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J994 - HISTORIA DA ARTE

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19/11/2021 22:38 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 1/6
1.1. As definições de arte
O conceito de arte é alterado de acordo com a época e a cultura. Pode ser separado ou não,
como é entendido hoje na civilização ocidental, do artesanato, da ciência, da religião e da
técnica no sentido tecnológico. Essa mutabilidade do conceito depende tanto daqueles que
produzem os objetos que receberão a definição de obra de arte, quanto da sociedade na qual
esses mesmos objetos são feitos.
Assim, entre os povos ditos primitivos, a arte, a religião e o conhecimento acumulado não
existiam de forma separada, tampouco existia a figura do artista como figura autônoma dentro
dessas sociedades. Nesse momento arte é um conceito aplicado a certas habilidades que
algumas pessoas possuíam para realizar algo. Esse sentido de arte está muito vinculado ao
significado da palavra técnica. Para os gregos antigos do século 5 a.C. a palavra usada para
definir arte, ou capacidade de realizar algo a partir de certas habilidades e conhecimentos,
era "tekné", a qual etimologicamente deu origem à palavra técnica que usamos hoje. Para
aqueles gregos havia a arte, ou técnica, de se fazer esculturas, pinturas, sapatos ou navios.
O termo arte, com o passar dos séculos, e dependendo da sociedade em que se verificar a
existência desse conceito, modificou-se bastante. Na Europa, durante vários séculos, o termo
arte servia para designar uma atividade relacionada à capacidade de realizar objetos,
pinturas, obras com muita qualidade, perícia e talento.
Atualmente, arte é um termo relacionado à criação de imagens, sons, objetos, espaços,
virtuais ou físicos, que contenham alguma qualidade plástica que se destaque a partir do
ponto de vista da sociedade. O reconhecimento dessas qualidades plásticas, em geral, é feita
por um crítico ou por alguém cuja opinião seja ouvida pela sociedade. É essa opinião, quando
aceita pela sociedade dentro da qual ela foi emitida, e a sua aceitação que irão determinar o
que é e o que não é arte, assim como o que é e o que não é obra-prima.
 
 
 
1.2. As transformações da arte no tempo
 
Para melhor compreender a enorme quantidade de informações, momentos, tendências e
movimentos artísticos recorre-se geralmente a linhas do tempo ou linhas cronológicas, para
assim permitir uma visualização sequencial dos diversos períodos que a arte percorreu na
história humana. Porém, qualquer tentativa de estabelecer uma linha cronológica que
organize temporalmente os diversos momentos pelos quais cada civilização constrói seus
objetos artísticos, com seus valores sócio-culturais e técnicas específicas, esbarra na
dificuldade de definir datas e conceitos exatos. Além disso, ao longo do tempo, certas
classificações temporais que costumavam ser consideradas adequadas podem e vão sendo
questionadas e alteradas. Um exemplo disso foi o Maneirismo que, tendo ocorrido no século
16, recebeu sua definição teórica na última década do século 19. Por isso, as linhas do tempo
devem ser utilizadas dentro de um limite bastante claro: elas contribuem muito para
compreender de uma maneira geral as transformações da arte ao longo da história, mas
19/11/2021 22:38 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 2/6
devem ser vistas com cautela quando se resolve estudar mais detalhadamente uma obra de
arte, a vida de um artista ou um movimento nas artes plásticas com uma visão de estudioso
mais específico.
Portanto, é muito comum que certos movimentos artísticos ocorram contemporaneamente.
Também é comum encontrar opiniões de autores que divergem entre si sobre um
determinado assunto, data ou conceito. É também importante destacar que existem
momentos de indefinição sobre a arte, que são os momentos de transição, em que um
momento na arte muito bem definido está sendo substituído por outro, mas que ainda não
está claro.
 
Assim, nesta disciplina privilegiaram-se conceitos e definições mais cristalizadas e
geralmente aceitas como corretas sobre a definição de arte e de quais objetos artísticos são
realmente importantes. Mas, certamente, com o passar do tempo, essas noções poderão ser
alteradas.
 
 
Exercício 1:
O texto selecionado a seguir analisa as duas gravuras reproduzidas abaixo. “A fig. 1 mostra
uma estampa de uma História Natural ilustrada pelo famoso pioneiro do movimento
modernista, Picasso. Por certo ninguém poderá encontrar defeitos nessa encantadora
representação de uma galinha com seus fofos pintinhos. Mas, ao desenhar um frango (fig. 2),
Picasso não se contentou em fazer a mera reprodução da aparência física da ave. Quis
expressar a sua agressividade, sua insolência e estupidez. Por outras palavras, recorreu à
caricatura. Mas que caricatura convincente ele criou!” GOMBRICH, E. História da Arte. Rio de
Janeiro: Zahar, 1985. p. 9. Escolha a alternativa que identifica o que há de semelhante entre
as formas de representação presentes nas duas obras, de acordo com o texto.
1. Imagem à esquerda. Pablo Picasso: Uma galinha com pintos. Ilustração para a História Natural, de
Buffon, publicada em 1942.
2. Imagem à direita. Pablo Picasso: Galo novo. Desenhado em 1938. Anteriormente em posse do
artista.
 
19/11/2021 22:38 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 3/6
A)
A única semelhança está na utilização de traços curtos na representação das duas imagens,
reforçando a ideia de movimento em cada uma delas.
B)
A principal semelhança está no fato de que o autor das obras usa a representação visual
primordialmente para transmitir características do comportamento dos animais nas gravuras e não
características da aparência física.
C)
A principal semelhança está no fato de que o autor das obras usa a representação visual para
transmitir as características físicas dos animais de cada gravura.
D)
A única semelhança entre as duas gravuras é o fato de que são desenhos do mesmo autor, pois,
como é possível visualizar e também de acordo com o texto, as imagens são muito distintas entre si.
E)
A mais importante semelhança entre as duas obras, destacada no texto, é o fato de que a
representação visual em ambas permite reconhecer nitidamente qual é o animal que está sendo
representado em cada uma delas.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
Comentários:
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Exercício 2:
O conceito de arte é continuamente reconstruído e modificado por artistas e críticos. A frase a
seguir tece uma abordagem sobre o significado do que é arte. Leia o texto e em seguida
responda à pergunta: "Uma lata existe para conter algo. Mas quando o poeta diz "lata" pode
estar querendo dizer o incontível. Uma meta existe para ser um alvo. Mas quando o poeta diz
"meta" pode estar querendo dizer o inatingível" (Gilberto Gil). A qual dimensão da arte a
passagem acima se refere?
A)
À função utilitária.
19/11/2021 22:38 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 4/6
B)
À função naturalista.
C)
Ao aspecto simbólico e formal.
D)
À inutilidade da arte.
E)
Ao conceito de simetria da realidade.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
Comentários:
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Exercício 3:
No início do seu texto intitulado “O que é arte”, Jorge Coli afirma que “o importante é
termos em mente que o estatuto da arte não parte de sua definição abstrata, lógica ou
teórica, do conceito, mas de atribuições feitas por instrumentos de nossa cultura,
dignificando os objetos sobre os quais recai”. É dessa forma que, segundo o autor, a
nossa sociedade seleciona os objetos merecedores de pertencerem a essa categoria
denominada de arte. Quais são as afirmativas corretas sobre a opiniãode Jorge Coli?
 
I – Para o autor, os critérios que definem o que é uma obra de arte não partem de um
conceito de arte, mas sim da cultura da sociedade na qual a obra está inserida.
II – Para afirmar que um objeto é uma obra de arte não basta que o autor chame a sua
produção de arte. É necessário que ela seja aceita como tal pela sociedade.
III – Não é possível estabelecer uma definição do que é arte a partir de um conceito abstrato,
lógico ou teórico, criado por um crítico especializado no assunto: a opinião dele precisa ser
aceita pela sociedade como um instrumento capaz de definir o que é arte.
A)
São corretas as afirmações I e II.
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B)
São corretas as afirmações II e III.
C)
São corretas as afirmações II e III.
D)
São corretas as afirmações I e III.
E)
Somente a afirmação I é correta.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E)
Comentários:
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Exercício 4:
Na análise dos instrumentos que servem, dentro da nossa cultura, para diferenciar os
objetos artísticos dos não artísticos, Jorge Coli aprofunda esses conceitos,
demonstrando que esses mesmos instrumentos, na mão dos críticos, servem também
para criar uma “hierarquia dos objetos artísticos”, através de critérios de
diferenciação. Ou seja, dentre todos os objetos considerados artísticos há alguns que
se sobressaem em comparação aos demais. O auge dessa hierarquia, conforme nos
relata o autor, está no conceito de “obra-prima” que é a expressão máxima de um
artista, irretocável e perfeita. No entanto, Coli também afirma que, se no passado a
avaliação do que era uma obra-prima estava vinculada à noção do saber fazer, ou seja,
pressupunha um domínio técnico por parte de quem avaliava o objeto em questão,
hoje ”os profissionais do discurso sobre a arte têm critérios mais diversos e menos
precisos em seus julgamentos, critérios esses que não são apenas o saber fazer”.
Hoje, ainda segundo Coli, “os discursos que determinam o estatuto da arte e o valor de
um objeto artístico são de outra natureza, mais complexa, mais arbitrária que o
julgamento puramente técnico”. De acordo com o texto, quais dos elementos citados
abaixo são necessários para definir o que é uma obra-prima?
I – A opinião de um crítico reconhecido, que seja plenamente aceita pelos interessados em
arte.
II – O domínio de uma técnica inovadora, por parte do artista, para produzir objetos de arte
reconhecidos como obras-primas.
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https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 6/6
III – A existência de uma hierarquia artística que permita fazer comparações entre diferentes
obras, para que algumas delas se destaquem e possam ser denominadas de obras-primas.
IV – A aplicação de um critério que avalie algumas obras de arte como sendo inferiores em
relação a outras para que assim, por comparação, sejam destacadas aquelas que serão
consideradas melhores.
A)
São necessários todos os itens.
B)
São necessários os itens I e IV.
C)
São necessários os itens I, II, e III.
D)
São necessários os itens II, III e IV.
E)
São necessários os itens I, III e IV.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E)
Comentários:
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19/11/2021 22:39 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 1/4
A importância do estudo da arte na arquitetura
As teorias no campo da arquitetura alimentam-se direta ou indiretamente de diversos outros
campos do saber humano, e entre elas está a esfera do conhecimento produzido pelas
teorias artísticas. Estas, por sua vez, possuem uma dinâmica mais intensa do que a
arquitetura, por razões de sua própria materialidade e forma de produção. Por isso é
fundamental desenvolver um olhar atento sobre o objeto artístico, suas concepções e teorias,
sua forma de produção e investigar como em qualquer período da história, a arquitetura e a
cidade (o edifício e os espaços abertos) sofreram influências significativas da produção
artísticas. Por exemplo, o tratadista renascentista Leon Battista Alberti escreveu os Tratados
da pintura, da escultura e o da arquitetura que se chama De re Aedificatoria. Nesse último
tratado, o conceito de belo na arquitetura está relacionado com a música.
Uma outra forma de influência e relação é a utilização das formas plásticas de um
determinado movimento ou teoria artística aplicando-as diretamente em um projeto
arquitetônico. É o exemplo que será apresentado a seguir.
O arquiteto franco-suiço Le Corbusier estava muito ligado ao Purismo, movimento artístico
que transformou alguns princípios do Cubismo no início do século 20.
A Vila Stein – também conhecida como Villa Garches, Villa de Monzie, e Villa Stein-de Monzie
– é uma residência unifamiliar que foi projetada por Le Corbusier e construída em 1927 em
Garches, na França. No seu desenvolvimento o arquiteto utilizou um sistema construtivo que
permite que as paredes não façam parte da estrutura (chamado de sistema independente).
Apesar desse sistema, na época, não ser exatamente uma novidade, a forma de utilização e
de criação de espaços com ele era algo ainda a ser explorado. Nesse projeto o arquiteto
utiliza a sua experiência pessoal em artes plásticas para criar uma arquitetura diferenciada,
combinando esse tipo de estrutura com um conceito de arte. Um dos objetivos era o de criar
espaços arquitetônicos fluidos e livres, em contraponto ao espaço rígido da arquitetura
tradicional e para explorar o sistema independente formado por pilares + lajes planas,
necessário para a edificação.
A partir do diagrama explicativo abaixo é possível visualizar como o arquiteto utilizou uma
obra de arte, feita por ele mesmo, dentro dos princípios do Purismo para criar ambientes
arquitetônicos. A expressão plástica do quadro (1) foi utilizada para definir os espaços da
residência através da inserção de suas formas livres sobre uma retícula construtiva. A
estrutura, composta pelos pilares e pelas lajes, é definida separadamente, e forma uma grade
virtual (3). Nela o arquiteto posiciona paredes, escadas, pisos e divisórias, da mesma maneira
livre como ele se expressa no quadro (2), resultando em um conjunto arquitetônico que é
regular e diferente ao mesmo tempo (4).
 
 
19/11/2021 22:39 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 2/4
1 – Le Corbusier. Natureza morta com numerosos objetos, 1923. Óleo sobre tela, 114 x 146
cm. Fondation Le Corbusier.
2 – Linhas principais de expressão do quadro anterior
3 – Malha reticulada com distribuição da estrutura (pilares) e organização de espaços com
eixos virtuais da Villa Stein.
4 – Planta do primeiro andar da Villa Stein. Aqui está representado apenas este andar, mas
os demais são semelhantes, em termos de conceito arquitetônico.
 
 
Exercício 1:
No início do seu texto intitulado “O que é arte”, o autor Jorge Coli afirma que “o importante é
termos em mente que o estatuto da arte não parte de sua definição abstrata, lógica ou
teórica, do conceito, mas de atribuições feitas por instrumentos de nossa cultura, dignificando
os objetos sobre os quais recai”. Escolha a alternativa que contém um elemento que não
pertence a esse conjunto de instrumentos de nossa cultura capazes de fazer essas
atribuições.
A)
Museus de arte, galerias de artes plásticas, revistas, textos de críticos, jornais.
B)
Livros, museus de arte, “outdoors”, propagandas em revistas, artigos especializados.
C)
Galerias de arte, desenhos técnicos de mecânica, coleções particulares de quadros, museus
de arte.
D)
Museus de arte, livros, aulas em cursos de nível superior, exposições ao ar livre.
E)
Fotografiasem revistas especializadas em arte, páginas na internet, museus de arte.
19/11/2021 22:39 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
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O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
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Exercício 2:
A Vila Stein, também conhecida como Villa Garches, Villa de Monzie, e Villa Stein-de
Monzie, é uma residência unifamiliar que foi projetada por Le Corbusier e construída
em 1927 em Garches, na França. No seu desenvolvimento o arquiteto utilizou um
sistema construtivo que permite que as paredes não façam parte da estrutura (sistema
independente). Apesar desse sistema, na época, não ser exatamente uma novidade, a
forma de utilização e de criação de espaços com ele era algo ainda a ser explorado.
Nesse projeto o arquiteto utiliza a sua experiência pessoal em artes plásticas para criar
uma arquitetura diferenciada, combinando esse tipo de estrutura com um conceito de
arte. Um dos objetivos era o de criar espaços arquitetônicos fluidos e livres, em
contraponto ao espaço rígido do sistema independente formado por pilares + lajes
planas, necessário para a edificação. A partir do diagrama explicativo abaixo como
pode ser definida a relação entre Arte e Construção para realizar-se a Arquitetura
dessa obra?
1 – Le Corbusier. Natureza morta com numerosos objetos, 1923. Óleo sobre tela, 114 x 146
cm. Fondation Le Corbusier.
2 – Linhas principais de expressão do quadro anterior
3 – Malha reticulada com distribuição da estrutura (pilares) e organização de espaços com
eixos virtuais da Villa Stein.
4 – Planta do primeiro andar da Villa Stein. Aqui está representado apenas este andar, mas
os demais são semelhantes, em termos de conceito arquitetônico.
A)
A expressão plástica do quadro (1) foi utilizada para definir os espaços da residência através da inserção de suas
formas livres sobre uma retícula construtiva. A estrutura, composta pelos pilares e pelas lajes, é definida
separadamente, e forma uma grade virtual (3). Nela o arquiteto posiciona paredes, escadas, pisos e divisórias, da
mesma maneira livre como ele se expressa no quadro (2), resultando em um conjunto arquitetônico que é regular e
diferente ao mesmo tempo (4).
19/11/2021 22:39 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
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B)
A expressão plástica contida no quadro (1) foi utilizada para definir uma retícula construtiva na residência, e nela
posicionar os pilares. A estrutura resultante é composta pela estrutura e por uma grade virtual. Os espaços da
residência são criados a partir do posicionamento de paredes, escadas, pisos e divisórias sobre as linhas da grade
virtual (3) gerada pela estrutura. O resultado é um conjunto arquitetônico bastante rígido, inserido em uma planta
retangular (4).
C)
As formas do quadro (1) serviram de inspiração para o arquiteto criar estruturas diferentes (2) que direcionaram o
posicionamento dos pilares e das escadas dentro de um sistema construtivo que já era conhecido na época. A
novidade desse projeto foi a capacidade do arquiteto de utilizar as paredes e divisórias como estrutura, que
serviram de guia para a elaboração do projeto. Dessa maneira foi possível reunir em uma obra arquitetônica Arte e
Construção ao mesmo tempo.
D)
A obra de arte (1) foi aplicada na organização da planta da residência a partir de sua tela. A planta da residência é
retangular, da mesma maneira que a tela do quadro. Dividindo cada pavimento em várias partes semelhantes ao
quadro (4) como se fosse uma tela de pintura surge a estrutura, composta pelos pilares e pelas lajes (3). As
paredes, escadas, pisos e divisórias já estavam posicionadas na planta, mas faltava a estrutura para permitir que a
construção fosse realizada.
E)
A configuração da planta da residência é baseada em uma retícula de pilares e linhas virtuais extraída do quadro
(1) como pode ser verificado pelo destaque de suas linhas principais (2). A partir daí o arquiteto escolhe as formas
mais adequadas para uma residência e as transforma em espaços, como paredes, pilares, escadas, janelas,
divisórias e pisos. Pode-se afirmar, portanto que a relação entre Arte e Construção nessa obra está na reprodução,
dentro da planta, de formas diretamente reproduzidas da pintura
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)
Comentários:
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19/11/2021 22:40 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
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A arte na Grécia antiga
Foi a partir do século 5 a.C. que se deu o auge da arte grega. Nesse momento tem início a busca da representação do corpo humano de uma mane
Apesar dessa intensa busca pela realidade, havia ainda na arte grega, principalmente na escultura, alguma idealização do corpo humano. Isso signi
 
Discóbolo
Autor: Míron
Cerca de 460 a.C.
Cópia feita no período de Roma antiga. Museu Nacional, Nápoles, Itália.
 
Esta famosa estátua reúne as inquietações de Míron, escultor grego, em busca da representação da figura em movimento. O ângulo de visão mais satisfatório – de perfil, com o 
 permite que se possa observar a elaborada composição, baseada em uma linha de curvas acentuadas que percorrem a estátua de cima a baixo, combinada com a ampla curva 
se pela perna esquerda, que está retraída. A capacidade dessa escultura de transmitir um alto grau de realidade anatômica era uma das características da arte grega na época.
 
A arte na Roma antiga
A arte do antigo Império Romano do ocidente, foi muito influenciada pela cultura da Grécia antiga e pelos etruscos, estendendo-se do século 8 a.C a
A escultura da Roma Antiga desenvolveu-se em toda a área de influência romana, com seu foco na metrópole, entre os séculos 6 a.C. e 5 d.C.. Em 
 
19/11/2021 22:40 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 2/4
Augusto de Prima Porta
Autor desconhecido.
Mármore. Museu Vaticano, Itália.
 
Acima, Augusto de Prima Porta, revelada em 1863 na villa de Augusto César, em Roma, Itália. Atualmente está exposta no Braccio Nuovo, no Museu do Vaticano.
A estátua representa Augusto César, imperador romano, foi baseada no Doríforo de Policleto (escultor grego) do século 5 a.C, e foi talhada em mármore. Ainda contém alguns re
 
 
A crise do Classicismo: a relação Oriente e Ocidente na Idade Média (476-1453)
A queda do Império Romano é assinalada pela conquista de Roma no ano de 476 pelos povos germânicos, combinada com a ascensão do cristianis
 
A arte cristã no Império Bizantino
O Império Bizantino manteve-se distanciado das influências dos povos bárbaros germânicos. Em Bizâncio e nas áreas sob seu controle, desenvolve
Há que se considerar ainda a constante ingerência do clero cristão do Oriente sobre a arte bizantina, o que contribuía para torná-la profundamente r
 
19/11/2021 22:40 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 3/4
Basílica de San Vitale, Ravena, Itália.
No período bizantino, o uso da cúpula apoiada sobre pendentes e os arcobotantes possibilitaram aumentar significativamente o tamanho das edificações e, consequentemente o
A Basílica de San Vitale possui alguns dos mais interessantes afrescos do período bizantino, como se pode ver acima à direita.
 
A arte cristã na Europa ocidental medieval
No Ocidente medieval, caracterizado pelo feudalismo, a arte também foi predominantemente cristã. O próprio sistema feudal, marcado pela organiza
Costuma-se dividir a trajetória da História da Arte do Ocidente Medieval em três momentos significativos: a arte românica, o Renascimento carolíngio
 
La Maestà.
Duccio di Boninsegna.
Pintura sobre madeira.1308-1311. Museu da Catedral, Siena, Itália.
 
La Maestà, conhecida como A Virgem com Vinte Anjos e Dezenove Santos, é um amplo conjunto de várias pinturas, com frente e verso feita por Duccio di Boninsegna, em 1308 
Outra característica da pintura da época é a maneira utilizada pelo autor da obra para demonstrar a hierarquia na composição do quadro: a importância de cada personagem den
 
Exercício 1:
Horst Janson, autor de “História Geral da Arte” considera difícil definir o estilo próprio da arte romana da Antiguidade. Alguns autores também consid
A)
Porque a produção artística romana baseou-se amplamente em fontes gregas. Muitos artistas romanos são de origem helênica ou provem de todas 
B)
Porque a produção artística romana baseou-se amplamente em fontes etruscas. Muitos artistas romanos são de origem etrusca ou provem de todas as partes do
C)
Porque a produção artística romana não se baseou em fontes alheias ao seu próprio repertório. Nenhum artista romano é de origem helênica ou provem de parte
D)
Porque os romanos não deixaram vestígios confiáveis de suas produções artísticas. Assim, alguns autores tendem a considerar que não há propriamente um esti
19/11/2021 22:40 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 4/4
E)
Porque a produção artística romana baseou-se amplamente em fontes medievais. Muitos artistas romanos secretamente prestavam culto ao cristian
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)
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Exercício 2:
Foi a partir do século V a.C. que se deu o auge da arte grega. Nesse momento tem início a busca da representação do corpo humano de uma mane
 
“Fauno Barberini” ou “Sátiro bêbado”
A estátua foi provavelmente esculpida por um artista helenístico desconhecido da Escola de Pérgamo, na Grécia, entre o final do século III a.C. e o início do século II a.C., mas també
 
 
A)
A estátua é totalmente fiel a toda a anatomia humana.
B)
A estátua não reproduz nenhum aspecto da anatomia humana.
C)
A posição em que a estátua se encontra é totalmente impossível de ser reproduzida por um corpo verdadeiro, mesmo que parcialmente.
D)
Apesar da semelhança com o corpo humano é possível que tenham sido feitas pequenas alterações na proporção da anatomia.
E)
A representação da musculatura na estátua é totalmente fiel ao corpo humano masculino.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
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19/11/2021 22:40 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
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O Renascimento: a razão e a arte
 
A palavra renascença significa nascer de novo ou ressurgir. Para os italianos, e principalmente os artistas florentinos do século 14, a
arte que estava sendo produzida era considerada de qualidade porque recuperava aquela do período do Império Romano. E foi na
cidade de Florença que esse sentimento se manifestou de modo mais intenso. Foi também nesse momento que um grupo de
artistas se dispôs deliberadamente a criar uma nova arte e a romper com as idéias do passado recente, tendo como líder Filippo
Brunelleschi, que ficou encarregado da conclusão da cúpula da catedral de Florença. Sua proposta era que as formas da arquitetura
clássica (colunas, frontões, proporções, etc.) fossem livremente usadas para criar novos modos de harmonia e beleza. Para os
grandes mestres da Renascença, os novos recursos e descobertas da arte nunca foram um fim em si. Sempre os utilizaram com o
propósito de aproximar ainda mais do nosso espírito o significado de seus temas.
 
É desse período a invenção de uma forma de representação que dominou durante alguns séculos a criação de imagens que
reproduzem o mundo real: a perspectiva. Atribui-se a Filippo Brunelleschi a sua invenção, e apesar do surgimento de outras formas
de representação, a perspectiva é usada até hoje, inclusive no mundo virtual da informática.
 
 
A Santíssima Trindade
Afresco, 1428
Santa Maria Novella, Florença, Itália
Masaccio (Tommaso de San Giovanni Valdano ou
Tommaso de San Giovanni di Simone Guidi),
1401-1428
 
Este quadro gerou grande espanto devido à
ilusão, criada pela disposição e proporção dos
corpos, a qual fazia com que os fiéis
imaginassem ali a extensão de uma outra capela,
tal a realidade criada pelo uso da perspectiva. Na
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imagem à direita as linhas que estruturam o
afresco convergem para o ponto de fuga, que se
encontra na altura dos olhos do observador,
“convidando-o” a participar da composição.
 
A perspectiva, com seu método de representação quase científico, e de certa forma, matemático, também se inseria na visão dos
mestres florentinos do século 15 que se voltaram para o uso da racionalidade como forma de explicar o mundo. A perspectiva,
associada aos conhecimentos que esses artistas possuíam sobre a anatomia humana, proveniente de seus estudos em cadáveres,
geravam imagens com uma exatidão que impressionava a todos os observadores da época.
 
Enquanto na Itália, os florentinos buscavam a exatidão da representação através da perspectiva com ponto de fuga (perspectiva
cônica) e com um profundo conhecimento da anatomia humana, no norte da Europa, Jan van Eyck, um artista flamenco, da região
onde hoje se encontram os Países Baixos, buscava essa mesma exatidão, porém de outra maneira. A solução por ele adotada foi
materializar a ilusão do mundo real através da cuidadosa e paciente composição de uma imagem pela somatória de detalhes
precisos, reproduzindo, da maneira mais completa possível, o que os olhos viam no universo real. Apesar de van Eyck também se
utilizar de uma característica da perspectiva, a de criar a ilusão de profundidade através da redução do tamanho dos objetos em um
quadro à medida que se afastam do plano do observador, os detalhes é que convencem o espectador de que aquelas imagens são
um espelho do mundo real. Para conseguir a exatidão da representação de imagens ele aperfeiçoou significativamente sua
capacidade de pintar, inventando a pintura a óleo, que permite uma riqueza de detalhes muito rica.
 
Uma das principais contribuições dos artistas, tanto na Itália (sul da Europa) quanto em Flandres (norte da Europa), foi a
demonstração de que a arte pudesse ser usada não só para contar a história sagrada de uma forma comovente, e que era uma das
principais preocupações da Igreja Católica, mas para refletir também um fragmento do mundo real.
 
 
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O casal Arnolfini
Autor: Jan van Eyck
1434. National Gallery, Londres, Inglaterra.
 
Giovanni Arnolfini era um negociante italiano, que se estabeleceu em Bruges com sua esposa. O casal foi
representado por van Eyck no interior de uma residência, que reflete o seu cotidiano. Isso é possível de se perceber
devido ao alto grau de detalhamento realista que foi utilizado para mostrar elementos domésticos como o cãozinho (na
parte inferior do quadro), as frutas (na mesa) e o espelho, na parede ao fundo. Esse espelho se converte em um
interessante elemento no quadro, pois em uma observação mais detalhada é possível perceber nele a presença de
outros personagens na cena.
Apesar da aparente naturalidade e simplicidade da cena, são vários os elementos simbólicos que remetem ao
matrimônio, representado de forma discreta pelo autor da pintura, como era hábito entre os artistas da época.
 
Nesse ambiente, os artistas passaram a organizar-se em corporações, bastante fechadas, e que correspondiam aos sindicatos de
hoje. A transmissão do conhecimento também era restrita: não havia escolas, e os interessadosem aprender algo tinham que
começar bem cedo, como jovem aprendiz de algum mestre habilitado. É nesse ambiente, no século 16, que se formaram algumas
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gerações de artistas e arquitetos mais importantes da Itália e que se tornariam referência para o mundo ocidental nos séculos
seguintes, criando algumas das obras mais significativas da arte na Europa. Mas, ao contrário de outros períodos na história da
arte, os artistas que hoje reconhecemos como grandes mestres já eram reconhecidos como tal naquela época. Nesse período o
artista era tratado como indivíduo criativo, autor único de talento incomparável, quando reconhecido como tal por seus pares. A idéia
do artista, e também do arquiteto, como ser criador, único ou principal, responsável pelas qualidades de sua obra, se consolida
nessa época. É daí que provêm nomes da península itálica como Leonardo da Vinci, Rafael, Miguelângelo, Fra Angelico e Ticiano, e
do norte da Europa, Albrecht Dürer e Hans Holbein e também de vários outros mestres famosos. Não é por acaso que durante a
Renascença o artista consolida-se como mestre dotado de autonomia, não podendo alcançar fama e glória sem explorar os
mistérios da natureza e sondar as leis secretas do universo. Para isso os artistas, principalmente depois de Alberti, deveriam ser
completos: intelectuais, músicos, estudiosos da natureza em seus vários aspectos, letrados, filósofos. Essa situação é muito
diferente do que acontecia antes, como já foi dito na apresentação deste texto. Até então o artista se confundia com o artesão,
profissional que produzia desde objetos do cotidiano, como sapatos e roupas até pinturas e grandes esculturas, mediante
encomendas específicas. A ascensão dos grandes mestres, em face de um preconceito que existia contra pintores e escultores, se
deve em parte à necessidade que os nobres e ricos mercadores, desejosos de ascender socialmente, tinham de construir belos
edifícios, fazer túmulos suntuosos, ou oferecer uma pintura para o altar-mor de alguma igreja famosa.
 
Foi na arquitetura que essa mudança ocorreu de forma mais acentuada. Os mestres eruditos do século 15, conhecedores do
passado clássico através dos escritos de Vitrúvio (construtor e escritos que viveu no império romano), buscavam realizar obras
usando como referência a arquitetura de Roma e da Grécia antigas. O arquiteto renascentista buscava projetar e construir um
edifício em que pudesse aplicar todo o seu conhecimento de proporção, simetria e regularidade, características daquela arquitetura.
Donato Bramante tem essa oportunidade e realiza o Tempietto (pequeno templo) no início do século 16. Essa escolha também
estava carregada do desejo de utilizar a razão, incrustada na matemática e na geometria, para criar formas perfeitas, segundo
aqueles construtores.
 
Leonardo da Vinci (1452-1519) foi aprendiz em uma importante oficina de Florença, e destacou-se como uma das mais capazes e
ricas personalidades de todos os tempos. Estudou, ampliou os conhecimentos, criou e imaginou artefatos que somente viriam a se
tornar realidade séculos depois. Atuou nas áreas de medicina, anatomia, engenharia militar, ótica, arquitetura, pintura, geometria,
entre outros campos. Em uma das suas mais conhecidas obras, a “Monalisa”, Leonardo consegue superar os mestres anteriores,
usando uma técnica de pintura denominada de “sfumato”, a qual possibilitou criar uma ilusão de vivacidade nunca antes conseguida
na pintura de uma figura humana.
 
Mona Lisa, ou La Gioconda
Leonardo da Vinci
 
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1503-1507, óleo sobre madeira
Museu do Louvre, Paris, França
Neste detalhe do rosto da Mona Lisa se pode perceber o uso da técnica do “sfumato”: as pinceladas aparentes de uma pintura
são retiradas usando verniz de madeira, que corrói a tinta, deixando um gradiente perfeito no local. Como consequência da
técnica é quase impossível perceber pinceladas nesta e em outras obras de Leonardo da Vinci.
O Maneirismo: clássico e anticlássico
 
Outro grande florentino cuja obra tornou tão famosa a arte italiana do século 16, foi Miguelangelo Buonarrotti (1475-1564). Em sua
longa vida, foi testemunha de uma completa mudança na posição do artista dentro da sociedade. A sua capacidade de representar
o corpo humano em qualquer posição ficou logo conhecida, e nisso superou todos os antigos mestres. Essa habilidade foi
desenvolvida a partir do estudo da anatomia humana feita diretamente em cadáveres, como Leonardo da Vinci e outros artistas já
haviam feito.
 
Em uma de suas obras, a pintura do teto da Capela Sistina, é que se pode admirar toda a habilidade e imaginação de Michelangelo,
em manipular a anatomia do corpo humano. Até hoje aquelas imagens nos seduzem e são reproduzidas pelo mundo inteiro,
resultado de um árduo trabalho de 4 anos de extrema dedicação.
 
Porém, Michelangelo não pode ser considerado um artista exclusivamente renascentista. Apesar de seu trabalho estar carregado de
premissas semelhantes às de outros artistas da época, que acreditavam na razão como meio de intervir, conhecer o mundo e criar
obras perfeitas, Michelangelo não se limitou a esse ideal. A partir de suas obras arquitetônicas (o vestíbulo com a escada da
Biblioteca Laurenciana), urbanas (Piazza del Campidoglio, ou Praça do Capitólio, Roma, Itália, feita entre 1536 e 1546) e até
mesmo da pintura (o teto da Capela Sistina), ele começa a criar uma posição anticlássica, que começa a se contrapor a uma certa
rigidez clássica característica de obras de outros artistas mais antigas. Essa situação anticlássica pode ser percebida nas suas
obras através de um elo em comum entre elas: a utilização de formas clássicas de uma maneira diferente, sem uma organização
exclusivamente lógica e geométrica, buscando criar composições plásticas inovadoras através de novas maneiras de criar espaços,
esculturas, pinturas, representações humanas, e até mesmo espaços urbanos.
 
Essa posição de Michelangelo deu origem ao período chamado de Maneirismo, o que significa “à maneira de”, ou seja, de acordo
com a vontade do artista. Tem início um momento na história da arte européia – que se contraporia ao Renascimento, de caráter
clássico – que privilegiou os desejos pessoais eo talento individual dos artistas e arquitetos em criar arte segundo seus princípios
pessoais, ao contrário de perseguir regras matemáticas, geométricas, ou, como já foi dito clássicas. O momento anticlássico
começa e se manifestará de forma mais intensa no momento seguinte, o Barroco, e ficará a serviço dos interesses de uma das mais
fortes instituições que havia na Europa naquele momento, a Igreja católica.
 
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Vista geral do interior do teto da Capela Sistina
Michelangelo Buonarroti
Maria e Jesus, detalhe do Juízo Final.
Autor: Michelangelo Buonarroti
1534–1541.
Quando Michelangelo foi contratado para realizar o teto da Capela Sistina, ele já era um escultor e artista consagrado. Suas esculturas, com uma anatomia
manipulada de forma magistral, graças a seus conhecimentos do corpo humano, já o definiam como um dos grandes artistas da transição entre o
Renascimento e o Barroco. Ao ser chamado para realizar um grande trabalho de afresco, Michelangelo já havia realizado trabalhos de pintura, mas não
desse porte. A escolha do artista foi inovadora: a sua pintura não seguiu os cânones renascentistas, optando por realizar a transposição de formas
escultóricas e tridimensionais para um trabalho bidimensional. Daí a percepção de que as imagens no famoso teto da capela são representações de
esculturas de caráter masculino, o que realça a plasticidadedo conjunto que consumiu parte da vida e da saúde de Michelangelo.
 
O Barroco: a invenção do movimento
 
O momento, na história da arte, que sucede ao Renascimento e Maneirismo, é chamado de Barroco, e originalmente esse nome
fora dado àquelas obras como um meio de caracterizá-las como obras grosseiras, absurdas, ou seja, com um sentido pejorativo.
Esse nome fora atribuído à arquitetura e às obras de arte produzidas durante o século 17, por homens que insistiam em que as
formas das construções clássicas jamais deveriam ser usadas ou combinadas senão da maneira adotada na Antiguidade por
gregos e romanos.
 
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Êxtase de Santa Teresa.
Gian Lorenzo Bernini.
1645 – 1652. Santa Maria della Vittoria, Roma, Itália.
 
Este conjunto de estátuas (grupo) feito em mármore forma o centro da capela Cornaro, na qual a estrutura
arquitetônica, as estátuas e os elementos decorativos formam um todo unitário, ou seja, um cenário completo.
A representação do drama se materializa de maneira cenográfica no centro da capela. Em ambos os lados do
local onde se encontram as estátuas abrem-se duas cavidades, como se fossem palcos, nas quais debruçam-
se estátuas que representam a família Cornaro.
A santa, arrebatada de amor divino, junta-se a seu esposo místico. A materialização desse ato espiritual tem
uma explicação formal, em que estão presentes aspectos puramente carnais e eróticos. Essa ambiguidade,
marcada pela convivência, na mesma obra, de referenciais do cristianismo e do paganismo constitui uma
característica do período barroco, intencionalmente utilizada pelo autor da escultura.
 
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Esse rigor na utilização e na reprodução de formas provenientes da Grécia e da Roma antigas foi o critério utilizado por esses
críticos para denominar as obras de arte de sua época, que não seguiam esses cânones clássicos, de “barroco” (era um termo
comumente usado para denominar uma pérola imperfeita, com deformações). O que os arquitetos e artistas barrocos faziam era,
aos olhos de seus críticos, modificar as regras clássicas e organizar suas obras segundo uma lógica e um raciocínio próprios,
reinventando a maneira de usar as formas clássicas e até mesmo criando novas formas.
 
Já no maneirismo, na igreja Il Gesù, de Giacomo della Porta (1538? – 1602) acontece isso: o uso das formas clássicas (frontões,
colunas, capitéis) foi feito de uma maneira que não existia no passado. Além disso, della Porta empregou formas, como a voluta,
posicionada na parte superior da fachada, que sequer existiam no passado clássico. No entanto é preciso ressaltar que essas
formas aparentemente anti-clássicas não são meros caprichos, e estão, na verdade, a serviço da “composição formal” do edifício, e
de uma organização melhor da estrutura da edificação. Isso significa que esses artistas e arquitetos não faziam essas invenções e
modificações de uma referência clássica por mero capricho. Eles reconheceram e exploraram a capacidade de invenção que se
transformaria mais tarde, com as devidas diferenças conceituais, em uma das buscas mais intensas nas artes plásticas e na
arquitetura a partir do início do século 20: a obsessão da novidade.
 
Fachada da Igreja Il Gesù em Roma, Itália (cerca de 1564).
Autor: Giacomo della Porta
 
A fachada da Igreja Il Gesù é representativa da utilização dos elementos clássicos de forma
anti-clássica característica maneirista. Pode-se notar o frontão e o entablamento com
reentrâncias e saliências, as pilastras duplas na parte superior. Na parte inferior notamos os
plintos e pilastras duplas com portal com colunas e pilastras e frontão sob um arco. A
maneira de compor todos esses elementos abre as possibilidades de busca do movimento
desenvolvido e aprimorado no barroco. As volutas e as imagens em nichos quebram a
bidimensionalidade do plano da fachada. Mas o mais importante é que a planta da igreja
passa a ter nova forma, isto é planta em nave única, que será adotada em todo o período
barroco. Por isso, Il Gesù, obra maneirista, é a precursora das inovações barrocas.
 
Na pintura, assim como na arquitetura, também os artistas tiveram que recorrer a novos métodos de trabalho e que se
aprofundaram no século 17: a ênfase sobre a luz e a cor; o desprezo pelo equilíbrio simples, e a preferência por composições mais
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complicadas. Começa também no século 16 uma prática, dentro da sociedade, que não havia anteriormente. Inicia-se a prática do
debate sobre a arte e os seus “movimentos”, inclusive sobre questões de hierarquia (qual obra era a melhor dentre outras).
 
Crucifixão de São Pedro
Autor: Michelangelo Merisi, conhecido como Il Caravaggio
1601. Igreja de Santa Maria Del Poppolo, Roma, Itália.
 
A representação naturalista escolhida por Caravaggio, adota como modelo a
realidade mais fiel possível à cena, e utiliza uma luz artificial, que ilumina de
forma conceitual o espaço da composição de maior importância para o tema
do quadro. Por isso, a luz incide de fora do quadro sobre a figura de São
Pedro, captando com nitidez sua atitude diante do martírio de ser crucificado.
A luz, dessa forma, auxilia Caravaggio a transmitir sua mensagem com
veracidade. O santo tem uma expressão, entre temerosa e surpresa, que está
muito distante da exaltação mística dos santos barrocos. Neste quadro, o
personagem foi introduzido no seu drama, e sua instabilidade emocional é a
melhor prova de que se trata de um homem real.
 
Exercício 1:
O quadro abaixo foi feito por Caravaggio para narrar o trecho final de uma das versões da estória de Narciso, um mito de origem grega. A
construção de cenas em pinturas sobre temas desse tipo exigia que o autor do trabalho decidisse como deveria posicionar a personagem do
quadro para criar uma imagem que correspondesse à interpretação que ele fez do mito escolhido para ser representado. Esse posicionamento
podia, em muitos casos, apoiar-se sobre figuras geométricas, que servem de estrutura para a posição dos elementos da cena. Essa atitude
contribuía para criar uma organização na pintura mais forte, ou mais fácil, dependendo do contexto. Por outro lado, alguns autores preferiam
não se apoiar em figuras geométricas muito nítidas para construir as cenas de suas pinturas. Escolha a alternativa que analisa corretamente a
relação entre o quadro abaixo e o uso de figuras geométricas para criar cenas em pinturas.
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“Narciso”
Michelangelo Merisi da Caravaggio (Milão, 29 de Setembro de 1571 – Porto Ercole, comuna de Monte Argentario, 18 de Julho de
1610)
Óleo sobre tela; 116 x 98 cm; 1597. Galleria Nazionale d'Arte Antica, Palazzo Barberini, Roma - Itália
 
A)
Não há nenhuma organização geométrica visível na composição do quadro, nem na posição em que se encontra o personagem
principal da cena nem na posição dos outros elementos que compõem a pintura.
B)
O tema da cena, que é uma estória mitológica, não é adequado a representações geométricas, pois se trata de uma lenda. Por isso a
composição da pintura gira em torno do reflexo na água do lago. O reflexo é o tema central da pintura.
C)
A organização da pintura é perceptível na posição dos braços e da cabeça de Narciso, criando uma figura geométrica irregular (no centro da
qual está o joelho da personagem) duplicada pelo reflexo no lago, o qual divide a pintura em duas partes.
D)
A organização geométrica visível na pintura é o reflexo de Narciso nas águas do lago. A composição do quadro seresume na duplicidade da
personagem, que termina apaixonada pela sua própria imagem refletida.
E)
A composição do quadro é muito simples e pode ser resumida na divisão do quadro em duas partes, a de cima e a de baixo. A de
cima é o mundo real e a de baixo é o mundo virtual. Dessa forma a composição revela que o mundo real foi seduzido pelo mundo
virtual.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
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Exercício 2:
O quadro abaixo foi feito durante o período denominado de Renascimento e, assim como várias pinturas da época, retrata um momento da
Bíblia católica, interpretado pelo pintor da obra. Nesse quadro é fundamental a estrutura montada para simular a profundidade espacial, através
da perspectiva com um ponto de fuga (perspectiva cônica), a qual movimenta o olhar do observador da pintura, iniciando pelas pessoas
situadas no primeiro plano deslocando-o até a porta central do edifício situado ao fundo do quadro. Para realizar esse movimento do olhar a
perspectiva utiliza vários elementos geométricos e simulações de profundidade visíveis no quando. Escolha a alternativa que contém o
elemento menos essencial para a criação da sensação de profundidade e de deslocamento do olhar do observador.
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RAFAEL SANZIO (1483-1520)
“O casamento da Virgem”
A)
O ponto de fuga, situado na posição da porta central do edifício, e que é o local para onde convergem todas as linhas de construção do piso e
do edifício.
B)
A redução do tamanho da representação das pessoas à medida que se afastam do primeiro plano, até as menores imagens situadas ao lado do
edifício.
C)
A inserção de um desenho de piso que possa ser percebido pelo observador, e que diminui à medida que se afasta do primeiro plano.
D)
A linha do horizonte, situada aproximadamente na metade da porta central do edifício, e que divide o quadro em duas partes: na parte abaixo
dessa linha o observador olha os personagens da cena em primeiro plano a partir de cima.
E)
A sombra, causada pela luz do sol no panejamento (representação que busca simular os movimentos do tecido das roupas) e no edifício; essa
sombra é essencial para garantir a profundidade do quadro.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E)
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A arte na era das Revoluções
 
O período compreendido entre os anos de 1776 e 1848 foi marcado, tanto na Europa como na América, por importantes movimentos que conduziram
transformação da sociedade ocidental. Esses movimentos foram: a Primeira Revolução Industrial, ocorrida inicialmente na Inglaterra a partir de 1750
modificou o modo de produção econômico e as próprias relações sociais na Europa; a Revolução Americana (1776), de que resultaram a independê
Estados Unidos e o início da derrocada do Antigo Sistema Colonial no continente americano; a Revolução Francesa (1789), que pôs fim ao sistema 
França e as diversas revoluções que eclodiram em diferentes regiões da Europa no ano 1848, com base em ideais como o liberalismo, o socialismo
nacionalismo, princípios novos que conduziram à derrubada, em toda a Europa, das relações políticas, econômicas e sociais que predominavam no
continente desde a Idade Média. A produção artística desse período de intensas transformações também sofreu modificações importantes, como se
observado a seguir.
 
A laicização da arte e a Revolução Francesa
 
A revolução francesa constituiu um dos mais importantes momentos da História da civilização ocidental, e foi responsável pelo estabelecimento dos 
humanistas da igualdade, da liberdade e da fraternidade, que se contrapunham ao sistema de privilégios do Antigo Regime. Fundada nos ideais da
racionalidade iluminista, a Revolução Francesa abriu as portas para uma nova forma de arte, que não mais expressaria a vontade divina, mas os an
dramas e práticas cotidianas dos próprios seres humanos. Foi neste sentido que a arte ocidental caminhou, a partir de então, na direção de sua con
laicização: os temas bíblicos foram substituídos, na pintura e na escultura, por temas mitológicos e do cotidiano burguês. Ademais, os artistas passa
servir não mais à Igreja, doravante decadente como centro de irradiação do poder político, mas aos novos líderes políticos, em especial Napoleão B
tornado Imperador francês em 1799, e que pretendeu estender a toda a Europa os ideais da Revolução Francesa e suplantar a sua principal rival, a 
no campo econômico, como principal fornecedora de produtos industrializados para o velho continente e para o Novo Mundo. Em diferentes obras, a
representação de temas da mitologia Greco-romana servia ao propósito de simbolização do caráter eterno do poder, encarnado na figura de Napole
Particularmente, no que se refere à pintura, predominava o denominado academicismo, pois os artistas seguiam modelos e regras que eram aprend
Escolas de Belas Artes. Entre os pintores do período, cabe destacar a atuação de Jacques-Louis David, artista oficial do Império napoleônico, cujas 
representam momentos históricos, cenas mitológicas, paisagens, além de retratos e nus, em geral carregados de realismo e emoção.
 
A morte de Marat ou Marat assassinado (Marat assassiné).
Jacques-Louis David.
1793. Óleo sobre tela. Musées Royaux des Beaux-Arts de
Belgique, Bruxelas, Bélgica.
 
Essa pintura não retrata nenhum momento religioso,
tampouco uma situação glorificadora, com musas imaginárias,
imperadores, religiosos, ou guerreiros. Pelo contrário, ela
mostra Jean-Paul Marat, revolucionário morto em sua
residência por Charlotte Corday. O uso de temas políticos
radicais na pintura é uma conquista da época, reforçada pela
capacidade dos artistas de mostrar com muita fidelidade
qualquer cena que desejassem pintar.
 
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A arte e a Revolução Industrial
 
Realismo
 
A pintura Realista desenvolveu-se principalmente na França, na segunda metade do século 19, paralelamente ao contínuo processo de transformaç
promovido, sobretudo nas cidades, pela Revolução Industrial. O Realismo consistiu numa nova estética, a qual se fundava no propósito de aplicar, n
artístico, o mesmo rigor de interpretação e domínio da natureza conquistado no campo científico. Neste sentido, preconizava o abandono, na arte, d
subjetividade e da emoção, caracterizando-se pela busca da objetividade, de modo racional.
 
Principais características da arte realista:
 
· A pintura apresenta cunho cientificista, pois visa representar o real com o mesmo grau de objetividade com que os cientistas analisam fenôm
naturais. A pintura realista apresentava portanto caráter documental.
· Os artistas realistas não idealizam a natureza, nem buscam melhorá-la ao representá-la em suas obras. O belo está na própria realidade do 
como ela é, cumprindo apenas ao artista reproduzi-la em sua verdade.
· As pinturas são marcadas pela sua sobriedade e pela minuciosidade da representação, revelando os aspectos próprios da realidade.
· Em decorrência da ênfase na objetividade e na minúcia, as obras de arte realistas caracterizam-se por expressar o mais fielmente possível a
em detalhes, adquirindo um caráter descritivo.
 
No Realismo, a obra de arte constitui veículo de denúncia das injustiças sociais, protestando, de forma politizada, em favor dos oprimidos e desfavo
revelando a desigualdade existente entre a pobreza do proletariado e a riqueza dos burgueses. Alçados a heróis da sociedade industrial, os operário
miseráveis constituem temas privilegiados das pinturasrealistas, em substituição aos heróis idealizados da pintura da época do Romantismo.
 
Moças Peneirando o Trigo.
Gustave Courbet
1854. Museu de Belas Artes, Nantes, França.
 
O principal representante do Realismo, na pintura, é Gustave Courbet (1819-1877),
que representou em suas obras, principalmente, cenas da vida cotidiana das
classes trabalhadoras. Courbet era declaradamente socialista. Outro artista
importante ligado ao Realismo é Jean-François Millet, homem muito religioso,
amante da natureza e que trabalhara desde jovem no campo. Sua pintura
representa sobretudo os vínculos entre o homem e a terra
Além da obra pictórica de Courbet e Millet, cabe fazer referência, no Realismo, à produção do escultor Auguste Rodin, que se afastou dos princípios
e procurou criar estátuas que representavam a realidade do modo como ela é, dando preferência a temáticas contemporâneas e à busca de registra
bronze, o momento específico de uma atitude, como na sua obra O Beijo.
 
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O Beijo (Le Baiser)
Auguste Rodin
Década de 1890. Escultura em mármore. Museu Rodin, Paris, França.
 
Na escultura O Beijo de Rodin é possível observar as principais características
da obra deste que foi o mais importante escultor realista. Sua importância reside,
entre outros fatores, na sua ruptura com os padrões clássicos das esculturas
buscando novas proporções e ensaiando torções e movimentos com forte
inspiração em Michelangelo.
Naturalismo
 
A partir de 1830 surge uma nova forma de representação da realidade a partir das inovações que a máquina permitia: a fotografia. Os artistas perce
limite das possibilidades da arte na mimese do real. Abandonando um pouco as questões ideológicas (crítica social) do Realismo, os artistas natural
empreenderam uma caminhada na busca da reprodução fiel das paisagens urbanas ou não, sem o caráter idealizado do Realismo. Sua prática ocor
livre, característica adotada posteriormente também pelos impressionistas para garantir o contato direto com o real. Entre os principais artistas estão
Theodore Rousseau (1812-1867) e Camille Corot (1796-1875).
 
Forum visto do Jardim Farnese (1826)
Jean Baptiste Camille Corot
Papel montado sobre tela – Museu do Louvre, Paris
 
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Em sua fase italiana, Corot no início do século 19 privilegiava as paisagens
elaboradas com volumes, cuja luz construía as formas a partir do contraste com as
sombras. As tonalidades das cores complementam a construção minuciosa da
paisagem.
 
Romantismo
 
No Romantismo os artistas afastam-se da representação do real. O seu interesse era o de representar valores sociais simbolizados nas próprias pin
figuras humanas, seus trajes e seus gestos e mesmo os objetos que portavam.
 
A pintura adquire um caráter eminentemente retórico tornando-se um discurso sobre o real, representando as mudanças sociais e políticas decorren
ascensão da burguesia ao poder. Por esse motivo, as cenas do cotidiano, do povo e seus costumes são os preferidos pelos artistas.
 
Um dos artistas mais representativos desse período foi Eugène Delacroix (1798-1863) autor do primeiro quadro político da história da arte, A Liberda
guiando o povo (1830). A ideia de liberdade estava impregnada de valores nacionalistas e de independência da pátria.
 
A Liberdade guiando o povo (28 de julho 1830)
Eugène Delacroix
Óleo sobre tela
Museu do Louvre, Paris
 
Delacroix sintetiza nesta obra os principais elementos da pintura romântica: a sua forte carga
emocional, o apelo a símbolos da nacionalidade e liberdade e que representavam a ideia de
mobilização das camadas populares no caminho da libertação dos grilhões do Antigo Regime.
 
Exercício 1:
Escolha a alternativa que define como a Revolução Industrial interferiu nos meios de produção da Europa no século XIX.
A)
A Revolução Industrial começou a destruir as próprias tradições do sólido artesanato; o trabalho manual cedia lugar à produção mecânica, a oficina cedia espaço
B)
A Revolução Industrial não interferiu no artesanato que era, na Europa, o grande meio de produção a partir do qual todas as coisas eram produzidas
inclusive a arte.
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C)
A Revolução Industrial permitiu que as próprias tradições do sólido artesanato convivessem com a produção mecânica, sem que uma predominasse sobre a outra
D)
A Revolução Industrial atingiu de forma muito limitada os meios de produção existentes na época. Somente no século XX é que esse evento iria atingir sua real p
E)
A Revolução Industrial começou a destruir o artesanato, mas logo depois perdeu força, desaparecendo no século XIX, com o retorno dos meios manuais de produ
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)
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Exercício 2:
O quadro a seguir é do século 19 e é um típico representante das noções ensinadas pelas escolas de arte no Brasil. Escolha a alternativa que contém
as afirmações CORRETAS sobre esse quadro e suas características, dentre as citadas a seguir:
José Ferraz de Almeida Júnior. O importuno, (óleo sobre tela, 145 x 97 cm), 1898. Pinacoteca do Estado, São Paulo.
 
I – O talento do artista está vinculado diretamente à capacidade de pintar com o máximo de fidelidade aquilo que se vê, como uma fotografia.
II – A escolha das cores, a representação da luz e das sombras, a perspectiva exata e a correta proporção de todos os elementos do quadro são u
consequência do ensino institucionalizado das artes no Brasil, amplamente influenciado pelas academias europeias.
III – O tema é essencial para o quadro, pois demonstra o interesse do autor em criar uma imagem abstrata e sem conexão direta com a realidade
IV – A representação figurativa alcança o ápice no século 19 em quadros como esse no qual a representação deve ser o mais fiel à re
independente do tema escolhido para a pintura.
A)
Afirmativas I e II.
B)
Afirmativas I, II e IV.
C)
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Afirmativas I e III.
D)
Afirmativas I, II e III.
E)
Afirmativas I, II, III e IV.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
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Exercício 3:
A figura abaixo (Fig. 1) é parte de uma série de oitenta e duas gravuras chamada "Estragos da guerra" [1810-1815],
pintor espanhol Francisco Goya, e pode ser vista como um precedente do quadro “Guernica” [1937]. Isso é possível a
porque as duas obras têm elementos em comum como: o caos compositivo, a mutilação dos corpos, a fragmentação d
objetos e aprestos situados em qualquer lugar da gravura, a mão cortada de um dos cadáveres, e a desmembração d
corpos e a figura do menino morto com a cabeça invertida, que recorda o que aparece sustentado pela sua mãe à esq
da obra de Pablo Picasso.
Comparando-se as duas obras é INCORRETO afirmar que
A)
a obra de Pablo Picasso é uma clara referência à obra de Goya.
B)
a forma de representar o tema escolhido é idêntica nas duas obras.
C)
o tema, que é a guerra, e o conteúdo, privilegiando a destruição e suas consequências, são os mesmos nas duas obras.
D)
a obra de Pablo Picasso possui uma representação mais abstrata do que a obra de Goya.
E)
as duas obras possuem características estéticas diferentes, apesar do mesmo tema e conteúdo.
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O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)Comentários:
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A síntese da forma na obra pictórica de Paul Cézanne
 
Um dos mais importantes artistas do Ocidente, e que influenciou muitas gerações de pintores, nas quais se incluem
Pablo Picasso e Georges Braque, foi o francês Paul Cézanne (1839-1906). Ele não considerava que a arte tivesse
como papel a fiel representação da realidade, nem o mero registro das impressões decorrentes dos sentidos, mas
antes, a busca da interpretação do real. Noutros termos, segundo Cézanne, o artista não reproduz, mas interpreta a
realidade. Tendo iniciado a sua carreira com obras de cunho sensual, como A Orgia, Cézanne destacou-se
sobretudo, na História da Arte, pelo rigor técnico com que buscou a geometrização em suas pinturas, empregando
com maior constância formas cilíndricas, esféricas e cônicas, tornando-se um precursor do Cubismo.
Paul Cézanne.
Monte Sainte-Victoire, visto de Bellevue.
c. 1885. Óleo sobre tela. Barnes Foundation, Merion, Pennsylvania, EUA.
A Montanha Sainte-Victoire foi pintada por Cézanne em diversas ocasiões. Como se estivesse à procura da
descoberta da estrutura fundamental do espaço tridimensional representado no plano. Para Cézanne a natureza
deveria ser representada pelos volumes puros, o cone, o cilindro, o cubo e a esfera. Essa perspectiva prenuncia o
Cubismo.
 
A busca da ruptura com os padrões clássicos: pintura, design e arquitetura
A introdução da máquina como elemento fundamental do ciclo produtivo propiciou em meados do século 19 um
debate exaustivo sobre a relação entre artesanato versus indústria e por conseguinte entre arte versus artesanato.
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Na Primeira Exposição Universal de 1851 realizada no Palácio de Cristal em Londres ficara patente a necessidade
de adequar as formas dos objetos produzidos artesanalmente pelo homem aos novos tempos, agora os da máquina.
Formou-se então na Inglaterra um movimento denominado Arts and Crafts liderado por artistas como William Morris
(1834-1896) e John Ruskin (1819-1900) que rejeitavam a forma de produção industrial. Defendiam o artesanato e
buscavam nas corporações e guildas da Idade Média uma saída plausível para a organização da produção nos
novos tempos. Mais no final do século 19, no entanto, surge na Europa um movimento antagônico ao Arts and Crafts
nos seus objetivos. Com diversas denominações, a Arte Nova, ou Art Nouveau pretendia avançar a questão da
produção em série a partir dos novos materiais: o ferro e o vidro. Por isso, era necessário buscar novas formas, que
rompessem com o clássico, já que produzir nesses padrões implicava no artesanato. No entanto, as formas e as
referências utilizadas pela Arte Nova para romper com o clássico tinham forte influência da pintura oriental, com
utilização de formas da natureza, portanto linhas curvas e com temas florais. Nesse sentido, a tentativa viu-se
frustrada para alcançar rapidamente uma solução para a produção em série dos objetos, acessórios da construção e
da própria edificação. Rapidamente os arquitetos e artistas perceberam que as formas da Arte Nova não
implementariam a produção racional e industrial. O trabalho manual continuava a ser necessário para obter os
resultados formais pretendidos.
Já na primeira década do século 20, mais precisamente em 1907, na Alemanha é fundada a Werkbund, uma
sociedade de artesãos e artistas com o objetivo de relacionar a arte e a indústria através do ensino e da propaganda.
Diferentemente do movimento inglês Arts and Crafts, a Werkbund concilia a máquina na produção artística de forma
e abrir terreno seguro para que Walter Gropius (1883-1969), em 1919 fundasse em Weimar, também na Alemanha, a
primeira e mais importante escola de arte, design, arquitetura e urbanismo, a Bauhaus (1919-1933).
 
Pontilhismo
O Pontilhismo foi uma iniciativa tomada por alguns artistas europeus no final do século 19, e que se baseava em
uma propriedade do olho e do cérebro humano de reunir certos elementos visuais – neste caso um conjunto de
milhares de pontos coloridos – e a partir deles construir imagens.
Um dos principais artistas desse tipo de representação foi Georges Seurat, que influenciou muito os artistas
chamados de impressionistas. Até hoje a obra de Seurat é uma referência e chama a atenção do observador.
No quadro ao lado, o artista escolheu não apenas representar as cores e formas dos elementos que compõem o
quadro através do pontilhismo, mas também através de outras escolhas plásticas: tanto as pessoas quanto a
vegetação e os animais estão representadas de uma maneira simplificada e geometrizada, quase como
bonecos. Não há uma preocupação em representar fielmente, do ponto de vista visual, a cena de lazer e de
descanso do quadro.
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Tarde de Domingo na Ilha de Grande Jatte (Un dimanche après-midi à l'Île de la Grande Jatte
Georges Seurat.1884 – 1886. Óleo sobre tela, 207,6 x 308 cm. Art Institute of Chicago, Chicago, EUA.
 
Impressionismo
 
A pintura denominada Impressionista desenvolveu-se na Europa no século 19. Essa denominação tem a sua origem
em uma famosa tela, de autoria de Claude Monet, intitulada Impressão, nascer do Sol, de 1872. Os artistas
vinculados a esse movimento desprenderam-se da preferência por temas da mitologia greco-romana e puseram de
lado a preocupação com a reprodução fiel (mimese) da realidade. Conferiam maior relevância aos próprios quadros,
considerados importantes em si mesmos como obras de arte. O seu interesse central era a exploração dos efeitos
de movimento e de luminosidade, obtidos a partir de pinceladas soltas, sem traço de desenho. Em geral, os
impressionistas pintavam em meio à natureza e nos espaços abertos das cidades, visando observar melhor as
variações decorrentes das mudanças da luz incidindo sobre pessoas e objetos durante o dia e à noite.
 
A imagem ao lado reproduz o quadro intitulado Impressão, nascer do sol,
de Monet. Exibida em exposição ocorrida no ano de 1874, foi a partir
dessa obra que se nomeou o movimento impressionista.
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Claude Monet. Impressão, nascer do sol (1872)
Museu Marmottan, Paris, França
 
Características gerais da pintura impressionista:
 
· Considerando que a luz solar é a fonte de todas as cores, os artistas buscam mostrar as variações de
tonalidade decorrentes das mudanças no modo como objetos e pessoas são iluminados ao longo do dia;
· Os artistas procuram capturar o instante em que observam a realidade, e, para tanto, empregam, inclusive, a
fotografia;
· O traço do desenho que conferia nitidez de contorno às imagens, não é empregado, mas apenas largas
pinceladas, que geram manchas, as quais criam a “impressão” de representarem objetos e pessoas;
· Os artistas também representam sombras, porém estas são também coloridas e plenas de luminosidade,
visando reproduzir o efeito que as mesmas causam às vezes quando vistas a olho nu;
· Ruptura com o academicismo, por exemplo, no abandono do claro-escuro, substituído pelo uso de cores
complementares para a obtenção do efeito de luz e sombra;
· Os artistas não misturam tintas em suas paletas. Utilizam apenas cores puras, sendo o próprio observador
quem, por meio do olhar, realiza a combinação das mesmas.
 
Fauvismo
O Fauvismo (também chamado de fovismo) nasceu em 1905, em Paris, a partir daexposição no Salão de Outono.
Naquela ocasião, certos artistas expuseram obras em que empregavam as cores puras de forma muito intensa, e,
por esse motivo, passaram a ser denominados Fauves (feras, em português).
 
Principais características do fauvismo
· A obra de arte não é um produto intelectual nem um produto da sensibilidade. No ato de criação, o pintor
deve seguir os impulsos instintivos, os seus sentimentos primários.
· Na pintura, deve-se exaltar as cores puras. Tanto as linhas do desenho como o colorido das tintas devem
surgir de modo impulsivo, expressando em sua maior pureza as sensações do artista.
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· A obra de arte deve ser marcada por pinceladas abruptas, arrematadas em um colorido intenso de grandes
manchas de cores puras.
Na pintura fauvista não há preocupação com o realismo da representação. Não interessam formas ou figuras,
técnicas de desenho e a própria perspectiva são abandonadas em favor do tratamento exclusivo da cor. 
Os mais importantes representantes do Fauvismo foram os franceses Maurice de Vlaminck (1876-1958), André
Derain (1880-1954), Raoul Dufy (1877-1953) e Henri Matisse (1869-1954). Este último, ao contrário dos demais,
transitou gradativamente, em sua obra, para uma composição equilibrada entre colorido e desenho em pinturas nas
quais a profundidade está ausente.
Exercício 1:
Leia o texto a seguir e, de acordo com ele, escolha a alternativa correta sobre as intenções do artista plástico Paul
Cézanne:
“Em seu tremendo esforço para realizar uma sensação de profundidade sem sacrificar o brilho das cores, e para
construir um arranjo ordenado sem sacrificar a sensação de profundidade – em todas as lutas e experiências havia
uma única coisa que Cézanne estava preparado para sacrificar, sempre que fosse necessário: a “correção”
convencional do lineamento. Não tinha o propósito deliberado de distorcer a natureza; mas não lhe importava muito
se ela tivesse que ser distorcida em alguns detalhes de menor importância, desde que isso o ajudasse a obter o
efeito desejado.” GOMBRICH, E. H. História da Arte. Rio de Janeiro: LTC, 1999. pp. 543-544.
 
A)
Cézanne evitava uma sensação de profundidade nos seus quadros sempre que possível.
B)
Cézanne distorcia, às vezes, a natureza nos seus quadros para torná-los mais ordenados.
C)
Cézanne sacrificava a sensação de profundidade para construir um arranjo ordenado.
D)
Cézanne não abria mão da correção do lineamento, pois isso prejudicaria o ordenamento.
E)
Cézanne produzia seus quadros privilegiando o correto lineamento.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
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Exercício 2:
Escolha a alternativa que descreve uma das principais características da arte impressionista que ocorreu no final do
século 19 na Europa:
A)
O impressionismo desafiou algumas regras da pintura ensinadas nas Academias do século XIX. Ao incorporar
definitivamente a natureza como tema de suas pinturas, os impressionistas romperam com uma das convenções da
arte acadêmica, na qual a natureza, se representada, geralmente comparecia como um pano de fundo sem maior
importância.
B)
O impressionismo recuperou algumas regras da pintura ensinadas nas Academias do século XIX. Ao incorporar
definitivamente a figura humana como tema de suas pinturas, os impressionistas romperam com uma das
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convenções da arte acadêmica, na qual a figura humana, se representada, comparecia apenas como um detalhe
sem importância.
C)
O impressionismo contribuiu para formular mais algumas regras da pintura ensinadas nas Academias do século XIX.
Ao incorporar definitivamente a natureza como tema de suas pinturas, os impressionistas criaram uma nova
convenção artística, incorporada rapidamente à arte acadêmica.
D)
O impressionismo desafiou algumas regras da pintura ensinadas nas Academias do século XIX. Ao incorporar
definitivamente a arquitetura como tema de suas pinturas, os impressionistas romperam com uma das convenções
da arte acadêmica, na qual a arquitetura era excluída por completo.
E)
O impressionismo aproveitou algumas regras da pintura ensinadas nas Academias do século XIX. Ao incorporar a
natureza como tema de suas pinturas, os impressionistas aproximaram-se de uma das convenções mais antigas da
arte acadêmica, na qual a natureza deve ser representada de modo preciso, enquanto a figura humana era
distorcida e estilizada.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)
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Exercício 3:
O pontilhismo foi uma iniciativa tomada por alguns artistas europeus no final do século XIX, e que se baseava em uma
propriedade do olho e do cérebro humano de reunir certos elementos visuais – neste caso um conjunto de milhares de pontos
coloridos – e a partir deles construir imagens. Um dos principais artistas desse tipo de representação foi Georges Seurat, e que
influenciou muito os artistas chamados de impressionistas. Até hoje a obra de Seurat é uma referência e chama a atenção do
observador. No quadro abaixo, o artista escolheu não apenas representar as cores e formas dos elementos que compõem o
quadro através do pontilhismo, mas também através de outras escolhas plásticas. Escolha a alternativa que contém uma
dessas escolhas:
Georges Seurat: Um Domingo à Tarde na Ilha da Grande Jatte, 1884 – 1886. 
Óleo sobre tela, 207,6 x 308 cm.
A)
As personagens – tanto as pessoas quanto a vegetação e os animais – estão representadas em seu aspecto físico de maneira
totalmente fiel à realidade.
B)
O pontilhismo dificulta a visão das personagens do quadro. Isso faz com que o artista escolha uma representação dos
personagens bastante fiel ao aspecto físico mundo real.
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C)
É possível afirmar que, apesar de haver certa semelhança com a aparência real, tanto as pessoas quanto a vegetação e os
animais estão representadas de uma maneira simplificada e geometrizada, quase como bonecos.
D)
O pontilhismo contribui apenas para percepção de cores e formas da pintura. A composição dela (posicionamento dos
elementos no quadro) é uma escolha do artista e neste caso ela se opõe ao pontilhismo.
E)
É possível afirmar que a representação das pessoas, da vegetação e dos animais não possui nenhuma semelhança com a
aparência real, pois estão representadas de uma maneira simplificada e geometrizada.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
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Os movimentos transformadores da arte: os “ismos”
 
Entre as principais mudanças ocorridas no campo das artes no início do século 20 surgem as denominadas vanguardas
artísticas. A denominação de vanguarda deve-se ao caráter ideológico e político do período pré-guerra e entre-guerras,
ao longo do qual as mudanças sociais foram bastante acentuadas (por exemplo a Revolução bolchevique na Rússia em
1917) e às quais as artes não ficaram alheias. Os artistas pretendiam e entendiam que as transformações sociais seriam
possíveis a partir da arte, que, neste sentido, deteria papel civilizatório. O caráter urbano e industrial da vida cotidiana
alimentou as temáticas predominantes no qual a máquina tem papel fundamental: sua velocidade, a energia, o tema da
reprodução em série e a própria guerra constituíram assuntos recorrentes nas obras dos artistas. A natureza

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