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AI - Atividade Individual - Valution - Nota 9,8

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1
 
ATIVIDADE INDIVIDUAL 
 
Matriz de atividade individual 
Disciplina: Valuation Módulo: 10 
Aluno: Camila Balieiro Alves Salmasso Turma: 0522-2_2 
Tarefa: Análise de Valuation – Empresa de autopeças 
Considerações importantes sobre o processo de valuation 
O método valuation, tem por objetivo avaliar uma empresa e determinar o seu valor para uma possível 
venda, e neste caso, devemos sempre levar em consideração diversos fatores perante uma avaliação de 
investimento. De acordo com Damodaran, o valor de qualquer empresa depende de alguns vetores 
básicos que poderão variar conforme o tipo de negócio e as circunstâncias (2018, pg. XI). Por muito 
tempo, as pessoas acreditavam que o valor de um ativo, dependia exclusivamente do olhar do 
observador, no entanto, em finanças, os ativos financeiros devem ser avaliados com embasamento e 
com foco em resultados que se esperam do futuro. 
Damodaran também dizia que, apesar de existirem diversos métodos de avaliação, os dois modelos 
mais conhecidos e aplicados em uma análise, são através da avaliação intrínseca e a avaliação relativa. 
A avaliação intrínseca, consiste em determinar um valor de um ativo, trazendo a valor presente todos os 
seus fluxos de caixa projetados no futuro, descontado de uma taxa adequada ao nível de incerteza do 
projeto, ou seja, uma taxa de retorno esperada. É importante destacar, que quanto maior e mais estável 
forem os fluxos de caixa, maior será o seu valor, trazendo uma visão mais assertiva dos fatores que 
sustentam o ativo. 
Na avaliação relativa, o valor de um ativo era mensurado através da comparação de ativos 
semelhantes do mercado, ou seja, se verifica os preços praticados no mercado. Há quem concorde que 
esta avaliação é mais realista, pois se aproxima mais em se saber a geração do valor do negócio. 
De fato, devemos compreender que os dois métodos praticados em conjunto conseguem reforçar a 
análise, e que muitas vezes não há a necessidade de se aplicar apenas um dos modelos. 
Dentro do processo de avaliação das empresas, existem etapas as quais devem ser seguidas antes 
que haja a avaliação final do ativo que está sendo analisado, de modo que o estudo seja completo. 
Dentre estas etapas, podemos destacar: 
1. Due Diligence: consiste em verificar uma prévia das demonstrações financeiras e demais dados 
 
 
2 
 
da empresa a qual se está analisando adquirir ou fundir ao seu negócio; 
2. Análise de desempenho histórico do negócio: neste ponto, há a análise econômica e financeira 
da empresa, destacando as principais variáveis que podem influenciar no valor, como a taxa de 
retorno do investimento, estrutura de capital oferecida e margens do negócio; 
3. Análise SWOT da empresa: através desta ferramenta de gestão, é possível que o analista possa 
identificar os pontos fracos e vulneráveis de uma empresa, identificando qual é seu 
posicionamento estratégico versus as oportunidades e/ou ameaças que o mercado pode 
apresentar ao negócio; 
4. Seleção do método de avaliação: como já citado acima, a avaliação pode ser intrínseca ou 
relativa, lembrando que ambos os modelos podem ser usados juntos; 
5. Projeções dos resultados e horizonte de tempo da avaliação: analisar as bases retroativas 
ajudam na projeção de cenários futuros, principalmente se forem resultados constantes. Com esta 
visão, podemos identificar a capacidade da empresa de gerar valor ao longo do tempo; 
6. Análise da estrutura de equilíbrio da empresa: neste ponto, há a análise da estrutura de capital 
que a empresa oferece, sendo possível identificar onde se encontra o endividamento, ou o 
financiamento da operação, sendo oriundo de capital próprio ou capital de terceiros; 
7. Estimação do custo de capital: neste ponto, há a análise do risco versus o retorno esperado do 
projeto. Qual a remuneração adequada que se espera, ou seja, qual o retorno que se é esperado 
do capital mediante o risco do projeto. 
8. Cálculo do valor do ativo: após a análise de todos estes pontos, pode-se avaliar o cenário como 
um todo e se realmente é válido o investimento perante o negócio. 
É de extrema importância ressaltar que mesmo se percorrendo todas estas etapas, ainda haverá a 
incerteza do investimento, pois há variáveis que são difíceis de se prever, no entanto, sabemos que o 
valution permite encontrar boas oportunidades de negócios no mercado de capitais, evita que o 
empreendedor caia em armadilhas ao se realizar um investimento, e permite que uma negociação seja 
realizada de forma justa. 
Cálculo do custo de capital nominal dos acionistas para empresas no Brasil 
O custo de capital próprio, conhecido pela sigla em inglês CAPM (capital asset pricing model), ou 
em português como modelo de precificação de ativos de capital, nada mais é do que uma forma de se 
analisar a relação entre o risco e o retorno esperado de um determinado investimento. O cálculo é 
realizado através de uma fórmula que se resulta em uma taxa que demonstra o risco mínimo, ou seja, 
a taxa mínima de atratividade que o acionista deseja, para assumir o risco de se investir em um 
negócio. 
Para a aplicação do CAPM no Brasil para fins de valuation, há a necessidade de alguns ajustes, 
onde o cálculo deve-se basear usando as variáveis norte-americanas, adicionado do risco-país, ou 
seja, pelo Brasil ser considerado um país emergente, deve-se adicionar um risco para o investimento. 
O resultado encontrado será uma taxa em termos nominais para investimentos de capitais 
provenientes dos Estados Unidos. Isso significa que o resultado representa uma taxa de rendimento 
nominal que considera a inflação nortea-mericana. Devido estes ajustes, chegamos a seguinte 
fórmula: 
Ke = Rf + βa × (Rm − Rf) + (Risk country) 
ou 
Ke = Rf + βa × (Rm − Rf) + (Risk country) + (Size premium) 
Onde: 
 Ke é a taxa de retorno exigida pelo investimento; 
 Rf é a remuneração da taxa livre de risco norte-americano; 
 βa é o coeficiente beta do setor alavancado para a empresa; 
 (Rm – Rf) é o prêmio pelo risco de mercado norte-americano; 
 (Risk country) é o prêmio pelo risco adicional para mercados emergentes. 
 (Size premium) é o prêmio pelo risco do tamanho da empresa adicionado por alguns analistas 
no caso de empresas com faturamento menor que R$ 200 milhões ao ano. 
Para realizarmos o valuation da empresa do Edgar, que é do ramo de auto peças, iremos utilizar 
algumas premissas: 
Dados Valores Fonte 
Participação de Capital de Terceiros 40,0% Dado extraído do exercício 
Participação de Capital Próprio 60,0% Dado extraído do exercício 
Beta desalavancado do setor (EUA) 1,14 Damodaran - Data Base: 01/2022 
Taxa Livre de Risco (EUA) 2,78% Dept of the Treasury - Base: 20/05/2022 
Prêmio pelo Risco de Mercado 
(EUA) 5,13% Damodaran - Data Base: 01/2022 (Ano 2021) 
Prêmio pelo Risco País (BRA) 2,97% Damodaran - Data Base: 01/2022 
Inflação Projetada (EUA) 2,00% Federal Reserve - Data Base: 16/03/2022 
Inflação Projetada (BRA) 3,50% Dado extraído do exercício 
Taxa Efetiva de Juros 7,80% Dado extraído do exercício 
Imposto de Renda 34% Dado extraído do exercício 
Em relação ao índice utilizado como prêmio pelo risco de mercado dos EUA, utilizamos como 
parâmetro o percentual de 5,13% para o ano de 2022, que é a base apresentada em 2021, pelo fato 
de utilizarmos um ano fechado nesta análise e considerando os impactos causados pela pandemia. 
 
 
4 
 
O primeiro passo é calcular o beta alavancado, que considera a importância do passivo total da 
empresa em seu cálculo: 
Cálculo do Beta Alavancado: 
βa = βd × [ 1 + (P ÷ PL) × (1 – IR) ] 
βa = 1,14 × [ 1 + (0,40 ÷ 0,60) × (1 – 0,34) ] 
βa = 1,14 × [ 1 + (0,66666667) × (0,66) ] 
βa = 1,14 × [ 1 + 0,44 ] 
βa = 1,14 × [ 1,44 ] 
βa = 1,642 
 
Como a empresa está sendo avaliada por um grupo de norte americanos, devemos calcular o custo 
do capital próprio nominal (EUA): 
Custo de Capital Próprio Nominal (EUA): 
Ke = Rf + β × (Rm – Rf)+ (Risk country) 
Ke = 2,78 + 1,642 × (5,13) + (2,97) 
Ke = 2,78 + 8,4235 + (2,97) 
Ke = 14,17% 
 
Agora, iremos calcular o custo de capital próprio real (EUA): 
Custo de Capital Próprio Real (EUA): 
Ke (real) = [(1 + Ke (nominal nos EUA)) ÷ (1 + Inflação (norte-americana))] – 1 
Ke (real) = [(1 + 0,14171) ÷ (1 + 0,02)] – 1 
Ke (real) = [(1,14171) ÷ (1,02)] – 1 
Ke (real) = [(1,14171) ÷ (1,02)] – 1 
Ke (real) = [1,119324] – 1 
Ke (real) = 0,119324 * 100 
Ke (real) = 11,93% 
 
E por fim, o Custo de Capital Próprio Nominal (BRA): 
Custo de Capital Próprio Nominal (BRA): 
Ke (nominal para o Brasil) = [(1 + Ke (real)) × (1 + Inflação (projetada para o Brasil))] – 1 
Ke (nominal para o Brasil) = [(1 + 0,11933) × (1 + 0,035] – 1 
Ke (nominal para o Brasil) = [(1,11933) × (1,035)] – 1 
Ke (nominal para o Brasil) = [1,158507] – 1 
Ke (nominal para o Brasil) = 0,158507 * 100 
Ke (nominal para o Brasil) = 15,85% 
 
Sendo assim, o Custo de Capital dos acionistas no Brasil foi de 15,85%. Essa é a remuneração 
mínima que os acionistas esperam ter ao investir o seu dinheiro neste negócio. 
Custo de capital dos investidores (WACC) nominal para empresas no Brasil 
 
O Custo Médio Ponderado de Capital – CMPC ou WACC, nada mais é do que o cálculo do custo 
médio por cada fonte de capital que financia o investimento (capital próprio e capital de terceiros). É o 
retorno mínimo esperado por todos os investidores, não apenas dos acionistas, mas sim, da empresa 
como um todo. 
Conforme entendimento de Assaf Neto (2014, p. 95), o CMPC é a taxa que deve ser aplicada sobre 
os fluxos de caixa futuros para trazê-los ao valor presente, a fim de determinar o valor econômico da 
empresa (firm value). 
Mediante isto, podemos calcular o CMPC de acordo com a fórmula abaixo: 
CMPC = {Ke × %PL} + {[i × (1 – IR)] × %P} 
Onde: 
● Ke é o custo do capital próprio; 
● %PL é a participação do capital próprio; 
● %P é a participação do capital de terceiros. 
 
Aplicando a formula, teremos: 
Custo de capital dos investidores (WACC) nominal: 
CMPC = {Ke × %PL} + {[i × (1 – IR)] × %P} 
CMPC = {15,850% × 0,60} + {[7,80% × (1 – 0,34)] × 0,40} 
CMPC = {9,5100%} + {[5,148%*] × 0,40} 
CMPC = {9,5100%} + {2,0592%} 
CMPC = 11,57% 
 
Portanto, para fins de valuation, considerando o cenário descrito, a taxa de retorno que justificaria 
assumir os riscos do investimento sob a ótica de todos os investidores – credores e acionistas – será 
de 11,57%. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
Valor total de 100% das ações da empresa 
Apresentamos abaixo o fluxo de caixa da empresa de autopeças, com a projeção de crescimento: 
DESCRIÇÃO Parâmetros Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10
+ Receitas brutas previstas 97.900 109.939 121.752 132.944 143.101 151.813 159.483 167.573 176.196 185.789
- Dedução sobre vendas 10,0% -9.790 -10.994 -12.175 -13.294 -14.310 -15.181 -15.948 -16.757 -17.620 -18.579 
= Receita operacional líquida 88.110 98.945 109.577 119.650 128.791 136.631 143.535 150.815 158.577 167.210
- Custos de vendas (CMV ou CPV) 75,0% -73.425 -82.454 -91.314 -99.708 -107.326 -113.859 -119.612 -125.679 -132.147 -139.342 
= Lucro operacional bruto 14.685 16.491 18.263 19.942 21.465 22.772 23.922 25.136 26.429 27.868
- Despesas operacionais -7.343 -8.245 -9.131 -9.971 -10.733 -11.386 -11.961 -12.568 -13.215 -13.934 
= Lucro operacional líquido (Ebitda) 7.343 8.245 9.131 9.971 10.733 11.386 11.961 12.568 13.215 13.934
- Depreciação e amortização -1.253 -1.297 -1.342 -1.389 -1.438 -1.488 -1.540 -1.594 -1.650 -1.708 
= Lajir (lucro antes dos juros e IR) (Ebt) 6.090 6.949 7.789 8.582 9.295 9.898 10.421 10.974 11.565 12.226
Despesas financeiras -2.633 -2.633 -2.856 -3.056 -3.224 -3.353 -3.437 -3.489 -3.542 -3.600 
= Lair (lucro antes do IR) 6.090 6.949 7.789 8.582 9.295 9.898 10.421 10.974 11.565 12.226
- Imposto de renda 34,0% -2.070 -2.363 -2.648 -2.918 -3.160 -3.365 -3.543 -3.731 -3.932 -4.157 
= Lucro operacional após IR (Nopat) 4.019 4.586 5.141 5.664 6.135 6.533 6.878 7.243 7.633 8.069
+ Depreciação e amortização 1.253 1.297 1.342 1.389 1.438 1.488 1.540 1.594 1.650 1.708
- (∆) Investimentos -1.253 -1.297 -1.342 -1.389 -1.438 -1.488 -1.540 -1.594 -1.650 -1.708 
(∆) Necessidade de capital de giro -612 -584 -533 -457 -358 -237 -150 -159 -175 -218 
(∆) Contas a receber -979 -934 -852 -731 -572 -380 -239 -255 -280 -349 
(∆) Estoques -1.101 -1.051 -959 -823 -644 -427 -269 -286 -315 -393 
(∆) Fornecedores 1.469 1.402 1.278 1.097 859 569 359 382 420 523
= Fluxo de caixa livre da empresa - FCLE 3.407 4.002 4.608 5.207 5.777 6.295 6.728 7.084 7.458 7.851 8.266
Taxa de Crescimento (%) 17,46% 15,15% 12,99% 10,95% 8,98% 6,88% 5,28% 5,28% 5,28% 5,28%
+ Empréstimos 3.375 3.662 3.918 4.134 4.299 4.407 4.473 4.541 4.616 4.707
- Amortizações de dívidas -3.375 -3.375 -3.662 -3.918 -4.134 -4.299 -4.407 -4.473 -4.541 -4.616 
- Despesas financeiras 7,80% -2.633 -2.633 -2.856 -3.056 -3.224 -3.353 -3.437 -3.489 -3.542 -3.600 
+ IR sobre juros (benefício fiscal) 895 895 971 1.039 1.096 1.140 1.169 1.186 1.204 1.224
= Fluxo de caixa livre do acionista - FCLA 1.670 2.551 2.979 3.405 3.814 4.190 4.526 4.849 5.195 5.566 5.964
Taxa de Crescimento (%) 52,80% 16,77% 14,29% 12,01% 9,85% 8,03% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14%
D
em
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De acordo com o fluxo acima, é visível que a empresa atinge a sua maturidade no FLCE apenas no 
8º ano, estabelecendo uma taxa constante de crescimento de 5,28%. Em relação ao FCLA, a empresa 
também atinge sua maturidade no 8º ano, no entanto, com uma taxa de crescimento de 7,14%. 
Como no ano 10 o FCLE apresenta uma projeção de R$ 7.851,00, sabemos que no ano 11, 
teremos o crescimento de 5,28%, apresentando assim o valor de R$ 8.266,00 (R$ 7.851,00 x 1 + 
0,0528). Considerando que o CMPC nominal (BRA) foi de 11,57%, iremos calcular a perpetuidade 
através da fórmula abaixo: 
VP = FC / (K – G) 
Logo, teremos: 
 
FCLE 
VP do ano 10 = FC do ano 11 / (K + g) 
VP = 8.266,00 / (0,1157 - 0,0528) 
VP = 8.266,00 / 0,0629 
VP = 131.413,29 
 
Realizamos o cálculo da perpetuidade, pois ele permite considerar a duração infinita e sem limite 
de seus fluxos de caixa, se baseando na maturidade que a empresa atingiu, e com isso, facilitando a 
avaliação a longo prazo do negócio. Neste caso do FCLE, temos um CMPC de 11,57% ao ano, 
sendo que 60% da empresa é financiada pelo capital próprio e 40% pelo capital de terceiros, o qual o 
grupo entende ser uma ótima estrutura de capital. 
Ao trazermos todos os fluxos ao valor presente, considerando a perpetuidade, e descontando a 
taxa estipulada, temos um valor estimado da empresa de R$ 75.014,70. 
Portanto, para calcular o valor das ações da empresa, bastará deduzir do valor do montante das 
dívidas líquidas que a estrutura de capital apresentou, que no caso é a somatória da linha de 
empréstimos apresentada no fluxo de caixa. 
Para o FCLA, o ano 10 apresenta um fluxo de caixa projetado em R$ 5.566,00, e sabemos que no 
ano 11, teremos o crescimento de 7,14%, apresentando assim o valor de R$ 5.964,00 (R$ 5.566,00 x 
1 + 0,0714). Considerando uma TMA estipulada pelos acionistas de 15,85% ao ano, iremos calcular o 
valor da perpetuidade: 
 
FCLA 
VP do ano 10 = FC do ano 11 / (K + g) 
VP = 5.964,00 / (0,1585 - 0,0714) 
VP = 5.964,00 / 0,0871 
VP = 68.469,39 
 
No caso do FCLA, considerando uma TMA de 15,85% ao ano estipulada, ao trazermos todos os 
fluxos a valor presente, e considerando a perpetuidade, temos um valor disposto aos acionistas, ou 
seja, um valor das ações da empresa de R$ 32.202,71. 
Sendo assim, o valor de 100% das ações da empresa, é de R$ 32.202,71. 
 
Conclusão 
Perante a análise desenvolvida, concluímos que o processo de valuation tem como objetivo 
determinar um preço justo perante as negociações de uma empresa e auxiliar no momentode 
tomadas de decisões, seja considerando uma compra, fusão ou aquisição de um negócio. 
Existem inúmeros métodos de avaliação de uma empresa, mas no caso da empresa de autopeças, 
utilizamos a avaliação intrínseca, trazendo todos os seus fluxos de caixa a valor presente, 
descontando-se as taxas estabelecidas, e determinando assim o valor do negócio. É importante 
destacar, que esta é apenas uma parte do processo de valuation, sendo que é importante também 
 
 
8 
 
levarmos em consideração outros pontos aqui já mencionados, como o due dilligence, que é a análise 
das demonstrações financeiras da empresa, entre outras etapas a serem percorridas para uma 
verificação mais completa. 
Outro ponto a se destacar, é que dentro da avaliação de um negócio, existem também as variações 
macroeconômicas que podem influenciar na análise, e para que possamos amenizar estes impactos, é 
importante que a empresa saiba determinar suas premissas básicas perante o que se espera daquele 
investimento. 
Com base nesta análise, utilizamos o método de precificação de ativos, o CAPM, que nada mais é do 
que a taxa mínima de atratividade que o acionista deseja de retorno sobre o negócio, no qual 
apresentou um percentual de 15,85%. Já o CPMC, que é o cálculo do custo do capital próprio e de 
terceiros, apresentou um percentual de 11,57%. Logo, notamos que a TMA estabelecida foi superior ao 
custo de capital do negócio, demonstrando assim, que mesmo com todos os custos de financiamento, 
deduzindo a TMA (15,85%) para o FCLA, deduzindo o CMPC (11,57%) para o FCLE, e se 
devolvendo um capital investido, ainda haverá um ganho extra nesta operação. Sendo assim, 
teremos o valor de R$ 32.202,71 para 100% de suas ações. 
Podemos citar como ponto de atenção, o valor do beta alavancado do setor de autopeças, que 
resultou em 1,642, onde este índice sendo maior que 1, demonstra que este ativo possui um grau alto 
de risco perante o mercado de ações. É importante que sempre sejam checados as premissas e 
expectativas de um negócio, e analisar estrategicamente como a empresa realiza a captação de 
recursos quando necessário, pois com uma melhor negociação em relação ao seu custo de capital, a 
empresa tende a ficar mais próxima de sua TMA, gerando ainda mais valor. 
Portanto, o processo de valuation deve ser analisado como um todo, não apenas se apoiando em 
uma única vertente, mas sim, se munir de informações sobre o negócio a ser investido. Devemos não 
se trata apenas de acertar sempre nesta análise, mas sim, de errar com menos frequência e maior 
variabilidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referências Bibliográficas 
 
FEUSER, Carlos E.P. Valuation. Apostila Fundação Getúlio Vargas. Rio de Janeiro, 2021. 
 
ASSAF NETO, A. Valuation: métricas de valor e avaliação de empresas. 3 ed. São Paulo. Atlas, 
2019. 
 
DAMODARAN, A. Valuation: como avaliar empresas e escolher as melhores ações. Traduzido 
por Afonso Celso de Cunha Serra. Rio de Janeiro. LTC, 2018. 
 
Damodaran Online: Betas by Sector (US) (Betas por Setor). Disponível em: 
<https://pages.stern.nyu.edu/~adamodar/New_Home_Page/datafile/Betas.html>. Acesso em 21 mai. 
2022. 
 
Damodaran Online: Country Default Spreads and Risk Premiums (Prêmio de Risco de Mercado). 
https://pages.stern.nyu.edu/~adamodar/New_Home_Page/datafile/ctryprem.html 
 
Summary of Economic Projections - March 16, 2022 (Média inflação norte-americana). Disponível em: 
<https://www.federalreserve.gov/monetarypolicy/fomcprojtable20220316.htm>. Acesso em 21 mai. 
2022. 
 
Resource Center | U.S. Department of the Treasury (Taxa Livre de Risco). Disponível em: 
<https://home.treasury.gov/resource-center/data-chart-center/interest-
rates/TextView?type=daily_treasury_yield_curve&field_tdr_date_value=2022>. Acesso em 21 mai. 
2022.

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