Buscar

Poder Legislativo - CPI

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

�
	CURSO: Direito
DISCIPLINA:	Direito Constitucional II
PERÍODO MINISTRADO/SEMESTRE/ANO:	2º/2014
PROFESSOR:	Juliano Vieira Alves
PODER LEGISLATIVO 3/4
COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO
�
Atualidade: Ler a decisão da Ministra Rosa Weber que determinou que a CPI da Petrobrás fosse implementada: http://www.stf.jus.br/arquivo/cms/noticiaNoticiaStf/anexo/MS_32885.pdf
	Exercício da função típica do Poder Legislativo consistente no controle parlamentar, por meio de fiscalização (MORAES, 2014, p. 439-440)
	político-administrativo
	o Legislativo poderá questionar os atos do Poder Executivo, tendo acesso ao funcionamento de sua máquina burocrática, a fim de analisar a gestão da coisa pública e, consequentemente, tomar as medidas que entenda necessárias
	financeiro-orçamentário
	"O exercício dessa função constitucional típica por parte do Congresso Nacional abrange não somente as contas de entidades públicas no âmbito dos Poderes de Estado e do Ministério Público, mas também todas as contas das pessoas físicas ou entidades públicas ou privadas que utilizem, arrecadem, guardem, gerenciem ou administrem dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária; e caracteriza-se pela sua natureza política, apesar de estar sujeito â prévia apreciação técnico-administrativa do Tribunal de Contas"
1 – REQUISITOS PARA CONSTITUIÇÃO DA CPI:
	CF: 58, §3º: As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos nos regimentos das respectivas Casas, serão criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto ou separadamente, mediante requerimento de um terço de seus membros, para a apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores.
	LODF: art. 68, §3º As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos no regimento interno, serão criadas mediante requerimento de um terço dos membros da Câmara Legislativa, para apuração de fato determinado e por prazo certo; sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público e á Procuradoria-Geral do Distrito Federal, para que promovam a responsabilidade civil, criminal, administrativa ou tributária do infrator.
2 TIPOS DE CPI:
SIMPLES: só deputados ou só senadores.
MISTA: deputados e senadores 
Limitação numérica
Art. 35, §4º do RICD: Não será criada Comissão Parlamentar de Inquérito enquanto estiverem funcionando pelo menos cinco na Câmara, salvo mediante projeto de resolução com o mesmo quorum de apresentação previsto no caput deste artigo.
O teto máximo é de cinco CPIs abertas simultaneamente nessa Casa Legislativa
min. 1/3 Dep federais (171) e ou
min. De 1/3 senadores (27)
NÃO É NECESSÁRIA A DELIBERAÇÃO PLENÁRIA – direito das minorias:
A instauração do inquérito parlamentar, para viabilizar-se no âmbito das Casas legislativas, está vinculada, unicamente, à satisfação de três exigências definidas, de modo taxativo, no texto da Carta Política: (1) subscrição do requerimento de constituição da CPI por, no mínimo, 1/3 dos membros da Casa legislativa, (2) indicação de fato determinado a ser objeto de apuração e (3) temporariedade da CPI. Preenchidos os requisitos constitucionais (CF, art. 58, § 3º), impõe-se a criação da CPI, que não depende, por isso mesmo, da vontade aquiescente da maioria legislativa. Atendidas tais exigências (CF, art. 58, § 3º), cumpre, ao presidente da Casa legislativa, adotar os procedimentos subsequentes e necessários à efetiva instalação da CPI, não lhe cabendo qualquer apreciação de mérito sobre o objeto da investigação parlamentar, que se revela possível, dado o seu caráter autônomo, ainda que já instaurados, em torno dos mesmos fatos, inquéritos policiais ou processos judiciais (MS 24.831, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 22-6-2005, Plenário, DJ de 4-8-2006).
OBJETO DELIMITADO
“...apuração de fato determinado...”: a CPI não possui poderes universais. Eles são limitados a fatos determinados se outro fato surgirem, faz-se necessário um aditamento do objeto inicial.
Nos EUA, a testemunha tem o direito de se recusar a responder o que lhe é demandado se a pergunta não tiver relação com o objeto da CPI
No Brasil, o STF também entende que o depoente não é obrigado a responder a perguntas impertinentes – ENTRETANTO, não concede o HC preventivo. O HC preventivo só é concedido para assegurar que o paciente não seja obrigado a responder a perguntas que o incriminem em razão do art. 5º, LXIII:
...no que toca a caber ou não determinada pergunta no âmbito material da investigação parlamentar, não creio possível erigir o particular intimado a depor no árbitro das limitações de uma comissão do Congresso Nacional: aí, o controle jurisdicional há de fazer-se a posteriori, caso posta a controvérsia sobre questão concreta. De resto, o que a petição pode indicar como matéria de provável questionamento estranho ao objeto da CPI é a atinente às relações entre suas empresas e a SUDAM: trata-se, contudo, nos termos da impetração mesma, de fatos a respeito dos quais será possível a invocação do privilégio constitucional contra a auto-incriminação. É dizer que, ao recusar-se a responder a dada indagação — não porque entenda que possa a resposta servir à própria inculpação, mas por entender impertinente a pergunta ao objeto da CPI — o depoente assume o risco de sua postura. Continua atual a respeito o assentado pelo Tribunal no acórdão denegatório do HC 32.678, 5-8-53, bem resumido no voto do relator, o saudoso Ministro Mário Guimarães – Revista Forense 151/375, 380: ‘Se as perguntas forem impertinentes, o paciente não é obrigado a respondê-las. Nem perante os magistrados são os réus ou testemunhas obrigados a responder a todas as questões. Mas certo deve estar que não é o seu arbítrio o juiz dessa impertinência. Para castigá-lo do silêncio, em face de perguntas legais, comina a lei a pena de um a três anos de prisão, além da multa.’ Nesses termos, defiro em parte a liminar para assegurar aos pacientes, perante a CPI referida, o direito a silenciar a respeito de tudo quanto entendam que os possa incriminar, sem que, por isso, sejam presos ou ameaçados de prisão." (HC 80.868-MC, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, decisão monocrática, julgamento em 16-4-01, DJ de 20-4-01)
O silêncio do depoente não pode ser interpretado em seu desfavor
SIGILO PROFISSIONAL
A testemunha pode se negar se sua resposta estiver protegida por sigilo profissional – 207 do CPP – advogado, jornalista, etc:
Ninguém pode escusar-se de comparecer a comissão parlamentar de inquérito para depor. Ninguém pode recusar-se a depor. Contudo, a testemunha pode escusar-se a prestar depoimento se este colidir com o dever de guardar sigilo. O sigilo profissional tem alcance geral e se aplica a qualquer juízo, cível, criminal, administrativo ou parlamentar." (HC 71.039, Rel. Min. Paulo Brossard, julgamento em 7-4-94, DJ de 14-4-94)
ADVOGADO - "Não há como exigir que o advogado preste depoimento em processo no qual patrocinou a causa de uma das partes, sob pena de violação do art. 7º , XIX , da Lei nº 8.906 /94 (Estatuto da Advocacia). 2. É prerrogativa do advogado definir quais fatos devem ser protegidos pelo sigilo profissional, uma vez que deles conhece em razão do exercício da advocacia. Optando por não depor, merece respeito sua decisão" STJ - AGRAVO REGIMENTAL NO HABEAS CORPUS AgRg no HC 48843 MS 2005/0169845-8 - Data de publicação: 11/02/2008.
CONTADOR. REALIZAÇÃO DE AUDITORIA. QUESTÕES INTERNAS DA EMPRESA. DEVER DE SIGILO: "É possível a um contador prestar esclarecimentos sobre o método de realização de uma auditoria específica e o porquê das conclusões a que chegou, sem que adentre a questões internacorporis da empresa auditada" (RMS 17.783/SP, Rel. Ministro FELIX FISCHER, QUINTA TURMA, julgado em 06/04/2004, DJ 31/05/2004, p. 331).
CF - Art. 53. §6º Os Deputados e Senadores não serão obrigados a testemunhar sobre informações recebidas ou prestadas em razão do exercício do mandato, nem sobre as pessoas que lhes confiaram ou deles receberam informações: “Trata-se de escolha discricionária do parlamentar e não abrange o dever de testemunhar quando convocado na qualidade de cidadão comum, sobre fatos não abrangidos pela norma constitucional e necessários à instrução penal ou civil” (MORAES, 2014, p. 477).
	Sobre a expressão (i) fato determinado e (ii) por prazo certo
	(i) direcionada
	Sobre a amplitude do campo de atuação da CPI, Francisco Campos salienta: “o poder de investigar não é genérico ou indefinido, mas eminentemente específico, ou há de ter um conteúdo concreto, suscetível de ser antecipadamente avaliado na sua extensão, compreensão e alcance pelas pessoas convocadas a colaborar com as comissões de inquérito” (apud MORAES, 2012, p. 442)
	
	“não se admitem comissões formadas para a apuração de temas amplos, abstratos, v.g., a ‘corrupção do Poder Executivo’, aquilo que Paulo Schier qualifica como ‘crises in abstrato’. Será preciso indicar o fato concreto que rende ensejo a convocação de uma CPI. Não se pode tolerar, pois, como anunciado amplamente pela mídia, uma ‘CPI do Judiciário’, ou ‘da Corrupção’ porque, além de desestabilizar a separação harmônica dos poderes, extrapola da hipótese constitucionalmente afirmada para a atuação de uma CPI, demonstrando, na maioria dos casos, mero oportunismo político ou sensacionalismo” (TAVARES, 2012, pp. 1243/1244)
	
	É POSSÍVEL O ADITAMENTO HC 71039
	(ii) temporária
	Não é possível converter a temporalidade em perenidade
	
	Pode haver prorrogação, inclusive sucessivas
	
	A criação deve ter sido por prazo certo
	
	As prorrogações devem ser necessárias para alcançar a finalidade específica para a qual foi criada
	
	HC 71231
	
	Deve-se limitar à legislatura – art. 5º, §2º, da Lei nº 1579/1952
CONCLUSÕES FINAIS
As conclusões da CPI devem – se for o caso – ser encaminhadas ao MP
Não julga
Não condena
“Não há como pretender confundir as funções institucionais de cada órgão constitucional próprio (Ministério Público e Parlamento)” (TAVARES, 2012, p. 1247)
2 – AMPLITUDE DO CAMPO DE ATUAÇÃO
De que adianta outorgar um direito de investigar se o Congresso Nacional não fosse aparelhado, normativamente, para essa função?
Se a comissão parlamentar de inquérito não tivesse meios compulsórios para o desempenho de suas atribuições, ela não teria como levar a termo os seus trabalhos, pois ficaria à mercê da boa vontade ou, quiçá, da complacência de pessoas das quais dependesse em seu trabalho. Esses poderes são inerentes à comissão parlamentar de inquérito e são implícitos em sua constitucional existência. Não fora assim e ela não poderia funcionar senão amparada nas muletas que lhe fornecesse outro Poder, o que contraria a lógica das instituições. (HC 71.039, Rel. Min. Paulo Brossard, julgamento em 7-4-94, DJ de 14-4-94)
Lei 1579/1952 art. 2º No exercício de suas atribuições, poderão as Comissões Parlamentares de Inquérito determinar as diligências que reportarem necessárias e requerer a convocação de Ministros de Estado, tomar o depoimento de quaisquer autoridades federais, estaduais ou municipais, ouvir os indiciados, inquirir testemunhas sob compromisso, requisitar de repartições públicas e autárquicas informações e documentos, e transportar-se aos lugares onde se fizer mister a sua presença.
Ver Lei Complementar nº 105/2001, art. 4º, §1º c/cart. 1º, §1º�
§1º As comissões parlamentares de inquérito, no exercício de sua competência constitucional e legal de ampla investigação, obterão as informações e documentos sigilosos de que necessitarem, diretamente das instituições financeiras, ou por intermédio do Banco Central do Brasil ou da Comissão de Valores Mobiliários.
O STF vem disciplinando a sistemática a ser obedecida: “O quadro das atribuições das Comissões Parlamentares de Inquérito, quer no direito brasileiro, quer no estrangeiro, não costuma ser preciso; vai-se delineando a partir dos problemas que surgem e à medida que são resolvidos pelo Judiciário. Fixar em concreto a extensão dos poderes das Comissões Parlamentares de Inquérito depende, portanto, da sensibilidade político-constitucional das Supremas Cortes, incumbidas de aparar os atritos entre a vontade de agir do Legislativo e outros valores constitucionais” (BRANCO, 2009, p. 900).
Poderes próprios de investigação das autoridades judiciárias.
A CPI dispõe de “...poderes de investigação próprios das autoridades judiciais...” (58, §3º).
Entendidos poderes de instrução processual. (130 do CPC E 209 CPP)
OCORRE QUE o denominado "juiz de instrução", que realiza diligências pessoalmente que tem competência para investigar viola o devido processo legal e o princípio da imparcialidade do magistrado: "Busca e apreensão de documentos relacionados ao pedido de quebra de sigilo realizadas pessoalmente pelo magistrado. Comprometimento do princípio da imparcialidade e consequente violação ao devido processo legal. 3. Funções de investigador e inquisidor. Atribuições conferidas ao Ministério Público e às Polícias Federal e Civil (CF, artigo 129, I e VIII; e 144, §1º, I e IV, e §4º). A realização de inquérito é função que a Constituição reserva à polícia" (ADI 1570, Relator: Min. MAURÍCIO CORRÊA, Tribunal Pleno, julgado em 12/02/2004)
Pode receber outros poderes por força dos regimentos
Deve seguir o CPP
“no exercício desses poderes, tais Comissões devem respeitar os mesmos limites a que estão submetidos os membros do Poder Judiciário, quando da instrução do processo criminal” (MS 79790)
	A CPI deve respeitar
	Separação de poderes
	
	Princípio federativo – ver o 49, X
	
	Autonomia dos Estados-Membros, DF, e Municípios
A decisão deve ser motivada: 93, IX – equivalência dos limites formais dos Juízes criminais.
Publicidade dos atos
Deve-se resguardar informações confidenciais
Impede-se “que as investigações sejam realizadas com a finalidade de perseguição política ou de aumentar o prestígio pessoal dos investigadores, humilhando os investigados e devassando desnecessariamente e arbitrariamente sua intimidade e vidas privadas” (MORAES, 2012, p. 444).
NÃO SE AUTORIZA SIGILO NO DEPOIMENTO: ”(...) entendo não competir, ao Poder Judiciário, sob pena de ofensa ao postulado da separação de poderes, substituir-se, indevidamente, à CPMI/Correios na formulação de um juízo — que pertence, exclusivamente, à própria Comissão Parlamentar de Inquérito — consistente em restringir a publicidade da sessão a ser por ela realizada, em ordem a vedar o acesso, a tal sessão, de pessoas estranhas à mencionada CPMI, estendendo-se essa mesma proibição a jornalistas, inclusive. Na realidade, a postulação em causa, se admitida, representaria claro (e inaceitável) ato de censura judicial à publicidade e divulgação das sessões dos órgãos legislativos em geral, inclusive das Comissões Parlamentares de Inquérito. Não cabe, ao Supremo Tribunal Federal, interditar o acesso dos cidadãos às sessões dos órgãos que compõem o Poder Legislativo, muito menos privá-los do conhecimento dos atos do Congresso Nacional e de suas Comissões de Inquérito, pois, nesse domínio, há de preponderar um valor maior, representado pela exposição, ao escrutínio público, dos processos decisórios e investigatórios em curso no Parlamento. Não foi por outra razão que o Plenário do Supremo Tribunal Federal — apoiando-se em valioso precedente histórico firmado, por esta Corte, em 5-6-1914, no julgamento do HC 3.536, Rel. Min. Oliveira Ribeiro (Revista Forense, vol. 22/301-304) — não referendou, em data mais recente (18-3-2004), decisão liminar, que, proferida no MS 24.832-MC/DF, havia impedido o acesso de câmeras de televisão e de particulares em geral auma determinada sessão de CPI, em que tal órgão parlamentar procederia à inquirição de certa pessoa, por entender que a liberdade de informação (que compreende tanto a prerrogativa do cidadão de receber informação quanto o direito do profissional de imprensa de buscar e de transmitir essa mesma informação) deveria preponderar no contexto então em exame.” (MS 25.832-MC, Rel. Min. Celso de Mello, decisão monocrática, julgamento em 14-2-06, DJ de 20-2-06)
Os membros da CPI podem se deslocar
Pode convocar a Brasília quem não reside na capital, mas “os custos de tal deslocamento deve correr por conta do órgão que convocou (a testemunha): "No que concerne à alegação de que o paciente não dispõe de condições financeiras para se deslocar até a CPI, verifico a presença do fumus boni iuris. É que não me parece, em princípio, lícito que o paciente seja obrigado a arcar com as despesas de viagem, suas e do advogado, quando o art. 222 do Código de Processo Penal lhe garante o direito de ser ouvido na comarca do seu domicílio. Aliás, o teor do art. 2º da Lei 1.579/1952 é no sentido de que, se necessário, são os membros da CPI que poderão transportar-se aos lugares onde se fizer mister a sua presença, e não o contrário. Penso, porém, que a regra do art. 222 do Código de Processo Penal não é absoluta, desde que existam fundadas razões para o deslocamento da testemunha até o local onde deva depor. Os custos de tal deslocamento, contudo, devem correr por conta do órgão que a convocou. (...) No presente caso, além de ter sido descumprido o procedimento do art. 222 do Código de Processo Penal, sem a necessária justificativa, não foram oferecidos ao paciente e seu defensor os meios necessários ao atendimento da convocação, sendo certo que a condução coercitiva prevista no art. 218 do Código de Processo Penal pressupõe a regular intimação da testemunha (no caso, nos termos do art. 222), o que não ocorreu. (...) Do exposto, defiro parcialmente a liminar, para permitir ao paciente que deixe de atender à convocação da CPI do Tráfico de Armas, da forma como consta do Ofício 779/05-P, facultada à CPI a renovação da intimação, desde que obedecidos os ditames legais." (HC 87.230-MC, Rel. Min. Joaquim Barbosa, decisão monocrática, julgamento em 22-11-05)
Uma vez convocada a testemunha é obrigada a comparecer: “Ninguém pode escusar-se de comparecer a comissão parlamentar de inquérito para depor.” (HC 71.039, Rel. Min. Paulo Brossard, julgamento em 7-4-94, DJ de 6-12-96)
A CPI pode requisitar força policial para trazê-la
A pessoa deve dizer a verdade: “A comissão parlamentar de inquérito (...) tem poderes imanentes ao natural exercício de suas atribuições, como (...) inquirir testemunhas, notificando-as a comparecer perante ela e a depor; a este poder corresponde o dever de, comparecendo a pessoa perante a comissão, prestar-lhe depoimento, não podendo calar a verdade. Comete crime a testemunha que o fizer. A Constituição, art. 58, § 3º, a Lei 1.579, art. 4º, e a jurisprudência são nesse sentido.” (HC 71.039, Rel. Min. Paulo Brossard, julgamento em 7-4-94, DJ de 6-12-96)
	PODE A CPI POR AUTORIDADE PRÓPRIA:
	(i) expedir mandado de intimação de testemunha, investigado e convidado.
	(ii) determinar a condução coercitiva
	(iii) determinar a realização de vistorias, exames e perícias
	(iv) determinar o afastamento do sigilo bancário e fiscal e de dados: Ministro Celso de Mello: “a quebra de sigilo não se pode converter em instrumento de devassa indiscriminada dos dados bancários, fiscais e/ou telefônicos — postos sob a esfera de proteção da cláusula constitucional que resguarda a intimidade, inclusive aquela de caráter financeiro, que se mostra inerente às pessoas em geral” (MS n. 25.668-MC, DJ de 24-11-05) – VER QUADRO ABAIXO.
	(v) "As comissões parlamentares de inquérito possuem poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, entre os quais a competência para ter acesso a dados sigilosos (art. 58, §3º, da Constituição Federal, e art. 2º da Lei nº 1.579/52)" HC 100341, Relator: Min. JOAQUIM BARBOSA, Tribunal Pleno, julgado em 04/11/2010 – VER ABAIXO
	(vi) prender em flagrante de delito.
	(vii) presidente de CPI tem poder de polícia na sessão
	(viii) realizar perícias
	(ix) requisitar documentos
	(x) determinar busca e apreensão – ver observação abaixo
	(xi) ouvir o investigado ou indiciado
SOBRE OS DADOS SIGILOSOS
A QUEBRA DO SIGILO CONSTITUI PODER INERENTE À COMPETÊNCIA INVESTIGATÓRIA DAS COMISSÕES PARLAMENTARES DE INQUÉRITO: "O sigilo bancário, o sigilo fiscal e o sigilo telefônico (sigilo este que incide sobre os dados/registros telefônicos e que não se identifica com a inviolabilidade das comunicações telefônicas) - ainda que representem projeções específicas do direito à intimidade, fundado no art. 5º, X, da Carta Política - não se revelam oponíveis, em nosso sistema jurídico, às Comissões Parlamentares de Inquérito, eis que o ato que lhes decreta a quebra traduz natural derivação dos poderes de investigação que foram conferidos, pela própria Constituição da República, aos órgãos de investigação parlamentar" (MS 23452, Relator: Min. CELSO DE MELLO, Tribunal Pleno, julgado em 16/09/1999).
Conforme disposto no inciso XII do artigo 5º da Constituição Federal, a regra é a privacidade quanto à correspondência, às comunicações telegráficas, aos dados e às comunicações, ficando a exceção – a quebra do sigilo – submetida ao crivo de órgão equidistante – o Judiciário – e, mesmo assim, para efeito de investigação criminal ou instrução processual penal. SIGILO DE DADOS BANCÁRIOS – RECEITA FEDERAL. Conflita com a Carta da República norma legal atribuindo à Receita Federal – parte na relação jurídico-tributária – o afastamento do sigilo de dados relativos ao contribuinte (RE 389808, Relator: Min. MARCO AURÉLIO, Tribunal Pleno, julgado em 15/12/2010) – PLACAR 5X4
SIGILO BANCÁRIO. FORNECIMENTO DE INFORMAÇÕES SOBRE MOVIMENTAÇÃO BANCÁRIA DE CONTRIBUINTES, PELAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS, DIRETAMENTE AO FISCO, SEM PRÉVIA AUTORIZAÇÃO JUDICIAL (LEI COMPLEMENTAR 105/2001). POSSIBILIDADE DE APLICAÇÃO DA LEI 10.174/2001 PARA APURAÇÃO DE CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS REFERENTES A EXERCÍCIOS ANTERIORES AO DE SUA VIGÊNCIA. RELEVÂNCIA JURÍDICA DA QUESTÃO CONSTITUCIONAL. EXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL" (RE 601314 RG, Relator: Min. RICARDO LEWANDOWSKI, julgado em 22/10/2009) - Em 02.09.2014, os autos foram conclusos ao Relator - atualização 02.10.2014
SOBRE A BUSCA E APREENSÃO
BUSCA E APREENSÃO EM ESCRITÓRIO DE ADVOCACIA art. 5º, XI: Impõe-se destacar, por necessário, que o conceito de ‘casa’, para os fins da proteção jurídico-constitucional a que se refere o art. 5º, XI, da Lei Fundamental, reveste-se de caráter amplo, pois compreende, na abrangência de sua designação tutelar, (a) qualquer compartimento habitado, (b) qualquer aposento ocupado de habitação coletiva e (c) qualquer compartimento privado onde alguém exerce profissão ou atividade. (...) É o que ocorre, por exemplo, como precedentemente já enfatizado, com os advogados — condição profissional ostentada pelo ora impetrante —, a quem assiste a prerrogativa de ‘ter respeitada, em nome da liberdade de defesa e do sigilo profissional, a inviolabilidade de seu escritório ou local de trabalho, de seus arquivos e dados, de sua correspondência e de suas comunicações, inclusive telefônicas ou afins, salvo caso de busca ou apreensão determinada por magistrado...’ (Lei n. 8.906/94, art. 7º, II). Sendo assim, nem a Polícia Judiciária, nem o Ministério Público, nem a administração tributária e nem a Comissão Parlamentar de Inquérito ou seus representantes, agindo por autoridade própria, podem invadir domicílio alheio com o objetivo de apreender, durante o período diurno, e sem ordem judicial, quaisquer objetos que possam interessar ao Poder Público.” (MS 23.595-MC, Rel. Min. Celso de Mello, decisão monocrática, julgamento em 17-12-99, DJ de 1º-2-00)
3 – LIMITES DE SEU PODER INVESTIGATÓRIO
	NÃO PODE A CPI POR AUTORIDADE PRÓPRIA:
	(i)funcionar sem prazo certo
	(ii) ater-se a fatos diversos daqueles indicados para sua abertura ou que envolvam o Presidente da República
	(iii) decretar a busca e apreensão domiciliar de documentos ou objetos, ou violar, de qualquer forma, a inviolabilidade de domicílio - “RESERVA EXPLÍCITA DE JURISDIÇÃO” = (5º, XI) “por determinação judicial”
	(iv) determinar a indisponibilidade de bens da pessoa investigada
	(v) determinar a interceptação (escuta) telefônica (que não se confunde com a quebra do sigilo dos registros telefônicos) - “RESERVA EXPLÍCITA DE JURISDIÇÃO” = (5º, XII) "por ordem judicial"
	(vi) não fundamentar as decisões de cunho judiciário
	(vii) impedir a presença de advogados dos investigados nas sessões da CPI, acompanhando seus clientes ou no interesse destes
	(viii) decretar a prisão de qualquer pessoa, ressalvada a hipótese de flagrância, como falso testemunho - “RESERVA EXPLÍCITA DE JURISDIÇÃO” = (5º, LXI) "por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente"
	(ix) julgar ou condenar pessoas, ainda que tenha estado sob investigação
	(x) Aplicar medidas cautelares: indisponibilidade de bens, arrestos, seqüestros, hipoteca judicial, proibição de ausentar-se da comarca ou do país.
CLÁUSULA DE RESERVA DE JURISDIÇÃO 1: “...consiste em confinar no âmbito do Judiciário a prática de certos atos que impliquem restrição a direitos individuais especialmente protegidos. A se aceitar a existência de tal cláusula, haveria poderes de investigação que apenas as autoridades judiciais estariam legitimadas a exercer. A cláusula da reserva de jurisdição tem sido invocada, igualmente, para inibir decisões de CPIs envolvendo buscas e apreensões no domicílio de investigados. Enxerga-se na redação do art. 5º, XI, da Lei Maior uma garantia que somente poderia ser vencida por ordem de autoridade judicial – nega-se, portanto, que a CPI possa determinar que se entre na casa de alguém sem o consentimento do morador, para realizar uma busca e apreensão (MENDES, 2009, pp. 912/913).
CLÁUSULA DE RESERVA DE JURISDIÇÃO 2 "O postulado da reserva constitucional de jurisdição importa em submeter, à esfera única de decisão dos magistrados, a prática de determinados atos cuja realização, por efeito de explícita determinação constante do próprio texto da Carta Política, somente pode emanar do juiz, e não de terceiros, inclusive daqueles a quem se haja eventualmente atribuído o exercício de "poderes de investigação próprios das autoridades judiciais". A cláusula constitucional da reserva de jurisdição - que incide sobre determinadas matérias, como a busca domiciliar (CF, art. 5º, XI), a interceptação telefônica (CF, art. 5º, XII) e a decretação da prisão de qualquer pessoa, ressalvada a hipótese de flagrância (CF, art. 5º, LXI) - traduz a noção de que, nesses temas específicos, assiste ao Poder Judiciário, não apenas o direito de proferir a última palavra, mas, sobretudo, a prerrogativa de dizer, desde logo, a primeira palavra, excluindo-se, desse modo, por força e autoridade do que dispõe a própria Constituição, a possibilidade do exercício de iguais atribuições, por parte de quaisquer outros órgãos ou autoridades do Estado" (MS 23452, Relator: Min. CELSO DE MELLO, Tribunal Pleno, julgado em 16/09/1999).
	SIGILO TELEFÔNICO E INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA
(BRANCO, 2013, p. 863)
	O sigilo telefónico se refere aos registros dos números telefônicos de onde procederam ligações para o investigado ou dos números telefônicos para os quais o investigado ligou, bem assim dados sobre quando as ligações foram efetivadas e quanto duraram. Essas informações são mantidas pelas companhias telefônicas, e o sigilo se fundamenta na proteção geral do direito à privacidade - a mesma garantia constitucional que embasa o sigilo fiscal e o bancário. O sigilo telefônico pode ser quebrado por deliberação da CPI.
	A interceptação de comunicação telefônica é algo diverso. Na interceptação, a própria comunicação é objeto de escuta. O conteúdo da comunicação torna-se o alvo da interferência. Com relação ao conteúdo das comunicações telefónicas, a Constituição conferiu proteção reforçada ao indivíduo. A hipótese de ruptura da proteção oferecida pela Constituição ao sigilo das comunicações telefónicas está prevista no texto constitucional (art. 5°, XII) - o sigilo somente pode ser bolado, por ordem judicial, nas hipóteses previstas em lei, e para fins de investigação criminal ou instrução processual penal. Fala-se que a providência estaria submetida à reserva de jurisdição.
QUEM CONTROLA OS ATOS DA CPI? COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL: " "Compete ao Supremo Tribunal Federal processar e julgar, em sede originária, mandados de segurança e habeas corpus impetrados contra Comissões Parlamentares de Inquérito constituídas no âmbito do Congresso Nacional ou no de qualquer de suas Casas. É que a Comissão Parlamentar de Inquérito, enquanto projeção orgânica do Poder Legislativo da União, nada mais é senão a longa manus do próprio Congresso Nacional ou das Casas que o compõem, sujeitando-se, em consequência, em tema de mandado de segurança ou de habeas corpus, ao controle jurisdicional originário do Supremo Tribunal Federal (CF, art. 102, I, "d" e "i")" (MS 23452, Relator: Min. CELSO DE MELLO, Tribunal Pleno, julgado em 16/09/1999).
QUESTÕES DE CONCURSOS PÚBLICOS
�
1 • Q349465
Prova: CESPE - 2013 - TCE-RO - Contador
Em determinadas hipóteses, as comissões parlamentares de inquérito podem, independentemente de autorização judicial, determinar a quebra de sigilos bancário e fiscal.
Certo Errado
2 • Q326277
Prova: CESPE - 2013 - CPRM - Analista em Geociências - Direito
De acordo com o STF, embora tenha poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, a comissão parlamentar de inquérito não possui competência para determinar a interceptação telefônica.
Certo Errado
3 • Q343228
Prova: CESPE - 2013 - TCE-RO - Analista de Informática
Em determinadas hipóteses, as comissões parlamentares de inquérito podem, independentemente de autorização judicial, determinar a quebra de sigilos bancário e fiscal.
Certo Errado
4 • Q343459
Prova: CESPE - 2013 - DPE-DF - Defensor Público
Uma CPI poderá ser instalada mediante requerimento de um terço dos membros da Câmara dos Deputados, não se exigindo que o requerimento seja submetido a deliberação plenária da Casa.
Certo Errado
5 • Q321722
Prova: CESPE - 2013 - ANS - Analista Administrativo
A instituição de comissão parlamentar de inquérito com o objetivo de investigar denúncias de corrupção no âmbito de uma agência reguladora violaria o princípio da separação dos poderes.
 Certo Errado
6 • Q322530
Prova: CESPE - 2013 - PC-BA - Investigador de Polícia
A possibilidade de determinação da quebra do sigilo bancário e fiscal encontra-se no âmbito dos poderes de investigação das comissões parlamentares de inquérito.
 Certo Errado
7 • Q311382
Prova: CESPE - 2013 - TJ-DF - Analista Judiciário - Área Judiciária
As comissões parlamentares de inquérito podem ser criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, mediante proposta de um terço de seus membros, ficando sua instalação condicionada à aprovação do plenário da Casa respectiva, por maioria absoluta.
 Certo Errado
8 • Q304097
Prova: CESPE - 2013 - CNJ - Analista Judiciário - Área Administrativa
As comissões parlamentares de inquérito, que são comissões temporárias destinadas a investigar fato certo e determinado, possuem poderes de investigação próprios das autoridades judiciais.
 Certo Errado
9 • Q285988
Prova: FGV - 2012 - PC-MA - Delegado de Polícia
Para apurar suposto desvio de recursos públicos na construção de uma usina nuclear, foi instaurada Comissão Parlamentar de Inquérito pela Câmara dos Deputados. A Comissão foi instalada após requerimento de um terço dos Deputados, com prazo certo de duração.Uma das determinações da Comissão foi que se transladassem cópias das provas obtidas em processo judicial previamente instaurado, que corre sob segredo de justiça. 
A respeito do caso sugerido, assinale a afirmativa correta. 
 a) A criação da Comissão foi irregular, pois é obrigatória a participação do Senado na composição de qualquer Comissão Parlamentar de Inquérito.
 b) A criação da Comissão observou os requisitos constitucionais, mas a prova não pode ser obtida, pois o segredo de justiça não pode ser levantado por Comissão Parlamentar de Inquérito.
 c) A Comissão não poderia ser instaurada, uma vez que sua criação pressupõe o requerimento da maioria absoluta dos membros da Câmara.
 d) A criação da Comissão observou todos os requisitos constitucionais, e a prova pode ser obtida, pois a Constituição dotou as Comissões Parlamentares de Inquérito dos poderes de investigação próprios das autoridades judiciais.
 e) A CPI pode ser instaurada pela Câmara dos Deputados, mediante requerimento de um terço dos seus membros, mas a comissão não pode ter, por objeto, a apuração de fato determinado.
10 • Q254689
Prova: CESPE - 2012 - TJ-RR - Administrador
As comissões parlamentares de inquérito não podem determinar a busca e a apreensão domiciliar de investigado, visto que essas medidas sujeitam-se ao princípio constitucional da reserva de jurisdição.
 Certo Errado
11 • Q283143
Prova: FUNCAB - 2012 - PC-RJ - Delegado de Polícia
O art. 58, § 3º, da Constituição Federal de 1988 consagrou, no Poder Legislativo, as Comissões Parlamentares de Inquérito. No que se refere ao poder investigatório da Comissão, é correto afirmar:
 a) Pode ouvir testemunhas, inclusive com a possibilidade de condução coercitiva.
 b) Não pode quebrar o sigilo bancário, fiscal e de dados de pessoa que esteja sendo investigada.
 c) Pode determinar quaisquer buscas e apreensões imprescindíveis à elucidação do objeto da investigação, desde que fundamente sua decisão.
 d) Pode determinar a aplicação de medidas cautelares, tais como indisponibilidade de bens, arrestos e sequestros, na hipótese de fundado receio de remessa para o exterior dos bens, públicos ou privados, adquiridos pela organização criminosa investigada.
 e) No interesse da investigação, possuem competência para decretar todas as espécies de prisões cautelares, desde que haja prejuízo para a garantia da ordem pública, conveniência da instrução criminal e aplicação da lei penal.
13 • Q253760
Prova: CESPE - 2012 - MPE-TO - Promotor de Justiça
Assinale a opção correta com referência às CPIs.
 a) A testemunha ou indiciado, quando convocado, não é obrigado a comparecer à CPI e não precisa responder às perguntas que possam incriminá-lo, em razão do seu direito constitucional ao silêncio e a não autoincriminação.
 b) O princípio da colegialidade traduz diretriz de fundamental importância na regência das deliberações tomadas por qualquer CPI, notadamente quando esta, no desempenho de sua competência investigatória, ordena a adoção de medidas restritivas de direitos, como aquelas que impliquem a revelação das operações financeiras ativas e passivas de qualquer pessoa.
 c) Por constituírem exercício da função político-administrativa do Poder Legislativo, as CPIs, mediante decisões fundamentadas, podem impor sanções administrativas aos infratores.
 d) É vedada a ampliação da atuação de CPI para além da finalidade para a qual ela tenha sido criada, ainda que sejam descobertos elementos novos não previstos originariamente no ato de instauração dessa CPI.
 e) Insere-se na competência da CPI a determinação da quebra de sigilo da comunicação telefônica, sendo-lhe vedado, no entanto, requerer a quebra de registros telefônicos pretéritos, isto é, a lista de ligações efetuadas e recebidas pelo investigado durante determinado período de tempo já transcorrido.
14 • Q253561
Prova: UFPA - 2012 - PGE-PA - Procurador
Sobre as Comissões Parlamentares de Inquérito, é CORRETO afirmar que: 
a) o STF admitiu a possibilidade de elas ordenarem, sem intermediação judicial, a quebra de sigilo bancário, fiscal e telefônico para fins de obtenção de dados e de registros, desde que exista causa provável e motivação prévia.
 b) o STF decidiu, para bem da investigação de fato determinado, em especial no que tange à malversação de dinheiro público, pela desnecessidade de delimitação de prazo certo para duração das CPIs.
 c) o STF estabeleceu que, apesar de ser uma prerrogativa das minorias parlamentares, o princípio majoritário permite que o requerimento de instalação de uma CPI possa ser rejeitado por maioria absoluta dos membros das Casas do Congresso Nacional, em conjunto ou separadamente, conforme sua proveniência. 
 d) o STF reconheceu, ao Presidente da Casa legislativa, competência para adotar os procedimentos subsequentes e necessários à efetiva instalação de uma CPI, cabendo-lhe apreciar o mérito sobre o objeto da investigação parlamentar, em especial, quando já instaurados, em torno dos mesmos fatos, inquéritos policiais ou processos judiciais.
 e) o STF admitiu que elas devem respeitar o direito de não incriminação e que, excepcionalmente, podem exercer competências decisórias de cunho materialmente jurisdicional, como a decretação de indisponibilidade de bens. 
16 • Q243771
Prova: CESPE - 2012 - Câmara dos Deputados - Analista - Técnico em Material e Patrimônio - BÁSICOS
Criadas para a apuração de fato determinado e por prazo certo, as CPIs devem, por ocasião da redação de seu relatório final, promover a responsabilidade civil ou criminal daqueles que forem considerados comprovadamente infratores.
 Certo Errado
17 • Q243772
Prova: CESPE - 2012 - Câmara dos Deputados - Analista - Técnico em Material e Patrimônio - BÁSICOS
As CPIs só poderão ser criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto ou separadamente, mediante requerimento da maioria absoluta dos deputados e(ou) senadores.
 Certo Errado
18 • Q240649
Prova: CESPE - 2012 - TJ-CE - Juiz
Com relação às prerrogativas parlamentares e às CPIs, assinale a opção correta.
 a) Na hipótese de crime praticado antes da diplomação, o parlamentar não terá a imunidade formal em relação ao processo, mas terá a imunidade formal em relação à prisão.
 b) De acordo com entendimento do STF, o parlamentar que assume o cargo de ministro de Estado é imune à perda do mandato por quebra de decoro parlamentar por atos praticados na função de ministro.
 c) Tendo a CPI poderes de investigação próprios de autoridade judicial, suas decisões devem obedecer à mesma estrutura de uma decisão judicial, com relatório, fundamentação e parte dispositiva, sob pena de nulidade.
 d) Segundo o STF, as comissões parlamentares de inquérito estaduais não têm poderes para quebrar o sigilo bancário de seus investigados, ao contrário do que ocorre no âmbito das CPIs instauradas na esfera federal.
 e) Segundo o STF, a perda de mandato do parlamentar por condenação em ação de improbidade administrativa transitada em julgado depende de votação pela respectiva casa legislativa.
19 • Q329081
Prova: UEPA - 2012 - SEAD-PA - Procurador - Autárquico e Fundacional
A Assembleia Legislativa do Estado do Pará incluiu em seu Regimento Interno um dispositivo que determina que o requerimento de criação de Comissão Parlamentar de Inquérito – CPI - será submetido à deliberação do Plenário. O mesmo dispositivo veda a criação simultânea de mais de cinco Comissões Parlamentares de Inquérito. Sobre o caso e, nos termos da Jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, é correto afirmar que:
a) todo o dispositivo é inconstitucional, porque não compete à Assembleia Legislativa tratar do assunto em seu Regimento Interno. 
b) todo o dispositivo é constitucional. 
c) a primeira parte do dispositivo é constitucional e a segunda é inconstitucional. 
d) todo o dispositivo é inconstitucional, porque,embora a Assembleia Legislativa possa tratar do assunto em seu Regimento Interno, não pode inovar ou limitar a atuação das Comissões Parlamentares de Inquérito. 
e) a primeira parte do dispositivo é inconstitucional e a segunda é constitucional.
20 • Q222168
Prova: FUNCAB - 2012 - MPE-RO - Analista - Processual
A respeito das comissões parlamentares de inquérito, a Constituição Federal dispõe que:
 a) terão poderes de investigação próprios das autoridades judiciais.
 b) visam a apurar fato determinado e são instituídas para vigorar por prazo indeterminado, a critério de seu presidente.
 c) dependem de iniciativa popular para sua criação, ou requerimento da maioria simples dos parlamentares.
 d) não podem quebrar o sigilo fiscal do investigado sem prévia autorização judicial
 e) sua instalação depende do requerimento de dois terços dos parlamentares membros da respectiva casa, ou das duas, em caso de CPI mista.
� art. 1º, §1º São consideradas instituições financeiras, para os efeitos desta Lei Complementar: I – os bancos de qualquer espécie; II – distribuidoras de valores mobiliários; III – corretoras de câmbio e de valores mobiliários; IV – sociedades de crédito, financiamento e investimentos; V – sociedades de crédito imobiliário; VI – administradoras de cartões de crédito; VII – sociedades de arrendamento mercantil; VIII – administradoras de mercado de balcão organizado; IX – cooperativas de crédito; X – associações de poupança e empréstimo; XI – bolsas de valores e de mercadorias e futuros; XII – entidades de liquidação e compensação; XIII – outras sociedades que, em razão da natureza de suas operações, assim venham a ser consideradas pelo Conselho Monetário Nacional.
�Versão 02out2014

Outros materiais