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HIPERSENSIBILIDADE TIPOS II, III E IV

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MECANISMOS E CLASSIFICAÇÃO 
DAS REAÇÕES DE 
HIPERSENSIBILIDADE 
As doenças de hipersensibilidade são 
geralmente classificadas de acordo 
com o tipo de resposta imune e o 
mecanismo efetor responsável pela 
lesão celular e tecidual 
HIPERSENSIBILIDADE MEDIADA POR 
ANTICORPOS (TIPO II) 
Anticorpos IgG e IgM específicos para 
antígenos da superfície celular ou da 
matriz extracelular podem causar 
lesão tecidual ativando o sistema 
complemento, recrutando células 
inflamatórias e interferindo nas 
funções celulares normais. 
HIPERSENSIBILIDADE MEDIADA POR 
IMUNOCOMPLEXOS (TIPO III) 
Anticorpos IgM e IgG específicos para 
antígenos solúveis no sangue formam 
complexos com antígenos, e esses 
imunocomplexos podem se depositar 
nas paredes dos vasos sanguíneos 
em vários tecidos, causando 
inflamação, trombose e lesão tecidual. 
HIPERSENSIBILIDADE MEDIADA POR 
CÉLULAS T (TIPO IV) 
Nesses distúrbios, a lesão tecidual 
pode ser causada por linfócitos T, que 
 
 
 
induzem inflamação ou matam 
diretamente as células-alvo. 
Em muitas dessas doenças, o principal 
mecanismo envolve a ativação de 
células T auxiliares CD4 + , as quais 
secretam citocinas que promovem 
inflamação e ativam leucócitos, 
principalmente neutrófilos e 
macrófagos. Os linfócitos T citotóxicos 
(CTLs) contribuem para a lesão 
tecidual em algumas doenças 
DOENÇAS CAUSADAS POR 
ANTICORPOS 
Doenças mediadas por anticorpos são 
decorrentes da ligação de anticorpos 
a antígenos em determinadas células 
ou tecidos extracelulares ou, ainda, 
em consequência da formação de 
complexos antígeno-anticorpo na 
circulação com subsequente 
deposição nas paredes dos vasos. 
Os anticorpos produzidos contra 
antígenos celulares ou teciduais 
causam doenças que afetam 
especificamente as células ou tecidos 
onde esses antígenos estão 
presentes e, desse modo, estas 
doenças são frequentemente órgão-
específicas e não sistêmicas. 
 
Ao contrário, as manifestações das 
doenças causadas por 
imunocomplexos refletem o local da 
deposição desses imunocomplexos e 
não são determinadas pela fonte 
celular do antígeno. Dessa maneira, as 
doenças mediadas por 
imunocomplexos tendem a ser 
sistêmicas e afetam múltiplos órgãos 
e tecidos, embora alguns sejam 
particularmente suscetíveis, como os 
rins e as articulações 
DOENÇAS CAUSADAS POR 
ANTICORPOS CONTRA CÉLULAS 
FIXAS E ANTÍGENOS TECIDUAIS 
Os anticorpos contra antígenos de 
tecidos produzem doença por três 
mecanismos principais: 
OPSONIZAÇÃO E FAGOCITOSE 
Os anticorpos que se ligam a 
antígenos da superfície celular podem 
opsonizar diretamente as células ou 
ativar o sistema complemento, 
resultando na produção de proteínas 
do complemento que opsonizam as 
células. Essas células opsonizadas são 
fagocitadas e destruídas pelos 
fagócitos que expressam receptores 
para a porção Fc dos anticorpos IgG 
e receptores para proteínas do 
complemento 
 
 
INFLAMAÇÃO 
Os anticorpos depositados nos tecidos 
ativam o complemento, levando à 
liberação de produtos de clivagem, 
como o C5a e o C3a, que recrutam 
neutrófilos e macrófagos. Esses 
leucócitos expressam receptores para 
Fc e receptores para complemento 
que ligam anticorpos ou proteínas 
ligadas do complemento. Os leucócitos 
são ativados pela sinalização dos 
receptores (particularmente 
receptores Fc), enquanto produtos de 
leucócitos (incluindo enzimas 
lisossomais e espécies reativas de 
oxigênio) são liberados e produzem 
lesão tecidual 
 
FUNÇÕES CELULARES ANORMAIS 
Os anticorpos que se ligam a 
receptores celulares normais ou 
outras proteínas podem interferir 
com as funções desses receptores 
ou proteínas e causar doença sem 
inflamação ou dano tecidual. Por 
exemplo, anticorpos específicos 
contra o receptor do hormônio 
estimulador da tireoide ou contra o 
receptor nicotínico da acetilcolina 
provocam anormalidades funcionais 
que levam à doença de Graves e à 
miastenia grave, respectivamente 
Os anticorpos que causam doenças 
específicas de células ou de tecidos 
são geralmente autoanticorpos 
produzidos como parte de uma 
reação autoimune, mas, algumas 
vezes, são anticorpos específicos para 
microrganismos 
Menos frequentemente, os anticorpos 
podem ser produzidos contra um 
antígeno estranho (p. ex.: microbiano) 
que, imunologicamente, reagem de 
forma cruzada com um componente 
dos tecidos próprios. Em uma rara 
sequela de infecção estreptocócica 
conhecida como febre reumática, os 
anticorpos produzidos contra as 
bactérias reagem de forma cruzada 
com antígenos do coração, 
depositam-se neste órgão e causam 
inflamação e dano tecidual. 
 
DOENÇA DE GRAVES: 
HIPERTIREOIDISMO 
Ocorre a formação de anticorpos 
contra o receptor do hormônio TSH, 
o que ativa a produção do TSH pela 
hipófise e impede o feedback (-) 
hormonal, de forma a causar o 
hipertireoidismo 
 
MIASTENIA GRAVIS 
Ocorre a formação de auto 
anticorpos contra o receptor da 
acetilcolina, o que bloqueia a 
transmissão neuromuscular e leva à 
flacidez muscular 
Tratamento ocorre por droga 
imunossupressora 
 
DOENÇAS MEDIADAS POR 
IMUNOCOMPLEXOS 
Os imunocomplexos que causam 
doença podem ser compostos por 
anticorpos ligados a autoantígenos ou 
a antígenos estranhos. 
 
MODELOS EXPERIMENTAIS DE 
DOENÇAS MEDIADAS POR 
IMUNOCOMPLEXOS 
DOENÇA DO SORO 
Muito do conhecimento atual sobre 
doenças causadas por 
imunocomplexos está baseado em 
análises de modelos experimentais da 
doença do soro. A imunização de um 
animal (p. ex.: um coelho) com uma 
alta dose de um antígeno proteico 
estranho leva à formação de 
anticorpos contra o antígeno. Esses 
anticorpos ligam-se e formam 
complexos com o antígeno circulante, 
e os complexos são inicialmente 
removidos por macrófagos no fígado 
e no baço. 
À medida que mais e mais complexos 
antígeno-anticorpo são formados, 
alguns deles depositam-se em leitos 
vasculares. Nesses tecidos, os 
complexos induzem inflamação rica 
em neutrófilos pela ativação da via 
clássica do complemento e pelo 
acoplamento a receptores Fc em 
leucócitos 
Como os complexos são 
frequentemente depositados em 
pequenas artérias, glomérulos renais e 
sinóvia das articulações, as 
manifestações clínicas e patológicas 
mais comuns são vasculite, nefrite e 
artrite. Os sintomas clínicos são 
geralmente de curta duração, e as 
lesões se curam a menos que o 
antígeno seja injetado novamente. 
Esse tipo de doença é um exemplo 
de doença do soro aguda 
 
PATOGÊNESE DAS DOENÇAS 
MEDIADAS POR IMUNOCOMPLEXOS 
A quantidade de imunocomplexos 
depositados nos tecidos é 
determinada pela natureza dos 
complexos e pelas características dos 
vasos sanguíneos. Os complexos 
antígeno-anticorpo são gerados 
durante as respostas imunes normais, 
mas somente causam doença quando 
são produzidos em quantidades 
excessivas, não são eficientemente 
removidos e se depositam nos 
tecidos. Pequenos complexos não são 
normalmente fagocitados e tendem a 
se depositar nos vasos em maior 
proporção do que os grandes 
complexos, geralmente removidos 
pelos fagócitos 
Logo, aqueles menores geralmente 
produzem lesão tecidual grave e de 
longa duração. 
Os imunocomplexos depositados nas 
paredes dos vasos e nos tecidos 
ativam os leucócitos e mastócitos que 
secretam citocinas e mediadores 
vasoativos. Esses mediadores podem 
ampliar a deposição dos 
imunocomplexos nas paredes dos 
vasos pelo aumento da 
permeabilidade vascular e do fluxo 
sanguíneo. O principal mecanismo de 
lesão tecidual nas doenças causadas 
por imunocomplexos é a inflamação 
no interior das paredes dos vasos 
sanguíneos, resultando em ativação 
do complemento e ligação de 
receptores Fc presentes nos 
leucócitos aos anticorpos dos 
complexos depositados 
Muitas doenças imunológicas 
sistêmicas em seres humanos são 
causadas pela deposição de 
imunocomplexos nos vasos 
sanguíneos.. O lúpus eritematoso 
sistêmico (LES) é uma doença 
autoimunena qual complexos 
constituídos de antígenos nucleares e 
anticorpos depositam-se nos vasos 
sanguíneos dos glomérulos renais, 
pele e muitos outros tecidos 
DOENÇAS CAUSADAS POR 
LINFÓCITOS T 
Os linfócitos T provocam lesão 
tecidual pela produção de citocinas 
que induzem inflamação ou pela 
destruição direta das células-alvo. As 
reações inflamatórias são 
desencadeadas principalmente por 
células T CD4 + das subpopulações 
Th1 e Th17. Em algumas doenças 
mediadas por células T, o principal 
mecanismo de lesão tecidual é o 
killing de células pelos CTLs CD8 + . 
As células T que causam lesão 
tecidual podem ser autorreativas ou 
específicas para os antígenos 
proteicos estranhos que estão 
presentes ou ligados às células ou 
tecidos. A lesão tecidual mediada por 
linfócitos T também pode ser 
acompanhada de fortes respostas 
imunes protetoras contra 
microrganismos persistentes 
 
DOENÇAS CAUSADAS PELA 
INFLAMAÇÃO MEDIADA POR 
CITOCINAS 
Na inflamação imunomediada, as 
células Th1 e Th17 secretam citocinas 
que recrutam e ativam leucócitos. A 
IL-17, produzida por células Th17, 
promove o recrutamento de 
neutrófilos; o interferon-γ (IFN-γ), 
produzido por células Th1, ativa 
macrófagos; e o fator de necrose 
tumoral (TNF) e as quimiocinas, 
produzidos pelos linfócitos T e células 
da imunidade inata (tais como células 
dendríticas e macrófagos), estão 
envolvidos no recrutamento e 
ativação de muitos tipos de leucócitos 
A lesão tecidual resulta de produtos 
dos neutrófilos e macrófagos 
recrutados e ativados, tais como 
enzimas lisossomais e as espécies 
reativas de oxigênio. As citocinas 
produzidas por linfócitos e macrófagos 
ativados estimulam o recrutamento de 
mais leucócitos e a inflamação, assim 
propagando a lesão. As células 
endoteliais vasculares nas lesões 
podem expressar níveis aumentados 
de proteínas de superfície reguladas 
por citocinas, tais como moléculas de 
adesão e moléculas do MHC de classe 
II. 
A hipersensibilidade do tipo tardio 
(DTH) é um exemplo dessas reações 
inflamatórias e será descrita mais 
adiante. As reações inflamatórias 
crônicas frequentemente produzem 
fibrose como resultado da secreção 
de citocinas e de fatores de 
crescimento por macrófagos e células 
T. Muitas doenças autoimunes órgão-
específicas são causadas pela ativação 
de células T autorreativas por 
autoantígenos, levando à liberação de 
citocinas e inflamação. Acredita-se que 
esse seja o principal mecanismo 
subjacente da artrite reumatoide, da 
esclerose múltipla, do diabetes tipo 1, 
da psoríase e de outras doenças 
autoimunes 
As reações de células T específicas 
para microrganismos e outros 
antígenos estranhos também podem 
levar à inflamação e à lesão tecidual. 
A tuberculose é um bom exemplo de 
uma doença infecciosa na qual a lesão 
tecidual se deve, principalmente, à 
resposta imune do hospedeiro. 
Acredita-se que as respostas de 
células T contra bactérias intestinais 
constituam a base de muitas formas 
de enteropatias inflamatórias. 
Uma variedade de doenças cutâneas, 
chamadas sensibilidade de contato, 
resultam da exposição tópica a 
produtos químicos e antígenos 
ambientais. Essas doenças são 
causadas por reações inflamatórias 
provavelmente desencadeadas por 
neoantígenos formados pela ligação 
de produtos químicos a proteínas 
próprias, incluindo moléculas do MHC. 
Ambas as células T, CD4 + e CD8 + , 
podem ser a fonte de citocinas nas 
reações de sensibilidade de contato. 
Exemplos de hipersensibilidade de 
contato incluem erupções cutâneas 
induzidas por hera venenosa e 
carvalho venenoso 
 
A reação inflamatória clássica mediada 
por células T é chamada de 
hipersensibilidade do tipo tardio 
HIPERSENSIBILIDADE DO TIPO 
TARDIO (DTH) 
A DTH é uma reação inflamatória 
prejudicial mediada por citocinas 
resultante da ativação de células T, 
particularmente das células T CD4 + . 
A reação é chamada tardia porque se 
desenvolve tipicamente 24 a 48 
horas após o desafio antigênico em 
indivíduos previamente imunizados 
(sensibilizados), em contraste com as 
reações de hipersensibilidade imediata 
(alérgicas), que se desenvolvem em 
minutos 
A deposição de fibrina, o edema e o 
acúmulo de células T e de monócitos 
no espaço extravascular do tecido em 
torno do local da injeção promovem 
o inchaço do tecido, que se torna 
firme (endurecido). 
Na prática clínica, a perda de 
respostas de DTH para antígenos 
universalmente encontrados (p. ex.: 
antígenos de Candida) é uma 
indicação de deficiência da função das 
células T, uma condição conhecida 
como anergia. 
Embora a DTH tenha sido 
tradicionalmente considerada uma 
reação prejudicial Th1–mediada, outras 
células T podem contribuir para a 
inflamação. Em algumas lesões de 
DTH, os neutrófilos são proeminentes, 
sugerindo o envolvimento de células 
Th17. Em infecções por alguns 
parasitas helmínticos, as reações 
contra os ovos do parasita elicitam 
uma DTH com forte componente de 
eosinófilos. Nesses casos, foi 
demonstrado um papel para as 
citocinas Th2. 
As células T CD8 + também 
produzem IFN-γ e contribuem para 
as reações de DTH, especialmente na 
pele. De fato, nas reações de DTH 
cutâneas, como a hipersensibilidade de 
contato, a célula T dominante é 
frequentemente da subpopulação 
CD8 + . As reações crônicas de DTH 
podem se desenvolver se uma 
resposta Th1 a uma infecção ativar os 
macrófagos, mas falhar em eliminar os 
microrganismos fagocitados 
 
A DTH crônica, como exemplificada 
pela inflamação granulomatosa, é 
causada por sinais prolongados de 
citocinas. Nessas reações, as células T 
e os macrófagos ativados continuam a 
produzir citocinas e fatores de 
crescimento que amplificam as 
reações de ambos os tipos celulares e 
modificam progressivamente o 
ambiente local do tecido. O resultado 
é um ciclo de lesão tecidual e 
inflamação crônica, seguido por 
substituição por tecido conectivo 
(fibrose). 
Em reações crônicas de DTH, os 
macrófagos ativados também sofrem 
alterações em resposta a sinais 
persistentes de citocinas. Esses 
macrófagos desenvolvem citoplasma 
e organelas citoplasmáticas 
aumentados e, histologicamente, 
podem se assemelhar às células 
epiteliais cutâneas, motivo pelo qual 
são muitas vezes chamados células 
epitelioides. Os macrófagos ativados 
podem se fundir para formar as 
células gigantes multinucleadas. A 
inflamação granulomatosa é uma 
tentativa de conter a infecção, mas 
também é a causa de lesão tecidual 
significativa e prejuízo funcional. 
 
TESTE PPD 
Há medição apenas da região dura, 
causada pela deposição de fibrilina, 
cuja leitura é realizada 48 a 72 horas 
após a aplicação. 
O resultado deve levar em conta 
alguns critérios como idade do 
paciente, imunodepressão (ex. HIV), 
vacinação com BCG, dentre outros. 
 
DOENÇAS CAUSADAS POR 
LINFÓCITOS T CITOTÓXICOS 
As respostas de CTLs à infecção viral 
podem levar à lesão tecidual em 
decorrência do killing de células 
infectadas, mesmo se o vírus por si 
só não induzir efeitos citopáticos. 
A principal função fisiológica dos CTLs 
é eliminar os microrganismos 
intracelulares, principalmente vírus, 
matando as células infectadas. 
DOENÇAS IMUNOLÓGICAS 
SELECIONADAS: PATOGÊNESE E 
ESTRATÉGIAS TERAPÊUTICAS 
LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO 
(LES) 
O LES é uma doença autoimune 
crônica multissistêmica, remitente e 
recidivante 
As principais manifestações clínicas 
incluem erupções cutâneas, artrite e 
glomerulonefrite, mas anemia 
hemolítica, trombocitopenia e 
envolvimento do SNC também são 
comuns. Muitos autoanticorpos 
diferentes são encontrados em 
pacientes com LES. 
 
Os imunocomplexos formados a partir 
desses autoanticorpos e seus 
antígenos específicos se depositam 
em pequenas artérias e capilares em 
todo o corpo e são responsáveis por 
glomerulonefrite, artrite e vasculite. A 
anemia hemolítica e a 
trombocitopenia são causadas por 
autoanticorposcontra eritrócitos e 
plaquetas, respectivamente. 
PATOGÊNESE DO LÚPUS 
ERITEMATOSO SISTÊMICO 
O LES é uma doença complexa e 
incompletamente entendida, na qual 
fatores genéticos e ambientais 
contribuem para a quebra da 
tolerância de linfócitos B e T 
autorreativos. Entre os fatores 
genéticos, está a herança de 
determinados alelos do HLA. 
As células B autorreativas que não se 
tornam tolerantes são estimuladas por 
autoantígenos nucleares, e anticorpos 
IgG são produzidos contra esses 
antígenos. O resultado líquido é um 
ciclo de liberação de antígenos e 
imunoativação que leva à produção 
de autoanticorpos de alta afinidade 
 
NOVAS TERAPIAS PARA O LÚPUS 
ERITEMATOSO SISTÊMICO 
Ensaios clínicos estão em andamento 
no sentido de testar a eficácia de 
anticorpos contra o IFN-α ou seu 
receptor na doença, e tentativas de 
inibição dos sinais desencadeados 
pelos TLRs estão sendo consideradas. 
Tem havido grande interesse na 
depleção de células B por meio da 
utilização de um anticorpo contra 
CD20, uma proteína de superfície 
dessas células. Um anticorpo que 
bloqueia BAFF, um fator de 
crescimento de células B, foi 
recentemente aprovado para o 
tratamento de LES, embora pareça 
ter eficácia modesta. 
ARTRITE REUMATOIDE 
A artrite reumatoide é uma doença 
inflamatória que envolve pequenas e 
grandes articulações das 
extremidades, incluindo dedos das 
mãos e pés, punhos, ombros, joelhos 
e tornozelos. A doença é 
caracterizada por inflamação da 
sinóvia associada à destruição da 
cartilagem articular e óssea, com uma 
aparência morfológica indicativa de 
uma resposta imune local 
Células CD4 + Th1 e Th17, linfócitos B 
ativados, plasmócitos e macrófagos, 
bem como outras células inflamatórias 
são encontradas na sinóvia inflamada. 
Inúmeras citocinas, incluindo IL-1, IL-8, 
TNF, IL-6, IL-17 e IFN-γ, foram 
detectadas no líquido sinovial (articular). 
Acredita-se que as citocinas recrutem 
leucócitos, cujos produtos causam 
lesão tecidual, e também estimulem 
células sinoviais residentes a 
produzirem enzimas proteolíticas, tais 
como a colagenase, que medeiam a 
destruição da cartilagem, ligamentos e 
tendões das articulações. A atividade 
aumentada dos osteoclastos nas 
articulações contribui para a 
destruição óssea na artrite reumatoide 
e isso pode ser causado pela 
produção do ligante do receptor 
ativador do fator nuclear κB (RANK), 
uma citocina da família do TNF, por 
células T ativadas. O ligante de RANK 
liga-se a RANK, um membro da família 
do receptor de TNF, expresso em 
precursores de osteoclastos, induzindo 
sua diferenciação e ativação. 
Complicações sistêmicas da artrite 
reumatoide incluem vasculite, 
presumivelmente causada por 
imunocomplexos, e lesão pulmonar 
As células B ativadas e os plasmócitos 
estão frequentemente presentes na 
sinóvia das articulações afetadas. Os 
pacientes frequentemente 
apresentam anticorpos circulantes IgM 
ou IgG que reagem com as porções 
Fc (e raramente Fab) de suas 
próprias moléculas de IgG. Esses 
autoanticorpos são denominados 
fatores reumatoides e sua presença é 
utilizada como um teste diagnóstico 
para a artrite reumatoide 
PATOGÊNESE DA ARTRITE 
REUMATOIDE 
Como outras doenças autoimunes, a 
artrite reumatoide é uma doença 
complexa, na qual fatores genéticos e 
ambientais contribuem para a quebra 
de tolerância a autoantígenos 
A identificação de respostas imunes 
anti-CCP levou a novas teorias sobre 
a patogênese da artrite reumatoide. 
De acordo com um dos modelos, 
agressões ambientais, como 
tabagismo e algumas infecções, 
induzem a citrulinação de proteínas 
próprias, levando à criação de novos 
epítopos antigênicos. Como esses 
epítopos quimicamente modificados 
são neoantígenos que não estão 
normalmente presentes no 
organismo, não existe tolerância a 
esses antígenos. Os indivíduos 
portadores de alelos de HLA capazes 
de apresentar esses epítopos podem 
montar respostas de células T e de 
anticorpos contra as proteínas 
Células Th17, e talvez Th1, secretam 
citocinas que recrutam leucócitos para 
a articulação e ativam células sinoviais 
para produzir colagenases e outras 
enzimas. O resultado líquido é a 
destruição progressiva da cartilagem 
e do osso 
 
NOVAS TERAPIAS PARA A ARTRITE 
REUMATOIDE 
A principal entre essas novas terapias 
são os antagonistas de TNF, que 
transformaram o curso da doença, 
em muitos pacientes, de uma 
destruição progressiva e inexorável 
das articulações para uma inflamação 
crônica latente, porém tratável. 
A depleção de células B com 
anticorpo anti-CD20 também se 
provou eficaz, embora os 
mecanismos subjacentes a esse efeito 
não estejam bem compreendidos. 
DIABETES TIPO I 
O diabetes tipo 1, anteriormente 
chamado diabetes insulino-
dependente, é uma doença 
metabólica multissistêmica resultante 
da produção deficiente de insulina 
A doença é caracterizada por 
hiperglicemia e cetoacidose. As 
complicações crônicas do diabetes 
incluem aterosclerose progressiva das 
artérias, o que pode levar à necrose 
isquêmica dos membros e órgãos 
internos, e obstrução microvascular 
causando danos na retina, nos 
glomérulos renais e nos nervos 
periféricos. 
O diabetes tipo 1 é causado por uma 
deficiência de insulina resultante da 
destruição imunomediada das células 
β produtoras de insulina das ilhotas de 
Langerhans no pâncreas, sendo 
necessária uma terapia de reposição 
hormonal contínua 
PATOGENIA DO DIABETES TIPO I 
Vários mecanismos podem contribuir 
para destruição das células β, incluindo 
a inflamação mediada por células CD4 
+ Th1 reativas aos antígenos das 
ilhotas (incluindo a insulina), lise de 
células das ilhotas mediada por CTL, 
produção local de citocinas (TNF e IL-
1) que danificam as células das ilhotas e 
autoanticorpos contra as células das 
ilhotas. 
Nos poucos casos em que as lesões 
pancreáticas foram examinadas nas 
fases ativas iniciais da doença, as 
ilhotas exibiram necrose celular e 
infiltração linfocitária consistindo em 
células T CD4 + e CD8 + . Essa lesão 
é denominada insulite. Os 
autoanticorpos contra as células das 
ilhotas e a insulina também são 
detectados no sangue desses 
pacientes 
Há evidência de sobrevivência e 
função defeituosas das Tregs, bem 
como resistência de células T 
efetoras à supressão por Tregs. 
Outra ideia interessante que tem 
surgido com base no modelo murino 
é a modificação pós-traducional dos 
antígenos das ilhotas, podendo levar à 
criação de novos epítopos que 
elicitam respostas imunes, semelhante 
aos neoantígenos na artrite 
reumatoide 
Alguns estudos sugerem que 
infecções virais (p. ex.: com vírus 
Coxsackie B4) podem preceder o 
aparecimento do diabetes tipo 1, talvez 
por iniciarem a lesão celular, induzindo 
inflamação e expressão do 
coestimuladores, e desencadeando 
uma resposta autoimune 
 
NOVAS TERAPIAS PARA O 
DIABETES TIPO I 
As novas estratégias terapêuticas mais 
interessantes para o diabetes tipo 1 
concentram-se na indução de 
tolerância com peptídeos 
diabetogênicos derivados de 
antígenos das ilhotas (como a insulina) 
e na geração ou administração de 
Tregs aos pacientes

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