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RESUMINDO O SUS: Linguagem atualizada para pessoas que não têm facilidade com humanas. “Agradeço à minha família, que sempre falava daquele boy da quinta série que passou em medicina e eu ainda estava no cursinho.” “Agradeço a Deus, que é a única razão da minha esperança”. Sobre o autor do resumo Imagem meramente ilustrativa do compilador. (Bonito, né?) Olá! Sou Luís, da Turma 75. Esse resumo foi feito em 2020 e isso é tudo que você precisa saber, okay? Nada mais. Se quiser o arquivo em Word, boa sorte com as buscas. RESUMINDO O SUS: Um resumo bem razoável que pode te ajudar a não levar final em fisiologia. É bom que saiba que só compilei autores e inclusive alguns textos de seus livros –sem intenção de plágio, já que não existe restrição de como forma de estudar para as tutorias– SEM FINS LUCRATIVOS (não sei como coloca pisca-pisca, mas se soubesse, colocaria), o que é perceptível porque está disponível no MEGA da sua turma sem nenhum custo porque algum dos meus afilhados ou colegas postou para seu calouro e o infeliz disponibilizou para a turma toda. Apesar de ter formato de livro, parecer com um livro, ter capa de livro, essa introdução de livro e até mesmo vocabulário de livro, não é um livro, mas sim um resumo. Se quiser facilidade, utilize um Word atualizado e, na guia “Exibir”, no painel principal, e ative a opção “Painel de Navegação”. Prontinho, agora você não vai mais reclamar que não tem numeração nas páginas! Saiba que seu desespero já foi sentido centenas de vezes por centenas que alunos que estudaram antes de você e quase todo mundo dá conta de passar e se tornar um bom médico(a). Por favor, entenda que assim como eu surtei bastante e levei horas e horas para escrever (com alguns trechos de Ctrl+C e Ctrl+V) esse resumo, outras pessoas também podem precisar da sua ajuda no futuro! Então faça como pessoas gentis fazem e compartilhem os livros que vocês gastaram uma fortuna para comprar (ou estão pirateando, mas isso é crime) com os coleguinhas pé-rapado como eu, viu? Bons estudos para você! Que Deus tenha misericórdia de você e te abençoe muito nessa jornada. Foi mal pela zoeira! SENHORES AUTORES, NÃO TENHO INTERESSE EM QUEBRAR SEUS DIREITOS AUTORAIS E NEM PLAGIAR VOCÊS! Não se esqueça de orar e ler a bíblia, porque somente Cristo é a Verdade e o Caminho! “Não adulterarás” Êxodo 20.14 “Não furtarás” Êxodo 20.15 “Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.” João 14:6 https://www.bibliaonline.com.br/acf/jo/14/6+ https://www.bibliaonline.com.br/acf/jo/14/6+ SUMÁRIO Prevenção e promoção de saúde ........................................... 6 Conceito de saúde ao longo do tempo .............................. 6 Prevenção e promoção ...................................................... 7 Equipe do ESF ..................................................................... 8 Composição da equipe ................................................... 8 Determinantes sociais da saúde ......................................... 8 Modelo illness-desease .................................................. 9 Cartas da saúde e declarações ........................................... 9 Declaração de Alma-ata – 1978...................................... 9 Carta de Ottawa – 1986 ................................................. 9 Declaração de Adelaide – 1988 .................................... 10 Declaração de Sundsvall – 1991 ................................... 10 Declaração de Santafé de Bogotá – 1992 ..................... 11 Declaração de Jacarta – 1997 ....................................... 11 Rede de megapaíses – 1998 ......................................... 11 Declaração do México –2000 ....................................... 11 Referências ........................................................................... 11 Prevenção e promoção de saúde ......................................... 13 Histórico da Saúde no Brasil ............................................. 13 Revolta da Vacina ......................................................... 15 Ministério da Saúde: .................................................... 17 Constituição de 1988 ........................................................ 19 Lei 8.080 19 de setembro de 1990 ................................... 20 Resumo: ........................................................................ 21 Lei 8.142 28 de dezembro de 1990 .................................. 22 Críticas .............................................................................. 22 Referências ........................................................................... 23 Atenção à saúde ................................................................... 24 Normas Operacionais Básicas (NOB) ................................ 24 Programação Pactuada e Integrada (PPI) ......................... 25 Integralidade .................................................................... 25 Ação integral a saúde ................................................... 26 Redes de atenção à saúde ................................................ 26 Atenção Básica à saúde ................................................ 26 Média complexidade .................................................... 26 Alta complexidade ........................................................ 27 Regionalização .................................................................. 27 NOAS – Norma operacional da assistência à saúde (2001 e 2002) ............................................................... 28 Plano Diretor de Investimento ..................................... 29 Macrorregiões Minas Gerais ........................................ 29 Referência e Contrarreferência .................................... 30 Decreto Nº 7508 de 28 de junho de 2011 .................... 30 Consórcios intermunicipais de saúde ............................... 31 Pacto pela saúde (2006) ................................................... 31 Referências ........................................................................... 31 Atenção básica de saúde ...................................................... 32 Histórico ....................................................................... 32 Portaria nº 2.488 de 21/11/2011 ................................. 33 Promoção da saúde .......................................................... 34 Equipe do ESF ................................................................... 35 Composição da equipe ................................................. 35 Núcleos de Apoio à Saúde da Família ........................... 35 Referências ........................................................................... 37 Vigilância em Saúde ............................................................. 38 Conjuntura Brasileira ........................................................ 39 Objetivos da vigilância em saúde ..................................... 40 Sinan ................................................................................. 40 Notificação Compulsória .............................................. 41 Vigilância sanitária............................................................ 44 Legislação ..................................................................... 44 Financiamento .............................................................. 45 Vigilância epidemiológica ................................................. 45 Objetivos da Vigilância Epidemiológica ........................ 46 Tipos de Sistemas de Vigilância Epidemiológica: ......... 46 Referências ........................................................................... 47 Medicina baseada em evidências.........................................48 Conceito ........................................................................... 48 Como descrever o problema no contexto da MBE? ..... 48 Pesquisa das fontes de evidência ................................. 49 Evidência clinicamente relevante ................................. 49 Afinal, o que é uma evidência científica? ..................... 49 Tipos de evidências ...................................................... 49 Hierarquização do nível da evidência ........................... 52 Pesquisa Científica ............................................................ 52 Modalidades da Pesquisa ............................................. 54 Desenhos de Estudo ..................................................... 55 Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) ....... 55 Tipos de protocolo ....................................................... 55 Referências ........................................................................... 56 PROBLEMA 1 PREVENÇÃO E PROMOÇÃO DE SAÚDE CONCEITO DE SAÚDE AO LONGO DO TEMPO Segundo Moacyr Scliar, “o conceito de saúde reflete a conjuntura social, econômica, política e cultural. Ou seja, não representa as mesmas coisas para todas as pessoas. Dependerá da época, do lugar, da classe social. Dependerá de valores individuais, dependerá de concepções científicas, religiosas, filosóficas. O mesmo, aliás, pode ser dito das doenças. Aquilo que é considerado doença varia muito”. Real ou imaginária, a doença, e sobretudo a doença transmissível, é um antigo acompanhante da espécie humana, como o revelam pesquisas paleontológicas. Assim, a concepção mágico-religiosa partia, e parte, do princípio de que a doença resulta da ação de forças alheias ao organismo que neste se introduzem por causa do pecado ou de maldição. Para os antigos hebreus, a doença não era necessariamente devida à ação de demônios, ou de maus espíritos, mas representava, de qualquer modo, um sinal da cólera divina, diante dos pecados humanos. Deus é também o Grande Médico: “Eu sou o Senhor, e é saúde que te trago” (Êxodo 15, 26); “De Deus vem toda a cura” (Eclesiastes, 38, 1-9). (SCLIAR, 2007) O judaísmo instituiu regras, como restrições alimentares, que facilitavam a convivência harmoniosa entre o grupo e a padronização de costumes, como sendo a ordenança direta de Deus. Em outras culturas era o xamã, o feiticeiro tribal, quem se encarregava de expulsar, mediante rituais, os maus espíritos que se tinham apoderado da pessoa, causando doença. A tarefa do xamã é convocar espíritos capazes de erradicar o mal. Para isso ele passa por um treinamento longo e rigoroso, com prolongada abstinência sexual e alimentar; nesse período aprende as canções xamanísticas e utiliza plantas com substâncias alucinógenas que são chamarizes para os espíritos capazes de combater a doença. (SCLIAR, 2007) A medicina grega é importante porque introduz elementos, como plantas, associadas ao processo ritualístico, embora ainda exista a presença de deuses no hall de explicações. Nesse contexto, Hipócrates de Cós (460-377 a.C.), criou um ponto marcante, ao estabelecer um código racionalizado de condutas, explicando inclusive que a doença sagrada se caracteriza como uma doença como qualquer outra, com causas naturais. Também criou a teoria dos quatro humores e uma “sistematização” epidemiológica de alguns casos clínicos. Google imagens O texto conhecido como “Ares, águas, lugares” discute os fatores ambientais ligados à doença, defendendo um conceito ecológico de saúde- enfermidade. Daí emergirá a ideia de miasma, emanações de regiões insalubres capazes de causar doenças como a malária, muito comum no sul da Europa e uma das causas da derrocada do Império Romano. O nome, aliás, vem do latim e significa “maus ares” (é bom lembrar que os romanos incorporam os princípios da medicina grega). (SCLIAR, 2007). Galeno (129-199), revisou a teoria dos quatro humores de modo que a doença seria causada por razões endógenas. O suíço Paracelsus (1493-1541) afirmava que as doenças eram provocadas por agentes externos ao organismo. Naquela época, e no rastro da alquimia, a química começava a se desenvolver e influenciava a medicina. Dizia Paracelso que, se os processos que ocorrem no corpo humano são químicos, os melhores remédios para expulsar a doença seriam também químicos, e passou então a administrar aos doentes pequenas doses de minerais e metais, notadamente o mercúrio, empregado no tratamento da sífilis, doença que, em função da liberalização sexual, se tinha tornado epidêmica na Europa. Já o desenvolvimento da mecânica influenciou as ideias de René Descartes, no século XVII. Ele postulava um dualismo mente-corpo, o corpo funcionando como uma máquina. Ao mesmo tempo, o desenvolvimento da anatomia, também consequência da modernidade, afastou a concepção humoral da doença, que passou a ser localizada nos órgãos. No famoso conceito de François Xavier Bichat (1771-1802), saúde seria o “silêncio dos órgãos”. (SCLIAR, 2007) Após as ações de Louis Pasteur no século XIX, utilizando microscópios (inventados no séc. XVII, porém não muito utilizados), pôde-se identificar agentes etiológicos causadores de doenças. Com o surgimento da epidemiologia de John Snow (1813-1858), baseada no estudo da cólera, em Londres, os números começaram a ser usados como uma forma de explicar condições e o estado real da doença. Paralelamente, com o desenvolvimento da estatística, também do século XVII, mais evoluções ocorreram. Entretanto, somente a partir de 1840 surgem os inquéritos estatísticos e os Bluebooks. Como a comuna de Paris, em 1848, inspirada em seus inscritos, Karl Marx estava diagnosticando os males do capitalismo. Otto Von Bismarck, o “chanceler de ferro”. Criou, em 1883, um sistema de seguridade social e de saúde, que foi pioneiro. Na Alemanha, essa ideia surgiu em 1779 com Johan Peter Frank lançou o conceito, autoritário e paternalista, de polícia médica e sanitária. A França também seguiu o modelo, aplicando a regiões anexadas (Alsácia- Lorena) a seu território os benefícios que antes recebiam no império alemão. Na Grã-Bretanha, durante a Segunda Guerra mundial, o governo utilizou o mecanismo proposto por Sir William Beveridge, o Welfare System, que prometia a “proteção do berço à tumba”. Após o fim da Segunda Guerra mundial, a criação da ONU e da OMS teve o papel importante na instauração de novos conceitos. O conceito da OMS, divulgado na carta de princípios de 7 de abril de 1948 (desde então o Dia Mundial da Saúde), implicando o reconhecimento do direito à saúde e da obrigação do Estado na promoção e proteção da saúde, diz que “Saúde é o estado do mais completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de enfermidade”. (SCLIAR, 2007). O Health field, campo da saúde, definido por Marc Lalonde, titular do Ministério da Saúde e do Bem Estar do Canadá, em 1974, abrange: • Esfera biológica humana; • O meio ambiente; • O estilo de vida; • Organização da assistência à saúde. Nesse contexto, a ideia de saúde como sendo a “ausência de doença”, conceito dado por Christopher Boorse, em 1977. PREVENÇÃO E PROMOÇÃO O termo 'prevenir' tem o significado de "preparar; chegar antes de; dispor de maneira que evite (dano, mal); impedir que se realize" (Ferreira, 1986). A prevenção em saúde "exige uma ação antecipada, baseada no conhecimento da história natural a fim de tornar improvável o progresso posterior da doença" (Leavell & Clarck, 1976: 17). As ações preventivas definem-se como intervenções orientadas a evitar o surgimento de doenças específicas, reduzindo sua incidência e prevalência nas populações. A base do discurso preventivo é o conhecimento epidemiológico moderno; seu objetivo é o controleda transmissão de doenças infecciosas e a redução do risco de doenças degenerativas ou outros agravos específicos. Os projetos de prevenção e de educação em saúde estruturam-se mediante a divulgação de informação científica e de recomendações normativas de mudanças de hábitos. Níveis de prevenção: 1º Nível: promoção; 2º Nível: proteção específica, período pré- patogênico; 3º Nível: diagnóstico e tratamento precoce; 4º Nível: limitação do dano; 5º Nível: reabilitação. 'Promover' tem o significado de dar impulso a; fomentar; originar; gerar (Ferreira, 1986). Promoção da saúde define-se, tradicionalmente, de maneira bem mais ampla que prevenção, pois refere-se a medidas que "não se dirigem a uma determinada doença ou desordem, mas servem para aumentar a saúde e o bem-estar gerais" (Leavell & Clarck, 1976: 19). As estratégias de promoção enfatizam a transformação das condições de vida e de trabalho que conformam a estrutura subjacente aos problemas de saúde, demandando uma abordagem intersetorial (Terris, 1990). (Retirado do artigo de Dina Czeresnia) Prevenir: Preparar, chegar antes de, impedir que se realize; VISA GRUPOS DE RISCO • Exige ação antecipada, baseada no conhecimento da história natural da doença para tornar seu progresso improvável; • Implica o conhecimento epidemiológico para o controle e redução do risco de doenças; Projetos de prevenção e educação baseiam- se na informação científica e recomendações normativas. Promover: Impulsionar, fomentar, originar, gerar; VISA A POPULAÇÃO EM GERAL • Refere-se a medidas que não se dirigem a doenças específicas, mas que visam aumentar a saúde e o bem estar; • Implica o fortalecimento da capacidade individual e coletiva para lidar com a multiplicidade dos determinantes e condicionantes da saúde. EQUIPE DO ESF A Estratégia Saúde da Família (ESF) busca promover a qualidade de vida da população brasileira e intervir nos fatores que colocam a saúde em risco, como falta de atividade física, má alimentação, uso de tabaco, dentre outros. Com atenção integral, equânime e contínua, a ESF se fortalece como a porta de entrada do Sistema Único de Saúde (SUS). COMPOSIÇÃO DA EQUIPE A Estratégia Saúde da Família (ESF) é composta por equipe multiprofissional que possui, no mínimo, médico generalista ou especialista em saúde da família ou médico de família e comunidade, enfermeiro generalista ou especialista em saúde da família, auxiliar ou técnico de enfermagem e agentes comunitários de saúde (ACS). Também há equipe de Saúde Bucal, composta por cirurgião-dentista generalista ou especialista em saúde da família, auxiliar e/ou técnico em Saúde Bucal. O número de ACS deve ser suficiente para cobrir 100% da população cadastrada, com um máximo de 750 pessoas por agente e de 12 ACS por equipe de Saúde da Família, não ultrapassando o limite máximo recomendado de pessoas por equipe. Cada equipe de Saúde da Família deve ser responsável por, no máximo, 4.000 pessoas de uma determinada área, que passam a ter corresponsabilidade no cuidado com a saúde. DETERMINANTES SOCIAIS DA SAÚDE Para a Comissão Nacional sobre os Determinantes Sociais da Saúde (CNDSS), os DSS são os fatores sociais, econômicos, culturais, étnicos/raciais, psicológicos e comportamentais que influenciam a ocorrência de problemas de saúde e seus fatores de risco na população. A comissão homônima da Organização Mundial da Saúde (OMS) adota uma definição mais curta, segundo a qual os DSS são as condições sociais em que as pessoas vivem e trabalham. Buss (2007) Buss (2007) (I) representa o processo segundo o qual cada indivíduo ocupa determinada posição social como resultado de diversos mecanismos sociais, como o sistema educacional e o mercado de trabalho. De acordo com a posição social ocupada pelos diferentes indivíduos, aparecem diferenciais, como o de exposição a riscos que causam danos à saúde (II); o diferencial de vulnerabilidade à ocorrência de doença, uma vez exposto a estes riscos (III); e o diferencial de consequências sociais ou físicas, uma vez contraída a doença (IV). MODELO ILLNESS-DESEASE Desease refere-se usualmente à doença como um processo patológico concebido por um determinado modelo institucionalizado ou profissional da medicina. Enquanto illness, doença diz respeito à percepção subjetiva dos indivíduos e, nesse sentido, envolve questões morais, sociais, psicológicas e físicas (ALVES, 2006). CARTAS DA SAÚDE E DECLARAÇÕES DECLARAÇÃO DE ALMA-ATA – 1978 Reafirma a saúde como mais importante meta social mundial. Considera acerca da saúde como um direito e dos cuidados primários da saúde como objetivo. Como direito, deve ser democrático. A meta de disponibilização desse para todos seria o ano 2000. A chocante desigualdade existente no estado de saúde dos povos, particularmente entre os países desenvolvidos e em desenvolvimento, assim como dentro dos países, é política, social e economicamente inaceitável e constitui, por isso, objeto da preocupação comum de todos os países. É direito e dever dos povos participar individual e coletivamente no planejamento e na execução de seus cuidados de saúde. Os cuidados primários de saúde são cuidados essenciais de saúde baseados em métodos e tecnologias práticas, cientificamente bem fundamentadas e socialmente aceitáveis, colocadas ao alcance universal de indivíduos e famílias da comunidade, mediante sua plena participação e a um custo que a comunidade e o país possam manter em cada fase de seu desenvolvimento, no espírito de autoconfiança e automedicação. CARTA DE OTTAWA – 1986 A primeira conferência internacional sobre promoção da saúde. Foi realizada em resposta à demanda de uma nova saúde pública. Promoção da saúde é o nome dado ao processo de capacitação da comunidade para atuar na melhoria de sua qualidade de vida e saúde, incluindo uma maior participação no controle deste processo. Para atingir um estado de completo bem-estar físico, mental e social os indivíduos e grupos devem saber identificar aspirações, satisfazer necessidades e modificar favoravelmente o meio ambiente. Os pré-requisitos para essa promoção englobam: paz, habitação, educação, alimentação, renda, ecossistema estável, recursos sustentáveis, justiça social e equidade. Capacitação: As ações de promoção da saúde objetivam reduzir as diferenças no estado de saúde da população e assegurar oportunidades e recursos igualitários para capacitar todas as pessoas a realizar completamente seu potencial de saúde. Isto inclui uma base sólida: ambientes favoráveis, acesso à informação, a experiências e habilidades na vida, bem como oportunidades que permitam fazer escolhas por uma vida mais sadia. A política de promoção da saúde combina diversas abordagens complementares, que incluem legislação, medidas fiscais, taxações e mudanças organizacionais. A política de promoção da saúde requer a identificação e a remoção de obstáculos para a adoção de políticas públicas saudáveis nos setores que não estão diretamente ligados à saúde. A Promoção da Saúde, segundo a Carta de Ottawa, contempla 5 campos de ação: implementação de políticas públicas saudáveis, criação de ambientes saudáveis, capacitação da comunidade, desenvolvimento de habilidades individuais e coletivas e reorientação de serviços de saúde. DECLARAÇÃO DE ADELAIDE – 1988 A segunda conferência internacional sobre promoção de saúde reafirmou as cinco linhas de ação da conferência de Ottawa, mas destacando as políticas públicas saudáveis. Também afirma que a saúde é um forte sólido investimento social, além de um direito. Esta Conferência ressaltou, também, que devido ao grande fosso existente entre os países quanto ao nível de saúde, os países desenvolvidos têm aobrigação de assegurar que suas próprias políticas públicas tenham impacto positivo na saúde das nações em desenvolvimento. Em políticas públicas saudáveis, destacou quatro pontos de ação: • Apoio à saúde da mulher; • Alimentação e nutrição; • Tabaco e álcool; • Criando ambientes saudáveis. DECLARAÇÃO DE SUNDSVALL – 1991 A terceira segunda conferência internacional sobre promoção de saúde focou no ambiente favorável como de suprema importância para a promoção da saúde. A Conferência sublinha quatro aspectos para um ambiente favorável e promotor de saúde: 1. A dimensão social, que inclui as maneiras pelas quais normas, costumes e processos sociais afetam a saúde; 2. A dimensão política, que requer dos governos a garantia da participação democrática nos processos de decisão e a descentralização dos recursos e das responsabilidades e requer o compromisso com os direitos humanos, com a paz e com a realocação de recursos oriundos da corrida armamentista; 3. A dimensão econômica, que requer o reescalonamento dos recursos para a saúde e o desenvolvimento sustentável; 4. A necessidade de reconhecer e utilizar a capacidade e o conhecimento das mulheres em todos os setores, inclusive os setores político e econômico, para que se possa desenvolver uma infraestrutura mais positiva para ambientes favoráveis à saúde. A Conferência identificou quatro estratégias fundamentais para a ação em saúde pública, visando promover a criação de ambientes favoráveis no nível da comunidade: 1. Reforçar a defesa da proposta através de ações comunitárias, particularmente pelos grupos organizados de mulheres; 2. Capacitar comunidade e indivíduos a ganhar maior controle sobre sua saúde e ambiente, através da educação e maior participação nos processos de tomada de decisão; 3. Construir alianças para a saúde e os ambientes favoráveis; 4. Mediar os interesses conflitantes na sociedade, de modo que se possa assegurar o acesso igualitário a ambientes favoráveis à saúde. DECLARAÇÃO DE SANTAFÉ DE BOGOTÁ – 1992 Essa conferência internacional de promoção da saúde tratou sobre a América Latina. Também realçou a violência como um impedimento à saúde, assim como a desigualdade e a pobreza. Torna-se indispensável que a promoção da saúde na América Latina assuma estes valores, cultive-os e pratique-os habitualmente. O estímulo à compreensão da saúde como determinada por múltiplos fatores, a integração de diversas esferas sociais, foco na saúde coletiva em detrimento a interesses econômicos, o fortalecimento da participação da sociedade na tomada de decisões e o investimento em educação e pesquisa, são elementos de mudança que devem ser buscados. DECLARAÇÃO DE JACARTA – 1997 A quarta conferência internacional sobre a promoção da saúde, teve como tema central a Promoção da Saúde no Século XXI. Foi a primeira a incluir o setor privado no apoio à promoção da saúde. Os pré-requisitos para a saúde são: paz, abrigo, instrução, segurança social, relações sociais, alimento, renda, direito de voz das mulheres, um ecossistema estável, uso sustentável dos recursos, justiça social, respeito aos direitos humanos e equidade. A pobreza é, acima de tudo, a maior ameaça à saúde. As tendências demográficas tais como a urbanização, o aumento no número de pessoas idosas e a prevalência de doenças crônicas, um comportamento mais sedentário, resistência a antibióticos e a outros medicamentos disponíveis, maior uso abusivo de drogas e a violência civil e doméstica ameaçam a saúde e o bem-estar de centenas de milhões de pessoas. Estabelece também as prioridades para a promoção da saúde no século XXI: 1. Promover a responsabilidade social para com a saúde; 2. Aumentar os investimentos para fomentar a saúde; 3. Consolidar e expandir parcerias em prol da saúde; 4. Aumentar a capacidade comunitária e dar direito de voz ao indivíduo; 5. Conseguir uma infraestrutura para a promoção da saúde. REDE DE MEGAPAÍSES – 1998 A Rede de Megapaíses para a Promoção da Saúde, da Organização Mundial da Saúde, nasceu do reconhecimento da necessidade e do potencial para possibilitar um maior impacto na saúde mundial, por meio da formação de uma aliança entre os países mais populosos. Juntos, estes megapaíses atingem 60% da população do mundo: Bangladesh, Brasil, China, Índia, Indonésia, Japão, México, Nigéria, Paquistão, Federação Russa e Estados Unidos da América. DECLARAÇÃO DO MÉXICO –2000 Quinta conferência. Reconhece que a promoção da saúde e do desenvolvimento social é um dever e responsabilidade central de todos os governos, que é necessário abordar os determinantes sociais, econômicos e ambientais da saúde e que essa promoção é benéfica para toda a sociedade. Também levantam ações, como colocar a promoção da saúde como prioridade fundamental do Estado, ampliar as parcerias entre as esferas pública e privada em prol do desenvolvimento social e fortalecer entidades de saúde. REFERÊNCIAS 1. CZERESNIA,D. O conceito de saúde e a diferença entre promoção e prevenção (versão revisada e atualizada do artigo "The concept of health and the difference between promotion and prevention Cadernos de Saúde Pública, 1999). In: CZERESNIA, D.; FREITAS, C. M. (Org) Promoção da Saúde: conceitos, reflexões e tendências. Rio de Janeiro: Ed.Fiocruz, 2003 (p.39-53). disponível em http://143.107.23.244/departamentos/social/sau de_coletiva/AOconceito.pdf 2. Ministério da Saúde. Saúde da Família. 2017. Disponível em: https://www.saude.gov.br/artigos/772-acoes-e- programas/saude-da-familia/41285-saude-da- familia. Acesso em: 06 maio 2020. 3. MACHADO, Camila Aires. Diferencial entre Promoção da saúde e Prevenção de doenças. Disponível em: https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteu do/artigos/enfermagem/diferencial-entre- promocao-da-saude-e-prevencao-de- doencas/60144. Acesso em: 06 maio 2020. 4. Buss PM, Pellegrini Filho A. A Saúde e seus determinantes sociais. Physis: Rev Saúde Coletiva, Rio de Janeiro. 17(1):77-93. 5. SCLIAR, M. História do conceito de saúde. Physis, Rio de Janeiro, v. 17, n. 1, 2007. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo. [ Links ] 6. Ministério da Saúde (BR). As cartas de promoção à saúde. Brasília: O Ministério; 2002. [ Links ] 7. Leia: http://www.conass.org.br/promocao-da- saude/ http://www.scielo.br/scielo javascript:void(0); javascript:void(0); http://www.conass.org.br/promocao-da-saude/ http://www.conass.org.br/promocao-da-saude/ PROBLEMA 2 PREVENÇÃO E PROMOÇÃO DE SAÚDE HISTÓRICO DA SAÚDE NO BRASIL Suas bases foram fixadas na Constituição de 1988, promulgada após uma ditadura militar que durou 21 anos. A Carta consagrou a saúde como um direito a ser garantido pelo Estado. Desde então, o SUS contribuiu significativamente para o aumento da expectativa de vida dos brasileiros e para a redução da taxa de mortalidade infantil, entre outras conquistas. 1521 • D. Manoel baixa o Regimento do Físico- Mor e do Cirurgião-Mor do Reino, e instituindo os Comissários-Delegados nas Províncias, inclusive no Brasil. 1550 • Em Portugal, os almotacéis eram encarregados da saúde do povo, com o papel de verificar os gêneros alimentícios e destruir os que estavam em más condições. Ao Brasil-Colônia eram extensivas a legislação e as práticas vigentes em Portugal. 1744 • No reinado de D. João V, foi reiterada, ao então Vice-Rei do Brasil, Conde de Galvêas, determinação relativa às atribuições dos Comissários- Delegados, que instruía sobre a obrigatoriedade de aceitar a Delegação de Físico-Mor. 1782 • Por lei da Rainha D. Maria I, foi reformada a organização estabelecida, sendo instituída a Junta do Protomedicato, formada por sete deputados, com atribuições semelhantes às do Físico-Mor.A fiscalização foi enfatizada. 1808 • Criação da primeira organização nacional de saúde pública no Brasil. E em 27 de fevereiro foi criado o cargo de Provedor-Mor de Saúde da Corte e do Estado do Brasil, embrião do Serviço de Saúde dos Portos, com delegados nos estados. • Alvará sobre regimentos e jurisdição do Físico-Mor e Cirurgião-Mor e seus delegados (Alvará de 23/11/1808). 1828 • Após a Independência, foi promulgada, em 30 de agosto, a lei de Municipalização dos Serviços de Saúde, que conferiu às Juntas Municipais, então criadas, as funções exercidas anteriormente pelo Físico- Mor, Cirurgião-Mor e seus Delegados. No mesmo ano, ocorreu a criação da Inspeção de Saúde Pública do Porto do Rio de Janeiro, subordinada ao Senado da Câmara, sendo em 1833, duplicado o número dos integrantes. 1837 • Ficou estabelecida a imunização compulsória das crianças contra a varíola. 1846 • Obedecendo o mesmo critério de luta contra as epidemias, foi organizado o Instituto Vacínico do Império. • Mandou executar o regulamento do Instituto Vacínico do Império (Decreto nº 464, de 17/8/1846). Segunda metade do século XIX • A Revolução Industrial determinou uma profunda repercussão na estrutura social da humanidade e sobre a saúde pública. Além disso, a revolução trouxe conseqüências graves, pois as populações foram deslocadas das pequenas comunidades rurais e trazidas em massa para os centros urbanos em formação, o que criou condições propícias aos graves surtos de doenças epidêmicas. 1851 • Regulamentação da lei que criou a Junta Central de Higiene Pública, subordinada ao Ministro do Império. • Abriu ao Ministério do Império um crédito extraordinário para despesas com providências sanitárias tendentes a atalhar o progresso da febre amarela a prevenir o seu reaparecimento e a socorrer os enfermos necessitados (Decreto nº 752, de 8/1/1851). • Mandou executar o regulamento do registro dos nascimentos e óbitos (Decreto nº 798, de 18/6/1851). 1900 • Foi criado, em 25 de maio de 1900, o Instituto Soroterápico Federal, com o objetivo de fabricar soros e vacinas contra a peste. 1902 • O Presidente Rodrigues Alves, ciente da importância de ter uma capital moderna, estabeleceu como prioridade o saneamento e a reforma urbana da cidade. Para isso, convidou o engenheiro Pereira Passos para a Prefeitura e o sanitarista Oswaldo Cruz para a Diretoria Geral de Saúde Pública, o que iria inaugurar a nova era para a higiene nacional. Ampliou as atividades do Instituto Soroterápico Federal, que não mais se restringiu à fabricação de soros, mas passou a dedicar-se também à pesquisa básica e qualificação de recursos humanos. 1903 • Oswaldo Cruz foi nomeado Diretor- Geral de Saúde Pública, cargo que corresponde atualmente ao de Ministro da Saúde. Seu primeiro adversário: a febre amarela, que angariara para o Rio a reputação de Túmulo dos Estrangeiros e que matou, de 1897 a 1906, quatro mil imigrantes. • Estruturou a campanha contra a febre amarela em moldes militares, dividindo a cidade em dez distritos sanitários, cada qual chefiado por um delegado de saúde. • A polícia sanitária adotava medidas rigorosas para o combate ao mal amarílico, inclusive multando e intimando proprietários de imóveis insalubres a demolí-los ou reformá-los. Numa época em que ainda se acreditava que a maior parte das doenças era provocada pelos ares pestilenciais, a ideia de se pagar a rapagões para caçar mosquitos, como dizia uma revista de então, só poderia provocar o riso. Foi duramente criticado por charges em diversos jornais. • Em seguida, Oswaldo Cruz iniciou sua luta contra a peste bubônica. 1904 • Instituiu a Reforma Oswaldo Cruz, que criou o Serviço de Profilaxia da Febre Amarela e a Inspetoria de Isolamento e Desinfecção (com responsabilidade de combate à malária e à peste no Rio de Janeiro) (Decreto Legislativo nº 1.151, de 5/1/1904). • Tornou obrigatória, em toda a República, a vacinação e a revacinação contra a varíola (Decreto nº 1.261, de 31/10/1904). • Nessa reforma, criou a Diretoria Geral da Saúde pública. • Suas cláusulas previam vacinação antes dos seis meses de idade e para todos os militares, revacinação de sete em sete anos e exigência de atestado de imunização para candidatos a quaisquer cargos ou funções públicas, para quem quisesse se casar, viajar ou matricular-se numa escola. Davam ainda à polícia sanitária poderes para convidar todos os moradores de uma área de foco a se imunizarem. Quem se recusasse seria submetido à observação médica em local apropriado, pagando as despesas de estadia. • O projeto estipulava ainda punições e multas para médicos que emitissem atestados falsos de vacinação e revacinação, obrigava diretores de colégio a obedecerem às disposições sobre imunização dos estudantes e instituía a comunicação de todos os registros de nascimento. • Estas medidas draconianas estarreceram a população e a oposição a Oswaldo Cruz atingiu seu ápice. Os jornais lançaram violenta campanha contra a medida. Parlamentares e associações de trabalhadores protestaram e foi organizada a Liga Contra a Vacinação Obrigatória. REVOLTA DA VACINA Em meados de 1904, chegava a 1.800 o número de internações devido à varíola no Hospital São Sebastião. Mesmo assim, as camadas populares rejeitavam a vacina, que consistia no líquido de pústulas de vacas doentes. Afinal, era esquisita a ideia de ser inoculado com esse líquido. E ainda corria o boato de que quem se vacinava ficava com feições bovinas. No Brasil, o uso de vacina contra a varíola foi declarado obrigatório para crianças em 1837 e para adultos em 1846. Mas essa resolução não era cumprida, até porque a produção da vacina em escala industrial no Rio só começou em 1884. Então, em junho de 1904, Oswaldo Cruz motivou o governo a enviar ao Congresso um projeto para reinstaurar a obrigatoriedade da vacinação em todo o território nacional. Em 5 de novembro, foi criada a Liga Contra a Vacinação Obrigatória. Cinco dias depois, estudantes aos gritos foram reprimidos pela polícia. No dia 11, já era possível escutar troca de tiros. No dia 12, havia muito mais gente nas ruas e, no dia 13, o caos estava instalado no Rio. “Houve de tudo ontem. Tiros, gritos, vaias, interrupção de trânsito, estabelecimentos e casas de espetáculos fechadas, bondes assaltados e bondes queimados, lampiões quebrados à pedrada, árvores derrubadas, edifícios públicos e particulares deteriorados”, dizia a edição de 14 de novembro de 1904 da Gazeta de Notícias. Após um saldo total de 945 prisões, 461 deportados, 110 feridos e 30 mortos em menos de duas semanas de conflitos, Rodrigues Alves se viu obrigado a desistir da vacinação obrigatória. “Todos saíram perdendo. Os revoltosos foram castigados pelo governo e pela varíola. A vacinação vinha crescendo e despencou, depois da tentativa de torná-la obrigatória. 1913 • Em 1913, Oswaldo Cruz foi eleito para a Academia Brasileira de Letras. Em 1915, por motivo de saúde, abandonou a direção do Instituto Oswaldo Cruz e mudou-se para Petrópolis. Em 18 de agosto de 1916, assumiu a prefeitura daquela cidade, traçando vasto plano de urbanização, que não pôde ver implantado. Sofrendo de crise de insuficiência renal, morreu na manhã de 11 de fevereiro de 1917, com apenas 44 anos de idade. 1914 • A Inspetoria de Isolamento e Desinfecção foi transformada em Inspetoria de Serviços de Profilaxia. 1917 • Carlos Chagas assumiu a direção do Instituto Oswaldo Cruz, em 14 de fevereiro de 1917. 1918 • Foi criado o Serviço da Quinina Oficial, profilático da malária, inicial a dos medicamentos do estado, necessários ao saneamento no Brasil (Decreto nº 13.000,de 1/5/1918). • Foram iniciadas as atividades do Serviço de Profilaxia Rural, subordinado à Inspetoria de Serviços de Profilaxia (Decreto nº 13.001, de 1/5/1918). 1920 • Novo marco importante da evolução sanitária brasileira com a reforma de Carlos Chagas que, reorganizando os Serviços de Saúde Pública, criou o Departamento Nacional de Saúde Pública. A regulamentação desse diploma legal sofreu substituição e modificações até a publicação do Decreto em 1923, que vigorou como Regulamento Sanitário Federal, por muitos anos. • Regulamentou o Decreto nº 3.987, de 2 de janeiro de 1920, que criou o Departamento Nacional de Saúde Pública (Decreto nº 14.189, de 26/5/1920). • Aprovou o regulamento para o Departamento Nacional de Saúde Pública, em substituição do que acompanhou o Decreto nº 14.189, de 26 de maio de 1920 (Decreto nº 14.354, de 15/9/1920). 1921 • Instituiu a Reforma Carlos Chagas, que ampliou as atividades de cooperação com estados, por meio da Diretoria de Saneamento e Profilaxia Rural (Decreto nº 15.003, de 15/9/1921). 1921 • Assim que, em 24 de janeiro de 1923, foi aprovado pelo Congresso 7 Nacional a Lei Eloi Chaves, marco inicial da previdência social no Brasil. Através desta lei foram instituídas as Caixas de Aposentadoria e Pensão (CAP’s). A propósito desta lei devem ser feitas as seguintes considerações: · a lei deveria ser aplicada somente ao operariado urbano. Para que fosse aprovado no Congresso Nacional, dominado na sua maioria pela oligarquia rural foi imposta a condição de que este benefício não seria estendido aos trabalhadores rurais. Fato que na história da previdência do Brasil perdurou até a década de 60, quando foi criado o FUNRURAL. · Outra particularidade refere-se ao fato de que as caixas deveriam ser organizadas por empresas e não por categorias profissionais. · A criação de uma CAP também não era automática, dependia do poder de mobilização e organização dos trabalhadores de determinada empresa para reivindicar a sua criação. 1930 • Criação do Ministério dos Negócios da Educação e Saúde Pública (Decreto nº 19.402, de 14/11/1930). • Os serviços relacionados com a saúde pública foram transferidos para o novo Ministério dos Negócios da Educação e Saúde Pública. • Reativado o Serviço de Profilaxia de Febre Amarela, em função da epidemia de 1927-1928, no Rio de Janeiro, e da dispersão do mosquito transmissor. 1931 • Em março de 1931, o sanitarista João de Barros Barreto assumiu a diretoria do Serviço Sanitário Estadual de São Paulo. Na gestão desse médico, foi formada a Secretaria Estadual de Educação e Saúde Pública, embora o Decreto que ordenou a sua criação tenha sido um dos últimos atos do dirigente anterior. Vale lembrar que já em 14 de novembro de 1930, com o Decreto nº 19.402, o Governo Federal havia criado o Ministério dos Negócios da Educação e Saúde Pública. 1932 • Convênio com a Fundação Rockefeller, para intensificação das atividades de controle da febre amarela, encerrado em 1939, com a extinção do Serviço de Profilaxia da Febre Amarela. • No Brasil surgiram o ensino e a pesquisa científica no campo da administração, com a criação do Instituto de Organização Racional do Trabalho (Idort). Na década de 1930, outro passo importante na racionalização da Administração Pública foi a criação do Departamento Administrativo do Serviço Público (Dasp). 1939 • Criação do Serviço de Malária do Nordeste (SMN) para intensificar o combate ao Anopheles gambiae, introduzido em Natal/RN, em 1930. Foi estabelecido, com essa finalidade, novo convênio com a Fundação Rockefeller. O SMN existiu até 1941, quando foi erradicado o mosquito (Decreto nº 1.042, de 11/1/1939). 1941 • Nesse período, foi processada nova reforma da Saúde Pública Federal, orientada por Barros Barreto. A estrutura criada manteve as linhas gerais durante vários anos, apesar dos cortes sofridos em várias oportunidades. 1942 • Em 31 de julho de 1942, o Instituto Evandro Chagas (IEC), fundado em 10 de novembro de 1936 sob a denominação de Instituto de Patologia Experimental do Norte, passou a integrar o Sesp, na condição de laboratório central. • A ampliação do convênio básico levou o Sesp a atuar no Vale do Rio Doce, prestando assistência aos trabalhadores na reconstrução da estrada de ferro Vitória-Minas. • I Conferência Nacional de Saúde. 1943 • Criação da Campanha Contra a Bouba (uma infecção tropical da pele, ossos e articulações causadas pela bactéria Treponema pallidum pertenue). • Implantação dos Postos Experimentais de Combate à Esquistossomose (Catende/PE) e ao Tracoma (Jacarezinho/PR). 1944 • Criação do Serviço Nacional de Helmintoses (em especial a esquistossomose e a ancilostomose). 1951 • Decisão da Assembléia Mundial da Saúde em promover o controle da varíola em todo o mundo. 1953 • Criação do Ministério da Saúde, regulamentado pelo Decreto nº 34.596, de 16 de novembro de 1953 (Lei nº 1.920, de 25/7/1953). • Tornou obrigatária a iodação do sal de cozinha destinado a consumo alimentar nas regiões bocígenas do país (Lei nº 1.944, de 14/8/1953). 1954 • Estabeleceu normas gerais sobre a defesa e proteção da saúde. Art.1º É dever do Estado, bem como da família, defender e proteger a saúde do indivíduo (Lei nº 2.312, de 3/ 9/1954). Ministério da Saúde: o primeiro Ministério com ações na área da saúde foi criado em 1930, durante o governo de Getúlio Vargas, com o nome de Ministério dos Negócios da Educação e Saúde Pública. Em 1937 passou a se chamar Ministério da Educação e Saúde. Em 25 de julho de 1953 foi definido como Ministério da Saúde. 1956 • Criou o Departamento Nacional de Endemias Rurais (DENERu). 1958 • Criação do Grupo de Trabalho para a Erradicação da Malária (Gtem). 1958 Após longa tramitação, a Lei Orgânica de Previdência Social só foi finalmente sancionada em 1960, acompanhada de intenso debate político a nível legislativo em que os representantes das classes trabalhadoras se recusavam à unificação , uma vez que isto representava o abandono de muitos direitos conquistados, além de se constituírem os IAPs naquela epóca em importantes feudos políticos e eleitorais. 1961 • Início da produção, no Brasil, da vacina liofilizada contra a varíola, em substituição à tradicional, em forma de linfa, pouco estável. • Realização das primeiras campanhas com a vacina oral contra a poliomielite: projetos experimentais em Petrópolis/RJ e Santo André/SP. • Introdução da técnica de diagnóstico laboratorial da poliomielite, no Instituto Oswaldo Cruz (IOC). • Regulamentação do Código Nacional de Saúde, Lei nº 2.312, de 3 de setembro de 1954, estabelecendo as Normas Gerais sobre Defesa e Proteção da Saúde (Decreto nº 49.974- A, de 21/1/1961). 1962 • Instituição da Campanha Nacional contra a Varíola. • Primeiro ensaio para administração da vacina BCG Intradérmica, no Brasil. 1965 • Criação da Campanha de Erradicação da Malária (CEM), independente do DENERu (Lei nº 4.709, de 28/6/1965). 1966 • Criação da Campanha de Erradicação da Varíola (CEV), também subordinada diretamente ao Ministério da Saúde, dirigida por pessoal dos quadros da Fundação Sesp (Decreto nº 59.153, de 31/8/1966). • Criação dos INPS. 1971 • Instituído o Plano Nacional de Controle da Poliomielite. • Criação da Central de Medicamentos (Ceme). 1976 • Regulamentou a Lei nº 6.259/75. Dispôs sobre a organização das Ações de Vigilância Epidemiológica, e o Programa Nacional de Imunizações. Estabeleceu normas relativas à notificação compulsória de doenças (Decreto nº 78.231, de 12/8/1976). • Aprovou o Programa de Interiorização das Ações de Saúde e Saneamento no Nordeste (Decreto nº 78.307,de 24/8/1976). • Implantação do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM). • Estabelecimento das doenças de notificação compulsória (Portaria GM/MS nº 314, de 27/8/1976). • Implantação do sistema nacional de vigilância de casos suspeitos de poliomielite. • Criou a Secretaria Nacional de Ações Básicas de Saúde (Snabs) e a Secretaria Nacional de Programas Especiais de Saúde (Snpes) (Decreto nº 79.056, de 30/12/1976). • Campanha de Vacinação Contra a Meningite Menigocócica (Sucam e Fsesp). 1977 • Aprovação do modelo da Caderneta de Vacinação (Portaria GM/MS nº 85, de 4/4/1977). • Ocorrência dos últimos casos de varíola registrados no mundo. 1979 • Certificação, pela OMS, da erradicação global da varíola. • Implantação, pela Fiocruz, do concentrado viral para diluição da vacina contra sarampo. 1981 • Executado o Plano de Ação Contra o Sarampo, por intermédio de campanhas estaduais de vacinação (adoção da estratégia de campanha para a vacina contra o sarampo, mantida por alguns estados em 1982 e 1983). • Inauguração do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS), da Fiocruz. 1983 • A estratégia de dias nacionais de vacinação passa a ser recomendada pela Opas e pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), sendo adotada por outros países latino- americanos. 1985 • Instituído o Programa de Controle de Acidentes Ofídicos. • A vacinação com a BCG passou a ser responsabilidade do PNI (Programa Nacional de Imunizações). • Início do Programa Pólio Plus, do Rotary Internacional, para promover a imunização infantil. • Criação do Subsistema Nacional de Controle de Doenças Transmissíveis. 1986 • Aprovou o Plano de Ação para a Erradicação da Poliomielite no Brasil (Resolução Ciplan nº 4, de 6/2/1986). • Introdução do Dia Nordestino de Vacinação Contra a Poliomielite. • Criação do personagem símbolo da erradicação da poliomielite, o Zé Gotinha, e publicação do documento “A marca de um compromisso”. CONSTITUIÇÃO DE 1988 Arts. 196 a 200 Seção II Da Saúde. Título VIII, Capítulo II, Seção II, Da Saúde Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação. Art. 197. São de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao Poder Público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feita diretamente ou através de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado. Art. 198. As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes: 1. descentralização, com direção única em cada esfera de governo; 2. atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais; 3. participação da comunidade. Parágrafo único. O Sistema Único de Saúde será financiado, nos termos do art. 195, com recurso do orçamento da Seguridade Social da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, além de outras fontes. Art. 199. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada. §1º As instituições privadas poderão participar de forma complementar do sistema único de saúde, segundo diretrizes deste, mediante contrato de direito público ou convênio, tendo preferência as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos. §2º É vedada a destinação de recursos públicos para auxílios ou subvenções às instituições privadas com fins lucrativos. §3º É vedada a participação direta ou indireta de empresas ou capitais estrangeiros na assistência à saúde no País, salvo nos casos previstos em lei. §4º A lei disporá sobre as condições e os requisitos que facilitem a remoção de órgãos, tecidos e substâncias humanas para fins de transplante, pesquisa e tratamento, bem como a coleta, processamento e transfusão de sangue e seus derivados, sendo vedado todo o tipo de comercialização. Art. 200. Ao Sistema Único de Saúde compete, além de outras atribuições, nos termos da lei: 1. controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de interesse para a saúde e participar da produção de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos, hemoderivados e outros insumos; 2. executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde do trabalhador; 3. ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde; 4. participar da formulação da política e da execução das ações de saneamento básico; 5. incrementar em sua área de atuação o desenvolvimento científico e tecnológico; 6. fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu teor nutricional, bem como bebidas e águas para o consumo humano; 7. participar do controle e fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos; 8. colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho. LEI 8.080 19 DE SETEMBRO DE 1990 Também chamada de lei orgânica da saúde. Art.7: I - universalidade de acesso aos serviços de saúde em todos os níveis de assistência; II - integralidade de assistência, entendida como conjunto articulado e contínuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema; III - preservação da autonomia das pessoas na defesa de sua integridade física e moral; IV - igualdade da assistência à saúde, sem preconceitos ou privilégios de qualquer espécie; V - direito à informação, às pessoas assistidas, sobre sua saúde; VI - divulgação de informações quanto ao potencial dos serviços de saúde e a sua utilização pelo usuário; VII - utilização da epidemiologia para o estabelecimento de prioridades, a alocação de recursos e a orientação programática; VIII - participação da comunidade; IX - descentralização político-administrativa, com direção única em cada esfera de governo: a) ênfase na descentralização dos serviços para os municípios; b) regionalização e hierarquização da rede de serviços de saúde; X - integração em nível executivo das ações de saúde, meio ambiente e saneamento básico; XI - conjugação dos recursos financeiros, tecnológicos, materiais e humanos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios na prestação de serviços de assistência à saúde da população; XII - capacidade de resolução dos serviços em todos os níveis de assistência; XIII - organização dos serviços públicos de modo a evitar duplicidade de meios para fins idênticos. Art. 16. A direção nacional do Sistema Único da Saúde (SUS) compete: I - formular, avaliar e apoiar políticas de alimentação e nutrição; II - participar na formulação e na implementação das políticas: a) de controle das agressões ao meio ambiente; b) de saneamento básico; e c) relativas às condições e aos ambientes de trabalho; III - definir e coordenar os sistemas: a) de redes integradas de assistência de alta complexidade; b) de rede de laboratórios de saúde pública; c) de vigilância epidemiológica; e d) vigilância sanitária; Art. 18. À direção municipal do Sistema de Saúde (SUS) compete: I - planejar, organizar, controlar e avaliar as ações e os serviços de saúde e gerir e executar os serviços públicos de saúde; II - participar do planejamento, programação e organização da rede regionalizada e hierarquizada do Sistema Único de Saúde (SUS), em articulação com sua direção estadual; III - participar da execução, controle e avaliação das ações referentes às condições e aos ambientesde trabalho; IV - executar serviços: a) de vigilância epidemiológica; b) vigilância sanitária; c) de alimentação e nutrição; d) de saneamento básico; e e) de saúde do trabalhador; Art. 23. É permitida a participação direta ou indireta, inclusive controle, de empresas ou de capital estrangeiro na assistência à saúde nos seguintes casos: (Redação dada pela Lei nº 13.097, de 2015) I - doações de organismos internacionais vinculados à Organização das Nações Unidas, de entidades de cooperação técnica e de financiamento e empréstimos; (Incluído pela Lei nº 13.097, de 2015) II - pessoas jurídicas destinadas a instalar, operacionalizar ou explorar: (Incluído pela Lei nº 13.097, de 2015) a) hospital geral, inclusive filantrópico, hospital especializado, policlínica, clínica geral e clínica especializada; e (Incluído pela Lei nº 13.097, de 2015) b) ações e pesquisas de planejamento familiar; (Incluído pela Lei nº 13.097, de 2015) III - serviços de saúde mantidos, sem finalidade lucrativa, por empresas, para atendimento de seus empregados e dependentes, sem qualquer ônus para a seguridade social; e (Incluído pela Lei nº 13.097, de 2015) IV - demais casos previstos em legislação específica. (Incluído pela Lei nº 13.097, de 2015) Antes capital estrangeiro não funcionava assim. RESUMO: A partir desta lei, observamos que algumas das atribuições do SUS são: -Assistência terapêutica integral; - Assistência farmacêutica; -Controle e fiscalização de alimentos, água e bebidas, garantindo Orientação familiar; -Participação na preparação de recursos humanos; - Orientação familiar; -Acompanhar a Saúde do trabalhador; -Vigilância epidemiológica; -Vigilância nutricional; -Vigilância sanitária. Ponto importante é que “veta” a participação popular, sendo que mais tarde, a 8142/90 inclui. A mesma lei em outro artigo estabelece a forma de repasse de recursos financeiros a serem transferidos para estados e municípios, e que deveriam ser baseados nos seguintes critérios: perfil demográfico; perfil epidemiológico; rede de serviços instalada; desempenho técnico; ressarcimento de serviços prestados. Este artigo foi substancialmente modificado com a edição das NOBs que regulamentaram a aplicação desta lei. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13097.htm#art142 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13097.htm#art142 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13097.htm#art142 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13097.htm#art142 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13097.htm#art142 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13097.htm#art142 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13097.htm#art142 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13097.htm#art142 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13097.htm#art142 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13097.htm#art142 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13097.htm#art142 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13097.htm#art142 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13097.htm#art142 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13097.htm#art142 NOB é a abreviatura de Norma Operacional Básica, que trata da edição de normas operacionais para o funcionamento e operacionalização do SUS de competência do Ministério da Saúde, tendo sido editadas até hoje: a NOB-SUS 01/91, NOB-SUS 01/93, NOB-SUS 01/96 LEI 8.142 28 DE DEZEMBRO DE 1990 Também chamada de Lei orgânica do SUS. 50% da participação nos conselhos tem que ser popular. A conferência não tem caráter legislativo e nem permanente. O usuário muda e a conferência municipal faz o documento e escolhe procuradores para os estaduais. As conferências servem para levar em conta as situações da saúde, para que sejam levadas em conta nas conferências de saúde. A Lei n. º 8.142/90, resultado da luta pela democratização dos serviços de saúde, representa uma vitória significativa. A partir deste marco legal, foram criados os Conselhos e as Conferências de Saúde como espaços vitais para o exercício do controle social do Sistema Único de Saúde (SUS). Art. 1° O Sistema Único de Saúde (SUS), de que trata a Lei n° 8.080, de 19 de setembro de 1990, contará, em cada esfera de governo, sem prejuízo das funções do Poder Legislativo, com as seguintes instâncias colegiadas: I - a Conferência de Saúde; e II - o Conselho de Saúde. § 1° A Conferência de Saúde reunir-se-á a cada quatro anos com a representação dos vários segmentos sociais, para avaliar a situação de saúde e propor as diretrizes para a formulação da política de saúde nos níveis correspondentes, convocada pelo Poder Executivo ou, extraordinariamente, por esta ou pelo Conselho de Saúde. § 2° O Conselho de Saúde, em caráter permanente e deliberativo, órgão colegiado composto por representantes do governo, prestadores de serviço, profissionais de saúde e usuários, atua na formulação de estratégias e no controle da execução da política de saúde na instância correspondente, inclusive nos aspectos econômicos e financeiros, cujas decisões serão homologadas pelo chefe do poder legalmente constituído em cada esfera do governo. § 3° O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems) terão representação no Conselho Nacional de Saúde. § 4° A representação dos usuários nos Conselhos de Saúde e Conferências será paritária em relação ao conjunto dos demais segmentos. § 5° As Conferências de Saúde e os Conselhos de Saúde terão sua organização e normas de funcionamento definidas em regimento próprio, aprovadas pelo respectivo conselho. CRÍTICAS Eugênio Vilaça – O SUS vive uma grave crise. Em parte, como reflexo da conjuntura nacional em que se combinam crises econômica e política; em parte, em função de problemas estruturais que não foram solucionados ao longo de sua existência. A crise econômica gera crescimento negativo do produto interno bruto (PIB), o que determina uma crise fiscal que atinge, ao mesmo tempo, a União, os estados e os municípios e leva ao http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8080.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8080.htm aumento do desemprego e à queda da renda média do trabalhador. Por outro lado, a crise política expressa, de forma aguda, o esfacelamento dos processos de representação política, o que dificulta a formulação e aplicação de uma agenda mínima sobre o futuro de nossa nação, incluindo solução de consenso sobre o sistema público de saúde. O SUS apresenta três grandes problemas estruturantes: no plano da organização macroeconômica, a segmentação que conduz ao dilema entre a universalização e a segmentação; no plano da organização microeconômica, a fragmentação do sistema e seu modelo de gestão; e no plano econômico, o seu subfinanciamento. REFERÊNCIAS 1. ENFCONCURSOS. Princípios e Diretrizes: sistema único de saúde. Sistema Único de Saúde. Disponível em: https://www.enfconcursos.com/uploads/slides/2 015/05/slides_1431988487555a690724664.pdf. Acesso em: 11 maio 2020. 2. NUNES, Everardo Duarte. Sobre a história da saúde pública: idéias e autores. Ciênc. saúde coletiva [online]. 2000, vol.5, n.2, pp.251-264. ISSN 1413-8123. 3. PAIVA, Henrique. Epidemias brasileiras e a prática de dizimar os povos. 2020. Portal Outras mídias. Disponível em: https://outraspalavras.net/outrasmidias/epidemi as-brasileiras-e-a-pratica-de-dizimar-os-povos/. Acesso em: 11 maio 2020. 4. BRASIL. Funasa. Assessoria de Comunicação. Cronologia Histórica da Saúde Pública. 2017. Disponível em: http://www.funasa.gov.br/cronologia-historica-da-saude-publica. Acesso em: 08 maio 2020. 5. BRASIL. Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990. Lei Orgânica da Saúde. Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. Brasília, set. 1990. 6. Brasil. Conselho Nacional de Secretários de Saúde. Legislação do SUS / Conselho Nacional de Secretários de Saúde. - Brasília : CONASS, 2003 7. SAUDEAMANHÃ. Desafios do SUS. 2016. FIOCRUZ. Disponível em:https://saudeamanha.fiocruz.br/desafios-do- sus/#.XrlnG2hKjIV. Acesso em: 09 maio 2020. 8. BRASIL.Lei n.º 8142, de 28 de dezembro de 1990. Dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde - SUS e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde e dá outras providências. 9. SOUZA, Natale. A importância do controle social e a Lei 8.142/90. 2017. Por Sanar Saúde. Disponível em: https://www.sanarsaude.com/noticia- saude/enfermagem/a-importancia-do-controle- social-e-a-lei-8-142-90-5420. Acesso em: 11 maio 2020. 10. HISTÓRIA DAS POLÍTICAS DE SAÚDE NO BRASIL: Uma pequena revisão Marcus Vinícius Polignano https://www.conass.org.br/bibliote cav3/pdfs/colecao2011/livro_1.pdf https://www.romulopassos.com.br /img/uploads/aula-lei-8080- 90%20pdf.pdf https://www.conass.org.br/bibliotecav3/pdfs/colecao2011/livro_1.pdf https://www.conass.org.br/bibliotecav3/pdfs/colecao2011/livro_1.pdf https://www.romulopassos.com.br/img/uploads/aula-lei-8080-90%20pdf.pdf https://www.romulopassos.com.br/img/uploads/aula-lei-8080-90%20pdf.pdf https://www.romulopassos.com.br/img/uploads/aula-lei-8080-90%20pdf.pdf PROBLEMA 3 ATENÇÃO À SAÚDE NORMAS OPERACIONAIS BÁSICAS (NOB) NOB-SUS 01/1991: Dificulta o financiamento e descentralização do SUS, favorecendo as instituições privadas. Equiparou servidores públicos e privados no que se refere à modalidade de financiamento, que passou a ser, em ambos os casos por meio do pagamento pela prestação de serviços; • Centralizou a gestão do SUS em nível federal (INAMPS), o que dificultou o processo de descentralização de municipalização; • Estabeleceu o instrumento convenial como forma de transferência de recursos do INAMPS para os estados, Distrito Federal e os municípios, com o objetivo de burocratizar e dificultar a transferência de recursos para os fundos estaduais e municipais de saúde; • Implantou o Sistema de Informações ambulatoriais do SUS (SIA/SUS). NOB-SUS 01/1992: Manteve o Inamps como órgão responsável pelo repasse de recursos financeiros aos municípios e estados. Continuou utilizando o instrumento convenial como forma de transferir recursos para os estados e municípios. Somente com a extinção do INAMPS em 1993 e a manutenção do Ministério da saúde como a única autoridade sanitária em âmbito federal, SES estadual e a SMS a nível municipal, pôde- se permitir a direção única em cada esfera, defendida pela constituição de 1988. NOB-SUS 01/1993: Formalizou os princípios aprovados na 9ª conferência Nacional de Saúde (1992), que teve como tema central: “a municipalização é o caminho”. Desencadeou um amplo processo de municipalização da gestão com habilitação dos municípios nas condições de gestão criadas (incipiente, parcial e semiplena). Criou a transferência financeira regular e automática e as comissões bipartite (CIB - estadual e municipal) e tripartite (CIT - estadual, municipal e federal). NOB-SUS 01/1996: Definiu o papel e a responsabilidade de cada esfera do governo na construção do SUS. Revoga aqueles sistemas de gestão. Também fortalece a PPI. Aumentou a participação percentual da transferência regular e automática dos recursos federais para estados e municípios. Fortaleceu a gestão do SUS por meio da CIT e CIB. Criou o piso de Atenção Básica (PAB), a Fração Ambulatorial Especializada (FAE) e a Autorização de Procedimentos de Alta Complexidade/Custo (APAC). Aprimorou o planejamento e a definição de orientações para elaborar a Programação Pactuada e Integrada. PROGRAMAÇÃO PACTUADA E INTEGRADA (PPI) Processo de programação da atenção à saúde e alocação de recursos da assistência à saúde que deve ser realizado pelos estados e municípios brasileiros. Envolve a definição, a negociação e a formalização de pactos entre os gestores, com o objetivo de estabelecer, de forma transparente, os fluxos assistenciais das redes regionalizadas e hierarquizadas de serviços, bem como os limites financeiros destinados a cada município, explicitando as parcelas destinadas à assistência da população e as referências recebidas de outros municípios. É, portanto, uma etapa do planejamento em saúde que agrega funções de alocação de recursos e reorganização das redes de atenção, concretizando as diretrizes e prioridades expressas nos processos e instrumentos gerais de planejamento, tais como: planos de saúde, planos plurianuais de saúde e outros. Embora até o momento a PPI tenha se restringido a recursos federais de custeio, pretende-se que passe a englobar recursos próprios dos estados e dos municípios. A PPI deve ser construída em três etapas: 1) Etapa preliminar – Em coerência com as diretrizes da política de saúde estabelecida nos planos estaduais de saúde, planos plurianuais, pacto da atenção básica, planos diretores de regionalização e demais instrumentos do planejamento, o gestor estadual e os gestores municipais definem conjuntamente, por meio das Comissões Intergestores Bipartite (CIB), as situações específicas de seus territórios, no campo da assistência. Resulta dessa fase a macroalocação dos recursos a serem programados e os parâmetros assistenciais médios a serem adotados, de maneira a refletir as prioridades definidas. 2) Etapa de programação municipal – O processo de programação é descentralizado para os municípios, etapa em que os gestores municipais adaptam os parâmetros às especificidades locais e promovem a pactuação das referências intermunicipais, por meio de fóruns regionais e ou microrregionais. Nessa etapa, a coordenação e o apoio técnico da secretaria estadual de saúde (SES) são fundamentais. O processo deve resultar na composição dos tetos municipais e na formalização dos pactos. 3) Etapa de consolidação da PPI estadual – A SES deve proceder à compatibilização das programações municipais, à consolidação do teto estadual e deve publicar em Diário Oficial do estado os limites financeiros assistenciais. Uma nova proposta de PPI está em elaboração, introduzindo mudanças nessas diretrizes, incluindo a lógica da programação, as aberturas programáticas e a concepção do Sistema de Informações da Programação Pactuada e Integrada (SisPPI), projeto conjunto da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) e do DATASUS que inclui a etapa de programação intramunicipal e chega aos estabelecimentos de saúde. A PPI só terá utilidade prática se refletir os fluxos estabelecidos e for acompanhada sistematicamente. INTEGRALIDADE Um dos princípios do SUS, a integralidade está presente tanto nas discussões quanto nas práticas na área da saúde e está relacionada à condição integral, e não parcial, de compreensão do ser humano. Ou seja: o sistema de saúde deve estar preparado para ouvir o usuário, entendê-lo inserido em seu contexto social e, a partir daí, atender às demandas e necessidades desta pessoa. “A ‘integralidade’ como eixo prioritário de uma política de saúde, ou seja, como meio de concretizar a saúde como uma questão de cidadania, significa compreender sua operacionalização a partir de dois movimentos recíprocos a serem desenvolvidos pelos sujeitos implicados nos processos organizativos em saúde: a superação de obstáculos e a implantação deinovações no cotidiano dos serviços de saúde, nas relações entre os níveis de gestão do SUS e nas relações destes com a sociedade” AÇÃO INTEGRAL A SAÚDE Trata-se de um conceito amplo que reflete uma estratégia frente à necessidade de concepção de um novo modelo para a saúde, tendo como um dos segmentos fortes a atenção primária e a ênfase na Medicina Preventiva, que se afirma como opção para reestruturação dos sistemas de saúde com base na atenção integral, articulando-se com as modernas práticas de gestão, utilizando a epidemiologia clínica como ferramenta e voltando-se à informação em saúde, a partir da vigilância, alicerçando-se na promoção da saúde e na prevenção de riscos e doenças. Exemplo: A proposição da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem Visa qualificar a saúde da população masculina na perspectiva de linhas de cuidado que resguardem a integralidade da atenção. O reconhecimento de que os homens adentram o sistema de saúde por meio da atenção especializada tem como consequência o agravo da morbidade pelo retardamento na atenção e maior custo para o SUS. É necessário fortalecer e qualificar a atenção primária garantindo, assim, a promoção da saúde e a prevenção aos agravos evitáveis. REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE ATENÇÃO BÁSICA À SAÚDE A atenção básica caracteriza-se por um conjunto de ações de saúde, no âmbito individual e coletivo, que abrange a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação e a manutenção da saúde. É desenvolvida por meio do exercício de práticas gerenciais e sanitárias, democráticas e participativas, sob forma de trabalho em equipe, e dirigidas a populações de territórios bem delimitados, pelas quais assume a responsabilidade sanitária, considerando a dinamicidade existente no território em que vivem essas populações. Utiliza tecnologias de elevada complexidade e baixa densidade. É o contato preferencial dos usuários com os sistemas de saúde. Orienta-se pelos princípios da universalidade, da acessibilidade e da coordenação do cuidado, do vínculo e da continuidade, da integralidade, da responsabilização, da humanização, da equidade e da participação social (...). A atenção básica tem a Saúde da Família como estratégia prioritária para sua organização de acordo com os preceitos do Sistema Único de Saúde. Por tecnologia de baixa densidade fica subentendido que a atenção primária inclui um rol de procedimentos menos complexos, capazes de atender à maior parte dos problemas comuns de saúde da comunidade, embora sua organização, seu desenvolvimento e sua aplicação possam demandar estudos de alta complexidade teórica e profundo conhecimento empírico da realidade. MÉDIA COMPLEXIDADE A média complexidade ambulatorial é composta por ações e serviços que visam atender aos principais problemas e agravos de saúde da população, cuja complexidade da assistência na prática clínica demande a disponibilidade de profissionais especializados e a utilização de recursos tecnológicos, para o apoio diagnóstico e tratamento. O material de apoio conhecido como O SUS de A a Z versão 2009, elaborado pelo Ministério da Saúde, traz uma relação dos grupos que compõem os procedimentos de média complexidade do Sistema de Informações Ambulatoriais (SIA): • procedimentos especializados realizados por profissionais médicos, outros profissionais de nível superior e nível médio; • cirurgias ambulatoriais especializadas; • procedimentos traumato-ortopédico; • ações especializadas em odontologia; • patologia clínica; • anatomopatologia e citopatologia; • radiodiagnóstico; • exames ultrassonográficos; • diagnose; • fisioterapia; • terapias especializadas; • próteses e órteses; • anestesia. ALTA COMPLEXIDADE Conjunto de procedimentos que, no contexto do SUS, envolve alta tecnologia e alto custo, objetivando propiciar à população acesso a serviços qualificados, integrando-os aos demais níveis de atenção à saúde (atenção básica e de média complexidade). As principais áreas que compõem a alta complexidade do SUS, e que estão organizadas em “redes”, são: • assistência ao paciente portador de doença renal crônica (por meio dos procedimentos de diálise); • assistência ao paciente oncológico; • cirurgia cardiovascular; • cirurgia vascular; • cirurgia cardiovascular pediátrica; • procedimentos da cardiologia intervencionista; • procedimentos endovasculares extracardíacos; • laboratório de eletrofisiologia; • assistência em traumato-ortopedia; • procedimentos de neurocirurgia; • assistência em otologia; • cirurgia de implante coclear; • cirurgia das vias aéreas superiores e da região cervical; • cirurgia da calota craniana, da face e do sistema estomatognático; • procedimentos em fissuras labiopalatais; • reabilitação protética e funcional das doenças da calota craniana, da face e do sistema estomatognático; • procedimentos para a avaliação e tratamento dos transtornos respiratórios do sono; • assistência aos pacientes portadores de queimaduras; • assistência aos pacientes portadores de obesidade (cirurgia bariátrica); • cirurgia reprodutiva; • genética clínica; • terapia nutricional; • distrofia muscular progressiva; • osteogênese imperfeita; • fibrose cística e reprodução assistida. Os procedimentos da alta complexidade encontram-se relacionados na tabela do SUS, em sua maioria no Sistema de Informações Hospitalares do SUS, e estão também no Sistema de Informações Ambulatoriais em pequena quantidade, mas com impacto financeiro extremamente alto, como é o caso dos procedimentos de diálise, da quimioterapia, da radioterapia e da hemoterapia. REGIONALIZAÇÃO Embora considerável, a construção de estrutura física como hospitais, postos de saúde ou clínicas especializadas representam apenas uma pequena parte do custo do sistema de saúde. Os investimentos necessários para compra e manutenção de equipamentos e contratação de mão de obra especializada representam muitas vezes investimentos maiores que os necessários para a construção destes centros. Para tentar diminuir este problema o SUS adotou a regionalização dos serviços de saúde como metodologia para estender estes serviços a uma maior parcela da população. A tentativa se pauta na disponibilização de um conjunto de centros de atendimento com variados níveis de atenção espalhados estrategicamente pelo território com o objetivo de oferecer atendimento especializado a população de uma região predefinida. A regionalização da saúde é, desta maneira, uma espécie de plano de logística aplicado à saúde, uma vez que prevê o deslocamento orientado de alguns pacientes residentes de uma região para que iniciem ou continuem seu tratamento especializado num hospital central, teoricamente melhor equipado e preparado para aquele tipo de atendimento naquela região. NOAS – NORMA OPERACIONAL DA ASSISTÊNCIA À SAÚDE (2001 E 2002) Explicam como a descentralização deve ocorrer e ilustra mecanismos de ampliação e desenvolvimento do SUS. PLANO DIRETOR DE REGIONALIZAÇÃO (PDR) Considerado um dos instrumentos de planejamento e coordenação do processo de regionalização, o PDR deverá expressar o desenho final do processo de identificação e reconhecimento das regiões de saúde, em suas diferentes formas, em cada estado e no Distrito Federal. O PDR deverá traçar o desenho final do processo de pactuação entre os gestores e conter: 1) caracterização do Estado; 2) identificação das regiões de saúde nas suas diferentes formas; 3) mapas dos arranjos regionais que conformam as macrorregiões de saúde, caracterizando as ações e os serviços contidos ou a serem oferecidos; 4) identificação
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