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FISIOLOGIA ENDÓCRINA

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Capítulo 75 – INTRODUÇÃO À ENDOCRINO 
Hormônios endócrinos são liberados por glândulas ou células especializadas no sangue circulante e influenciam a função das células-alvo em outro local do corpo. Uma vez que esse hormônio foi liberado, ele tem receptores que estão no citoplasma, tem receptores que estão dentro do núcleo, e tem receptores que estão na superfície da membrana celular. Quando a insulina é liberada pelas ilhotas beta pancreáticas, por exemplo, se conecta aos receptores de superfície celular. Já os hormônios tirosina possuem receptores no interior da célula. 
Esses da superfície da célula possuem características diferentes, por exemplo, nós temos receptores que funcionam como canal e receptores acoplados a um canal, então a ligação do hormônio abre ou fecha esse canal. Outros receptores estão acoplados a proteínas g que iniciam cascatas enzimáticas.
A maioria dos hormônios seguem o eixo hipotálamo-hipófise-glândula. Esse eixo pode seguir um feedback positivo ou negativo. O cortisol, hormônio liberado pela suprarrenal, por exemplo, precisa que o hipotálamo mande um mensageiro para a hipófise e a hipófise, quando ativada, libere outro hormônio que atua nessa glândula liberando-o. 
A glândula adrenal libera cortisol. Para que a glândula suprarrenal liberasse o cortisol ela precisou de um estimulo, precisou de um hormônio liberado pela hipófise, mais especificamente a adeno-hipófise (hipófise anterior), o hormônio ACTH (hormônio adenocorticotrópico), ou seja, um hormônio que tem tropismo pela glândula adrenal. Pra que essa hipófise anterior liberasse o ACTH ela recebeu um estimulo hormonal do hipotálamo, que secretou CRH (hormônio regulador do ACTH). O hipotálamo tem essa sensibilidade através do feedback positivo, quando o cortisol está baixo a própria diminuição faz com que tenha a ativação da liberação do hipotálamo, da mesma forma que se o cortisol estiver alto, ele vai fazer o feedback negativo inibindo a ativação desse eixo.
Testosterona é produzida pelo testículo, quem ativa a glândula masculina a produzir a testosterona é o fsh e o lh pela adeno-hipófise, ativado pelo hipotálamo a partir do hormônio regulador das gonadotrofinas. Quando o homem injeta a testosterona exógena, há o feedback negativo em que ele produz os caracteres sexuais masculinos, porém, o eixo dele estará inibido, no qual o testículo, local de produção do hormônio, não está produzindo testosterona e atrofia. Qualquer glândula em desuso vai diminuir em tamanho. Quase todos os hormônios seguem esse eixo, exceto insulina e glucagon. A pessoa que faz uso de corticoide exógeno, inibe o eixo no qual há pouco cortisol produzido pelo corpo. 
Na introdução ao sistema endócrino, existem hormônios constituídos de peptídeos (insulina, hormônios da paratireoide), outros esteroides (estrogênio, cortisol), aminas (noradrenalina, dopamina), tireóideos (tirosina). Cada um tem características diferentes ESTUDAR!
1. Proteínas e polipeptídeos, incluindo hormônios secretados pela hipófise anterior e posterior, pelo pâncreas (insulina e glucagon), pela paratireoide (paratormônio) e por muitos outros.
2. Esteroides secretados pelo córtex adrenal (cortisol e aldosterona), pelos ovários (estrogênio e progesterona), testículos (testosterona) e pela placenta (estrogênio e progesterona).
3. Derivados do aminoácido tirosina, secretados pela tireoide (tiroxina e triiodotironina) e medula adrenal (epinefrina e norepinefrina). Não existe hormônio conhecido com polissacarídeos ou ácidos nucleicos.
Muitos órgãos do corpo humano fazem parte do sistema endócrino e tem a capacidade de produzir hormônio, como o coração. 
Hormônios hipofisários e seu controle no hipotálamo. 
O hipotálamo é subdivido em várias partes com função endócrina mas também faz controle do sistema nervoso autônomo, temperatura corporal, regula o processo de sede e fome, controle de emoções, contração muscular, regula a secreção de diversas glândulas que produzem hormônios, produz ADH e ocitocina (secretados pela neurohipófise), age nos processos relacionados ao desejo sexual e regula o estado de consciência.
A hipófise é a principal glândula do corpo humano. É dividida em adenohipófise (anterior) ou neurohipófise (posterior). Dentre os hormônios produzidos pela adeno-hipófise, tem-se a prolactina que atua nas glândulas mamarias, o hormônio de crescimento ou AGH, que atua no crescimento dos músculos, ossos e órgãos em geral, hormônio estimulante da tireoide (TSH), que atua na tireoide, hormônio corticotrópico, que atua nas adrenais, e os hormônios gonadotróficos, que atuam nas gônadas.
Uma vez que os hormônios da neurohipófise foram produzidos eles são liberados através de vesículas na corrente sanguínea e atingem o órgão no qual possuem seus receptores.
A hipófise vai ser ativada pelos hormônios do hipotálamo.
	HIPOTÁLAMO
	HIPÓFISE (glândula)
	inibitórios
	trh
	TSH (TIREÓIDE)
	
	crh
	ACTH (ADRENAL)
	
	ghrh
	GH (FÍGADO)
	GHIH
	gnrh
	LH E FSH (GÔNADAS)
	
	prh
	PROLACTINA (MAMAS)
	DOPAMINA
O hipotálamo também produz hormônios inibitórios. Esse eixo é ativado e inativado conforme a necessidade. 
Algumas pessoas possuem alterações da hipófise que podem ser causadas pelo panhipopituitarismo. Se há diminuição da atividade dessa glândula, todas as suas funções finais estarão prejudicadas. Outras pessoas podem ter adenoma hipofisário que pode crescer sem respeitar seus limites e comprime as células vizinhas fazendo com que elas não tenham suas funções normais (diminuição de função das células adjacentes). 
Hormônio de crescimento
Influencia no crescimento em termo de estatura, massa óssea e aumento dos órgãos. O crescimento não está voltado apenas ao hormônio GH, para que uma pessoa cresça depende de diversos fatores como a ausência dos hormônios da tireoide. Crianças que têm diabetes mellitus também possuem disfunção de crescimento. A dieta adequada também influencia no crescimento.
Funções fisiológicas do hormônio do crescimento. O hormônio do crescimento não age por meio de glândula-alvo específica, mas exerce seus efeitos sobre todos os tecidos do organismo, diferentemente de outros hormônios hipofisários.
O hormônio do crescimento promove o crescimento de diversos tecidos do corpo. Também chamado de somatotropina, é uma proteína que provoca o crescimento dos tecidos, aumento do tamanho da célula e elevação do numero de mitoses. Após a ossificação das cartilagens, não é possível ocorrer crescimento adicional dos ossos mesmo que os outros tecidos continuem a crescer. 
O hormônio do crescimento tem diversos efeitos metabólicos. O GH provoca o 1. Aumento da síntese de proteínas, 2. Aumento da mobilização dos ácidos graxos do tecido adiposo, no sangue e de sua utilização como fonte de energia e 3. Redução da utilização da glicose no corpo. 
O HORMONIO DO CRESCIMENTO PROMOVE A DEPOSIÇÃO DE PROTEÍNAS NOS TECIDOS. 
Aumento do transporte de aminoácido através das membranas celulares. O GH aumenta o transporte de aminoácido para o interior das células, o que aumenta a síntese proteica. Esse efeito é similar ao controle da insulina no transporte da glicose.
Aumento da tradução do RNA para provocar a síntese de proteínas dos ribossomos. O GH aumenta a síntese proteica pelas organelas. 
Aumento da transcrição nuclear do DNA para formar RNA. O GH estimula a transcrição de DNA elevando a quantidade de RNA promovendo maior síntese proteica.
Redução do catabolismo das proteínas e dos aminoácidos. O GH mobiliza os ácidos graxos do tecido adiposo para fornecer energia à célula. 
RESUMO. O GH aumenta a captação dos aminoácidos e da síntese proteica pelas células e reduz a destruição das proteínas. 
O GH amplia a utilização das gorduras como fonte de energia. Além de liberar ácidos graxos no tecido adiposo ele aumenta a conversão desses ácidos em acetil-CoA e sua utilização como energia. Essa capacidade leva o aumento da massa magra, no entanto, requer mais tempo.
Efeito cetogênico do GH em excesso. Com o aumento da mobilização de lipídios como fonte de energia provoca a formação acentuadade ácido acetoacético pelo fígado, originando o quadro de cetose. Essa deposição excessiva provoca também a deposição de gordura no fígado.
O GH reduz a utilização dos carboidratos. Os efeitos que influenciam no metabolismo dos carboidratos são 1. Diminuição da captação de glicose pelos tecidos, 1. Aumento da produção de glicose pelo fígado, e 3. Aumento da secreção de insulina. Essas alterações resultam da resistência à insulina, em que o GH diminui as ações da insulina para estimular a captação de glicose e para inibir a gliconeogênese (produção de glicose). Isso aumenta a concentração de glicose no sangue fazendo com que haja mais secreção de insulina. Os efeitos do GH são semelhantes ao da diabetes. O aumento da utilização de ácidos graxos contribui para a deficiência das ações da insulina na utilização da glicose pelos tecidos. 
Necessidade de insulina e de carboidratos para a ação promotora do crescimento do GH. O GH não provoca crescimento em animais desprovidos de pâncreas ou que não ingerem carboidratos para fornecer energia. É necessário a atividade da insulina para que o GH seja eficaz no metabolismo do crescimento.
O GH estimula o crescimento das cartilagens e dos ossos. Efeitos do GH no crescimento dos ossos incluem 1. Aumento da deposição de proteína pelas células que causam crescimento ósseo, 2. Aumento da reprodução celular e 3. Converte condrócitos em osteócitos ocasionando deposição de osso novo. O GH age como forte estimulador dos osteoblastos.
O GH exerce grande parte de seus efeitos por meio de substâncias intermediarias chamadas “somatomedinas”. O GH leva o fígado a produzir proteínas, somatomedinas, que aumenta o crescimento ósseo. O efeito dessas proteínas é semelhante ao efeito da insulina no crescimento, denominando-se fatores de crescimento semelhante à insulina (IGF’s). A mais importante é a somatomedina C ou IGF-I. Os pigmeus e alguns tipos de nanismo apresentam incapacidade de sintetizar quantidades significativas de somatomedina C no plasma, isso explica abaixa estatura. Acredita-se que os efeitos do GH resultam das somatomedinas e não dos efeitos direto do hormônio nos tecidos, mas ainda é questionável. 
Curta duração da ação do GH, mas ação prolongada da somatomedina C. Por ter apenas ligações fracas com as proteínas plasmáticas, o GH é rapidamente liberado do sangue para os tecidos. Já a somatomedina C tem forte ligação e é liberada lentamente e prolonga os efeitos promotores do crescimento. 
Regulação da secreção do GH. A secreção do GH diminui com o passar dos anos. Ela se dá de forma pulsátil. Alguns fatores estimula a secreção como 1. Jejum, especialmente com deficiência grave de proteína (Kwashiorkor), 2. Hipoglicemia ou baixa secreção de ac graxos, 3. Exercício, 4. Excitação, 5. Trauma e 6. Grelina, hormônio secretado pelo estomago antes das refeições. O GH também aumenta durante as duas primeiras horas de sono profundo. 
O papel do hipotálamo, do hormônio liberador do GH e da somatostatina no controle da secreção do GH. Sabe-se que a secreção do GH é controlada por dois fatores polipeptídicos secretados do hipotálamo e transportados para a adeno-hipófise: o GHRH (liberador) e somatostatina (inibidor). No núcleo ventromedial, área sensível à concentração de glicose, do hipotálamo ocorre a origem da secreção do GNRH. Alguns dos sinais que modificam os impulsos alimentares também alteram a secreção de GH. Os sinais que representam emoções são capazes de afetar o controle hipotalâmico da secreção de GH, aumentando sua secreção. Contudo, a maior parte do controle da secreção de GH é mediada pelo GHRH, que estimula sua secreção ao ligar-se com a receptores na membrana celular nas células do GH, na hipófise. Os receptores ativam o sistema da adenilil ciclase na membrana aumentando o nível intracelular de monofosfato de adenosina cíclico. Isso apresenta efeitos como o aumento do transporte de Ca para a célula levando à fusão de vesículas secretoras do GH com a membrana e consequente liberação do hormônio no sangue. Outro efeito é o aumento da transcrição dos genes responsáveis pela estimulação da síntese do GH. O maior controlador da secreção do GH é o estado de nutrição tecidual em longo prazo, especialmente seu nível de nutrição proteica. 
ANORMALIDADES DA SECREÇÃO DO GH.
Pan-hipopituitarismo. Secreção reduzida dos hormônios da adenohipófise, pode ser congênita (desde o nascimento) ou adquirida, geralmente resultante de tumor. No adulto, é uma anormalidade comum. 
Nanismo. Geralmente o nanismo resulta do pan-hipopituitarismo durante a infância. Dificilmente um individuo com esse tipo de nanismo desenvolve funções sexuais adultas. Outro tipo de nanismo é pela deficiência hereditária da produção de somatomedina C.
Tratamento com hormônio do crescimento humano. O GH dos humanos é diferente do de outros animais. Atualmente ele é sintetizado pela E. coli, por DNA recombinante, estando disponível em grande quantidade. Em anões com deficiência apenas de GH, o tratamento precoce pode levar ao desenvolvimento normal. Além disso p tratamento com GH é benéfico em distúrbios metabólicos.
Gigantismo. Com o distúrbio de produção excessiva de GH pelas células acidofílicas antes da adolescência, a pessoa pode se tornar um gigante. Esse individuo geralmente apresenta hiperglicemia levanto as ilhotas do fígado a degeneração, desenvolvendo diabetes melito. Na maioria dos gigantes é possível o desenvolvimento de pan-hipopituitarismo por ser causado por tumor que cresce até que a hipófise seja destruída, levando a morte.
Acromegalia. Se um tumor acidofílico ocorrer após a adolescência e pessoa não puder mais crescer, há o crescimento de tecidos moles e os ossos ficam mais espessos, especialmente nas mãos, nos pés e no crânio. 
O possível papel da diminuição da secreção do GH como causa de mudanças associadas ao envelhecimento. O aspecto envelhecido parece resultar da diminuição da deposição de proteínas na maioria dos tecidos e do aumento da deposição de gordura. É muito possível que alguns efeitos do envelhecimento resultem da diminuição da secreção de GH. 
HIPOFISE POSTERIOR E SUA RELAÇÃO COM O HIPOTÁLAMO.
A neurohipófise é composta por células gliais que não secretam hormônios, mas agem como suporte para fibras nervosas que se originam no hipotálamo. As terminações nervosas secretam hormônios produzidos no hipotálamo: ADH (vasopressina) e Ocitocina. Esses hormônios são liberados por grânulos secretores nas terminações nervosas. 
Funções fisiológicas do ADH. A injeção de quantidades mínimas de ADH pode causar antidiurese. Na ausência de ADH, os túbulos e ductos coletores ficam quase impermeáveis a água, o que impede sua reabsorção permitindo a perda de liquido. Por outro lado, o ADH permite a absorção de água pelos ductos, conservando agua no corpo e viabilizando a absorção celular pela vesícula aquaporina. 
REGULAÇÃO DA PRODUÇÃO DO ADH
O aumento da osmolaridade do liquido extracelular estimula a secreção do ADH. Em algum ponto dentro ou próximo ou hipotálamo existem osmorreceptores. Quando o liquido extracelular fica concentrado eles sinalizam para o hipotálamo elevando a secreção de ADH. Quando o liquido extracelular fica muito diluído, o sinal para secreção de ADH reduz. 
O baixo volume sanguíneo e a baixa pressão estimulam a secreção do ADH – os efeitos vasoconstritores do ADH. Concentrações elevadas de ADH apresentam efeito de vasoconstrição. 
FUNÇÕES FISIOLOGICAS DA OCITOCINA. 
A ocitocina provoca contração do útero grávido. a quantidade de ocitocina no plasma aumenta durante o trabalho de parto, auxiliando no nascimento. 
A ocitocina auxilia na ejeção do leite pelos seios. A ocitocina faz com que o leite possa ser expulso pelos alvéolos para os ductos da mama de modo que o bebe possa obtê-lo por meio da sucção. O estimulo da sucção provoca transmissão de sinais ao hipotálamo o que leva a liberação da ocitocina pela neurohipófise. A ocitocina é transportada pelo sangue ate as mamas onde provoca a contração e ejeção do leite.
CAPÍTULO 77 - HORMÔNIOS METABÓLICOS DA TIREOIDEA tireoide secreta dois hormônios principais: a tiroxina (T4) e a tri-iodotironina (T3). Ambos aumentam o metabolismo do organismo. A ausência de secreção tireoidiana faz com que o metabolismo basal caia até 50%. A secreção tireoidiana é controlada pelo TSH, secretado pela adenohipófise. A tireoide também secreta calcitonina.
SINTESE E SECREÇÃO DOS HORMONIOS METABOLICOS TIREOIDIANOS. 93% dos hormônios secretados são T4 e 7% são T3. Entretanto quase toda a tiroxina é convertida em T3 nos tecidos. As funções desses hormônios diferem na velocidade e intensidade da ação: o T3 é 4x mais potente que o T4, mas está em menor quantidade e por tempo mais curto. 
ANATOMIA E FISIOLOGIA DA TIREOIDE. A tireoide é constituída pela substância secretora coloide formada por tireoglobulina, cuja moleca contem T3 e T4. Uma vez que a secreção chega aos folículos, deve ser reabsorvida através do epitélio folicular para o sangue para realizar suas funções no corpo. A tireoide também contem celular C que secretam calcitonina. 
O IODO É NECESSÁRIO PARA A FORMAÇÃO DE TIROXINA. Para formar T4 é necessário a ingestão de 50mg de iodo na forma de iodeto a cada ano, ou cerca de 1mg/semana. 
Destino dos iodetos ingeridos. São absorvidos pelo trato gastrointestinal para o sangue. Cerca de 1/5 é usado pelas células tireoidianas para a síntese de T3 e T4 enquanto o resto é excretado pelos rins.
BOMBA DE IODETO – O SIMPORTE DE SÓDIO-IODETO (CAPTAÇÃO DE IODETO). O primeiro estagio da formação de T3 e T4 é o transporte de iodeto para as células e folículos da tireoide. A membrana dessas células bombeia o iodeto e Na para o interior, ação simporte de sódio-iodeto. A energia é proveniente da bomba de Na/K, que bombeia Na para a fora da célula diminuindo a concentração de Na intracelular, facilitando a difusão (processo chamado captação de iodeto). A captação é influenciada pelo estimulo do TSH na atividade da bomba de iodeto e células tireoidianos, quanto a hipofisectomia diminui. A molécula transportadora pendrina transporta o iodeto pelo folículo para fora das células. As células da tireoide secretam também tireoglobulina para o folículo contendo tirosina. 
TIREOGLOBULINA E A BIOQUIMICA DA FORMAÇÃO DE TIROXINA E TRI-IODOTIRONINA. 
Formação e secreção de tireoglobulina pelas células da tireoide. O reticulo e o Golgi sintetizam e secretam para os folículos a tireoglobulina contendo tirosina que são os principais substratos que se combinam com o iodo para formar T3 e T4, que se formam no interior da molécula de tireoglobulina. 
Oxidação de íon iodeto. Para formação do T3 e T4 é necessária a conversão de iodeto em iodo que então se combina com a tirosina. Essa oxidação da tirosina é promovida pela peroxidase, acompanhada pelo H2O2. Quando a peroxidase é bloqueada não há formação de hormonios tireoidianos. 
Iodização da tirosina e formação dos hormonios tireoidianos – “organificação” da tireoglobulina. A ligação de iodo com tireoglobulina é chamada organificação. O iodo se liga a tirosina, no entanto, a enzima peroxidase na qual está ligado reduz esse tempo de ligação.
Armazenamento da tireoglobulina. Após a síntese de hormonios cada tiroglobulina armazena T3 e T4nos folículos em quantidades suficientes para suprir as necessidades do corpo por até 3 meses. 
Liberação de T3 e T4 pela glândula tireoide. T3 e T4 são clivados da tireoglobulina para serem transportados pelo sangue. As tirosinas iodadas que não se tornam hormônios são liberadas e recicladas para a formação de novas moléculas de T3 e T4. Muitas pessoas apresentam deficiência de iodo devido a falha desse processo de reciclagem. 
Taxa diária da secreção de T3 e T4. 35ug diário.
TRANSPORTE DE T3 E T4 PARA OS TECIDOS.
T3 e t4 estão ligadas a proteínas plasmáticas. Ao serem liberadas no sangue t3 e t4 se ligam imediatamente a proteínas plasmáticas sintetizadas pelo fígado, como a globulina e a pré-albumina. 
T3 e t4 são liberadas lentamente para as células teciduais. Devido à alta afinidade com proteínas plasmáticas, esses hormônios são liberados lentamente para os tecidos. Ao penetrar na célula, se ligam a proteínas intracelulares onde são de novo armazenadas, mas dessa vez nas próprias células-alvo para serem usadas lentamente.
A ação dos hormônios tiroidianos tem início lento e longa duração. Após a injeção de T4 não se detectam feitos durante 2 dias, o que demonstra seu longo período de latência. Uma vez que a atividade se inicia, aumenta progressivamente até seu máximo, 12 dias. O declínio ocorre em cerca de 15 dias. Já o T3 é 6x mais rápido, tendo 6h de período de latência e pico em 3 dias. 
FUNÇÕES FISIOLÓGICAS DOS HORMONIOS TIREOIDIANOS.
Os hormônios tireoidianos aumentam a transcrição de um grande numero de genes. O efeito de t3 e t4 é ativar a transcrição nuclear de grande numero de genes. O resultado é o aumento da atividade funcional do organismo.
A maior parte de tiroxina é convertida em tri-iodotironina. Antes de agir nos genes um átomo de iodo é removido de T4, formando T3, pelo qual os receptores intracelulares têm mais afinidade.
Os hormônios tireoidianos ativam receptores nucleares. Após se ligarem a t3 e t4 os receptores se ativam e inicia a transcrição. Os hormônios tireoidianos também têm efeitos celulares não genômicos e seus efeitos não são afetados por inibidores de transcrição e tradução.
Os hormônios tireoidianos aumentam a atividade metabólica celular. O metabolismo aumenta 60% e a velocidade de utilização dos alimentos para a produção de energia, de síntese proteica, de catabolismo, de estímulos mentais e de crescimento de jovens é acelerada.
Os hormônios tireoidianos aumentam o número e a atividade das mitocôndrias. Na presença de t3 e t4 as mitocôndrias aumentam em tamanho e número. A membrana aumenta proporcionalmente ao metabolismo. 
Os hormônios tireoidianos aumentam o transporte ativo de íons através da membrana celular. Esse aumento de transporte de íons utiliza energia e aumenta o calor produzido pelo organismo. Esse processo pode ser um dos mecanismos pelo qual os hormônios tireoidianos aumentam o metabolismo corporal. 
Efeito do hormônio tireoidiano no crescimento. Na presença de hipotireoidismo o crescimento é retardado. No hipertireoidismo o crescimento é excessivo. Os ossos maturam com mais velocidade de modo que a duração do crescimento pode ser reduzida. T3 e t4 promovem o crescimento e desenvolvimento do cérebro durante a vida fetal e primeiros anos pós-natal. Sem tratamento há deficiência mental.
EFEITOS DO HORMÔNIO TIREOIDIANO NAS FUNÇÕES CORPORAIS ESPECÍFICAS. 
Estimulação do metabolismo dos carboidratos. Estimula a captação rápida de glicose, aumento da glicólise, gliconeogênese, absorção do trato gastrointestinal e secreção de insulina. Esses efeitos resultam do aumentam das enzimas metabólicas.
Estimulação do metabolismo das gorduras. Os lipídeos são mobilizados a partir do tecido adiposo o que reduz o acumulo de gordura no organismo, o que também aumenta a concentração de ácidos graxos livres no plasma e acelera a oxidação pelas células.
Efeito nas gorduras plasmáticas e hepáticas. O aumento de T3 e T4 diminui as concentrações de colesterol, fosfolipídios e triglicerídeos no plasma embora aumente os ácidos graxos. No contrário, há deposito de lipídeos no fígado. A diminuição do colesterol deve-se ao aumento da secreção de colesterol na bile e sua perda nas fezes. 
Necessidade aumentada de vitaminas. Como aumento de enzimas há a necessidade do aumento de vitaminas tendo em vista que elas formam partes essências de algumas enzimas. 
Aumento da taxa de metabolismo basal. 
Redução do peso corporal. A quantidade elevada reduz o peso (e também aumenta o apetite), enquanto sua falta eleva o peso. 
Aumento do fluxo sanguíneo e debito cardíaco. O aumento do metabolismo requer mais uso de oxigênio, provocando vasodilatação que aumenta o fluxo sanguíneo e o debito cardíaco se eleva. 
Aumento da frequência cardíaca. O hormônio tireoidiano apresenta efeito direto na excitabilidade do coração o que eleva a frequência cardíaca. 
Aumento da forçacardíaca. 
Pressão arterial normal. 
Aumento da respiração.
Aumento da motilidade gastrointestinal. Aumenta a produção de secreções digestivas. Hipertireoidismo provoca diarreia e hipo, constrição. 
Efeitos excitatórios no sistema nervoso central. aumenta a velocidade da atividade cerebral.
Efeito na função dos músculos. Quando em baixa quantidade de hormonios tireoidianos os músculos ficam enfraquecidos.
Tremor muscular. No hipertireoidismo o tremor é causado pela atividade aumentada das sinapses neuronais.
Efeito o sono. devido ao efeito exaustivo do hormônio na musculatura e no SNC, a pessoa com hipertireoidismo geralmente se queixa de cansaço. No contrário, a sonolência é constante.
Efeito em outras glândulas endócrinas. A elevação desses hormonios aumenta a secreção de várias outras glândulas e também aumenta a necessidade tecidual. Por exemplo, o aumento de T4 eleva o metabolismo de glicose, provocando a necessidade de insulina. Também aumentam a inativação de glicocorticoides adrenais conduzindo a elevação de ACTH por feedback. 
Efeito na função sexual. Em homens falta pode provocar perda de libido e o excesso, impotência. Em mulheres, a falta provoca menstruação excessiva. Não há função específica sobre as glândulas. 
REGULAÇÃO DA SECREÇÃO DO HORMONIO TIREOIDIANO. Para atingir o nível ideal de secreção de T3 e T4, mecanismos de feedback operam por meio do hipotálamo e da hipófise anterior. 
O TSH (da adenohipófise) aumenta a secreção tireoidiana. Esse hormônio aumenta a secreção de T3 e T4 pela tireoide. Seu efeito específico na tireoide é o aumento das atividades secretoras das células tireoidianas. 
1. Aumento da proteólise da tireoglobulina com aumento da liberação de T3 e T4 na corrente sanguínea. 
2. Aumento da atividade da bomba de iodeto que aumenta a captação de iodeto.
3. Aumento da iodização da tirosina para formar T3 e T4.
4. Aumento do tamanho e da atividade secretora das células tireoidianas.
5. Aumento do número de células tireoidianas.
O efeito mais precoce é o início da proteólise da tireoglobulina que libera T3 e T4.
O monofosfato cíclico de adenosina medeia o efeito estimulador do TSH. O efeito do TSH na tireoide resulta do sistema celular “segundo mensageiro”, monofosfato de adenosina cíclico (AMPc) formado no interior das células tireoidianas. 
A secreção do tsh pela hipófise anterior é regulada pelo hormônio liberador de tireotropina (TRH) do hipotálamo. A secreção de TSH na adenohipófise é controlado pelo TRH secretado pelo hipotálamo. Ele afeta diretamente as células da adenohipófise elevando a secreção de TSH. Isso acontece devido a ligação a receptores TRH na membrana das células hipofisárias que ativam um sistema em cascata ate finalmente a liberação de TSH.
Efeitos do frio e outros estímulos neurogênicos na secreção de TRH e TSH. O aumento da secreção desses homonios resulta no aumento do metabolismo basal. Portanto, um individuo que sofre de hipotireoidismo possui sensibilidade ao frio. Agitação e ansiedade também são fatores que afetam a liberação de TRH e TSH – condições que estimulam o SNS – e causam redução da secreção de TSH, pois esses estados aumentam o metabolismo e a temperatura corporal.
Efeito de feedback do hormônio tireoidiano para reduzir a secreção de TSH pela adenohipófise. A elevação de T3 e T4 reduz a secreção de TSH, por feedback. É provável que essa inibição ocorra por efeito direto do T3 e T4 na hipófise anterior. 
Substâncias antitireoidianas suprimem a secreção tireoidiana. Tiocianato, propiltiouracil.
Os íons tiocianato reduzem a captação de iodeto.
O propiltiouracil reduz a formação de hormonio tireoidiano.
DOENÇAS DA TIREOIDE.
HIPERTIROIDISMO. Secreção elevada T3 e T4.
Causas do hipertireoidismo (bócio tóxico, tireotoxicose, doença de Graves). Hiperplasia glandular. Aumento da secreção. A doença de Graves é autoimune, na qual anticorpos se ligam aos receptores de TSH e provocam a ativação continua do sistema AMPc, resultando na estimulação prolongada de secreção glandular cerca de 12x maior que o estimulo do TSH. Isso suprime a formação de TSH pela adenohipófise, e o TSH cai. 
Adenoma tireoidiano. O hipertireoidismo pode resultar de adenoma localizado que se desenvolve no tecido da tireoide e secreta grande quantidade de t3 e t4. Não está associado a autoimunidade.
Sintomas do hipertireoidismo. Alta excitação, intolerância ao calor, redução da sudorese, perda de peso, diarreia, fraqueza muscular, nervosismo, fadiga, insônia e tremor das mãos.
Exoftalmia. Protrusão do globo ocular por edema dos tecidos retro-orbitais e alterações degenerativas nos músculos extraoculares causadas por anticorpos que atacam essas áreas, ou seja, autoimune.
Testes diagnósticos para o hipertireoidismo. Medição direta de tiroxina livre no plasma, metabolismo basal e concentração de TSH, por radioimunoensaio.
Tratamento de hipertireoidismo. Remoção cirúrgica da maior parte da tireoide. administração de remédios antitireoidianos. 
HIPOTIREOIDISMO. Baixa concentração de T3 e T4. Assim como o hiper, é geralmente iniciado por autoimunidade contra tireoide (doença de Hashimoto), mas, nesse caso, é a imunidade que destrói a glândula. Também há associado ao aumento da glândula chamando de bócio. 
Bócio coloide endêmico causado por deficiência dietética de iodeto. Hiperplasia glandular. A falta de iodo impede a produção de T3 e T4, resultando na secreção excessiva de TSH que estimula a secreção de coloide de tireoglobulina nos folículos e a glândula aumenta, sem a produção de T3 e T4. 
Bócio coloide atóxico idiopático. Mesmo sem a deficiência de iodo, e com a secreção normal de T3 e T4 há o desenvolvimento de bócio. A secreção de T3 e T4 é reduzida e há o aumento de TSH e crescimento glandular. A glândula pode apresentar deficiência na captação de iodeto, no sistema peroxidade, na conjugação das tirosinas iodatas e deficiência da enzima deiodinase que impede a reciclagem de iodo, levando a sua falta.
Características fisiológicas do hipotireoidismo. Fadiga e sonolência extrema, lentidão musculas, redução da frequência cardíaca, do debito cardíaco e do volume sanguíneo, aumento de peso, constipação, lentidão mental, mixedema. 
Mixedema. Flacidez sob os olhos e inchaço da face. Excesso de gel tecidual.
Cretinismo. Causado por hipotireoidismo extremo. Se caracteriza pela deficiência de crescimento corporal e retardo mental. Ausência congênita de tireoide, da sua incapacidade de produzir hormônio ou da ausência de iodo na dieta. 
DIABETES
S, tem 54 anos de idade apresenta diabetes tipo 2 desde os 45 anos. Comparece ao hospital referindo uma ferida com secreção em seu pé direito, informa que a percebeu a uma semana ao retirar suas meias e apresentavam-se sujas de secreção. Não sabe como o ferimento foi causado. Relata história de hipertensão, colesterol alto, ausência de albuminuria (rim normal) (então, na maioria das vezes, o paciente diabético tem em conjunto alguma síndrome metabólica e outras alterações, o que piora o seu prognostico). Nega infarto agudo do miocárdio (nenhuma lesão vascular), retinopatia (retina normal) ou doença do fígado (a diabete pode ser silenciosa, ela vai agredindo o organismo de forma gradativa e quando o paciente percebe já está em estado avançado fazendo lesão de órgão alvo). Fuma um maço de cigarro por dia, desde os 18 anos. Ingere cerveja aos finais de semana e não utiliza drogas ilícitas. Trabalha como vendedor em uma loja de departamentos. 
A primeira droga de escolha para um paciente com diabetes sem contraindicação é a metfomina. Ele já está em dose máxima. Ao exame físico o primeiro metatarso apresenta ulcera redonda, base de cor de rosa, secreção volumosa com odor desagradável. O pé apresenta edema, eritema e aumento da temperatura na polpação. Não há relatos de dor durante esse procedimento. 
A hipótese diagnóstica é o pé diabético. Além disso ele tem diabetes mellitus tipo 2, hipercolesterolemia e tem HAS. Ele apresenta lesão de órgão alvo, os nervos (neuropatia diabética, os nervos periféricos estão acometidos, que faz com que elenão sinta dor). 
A diabetes diminui a sensibilidade, principalmente de nervos responsáveis pelos órgãos periféricos. Os mais acometidos são os pés pois estão longe do campo de visão. Uma simples fissura pode evoluir pra uma ferida que não cicatriza, pois, o diabetes dificulta a cicatrização devido a acidose e aos componentes que estão ali presentes. 
FISIOLOGIA
Glicemia – quantidade de glicose no sangue;
Hiperglicemia – aumento da glicose no sangue; 
Hipoglicemia – baixa glicose no sangue; 
Glicosúria – glicose na urina;
Diabetes Mellitus é uma doença do metabolismo intermediário (anabolismo/catabolismo), se caracteriza por hiperglicemia crônica, pode ter secreção inadequada de insulina, secreção normal com problema nos receptores, pode ter secreção diminuída ou ausente, dependendo do tipo de diabete. Tudo isso provoca uma descompensação metabólica sistêmica. Em que o excesso de açúcar no sangue causa um efeito metabólico generalizado. Pode ocasionar lesão de órgãos alvos ao longo prazo (olhos, vasos sanguíneos, rins, sistema nervoso, coração entre outros). 
A glicose ingerida após a alimentação vai para ao sistema digestivo, e o corpo já foi acionado para produzir os a insulina (as ilhotas B-pancreáticas). Depois o açúcar sai para o sistema digestivo e vai para o sangue. Aquela insulina produzida também foi pro sangue. Com que finalidade? Diminuir a quantidade de glicose no sangue facilitando sua entrada pra célula. Na superfície celular existem receptores de insulina e canais para a passagem da glicose (GLUT). Nem sempre esses canais estão na membrana, as vezes ficam dentro em forma de vesícula. De uma forma geral a insulina se liga ao receptor que provoca a abertura do canal de glicose para entrar na célula e produzir energia. A insulina se liga ao seu receptor provocando a expressão do glut para que a glicose passe para o interior da célula. Ou seja, a insulina provoca a transcrição, tradução e síntese de GLUT (mais especificamente o 4) e manda esse glut4 pra superfície. Assim, a glicose consegue entrar na célula. Se não tiver insulina, não haverá o glut4 na superfície. Os outros tipos de glut não são dependentes de insulina. Por isso a diabetes é uma doença silenciosa pois os outros órgãos continuam conseguindo ter glicose pois eles não dependem exclusivamente da insulina. 
O paciente com diabetes tipo1 é o que possui maior fator hereditário (geralmente já nasce com uma doença autoimune contra as ilhotas beta pancreáticas e não produzem insulinas). Já o tipo2 pode ter a situação de produzir menos insulina, dificultando a retirada da glicose do sangue. Há também outros tipos de diabetes como a diabetes gestacional, idiopáticas etc. 
Após a alimentação os níveis de açúcar estão altos, a insulina produzida no pâncreas tem função de diminuir os níveis glicêmicos. Pega a glicose, manda para as células, e o que está em excesso é armazenado no fígado e nos músculos. Chega um momento em que os níveis glicêmicos começam a cair e o corpo quer manter um padrão de glicemia (entre 60 e 99mg/dL). Começa a retirar das reservas (principalmente o hepático) e mandar pro sangue. É liberado então um homronio que vai la no fígado e tira glicose, o glucagon (que também é produzido no pâncreas, nas ilhotas a-pancreáticas). Então o pâncreas é estimulado a produzir o glucagon que vai para o fígado e começa a destruir as reservas e mandar para o sangue, normalizando os níveis glicêmicos (glicogenólise/gliconeogênese). 
Só que o glucagon não é o único a controlar os níveis de glicose no sague. O GH (IGF1), o cortisol, ACTH e Adrenalina (epinefrina) são contra insulínicos e aumentam o nível sanguíneo. 
Uma vez que a glicose esta baixa vai ter a liberação desses hormônios e diminuição da insulina. Se a glicose aumenta, os hormônios começam a ser inibidos, fazendo com que o a insulina seja novamente liberada. 
Exemplo: O cortisol é considerado o hormônio do estresse. Em situação de estresse o metabolismo é acelerado, gastando energia, jogando mais glicose na corrente sanguínea.
Pâncreas: cabeça corpo e cauda, atrás do estomago. É dividido em sistema exócrino (atua no sistema digestivo) e em endócrino (algumas alterações do sistema exócrino podem causar diabetes) que libera insulina, glucagon e outros hormônios que regulam os níveis glicêmicos. Esses hormônios não passam pelo eixo hipotálamo-hipófise porque a regulação e liberação deles se dá pela concentração de glicose no sangue (isso acontece também no cálcio). 
Essa estrutura do pâncreas possui diversas células e cada uma tem a capacidade de produzir alguns homronios: alfa (glucagon), beta (insulina) e celulas que secretam a somatostatina também envolvida no controle glicêmico.
Supondo que o corpo desenvolva anticorpos contra essas células, não para enquanto não as destruir. Começa a criar uma resposta imune contra elas. Se elas forem destruídas não produzem insulina. Dessa forma, os pacientes simulam a atividade da insulina pela administração da insulina semelhantes ao modo basal (diabetes tipo1). 
A insulina não tem um único efeito de diminuir os níveis glicêmicos, ela tem várias outras funções. Entendendo essas outras funções fica fácil entender porque crianças com deficiência de insulina tem dificuldade no crescimento (atua no crescimento, também é um hormonio anabólico):
1. Diminui a glicose plasmática por aumentar o transporte para o interior das células e seu uso metabólico;
2. Aumenta a síntese de glicogênio;
3. Faz metabolismo aeróbico da glicose;
4. Aumenta a síntese de proteínas e de triglicerídeos; 
Então, a insulina atua no crescimento celular, do órgão, do tecido em geral.
Uma vez que essa proteína está sendo sintetizada nas ilhotas beta é formada por uma estrutura de cadeias peptídicas determinada de pro-insulina. Depois disso ela se cliva e libera a insulina e um fragmento chamado de peptídeo C (no tratamento de um paciente com insulina e quiser saber os níveis dele de produção basal, não da pra dosar a insulina porque a meia vida dela é pequena e ainda vai ter a influência de insulina exógena, dessa forma, vai ter que dosar o peptídeo C que dará o valor certo de produção de insulina). 
Quando a insulina se liga aos seus receptores, ativa uma cascata intracelular de segundo mensageiro. Uma das funções intracelular vai ser a expressão do glut na superfície para a entrada da glicose. As outras funções estão em síntese de proteínas, de lipídeos, de glicogênio e crescimento e expressão gênica.
Quando que essas células produtoras de insulina liberam insulina? Várias situações ativam a liberação, uma delas é o aumento da glicose onde a glicose entra, ativa a despolarização dessa célula que provoca e exocitose da insulina. A glicose entra nas ilhotas pancreáticas através do GLUT2 (independente de insulina), provoca a despolarização que ocasiona a liberação de insulina que vai pra corrente sanguínea se ligar aos seus receptores, especialmente no músculo e células adiposas, para a expressão do GLUT4. 
Pelo fato de a insulina ter outras funções, não é só o excesso de glicose que ativa a insulina. Por fazer parte da síntese de proteínas e lipídeos, na presença do aumento de proteínas e lipídeos, a insulina vai ser liberada. Existem também alguns hormônios que estimulam a produção e secreção de insulina como a caseína, CCK, secretina e peptídeo inibidor gástrico. 
O glucagon, GH e cortisol também provocam o aumento dos níveis de insulina porque eles aumentam os níveis glicêmicos.
Estimulação parassimpática, acetilcolina, estimulação beta adrenérgica, resistência insulínica, obesidade, e alguns medicamentos que provocam o aumento dos níveis insulínicos. 
Os fatores que diminuem a secreção de insulina. Se há pouca glicose no sangue, não há a liberação de insulina. Vai fazer hipoglicemia. A hipoglicemia é muito pior que a hiperglicemia, tendo em vista que a glicose é a principal fonte de energia do cérebro. O jejum, a somatostatina também diminui essa secreção. 
Glucagon é um contra insulínico, aumenta a glicose no sangue quebrando o glicogênio hepático (glicogenólise)e auxilia na formação de novos compostos de glicose (gliconeogênese). Também altera enzimas existentes e estimula a síntese de novas enzimas. O aumento da glicose plasmática inibe a secreção de glucagon e outros hormônios contra insulínicos (GH, ACTH, cortisol, adrenalina).
Resposta da insulina e glucagon após uma refeição rica em carboidratos:
Não diabético – antes de ingerir a glicose, ele se mantém dentro dos níveis de valores de referência. A partir do momento que ele come, os níveis glicêmicos aumentam, e a insulina aumenta para diminuir os noveis de glicose. Nesse momento há o aumento de glucagon, para aumentar os níveis glicêmicos. 
Diabético – não consegue ter esse controle que o paciente normal tem. Não há a regressão dos níveis normais de glicose no sangue. Fica hiperglicêmico mesmo em jejum. Após comer, isso aumenta mais ainda, pois não há produção insuficiente de insulina. Com isso, a glicose não entra na célula e o glucagon responde a esse estimulo liberando mais glicose ainda na corrente sanguínea para que ela vá para as células.
No estado alimentado, há a distensão da parede do trato gastrointestinal. Os receptores desse estiramento vão provocar uma ativação do sistema nervoso sensorial, que aumenta o estimulo parassimpático que vai para as ilhotas beta pancreáticas estimular a produção de insulina. Além disso, a presença de carboidrato no sistema digestivo vai fazer com que as células endócrinas liberem GLP-1 e GIP que vão ao pâncreas também estimular as ilhotas beta pancreáticas. Outro mecanismo é que a digestão e a absorção de nutrientes aumentam a glicose no plasma que estimulam a produção de insulina. 
Uma vez liberada, a insulina vai para o fígado guardar glicose, vai para os músculos, tecido adiposos e outras células, aumentar o transporte de glicose para o interior dessas outras células e armazenar. Como essa glicose do sangue vai para outros tecidos, no sangue ela irá diminuir, o que fará a inibição da liberação da insulina por feedback negativo.
Fisiopatologia da cetoacidose diabética
O paciente com diabetes tem algumas urgências diabéticas como a cetoacidose diabética ou estado hiperosmolar hiperglicêmico. Isso se á porque durante o jejum, os músculos e tecido adiposo começam a quebrar e são convertidos em cetonas ou corpos cetônicos. Em excesso, o sangue fica ácido causando a cetoacidose diabética, que é metabólica. Quando o corpo está em estado hiperglicêmico exagerado o corpo começa a utilizar energia de musculo e de lipídeo, começa a produzir corpos cetônicos em excesso. Não pode ser feita a insulina de imediato porque se o potássio estiver baixo, a insulina no momento que manda a glicose pro interior da célula, ela manda o potássio junto e se a pessoa já está com potássio baixo, esses níveis irão diminuir mais ainda causando hipocalemia, podendo fazer bradi e parada cardíaca.
No estado normal, o corpo em estado de jejum, na hora de começar a fazer a hipoglicemia, não haveria a liberação de insulina. Há a liberação de hormônios que aumentem os níveis glicêmicos como o glucagon. O glucagon vai lá no fígado e faz a glicogenólise, aumentando os níveos de glicose e inibindo a liberação de glucagon. 
Insulina se liga ao seu receptor, ativando as vias de segundo mensageiro que expressam glut4 e ativa a síntese de proteínas, lipídeos entre outro. Quanto mais glicose se come, mais o pâncreas é ativado para a produção de insulina. O pâncreas pode entrar em estado de exaustão e falência, ou as células começam a diminuir os níveis de receptores o que é chamando de DOWN REGULATION, quando a secreção de insulina é anormalmente alta por um período extenso, as células alvo podem “regular pra baixo”, diminuindo o numero de receptores desse hormônio em um esforço para diminuir a resposta do hormônio em excesso. Se elas colocam pouco GLUT4 na superfície, há pouca glicose entrando, se tem pouca glicose entrando, há maior quantidade de glicose na corrente sanguínea. 
DIABETES MELLITUS
Está relacionada com a quantidade de açúcar. Os especialistas atribuem a causa dessa epidemia ao estilo de vida sedentária, sobrepeso, obesidade e que afeta mais de 50% da população. Existem vários tipos de diabetes:
1. Diabetes Mellitus tipo 1: deficiência das ilhotas betas, destruição autoimune;
2. Diabetes Mellitus tipo 2: perda progressiva da secreção combinada com a resistência insulínica;
3. Diabetes gestacional: hiperglicemia que acontece durante a gestação porque a presença do feto facilita a resistência à insulina;
OBS: na retirada do bebê, essa mulher não apresenta mais níveis hiperglicêmicos, contudo, se acontecei a diabetes gestacional é porque ela tem uma predisposição genética, então por volta de 5 anos ela pode evoluir com diabetes tipo 2.
Existem outros tipos de diabetes, por defeitos genéticos, neonatal, endocrinopatias como aumento do cortisol, doenças crônicas etc... 
Existe uma que é secundária a presença das pedras na vesícula, na qual essa pedra se desprende da vesícula e impacta no ciclo de Oddi (por obstrução esfíncter de Oddi), ele impede a liberação das enzimas digestivas (função exócrina) do pâncreas, que fazem digestão de lipídeos, proteínas e carboidratos. Essas enzimas são ativadas, mas voltam pro pâncreas e começam a digerir o pâncreas levando ao estado de diabetes. 
As mais comuns são tipo 1 e tipo 2. Apesar do diabético 1 ser insulinodependente, o tipo 2 também pode vir a fazer uso dependente da insulina, além dos medicamentos via oral.
Medicamentos via oral não são indicados para pacientes de diabetes tipo 1 (destruição das ilhotas beta pancreáticas), pois eles diminuem os níveis glicêmicos, a resistência periférica e aumentam a secreção de insulina, coisas que pra esse paciente não vão servir, pois ele não tem insulina. A única alternativa pra esse paciente é a administração de insulina. 
SINTOMAS DE 4 Ps:
1. Poliúria – volume de liquido na urina maior, pois ele sente mais sede devido ao estado hiperosmolar;
2. Polidipsia – aumento da sede;
3. Polifagia – desejo de comer qualquer coisa, especialmente doce;
4. Perda de peso – perda ponderal de peso; mas a obesidade é um fator presente no diabético.
No diabetes tipo 2, o problema não é a ausência completa, os níveis de insulina podem esta inclusive normal ou aumentada pelo Down Regulation. Pode ocorrer em qualquer idade, mas especialmente após os 40 anos. A medida em que a secreção de insulina diminui, pode ser necessário a administração insulínica, mesmo sendo tipo2. A grande maioria dos pacientes apresenta hiperglicemia assintomática. Os sintomas mais presentes são poliúria e polidipsia. A maioria tem obesidade. Com o tempo pode evoluir para a lesão de órgãos alvos. Existe uma avaliação semiológica que é apresentar mancha escura no pescoço e em regiões de dobras, acantose nigricans (mas não é patognomônico).
Fatores de risco: obesidade, idade avançada, sobrepeso, sedentarismo, afrodescendente, hipertensão, ovários policísticos, triglicerídeos aumentados, predisposição genética, entre outros.
A pessoa pode ter a insulina normal, e a secreção normal com o passar do tempo, mas quanto mais vai aumentando a resistência periférica, dificuldade em produzir insulina, em mandar a glicose para o interior das células, mais ocorre o down regulation, mais o corpo produz insulina chegando a um estado de exaustão e a produção fica ineficiente. 
Diagnóstico: glicemia de jejum (de 8h) que deve estar em duas dosagens acima de 126.
Normal: 60 – 99 
Pré-diabético: 100 – 125 
Diabético: > 126 EM DUAS DOSAGENS
Outras formas de diagnóstico: hemoglobina glicada – media de glicemia de 2 a 3 meses; 
curva glicêmica (feito na prática) – dosagem em jejum/toma garrafa de açúcar/depois de 2h dosa a glicemia novamente.

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