Buscar

Intervenções Fisioterápicas em Casos de Sarcopenia no Idoso slide

Prévia do material em texto

Intervenções Fisioterápicas em Casos de Sarcopenia no Idoso – Revisão de Literatura Narrativa 
Priscila Herzog Barreto Isidoro
Orientador: Me. Welington Leite Protásio Especialista em Fisiologia do Exercício (UNIFES/EPM).
+
Introdução 
Em 4 anos, o percentual de idosos aumentará cerca de 200% nos países em desenvolvimento.
Em um período 60 anos, aumentou de 4% para 9%, correspondendo a um acréscimo de 15 milhões de indivíduos. 
  
   
Até 2025, haverá um aumento de mais de 33 milhões, tornando o Brasil o sexto país com maior percentual populacional de idosos no mundo. 
       
Da Silv Picoli, 2011;  Baumgartner RN,1998;  Doherty TJ 2003;  Hughes VA 2000,  Pereira SEM 2001;  Civinski, Cristian 2011; Rosenberg IH.1989; 
Introdução 
Um declínio fisiológico natural associados à bons hábitos, pode levar à senescência e uma qualidade de vida melhor, já a senilidade se relaciona com uma condição patológica e comorbidades associadas. 
 No declínio do metabolismo, diminui a densidade óssea, o equilíbrio, a base estabilizadora do corpo, ocorre uma possível descoordenação nervosa e consequentemente leva o indivíduo ao desuso e fragilidade ou sarcopenia, dependência, hospitalização recorrente e óbito. 
Da Silv Picoli, 2011;  Baumgartner RN,1998;  Doherty TJ 2003;  Hughes VA 2000,  Pereira SEM 2001;  Civinski, Cristian 2011; Rosenberg IH.1989; 
Introdução 
Quanto aos critérios da sarcopenia variam, a síndrome da fragilidade e seu caráter reversível estão diretamente relacionados ao desempenho musculoesquelético e ao potencial papel da atividade física, como a reabilitação, na restauração da capacidade física e melhora das AVD’s. 
Da Silv Picoli, 2011;  Baumgartner RN,1998;  Doherty TJ 2003;  Hughes VA 2000,  Pereira SEM 2001;  Civinski, Cristian 2011; Rosenberg IH.1989; 
Justificativa
Promover ao indivíduo a conscientização, mais autonomia e qualidade de vida.
Fisioterapeuta especializado em geriatria.
Diminuição de quedas recorrentes, imobilidade e fragilidade.
Objetivos
Objetivo Geral:
 Avaliar os efeitos do tratamento fisioterápico no idoso com sarcopenia em geral, por meio de uma revisão literária.
Objetivos Específicos:
 Abordar as principais características fisiológicas, biológicas e químicas do indivíduo idoso com sarcopenia; 
 
 Descrever sinais, sintomas e outras comorbidades relacionadas à sarcopenia;
 
 Entender a incidência e prevalência em idosos sarcopênicos de ambos sexos;
 
 Relatar os efeitos fisiológicos propiciados pela reabilitação no indivíduo idoso com a síndrome da fragilidade
Metodologia
 Revisão de Literatura Narrativa;
Levantamento Bibliográfico nas bases de dados Pubmed , Google Scholar e Scielo no período de 2006 a 2021; 
Descritores: Sarcopenia, síndrome da fragilidade, imobilismo, desuso, aeróbia, massa muscular, efeitos terapêuticos e exercício resistidos.
Critérios de inclusão: artigos de estudo de casos que incluam somente em indivíduos que se enquadram na síndrome da fragilidade e estarão submetidos à exercícios. 
Critérios de exclusão: artigos que envolvam indivíduos que não possuem sarcopenia e não foram submetidos à exercício.
Resultados
	
AUTOR/ ANO
	TIPOS DE PESQUISA	AMOSTRA
	TIPO DE INTERVENÇÃO	VARIÁVEIS	RESULTADOS
	(Picoli et, al., 2011)	Ensaio clínico randomizado	48 indivíduos,divididos em quatro grupos de acordo com a faixa etária: (G1) 11 a 18 anos, (G2) 20 a 26 anos, (G3) 45 a 60 anos e (G4) 66-82 anos.	Avaliar a força muscular no processo de envelhecimento e identificar as variações entre os músculos do abdômen, membros superiores e inferiores.	Esfigmomanômetro, flexão de tronco na posição supino, dinamômetro Jamar, dinamômetro Preston Pinch Gauge	Crescente incremento da força muscular de membros inferiores 
e superiores com o avançar da idade (G1, G2 e G3) e significativa diminuição da força muscular em todos os segmentos avaliados no G4 quando comparado com o G3.
	(ANJOS, et al., 2012)
	Ensaio clínico randomizado	13 idosas com idade de 60 a 83 anos (73 anos ± DP 5,15)	Avaliar os efeitos dos exercícios de equilíbrio na força e na flexibilidade de idosos.	A força foi avaliada por meio do teste de sentar e levantar, e a flexibilidade, do teste de sentar e alcançar. Os resultados foram analisados por meio do teste paramétrico ANOVA (p≥0,05)	Não ocorreram ganhos significativos (p≥0,05) em relação à força e à flexibilidade, porém ocorreu manutenção dos seus valores e em 12 semanas de aplicação de exercícios de equilíbrio, realizados uma vez na semana, são suficientes para manutenção da força e flexibilidade de idosas não sedentárias.
	
AUTOR/ ANO
	TIPOS DE PESQUISA
	AMOSTRA
	TIPO DE INTERVENÇÃO
	VARIÁVEIS	RESULTADOS
	(Gallo, et al., 2018)
	Ensaio clínico randomizado	69 idosos ,  65 +, tinham dificuldade para andar ou queixas de instabilidade e, 1 ou mais risco de quedas foram denominados em um grupo de cuidados habituais (UCG, n = 43) ou um grupo experimental grupo (GE, n = 26	Comparar a eficácia da prática, e incorporando as recomendações de prevenção de quedas baseadas em evidências de Shubert, Rusk Reabilitation , diminuindo o risco de queda entre idosos que vivem
na comunidade. 	A UCG recebeu o habitual PT entregue em Rusk. O GE foi instruído em um programa de exercícios domiciliares de intensidade moderada a alta, elaborado após completar o mini-Balance Evaluation Systems Test para auxiliar na prescrição de exercícios	O GE melhorou significativamente mais em comparação com o UCG ao longo do tempo (P <0,05).  Porquê o GE teve mais intensidade e frequência.
	 (Gschwind et al., 2013)	Ensaio clínico randomizado	54 Idosos saudáveis com a idade entre 65 e 80 anos	avaliar os efeitos de um programa de prevenção de quedas que foi desenvolvido por um painel interdisciplinar de especialistas em medidas de equilíbrio, força/potência, composição corporal, cognição, bem-estar psicossocial e autoeficácia para quedas em idosos saudáveis	O equilíbrio estático será avaliado usando o Romberg Test e o Sharpened Romberg Test, Para a avaliação da atividade física relacionada à saúde, exercício e estimativa do gasto energético, aplicaremos a Avaliação da qualidade de vida da Organização Mundial da Saúde-bref (WHOQOL-Bref)
	Conclui-se que o exercício em grupo de múltiplos componentes e o exercício em casa reduzem a taxa de quedas e o risco de queda. (p <0,5)
Resultados
	
AUTOR/ ANO
	TIPOS DE PESQUISA
	AMOSTRA
	TIPO DE INTERVENÇÃO	VARIÁVEIS
	RESULTADOS
	Souza Junior et, al., 2018)	Ensaio clínico randomizado	8 idosas, com mais de 65 anos e que pudessem deambular sem dispositivo auxiliar	Verificar os efeitos de um protocolo fisioterapêutico na funcionalidade de idosas institucionalizadas com sarcopenia	Foram realizados exercícios funcionais de rotação, inclinação, flexão, extensão, adução, abdução, de quadril, assim como flexão plantar e dorsiflexão, exercícios metabólicos, alongamento, treino proprioceptivo e fortalecimento e todos associados á exerc cardiorresp. Barthel, perimetria, EWGSOP	Em  todos  os  itens  propostos, houve ganhos significativos, ratificando-se, então, a necessidade de atividades físicas rotineiras na vida do idoso para melhora de AVD’s, Com uma média de circunferência de braços e pernas significantes. (p<0,5)
Resultados
Discussão
(Picoli et, al., 2011) num grupo dividido (G1, G2 e G3, G4) de 11 a 82 anoso obteve aumento da força muscular com o avançar da idade e houve significativa diminuição da força muscular em todos os segmentos avaliados no G4 quando comparado com o G3.
Crescente incremento da força muscular de MMII e MMSS com o avançar da idade.
(ANJOS, et al., 2012) realizou em13 idosas com idade ate 83 anos, não ocorreram ganhos significativos em relação à força e à flexibilidade, porém ocorreu manutenção dos seus valores e em 12 semanas de aplicação de exercícios de equilíbrio, realizados uma vez na semana.
Manutenção de perdas musculoesqueléticas
Discussão
Significativo ganho musculoesquelético e proprioceptivo com exercícios resistidos e outros.
Segundo (Gallo,et al., 2018),  O Grupo Exprimental melhorou significativamente mais em comparação com o Grupo de Cuidados Habituais ao longo do tempo (P <0,05). 
Redução de quedas e riscos de quedas.
(Gschwind et al.,2013) conclui que o exercício em grupo de múltiplos componentes e o exercício em casa reduzem a taxa de quedas e o risco de queda (taxa de taxa 0,71, intervalo de confiança de 95% que foram avaliados em 54 idosos saudáveis com idade entre 65 e 80 anos.
Efeitos de um protocolo fisioterapêutico na funcionalidade de idosas institucionalizadas com sarcopenia.
(Souza Junior et, al., 2018) Estudou 8 idosas, 65+ anos tiveram  ganhos significativos, afirmando a necessidade de atividades físicas rotineiras na vida dos idosos, garantindo uma melhor qualidade de vida, melhora dos aspectos  biopsicossociais  e  tornando  o  processo  de  envelhecimento  algo  saudável, prazeroso e tranquilo.
Discussão
Critérios de idosos e outros participantes, que realizassem alguma atividade física em um período experimental.
(Picoli et, al., 2011)
 (ANJOS, et al., 2012)
 (Gallo, et al., 2018)
  (Gschwind et al.,2013)
 (Souza Junior et, al., 2018)
Conclusão
Intervenção fisioterapêutica no idoso sarcopênico e a eficácia significativa quanto à reversão de sinais e sintomas provenientes do envelhecimento
 Prevenindo, restaurando e mantendo ganhos resultantes da prática de exercício físico, resistidos e proprioceptivos.
Como massa e força muscular, equilíbrio e a base de estabilidade, reduzindo quedas e mortalidade, diminuindo a dependência em suas atividades de vida diárias e biopsicossociais.
Importância da conscientização de bons hábitos e aporte nutricional balanceado para um envelhecimento saudável;
‘’ Nas grandes batalhas da vida, o primeiro passo para a vitória é o desejo de vencer.”
Mahatma Gandhi
Obrigada
Obrigada
Referências
1. Baumgartner RN, Koehler KM, Gallagher D, Romero L, Heymstleld SB, Ross RR, Garry PJ, Lindeman RD. Epidemiology of sarcopenia among the elderly in New Mexico. Am J Epidemiol 1998;147:755-763. 
2. Rosenberg IH. Summary comments. Am J Clin Nutr 1989;50:1231-1233. 
3. Doherty TJ. Aging and Sarcopenia. J Appl Physiol 2003;95:1717-1727. 
4. Hughes VA, Frontera WR, Evans WJ, Singh MAF. Longitudinal changes in body composition in older men and women: role of body weight change and physical activity. Am J Clin Nutr 2002;76:473-481. Roubenoff R, Hughes VA: Sarcopenia: current concepts. J Gerontol A Biol Sci Med Sci 55: M716-24, 2000.
5. Deschenes MR. Effects of Aging on Muscle Fibre Type and Size. Sports Med 2004;34:809-824. 
6. Pereira SEM, Buksman S, Perracini M, Py L, Barreto KML, Leite VMM. Quedas em idosos. Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia: Projeto Diretrizes; 2001. 
7. Civinski, Cristian; MONTIBELLER, André; DE OLIVEIRA, André Luiz. A importância do exercício físico no envelhecimento. Revista da UNIFEBE, v. 1, n. 09, 2011.
8. Da Silv Picoli, Tatiane; De Figueiredo, Larissa Lomeu; Patrizzi, Lislei Jorge. Sarcopenia e envelhecimento. Fisioterapia em Movimento, v. 24, n. 3, 2011
9. American College of Sports Medicine Position Stand. Physical activity programs and behavior counseling in older adult populations. Med Sci Sports Exerc. 2004;36(11):1197-2003.
10. Brasil. Ministério da Saúde. Envelhecimento e saúde da pessoa idosa. Brasília, DF: Ministério da Saúde; 2006 [cited 2019 May 2]. Available from: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/abcad19.pdf-» http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/abcad19.pdf
Referências
11. Exercício como tratamento para sarcopenia: uma revisão abrangente de evidências de revisão sistemática. Sarah A Moore , Nina Hrisos , Linda Errington , Lynn Rochester , Helen Rodgers , Miles Witham , Avan A Sayer 7 Epub 2019 09 de agosto. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/32026819/
12. Seo, JH, Lee, Y. Associação de atividade física com sarcopenia avaliada com base na massa e força muscular em idosos: 2008–2011 e 2014 − 2018 Pesquisas Nacionais de Exame de Saúde e Nutrição da Coreia. BMC Geriatr 22, 217 (2022).  https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/35296249/
13.  Efeitos do treinamento de resistência na força funcional e massa muscular em indivíduos de 70 anos com pré-sarcopenia: um estudo controlado randomizado,  Epub 2018 7 de novembro. Sanna Vikberg , Niklas Sorlen , Lisa Brandén , Jonas Johansson , Anna Nordström , Andreas Hult , Peter Nordström  
14. Cadore EL, Casas-Herrero A, Zambom-Ferraresi F, Idoate F, Millor N, Gomez M, et al. Multicomponent exercises including muscle power training enhance muscle mass, power output, and functional outcomes in institutionalized frail nonagenarians. Age (Dordr). 2014;36(2):773-85. doi: 10.1007/s11357-013-9586-z » https://doi.org/10.1007/s11357-013-9586-z
15. Zech A, Drey M, Freiberger E, Hentschke C, Bauer JM, Sieber CC, et al. Residual effects of muscle strength and muscle power training and detraining on physical function in community-dwelling prefrail older adults: a randomized controlled trial. BMC Geriatr. 2012;12:68. doi: 10.1186/1471-2318-12-68
» https://doi.org/10.1186/1471-2318-12-68
16. Gine-Garriga M, Guerra M, Unnithan VB. The effect of functional circuit training on self-reported fear of falling and health status in a group of physically frail older individuals: a randomized controlled trial. Aging Clin Exp Res. 2013;2(3):329-36.doi:10.1007/s40520-013-0048-»https://doi.org/10.1007/s40520-013-0048-3
17. Cesari M, Vellas B, Hsu FC, Newman AB, Doss H, King AC, et al. A physical activity intervention to treat the frailty syndrome in older persons: results from the LIFE-P study. J Gerontol A Biol Sci Med Sci. 2015;70(2):216-22.doi:10.1093/gerona/glu099 » https://doi.org/10.1093/gerona/glu099
Referências
18. Ng TP, Feng L, Nyunt MS, Feng L, Niti M, Tan BY, et al. Nutritional, physical, cognitive, and combination interventions and frailty reversal among older adults: a randomized controlled trial. Am J Med. 2015;128(11):1225-36. doi:10.1016/j.amjmed.2015.06.017» https://doi.org/10.1016/j.amjmed.2015.06.017
19. Izquierdo M, Cadore E. Muscle power training in the institutionalized frail: a new approach to counteracting functional declines and very late-life disability. Curr Med Res Opin. 2014;30(7):1385-90. doi: 10.1185/03007995.2014.908175
» https://doi.org/10.1185/03007995.2014.908175
20. Efeitos do exercício físico em idosos fragilizados: uma revisão sistemática. Ana Paula Pillati, Jordana Niesson, Rodolfo Herberto. .https://www.scielo.br/j/fp/a/HxHRwfLJ9NZmkkDymvGRL4G/?lang=PT
21. Sanna Vikberg , Niklas Sorlen, Lisa Brandén , Jonas Johansson , Anna Nordström , Andreas Hult , Peter Nordström: Efeitos do treinamento de resistência na força funcional e massa muscular em indivíduos de 70 anos com pré-sarcopenia: um estudo controlado randomizado, Epub 2018 7 de novembro.
22. Guo-Qiang Chen , Gang Pu Wang , Ying Lian. Relações entre sintomas depressivos, potencial inflamatório dietético e sarcopenia: análises de mediação, 2022 17 de fevereiro. DOI: 10.3389/fnut.2022.844917
23. Elisangela Mendes dos Anjos, Marina Ramos da Cunha, Danieli Isabel Romanovitch Ribas, Cristiane Regina Gruber. Avaliação da performance muscular de idosas não sedentárias antes e após aplicação de um programa de exercícios de equilíbrio. 2011, 26 de novembro. https://www.scielo.br/j/rbgg/a/zt8vVtxw3RTMP5dQz8NCfWJ/?lang=pt&format=pdf
24. D Beckwee , A Delaer , S Aelbrecht , V Baert , C Beaudart , O Bruyère , M de Saint-Hubert , Eu Bautmans Intervenções de Exercício para a Prevenção e Tratamento da Sarcopenia. Uma revisão sistemática do guarda-chuva. J Nutr Saúde Envelhecimento.2019;23(6):494-502. 
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/31233069/

Continue navegando