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21 Processos Fisiológicos do Corpo Humano - Sistema Endócrino III

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Dalton Willians S Arandas – Medicina AULA 21 
1 
PROCESSOS 
FISIOLÓGICOS DO 
CORPO HUMANO 
FISIOLOGIA DO SISTEMA ENDÓCRINO III 
PARATIREOIDES 
 
SECREÇÃO DO PARATORMÔNIO (PTH) 
 A secreção desse hormônio é por uma via hormonal que 
foge do eixo hipotálamo-hipófise-glândula. O PTH é 
produzido e liberado nas células principais, que são 
localizadas na paratireoide. E essas células são sensíveis ao 
Ca2+ que é um dos fatores reguladores do PTH, pois quando 
há uma hipocalcemia a estimulação da secreção do PTH é 
estimulada, bem como a hiperfosfatemia que promove o 
mesmo estímulo. Se há fatores que estimulam a presença de 
Ca2+ aumentada há inibição do PTH. 
 
 Distúrbios relacionados ao PTH prejudicam 
gravemente a homeostase de Ca2+ no organismo e tem 
atuações voltadas para a desmineralização óssea, pois o 
PTH tem uma ação muito próxima à vitamina D. 
 
 
 O PTH atua com ações renais com 
repercussão intestinais e degradação (reabsorção 
óssea) para repor os níveis de Ca2+ na corrente 
sanguínea. E quando há a reabsorção óssea outros 
elementos inorgânicos como os fosfatos são 
liberados no sangue, por isso a hiperfosfatemia 
diminui a ação do PTH para que se chegue aos 
níveis adequados, podendo levar até a fofatonúria, 
que é a eliminação do fosfato na urina. 
AÇÕES RENAIS 
 Estimula ação e síntese da enzima 1α-
hidroxilase que ativa a vitamina D por meio da 
hidroxilações se convertendo em 1,25-
dihidroxivitaminaD. 
 Nos rins a vitamina D com o PTH 
estimulam a reabsorção de Ca2+ que atua no início 
do túbulo distal, que por meio de suas células 
absorve Ca2+ da luz do tubo pelo aumento dos canais 
de Ca2+ que promove a saída desse íon pela 
membrana basolateral que vai para a corrente 
sanguínea por cotransporte. 
Dalton Willians S Arandas – Medicina AULA 21 
2 
 
 O PTH também atua no túbulo proximal causando a 
fosfatúria (aumenta a secreção de fosfato) inibindo a 
carreadora Na+/fosfato o que faz com que fique mais fosfato 
na luz do tubo. 
 
 
AÇÕES INTESTINAIS 
 Há aumento da absorção de Ca2+ da dieta para aumentar 
o Ca2+ sérico. 
 
AÇÕES ÓSSEAS 
 Com ação dos osteoblastos e osteoclastos, 
fazendo com que os osteoblastos expressem um 
número aumentado de receptores RANKL não 
bloqueados pela osteoprotegerina (OPG) (que age 
no RANKL bloqueando esse receptor para que ele 
não se ligue à proteína RANK que é um receptor do 
osteoclasto (que são macrófagos especializados)), 
pois para que o osteoclasto fagocite tecido ósseo o 
RANKL do osteoblasto deve estar ligado ao RANK 
do osteoclasto. E essa maior expressão de RANKL 
aumenta a atividade de reabsorção, de modo a 
aumentar o Ca2+ na corrente sanguínea. Além dessa 
ação o PTH diminui a quantidade de 
osteoprotegerina, tendo uma maior intensidade da 
ação dos osteoclastos. Os glicocorticoides (cortisol) 
diminuem a 
quantidade de osteoprotegerina podendo levar o 
paciente que faz uso de corticoides a desenvolver 
osteopenia ou osteoporose. 
 O estrogênio atua aumentando a síntese de 
osteoprotegerina que impede a reabsorção óssea, 
por isso a mulher na menopausa que tem a ação 
diminuída do estrogênio (ex.: estradiol) há uma 
menor quantidade de produção de OPG. 
 Paciente renal crônico tem níveis de Ca2+ 
sérico diminuídos pois não há atuação da vitamina 
D nos rins, bem como há hiperfosfatemia por não 
conseguir eliminar o fosfato na urina 
desenvolvendo um hiperparatireoidismo 
secundário (a forma secundária é oriunda de 
problemas que não estão diretamente na glândula, 
mas sim em outras estruturas que repercutem na 
glândula) pela produção exagerada do PTH pelos 
baixos níveis de Ca2+ e a elevação da quantidade de 
fosfato. 
A vitamina D age sinergicamente com o 
PTH, bem como atua diminuindo a expressão do 
PTH, sendo um regulador do PTG. Então excessos 
de liberação do PTH podem ser revertidos pela 
ingestão da vitamina D que inibe a secreção do 
PTH. Os calcimiméticos, fármacos que mimetizam 
o cálcio também servem para tratar 
hiperparatireoidismo, pois ao mimetizar o Ca2+ eles 
fazem com que o sensor das células principais não 
indique a produção de PTH. Os fármacos 
bifosfonatos integrados à matriz atuam induzindo a 
Dalton Willians S Arandas – Medicina AULA 21 
3 
apoptose dos osteoclastos que diminuem essa reabsorção. 
PÂNCREAS ENDÓCRINO 
 É umas das vias que faz parte do eixo hipotálamo-
hipófise-glândula. E os hormônios produzidos por essa 
estrutura são insulina, glucagon, somatostatina, polipeptídio 
pancreático. Sendo as células responsáveis por essa 
produção as seguintes: 
• Célula α – glucagon; 
• Célula β – insulina; 
• Célula Δ – somatostatina; 
• Célula pp ou F – polipeptídio pancreático. 
 
SÍNTESE DA INSULINA 
 A molécula da insulina tem importância laboratorial, 
pois a molécula de pró-insulina tem a cadeia A, cadeia B e 
cadeia C (peptídeo C) (dentro do complexo de Golgi), 
porém as proteases liberam o peptídeo C das outras cadeias, 
dentro das vesículas do complexo de Golgi, assim há uma 
quantidade equimolar de insulina e peptídeo C, onde o 
peptídeo C pode ser rastreado laboratorialmente para saber 
os níveis de insulina endógena e assim, identificar o quanto 
do pâncreas do paciente é capaz de produzir insulina, 
mesmo que que haja insulina endógena no organismo. 
 E o peptídeo C tem um tempo de meia-vida maior o que 
favorece a fidedignidade desse rastreio da insulina 
endógena. Esse metabolismo é importante em pacientes com 
diabetes tipo II que estão sendo administrados com insulina 
exógena para se monitorar a função pancreática desse 
paciente. 
 
 As células β-pancreáticas necessitam de 
estímulos para secreção de insulina, um dos 
estímulos principais é a glicemia e hormônios 
incretínicos (CCK, GIP, GLP-1) que são 
antecipatórios da secreção de insulina também 
favorecem esse processo. 
 
 As proteínas de membrana GLUT-2 por 
difusão facilitada favorecem a entrada de glicose 
nas células β de modo a pro0mover a rota glicolítica 
(glicólise) que vai gerar ATP que, por sua vez, vão 
fechar canis de K+ (regulados por ATP) na 
membrana, para aumentar a concentração de K+ no 
meio citoplasmático/intracelular que se torna 
positivo, e vai despolarizar a membrana o que vai 
provocar a abertura dos canais de Ca2+ dependentes 
de voltagem, o que vai gerar influxo de Ca2+ que 
colabora com a exocitose pelo colabamento das 
vesículas, de modo a liberar insulina e peptídeo C. 
Medicamentos que se utilizam desse mecanismo 
 As sulfonilureias (hipoglicemiantes orais) 
é uma classe farmacológica que atua fechando 
canais de K+, mimetizando a ação do ATP, de modo 
a favorecer a secreção de insulina pela cadeia, por 
isso tem resposta final hipoglicemiante. 
MECANISMO DE AÇÃO DA INSULINA 
 A insulina usa a via de transdução de sinal 
pela via de tirosina quinases. 
Dalton Willians S Arandas – Medicina AULA 21 
4 
 
 
 A resistência à insulina se dá por alguma alteração 
funcional na cascata de transdução da insulina. Os fármacos 
que tratam dessa resistência à insulina atuam nessa cascata, 
por exemplo, a metformina (que tem ação hepáticas que 
diminuem a gliconeogênese) que estimula as vias de ação da 
PI3-quinase de modo a potencializar os caminhos. 
 A insulina é o hormônio do estado alimentado para que 
coloque glicose nas células de reserva e ative rotas que 
inibam a liberação de glicose das células de reserva, bem 
como inibe lipólise e proteólise sempre favorecendo a 
reserva e não a quebra, de modo a tentar sempre que possível 
a glicose como primeira linha energética. 
 
 O GLP-1, que nadiabetes tem sua 
quantidade diminuída, é um dos principais 
hormônios incretínicos, e tem muitas atuações 
sistêmicas como, por exemplo, no pâncreas 
evitando a apoptose das células β bem como faz a 
proteção dessas células para que elas atuem 
secretando insulina. Esse hormônio tem uma grande 
importância farmacológica uma vez que existe uma 
classe farmacológica de análogos do GLP-1 que 
atuam fazendo as mesmas ações do GLP-1. 
 
PRINCIPAIS AÇÕES DO GLUCAGON 
• Aumenta a glicogenólise; 
• Aumenta a gliconeogênese; 
• Aumenta a formação de corpos 
cetônicos; 
• Aumenta a lipólise. 
Os hormônios incretínicos inibem a secreção de 
glucagon fazendo a regulação desse hormônio. A 
somatostatina também age regulando o glucagon 
bem como a insulina pois modula a resposta desses 
dois hormônios. 
POLIPEPTÍDEO PANCREÁTICO 
 Contrai a vesícula biliar, inibe a secreção 
pancreática exócrina, faz a modulação da secreção 
de ácido gástrico e motilidade gastrointestinal. 
GLÂNDULA SUPRARRENAL/ADRENAL 
• Zona glomerular: mineralocorticoides 
(aldosterona); 
• Zona fasciculada: glicocorticoides 
(cortisol e um pouco da produção de 
androgênios); 
• Zona reticular: muitos androgênios (e a 
produção de um pouco de glicocorticoides). 
Dalton Willians S Arandas – Medicina AULA 21 
5 
• Medula: adrenalina e noradrenalina (hidrossolúveis 
que necessitam de transdução de sinal) 
A glândula adrenal fica acima dos rins e tem uma região 
cortical e outra medular que produzem hormônios distintos. 
As três primeiras zonas apresentadas produzem hormônios 
esteroides. A suprarrenal participa do eixo hipotálamo-
hipófise-glândula final. E esse eixo tem controle por 
feedback. 
 
 
 
CORTISOL 
 
 O cortisol também é um hormônio liberado 
em surtos que atua no ânimo diário para obter 
motivações. O colesterol inicia a via para produção 
desse hormônio. 
 
 
 A enzima colesterol desmolase transforma 
o colesterol em pregnenolona iniciando o caminho 
da formação dos esteroides. Para o cortisol atua na 
célula alvo ele passa a membrana, por ser 
lipossolúvel, para então atingir o receptor que é 
intracelular. 
Dalton Willians S Arandas – Medicina AULA 21 
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 O cortisol regula diversas funções sendo o hormônio 
do estado não alimentado (estimula a glicogenólise, 
proteólise, lipólise e gliconeogênese) aumentando a 
glicemia, bem como a resistência à insulina. Regula também 
a resposta imunológica e inflamatória inibindo a enzima 
fosfolipase A2 que converte a fosfolipase em ácido 
araquidônico de modo a diminuir fatores inflamatórios, 
diminui a produção de interleucinas (IL-2, principalmente) 
e linfócitos T, por isso, medicamento scorticoides são 
imunossupressores e podem ser anti-inflamatórios. 
 O cortisol aumenta a expressão de células α, nas células 
musculares faz com que as respostas às catecolaminas 
(noradrenalina e adrenalina) fiquem aumentadas 
provocando vasoconstricção. 
 O cortisol também participa do estímulo para 
degradação de massa óssea diminuindo OPG 
(osteoprotegerina) e também compromete a síntese óssea 
pela inibição do colágeno, bem como estimula a taxa de 
filtração glomerular e diminui o sono REM, e, portanto, atua 
regulando o ciclo do sono, ciclando ondas do que não seja o 
sono REM, aumentando o sono superficial podendo 
desenvolver insônia no paciente. 
Caso clínico síndrome de Cushing 
 É uma síndrome que causa hipercortisolismo, pode ser 
ocasionada pelo uso de corticoides cronicamente 
(iatrogênica), ou por tumor na suprarrenal, tumor 
hipofisário secretor de ACTH (chama-se doença de 
Cushing o tumor adenohipofisário secretor de ACTH), 
tumores pulmonares secretores de ACTH. 
 
ANDROGÊNIOS 
 São hormônios que levam a características sexuais 
masculinas (padrão de distribuição dos pelos, libido, 
crescimento de massa óssea e muscula (efeitos 
anabólicos), regula humor e disposição). 
HORMÔNIOS SEXUAIS 
 São hormônios que pertencem ao eixo 
hipotálamo-hipófise-glândula final pois GnRH que 
estimula FSH e LH faz com que esses últimos atuem 
nas gônadas regulando a formação dos gametas e 
dos hormônios nas glândulas sexuais (formação dos 
espermatozoides e formação dos óvulos). 
 O FSH e LH tem ações especificas. Pois o 
FSH atua nas células de Sertoli atuando na 
espermatogênese, e as próprias células de Sertoli 
induzem a formação de inibinas, que inibem a 
produção e secreção de FSH fazendo um feedback 
negativo. Enquanto o LH estimula a secreção de 
testosterona nas células de Leydig (localizadas no 
testículo) e a testosterona atua nas células de Sertoli 
na espermatogênese (ação local). 
 Algumas das ações da testosterona nas 
células alvo não são diretas, ela primeiro precisa ser 
convertida para poder agir, essa conversão 
normalmente é de testosterona em 
dihidrotestosterona (DHT) que estimula o 
crescimento prostático, padrão de distribuição 
dos pelos, calvície, regulação das glândulas 
sebáceas. 
 No crescimento prostático a finasterida é 
um fármaco inibidor da 5-α-redutase que diminui a 
ação da enzima que converte testosterona em DHT 
para tratar a calvície e crescimento prostático 
benigno. 
E há também a conversão da testosterona em 
estradiol que é convertido pela enzima aromatase 
que influencia no comportamento sexual 
masculino. Nas mulheres a produção do estradiol é 
precedida da produção de androgênios nos ovários 
que é transformado em testosterona que vai ser 
aromatizado em estradiol. 
 
 
 
Dalton Willians S Arandas – Medicina AULA 21 
7 
CICLO MENSTRUAL 
 O ciclo menstrual é fortemente marcado pela variação 
nos níveis de FSH, LH e estradiol. Há também a presença 
de feedback positivo (breves dias da fase folicular entre 
FSH, LH e estradiol para desencadear a ovulação). 
 
Caso clínico – ovário policístico 
 É ocasionado por um distúrbio hormonal que leva a 
hiperinsulinemia, obesidade em alguns casos e 
dislipidemias. Há excesso de androgênios e liberação de 
vários óvulos ao mesmo tempo, que gera a surtos de LH (que 
produz muitos androgênios) e baixa os níveis de FSH (que 
impede a conversão em estradiol), juntamente com a 
hiperinsulinemia que faz a ação do LH ser mais intensa, 
além de aumentar a produção desse LH. A espironolactona 
é um fármaco que diminui a ação dos androgênios 
bloqueando receptores.