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UNP - UNIVERSIDADE POTIGUAR ESCOLA DE DIREITO DIREITO DAS FAMÍLIAS - PROFESSORA VIVIAN BARROSO ILZE MONIQUE DE FRANÇA OLIVEIRA - 201907747 INGRID PESSOA VIEIRA - 201903797 JÉSSICA RAYANE ROCHA DO NASCIMENTO - 201917368 ATIVIDADE AVALIATIVA - UNIDADE 1 NATAL 2022 ILZE MONIQUE DE FRANÇA OLIVEIRA - 201907747 INGRID PESSOA VIEIRA - 201903797 JÉSSICA RAYANE ROCHA DO NASCIMENTO - 201917368 ATIVIDADE AVALIATIVA - UNIDADE 1 Atividade apresentada à Universidade Potiguar – UNP, como parte dos requisitos para obtenção de nota da disciplina Direito das Famílias (7 NA-JM). Professora: Vivian Barroso. NATAL/RN 2022 UNIDADE 1- DIREITO DAS FAMÍLIAS 1- Disserte sobre os princípios constitucionais aplicáveis aos direitos das famílias. No que tange o Direito da Família, o Princípio do respeito à dignidade da pessoa humana é o mais universal, sendo ele, um macroprincípio do qual irradiam todos os demais. Tal quais: Liberdade, autonomia privada, cidadania, igualdade e solidariedade. Assim, ele constitui a base da comunidade familiar, garantindo o pleno desenvolvimento e a realização de todos os seus membros, principalmente da criança e do adolescente. (CF, art. 227) ● O art. 226 da CF., prevê o reconhecimento da família como instituição básica da sociedade e como objeto especial da proteção do estado; ● A existência e permanência do casamento, civil ou religioso, como base, embora sem exclusividade, da família; ● A competência da lei civil para regular os requisitos, celebração e eficácia do casamento e sua dissolução; ● A igualdade jurídica dos cônjuges: No que se refere aos seus direitos e deveres, estabelecidos no art. 226, § 5º da CF., verbis: “Os direitos e deveres referentes à sociedade conjugal são exercidos igualmente pelo homem e pela mulher”, tal regulamentação instituída no aludido dispositivo acaba com o poder marital e com o sistema de encapsulamento da mulher, restrita a tarefas domésticas e a procriação. ● O reconhecimento, para fins de proteção do estado, da entidade familiar formada pela união estável de homem e mulher, assim como da comunidade formada por qualquer dos pais e seus descendentes, de acordo com os § 3º e 4º do Art. 226 da CF. ● A possibilidade de dissolução do vínculo matrimonial pelo divórcio (CF 226 § 6. º): Para adequação dos referidos lapsos temporais, combinado com o fim da separação judicial é que adveio a Emenda Constitucional nº 66, promulgada em 13 de julho de 2010, conforme esclarece Rodrigo da Cunha Pereira: “O casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio, sendo suprimido o requisito da prévia separação judicial por mais de um ano ou de comprovada separação de fato por mais de dois anos, extirpando o anacrônico instituto da separação judicial, bem eliminando a discussão de culpa pelo fim do casamento.” (PEREIRA, 2013, p. 33). Superado o breve histórico do divórcio no Brasil, passemos à análise da dissolução do casamento antes e depois da Emenda Constitucional nº 66/2010 e ao discutido instituto da separação judicial, ● O direito de constituição e planejamento familiar: No que se refere aos seus direitos e deveres, estabelecidos no art. 226, §7º:“Fundado nos princípios da dignidade da pessoa humana e da paternidade responsável, o planejamento familiar é livre decisão do casal, competindo ao Estado propiciar recursos educacionais e científicos para o exercício desse direito, vedada qualquer forma coercitiva por parte de instituições oficiais ou privadas”. (Lei n.9.263, de 12;01;1996 - Planejamento Familiar) ● A igualdade jurídica de todos os filhos: Consubstanciado no art. 227 § 6.º da CF., que assim dispõe: “Os filhos, havidos ou não da relação do casamento, ou por adoção, terão os mesmos direitos e qualificações, proibidas quaisquer designações discriminatórias relativas à filiação". O dispositivo em apreço estabelece absoluta igualdade entre todos os filhos, não admitindo mais a retrógada distinção entre filiação legítima ou ilegítima, segundo os pais fossem casados ou não, e adoção que exista no CC de 1916. Tal princípio não admite distinção entre filhos legítimos, naturais e adotivos quanto a quaisquer questões existentes, seja dentro ou fora do casamento, vedando totalmente designações discriminatórias relativas à filiação. ● A proteção da infância, com o reconhecimento de direitos fundamentais à criança, ao adolescente e ao jovem, e responsabilidade da família, da sociedade e do estado por sua observância: Art. 227 da CF., É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. ● A atribuição aos pais do dever de assistência, criação e educação dos filhos: Art. 229 da CF.: “Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade”. (Dever de sustento, guarda e educação dos filhos menores: Art. 22 da Lei n.8.069, de 13/07/1990.) ● A proteção do idoso: Art. 230 da CF: A família, a sociedade e o Estado têm o dever de amparar as pessoas idosas, assegurando sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade e bem-estar e garantindo-lhes o direito à vida. (Política Nacional do Idoso: Lei n.8.842. de 04/01/1994, regulamentada pelo Decreto n.1948 de 03/07;1996 e Estatuto do Idoso: Lei n.10.741, de 01/10/2003). 2- Disserte sobre os conceitos multifacetados de família e suas diversas formas de composição. O conceito de família abrange diversas formas de relações, indo muito mais além da relação homem-mulher e, para tutelar os direitos de tais relações, as diversas formas de composição, sendo estas biologicamente ou afetivamente, têm sido previstas em lei. É importante ressaltar, que a evolução da sociedade tem influência direta nos costumes sociais e, para os diversos modelos familiares, alguns formações têm nomenclaturas próprias, onde podemos citar: A família formada pelo casamento, chamada também de família formal , é a constituída por homem e mulher, que assumem entre si o consórcio, um negócio jurídico formal e cerimonioso amparado pelo Código Civil; Já a família informal é aquela que já existia, porém não era prevista legalmente, refere-se a família que é constituída pelas relações pessoais não formais como no casamento. A união estável é o nome dado a união nesse formato e, em virtude dessa formação familiar ser cada vez mais frequente, o Artigo 1,723 abarca acerca da União Estável: “é reconhecida como entidade familiar a união estável entre o homem e a mulher, configurada na convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição de família.”; Outro formato de família, expressa na Constituição Federal de 88, em seu artigo 226: “ entende-se,também, como entidade familiar a comunidade formada por qualquer dos pais e seus descendentes”, refere-se à Família Monoparental , onde esse surgimento pode ser uma realidade frequente, com as mais diversas maneiras de surgimento, seja por falecimento de uma das partes, separação onde um torna-se titular, não reconhecimento paterno, uma gestação independente, adoção dentre outros motivos que resultam em uma família monoparental. Já a família onde não há a presença de nenhum pai ou mãe, a família formada apenas por irmãos, denomina-se Família Anaparental, a ausência dos genitores não excluem o conceito de família, a família é constituída sem um ascendente, desde que sejam constatados vínculos que remetem à família; A Família reconstituída trata-se da família formada por pessoas provenientes de famílias formais ou informais e, estabelecem uma nova relação afetiva com outrem, criando novos laços e relações familiares. Nesse contexto familiar, é comum a presença de Padrastos, Madrastas e Enteados, e o Artigo 1.595 expressa que: “cada cônjuge ou companheiro é aliado aos parentes do outro pelo vínculo de afinidade”. Esse novo arranjo familiar não exclui o anterior biológico, apenas criam-se novos vínculos afetivos; Formada por uma única pessoa, a Família Unipessoal também é uma forma de composição familiar e, embora seja um pouco inusual, esse termo é importante para tutelar direitos de bens de família à pessoas solteiras, viúvas e separadas; Apesar de no Brasil a bigamia ser crime, na realidade é possível existir um arranjo onde um dos cônjuges participa também de uma segunda família, a este tipo de relação dá-se o nome de Família Paralela ; Por fim, a Família Eudemonista é um dos arranjos familiares que deixam mais evidente que, a afetividade é também um valor jurídico, é considerada uma família eudemonista uma família formada por pessoas que não possuem vínculo biológico ou formal, mas sim pela convivência. Para um bom entendimento, esse tipo de relação é comum a formação de amigos que dividem um apartamento, despesas e afetos, criando laços de irmandade. 3- Maria nasceu com o diagnóstico de síndrome de Down; aos 21 anos, conheceu Afonso e decidiu casar. Os pais de Maria declararam que somente autorizam o casamento se o mesmo for celebrado sob o regime da separação convencional de bens, tendo em vista que a família é possuidora de uma grande fortuna e Afonso é de origem humilde Disserte sobre a possibilidade jurídica do casamento e qual regime poderá ser adotado para a situação exposta. Maria, portadora da síndrome de Down, é considerada absolutamente capaz de exercer os seus atos da vida civil. Visto que, o Estatuto da Pessoa com Deficiência, através da lei número 13146/2015, retirou os deficientes do rol das pessoas relativas ou absolutamentes incapazes, como também afirmou que a deficiência não afeta a plena capacidade civil, como obsta no artigo 6 da referida lei: “ a deficiência não afeta a plena capacidade civil da pessoa, inclusive para: I- “casar-se e constituir-se união estável” Sendo assim, só em situações excepcionais, quando não for possível ao deficiente manifestar sua vontade, é que este poderá sofrer limitação da sua capacidade. Ainda assim, essa limitação só poderá ser atingida na esfera de direitos patrimoniais, não podendo o curador restringir direitos da personalidade do curatelado, como por exemplo, o direito de casar. Maria, poderá escolher o seu regime de bens e se necessário comunicar sua intenção por meio de um curador ou um representante. 4- Lídia casou-se com José pelo regime de comunhão parcial de bens e, já casados, Lídia comprou e quitou um veículo. Na constância do casamento, José chegou a ser condenado civilmente em danos morais por lesão corporal à terceira pessoa. A vítima da agressão, na execução da sentença, pediu a penhora de Lídia do carro, já que não encontrou nenhum bem em nome de José para garantir a condenação. De acordo com o regime proposto, cabe a penhora? Justifique. Na situação citada acima, cabe penhora, pois, Lídia e José são casados em comunhão parcial de bens, sendo assim, estes têm compartilhamento em igual proporção de todos os bens adquiridos após a união, assim, independente de o bem ser registrado em nome de Lídia, a José este também pertence. 5- Quais tipos de casamento existem no Código Civil? Com finalidade em estabelecer comunhão plena de vida, conforme o Código Civil 1.511, o casamento é uma celebração jurídica que dele se origina a relação matrimonial. O estado admite duas formas dessa celebração: o casamento civil (CC 1.512) e o religioso (CC 1.515 e 1.516). No Brasil, embora apenas três tipos de casamento sejam mais utilizados e comuns, há cinco regimes distintos previstos pelo Código Civil, são eles: ● Comunhão Parcial de Bens ; Nele, os bens adquiridos antes do casamento não se comunicam entre os cônjuges, assim como doações e heranças. Mas, os os bens adquiridos durante a união passam a ser patrimônio comum do casal. Sobre os bens comuns, cada cônjuge terá sua parte no patrimônio, que é dividido igualmente, 50% para cada. ● Comunhão Universal de Bens; Nesse regime, os bens adquiridos antes e durante o casamento se comunicam entre os cônjuges, inclusive doações e heranças, formando um patrimônio comum ao casal. O casal que opta pelo regime de comunhão universal de bens deve saber que todos os bens, adquiridos antes ou depois do casamento (de forma onerosa ou gratuita), serão comuns a ambos, não importando se registrado o bem em nome de apenas um deles. ● Participação final nos aquestos; Este regime funciona como uma mescla do regime de separação de bens e da comunhão parcial de bens. Durante o matrimônio, prevalecem as regras de uma separação de bens . Nessa primeira fase, não ocorre a comunicação dos bens que forem adquiridos de forma onerosa.Se eventualmente existir divórcio ou falecimento de um dos cônjuges, haverá uma segunda fase, que equivale a uma comunhão parcial de bens. Nesse caso, deve-se estabelecer uma apuração de haveres a fim de verificar quanto cada cônjuge recebeu durante o casamento. Após o levantamento das informações, cada um dos dois receberá a metade do que o outro adquiriu durante o casamento. ● Separação de Bens; No regime de separação de bens, os bens adquiridos antes e durante o casamento não se comunicam entre os cônjuges. Dessa forma, o casal escolhe, ainda em vida, como ocorrerá a distribuição dos bens adquiridos durante o período do casamento. O Código Civil impõe que, neste regime de casamento, os dois cônjuges contribuam para as despesas do casal na proporção dos seus rendimentos, a não ser que ajustem de modo diverso, o que poderá ser feito no pacto antenupcial. No caso de sucessão, ocorre uma situação distinta. O cônjuge sobrevivente não é meeiro, uma vez que não há bens comuns, entretanto, concorre com os demais herdeiros nos seus bens. Logo, o cônjuge se torna herdeiro em uma possível sucessão. ● Separação Obrigatória de Bens: Este regime nada mais é do que a obrigação de aderir a separação convencional de bens em algumas situações específicas, como, por exemplo, nos casos de cônjuge com mais de 70 anos e quem precisa de suprimento judicial para casar. Neste caso, acontece quando quem pretende casartem mais de 16 anos e menos de 18 anos e um dois pais (ou os dois) não concorda com o casamento. Neste caso, o juiz analisa a questão e autoriza o matrimônio em sentença judicial, dispensando a autorização dos pais. Na sucessão por morte, a diferença da separação de bens convencional é que, nesta modalidade, caso haja filhos do falecido, o cônjuge sobrevivente não é herdeiro. No entanto, havendo apenas os pais, concorrerá com estes em iguais proporções e, caso não haja filhos ou pais, o cônjuge tem direito a totalidade da herança. Ademais, no que tange às espécies de casamento, alguns exemplos delas são os casamentos: · ● NUNCUPATIVO OU IN EXTREMIS: O casamento realizado quando um dos nubentes está em iminente risco de morrer (CC. 1.540 a 1.542); é necessária a presença de seis testemunhas que não tenham parentesco (em linha reta ou colateral, até segundo grau) com os nubentes; nele, no prazo de 10 dias, as testemunhas devem confirmar o casamento perante a autoridade judicial que, antes de mandar registrar o casamento, deve proceder a uma verdadeira investigação; todo esse procedimento é dispensável se o enfermo convalescer e ratificar o casamento na presença da autoridade competente e do oficial do registro. ● PUTATIVO Trata-se do casamento nulo ou anulável, mas contraído de boa-fé por um ou por ambos os cônjuges (cc. 1.561). Já quanto ao cônjuge que agiu de má-fé, por ter ciência da causa nulificante do casamento, o efeito da anulação é ex tunc, retroage à data da celebração, é como se o casamento não tivesse existido. ● HOMOSSEXUAL A lei maria da penha (l11.340/06) alargou o conceito de família para albergar as uniões homoafetivas, a partir da decisão do STF., que assegurou às uniões homoafetivas os mesmos direitos e deveres da união estável, passou a ocorrer a conversão da união estável em casamento, o STJ e admitiu a habilitação para o casamento e resolução do CNJ. impediu que fosse negado acesso ao casamento entre pessoas do mesmo sexo, salvo resolução nº 175 de 14/05/2013. ● CONSULAR É o casamento do Brasileiro realizado no estrangeiro, perante uma autoridade consular brasileira. O cidadão Brasileiro que reside no exterior tem a opção de casar conforme a lei pátria, no consulado, caso não queira sujeitar-se à legislação local; o casamento deve ser submetido a registro, no prazo de 180 dias, a contar da volta de um ou de ambos os cônjuges ao país; registro é feito no cartório do domicílio dos nubentes ou, se não tiverem domicílio certo, no 1.º ofício da capital do estado em que passarem a residir (CC. 1.544). ● DE ESTRANGEIROS A lei de introdução às normas do direito Brasileiro (LINDB 7.º) estabelece que a legislação do país onde está domiciliada a pessoa determina as regras gerais sobre direito das famílias, para a validade do casamento de estrangeiros no Brasil, vindo o casal a fixar residência aqui, é necessário o registro da certidão do casamento, com a devida tradução e a autenticação pelo agente consular brasileiro (LRP 32). A conversão da união estável em casamento a possibilidade de converter a união estável em casamento é assegurada constitucionalmente (CF.226 § 3º), de forma singela, a lei civil (CC. 1 .726) limita-se a dizer que o pedido deve ser formulado em juízo, com posterior assento no registro civil. ● DA CAPACIDADE A maior idade acontece aos 18 anos, a partir desta idade as pessoas podem livremente casar e escolher o regime de bens, mas é permitido o casamento a partir dos 16 anos (CC; 1.517), é a chamada idade núbil. Dos 16 até os 18 anos as pessoas são relativamente incapazes (CC. 4. º) e precisam ser assistidas para os atos da vida civil. Até completarem a maioridade civil, é necessária autorização dos pais para casar (cc. 1 .634 III). No entanto, se o filho estiver emancipado, não é necessário a autorização dos genitores. 6- Conceitue o pacto antenupcial e suas principais características? É nele que é feita a escolha do regime de bens, se este não foi feito, ou for nulo ou ineficaz, “vigorará, quanto aos bens entre os cônjuges, o regime da comunhão parcial” (CC, ART. 1.640, CAPUT), por isso também chamado de regime legal ou supletivo, tendo em vista que a lei supre o silêncio das partes. O pacto antenupcial consiste em um contrato solene e condicional, por meio do qual os nubentes dispõe sobre o regime de bens que vigorará entre ambos, após o casamento. Solene, porque será nulo se não for feito por escritura pública, uma vez que não é possível convencionar o regime matrimonial mediante simples instrumento particular ou no termo do casamento, pois o instrumento público é exigido ad solemnitatem. E condicional, porque só terá eficácia se o casamento se realizar. Caducará, sem necessidade de qualquer intervenção judicial, se um dos nubentes vier a falecer ou se contrair matrimônio com outra pessoa. O art. 1.653 do CC, proclama, efetivamente que: “É nulo o pacto antenupcial se não for feito por escritura pública e ineficaz se não lhe seguir o casamento”. A capacidade para celebração da aludida convenção é a mesma exigida para o casamento, podendo o pacto nupcial ser realizado por menor, sua eficácia fica condicionada à aprovação de seu representante legal, salvo as hipóteses de regime obrigatório de separação de bens. Para valer contra terceiros, o pacto deve ser registrado “em livro especial, pelo oficial do Registro de imóveis do domicílio dos cônjuges" (CC, art. 1.657). Ele possui inequivocamente, natureza contratual e quando anulável, pode ser confirmado, mesmo após o casamento, retroagindo a confirmação à data da solenidade matrimonial. Nessa consonância, as estipulações permitidas são as de caráter econômico, uma vez que os direitos conjugais, paterno e maternos, são normatizados, não deixando a sua estruturação e disciplina à mercê da vontade dos cônjuges. É conhecido como regime legal ou supletivo. Este prevalecerá se os noivos não firmarem pacto antenupcial. Neste regime, excluem-se da união: Os bens que cada cônjuge possuir antes de casar, e os que lhe vierem durante o casamento, por doação ou sucessão, os bens adquiridos com valores exclusivamente pertencentes a um dos cônjuges; as obrigações anteriores ao casamento; as obrigações provenientes de atos ilícitos, salvo em reversão em proveito do casal; os bens de uso pessoal, os livros e instrumentos de profissão; os proventos do trabalho pessoal de cada cônjuge; as pensões, meio-soldos, montepios e outras rendas semelhantes. Entram na comunhão: Os bens adquiridos na constância do casamento por título oneroso, ainda que só em nome de um dos cônjuges; os bens adquiridos por fato eventual; os bens adquiridos por doação, herança ou legado, em favor de ambos os cônjuges, as benfeitorias em bens particulares de cada cônjuge e os frutos dos bens comuns ou dos particulares de cada cônjuge. Estipulada a separação de bens, estes permanecerão sob a administração exclusiva de cada um dos cônjuges. Ambos os cônjuges são obrigados a contribuir para as despesas do casal na proporçãodos rendimentos de seu trabalho e de seus bens, salvo estipulação em contrário no pacto antenupcial. (Código Civil - artigos 1.653 a 1.688).
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