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ATIVIDADE LEUCEMIA - MARIA LAIARA FERRER LIMA

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CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU – FORTALEZA
CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA
DISCIPLINA: PATOLOGIA CLÍNICA VETERINÁRIA
DOCENTE: HERLON VICTOR RODRIGUES SILVA
DISCENTE: MARIA LAIARA FERRER LIMA MATRÍCULA:01320354 
OBS: Estou mandando o trabalho novamente, melhorado. Achei que tinha muita informação de achados em humanos, acrescentei alguns relatos da rotina clínica em cães. Desculpa pelo transtorno. 
01 – Descreva os tipos de leucemia:
Os sintomas apresentados pelos animais, em geral, são os compatíveis com desordens hematopoiéticas como: hepatomegalia, anemia, perda de peso, esplenomegalia, hemorragias, febre, palidez nas mucosas, letargia, aumento de volume abdominal. Para diagnóstico das leucemias além da observação do hemograma é indicado a análise citológica do aspirado de medula e análise histopatológica através de biópsia. 
a) Leucemia Mielóide Aguda (LMA): caracterizada pela expansão clonal, heterogênea e progressiva do tecido hematopoiético, causada pela alteração da célula tronco, provocando assim a proliferação anormal das células progenitoras da linhagem mielóide. Está associada a perda da capacidade de diferenciação e assim produzindo células sanguíneas maduras normais de forma insuficiente. Nesse sentido, ocorre o predomínio de células imaturas na medula óssea (mieloblastos), podendo apresentar formas indiferenciadas ou parcialmente diferenciadas e podendo também invadir ou não a circulação periférica. Devido a proliferação intensa dessas células leucêmicas na medula óssea, o tecido hematopoiético normal é substituído, podendo isso ocorrer em qualquer estagio de desenvolvimento celular, ou seja, em qualquer fase da hematopoiese. Quando não tratada, é uma neoplasia fatal, consequência da pancitopenia, resultante da substituição da medula óssea por mieloblastos. Pode-se observar alguns desses sintomas: diminuição na produção de glóbulos vermelhos (cansaço fácil, sonolência), redução na produção de plaquetas (manchas roxas, aparecimento de petéquias, sangramentos prolongados) e diminuição dos glóbulos brancos (aumento do risco de infecções). O hemograma comumente apresenta leucocitose acentuada especialmente pela presença de mieloblastos (correspondem à maior parte da contagem diferencial do leucograma). Podendo observar também com frequência a presença de plaquetopenia e anemia normocítica e homocrômica. 
b) Leucemia Mielóide Crônica (LMC): doença clonal maligna caracterizada por uma excessiva proliferação da linhagem mielóide (Fase Crônica), seguida por uma perda progressiva da diferenciação celular (Fase Acelerada) e terminando num quadro de leucemia aguda (Fase Blástica). A doença é associada a uma anormalidade citogenética que envolve uma alteração cromossômica específica, com influências ambientais. Ocorre uma alteração no cromossoma, resultante de uma translocação recíproca entre os braços longos dos cromossomas, levando à formação de um novo gene leucemia-específico, desenvolvendo um quadro de hiperplasia mielóide, leucocitose, neutrofilia, basofilia e esplenomegalia. Sua principal característica é a presença do cromossomo Philadelphia (Ph) positivo *ISSO EM HUMANOS. 
Raramente descritas em cães, não se sabe muito a respeito da enfermidade nestes animais o que torna o seu diagnóstico desafiador na espécie, porém 
sabe-se que ela é marcada por uma contagem elevada de neutrófilos que está relacionada a sua superprodução, supermaturação, podendo levar a variações de tamanho e formas dos neutrófilos, picnose, fragmentação e hipersegmentação nuclear, blastos anormais na circulação leucocitose com desvio a esquerda e esplenomegalia. Na fase crônica da doença podemos ver muitos pacientes assintomáticos, já os sintomáticos podem apresentar: fadiga, fraqueza, febre, perda de peso e abdômen abaulado. O diagnóstico para esta fase pode ser realizado por achados clínicos, citogenéticos, hematológico como também o paciente pode apresentar esplenomegalia. A progressão da doença e de seus sintomas levam o paciente a fase acelerada que é caracterizada pelo achado de blastos na medula óssea e sangue periférico, leucocitose, anemia, trombocitopenia e hepatoesplenomegalia. A última das fases, a blástica é considerada a mais grave, colocando em risco a vida do paciente.
c) Leucemia Linfoide Aguda (LLA): esse tipo de leucemia deriva da multiplicação desordenada das células linfoides imaturas (linfoblastos). Essas células estão comumente presentes na medula óssea, no timo e nos gânglios linfáticos. O linfoblasto, em condições normais, sofre processo de multiplicação e amadurecimento diferenciando-se progressivamente até o estágio de linfócito maduro. Quando acontece a perda dessa capacidade de diferenciação e maturação associada a uma multiplicação desordenada faz com que essas células imaturas não só se acumulem na medula óssea, diminuindo drasticamente a hematopoiese normal, como também faz com que elas migrem e invadam outros órgãos como linfonodos, baço, rins, sistema nervoso central e gônadas. Com a invasão dessas células não ocorre mais a formação normal das células brancas (série granulocítica) e vermelhas (série eritrocítica) como também das plaquetas (série megacariocítica). Os principais sintomas da leucemia decorrem do acúmulo dessas células na medula óssea, assim como em outros órgãos prejudicando ou impedindo a produção dos glóbulos vermelhos (causando anemia), dos glóbulos brancos 
(causando infecções) e das plaquetas (causando hemorragias). Depois de instalada, a doença progride rapidamente, exigindo urgência no tratamento logo após o seu diagnóstico. Esse tipo de leucemia representa de 5 a 10% do total de neoplasias linfoides em cães e a idade média dos animais acometidos é de 5,5 anos. A LLA é caracteriza pela presença de células imaturas (linfoblastos) no sangue e medula óssea, podendo ser diagnosticada apenas pela morfologia dos linfócitos. Os linfoblastos geralmente se coram com a maioria dos corantes citoquímicos. Neste tipo de leucemia é comum alterações no hemograma como anemia, trombocitopenia, linfocitose e linfoblastos. Achados clínicos incluem palidez de membranas mucosas, esplenomegalia e hepatomegalia. O diagnóstico diferencial deve ser realizado descartando a leucemia linfocítica crônica e o linfoma com linfocitose. A dificuldade para diferenciar LLA de linfoma na fase leucêmica se dá pois em ambas há a presença de linfoblastos no sangue e medula óssea, porém a diferença entre elas é que na primeira na maioria das vezes não há linfadenopatia. 
d) Leucemia Linfoide Crônica (LLC): definida como uma proliferação anormal de linfócitos maduros morfologicamente normais na medula óssea ou no sangue periférico e que podem infiltrar outros tecidos hematopoiéticos ou órgãos sólidos. Esta doença é mais comum em cães do que em outros animais domésticos e é considerada uma doença de curso longo que se manifesta após um período de meses ou anos. A idade média de cães diagnosticados com LLC é de 10,5 anos, sendo comum em cães com mais de 7 anos de idade. A circulação das células anormais é prolongada e resulta em linfocitose periférica. Em animais com LLC os linfócitos são pequenos e bem diferenciados. Anemia normocítica normocrômica é um achado comum,
e a contagem de plaquetas está normal ou moderadamente reduzida, sendo que esta anemia se torna aparente quando aproximadamente metade da medula óssea é substituída pelo tecido linfoide. Os cães afetados geralmente são assintomáticos, sendo que muitos podem apresentar somente letargia. A doença na maioria das vezes é descoberta ao acaso. Outros achados clínicos comuns incluem letargia, anorexia, vômitos esporádicos, esplenomegalia, hepatoesplenomegalia, pirexia, poliúria e polidipsia, hemorragia, claudicação
intermitente e colapso. Agentes infecciosos, como Erlichia canis e outros protozoários podem levar a uma linfocitose significativa e devem ser descartados antes de se confirmar o diagnóstico de leucemia linfocítica crônica. 
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
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AMADO, M. M.; BONORINO, R. P.;SCHULTER, E. P.. Leucemia mielóide crônica em cão por exame Imuno-histoquímico. 2019. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Medicina Veterinária) - Centro Universitário ICESP. Disponível em: <http://nippromove.hospedagemdesites.ws/anais_simposio/arquivos_up/documentos/artigos/db5a3758d4257361977bc10e6c2e71e4.pdf>. Acesso em: 17 de março de 2021. 
MELLO, M. P. . Leucemia Linfoide Aguda: Revisão Bibliográfica. Disponível em: < http://www.ciencianews.com.br/arquivos/ACET/IMAGENS/biblioteca-digital/hematologia/serie_branca/leucemias_linfomas_mieloma/leucemias/46-Leucemia-linfoide-aguda.pdf >. Acesso em: 17 de março de 2021. 
APPEL, G. Leucemia em cães. 2015. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Medicina Veterinária) - Universidade Federal Do Rio Grande Do Sul. Disponível em: <https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/207541/000986153.pdf?sequence=1&isAllowed=y>. Acesso em: 17 de março de 2021

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