Buscar

ATIVIDADE AVALIATIVA - UNIDADE 1 - Direito da familia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNP - UNIVERSIDADE POTIGUAR 
 ESCOLA DE DIREITO 
 DIREITO DAS FAMÍLIAS - PROFESSORA VIVIAN BARROSO 
 ILZE MONIQUE DE FRANÇA OLIVEIRA - 201907747 
 INGRID PESSOA VIEIRA - 201903797 
 JÉSSICA RAYANE ROCHA DO NASCIMENTO - 201917368 
 ATIVIDADE AVALIATIVA - UNIDADE 1 
 NATAL 
 2022 
 ILZE MONIQUE DE FRANÇA OLIVEIRA - 201907747 
 INGRID PESSOA VIEIRA - 201903797 
 JÉSSICA RAYANE ROCHA DO NASCIMENTO - 201917368 
 ATIVIDADE AVALIATIVA - UNIDADE 1 
 Atividade apresentada à Universidade Potiguar 
 – UNP, como parte dos requisitos para 
 obtenção de nota da disciplina Direito das 
 Famílias (7 NA-JM). 
 Professora: Vivian Barroso. 
 NATAL/RN 
 2022 
 UNIDADE 1- DIREITO DAS FAMÍLIAS 
 1- Disserte sobre os princípios constitucionais aplicáveis aos 
 direitos das famílias. 
 No que tange o Direito da Família, o Princípio do respeito à dignidade da 
 pessoa humana é o mais universal, sendo ele, um macroprincípio do qual irradiam 
 todos os demais. Tal quais: Liberdade, autonomia privada, cidadania, igualdade e 
 solidariedade. 
 Assim, ele constitui a base da comunidade familiar, garantindo o pleno 
 desenvolvimento e a realização de todos os seus membros, principalmente da 
 criança e do adolescente. (CF, art. 227) 
 ● O art. 226 da CF., prevê o reconhecimento da família como instituição 
 básica da sociedade e como objeto especial da proteção do estado; 
 ● A existência e permanência do casamento, civil ou religioso, como 
 base, embora sem exclusividade, da família; 
 ● A competência da lei civil para regular os requisitos, celebração e 
 eficácia do casamento e sua dissolução; 
 ● A igualdade jurídica dos cônjuges: 
 No que se refere aos seus direitos e deveres, estabelecidos no art. 226, § 5º 
 da CF., verbis: “Os direitos e deveres referentes à sociedade conjugal são exercidos 
 igualmente pelo homem e pela mulher”, tal regulamentação instituída no aludido 
 dispositivo acaba com o poder marital e com o sistema de encapsulamento da 
 mulher, restrita a tarefas domésticas e a procriação. 
 ● O reconhecimento, para fins de proteção do estado, da entidade 
 familiar formada pela união estável de homem e mulher, assim como 
 da comunidade formada por qualquer dos pais e seus descendentes, 
 de acordo com os § 3º e 4º do Art. 226 da CF. 
 ● A possibilidade de dissolução do vínculo matrimonial pelo divórcio 
 (CF 226 § 6. º): 
 Para adequação dos referidos lapsos temporais, combinado com o fim da 
 separação judicial é que adveio a Emenda Constitucional nº 66, promulgada em 13 
 de julho de 2010, conforme esclarece Rodrigo da Cunha Pereira: 
 “O casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio, sendo suprimido o 
 requisito da prévia separação judicial por mais de um ano ou de comprovada 
 separação de fato por mais de dois anos, extirpando o anacrônico instituto da 
 separação judicial, bem eliminando a discussão de culpa pelo fim do casamento.” 
 (PEREIRA, 2013, p. 33). Superado o breve histórico do divórcio no Brasil, passemos 
 à análise da dissolução do casamento antes e depois da Emenda Constitucional nº 
 66/2010 e ao discutido instituto da separação judicial, 
 ● O direito de constituição e planejamento familiar: 
 No que se refere aos seus direitos e deveres, estabelecidos no art. 226, 
 §7º:“Fundado nos princípios da dignidade da pessoa humana e da paternidade 
 responsável, o planejamento familiar é livre decisão do casal, competindo ao Estado 
 propiciar recursos educacionais e científicos para o exercício desse direito, vedada 
 qualquer forma coercitiva por parte de instituições oficiais ou privadas”. (Lei n.9.263, 
 de 12;01;1996 - Planejamento Familiar) 
 ● A igualdade jurídica de todos os filhos: 
 Consubstanciado no art. 227 § 6.º da CF., que assim dispõe: “Os filhos, 
 havidos ou não da relação do casamento, ou por adoção, terão os mesmos direitos 
 e qualificações, proibidas quaisquer designações discriminatórias relativas à 
 filiação". O dispositivo em apreço estabelece absoluta igualdade entre todos os 
 filhos, não admitindo mais a retrógada distinção entre filiação legítima ou ilegítima, 
 segundo os pais fossem casados ou não, e adoção que exista no CC de 1916. Tal 
 princípio não admite distinção entre filhos legítimos, naturais e adotivos quanto a 
 quaisquer questões existentes, seja dentro ou fora do casamento, vedando 
 totalmente designações discriminatórias relativas à filiação. 
 ● A proteção da infância, com o reconhecimento de direitos fundamentais à 
 criança, ao adolescente e ao jovem, e responsabilidade da família, da 
 sociedade e do estado por sua observância: 
 Art. 227 da CF., É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à 
 criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à 
 saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à 
 dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de 
 colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, 
 violência, crueldade e opressão. 
 ● A atribuição aos pais do dever de assistência, criação e educação dos filhos: 
 Art. 229 da CF.: “Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e 
 os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou 
 enfermidade”. (Dever de sustento, guarda e educação dos filhos menores: Art. 22 da 
 Lei n.8.069, de 13/07/1990.) 
 ● A proteção do idoso: 
 Art. 230 da CF: A família, a sociedade e o Estado têm o dever de amparar as 
 pessoas idosas, assegurando sua participação na comunidade, defendendo sua 
 dignidade e bem-estar e garantindo-lhes o direito à vida. (Política Nacional do Idoso: 
 Lei n.8.842. de 04/01/1994, regulamentada pelo Decreto n.1948 de 03/07;1996 e 
 Estatuto do Idoso: Lei n.10.741, de 01/10/2003). 
 2- Disserte sobre os conceitos multifacetados de família e suas 
 diversas formas de composição. 
 O conceito de família abrange diversas formas de relações, indo muito mais 
 além da relação homem-mulher e, para tutelar os direitos de tais relações, as 
 diversas formas de composição, sendo estas biologicamente ou afetivamente, têm 
 sido previstas em lei. 
 É importante ressaltar, que a evolução da sociedade tem influência direta nos 
 costumes sociais e, para os diversos modelos familiares, alguns formações têm 
 nomenclaturas próprias, onde podemos citar: 
 A família formada pelo casamento, chamada também de família formal , é a 
 constituída por homem e mulher, que assumem entre si o consórcio, um negócio 
 jurídico formal e cerimonioso amparado pelo Código Civil; 
 Já a família informal é aquela que já existia, porém não era prevista 
 legalmente, refere-se a família que é constituída pelas relações pessoais não 
 formais como no casamento. A união estável é o nome dado a união nesse formato 
 e, em virtude dessa formação familiar ser cada vez mais frequente, o Artigo 1,723 
 abarca acerca da União Estável: “é reconhecida como entidade familiar a união 
 estável entre o homem e a mulher, configurada na convivência pública, contínua e 
 duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição de família.”; 
 Outro formato de família, expressa na Constituição Federal de 88, em seu 
 artigo 226: “ entende-se,também, como entidade familiar a comunidade formada 
 por qualquer dos pais e seus descendentes”, refere-se à Família Monoparental , 
 onde esse surgimento pode ser uma realidade frequente, com as mais diversas 
 maneiras de surgimento, seja por falecimento de uma das partes, separação onde 
 um torna-se titular, não reconhecimento paterno, uma gestação independente, 
 adoção dentre outros motivos que resultam em uma família monoparental. 
 Já a família onde não há a presença de nenhum pai ou mãe, a família 
 formada apenas por irmãos, denomina-se Família Anaparental, a ausência dos 
 genitores não excluem o conceito de família, a família é constituída sem um 
 ascendente, desde que sejam constatados vínculos que remetem à família; 
 A Família reconstituída trata-se da família formada por pessoas 
 provenientes de famílias formais ou informais e, estabelecem uma nova relação 
 afetiva com outrem, criando novos laços e relações familiares. Nesse contexto 
 familiar, é comum a presença de Padrastos, Madrastas e Enteados, e o Artigo 1.595 
 expressa que: “cada cônjuge ou companheiro é aliado aos parentes do outro pelo 
 vínculo de afinidade”. Esse novo arranjo familiar não exclui o anterior biológico, 
 apenas criam-se novos vínculos afetivos; 
 Formada por uma única pessoa, a Família Unipessoal também é uma forma 
 de composição familiar e, embora seja um pouco inusual, esse termo é importante 
 para tutelar direitos de bens de família à pessoas solteiras, viúvas e separadas; 
 Apesar de no Brasil a bigamia ser crime, na realidade é possível existir um 
 arranjo onde um dos cônjuges participa também de uma segunda família, a este tipo 
 de relação dá-se o nome de Família Paralela ; 
 Por fim, a Família Eudemonista é um dos arranjos familiares que deixam 
 mais evidente que, a afetividade é também um valor jurídico, é considerada uma 
 família eudemonista uma família formada por pessoas que não possuem vínculo 
 biológico ou formal, mas sim pela convivência. Para um bom entendimento, esse 
 tipo de relação é comum a formação de amigos que dividem um apartamento, 
 despesas e afetos, criando laços de irmandade. 
 3- Maria nasceu com o diagnóstico de síndrome de Down; aos 21 
 anos, conheceu Afonso e decidiu casar. Os pais de Maria 
 declararam que somente autorizam o casamento se o mesmo for 
 celebrado sob o regime da separação convencional de bens, tendo 
 em vista que a família é possuidora de uma grande fortuna e 
 Afonso é de origem humilde 
 Disserte sobre a possibilidade jurídica do casamento e qual regime 
 poderá ser adotado para a situação exposta. 
 Maria, portadora da síndrome de Down, é considerada absolutamente capaz de 
 exercer os seus atos da vida civil. Visto que, o Estatuto da Pessoa com Deficiência, 
 através da lei número 13146/2015, retirou os deficientes do rol das pessoas 
 relativas ou absolutamentes incapazes, como também afirmou que a deficiência não 
 afeta a plena capacidade civil, como obsta no artigo 6 da referida lei: 
 “ a deficiência não afeta a plena capacidade civil da pessoa, inclusive para: 
 I- “casar-se e constituir-se união estável” 
 Sendo assim, só em situações excepcionais, quando não for possível ao deficiente 
 manifestar sua vontade, é que este poderá sofrer limitação da sua capacidade. 
 Ainda assim, essa limitação só poderá ser atingida na esfera de direitos 
 patrimoniais, não podendo o curador restringir direitos da personalidade do 
 curatelado, como por exemplo, o direito de casar. Maria, poderá escolher o seu 
 regime de bens e se necessário comunicar sua intenção por meio de um curador ou 
 um representante. 
 4- Lídia casou-se com José pelo regime de comunhão parcial de 
 bens e, já casados, Lídia comprou e quitou um veículo. Na 
 constância do casamento, José chegou a ser condenado 
 civilmente em danos morais por lesão corporal à terceira pessoa. A 
 vítima da agressão, na execução da sentença, pediu a penhora de 
 Lídia do carro, já que não encontrou nenhum bem em nome de 
 José para garantir a condenação. De acordo com o regime 
 proposto, cabe a penhora? Justifique. 
 Na situação citada acima, cabe penhora, pois, Lídia e José são casados em 
 comunhão parcial de bens, sendo assim, estes têm compartilhamento em igual 
 proporção de todos os bens adquiridos após a união, assim, independente de o bem 
 ser registrado em nome de Lídia, a José este também pertence. 
 5- Quais tipos de casamento existem no Código Civil? 
 Com finalidade em estabelecer comunhão plena de vida, conforme o Código 
 Civil 1.511, o casamento é uma celebração jurídica que dele se origina a relação 
 matrimonial. O estado admite duas formas dessa celebração: o casamento civil (CC 
 1.512) e o religioso (CC 1.515 e 1.516). 
 No Brasil, embora apenas três tipos de casamento sejam mais utilizados e 
 comuns, há cinco regimes distintos previstos pelo Código Civil, são eles: 
 ● Comunhão Parcial de Bens ; Nele, os bens adquiridos antes do casamento 
 não se comunicam entre os cônjuges, assim como doações e heranças. Mas, 
 os os bens adquiridos durante a união passam a ser patrimônio comum do 
 casal. Sobre os bens comuns, cada cônjuge terá sua parte no patrimônio, 
 que é dividido igualmente, 50% para cada. 
 ● Comunhão Universal de Bens; Nesse regime, os bens adquiridos antes e 
 durante o casamento se comunicam entre os cônjuges, inclusive doações e 
 heranças, formando um patrimônio comum ao casal. O casal que opta pelo 
 regime de comunhão universal de bens deve saber que todos os bens, 
 adquiridos antes ou depois do casamento (de forma onerosa ou gratuita), 
 serão comuns a ambos, não importando se registrado o bem em nome de 
 apenas um deles. 
 ● Participação final nos aquestos; Este regime funciona como uma mescla 
 do regime de separação de bens e da comunhão parcial de bens. Durante o 
 matrimônio, prevalecem as regras de uma separação de bens . Nessa 
 primeira fase, não ocorre a comunicação dos bens que forem adquiridos de 
 forma onerosa.Se eventualmente existir divórcio ou falecimento de um dos 
 cônjuges, haverá uma segunda fase, que equivale a uma comunhão parcial 
 de bens. Nesse caso, deve-se estabelecer uma apuração de haveres a fim 
 de verificar quanto cada cônjuge recebeu durante o casamento. Após o 
 levantamento das informações, cada um dos dois receberá a metade do que 
 o outro adquiriu durante o casamento. 
 ● Separação de Bens; No regime de separação de bens, os bens adquiridos 
 antes e durante o casamento não se comunicam entre os cônjuges. Dessa 
 forma, o casal escolhe, ainda em vida, como ocorrerá a distribuição dos bens 
 adquiridos durante o período do casamento. O Código Civil impõe que, neste 
 regime de casamento, os dois cônjuges contribuam para as despesas do 
 casal na proporção dos seus rendimentos, a não ser que ajustem de modo 
 diverso, o que poderá ser feito no pacto antenupcial. No caso de sucessão, 
 ocorre uma situação distinta. O cônjuge sobrevivente não é meeiro, uma vez 
 que não há bens comuns, entretanto, concorre com os demais herdeiros nos 
 seus bens. Logo, o cônjuge se torna herdeiro em uma possível sucessão. 
 ● Separação Obrigatória de Bens: Este regime nada mais é do que a 
 obrigação de aderir a separação convencional de bens em algumas situações 
 específicas, como, por exemplo, nos casos de cônjuge com mais de 70 anos 
 e quem precisa de suprimento judicial para casar. Neste caso, acontece 
 quando quem pretende casartem mais de 16 anos e menos de 18 anos e um 
 dois pais (ou os dois) não concorda com o casamento. Neste caso, o juiz 
 analisa a questão e autoriza o matrimônio em sentença judicial, dispensando 
 a autorização dos pais. Na sucessão por morte, a diferença da separação de 
 bens convencional é que, nesta modalidade, caso haja filhos do falecido, o 
 cônjuge sobrevivente não é herdeiro. No entanto, havendo apenas os pais, 
 concorrerá com estes em iguais proporções e, caso não haja filhos ou pais, o 
 cônjuge tem direito a totalidade da herança. 
 Ademais, no que tange às espécies de casamento, alguns exemplos delas 
 são os casamentos: 
 · 
 ● NUNCUPATIVO OU IN EXTREMIS: 
 O casamento realizado quando um dos nubentes está em iminente risco de morrer 
 (CC. 1.540 a 1.542); é necessária a presença de seis testemunhas que não tenham 
 parentesco (em linha reta ou colateral, até segundo grau) com os nubentes; nele, no 
 prazo de 10 dias, as testemunhas devem confirmar o casamento perante a 
 autoridade judicial que, antes de mandar registrar o casamento, deve proceder a 
 uma verdadeira investigação; todo esse procedimento é dispensável se o enfermo 
 convalescer e ratificar o casamento na presença da autoridade competente e do 
 oficial do registro. 
 ● PUTATIVO 
 Trata-se do casamento nulo ou anulável, mas contraído de boa-fé por um ou por 
 ambos os cônjuges (cc. 1.561). Já quanto ao cônjuge que agiu de má-fé, por ter 
 ciência da causa nulificante do casamento, o efeito da anulação é ex tunc, retroage 
 à data da celebração, é como se o casamento não tivesse existido. 
 ● HOMOSSEXUAL 
 A lei maria da penha (l11.340/06) alargou o conceito de família para albergar as 
 uniões homoafetivas, a partir da decisão do STF., que assegurou às uniões 
 homoafetivas os mesmos direitos e deveres da união estável, passou a ocorrer a 
 conversão da união estável em casamento, o STJ e admitiu a habilitação para o 
 casamento e resolução do CNJ. impediu que fosse negado acesso ao casamento 
 entre pessoas do mesmo sexo, salvo resolução nº 175 de 14/05/2013. 
 ● CONSULAR 
 É o casamento do Brasileiro realizado no estrangeiro, perante uma autoridade 
 consular brasileira. O cidadão Brasileiro que reside no exterior tem a opção de casar 
 conforme a lei pátria, no consulado, caso não queira sujeitar-se à legislação local; o 
 casamento deve ser submetido a registro, no prazo de 180 dias, a contar da volta de 
 um ou de ambos os cônjuges ao país; registro é feito no cartório do domicílio dos 
 nubentes ou, se não tiverem domicílio certo, no 1.º ofício da capital do estado em 
 que passarem a residir (CC. 1.544). 
 ● DE ESTRANGEIROS 
 A lei de introdução às normas do direito Brasileiro (LINDB 7.º) estabelece que a 
 legislação do país onde está domiciliada a pessoa determina as regras gerais sobre 
 direito das famílias, para a validade do casamento de estrangeiros no Brasil, vindo o 
 casal a fixar residência aqui, é necessário o registro da certidão do casamento, com 
 a devida tradução e a autenticação pelo agente consular brasileiro (LRP 32). A 
 conversão da união estável em casamento a possibilidade de converter a união 
 estável em casamento é assegurada constitucionalmente (CF.226 § 3º), de forma 
 singela, a lei civil (CC. 1 .726) limita-se a dizer que o pedido deve ser formulado em 
 juízo, com posterior assento no registro civil. 
 ● DA CAPACIDADE 
 A maior idade acontece aos 18 anos, a partir desta idade as pessoas podem 
 livremente casar e escolher o regime de bens, mas é permitido o casamento a partir 
 dos 16 anos (CC; 1.517), é a chamada idade núbil. Dos 16 até os 18 anos as 
 pessoas são relativamente incapazes (CC. 4. º) e precisam ser assistidas para os 
 atos da vida civil. Até completarem a maioridade civil, é necessária autorização dos 
 pais para casar (cc. 1 .634 III). No entanto, se o filho estiver emancipado, não é 
 necessário a autorização dos genitores. 
 6- Conceitue o pacto antenupcial e suas principais características? 
 É nele que é feita a escolha do regime de bens, se este não foi feito, ou for 
 nulo ou ineficaz, “vigorará, quanto aos bens entre os cônjuges, o regime da 
 comunhão parcial” (CC, ART. 1.640, CAPUT), por isso também chamado de regime 
 legal ou supletivo, tendo em vista que a lei supre o silêncio das partes. O pacto 
 antenupcial consiste em um contrato solene e condicional, por meio do qual os 
 nubentes dispõe sobre o regime de bens que vigorará entre ambos, após o 
 casamento. 
 Solene, porque será nulo se não for feito por escritura pública, uma vez que 
 não é possível convencionar o regime matrimonial mediante 
 simples instrumento particular ou no termo do casamento, pois o instrumento 
 público é exigido ad solemnitatem. E condicional, porque só terá eficácia se o 
 casamento se realizar. Caducará, sem necessidade de qualquer intervenção judicial, 
 se um dos nubentes vier a falecer ou se contrair matrimônio com outra pessoa. 
 O art. 1.653 do CC, proclama, efetivamente que: “É nulo o pacto antenupcial 
 se não for feito por escritura pública e ineficaz se não lhe seguir o casamento”. 
 A capacidade para celebração da aludida convenção é a mesma exigida para 
 o casamento, podendo o pacto nupcial ser realizado por menor, sua eficácia fica 
 condicionada à aprovação de seu representante legal, salvo as hipóteses de regime 
 obrigatório de separação de bens. 
 Para valer contra terceiros, o pacto deve ser registrado “em livro especial, 
 pelo oficial do Registro de imóveis do domicílio dos cônjuges" (CC, art. 1.657). 
 Ele possui inequivocamente, natureza contratual e quando anulável, pode ser 
 confirmado, mesmo após o casamento, retroagindo a confirmação à data da 
 solenidade matrimonial. 
 Nessa consonância, as estipulações permitidas são as de caráter econômico, 
 uma vez que os direitos conjugais, paterno e maternos, são normatizados, não 
 deixando a sua estruturação e disciplina à mercê da vontade dos cônjuges. 
 É conhecido como regime legal ou supletivo. Este prevalecerá se os noivos 
 não firmarem pacto antenupcial. 
 Neste regime, excluem-se da união: 
 Os bens que cada cônjuge possuir antes de casar, e os que lhe vierem durante o 
 casamento, por doação ou sucessão, os bens adquiridos com valores 
 exclusivamente pertencentes a um dos cônjuges; as obrigações anteriores ao 
 casamento; as obrigações provenientes de atos ilícitos, salvo em reversão em 
 proveito do casal; os bens de uso pessoal, os livros e instrumentos de profissão; os 
 proventos do trabalho pessoal de cada cônjuge; as pensões, meio-soldos, 
 montepios e outras rendas semelhantes. 
 Entram na comunhão: 
 Os bens adquiridos na constância do casamento por título oneroso, ainda 
 que só em nome de um dos cônjuges; os bens adquiridos por fato eventual; os bens 
 adquiridos por doação, herança ou legado, em favor de ambos os cônjuges, as 
 benfeitorias em bens particulares de cada cônjuge e os frutos dos bens comuns ou 
 dos particulares de cada cônjuge. Estipulada a separação de bens, estes 
 permanecerão sob a administração exclusiva de cada um dos cônjuges. Ambos os 
 cônjuges são obrigados a contribuir para as despesas do casal na proporçãodos 
 rendimentos de seu trabalho e de seus bens, salvo estipulação em contrário no 
 pacto antenupcial. (Código Civil - artigos 1.653 a 1.688).

Continue navegando