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Fomento Florestal

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19/8/2015 CIFlorestas>>Fomento
http://www.ciflorestas.com.br/texto.php?p=fomento 1/3
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Fomento
Introdução
              O fomento florestal é um instrumento estratégico que promove a integração dos produtores rurais à cadeia
produtiva e lhes proporciona vantagens econômicas, sociais e ambientais. Além da ampliação da base florestal no
raio  econômico  de  transporte  para  suprir  a  demanda  de matéria­prima  para  as  indústrias,  o  fomento  florestal,
como  atividade  complementar  na  propriedade  rural,  viabiliza  o  aproveitamento  de  áreas  degradadas,
improdutivas, subutilizadas e inadequadas à agropecuária, propiciando alternativa adicional de renda ao produtor
rural (SIQUEIRA et al., 2004).
 
A participação dos pequenos e médios produtores rurais é de fundamental importância para a atividade
florestal integrada ao consumo industrial, como condição indispensável ao desenvolvimento socioeconômico das
comunidades regionais e à sustentabilidade dos empreendimentos florestais e industriais.
 
Os  reflorestamentos  com  eucalipto  apresentam  viabilidade  técnica  e  econômica,  mostrando­se  muito
promissores. Plantios desse gênero podem ampliar significativamente sua participação na composição da renda
do produtor rural com vantagens adicionais do ponto de vista social e ambiental.
 
Rentabilidade  econômica,  conhecimento  de mercado  e  processos  de  comercialização  são  elementos
básicos para o convencimentoe a legitimação do ingresso do indivíduo na atividade fomentada. Esses aspectos
imprimem segurança ao fomentado e ocupam espaço importante na composição da conjuntura compatível com a
necessidade de investimento de contrapartida pelo proprietário rural. 
 
Segundo ABRAF (2007), as modalidades mais freqüentes de fomento florestal podem ser exemplificadas
por: doação de mudas florestais para produtores rurais; programa de renda antecipada ao produtor para o plantio
florestal; parcerias que permitem, entre outras combinações, o pagamento antecipado equivalente em madeira
pelo  produtor  pelos  serviços  oferecidos  pela  empresa  na  propriedade;  garantia  da  compra  da  madeira  pela
empresa à época da colheita; entre outras.
 
 
Figura 1 – Reflorestamento proveniente de fomento florestal com eucalipto na Zona da Mata/MG.
 
 
Tipos de fomento florestal
 
Fomento florestal privado
O  fomento  promovido  pelas  empresas  apresenta  inúmeras  modalidades  ou  variações  de  contratos,
embora todas sigam a mesma forma básica de fornecer mudas, adubo, assistência técnica etc. Porém, alguns dos
contratos  são  mais  flexíveis  e  mais  interessantes  para  o  produtor.  Dentre  alguns  aspectos  que  devem  ser
observados  no  contrato  de  fomento,  citam­se:  prazo  de  vigência  do  contrato  (horizonte  de  planejamento  ­  se
contempla  um,  dois  ou  mais  cortes);  adiantamento  financeiro  e  a  forma  de  ressarcimento;  as  operações
silviculturais exigidas; os recursos oferecidos sem ressarcimento; o percentual de madeira que se pode utilizar na
propriedade; o mecanismo de seguroda floresta; a forma de colheita e transporte da madeira; os preços previstos
e as multas pelo não cumprimento do contrato, dentre outros aspectos.
 
Esse tipo de fomento apresenta vantagens econômicas para a empresa, como: a garantia de suprimento
de madeira; menor pressão sobre as florestas da empresa; menor capital imobilizado com ativos florestais.
 
Fomento florestal público
            A iniciativa pública, em nível estadual ou federal, também tem se constituído em um importante agente no
estabelecimento efetivo de programas de reflorestamento para pequenos e médios produtores rurais, tanto pela
Novidades do Site
Negocios florestais fecham positivamente
primeiro semestre de 2015. Saiba mais aqui.
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POLO DE EXCELÊNCIA EM FLORESTAS
19/8/2015 CIFlorestas>>Fomento
http://www.ciflorestas.com.br/texto.php?p=fomento 2/3
criação de programas específicos capitaneados pelas autarquias ambientais e de extensão, como pela liberação
de créditos rurais específicos para a atividade florestal (PÁDUA, 2006).
 
            Em Minas Gerais, o Instituto Estadual de Florestas (IEF) também já realizou diversos programas destinando
a captação de recursos de reposição florestal, recolhidos à Conta Recursos Especiais a aplicar, para a atividade
de fomento, bem como a parceria via convênios internacionais para o fomento de florestas nativas.
 
                        Esse  tipo  de  fomento  apresenta  vantagens  econômicas  para  o  produtor,  como:mercado  garantido;
incentivos de recursos (mudas, adubo, formicida e assistência técnica); recebimento de adiantamento financeiro;
utilização da madeira na propriedade; alternativa de renda na propriedade; geração de emprego; consórcio com
outras culturas.
 
Fomento florestal pela parceria público­privada
Existem  programas  de  fomento  envolvendo  convênio  entre  o  poder  público  e  a  iniciativa  privada,
particularmente em Minas Gerais, devido às diversas opções previstas para a destinação e aplicação de recursos
oriundos da reposição florestal.
 
O programa de fomento do IEF/ASIFLOR é um destes, em que cada parte destina recursos oriundos da
reposição conforme a prerrogativa legal: O IEF com recursos da Conta Recursos Especiais a aplicar e a ASIFLOR
pelo caráter associativo como gerenciador de recursos de reposição (PÁDUA, 2006).
 
Rentabilidade do fomento florestal
 
Foram analisados projetos de reflorestamento com eucalipto para produção de madeira e carvão, com
um horizonte de planejamento de 14 anos, ou seja, 2 cortes da floresta (aos 7 e 14 anos). Os critérios de avaliação
econômica utilizados foram o valor presente líquido (VPL), a taxa de interno de retorno (TIR) e o custo médio de
produção (CMP).
 
No  Quadro  1,  estão  os  ganhos  financeiros  que  os  projetos  de  reflorestamento  com  fomento  do  IEF
proporcionam quando comparados aos projetos sem fomento. Analisando, por exemplo, os ganhos em relação ao
VPL,  tem­se que o projeto visando à produção de carvão com  fomento apresenta um ganho de R$ 846,25/ha
(26,8%) em relação ao projeto sem fomento; a mesma análise deve ser feita para o projeto visando à produção de
madeira. O CMP é apresentado com valor negativo, pois representa a diminuição no mesmo. Por exemplo, para
produzir  1 mdc  sem  fomento  florestal  do  IEF gasta­se R$ 8,29  (12%)  a mais  do  que no  projeto  com  fomento,
e gasta­se R$ 4,1 (12,1%) a mais do que no projeto com fomento para produzir 1m3 de madeira.
 
Quadro 1 ­ Ganhos dos projetos de reflorestamento com fomento florestal do IEF/MG em comparação aos projetos
sem fomento.
 
Métodos de
avaliação
Ganhos com fomento do IEF
Produção de
carvão (mdc) %
Produção de
madeira (m3) %
VPL (R$/ha) 846,25 26,8 846,25 37,1
TIR (% a. a.) 8 38,1 7 38,9
CMP (R$/mdc) ou
(R$/m3) ­8,29 12 ­4,1 12,1
               Fonte: CORDEIRO, 2008.
  
Referências bibliográficas
ASSOCIAÇÃO  MINEIRA  DE  SILVICULTURA  –  AMS.  Anuário  Estatístico  2007.  Disponível  em:
<http://www.showsite.com.br/silviminas/html/AnexoCampo/anuario.pdf> Acesso em 15/11/2007.
 CORDEIRO, S. A. Desempenho do fomento do órgão florestal de Minas Gerais.2008. 104f. Dissertação
(Mestrado em Ciência Florestal) – Universidade Federal de Viçosa. Viçosa, 2008.
INSTITUTO  ESTADUAL  DE  FLORESTAS  –  IEF/MG.  Fomento  florestal.Disponível  em:
<http://www.ief.com.br/fomentoflorestal> Acesso em: 02/09/2008.·      
PÁDUA, C.  T.  J.  Análise Sócio  –  econômica  do  programa  de  fomento  florestal  IEF/ASIFLOR em Minas
Gerais. 2006. 135f. Dissertação  (Mestrado em Engenharia Florestal) – Universidade Federal de Lavras.
Lavras, 2006.
SIQUEIRA, J. D. P., LISBOA, R. S., FERREIRA, A. M., SOUZA, M. F. R., ARAUJO, E. de., JUNIOR, L. L.,
SIQUEIRA, M. M. Estudo ambiental para os programas de  fomento  florestal da Aracruz Celulose S.A. e
extensão florestal do Governo do Estado do Espírito Santo. Revista Floresta, Edição Especial, p.3­67, 2004.
 
 
 
 
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