Buscar

Controladoria e Auditoria - AULA 4


Continue navegando


Prévia do material em texto

CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
1 
 
 
Controladoria e Auditoria 
 
 
 
 
 
 
Aula 4 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Luiz Eduardo Lanzini 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
2 
Conversa inicial 
Neste estudo, vamos entender como o Orçamento Empresarial pode ser 
um instrumento utilizado pelos gestores para unificar as diversas áreas da 
empresa e orientá-las para a mesma estratégia. Também serão verificadas as 
principais demonstrações financeiras e como é possível analisar a empresa a 
partir de indicadores financeiros extraídos a partir destas estruturas. 
Finalmente, será apresentado um modelo ou critérios para se elaborar 
um relatório a partir das análises e conclusões levantadas para a devida 
tomada de decisão. 
Contextualizando 
Este estudo abordará os conceitos e as técnicas de projeções de 
demonstrações financeiras como uma importante ferramenta para o orçamento 
empresarial. Os conceitos abordados são amplos e se aplicam a várias 
situações relacionadas ao processo de análise. As projeções exigem uma visão 
genérica das necessidades da empresa. 
Se verificarmos as principais dificuldades dos gestores de negócios 
atualmente, percebemos que a gestão dos recursos operacionais da empresa é 
uma permanente dificuldade. A gestão de caixa, dos estoques e dos valores a 
receber disponível da empresa, assim como os compromissos com 
fornecedores são atividades que constantemente ocupam o planejamento dos 
administradores. Nessa situação é que se faz necessário entender algumas 
movimentações para incluí-las nos planos orçamentários. 
Sendo assim, como avaliar empresas e como demonstrar as 
informações levantadas? Vamos ver adiante. 
Tema 01: Orçamento Empresarial 
A origem da palavra orçamento, na língua inglesa, remete ao ato 
simbólico, a partir da constituição de 1689 na Inglaterra, do primeiro ministro 
levar ao parlamento em uma bolsa de couro – “budget” – à previsão dos gastos 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
3 
anual de seu governo. A partir de 1800 foi incorporada a palavra “budget” ao 
dicionário inglês com o significado de orçamento (CARNEIRO e MATIAS, 
2012). 
Nas empresas privadas tem-se o primeiro registro por volta do ano de 
1920, na empresa “Dupont”. Os seus controles financeiros desenvolvidos, 
baseados inclusive em modelos econômicos e estatísticos, são aplicados 
posteriormente na “General Motors Corporation” (GM), então emergente e 
posteriormente uma das mais importantes organizações do século XX, 
conforme descreveu seu principal executivo Alfred P. Sloan Jr. 
O orçamento empresarial não deve ser entendido como instrumento 
limitador e controlador de gastos, mas sim como uma forma de focalizar a 
atenção nos processos e também nas finanças da empresa. 
Dessa forma, o orçamento torna-se um instrumento que formaliza as 
metas e objetivos e funciona como uma orientação para comunicar “de onde” e 
“para onde” a empresa deveria caminhar e permite traçar o horizonte de curto, 
médio e longo prazo (FREZATTI, 2009). 
Assim, também deve ser entendido como uma sinalização das metas e 
objetivos que necessitem de cuidado por parte dos gestores, contribuindo para 
a tomada de decisões com vistas ao cumprimento das orientações estratégicas 
das empresas. 
Nesse sentido, o planejamento é a essência da gestão empresarial para 
as pequenas empresas, grandes corporações, órgãos governamentais, 
organizações sem fins lucrativos ou simplesmente para a vida pessoal das 
pessoas. De alguma forma, os gestores realizam algum planejamento em 
determinados momentos. 
Pode-se perceber também que esses planos nem sempre são 
formalizados ou que às vezes cumprem somente um procedimento burocrático 
de determinada instituição. 
Com o crescimento das atividades empresariais e a necessidade de se 
otimizar os recursos disponíveis, os planejamentos informais deixam de ser 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
4 
suficientes, tornando-se necessário um planejamento formal. Também é 
preciso planejar as diretrizes, as estratégias, as metas, os objetivos e as ações 
que garantam a continuidade e o aumento da riqueza das organizações. 
 Por esse entendimento é que são considerados os benefícios que o 
orçamento representa para a gestão empresarial. A sua relação entre o 
planejamento estratégico e também os procedimentos de controle o tornam 
uma ferramenta que pode estar presente no chamado ciclo administrativo ou 
funções administrativas, a saber: 
 Planejar: definir metas/objetivos (estratégicos, táticos e operacionais) e o 
meio mais adequado para alcançá-los, como planos de ação, 
procedimentos, orçamentos, programas, normas e regulamentos. 
 Organizar: organizar, estruturar e integrar os recursos e os diversos 
setores envolvidos, incluindo objetivos, estrutura, departamentos, cargos e 
tarefas especializadas. 
 Dirigir: dar instruções sobre como devem ser executadas as atividades 
previstas para a obtenção dos objetivos/metas estabelecidos, considerando 
a estrutura e a hierarquia da organização. 
 Controlar: avaliar os resultados obtidos na busca pela máxima 
aproximação ao que foi planejado, exigindo critérios de avaliação, medidas 
corretivas, de manutenção, coercitivas ou de regulação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Planejar
Organizar
Dirigir
Controlar
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
5 
O orçamento pode ser considerado o elo entre essas funções. A ideia ou 
percepção de ciclo remete à continuidade permanente dessas funções. A 
sequência ideal sugere que as ações de organizar e dirigir são precedidas pelo 
planejamento, e as suas consequências sendo monitoradas por instrumentos 
de controle. A avaliação dos resultados apresentados nesses instrumentos 
orienta o início (planejamento) do novo ciclo. 
 
Saiba mais: Os controles financeiros foram mencionados por Alfred P. Sloan Jr 
em sua narrativa como CEO da General Motors Company no livro My Years 
with General Motors de 1963. Como principal executivo dessa importante 
organização, Sloan acreditava que o principal objetivo estratégico da 
organização é o retorno sobre o capital investido. 
Tema 02: Demonstrativos Financeiros 
As demonstrações financeiras (ou contábeis) é a exposição resumida e 
ordenada de dados colhidos pela contabilidade. Ele objetiva relatar às pessoas 
que utilizam os dados contábeis os principais fatos registrados por aquele setor 
em determinado período (IUDÍCIBUS & MARION, 2004). 
Esses relatórios se distinguem em obrigatórios (exigidos por lei) e não 
obrigatórios (não exigidos por lei). As demonstrações financeiras de cada 
exercício devem ser publicadas com a indicação dos valores correspondentes 
das demonstrações do exercício anterior (IUDÍCIBUS & MARION, 2004). 
Segundo a deliberação n° 595 da Comissão dos Valores Mobiliários 
(CVM) e propagação do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC 26), são 
demonstrações obrigatórias para as Sociedades por Ações (SA) elaborar e 
publicar, ao fim de cada exercício social, juntamente com a complementação 
por notas explicativas, as seguintes: 
 Balanço Patrimonial (BP) 
 Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) 
 Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
6 
 Demonstração do Resultado Abrangente do Exercício 
 Demonstração do Fluxo de Caixa 
 Demonstração do Valor Adicionado 
Todas as demonstrações financeiras acima devem ser analisadas, 
embora seja dada mais ênfase às duas primeiras, uma vez que, através delas, 
é evidenciada de forma objetiva a situação financeira e econômica da empresa 
(identificada no BP e, em conjunto, na DRE). Referente ao período examinado 
são também definidos como sendo os demonstrativos ou insumos básicos para 
uma análise financeira. 
O balanço patrimonial é a demonstração que mostra todos osbens, 
direitos e obrigações da empresa em determinada data. Mostra apenas os 
fatos registráveis, conforme os princípios contábeis, ou seja, os fatos 
objetivamente mensuráveis em dinheiro. Conforme Iudícibus & Marion (2004) e 
Marion (2003), o balanço reflete a situação financeira/econômica em 
determinado período, normalmente no fim do ano de uma empresa e abarca o 
resultado obtido na demonstração do resultado. 
Outra forma simplificada de definir o balanço patrimonial é fornecida por 
Braga (1995) que diz que nele estão representados os saldos de todas as 
contas que integram o patrimônio da empresa em determinada momento. 
Pode-se definir o balanço patrimonial como uma fotografia da empresa 
tirada numa certa data em que aparecem os valores: de todos os bens e 
direitos (Ativo); de todas as dívidas e compromissos a pagar (Passivo); total de 
recursos pertencentes aos proprietários (Patrimônio Líquido). Por convenção, o 
balanço patrimonial é constituído de duas colunas, a coluna do lado esquerda é 
denominada Ativo (A) e representam as aplicações de recursos na empresa, a 
coluna do lado direito é denominado Passivo (P) e Patrimônio Líquido (PL) e 
apresentam as origens de recursos da empresa. 
De maneira geral, quando nós investigamos a origem dos recursos ou 
fonte de financiamento da empresa, estamos olhando para o lado “passivo” do 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
7 
balanço. Quando procuramos os investimentos da empresa, estamos em 
buscando o “ativo” do balanço. 
No entendimento do gestor financeiro, existe no balanço o lado que 
demonstra a origem dos recursos, ou seja, quem está garantindo recursos para 
a empresa e outro lado que mostra onde estes recursos foram investidos. 
 Duas premissas para a montagem do balanço são fundamentais para o 
gestor financeiro. A primeira diz respeito à convenção de apresentar as contas 
do balanço por ordem de liquidez, ou seja, as primeiras contas apresentadas 
são as contas disponíveis ou exigíveis pela sua ordem de vencimento ou prazo. 
A segunda é óbvia, porém muito negligenciada. Diz respeito ao equilíbrio 
que as contas do balanço devem apresentar. Assim, o valor do ativo total e 
também do passivo total mais os recursos próprios devem ser rigorosamente 
iguais. É fácil entender se você considerar que para cada real na origem dos 
recursos (financiamento), deve haver uma contrapartida nos investimentos. 
Uma função importante do balanço na gestão financeira é o controle do 
capital próprio dos sócios na empresa. É através do Balanço Patrimonial que 
identificamos o valor dos recursos próprios que financiam a empresa, fato nem 
sempre constatado pelo proprietário que faz retirada ou em momentos de 
necessidade socorrem a empresa com recursos não gerados pela atividade da 
empresa. 
A seguir, um modelo sintético de apresentação do Balanço Patrimonial 
 
Figura 3. Estrutura Sintética de Balanço Patrimonial. 
Fonte: CPC 26. 
ATIVO
ATIVO CIRCULANTE
ATIVO NÃO CIRCULANTE
PASSIVO
PASSIVO CIRCULANTE
PASSIVO PERMAMENTE 
E RECURSOS PRÓPRIOS
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
8 
Como já comentado, as contas são apresentadas pela ordem de 
liquidez. Também devemos considerar que a soma dos ativos deve ser igual a 
soma do passivo mais o patrimônio líquido. Em outras palavras: a soma dos 
investimentos é igual a soma das origens dos recursos ou fonte de 
financiamento. Esse financiamento pode ser de terceiros (passivo) e através de 
recursos próprios (patrimônio líquido). 
A Demonstração de Resultado do Exercício ou DRE é um resumo do 
movimento de certas entradas e saídas no balanço, entre duas datas. Por outro 
lado, Iudícibus & Marion (2004) definem a Demonstração do Resultado do 
Exercício de outra maneira, porém, sob o mesmo enfoque como sendo um 
resumo ordenado das receitas e despesas da empresa em determinado 
período (12 meses). É apresentada de forma dedutiva (vertical), ou seja, das 
receitas subtraem-se as despesas e, em seguida, indica-se o resultado (lucro 
ou prejuízo). 
 Assaf Neto (2010) e Braga (1995) apresentam a DRE como sendo a 
demonstração que engloba as receitas, despesas, ganhos, e perdas do 
exercício social, apurados por regime de competência, independentes de seus 
recebimentos e pagamentos. Nessa demonstração é evidenciada a formação 
do lucro ou prejuízo do exercício social mediante a confrontação das receitas 
realizadas e das despesas incorridas (BRAGA, 1995). 
Para a tomada de decisão, segundo Iudícibus & Marion (2004), a DRE 
pode ser simples ou completa. Será simples quando não requeira dados 
pormenorizados como, por exemplo, para micro e pequenas empresas, e será 
completa (exigida por lei) quando fornece maiores detalhes de cada grupo de 
contas. A seguir, a estrutura legal da DRE: 
 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
9 
 
Embora com algumas obrigatoriedades e recomendações para a 
publicação dos resultados, normalmente a escolha para o acompanhamento 
dos resultados é mensal. 
A Demonstração de Resultado do Exercício (DRE) também é um 
documento obrigatório da empresa e sua apuração se faz pela competência 
(mês a mês) dos seus documentos fiscais como, por exemplo, notas fiscais de 
vendas, notas de compras e outras despesas comprovadas. 
O planejamento financeiro de uma empresa é desenvolvido 
fundamentalmente através da projeção de suas demonstrações financeiras, 
como estimativa mais aproximada possível da posição econômico-financeira 
esperada (ASSAF NETO, 2010). 
Diante da visão prospectiva da posição financeira da empresa, 
observada na elaboração dos demonstrativos financeiros, torna-se mais fácil 
contornar dificuldades mediante a antecipação ou resolução destas. 
As demonstrações contábeis e demais informações destinadas aos 
investidores e aos diversos grupos de usuários interessados no desempenho 
da empresa, prestam grande contribuição na avaliação dos riscos e no 
(=) LUCRO OPERACIONAL
(-) DESPESAS OPERACIONAIS
(=) LUCRO BRUTO
(-) CUSTOS MERCADORIA VENDIDA
(=)RECEITA LÍQUIDA
(-) DEDUÇÕES
RECEITA BRUTA
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
10 
potencial de retorno da empresa analisada. Assim, elas representam um canal 
de comunicação com os usuários internos e externos. 
Vale ressaltar que a transparência das informações aos interessados é 
parte de um contexto que envolve a esfera contábil e fiscal, mas também atinge 
uma dimensão ética. Nessa mesma linha, a análise financeira ou parecer sobre 
determinada condição empresarial também deve considerar outras abordagens 
como as condições do ambiente externo, onde aspectos relacionados à 
economia, fatores sociais entre outros impactam no desempenho 
organizacional. 
Tema 03: Análise Financeira 
A análise das demonstrações financeiras consiste no exame isolado das 
contas, na comparação de grupos de contas entre si ou em relação ao todo 
(BRAGA, 1995). Essas comparações podem ser feitas através de algumas 
técnicas de análise. 
A análise de balanços visa extrair informações das demonstrações 
financeiras para a tomada de decisões. A análise de balanços transforma os 
dados extraídos das demonstrações financeiras em informações. O grau de 
excelência é alcançado pela qualidade e extensão dessas informações. 
Relatórios escritos em linguagem corrente é o produto da análise de 
balanços, sendo que um bom relatório de análise de balanços é aquele que 
apresenta informações em vez de dados, segundo o mesmo autor. 
"A análise das demonstrações financeiras dedica-se à elaboração de 
Demonstrações das Origens dos Recursos e ao cálculo de Índices Financeiros, 
de modo a avaliar o desempenho passado, presente e projetado da empresa" 
(GITMAN, 2004). 
Segundo Assaf Neto (2010), a análise de demonstrações financeiras 
recorre a demonstrações primárias (BP e DRE), secundárias (Demonstração 
de Valor Adicionado, Demonstraçãode Fluxo de Caixa entre outros), a 
métodos de análise (horizontal e vertical), e a índices que são grandezas 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
11 
construídas a partir dos números contidos nas demonstrações primárias – 
destinados a medir a posição financeira e os níveis de desempenho da 
empresa em diversos aspectos. 
Segundo o autor, a análise poderá ter várias finalidades, mas poderá 
referir-se ao passado, presente ou futuro em termos de situação e desempenho 
em relação a empresa em questão. Existe a possibilidade de aplicar métodos a 
demonstrações financeiras projetadas para o futuro, embora, os dados 
contábeis sejam registros de eventos já ocorridos. 
A análise das demonstrações financeiras pode ser aprofundada com o 
uso de técnicas adicionais, as quais são relacionadas abaixo: 
 Análise Horizontal e Vertical 
 Índices (Quocientes) Financeiros (ou Índices Financeiros e 
Econômicos) 
 Análise da Taxa de Retorno sobre Investimento (Margem lucro x Giro 
do ativo) 
Os índices financeiros são apresentados como a técnica de análise mais 
conhecida e empregada, e são considerados como os melhores instrumentos 
para avaliar a saúde das empresas. 
Análise Horizontal e Análise Vertical 
Análise Horizontal é o acompanhamento da evolução de cada conta 
(item) de uma série de demonstrações financeiras ou índices em relação à 
anterior e/ou em relação a mais antiga das séries). Consequentemente, 
envolve o cálculo percentual de variação de cada conta considerada entre um 
ano (período) e outro, no caso do BP e DRE. 
Através da Análise Horizontal podemos relacionar a evolução ou 
variações das contas comparada a de outro, por exemplo: a evolução da 
mesma conta comparada aos concorrentes do mesmo ramo de atividade (ou 
mais próximos da empresa). Como também, podemos estudar (ou verificar 
modificações no) o comportamento das contas das demonstrações financeiras 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
12 
ou índices, bem como investigar com mais profundidade as contas que mais se 
alteraram. 
Uma definição simplificada é a apresentada por Marion (2003) onde o 
autor define que a análise horizontal é a observação de uma sequência de um 
mesmo índice ou de uma sequência de valores de uma mesma conta, durante 
vários anos ou períodos. Essa análise é facilmente realizada estabelecendo o 
ano inicial da série analisada como índice básico 100 e expressando as cifras 
relativas aos anos posteriores, com relação ao índice básico 100. Isso quer 
dizer que é determinado igualando o primeiro valor ou índice do ano inicial a 
100 e, através da regra de três simples, atribuir o crescimento percentual. 
A análise Vertical baseia-se em valores percentuais entre contas 
pertencentes a mesma demonstração financeira. Calcula-se o percentual de 
cada conta em relação a um valor base (no BP é o Total do Ativo e na DRE são 
as Vendas ou Receita Líquida). Essa análise apresenta uma ideia da 
representatividade de uma determinada conta ou subgrupo de uma 
demonstração financeira em relação a um determinado total ou subtotal 
tomado como base. Por exemplo: calcula-se o percentual das contas do Ativo 
sobre o Total do Ativo (no caso do BP) e assim sucessivamente para as 
demais contas. 
Marion (2003) e Assaf Neto (2010) recomendam o estudo em conjunto 
das análises horizontal/vertical, ou seja, deveriam ser usadas como uma 
técnica de análise única. Por esta razão, mencionam o aspecto de 
complementaridade, quer dizer, que as conclusões baseadas na análise 
vertical sejam complementadas pela análise horizontal, no sentido da 
identificação das causas constatadas. 
Índices Financeiros 
Índice é a relação entre contas ou grupos de contas do BP e da DRE, 
com o objetivo de determinar qual a relação entre os itens de ambas as 
demonstrações financeiras, bem como medir determinado aspecto da situação 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
13 
econômica ou financeira da empresa, são grandezas comparáveis obtidas a 
partir de valores absolutos destinados a medir a posição financeira e os níveis 
de desempenho da empresa em diversos aspectos. (SILVA, 2013) 
Os índices são relações que se estabelecem entre duas grandezas, ou 
seja, o índice de um número é o quociente do primeiro dividido pelo segundo. A 
finalidade principal do uso dos índices é permitir ao analista extrair tendências 
e comparar os índices com padrões preestabelecidos, segundo Iudícibus & 
Marion (2004). 
Gitman (2004) afirma que a análise de índices financeiros é de interesse 
da administração da empresa, credores (liquidez e na capacidade de cumprir 
seus compromissos) e dos acionistas atuais e potenciais (medir o risco e 
retorno que afetam o preço da ação) da empresa, com a finalidade de fazer 
uma avaliação relativa da situação financeira da empresa. 
Segundo Gitman (2004), existem duas maneiras de se usar os índices 
financeiros, são elas: 
 Análise Comparativa: esta análise envolve a comparação dos 
índices financeiros de diferentes empresas no mesmo instante, ou 
através dos índices da empresa e os índices médios do setor 
industrial. 
 Análise de Série Temporal: esta análise é avaliada em relação ao 
desempenho passado da empresa. Uma comparação entre o 
desempenho atual e passado de uma empresa permite determinar se 
a mesma está progredindo conforme o planejado. E, portanto, uma 
comparação dos índices atuais e passados com os índices resultantes 
das demonstrações projetadas pode revelar discrepâncias ou um 
excesso de otimismo destas demonstrações projetadas. 
A abordagem mais informativa à análise de índices financeiros é aquela que 
consiste em combinar as análises comparativas e de série temporal. Uma visão 
combinada permite avaliar a tendência no comportamento do índice 
relativamente à tendência para o setor (GITMAN, 2004). 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
14 
O referenciado autor ainda apresenta algumas precauções que devem 
ser tomadas quanto ao uso da análise de índices financeiro. Normalmente, um 
único índice não fornece informações suficientes para se julgar o desempenho 
global de uma empresa; muitas vezes, requer-se um conjunto de índices. 
Apenas quanto ao aspecto da posição financeira um ou dois índices podem ser 
suficientes. 
Ao comparar demonstrações financeiras, observar se as datas das 
mesmas são iguais, ou seja, períodos de tempos semelhantes. Recomenda-se 
usar demonstrações devidamente “auditadas”, uma vez que as “não auditadas” 
podem não refletir a verdadeira situação ou apresentar dados imprecisos e 
questionáveis. 
É por meio desses índices que analisamos o nível de endividamento da 
empresa. Esses índices são avaliados pelo critério de “quanto maior, mais 
cautela”. O Ativo (aplicação de recursos) é financiado por Capitais de 
Terceiros (Passivo Circulante e Passivo Exigível a Longo Prazo) e por Capitais 
Próprios (Patrimônio Líquido), portanto Capitais de Terceiros e Capitais 
Próprios são fontes (origens) de recursos. São os índices de endividamento 
que informam se a empresa utiliza mais recursos de terceiros ou recursos dos 
proprietários, e se os recursos de terceiros têm seu vencimento em maior parte 
a Curto Prazo (Passivo Circulante) ou a Longo Prazo (Passivo Exigível a Longo 
Prazo). 
De um modo geral, as empresas recorrem ao endividamento com o 
objetivo de: 
 Complementar os Capitais Próprios para realizar aplicações 
produtivas em seu Ativo (ampliação, expansão, modernização 
etc.): esse endividamento é sadio, mesmo sendo um tanto elevado, 
pois as aplicações produtivas deverão gerar recursos para saldar o 
compromisso assumido; e 
 Pagar dívidas que estão vencendo: por não gerarem recursos para 
saldar seus compromissos, elas recorrem a empréstimos sucessivos. 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
15 
Permanecendo esse círculo vicioso, a empresa seráséria candidata à 
insolvência e, consequentemente, à falência. 
Indicadores de situação financeira 
Como já vimos em aulas anteriores, é importante para a empresa 
comparar os seus resultados com outras empresas. A forma encontrada é a 
comparação dos indicadores de desempenho extraídos dos registros 
contábeis. 
Os indicadores estabelecem a relação entre as contas ou grupo de 
contas das demonstrações contábeis, visando evidenciar determinado aspecto 
da situação econômico-financeira de uma empresa. 
Facilitam sensivelmente o trabalho de análise, uma vez que a 
apreciação de certas relações ou percentuais é mais significativa que a 
observação de montantes. Servem como um termômetro da saúde financeira 
da empresa. 
Destacamos os principais indicadores e seu objetivo: 
 Indicador de liquidez: apontam a capacidade de pagamento da 
empresa. 
 Liquidez imediata (LI): Disponível/Passivo Circulante 
Este indicador mede a capacidade financeira da empresa em honrar 
imediatamente seus compromissos de curto prazo contando apenas 
com suas disponibilidades, ou seja, os recursos disponíveis em caixa 
ou bancos. 
 Liquidez corrente (LC): Ativo Circulante/Passivo Circulante 
A liquidez corrente é um dos indicadores mais utilizados em análise 
econômico-financeira mostrando quanto à empresa poderá dispor em 
recursos no curto prazo (caixa, bancos, clientes, estoques etc.) para 
pagar suas dívidas circulantes (fornecedores, empréstimos e 
financiamentos de curto prazo, contas a pagar etc.). 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
16 
 Liquidez Seca (LS): Ativo Circulante – Estoques/Passivo Circulante 
Esse indicador é uma medida mais rigorosa da liquidez da empresa. 
Mostra quanto a empresa poderá dispor de recursos circulantes, sem 
levar em consideração seus estoques, para fazer face às suas 
obrigações de curto prazo. 
 Liquidez geral (LG): Ativo Circulante + Ativo Realizável a Longo 
Prazo/Passivo Circulante + Passivo Exigível a Longo Prazo 
A liquidez geral, ou índice de solvência geral, é uma medida de 
capacidade da empresa em honrar todas exigibilidades, contando, 
para isso, com os seus recursos realizáveis a curto e longo prazos. 
 Índices de estrutura de capital: demonstram a estrutura de capital 
da empresa. 
 Imobilização do patrimônio líquido (IPL): Ativo 
Permanente/Patrimônio Líquido 
Este indicador mostra quanto do ativo permanente da empresa é 
financiado pelo seu patrimônio líquido e, portanto, a maior ou menor 
dependência de aporte de recursos de terceiros para manutenção dos 
seus negócios. 
 Participação de capitais de terceiros sobre recursos próprios: 
Passivo Circulante + Passivo Exigível a Longo Prazo/Ativo Total 
Indica quanto a empresa possui de capital de terceiros em relação ao 
capital próprio. 
Portanto, os índices não devem ser considerados isoladamente, e sim 
num contexto mais amplo, onde cabe interpretar também outros indicadores e 
variáveis. Muitas vezes, um alto grau de endividamento não significa que a 
empresa esteja à beira da insolvência, já que existem outros fatores capazes 
de atenuar essa condição. 
Recomenda-se que essas avaliações sejam efetuadas com base nas 
demonstrações financeiras de pelo menos três exercícios sociais. O analista 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
17 
deve sempre ponderar sobre o ramo de atividade e as peculiaridades do 
negócio da empresa, comparar os índices aos das empresas concorrentes e 
com os índices-padrão que representam os índices médios de diversas 
empresas que atuam no mesmo ramo de atividade da empresa em análise. 
Tema 04: Avaliação de Resultado e Desempenho 
A avaliação de resultado e de desempenho basicamente é formado por 
medidas de uso gerencial extraídas do próprio orçamento empresarial. É 
importante lembrar que o orçamento é uma ferramenta interna da empresa que 
tem como premissa o planejamento e o controle das atividades operacionais e 
de capital da empresa. 
Normalmente, essas mensurações avaliam e compreendem valores e 
dados numéricos que relacionam fatores como custo, volume de vendas, lucro 
e investimento, resultando em indicadores como lucratividade, rentabilidade 
EBITDA e Valor Econômico Agregado (EVA)1. 
Diante das inúmeras siglas da área financeira, o termo EBITDA talvez 
seja uma das mais populares. EBITDA significa Earnings Before Interest, 
Taxes, Depreciation and Amortization, que significa "Lucros antes de juros, 
impostos, depreciação e amortização", em português. Representa o resultado 
da empresa sem levar em consideração os efeitos financeiros e também os 
impostos, ou seja, é um indicador que mede exclusivamente a atividade 
operacional da empresa. Por esse motivo, é um indicador muito valorizado pelo 
mercado financeiro. 
O mercado acompanha muito este indicador por entender que a 
eficiência da empresa está em gerar resultado operacional. Na visão de longo 
de prazo, visa avaliar também o próprio investimento ou os ativos da empresa. 
O cálculo da margem EBITDA é feito a partir da estrutura da DRE como 
ilustra a estrutura abaixo: 
 
1 EVA é uma marca registrada, propriedade da empresa de consultoria Stern & 
Stewart. 
 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
18 
Receita Bruta 
(–) Impostos sobre vendas 
(–) Devoluções, Descontos Comerciais e Abatimentos 
Receita Líquida 
(–) Custos dos Produtos e Serviços Vendidos 
Lucro Bruto 
(–) Despesas de Vendas 
(–) Despesas Administrativas 
(–) Outras Despesas Operacionais 
(=) Lucro Operacional 
 
EVA é a abreviação da expressão americana para Economic Value 
Added ou Valor Econômico Adicionado e é considerado por muitos 
especialistas financeiros no melhor indicador para avaliação de negócios 
(SILVA, 2013). O EVA serve para identificar o quanto efetivamente de valor foi 
criado para o acionista em um determinado período de tempo (mês, ano). 
Basicamente, o EVA consiste no lucro operacional após o imposto de 
renda menos o custo de todo o capital empregado pela empresa na atividade. 
Consideram-se os recursos de terceiros e também a taxa de atratividade do 
capital próprio. A diferença essencial para se considerar este indicador é que a 
partir do EBITDA calculado, para a apuração dos resultados antes do Imposto 
de Renda, considera-se os encargos financeiros com recursos de terceiros 
(empréstimos) e também as atividades não operacionais como amortizações e 
depreciações. Para se calcular o EVA, a partir destas deduções já apontadas, 
avalia-se este resultado comparado com o custo de capital próprio. 
O valor excedente significa EVA positivo. Dessa forma, a empresa pode 
apresentar resultado positivo, normalmente apurado nas tradicionais análises, 
porém o seu EVA pode ser nulo ou até mesmo negativo, devido ao custo de 
capital próprio ser elevado. 
 Outros Indicadores de Rentabilidade também são constantemente 
EBITDA 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
19 
usados nas análises de desempenho das empresas, são eles: Retorno Sobre 
Investimentos (ROI) e Retorno Sobre o Patrimônio Líquido (ROE). 
 Taxa de Retorno dos Investimentos: Lucro Líquido/Ativo Total 
Taxa de retorno dos investimentos ou ROI (Return On Investiment - em 
inglês), esse indicador mostra quanto a empresa está obtendo de 
retorno em relação aos seus investimentos totais. 
 Taxa de Retorno sobre o Patrimônio Líquido: Lucro Líquido/ 
Patrimônio Líquido 
Também conhecido como ROE (Return on Equity), este indicador mede 
a remuneração dos capitais próprios investidos na empresa, ou seja, 
quanto foi adicionado ao patrimônio líquido decorrente do resultado do 
período. 
Quando os padrões são estabelecidos no planejamento como, por 
exemplo, o lucro desejado, este alvo passa a ser relacionado ou corresponder 
com outrasvariáveis. Dessa forma, se obtém as medidas de desempenho 
econômico que um negócio pode gerar. Tais informações são muito relevantes 
nas decisões do planejamento estratégico. 
Tema 05: Elaborando Relatórios e a Tomada de Decisão 
O relatório de análise de uma empresa é desenvolvido para diversas 
finalidades específicas como, por exemplo, a decisão de investimento de curto 
ou longo prazo. 
 Sobre o conteúdo do relatório, devem-se considerar alguns aspectos. O 
nível de segurança que se obtém de um parecer técnico sobre a situação 
econômica financeira de uma empresa está diretamente relacionado ao 
período escolhido para a avaliação. Por isso, é recomendado que essa 
avaliação seja efetuada com base nas demonstrações financeiras de pelo 
menos três exercícios sociais. 
Os índices facilitam bastante o trabalho de análise, uma vez que a 
apreciação de certas relações ou percentuais é mais significativa que a 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
20 
observação de montantes. De fato, os índices servem como um termômetro da 
saúde financeira da empresa. Porém, para fornecer um parecer conclusivo, é 
necessário analisar outros aspectos da estrutura financeira e econômica da 
empresa. 
Portanto, os índices não devem ser considerados isoladamente, e sim 
num contexto mais amplo, onde cabe interpretar também outros indicadores e 
variáveis. Muitas vezes, um alto grau de endividamento não significa que a 
empresa esteja à beira da insolvência, já que existem outros fatores capazes 
de atenuar essa condição. 
O analista deve sempre ponderar sobre o ramo de atividade e as 
peculiaridades do negócio da empresa, comparar os índices aos das empresas 
concorrentes e com os índices-padrão que representam os índices médios de 
diversas empresas que atuam no mesmo ramo de atividade da empresa em 
análise. 
A análise geral dos índices tende a focalizar todos os aspectos das 
atividades financeiras da empresa, através da análise comparativa com a 
indústria e da análise do histórico da própria empresa, a fim de identificar as 
áreas que mais contribuíram ou afetaram o desempenho da empresa no 
período em análise. 
O relatório deve seguir algumas premissas para que seu objetivo seja 
atingido. Por tratar de diversos interesses, o cuidado com a escolha das 
palavras e a postura neutra em relação a análise, porém posicionada em 
relação às conclusões, são comportamentos desejáveis. 
Em relação aos detalhes técnicos, é interessante o analista estruturar o 
seu relatório de acordo com uma lógica coerente. Em primeiro lugar, é 
importante ser descrito a metodologia que foi utilizada para o levantamento dos 
dados necessários. É através da metodologia que são descritos os processos 
de coleta de dados e suas fontes de pesquisa. Nesta etapa, o relatório deve 
descrever os documentos, eventuais entrevistas e outros artefatos que 
demonstram as informações necessárias. Também é nesta etapa que se 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
21 
menciona os critérios de avaliação. 
A análise financeira pode ser descrita, porém o analista pode ilustrar o 
seu parecer com tabelas, gráfico e outras imagens que auxiliam na explicação 
das conclusões. É importante a indicação da evolução das vendas da empresa 
e uma possível avaliação dos ciclos operacional e financeiro da empresa. 
A conclusão sobre a empresa deve destacar seus principais pontos 
fortes e fracos de modo a resumir o que há de mais importante na análise. 
Caso seja possível, é desejável estabelecer uma forma objetiva de comparação 
entre a empresa e seus concorrentes, de modo que possibilite aos usuários do 
relatório compreender quais os riscos e também o potencial de mercado da 
empresa. 
Trocando ideias 
Já pensou em fazer uma análise comparativa das principais atividades 
empresarias da sua região? Procure dados estatísticos e informações oficiais a 
respeito das atividades e elabore um relatório. O desenvolvimento da técnica 
vem com a prática. Bons estudos. 
Na prática 
Continuação Estudo de Caso: Integração das operações através do ERP. 
(Adaptado ENADE – 2015 – Prova de Administração) – Parte 4 (Final). 
Após o levantamento estratégico, a descrição dos planos operacionais e 
também da relação dos principais indicadores de desempenho da empresa, 
chegou a hora de projetar essas informações para que se possa confirmar os 
benefícios planejados e também para que se possa controlar a execução 
desses objetivos. 
Resolução da Situação Proposta 
A sugestão para a solução deste caso é a construção de um Balance 
ScoreCard (BSC). Essa ferramenta permite a integração das orientações 
estratégicas com as atividades operacionais, bem como mensurar os 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
22 
desempenhos da empresa de acordo com as premissas de cada área com o 
apoio do sistema ERP sugerido. O objetivo é construir o BSC a partir desta 
aula que será incrementado com os conteúdos das demais aulas da disciplina. 
 
4ª Fase – Elaboração do Orçamento Empresarial 
Com a definição das ações nos Planos Operacionais, cada área 
funcional deverá realizar o orçamento de sua respectiva responsabilidade, 
apresentando às demais áreas os números obtidos com a aprovação do 
presidente da empresa. É importante que os orçamentos específicos estejam 
alinhados (Exemplo: Vendas e Produção, Produção, MOD e Compras de 
Matérias-primas etc.). Cabe ao Controller consolidar e formalizar todo o 
orçamento. 
Finalizando 
Nesta aula, foi apresentada uma importante ferramenta de planejamento 
e controle, que é o Orçamento Empresarial. Neste entendimento, foi 
identificada no orçamento a oportunidade de unificar as áreas da empresa e 
orientá-las para o mesmo direcionamento estratégico. Também foram 
apresentadas as principais estruturas de informações financeiras das 
empresas, que são as demonstrações financeiras de resultado, patrimonial e 
também o fluxo de caixa. 
Embora relacionadas entre si, essas demonstrações apresentam 
informações de natureza e grandezas diferentes. Com as demonstrações é 
possível analisar as empresas, no que se refere a sua estrutura financeira, 
compondo diversos índices que são gerados a partir da combinação das contas 
desses demonstrativos. 
Finalmente, a partir das análises quantitativas apresentadas nos 
indicadores financeiros, foi tratada, nesta aula, a forma como devem ser 
elaborados os relatórios gerenciais para tomada de decisão. 
 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
23 
Referências 
ASSAF NETO, Alexandre. Finanças Corporativas e Valor. São Paulo: Atlas, 
2010. 
 
BRAGA, Roberto. Fundamentos e Técnicas de Administração Financeira. 
São Paulo: Atlas, 1995. 
 
GITMAN, Lawrence J. Princípios de administração financeira. São Paulo: 
Pearson Education do Brasil, 2004. 
 
IUDÍCIBUS, Sérgio de; MARION, José Carlos. Contabilidade Comercial. 6ª 
ed. São Paulo: Atlas, 2004. 
 
MARION, José Carlos. Contabilidade Empresarial. 10ª ed. São Paulo: Atlas, 
2003. 
 
SILVA, José Pereira. Análise Financeira das Empresas. São Paulo: Atlas, 
2013. 
 
http://www.contabeis.com.br/termos-contabeis/contabilidade
http://www.contabeis.com.br/termos-contabeis/contabilidade