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Antipsicóticos: Tratamento para Psicoses

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Universidade Nove de Julho TXXX 
@estounamed 
 
1 
 
 introdução 
De um modo geral, é a classe de fármacos usados 
para tratar psicoses 
 Psicose é o conjunto de condições clínicas 
que possui causas orgânicas ou não e 
cursa com alterações de pensamento e 
comportamento, bem como com presença 
de alucinações e delírios 
o Manias do transtorno bipolar são 
tratadas com carbonato de lítio e 
anticonvulsivantes, mas também 
pode-se usar antipsicóticos 
o Fisiopatologia da esquizofrenia 
ajuda a explicar o mecanismo de 
funcionamentos dos antipsicótico 
 Alucinação costuma ser 
auditiva (escuta vozes) 
 Sensação de que o mundo 
é hostil para o doente e 
que está sempre sendo 
seguido / acompanhado 
 Quanto mais rápido / 
mais cedo for o início do 
tratamento, mais rápida 
será a reinserção na soc. 
 Principais fármacos que 
tem no SUS melhora os 
sintomas positivos, mas 
agrava os negativos 
Sintomas positivos da esquizofrenia: ideias 
delirantes, prejuízo do diálogo (passeia entre os 
assuntos sem nunca os acabar), alucinações e 
ilusões, despersonalização (mudança brutal na 
personalidade), comportamento catatônico 
 São mais fáceis de reconhecer e, muitas 
vezes, são o que levam ao PS como uma 
emergência psiquiátrica 
Sintomas negativos (retirados do comportamento) da 
esquizofrenia: afeto embotado (incapacidade de 
expressar emoção), anedonia (incapacidade de 
sentir prazer), isolamento social (comum entre 
jovens), perda de motivação e iniciativa, déficits 
intelectuais e de memória 
Antigamente, quadros de esquizofrenia eram 
classificados em diferentes tipos de acordo com a 
frequência de sintomas negativos ou positivos 
 DSM-V = mudança dos subtipos e nova 
classificação como presença de 2 ou mais 
sintomas por 1 mês ou mais associados à 
disfunção social / ocupacional 
o Presença de 2 ou mais sintomas 
entre delírios, alucinações, fala 
desorganizada, comportamento 
grossamente desorganizado ou 
catatônico e sintomas negativos 
Distúrbio do neurodesenvolvimento = alterações 
neurológicas a depender do tempo e do tipo de 
gestação e da presença de complicações 
Fatores ambientais classificados como de risco: 
complicações obstétricas, infecções virais, vida 
em áreas urbanas, privação socioeconômica na 
gestação e vida precoce, desnutrição durante a 
gestação, temperatura ambiental (variações), 
estresse materno durante a gravidez, privação 
do sono, estresse 
Hipótese serotoninérgica não é a mais aceita, 
mas deve ser levada em consideração ao se tratar 
de antipsicóticos atípicos 
Teoria do glutamato indica que há um aumento 
da sinalização do glutamato (excitatório) 
Teoria dopaminérgica é a usada na farmacologia 
para explicar o mecanismo dos fármacos 
 Hiperfunção dopaminérgica (excesso de 
DA) exige uso de antagonistas 
o Excesso na via mesolímbica é o 
que produz sintomas positivos 
o Redução na via mesocortical é o 
que produz sintomas negativos 
 
 
 
 
 
 
 
Universidade Nove de Julho TXXX 
@estounamed 
 
2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
fármacos antipsicóticos 
visao geral 
Podem ser divididos em típicos (EX: haloperidol) 
e atípicos (EX: clozapina, risperidona) 
Antagonistas 
DA 
Sintomas 
(+) 
Sintomas 
(-) 
Sintomas 
Extrap. 
Típicos Ok Pioram ++++ 
Atípicos Ok Ok + 
 
Antes da década de 50, tratava-se esquizofrenia 
com indução convulsiva (EX: por hipoglicemia) 
 
tipicos / primeira geracao 
Fenotiazinas = clorpromazina é o mais comum = 
bloqueiam D1, D2, alfa 1 (vasodilatação), H1, M1 
(efeitos antimuscarínicos – constipação, retenção 
urinária, xerostomia, visão turva) e 5-HT2 
Butirofenonas = haldol = bloqueiam D2 e alfa 1 
 Apesar de não ser o mais usado, seu uso 
é muito importante na clínica (um pouco 
mais tolerado que a clorpromazina) 
Tioxantinas = flupentixol = bloqueiam D2 
Mecanismo principal é o antagonismo de D2, 
mas possivelmente podem antagonizar D4 
 
 
 
 
 
 
 
Efeitos extrapiramidais dependem da dose e da 
suscetibilidade do indivíduo 
 Agudos = movimentos involuntários 
(discinesia), espasmos contínuos / 
contração muscular (distonia), elevação 
do tônus muscular (hipertonia), perda 
dos movimentos voluntários (acinesia), 
inquietação (acatisia) 
 Tardios = discinesia, parkinsonismo 
(rigidez, bradicinesia, tremor), bruxismo 
noturno, tremores periorais 
o Prevenção e tratamento devem 
ser feitos com anticolinérgicos 
o Tanto no Parkinson (apoptose 
dos neurônios dopaminérgicos), 
quanto no parkisonismo há um 
comprometido da sinalização da 
vida nifroestriatal, acarretando 
efeitos extrapiramidais 
 Sinalização hipocinética 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OBS: vias dopaminérgicas estão relacionadas 
à dependência farmacológica 
 Via mesolímbica é a via das emoções 
e da recompensa, a qual aumenta DA 
no núcleo accumbens 
 Via mesocortical é a via da cognição e 
é a que atua no córtex pré-frontal 
 Via túberoinfundibular é a via que 
inibe a produção de prolactina 
o Bloqueio da via relaciona-se à 
galactorreia e proloctinemia 
 Via nigroestriatal é a via dos núcleos 
da base e que participa do controle do 
movimento 
o Bloqueio da via relaciona-se à 
síndrome extrapiramidal 
 
 
 
Universidade Nove de Julho TXXX 
@estounamed 
 
3 
 
atipicos 
Controle dos sintomas positivos e negativos, 
gerando menos efeitos extrapiramidais 
Benzamidas = sulpirida = pode ser usada, em 
alternativa ao Plasil, para melhorar a lactação 
devido aos menores efeitos extrapiramidais 
(bloqueio de DA na via nigroestriatal aumenta a 
produção de prolactina pelo bloqueio da inibição) 
Clozapina foi a primeira dibenzodiazepina a ser 
usada, iniciando a busca pelo motivo do controle 
sintomático com menos efeitos extrapiramidais 
 Quanto menor for o número de –logKi, 
menor é a afinidade com os receptores 
dopaminérgicos e, portanto, menor é o 
tempo de ligação fármaco-receptor (para 
que haja efeitos extrapiramidas, deve 
haver ocupação de mais de 80% de recep) 
o Baixa afinidade antagonista D2 
o Maior afinidade antagonista D4 
 Problema = agranulocitose = aumento da 
suscetibilidade a infecções (granulócitos 
são células de defesa), necessitando de 
monitoramento imunológico do paciente 
o Uso pode ser considerado em 
casos refratários a, pelo menos, 2 
medicamentos, altos riscos de 
suicídio e discinesia tardia 
Bloqueio de receptores de serotonina 5-HT2A 
aumenta a dopamina na via nigroestriatal, o que 
reduz os efeitos extrapiramidais, uma vez que é 
a queda da dopamina que produz tais efeitos 
 Fisiologicamente, a serotonina inibe a 
liberação da dopamina nigroestriatal 
 Antipsicótico atípico é um antagonista 
competitivo dos receptores 5-HT2A 
 Ocorre também na via mesocortical 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Principais efeitos colaterais: prolactinemia, 
galactorreia, ginecomastia, síndrome metabólica 
(ganho de peso, resistência à insulina, aumento 
da PA, dislipidemia), hiperfagia, tendência à 
obesidade e à DM / HAS 
 
 
 
 
 
 
 
Libera a sinapse 
dos receptores 
dopaminérgicos 
OBS: melhor controle dos sintomas com 
menos efeitos extrapiramidais pode ser 
justificado pela hipótese da menor afinidade 
por receptores de dopamina e, portanto, 
menor taxa de ocupação dos receptores; além 
do bloqueio de receptores de serotonina, o que 
resulta em aumento de dopamina nas vias 
mesocortical e nigroestriatal 
OBS: se o uso de típicos não for suficiente 
para controle dos sintomas, o SUS recomenda 
a troca para atípicos (na impossibilidade de 
adesão adequada ao uso oral deve ser 
indicado um medicamento de depósito – 
liberação muscular contínua muito associada 
à impregnação –, como o haldol decanoato) 
 Não está relacionado à resistência à 
insulina, assim como todos os típicos 
OBS: usos clínicos = esquizofrenia, psicoses 
associadas ao alcoolismo crônico, emergência 
comportamental,náuseas / vômitos, alguns 
distúrbios de movimento, soluço intratável, 
prurido (tratado trimeprazina)

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