendo:
· Planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas de controles internos e contábeis.
· Revisão e avaliação dos sistemas de controles internos como base para determinar a extensão necessária das provas de auditoria.
· A constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgadas.
· A avaliação das práticas contábeis mais representativas adotadas pela administração, bem como da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em seu conjunto.
Método de trabalho - Auditoria Contábil
 
 Planejamento não é uma fase isolada da auditoria, mas um processo contínuo e iterativo, que muitas vezes começa logo após (ou em conexão com) a conclusão da auditoria anterior, continuando até a conclusão do trabalho de auditoria atual. O planejamento da auditoria envolve a definição de estratégia global para o trabalho e o desenvolvimento de plano de auditoria. Um planejamento adequado é benéfico para a auditoria das demonstrações contábeis de várias maneiras
 Entretanto, o planejamento inclui a consideração da época de certas atividades e procedimentos de auditoria que devem ser concluídos antes da realização de procedimentos adicionais de auditoria. Por exemplo, o planejamento inclui a necessidade de considerar, antes da identificação e avaliação pelo auditor dos riscos de distorções relevantes.
DESENVOLVIMENTO 
.1- Documentação de Auditoria (NBC-TA 230)
 Esta Norma trata da responsabilidade do auditor no planejamento da auditoria das demonstrações contábeis. Esta Norma está escrita no contexto de auditorias recorrentes. Outras considerações da auditoria inicial são apresentadas separadamente.
 O planejamento da auditoria envolve a definição de estratégia global para o trabalho e o desenvolvimento de plano de auditoria. Um planejamento adequado é benéfico para a auditoria das demonstrações contábeis de várias maneiras.
 Auxiliar o auditor a dedicar atenção apropriada às áreas importantes da auditoria;
 Auxiliar o auditor a identificar e resolver tempestivamente problemas potenciais;
 Auxiliar o auditor a organizar adequadamente o trabalho de auditoria para que seja realizado de forma eficaz e eficiente;
 Auxiliar na seleção dos membros da equipe de trabalho com níveis apropriados de capacidade e competência para responderem aos riscos esperados e na alocação apropriada de tarefas; 
 Facilitar a direção e a supervisão dos membros da equipe de trabalho e a revisão do seu trabalho;
 Auxiliar, se for o caso, na coordenação do trabalho realizado por outros auditores e especialistas.
2- Identificação e Avaliação dos Riscos de Distorção Relevante por meio do Entendimento da Entidade e do seu Ambiente (NBC-TA 315)
 Esta Norma trata da responsabilidade do auditor na identificação e avaliação dos riscos de distorção relevante nas demonstrações contábeis por meio do entendimento da entidade e do seu ambiente, inclusive do controle interno da entidade.
 O objetivo do auditor é identificar e avaliar os riscos de distorção relevante independentemente se causada por fraude ou erro, nos níveis de demonstração contábil e afirmações, por meio do entendimento da entidade e do seu ambiente, inclusive do controle interno da entidade, proporcionando assim uma base para o planejamento e a implementação das respostas aos riscos identificados de distorção relevante.
 Os procedimentos de avaliação de riscos incluem o seguinte: 
(a) Indagações à administração e a outros na entidade que, no julgamento do auditor, possam ter informações com probabilidade de auxiliar na identificação de riscos de distorção relevante devido a fraude ou erro;
(b) procedimentos analíticos; 
 (c) observação e inspeção.
 O auditor deve considerar se as informações obtidas no processo de aceitação ou continuação do cliente são relevantes para a identificação de riscos de distorção relevante. 
 Se o sócio do trabalho executou outros trabalhos para a entidade, o sócio do trabalho deve considerar se a informação obtida é relevante para a identificação de riscos de erro relevante. 
 Quando o auditor pretende usar as informações obtidas em sua experiência prévia junto à entidade e em procedimentos de auditoria executados em auditorias anteriores, o auditor deve determinar se as mudanças que ocorreram desde a auditoria anterior podem afetar a sua relevânciapara a auditoria corrente. 
 O sócio do trabalho e outros membros-chave da equipe encarregada do trabalho discutirão a suscetibilidade das demonstrações contábeis da entidade a distorção relevante e a aplicação da estrutura de relatório financeiro aplicável aos fatos e circunstâncias da entidade. 
O sócio do trabalho deve determinar quais assuntos devem ser comunicados aos membros da equipe encarregada do trabalho não envolvidos na discussão.
3- Resposta do Auditor aos Riscos Avaliados (NBC-TA 330)
 Esta Norma trata da responsabilidade do auditor ao planejar e implementar respostas aos riscos de distorção relevante, identificados e avaliados pelo auditor de acordo com a NBC TA 315 na auditoria de demonstrações contábeis.
Esta Norma aplica-se a auditoria de demonstrações contábeis de períodos iniciados em ou após 1º de janeiro de 2010.
 O objetivo do auditor é o de obter evidência de auditoria apropriada e suficiente relacionada aos riscos avaliados de distorção relevante por meio do planejamento e da implementação de respostas apropriadas a esses riscos.
O auditor deve planejar e executar procedimentos adicionais de auditoria, cuja natureza, época e extensão se baseiam e respondem aos riscos avaliados de distorção relevante no nível de afirmações
. Ao planejar procedimentos adicionais de auditoria a serem realizados, o auditor deve: (a) considerar as razões para a avaliação atribuída ao risco de distorção relevante no nível de afirmações para cada classe de transações, saldo de contas e divulgações, incluindo: 
(i) a probabilidade de distorção relevante devido às características particulares da classe de transações, saldo de contas ou divulgação relevantes (isto é, o risco inerente); e
(ii) (ii) se a avaliação de risco leva em consideração os controles relevantes (isto é, o risco de controle), exigindo assim que o auditor obtenha evidência de auditoria para determinar se os controles estão operando eficazmente (isto é, o auditor pretende confiar na efetividade operacional dos controles para determinar a natureza, época e extensão dos procedimentos substantivos); e
(iii) (b) obter evidência de auditoria mais persuasiva quanto maior for a avaliação de risco do auditor.
4 - Confirmações Externas (NBC-TA 505)
Esta Norma trata do uso de procedimentos de confirmação externa pelo auditor de acordo com os requisitos da NBC TA 330 – Resposta do Auditor aos Riscos Avaliados e da NBC TA 500 – Evidência de Auditoria. Ela não aborda indagações relativas a litígio e reclamações que são tratadas na NBC TA 501 – Evidência de Auditoria – Considerações Específicas para Itens Selecionados.
A NBC TA 500, item A5, indica que a confiabilidade da evidência de auditoria é influenciada pela fonte e por sua natureza e depende das circunstâncias individuais em que é obtida. Esta Norma inclui, também, as seguintes generalizações aplicáveis à evidência de auditoria: 
 a evidência de auditoria é mais confiável quando é obtida de fontes independentes externas à entidade; 
 a evidência de auditoria obtida diretamente pelo auditor é mais confiável que a evidência de auditoria obtida indiretamente ou por inferência; 
 a evidência de auditoria é mais confiável quando está na forma de documento, seja em papel, no formato eletrônico ou outro meio. 
Consequentemente, dependendo das circunstâncias da auditoria, a evidência de auditoria na forma de confirmações externas recebidas diretamente pelo auditor das partes que confirmam pode ser mais confiável que a evidência gerada internamente pela entidade.
 Esta Norma tem a finalidade de ajudar o auditor a definir e executar procedimentos de confirmação externa para obtenção de evidência de auditoria relevante e confiável.
5 - Outras normas de auditoria reconhecem a importância das confirmações externas como evidência de auditoria, por exemplo: 
 A NBC TA 330 trata da responsabilidade do auditor em elaborar e endereçar respostas gerais aos riscos de distorções relevantes avaliados no nível de demonstrações contábeis, e de definir e executar procedimentos adicionais de auditoria, cuja natureza, época e extensão baseiam-se nos riscos de distorções relevantes avaliados no nível de afirmações e respondem a eles. Além disso, a NBC TA 330 requer que, independentemente dos riscos de distorções relevantes avaliados, o auditor defina e execute procedimentos substantivos para cada classe de transações, saldos contábeis e divulgações relevantes. O auditor deve, também, considerar se os procedimentos de confirmação externa devem ser executados como procedimentos substantivos de auditoria. 
 A NBC TA 330 (item 7(b)) requer que o auditor obtenha evidência de auditoria mais persuasiva quanto mais alto o risco avaliado pelo auditor. Para isso, o auditor pode aumentar a quantidade de evidência ou obter evidências que sejam mais relevantes ou confiáveis, ou os dois. Por exemplo, o auditor pode dar mais ênfase na obtenção de evidências diretamente de terceiros ou na obtenção de evidências que corroborem diversas fontes independentes. A NBC TA 330, indica, também, que os procedimentos de confirmação externa podem ajudar o auditor a obter evidência de auditoria com alto nível de confiabilidade que o auditor precisa para responder a riscos significativos de distorção relevante, devidos a fraude ou erro. 
 A NBC TA 240 – Responsabilidade do Auditor em Relação a Fraude, no Contexto da Auditoria de Demonstrações Contábeis, indica que o auditor pode solicitar confirmação para obter informações adicionais corroborativas como resposta para endereçar os riscos avaliados de distorção relevante devido à fraude no nível de afirmações. 
 A NBC TA 500, indica que as informações obtidas de fonte independente da entidade, como confirmações externas, podem aumentar a segurança que o auditor obtém de evidências existentes nos registros contábeis ou de representações feitas pela administração.
NBC TA 510 – Trabalhos Iniciais – Saldos Iniciais
A norma estabelece o tratamento que o auditor independente deve dar ao saldo inicial em um trabalho inicial de auditoria. O objetivo do auditor é ter convicção de que os saldos iniciais representam apropriadamente a situação e políticas adotadas pela empresa.
Devem ser levados em conta saldos, contingências e compromissos. Quando as demonstrações contábeis incluem informações comparativas, as exigências e orientações da NBC TA 710 se aplicam. A NBC TA 300 inclui exigências e orientações adicionais referentes a atividades antes de começar uma auditoria inicial.
            Vigência a partir de 1º. de janeiro de 2010.
Definições
Trabalho de auditoria inicial:
a)         as demonstrações contábeis do período anterior não foram auditadas; ou
b)         as demonstrações contábeis do período anterior foram auditadas por auditor independente antecessor.
Saldos iniciais são os saldos contábeis no início do período. Os saldos iniciais incluem assuntos existentes no início do período, que precisam ser divulgados, tais como contingências e compromissos.
Auditor independente antecessor é o auditor anterior (pessoa física ou jurídica diferente), que auditou as demonstrações contábeis de uma entidade no período anterior, sendo substituído.
Requisitos
Procedimentos de Auditoria:
Saldos Iniciais
            O auditor deve ler as demonstrações anteriores, incluindo os relatórios de auditoria se existirem, para poder ter informações de fatos que estejam presentes e sejam relevantes ao saldo inicial.
            O auditor deve ter conhecimento suficiente sobre se os saldos tem distorções relevantes a situação das demonstrações. Para isso deve analisar:
a)    Os saldos anteriores e avaliar foram corretamente transferidos ou corrigidos quando for o caso.
b)    Os saldos iniciais e verificar se refletem as políticas contábeis da empresa
c)    Realizar algum destes procedimentos:
1. Se as demonstrações anteriores passaram por crivo de auditoria, revisar os papéis de trabalho do auditor antecessor
2. Verificar se os procedimentos da auditoria trazem evidências relevantes ao saldo inicial
3. Executar procedimentosde auditoria específicos para obter informações referentes aos saldos iniciais
Se o auditor verificar que os saldos iniciais possuem distorções relevantes, deve aplicar procedimentos que determinem qual o efeito das distorções nas demonstrações correntes. Se houver distorções no período corrente, estas devem ser informadas a administração da empresa.
Uniformidade de Políticas Contábeis
O auditor deve constatar que políticas contábeis apropriadas e  uniformes foram aplicadas e no caso de alguma alteração, esta deve estar devidamente registrada.
Informações Relevantes do Auditor Independente Antecessor
Se o relatório do auditor independente antecessor continha ressalvas, estas devem ser avaliadas para ver qual efeito teriam e que distorções causariam nas demonstrações atuais.
Conclusões e relatórios de auditoria
Saldos Iniciais
Se o auditor não conseguir ter convicção a respeito dos saldos iniciais, deve emitir o parecer com ressalva ou abster-se da emissão de opinião.
Se o auditor concluir que há distorções não registradas divulgadas e estas afetarem as demonstrações do período corrente deve emitir o parecer com ressalva ou com opinião adversa.
Uniformidade de política Contábil
Deve ser emitido o parecer com ressalva ou opinião adversa se:
a)    As políticas contábeis do período não estão aplicadas de forma uniforme em relação aos saldos iniciais
b)    Houve uma mudança nas políticas contábeis e esta não está devidamente registrada ou divulgada
Relatório do Auditor Independente
Se o relatório do auditor independente antecessor possuir modificações que sejam relevantes e significativas as demonstrações correntes, o relatório atual também deve conter as modificações.
NBC TA 530 – Amostragem em Auditoria
Objetivo
Primeiramente, o objetivo do auditor, ao usar a amostragem em auditoria, é o de proporcionar uma base razoável para o auditor concluir quanto à população da qual a amostra é selecionada.
Definições
Sendo assim, amostragem é a aplicação de procedimentos de auditoria em menos de 100% dos itens de população relevante para fins de auditoria, de maneira que todas as unidades de amostragem tenham a mesma chance de serem selecionadas para proporcionar uma base razoável que possibilite o auditor concluir sobre toda a população.
Além disso, população é o conjunto completo de dados sobre o qual a amostra é selecionada e sobre o qual o auditor deseja concluir.
Risco de Amostragem em Auditoria
Risco de amostragem é o risco de que a conclusão do auditor, com base em amostra, pudesse ser diferente se toda a população fosse sujeita ao mesmo procedimento de auditoria.
Além do mais, o risco de amostragem pode levar a dois tipos de conclusões errôneas:
· no caso de teste de controles, em que os controles são considerados mais eficazes do que realmente são ou no caso de teste de detalhes, em que não seja identificada distorção relevante, quando, na verdade, ela existe. O auditor está preocupado com esse tipo de conclusão errônea porque ela afeta a EFICÁCIA da auditoria e é provável que leve a uma opinião de auditoria não apropriada.
· no caso de teste de controles, em que os controles são considerados menos eficazes do que realmente são ou no caso de teste de detalhes, em que seja identificada distorção relevante, quando, na verdade, ela não existe. Esse tipo de conclusão errônea afeta a EFICIÊNCIA da auditoria porque ela normalmente levaria a um trabalho adicional para estabelecer que as conclusões iniciais estavam incorretas.
Todavia, risco não resultante da amostragem é o risco de que o auditor chegue a uma conclusão errônea por qualquer outra razão que não seja relacionada ao risco de amostragem.
Anomalia é a distorção ou o desvio que é comprovadamente não representativo de distorção ou desvio em uma população.
Amostragem Estatística
Como se sabe, existem a amostragem estatística e a não estatística.
Amostragem estatística é a abordagem com as seguintes características:
a. seleção aleatória dos itens da amostra; e
b. o uso da teoria das probabilidades para avaliar os resultados das amostras, incluindo a mensuração do risco de amostragem.
Por outro lado, a abordagem que não tem as características (a) e (b) é considerada uma amostragem não estatística.
Ademais, estratificação é o processo de dividir uma população em subpopulações, cada uma sendo um grupo de unidades de amostragem com características semelhantes.
Distorção tolerável é um VALOR MONETÁRIO definido pelo auditor para obter um nível apropriado de segurança de que esse valor monetário não seja excedido pela distorção real na população.
A distorção tolerável, portanto, é a aplicação da materialidade na EXECUÇÃO da auditoria. Lembre-se, a materialidade é aplicada tanto no planejamento, quanto na execução da auditoria.
Sendo assim, a distorção tolerável pode ter o mesmo valor ou valor menor do que o da materialidade na execução da auditoria.
Por fim, Taxa tolerável de desvio é a taxa de desvio dos PROCEDIMENTOS DE CONTROLES INTERNOS previstos, definida pelo auditor para obter um nível apropriado de segurança de que essa taxa de desvio não seja excedida pela taxa real de desvio na população.
Definição da amostra, tamanho e seleção dos itens para teste
Ao definir uma amostra de auditoria, o auditor deve considerar a finalidade do procedimento de auditoria e as características da população da qual será retirada a amostra.
Consequentemente, o auditor deve determinar o tamanho de amostra suficiente para reduzir o risco de amostragem a um nível mínimo aceitável. Além de que o auditor deve selecionar itens para a amostragem de forma que cada unidade de amostragem da população tenha a mesma chance de ser selecionada.
A amostragem em auditoria pode ser aplicada usando tanto a abordagem de amostragem não estatística como a estatística. A decisão quanto ao uso de abordagem de amostragem estatística ou não estatística é uma questão de julgamento do auditor, entretanto, o tamanho da amostra não é um critério válido para distinguir entre as abordagens estatísticas e não estatísticas.
Natureza e causa de desvios e distorções
Em circunstâncias EXTREMAMENTE RARAS, quando o auditor considera que uma distorção ou um desvio descobertos na amostra são anomalias, o auditor deve obter um alto grau de certeza de que essa distorção ou esse desvio não sejam representativos da população (mediante a execução de procedimentos adicionais).
Projeção de distorções
Para os testes de detalhes, o auditor deve projetar, para a população, as distorções encontradas na amostra.
Quando a distorção tiver sido estabelecida como uma anomalia, ela pode ser excluída da projeção das distorções para a população. Entretanto, o efeito de tal distorção, se não for corrigido, ainda precisa ser considerado, além da projeção das distorções não anômalas.
Já para testes de controles, não é necessária qualquer projeção explícita dos desvios, uma vez que a TAXA DE DESVIO DA AMOSTRA é igual à TAXA DE DESVIO PROJETADA para a população.
Tamanho da Amostra
O nível de risco de amostragem que o auditor está disposto a aceitar afeta o tamanho da amostra exigido. Assim, quanto menor o risco que o auditor está disposto a aceitar, maior deve ser o tamanho da amostra.
Logo, pela amostragem estatística, os itens da amostra são selecionados de modo que cada unidade de amostragem tenha uma probabilidade conhecida de ser selecionada.
Por outro lado, na amostragem não estatística, o julgamento é usado para selecionar os itens da amostra.
NBC TA 700: formação da opinião e emissão do relatório do auditor
Objetivos do Auditor
Antes de mais nada, os objetivos do auditor são:
· formar uma opinião sobre as demonstrações contábeis com base na avaliação das conclusões alcançadas pela evidência de auditoria obtida; e
· expressar claramente essa opinião por meio de relatório por escrito.
Formação da opinião sobre as demonstrações contábeis
Não obstante, ao avaliar se as demonstrações contábeis são elaboradas, em todos os aspectos relevantes, de acordo com os requisitos da estrutura de relatório financeiro aplicável, deve-se incluir,nesta avaliação, a consideração dos aspectos qualitativos das políticas contábeis da entidade, incluindo indicadores de possível tendenciosidade nos julgamentos da administração.
Logo, o auditor deve avaliar se, segundo os requisitos da estrutura de relatório financeiro aplicável:
· as demonstrações contábeis divulgam apropriadamente as principais políticas contábeis selecionadas e aplicadas;
· as políticas contábeis selecionadas e aplicadas são consistentes com a estrutura de relatório financeiro aplicável e se são apropriadas;
· as estimativas contábeis feitas pela administração são razoáveis;
· as informações apresentadas nas demonstrações contábeis são relevantes, confiáveis, comparáveis e compreensíveis.  
· as demonstrações contábeis fornecem divulgações adequadas para permitir que os usuários previstos entendam o efeito de transações e eventos relevantes sobre as informações incluídas nas demonstrações contábeis; e
· a terminologia utilizada nas demonstrações contábeis, incluindo o título de cada demonstração contábil, é apropriada.
Análise: Grande parte dos ativos e passivos presentes nas demonstrações contábeis envolvem estimativas. Ou seja, não é possível saber o valor exato de um determinado item, uma vez que fatores subjetivos são levados em consideração (depreciação, estado de conservação, entre outros). Desse modo, uma possível e provável divergência entre as estimativas da administração e do auditor, por si só, não induz que as demonstrações não foram elaboradas corretamente, a não ser que essa divergência seja expressiva.
Forma da opinião
Opinião não modificada é a opinião expressa pelo auditor quando ele conclui que as demonstrações contábeis são elaboradas, em todos os aspectos relevantes, de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável.
Além disso, se as demonstrações contábeis não atingem uma apresentação adequada, o auditor deve discutir o assunto com a administração e, dependendo dos requisitos da estrutura de relatório financeiro aplicável e de como o assunto for resolvido, ele deve determinar se é necessário modificar a opinião no seu relatório.
Análise: Perceba que a mera apresentação das demonstrações contábeis de forma inadequada pode ser causa de uma modificação da opinião do auditor.
Ao expressar uma opinião não modificada, a opinião do auditor deve utilizar uma das seguintes frases, que são consideradas equivalentes:
· “Em nossa opinião, as demonstrações contábeis apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes… de acordo com [a estrutura de relatório financeiro aplicável]”; ou
· “Em nossa opinião, as demonstrações contábeis apresentam uma visão verdadeira e justa… de acordo com [a estrutura de relatório financeiro aplicável]”.
Estrutura do Relatório do Auditor
Primeiramente, o relatório do auditor deve ser por escrito.
Em segundo lugar, vejamos como é a estrutura do relatório do auditor:
· Título;
· Destinatário;
· Opinião do Auditor – A primeira seção do relatório do auditor deve incluir a opinião do auditor independente e deve ter “Opinião” como título;
· Base para a Opinião – logo após a seção “Opinião”;
· Declara que a auditoria foi conduzida em conformidade com as normas;
· Referencie a seção que descreve as responsabilidades do auditor;
· Inclua a declaração de que o auditor é independente;
· Declare que o auditor acredita que a evidência obtida é suficiente e apropriada para fundamentar sua opinião.
· Responsabilidades da Administração;
· Responsabilidades do Auditor pela Auditoria das Demonstrações Contábeis – auditor exerce o julgamento profissional e mantém o ceticismo profissional durante toda a auditoria;
· Nome do sócio ou responsável técnico;
· Assinatura do Auditor – relatório sempre assinado;
· Data do relatório – O relatório do auditor não pode ter data anterior à data em que ele obteve evidência.
Circunstâncias em que é necessário modificar a opinião do auditor
O auditor deve modificar sua opinião se:
· concluir, com base em evidência de auditoria obtida, que as demonstrações contábeis tomadas em conjunto apresentam distorções relevantes; ou
· não conseguir obter evidência de auditoria apropriada e suficiente para concluir que as demonstrações contábeis tomadas em conjunto não apresentam distorções relevantes.
Análise: Como iremos ver a seguir, se o auditor encontrar evidências, a opinião poderá ser com ressalva ou adversa. Já se ele não obtiver evidências, a opinião poderá ser com ressalva ou abstenção de opinião (que também é opinião).
Opinião com ressalva
O auditor deve expressar uma “Opinião com ressalva” quando:
· ele, tendo obtido evidência de auditoria apropriada e suficiente, conclui que as distorções, individualmente ou em conjunto, são relevantes, mas NÃO GENERALIZADAS nas demonstrações contábeis; ou
· não é possível para ele obter evidência apropriada e suficiente de auditoria para fundamentar sua opinião, mas ele conclui que os possíveis efeitos de distorções não detectadas sobre as demonstrações contábeis, se houver, poderiam ser relevantes, mas não generalizados.
Análise: As palavras-chave são: RELEVANTE e NÃO GENERALIZADA (com ou sem evidências).
Opinião adversa
O auditor deve expressar uma “Opinião adversa” quando, tendo obtido evidência de auditoria apropriada e suficiente, conclui que as distorções, individualmente ou em conjunto, são relevantes e GENERALIZADAS para as demonstrações contábeis.
Análise: As palavras-chave são: RELEVANTES e GENERALIZADAS (com evidência).
Abstenção de opinião
O auditor deve se abster de expressar uma opinião quando não consegue obter evidência de auditoria apropriada e suficiente para fundamentar sua opinião e ele concluir que os possíveis efeitos de distorções não detectadas sobre as demonstrações contábeis, se houver, poderiam ser RELEVANTES E GENERALIZADOS.
Análise: As palavras-chave são: RELEVANTES e GENERALIZADAS (sem evidência).
Ademais, o auditor deve se abster de expressar uma opinião quando, em circunstâncias extremamente raras envolvendo diversas incertezas, concluir que, independentemente de ter obtido evidência de auditoria apropriada e suficiente sobre cada uma das incertezas, não é possível expressar uma opinião sobre as demonstrações contábeis devido à possível interação das incertezas e seu possível efeito cumulativo sobre essas demonstrações contábeis.
Consequência da impossibilidade de se obter evidência de auditoria apropriada e suficiente devido à limitação imposta pela administração depois da aceitação do trabalho pelo auditor
Se, depois de aceitar o trabalho, o auditor tomar conhecimento que a administração impôs uma limitação ao alcance da auditoria que tem, segundo ele, probabilidade de resultar na necessidade de expressar uma “Opinião com ressalva” ou abster-se de expressar uma opinião sobre as demonstrações contábeis, o auditor deve solicitar que a administração retire a limitação.
Análise: o auditor não tem poder para EXIGIR que a administração faça qualquer coisa. Em quaisquer circunstâncias, ele pode apenas SOLICITAR/SUGERIR.
Contudo, se o auditor não conseguir obter evidência apropriada e suficiente, e concluir que os possíveis efeitos de distorções não detectadas sobre as demonstrações contábeis, se houver, poderiam ser relevantes e generalizados de modo que UMA RESSALVA NA OPINIÃO SERIA INADEQUADA, o auditor deve:
· renunciar ao trabalho de auditoria, quando praticável e possível de acordo com leis ou regulamentos aplicáveis; ou
· se a renúncia ao trabalho de auditoria antes da emissão do seu relatório não for praticável ou possível, abster-se de expressar uma opinião sobre as demonstrações contábeis.
Análise: A renúncia ao trabalho é permitida sob diversas circunstâncias, caso não haja legislação que a proíba, e apenas quando a renúncia seja praticável (melhor alternativa), a desistência é admitida.
NBC TA 706: Parágrafo de Ênfase no Relatório do Auditor
Importância das Comunicações Adicionais
Primeiramente, uma comunicação adicional, seja por parágrafo de ênfase ou parágrafo de outros assuntos, tem como objetivo:
· chamar a atenção dos usuáriospara assuntos apresentados ou divulgados nas demonstrações contábeis, de tal importância que sejam fundamentais para o entendimento das demonstrações contábeis; ou
· chamar a atenção dos usuários para quaisquer assuntos que não os apresentados ou divulgados nas demonstrações contábeis e que sejam relevantes para os usuários entenderem a auditoria, as responsabilidades do auditor ou o seu relatório.
Análise: Dessa maneira, os parágrafos de ênfase e parágrafos de outros assuntos são informações adicionais incluídas no relatório para facilitar o seu entendimento.
Definições
Em primeiro lugar, vamos então entender quais são os tipos de comunicações adicionais:
· Parágrafo de ênfase é o parágrafo incluído no relatório do auditor referente a um assunto apropriadamente apresentado ou divulgado nas demonstrações contábeis que, de acordo com o julgamento do auditor, é de tal importância que é fundamental para o entendimento pelos usuários das demonstrações contábeis.
· Parágrafo de outros assuntos é o parágrafo incluído no relatório do auditor que se refere a um assunto não apresentado ou não divulgado nas demonstrações contábeis e que, de acordo com o julgamento do auditor, é relevante para os usuários entenderem a auditoria, as responsabilidades do auditor ou o seu relatório.
Contudo, o auditor só deve incluir o parágrafo de ênfase, desde que:
· como resultado desse assunto, não fosse exigido que o auditor modificasse a opinião; (Relatório com Opinião não modificada); e
· o assunto não tenha sido determinado como um principal assunto de auditoria a ser comunicado no relatório do auditor.
Além disso, quando o auditor incluir um parágrafo de ênfase no seu relatório, ele deve:
· incluir o parágrafo em seção separada do relatório do auditor, com título apropriado que inclua o termo “Ênfase”;
· incluir no parágrafo uma referência clara ao assunto enfatizado e à NOTA EXPLICATIVA que descreva de forma completa o assunto nas demonstrações contábeis; e
· indicar que a opinião do auditor não se modifica no que diz respeito ao assunto enfatizado.
Já o parágrafo de outros assuntos, quando incluído pelo auditor, deve ficar em seção separada no relatório com o título “Outros assuntos” ou outro título apropriado.
Análise: Ademais, no parágrafo de outros assuntos não há exigência de que esse outro assunto seja apresentado e divulgado nas demonstrações contábeis. Não obstante, o parágrafo de outros assuntos não poderá inclui informações proibidas por lei ou normas profissionais.
Comunicação com os responsáveis pela governança
Se o auditor espera incluir um parágrafo de ênfase ou parágrafo de outros assuntos no seu relatório, ele deve comunicar-se com os responsáveis pela governança no que se refere a essa expectativa e à redação proposta desse parágrafo.
Análise: Cumpre salientar que a inclusão de um parágrafo de ênfase ou parágrafo de outros assuntos deve ser comunicada aos responsáveis pela governança.
Relação entre parágrafos de ênfase e principais assuntos de auditoria
Pode haver um assunto não determinado como principal assunto de auditoria, mas que, de acordo com o julgamento do auditor, é fundamental para o entendimento das demonstrações contábeis pelos usuários (por exemplo, EVENTO SUBSEQUENTE).
Desse modo, se o auditor considera necessário chamar a atenção dos usuários para esse assunto, ele é incluído em parágrafo de ênfase no relatório do auditor.
Circunstâncias em que um parágrafo de ênfase pode ser necessário
As circunstâncias que contêm exigências sobre a necessidade do parágrafo de ênfase incluem:
· quando a estrutura de relatório financeiro aplicável prevista por lei ou regulamento seria inaceitável, exceto pelo fato de ser prevista por lei ou regulamento;
· alertar os usuários de que as demonstrações contábeis foram elaboradas de acordo com estrutura de relatório financeiro para propósitos especiais;
· quando fatos chegam ao conhecimento do auditor após a data do seu relatório e o auditor fornece um relatório novo ou modificado (ou seja, eventos subsequentes);
· existência de incerteza relativa ao desfecho futuro de litígio excepcional ou ação regulatória;
· aplicação antecipada (quando permitida) de nova norma contábil com efeito relevante sobre as demonstrações contábeis;
· grande catástrofe que tenha tido, ou continue a ter, efeito significativo sobre a posição patrimonial e financeira da entidade.
Entretanto, o uso generalizado de parágrafos de ênfase diminui a eficácia da comunicação de tais assuntos pelo auditor.
Inclusão de parágrafo de ênfase no relatório do auditor independente
Ressalta-se que a inclusão de parágrafo de ênfase no relatório do auditor não afeta a sua opinião.
Não obstante, o parágrafo de ênfase não substitui:
· uma opinião modificada;
· as divulgações nas demonstrações contábeis exigidas da administração de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável;
Análise: Algumas características importantes sobre o parágrafo de ênfase extraídas:
· trata-se de assuntos “secundários” que sejam essenciais ao melhor entendimento das demonstrações contábeis pelos usuários;
· a inclusão do parágrafo de ênfase deve ser comunicada aos responsáveis pela governança;
· serve para chamar a atenção dos usuários;
· não interfere na opinião do auditor;
· não deve haver o uso generalizado do parágrafo de ênfase.
Parágrafo de Outros Assuntos
Nas raras circunstâncias em que não é possível ao auditor renunciar ao trabalho, embora o possível efeito da incapacidade de obter evidência de auditoria apropriada e suficiente esteja disseminado de forma generalizada, devido à limitação ao alcance da auditoria imposta pela administração, o auditor pode considerar necessário incluir um PARÁGRAFO DE OUTROS ASSUNTOS (não é parágrafo de ênfase) no seu relatório para explicar por que não é possível renunciar ao trabalho.
Análise: Diversas são as ocasiões em que é possível renunciar ao trabalho, desde que não haja proibição legal em relação a esta renúncia e seja esta a melhor alternativa. Nesses casos, havendo a desistência, o parágrafo de outros assuntos irá explicar os motivos da renúncia.
Entretanto, o parágrafo de outros assuntos não trata de circunstâncias em que o auditor tem outras responsabilidades além da sua responsabilidade segundo as normas de auditoria, ou em que o auditor foi solicitado a executar e a apresentar relatório sobre procedimentos adicionais específicos, ou expressar uma opinião sobre assuntos específicos.
Nas situações em que o relatório do auditor destina-se a usuários específicos, o auditor pode considerar necessário incluir um parágrafo de outros assuntos, declarando que o relatório do auditor destina-se unicamente aos usuários previstos e não deve ser distribuído ou utilizado por outras partes.
Análise: Como regra, o relatório do auditor é destinado aos usuários primários, e não a usuários específicos. Todavia, nessas situações excepcionais, o parágrafo de outros assuntos irá fazer esta menção.
Além disso, o conteúdo do parágrafo de outros assuntos mostra que não há exigência de esse outro assunto ser apresentado e divulgado nas demonstrações contábeis.
Outrossim, o parágrafo de outros assuntos não inclui informações que o auditor esteja proibido de fornecer por lei, regulamento ou outras normas profissionais, por exemplo, normas éticas relativas à confidencialidade das informações.
Análise: o parágrafo de outros assuntos também não inclui informações cujo fornecimento pela administração seja exigido, uma vez que caso haja essa exigência, estas informações devem estar fundamentadas na parte primária do Relatório e não no parágrafo de outros assuntos (assuntos secundários).
Exemplo de Parágrafo de Ênfase
Veja um exemplo de um parágrafo de ênfase no relatório do auditor:
Chamamos a atenção para a Nota Explicativa X às demonstrações contábeis, que descreve os efeitos do incêndio nas instalações fabris da Companhia. Nossa opinião não contém ressalva relacionada a esse assunto.
Exemplo de Parágrafo de Outros Assuntos
Veja também um exemplo de um parágrafo de outros assuntos no relatóriodo auditor:
As demonstrações contábeis da Companhia ABC para o exercício findo em 31 de dezembro de 20X0 foram examinadas por outro auditor independente que emitiu relatório em 31 de março de 20X1 com opinião sem modificação sobre essas demonstrações contábeis.
REFERENCIAIS:
https://cfc.org.br/tecnica/normas-brasileiras-de-contabilidade/nbc-ta-de-auditoria-independente/
https://www.estrategiaconcursos.com.br/blog/resumo-nbc-ta-300-planejamento-da-auditoria-das-demonstracoes/
https://www.contabeis.com.br/artigos/5804/auditoria-das-demonstracoes-contabeis-e-financeiras-como-garantia-de-confiabilidade-empresarial/
http://www.portaldeauditoria.com.br/normascrc/normasbrasileirasdecontabilidade820.htm
https://www.exponencialconcursos.com.br/atualizacao-auditoria-2016-nbc-ta-210-termos-do-trabalho
https://cfc.org.br/wp-content/uploads/2018/04/Publicacao_NBC_TA_AUDITORIA.pdf
https://www.academia.edu/RegisterToDownload/BulkDownload
22