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TCC ENTREGA FINAL 8

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FACULDADE ÚNICA DE IPATINGA 
ENGENHARIA CIVIL 
 
 
 
 
 
 
ANDERSON LUIZ NOGUEIRA 
ARIANE ALVES DE LIMA E SILVA 
JARDEL RODRIGUES DOS REIS 
RODOLFO RODRIGO RIBEIRO 
 
 
 
 
 
 
ESTUDO COMPARATIVO ENTRE OS MÉTODOS CONSTRUTIVOS LIGHT STEEL 
FRAMING E O CONVENCIONAL DE ALVENARIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
IPATINGA 
2017 
 
ANDERSON LUIZ NOGUEIRA 
ARIANE ALVES DE LIMA E SILVA 
JARDEL RODRIGUES DOS REIS 
RODOLFO RODRIGO RIBEIRO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESTUDO COMPARATIVO ENTRE OS MÉTODOS CONSTRUTIVOS LIGHT STEEL 
FRAMING E O CONVENCIONAL DE ALVENARIA 
 
 
 
Trabalho de conclusão de curso 
apresentado ao curso de Engenharia Civil 
da Faculdade Única de Ipatinga - ÚNICA, 
como requisito parcial para obtenção do 
título de Engenheiro Civil. 
Orientador: Prof.° Julimar Cosme da Silva 
 
 
 
 
IPATINGA 
2017
 
 
 
ANDERSON LUIZ NOGUEIRA 
ARIANE ALVES DE LIMA E SILVA 
JARDEL RODRIGUES DOS REIS 
RODOLFO RODRIGO RIBEIRO 
 
 
ESTUDO COMPARATIVO ENTRE OS MÉTODOS CONSTRUTIVOS LIGHT STEEL 
FRAMING E O CONVENCIONAL DE ALVENARIA 
 
 
 
Trabalho de conclusão de curso 
apresentado ao curso de Engenharia Civil 
da Faculdade Única de Ipatinga - ÚNICA, 
como requisito parcial para obtenção do 
título de Engenheiro Civil. 
 
Aprovada em ____/____/________ 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
_________________________________________________ 
Prof.(a): Julimar Cosme da Silva 
Faculdade Única de Ipatinga - ÚNICA 
 
_________________________________________________ 
Prof.(a): 
Faculdade Única de Ipatinga - ÚNICA 
 
_________________________________________________ 
Prof.(a): 
Faculdade Única de Ipatinga - ÚNICA 
 
AGRADECIMENTO 
Agradecemos primeiramente a Deus pela vida e por nos dar a capacidade 
de aprender diariamente. Agradecemos também nossos familiares, que acreditaram 
em nosso potencial e pela paciência que tiveram conosco em nossos períodos de 
ausência, onde estávamos dedicando nosso tempo ao aprendizado. 
Agradecemos ao professor orientador Julimar Cosme da Silva e ao 
coordenador do Curso de Engenharia Civil Marcelo de Lima Beloni, que nos 
apoiaram e sempre estiveram presentes quando solicitados. 
Aos demais professores, demonstramos nosso respeito e confiança pelo 
conhecimento que nos foi transmitido. 
 
Resumo 
Este trabalho traz uma analogia dentre os sistemas construtivos em Light 
Steel Framing e estruturas convencionais em uma unidade básica de saúde na 
cidade de Coronel Fabriciano - MG. Para se fazer a análise foram necessários: o 
dimensionamento estrutural de um projeto arquitetônico previamente obtido, o 
levantamento dos quantitativos necessários para obra e a preparação de um 
orçamento para o processo construtivo convencional. O dimensionamento da 
estrutura foi feito com auxílio de softwares próprios de dimensionamento estrutural 
(CYPECAD), o qual também exportou os quantitativos do método tradicional. Para a 
elaboração do orçamento, utilizou-se a base de dados do SINAPI, TCPO e 
complementou-se a base de dados com pesquisas no comércio local. 
Apesar do Vale do Aço ser um grande produtor de aço, é rara a utilização de 
estruturas metálicas em construções, levando em consideração a potencialidade do 
seu parque industrial. O setor da construção civil vem buscando melhorar sua 
produtividade, reduzindo os desperdícios e buscando atender a uma crescente 
demanda, com emprego de novas tecnologias de produção racionais e sustentáveis. 
Uma das possibilidades é a utilização de um sistema construtivo já consolidado nos 
países desenvolvidos: o Light Steel Framing (LSF), no qual seu processo racional e 
flexível, e sua agilidade construtiva indicam um potencial a ser explorado. Baseado 
nesse argumento, esse trabalho visa estruturar as informações quanto aos 
materiais, as técnicas, as vantagens, os métodos e os detalhes construtivos 
utilizados na construção com o sistema LSF, com ênfase no estudo de caso de uma 
unidade básica de saúde em construção na cidade de Coronel Fabriciano, Minas 
Gerais. 
Nesse estudo de caso é demonstrado o processo construtivo, 
simultaneamente com os custos das etapas, visando estabelecer as vantagens 
desse sistema por meio de uma comparação de custos. Assim, foi possível constatar 
que a construção em LSF pode vir a ser uma alternativa para a construção civil em 
Coronel Fabriciano e em toda região do Vale do Aço, uma vez que esta é uma boa 
opção de investimento, possuindo um rápido retorno financeiro e tendo potencial de 
se tornar competitivo e presente em toda região. 
 
Palavras-chave: Construção Industrializada; Light Steel Framing; Construção Civil. 
 
 
 
Abstract 
 
This work brings an analogy between Light Steel Framing construction 
systems and conventional structures in a basic health unit in the city of Coronel 
Fabriciano - MG. To do the analysis were necessary: the structural design of a 
previously obtained architectural project, the quantitative survey to the building and 
the preparation of a budget for the conventional construction process. The sizing of 
the structure was done with the help of appropriate structural sizing software 
(CYPECAD), which also exported the quantitative from the traditional method. For 
the elaboration of the budget, the database of SINAPI, TCPO and complemented 
with surveys in the local commerce. 
Although Vale do Aço is a big producer of steel, it is rare to use the metallic 
structures in buildings, taking into account the potential of its industrial park. The civil 
construction sector has been seeking to improve its productivity, reducing waste and 
seeking to meet growing demand, using new rational and sustainable production 
technologies. One of the possibilities is the use of a constructive system already 
consolidated in the developed countries: Light Steel Framing (LSF), in which its 
rational and flexible process and its constructive agility indicate a potential to be 
explored. Based on this argument, this work aims to structure information on the 
materials, techniques, advantages, methods and constructive details used in the 
construction with the LSF system, with emphasis on the case study of a basic health 
unit under construction in the city of the Coronel Fabriciano, Minas Gerais. 
In this case study the construction process is demonstrated, simultaneously 
with the costs of the steps, aiming to demonstrate the advantages of the system, 
through a comparison of costs. Concluding that the construction in LSF can turn out 
to be an alternative for the civil construction in Coronel Fabriciano and Vale do Aço. 
Being a good investment option due to the fast financial return, having the potential 
to become competitive and present throughout the region. 
 
Keywords: Industrialized construction; Light Steel Framing; Construction. 
 
 
 
 
Lista de Ilustrações 
FIGURA 1 – UBS em Antônio Dias construída em alvenaria convencional. ............. 22 
FIGURA 2 – Diferenças entre fundações rasas e profundas..................................... 24 
FIGURA 3 – Pilares redondos conectados ao solo ................................................... 25 
FIGURA 4 – Pilares redondos conectados ao solo ................................................... 25 
FIGURA 5 – Exemplo de vigas .................................................................................. 26 
FIGURA 6 – Lajes pré-montadas .............................................................................. 27 
FIGURA 7 – Lajes treliçadas ..................................................................................... 27 
FIGURA 8 – Lajes alveolares .................................................................................... 28 
FIGURA 9 – Lajes maciças ....................................................................................... 28 
FIGURA 10 – Lajes tipo cogumelo ............................................................................ 29 
FIGURA 11 – Lajes nervuradas ................................................................................29 
FIGURA 12 – Tijolo cerâmico x bloco de concreto .................................................... 29 
FIGURA 13 – Distribuição de mangueiras para cabos elétricos ................................ 30 
FIGURA 14 – Distribuição de mangueiras na alvenaria ............................................ 31 
FIGURA 15 – Instalações hidrossanitárias ................................................................ 32 
FIGURA 16 – Casa com painéis montados em Wood Frame ................................... 34 
FIGURA 17 – Casa container .................................................................................... 35 
FIGURA 18 – Método construtivo Balloon Framing. .................................................. 36 
FIGURA 19 – Drywall utilizado em fechamentos internos de uma casa ................... 37 
FIGURA 20 – Painéis estruturais LSF. ...................................................................... 40 
FIGURA 21 – Radier com instalações hidrossanitárias aparentes. ........................... 42 
FIGURA 22 – Detalhe da ancoragem do projeto da UBS.......................................... 43 
FIGURA 23 – Cargas verticais sendo transmitidas à fundação ................................. 44 
FIGURA 24 – Desenho do esquema de um painel estrutural.................................... 45 
FIGURA 25 – Detalhe do esquema da composição do vão de abertura. .................. 46 
FIGURA 26 – Vigas utilizadas para piso. .................................................................. 47 
FIGURA 27 – Desenho dos detalhes da laje seca. ................................................... 48 
FIGURA 28 – Desenho dos detalhes da laje úmida. ................................................. 49 
FIGURA 29 – Tesouras do telhado em um projeto de execução. ............................. 50 
FIGURA 30 – Placas OSB em um fechamento externo. ........................................... 51 
FIGURA 31 – Montagem de lã mineral para isolamento térmico e acústico. ............ 53 
FIGURA 32 – Pré montagem dos painéis. ................................................................ 59 
FIGURA 33 – Montagem das estruturas. .................................................................. 60 
FIGURA 34 – Montagem das estruturas da cobertura. ............................................. 60 
FIGURA 35 – Montagem das telhas da cobertura. ................................................... 61 
FIGURA 36 – Montagem das placas cimentícias no fechamento externo. ............... 62 
FIGURA 37 – Instalação de eletrodutos. .................................................................. 64 
FIGURA 38 – Instalação de tubulações. ................................................................... 64 
FIGURA 39 – Pontos de saída nas paredes. ............................................................ 65 
FIGURA 40 – Resíduo gerado na pré montagem dos painéis .................................. 66 
 
TABELA 1 – Memorial de cálculo para construção em alvenaria convencional. ...... 57 
TABELA 2 – Memorial de cálculo para construção em LSF incluindo fundação. ..... 58 
TABELA 3 – Comparativo entre a alvenaria convencional e o light steel framing. ... 67 
TABELA 4 – Diferença de custos em cada etapa entre o LSF e alvenaria ............... 70 
 
Lista de abreviaturas e siglas 
 
ABCEM – Associação Brasileira da Construção Metálica 
CBCA – Centro Brasileiro da Construção em Aço 
D.M.L – Depósito de Materiais de Limpeza 
EUA – Estados Unidos da América 
I.S – Instalação Sanitária 
LSF – Light Steel Framing 
OSB – Oriented Strand Board 
SINAPI – Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil 
TCPO – Tabela de Composições de Preços para Orçamentos 
UBS – Unidade Básica de Saúde 
 
 
 
 
 
Sumário 
1 Introdução ......................................................................................................... 19 
2 Objetivos ........................................................................................................... 20 
2.1 Objetivo Geral ................................................................................................ 20 
2.2 Objetivos Específicos ................................................................................... 20 
3 Justificativa ...................................................................................................... 21 
4 Referencial Teórico .......................................................................................... 22 
4.1 Sistema construtivo convencional .............................................................. 22 
4.1.1 Infraestruturas ............................................................................................ 23 
4.1.2 Supraestrutura ............................................................................................ 24 
4.1.3 Fechamentos .............................................................................................. 29 
4.1.4 Instalações elétricas e hidrossanitárias ................................................... 30 
4.1.5 Revestimentos ............................................................................................ 32 
4.2 Sistemas construtivos industrializados ...................................................... 32 
4.3 O sistema Light Steel Framing ..................................................................... 35 
4.3.1 Origem ......................................................................................................... 35 
4.3.2 Definição ..................................................................................................... 38 
4.3.3 Características............................................................................................ 39 
4.4 Processo construtivo em Light Steel Framing ........................................... 41 
4.4.1 Fundação .................................................................................................... 41 
4.4.2 Painéis ......................................................................................................... 43 
4.4.3 Lajes ............................................................................................................ 46 
4.4.4 Cobertura .................................................................................................... 49 
4.4.5 Fechamento e acabamento ....................................................................... 50 
4.4.6 Ligações e montagem ................................................................................ 53 
4.5 Vantagens e desvantagens do Light Steel Framing ................................... 54 
 
 
5 Metodologia...................................................................................................... 55 
5.1 Dados globais da obra.................................................................................. 55 
5.2 Demonstração do processo construtivo da UBS ....................................... 56 
5.2.1 Revestimento externo ............................................................................... 61 
5.2.2 Revestimento interno das paredes externas........................................... 62 
5.2.3 Revestimento interno das paredes internas ........................................... 62 
5.2.4 Forro interno .............................................................................................. 63 
5.2.5 Telhado ....................................................................................................... 63 
5.2.6 Isolamento termo acústico ....................................................................... 63 
5.3 Comparativo entre o sistema LSF e o sistema convencional ................... 65 
6 Análise das vantagens e custo/benefício ...................................................... 70 
7 Conclusão ........................................................................................................ 72 
Referências bibliográficas .....................................................................................73 
 
 
 
19 
 
1 Introdução 
A construção civil no Vale do Aço ainda utiliza em sua maioria sistemas 
construtivos artesanais, com emprego de materiais cerâmicos, concreto, vidros, aço 
e etc. causando grandes perdas de materiais e por vezes certa improdutividade. A 
necessidade atual do mercado sinaliza que este panorama necessita ser mudado 
com a utilização de uma tecnologia inovadora, com proposito de mudar o cenário da 
nossa realidade, evitando danos ao meio ambiente e permitindo a utilização de um 
processo industrial e racionalizado (SANTIAGO; FREITAS; CRASTO, 2012). 
Para modificar esse cenário, uma possibilidade inovadora é utilizar o sistema 
Light Steel Framing (LSF). Segundo Batista (2011), este é um sistema construtivo 
industrializado de concepção racional, que tem por principal característica o uso de 
perfis de aço conformados a frio, galvanizados e com pequena espessura, 
proporcionando um método construtivo altamente eficaz e de produtivo. 
Com o aumento da procura no ramo da construção civil, há uma maior 
necessidade de otimização da relação custo/benefício no setor, aumentando a 
produtividade e minimizando os desperdícios, tendo em conta o interesse da 
conscientização sobre as questões ambientais (HASS; MARTINS 2011). 
Desse modo, este trabalho foi desenvolvido com o objetivo de realizar uma 
análise dos benefícios de se utilizar o sistema LSF para substituir o método 
convencional de alvenaria e concreto armado, além de exibir prestígio deste sistema 
para o mercado regional da construção civil, com o foco na cidade de Coronel 
Fabriciano – MG. O trabalho será realizado através de um estudo de caso onde 
serão apresentadas as informações, assim como alguns detalhes dos custos 
implicados na construção de uma Unidade Básica de Saúde, no bairro JK, em 
Coronel Fabriciano – MG. 
 
20 
 
2 Objetivos 
2.1 Objetivo Geral 
Analisar os benefícios da utilização do Light Steel Framing em uma 
edificação no Vale do Aço. 
2.2 Objetivos Específicos 
Realizar uma análise do custo/benefício da construção de uma UBS na 
cidade de Coronel Fabriciano/MG construída no sistema LSF através de seu projeto 
arquitetônico. 
Comparar o LSF com o método construtivo convencional através de 
planilhas orçamentárias. 
Apresentar as características técnicas do processo construtivo LSF e da 
tecnologia empregada no sistema. 
21 
 
3 Justificativa 
No Vale do Aço é pouco notável a utilização do LSF, pois ainda é uma 
técnica moderadamente recente, o que leva a região a ter poucas obras construídas 
nesse sistema. Em função disso, existem poucas referencias acerca dos benefícios 
e potenciais usos para este sistema, o que demonstra necessidade da revisão de 
literatura apresentada neste trabalho. 
O estudo criterioso da aplicabilidade e do custo/benefício do sistema LSF em 
uma UBS na região do Vale do Aço é relevante, já que abordará um sistema 
construtivo pouco utilizado na região e que oferece vantagens em seus processos, 
as quais contribuirão para a elaboração de trabalhos futuros no âmbito acadêmico e 
empresarial. 
Os produtos industrializados como as estruturas de aço, são concebidos 
para que, se empregados corretamente, tragam uma série de vantagens 
para o conjunto da obra, que podem facilmente reverter o custo final, 
mesmo com o custo específico maior (PINHO; PENNA, 2008, p. 12). 
Portanto é importante verificar se este sistema apresenta um melhor 
custo/benefício frente a ao método construtivo convencional empregado na região. 
 
22 
 
4 Referencial Teórico 
Nesta etapa será apresentado a forma de trabalho de alguns métodos 
construtivos, detalhando a forma de execução do método Steel Framing. 
4.1 Sistema construtivo convencional 
Formada por componentes de estrutura isolada, a estrutura de concreto 
armado tem a função de distribuição e condução dos esforços provindos da 
edificação. O método construtivo convencional é formado a partir da associação dos 
elementos de concreto armado com a alvenaria de blocos cerâmicos, conforme 
podemos notar na FIG. 1 (PRUDÊNCIO, 2013). 
FIGURA 1 – UBS em Antônio Dias construída em alvenaria convencional. 
 
Fonte: Haros Construtora, 2014 
Segundo Hass e Martins (2011), é um processo construtivo artesanal, 
reconhecido por sua baixa produção em razão dos estágios da construção serem 
realizadas in loco, retrabalhos devido à baixa qualificação da mão de obra e pelas 
grandes perdas de materiais, tornando sua realização mais lenta. 
23 
 
De modo geral, esta é a forma mais econômica de se construir no país, visto 
que possui uma grande oferta de mão de obra se comparado aos outros métodos 
construtivos. Contudo, a qualificação dos operários, associadas às características 
artesanais do método demostram as falhas do sistema, o que reduz sua eficiência e 
estende o tempo (BORTOLOTTO, 2015). 
Os processos na construção civil devem levar em consideração as 
demandas ambientais buscando alternativas sustentáveis, com técnicas mais 
racionalizadas e eficientes. Contudo, várias são as limitações deste método 
construtivo, pois a reciclagem de alguns materiais após seu uso e sobras é 
extremamente difícil, e também pelo grande impacto ao meio ambiente causado pela 
produção dos blocos cerâmicos e de cimento (PRUDÊNCIO, 2013). 
Mesmo com algumas vantagens em sua metodologia, o método construtivo 
convencional na região do vale do aço é tecnologicamente inferior se comparado a 
outros métodos, necessitando de uma maior industrialização nos seus processos. 
4.1.1 Infraestruturas 
São componentes que podem ser construídos utilizando diversos tipos de 
fundações, entre elas, podemos citar as fundações superficiais que são conhecidas 
por ter profundidade inferior a 3 metros e que são capazes de absorver as cargas da 
edificação e transmiti-las ao solo. Temos como exemplo de fundações superficiais 
as sapatas, blocos de fundações, radier e vigas de fundação. 
Outro tipo de infraestruturas são as fundações profundas, que são 
consideradas as que possuem acima de 3 metros de profundidade, que são muito 
utilizados em edificações de grande porte como, por exemplo, os edifícios altos, 
onde se tem uma considerável força horizontal atuando. Para exemplificar as 
fundações profundas temos os tubulões, caixões e estacas em seus diversos 
modelos e diâmetros conforme mostra a FIG. 2. 
 
24 
 
FIGURA 2 – Diferenças entre fundações rasas e profundas. 
 
Fonte: Adaptado pelos Autores, Silvageo Fundações (2017) 
4.1.2 Supraestrutura 
As superestruturas são constituídas em 3 partes sendo elas os pilares, vigas 
superiores e a laje. 
Os pilares podem ser de vários tamanhos e/ou diâmetros que são 
constituídos de concreto armado e tem a função de transmitir as cargas da 
edificação para as infraestruturas que por sua vez são transferidas ao solo, conforme 
podemos ver nas FIG. 3 e 4. 
 
Fundações rasas 
Fundações 
25 
 
FIGURA 3 – Pilares redondos conectados ao solo 
 
Fonte: Rocha (2011) 
FIGURA 4 – Pilares redondos conectados ao solo 
 
Fonte: Rocha (2011) 
26 
 
As vigas por sua vez são os elementos estruturais sujeitos à cargas 
transversais, que trabalham recebendo cargas verticais das lajes transmitindo-as 
para os pilares, que posteriormente os transmitem para as fundações. 
Na FIG. 5 podemos ver um exemplo de vigas. 
FIGURA 5 – Exemplo de vigas 
 
Fonte: Habitissimo (2017) 
As lajes além de trabalharem como pisos para o próximo pavimento, 
também trabalham para suportar cargas, auxiliando na transmissão de forças para 
as vigas. 
Temos vários tipos de laje no mercado na atualidade, alguns modelos são as 
lajes pré-montadas (FIG. 6), treliçadas (FIG. 7), lajes alveolares (FIG. 8), lajes 
maciças (FIG. 9), tipo cogumelo (FIG. 10), nervuradas (FIG. 11), dentre outros 
modelos existentes no mercado. 
 
27 
 
FIGURA 6 – Lajes pré-montadas 
 
Fonte: Doce Obra (2017) 
FIGURA 7 – Lajes treliçadas 
 
Fonte: Doce Obra (2017)28 
 
FIGURA 8 – Lajes alveolares 
 
Fonte: Doce Obra (2017) 
FIGURA 9 – Lajes maciças 
 
Fonte: Doce Obra (2017) 
29 
 
FIGURA 10 – Lajes tipo cogumelo 
 
Fonte: Doce Obra (2017) 
FIGURA 11 – Lajes nervuradas 
 
Fonte: Doce Obra (2017) 
4.1.3 Fechamentos 
Os fechamentos são constituídos em sua maioria de blocos cerâmicos que 
podem ser assentados na posição vertical com 9 ou 14cm ou na posição horizontal 
com 19cm de largura ou tijolos laminados. Também pode ser constituída com blocos 
de concreto duplo ou simples. A FIG. 12 mostra os blocos cerâmicos e de concreto. 
FIGURA 12 – Tijolo cerâmico x bloco de concreto 
 
Fonte: Os autores (2017) 
Bloco cerâmico Bloco de concreto 
30 
 
As paredes são constituídas por estes blocos tendo a finalidade de além de 
servir como fechamento, resistir ao peso próprio e outras cargas advindas de vigas e 
lajes por exemplo. 
4.1.4 Instalações elétricas e hidrossanitárias 
Na execução das instalações elétricas, são marcados nas estruturas de 
concreto armado e lajes, e deixados os conduítes para evitar demolições nas 
infraestruturas e superestruturas conforme a FIG. 13. 
FIGURA 13 – Distribuição de mangueiras para cabos elétricos 
 
Fonte: Ferro (2015) 
Após sua concretagem são deixados as pontas de conduítes para serem 
passados na alvenaria, e assim marcados os locais onde serão as caixinhas dos 
apagadores e tomadas. Após esta marcação, são realizados cortes na alvenaria 
para passagem de conduítes. A FIG. 14 mostra a distribuição de mangueiras após a 
realização do corte na parede. 
 
 
31 
 
FIGURA 14 – Distribuição de mangueiras na alvenaria 
 
Fonte: TNR do Brasil Construtora (2012) 
O revestimento é aplicado sobre a parede e assentados as caixinhas. Após 
esta etapa, é iniciado o acabamento com reboco ou emboço para receber pintura ou 
azulejos nas paredes. 
Nas instalações hidrossanitárias a forma de execução é bem parecida com a 
elétrica, tendo o mesmo processo construtivo. Após a alvenaria construída são 
rasgadas as paredes para serem posicionadas as tubulações nos pisos e paredes, 
sendo necessário a reconstituição dos mesmos posteriormente, conforme a FIG. 15. 
 
32 
 
FIGURA 15 – Instalações hidrossanitárias 
 
Fonte: TNR do Brasil Construtora (2012) 
4.1.5 Revestimentos 
Para execução dos revestimentos, existem muitas possibilidades, porém os 
mais utilizados são a mistura de areia e cimento e também a aplicação de gesso 
diretamente na alvenaria. Após esse processo, é aplicado a pintura ou azulejos, 
conforme a opção de cada construtor / cliente. 
4.2 Sistemas construtivos industrializados 
Desde os primórdios da civilização, a humanidade vem buscando diversas 
maneiras de aprimorar as atividades produtivas, principalmente as que têm a 
necessidade de grande escala. Assim deu-se a industrialização, um processo 
socioeconômico que transformou uma sociedade arcaica em uma fonte de maior 
recurso e lucro, com aperfeiçoamento de algumas atividades, sendo executadas de 
33 
 
forma contínua e produtiva, com emprego de técnicas e procedimentos mais ágeis e 
com menor custo (BAPTISTA, 2005). 
A industrialização teve grande influência sobre os sistemas construtivos, 
principalmente durante a Revolução Industrial no século XVIII. Antes disso, a 
construção civil baseava-se em técnicas artesanais, muito imprecisas. Durante os 
séculos XVIII e XIX surgiram novos materiais, como o vidro, o ferro fundido e 
posteriormente o aço e também o concreto armado, agregados aos tradicionais 
como a pedra, o tijolo e a madeira. Além das novas ferramentas que foram 
desenvolvidas, passando a facilitar tarefas antes realizadas apenas pelo homem, 
acelerando a produção nas obras (BRUNA, 1976). 
Este processo pode ser bem observado na utilização de estruturas pré-
fabricadas e na utilização de equipamentos que suprem ou minimizam os esforços 
dos operários, aumentando produção e a qualidade do processo. O que tem se 
tornado essencial à construção civil moderna, com a necessidade de uma produção 
elevada com menor custo e maior produtividade nas obras. Assim sendo, a 
transformação dos canteiros em áreas de montagem destes sistemas vem se 
tornando comum, proporcionando redução de imprevistos e resíduos na obra 
(PRUDÊNCIO, 2013). 
Segundo Santiago (2008), as características da construção industrializada 
confrontam os problemas característicos comuns na construção artesanal, como, por 
exemplo, é o caso da exigência de qualificação da mão de obra, da facilitação dos 
processos, do uso racional dos insumos, de um possível controle rígido das etapas e 
de uma maior precisão dos cronogramas de obra. Ainda segundo o autor, o sistema 
industrializado da construção é uma das formas mais rápidas de seguir a 
necessidade de produzir mais habitações no Brasil, contando com a particularidade 
da fabricação em grande escala com linhas de produção em série dos elementos 
padrões, além da racionalização e controle dos processos e materiais, do tempo 
reduzido de execução, e a mão de obra qualificada. 
A ABCP - Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCEM, 2014) indica 
que utilizando os métodos construtivos racionalizados, os canteiros de obras das 
empresas se transformam em linhas de montagem, com aumento de produção, 
redução de custos e melhoria da qualidade no produto final, além de diminuir o 
impacto no meio ambiente durante a execução das obras e melhor organização do 
34 
 
processo, pois os componentes chegam no canteiro apenas quando está previsto a 
execução da instalação. 
Ainda segundo dados da Associação, o ramo da construção metálica está 
entre os mais industrializados. Isso se dá porque nos últimos 30 anos, ele saiu da 
condição de rejeição para o de maior aceitação e com grandes expectativas de 
progresso nos próximos anos, decorrente de altos investimentos em tecnologias e 
equipamentos especializados. Sendo assim, com uma maior publicação dos 
benefícios da construção metálica há uma tendência de um maior emprego do aço, 
que já tem vem crescendo a cada ano e se apresentado como alternativa ao sistema 
convencional. 
A maior dificuldade de aceitação do sistema industrializado é o custo inicial, 
que é maior que no sistema convencional, mas com o ganho de produtividade, e 
com a mão de obra e tempo reduzidos, é comum que esse maior custo no início, se 
pague ao concluir a obra (PRUDÊNCIO, 2013). 
Além do Light Steel Framing, podemos citar também mais dois tipos de 
sistemas industrializados: Wood Frame e Containers. O Wood Frame tem 
basicamente as mesmas características do LSF, porém sua estrutura é de madeira, 
como podemos ver na FIG. 16. 
FIGURA 16 – Casa com painéis montados em Wood Frame 
 
Fonte: Atos Arquitetura (2016) 
35 
 
Os containers são construções inovadoras e que necessitam de fundações 
rasas. Em sua maioria são de pequeno porte por se tratar de materiais leves, são 
empilhados arquitetonicamente e tem sua execução prática e rápida, também sem 
agredir o meio ambiente (BIELSHOWSKY et al, 2012). 
Os containers são caixas de metal, geralmente de grandes dimensões, 
destinados ao acondicionamento e transporte de carga, a longa distância, 
em navios e trens. Têm uma vida útil de 10 anos, e após este período, 
surge a necessidade de se oferecer um destino correto para estas peças, já 
que são produzidos a partir de materiais metálicos e não biodegradáveis, o 
que os torna um grande problema, por formarem montanhas de lixo no 
contexto urbano das cidades portuárias. (BIELSHOWSKY et al, 2012) 
Na FIG. 17 podemos ver um exemplo de casa container. 
FIGURA 17 – Casa container 
 
Fonte: Decorfacil (2015) 
 
4.3 O sistema Light Steel Framing 
4.3.1 Origem 
36 
 
Devido ao grande fluxo migratório nos EUA entre os anos de 1810 e 1860, 
houve um aumento exponencial na população, portanto precisou-se construir com 
métodos práticos e rápidos. A madeira era um materialabundante à época, por isso 
foi utilizada como matéria prima. Este método foi batizado com o nome de Balloon 
Framing (FIG. 18), que consistia em estrutura de madeira serrada de pequena seção 
transversal e espaçada regulamente (BORTOLOTTO, 2015). 
FIGURA 18 – Método construtivo Balloon Framing. 
 
Fonte: Jean Huets, 2013 
Desde então as construções feitas com madeira ficaram consagradas por 
Wood Framing, e tornaram-se as residências típicas nos EUA. No entanto, a 
produção em ampla escala de aço durante o período da Segunda Grande guerra 
possibilitou a evolução, utilizadas para fabricar os perfis conformados a frio, e 
passou-se a utilizar perfis em aço em substituição aos de madeira, se tornando uma 
mudança conveniente devido a sua maior resistência e competência, sua 
capacidade em resistir grandes tragédias naturais como terremotos e furacões. Com 
a evolução industrial do aço nos EUA, foi apresentado pela primeira vez na Feira 
37 
 
Mundial de Chicago um protótipo residencial em LSF, que conseguiu inovar trocando 
os perfis de madeira por perfis de aço (SANTIAGO; FREITAS; CRASTO, 2012). 
O emprego do Steel Framing aconteceu de forma massiva nos anos 90, 
devido as fortes alterações no preço da madeira. Apenas no ano de 1991, houve um 
encarecimento de aproximadamente 80% dentro de 4 meses. Outros motivos 
levados em conta foi o terremoto Northridge em 1994 e o furacão Andrew em 1992, 
que arrasaram os EUA, deixando inúmeras residências erguidas em Wood Frame 
destruídas e que por conta disto se mostra pouco resistentes aos desastres. Hass e 
Martins (2011), afirmaram que houve um aumento de cerca de 25% na área 
construtiva com aumento da utilização do LSF na década de 90. 
Com isso foi criado uma associação de técnicos e construtores em 1993 nos 
EUA dando ao sistema LSF um aspecto mais profissional. Essa associação, 
denominada National Association of Home Builders (NAHB), divulgou um estudo no 
qual consideraou o aço como sendo a melhor opção para a construção de 
habitações com o sistema framing (REGO, 2012). 
No território brasileiro o uso do LSF ainda não é tão comum por razões 
histórico-culturais consequentes da ausência de recursos siderúrgicos propícios, 
sendo incomum a utilização de estruturas metálicas até meados da década de 80, a 
inexistência destes recursos fez com que o sistema não se tornasse uma boa opção 
para engenheiros e arquitetos empregarem em seus projetos de construções 
residências. Outro fato importante era que a mão de obra de baixo custo mostrava 
uma maior vantagem na opção pela construção convencional (BORTOLOTTO, 
2015). 
Ainda de acordo com o autor, o LSF foi surgindo lentamente nas 
construções civis, no início dos anos 90, com o uso de drywall. Porém, sua utilização 
era apenas nos interiores, como paredes de vedação, conforme mostrado na FIG. 
19. Apenas em 1998 surgiram as primeiras obras em LSF no Brasil, sendo a 
primeira executada em São Paulo pela Construtora Sequência, que teve seus 
primeiros projetos focados nas construções de residências de médio e alto padrão. 
FIGURA 19 – Drywall utilizado em fechamentos internos de uma casa 
38 
 
 
Fonte: Porto do Gesso, 2017 
Atualmente, o LSF vem sofrendo um processo lento de aceitação e 
desenvolvimento em nosso mercado nacional, pois é possível notar avanços que 
auxiliaram o sistema a se enraizar no território brasileiro. A definição de exigências 
mínimas para o financiamento das habitações construídas em LSF pela CEF (Caixa 
Econômica Federal) e a publicação de dois manuais (Steel Framing: Arquitetura, 
2012 e Steel Framing: Engenharia, 2006) pelo CBCA, servem de auxílio para 
especificação, uso, e normatização dos relevantes componentes deste sistema, 
como por exemplo os perfis estruturais de aço conformados a frio (NBR 6355:2012) 
e as chapas de drywall (NBR 15217:2009). 
4.3.2 Definição 
Segundo o Instituto Brasileiro de Desenvolvimento da Arquitetura (IBDA, 
2014), o LSF é um sistema construtivo composto por perfis de aço galvanizado 
39 
 
formado a frio, dimensionado para resistir as cargas da edificação e assegurar as 
exigências de desempenho desta. 
O termo LSF foi registrado pelo Swedish Institute of Steel Construction – SBI 
para caracterizar o sistema construtivo organizado em estrutura de aço leve. A 
denominação do sistema Light Steel Framing é originada da língua inglesa, 
traduzida como Estruturas em Aço Leve. O termo Steel é usado para indicar a 
matéria prima utilizada na estrutura, o aço; enquanto que, o termo Light é usado 
para indicar que os elementos em aço são leves, pois são confeccionados a partir de 
chapas de aço com menor espessura, e também destaca a flexibilidade, permitindo 
variados acabamentos exterior e interior. E a palavra Framing é usada para indicar o 
esqueleto estrutural formado por elementos individuais unidos entre si atuando em 
conjunto, para dar forma e sustentar o edifício e a sua carga de utilização. (E-Civil, 
2017) 
Segundo Crasto (2005), o LSF é uma técnica racional, cujos perfis de aço 
são utilizados para a produção de painéis estruturais e não-estruturais, vigas de 
piso, vigas secundárias, tesouras de telhados e demais componentes. É um sistema 
construtivo que permite a utilização de diferentes materiais flexíveis, pois não 
demonstra grandes limitações aos projetos, racionalizado (por facilitar a utilização 
dos recursos e o gerenciamento das perdas), customizável (possibilitando melhor 
controle dos gastos logo no estágio de projeto), além de durável e reciclável. 
Assim sendo, o LSF se resume basicamente em uma estrutura formada por 
paredes, pisos e cobertura, e além desses elementos, possuem também 
subsistemas, os quais são: fundação, isolamento termo acústicos, fechamento 
interno e externo, e instalações elétricas e hidro sanitárias (BORTOLOTTO, 2015). 
4.3.3 Características 
A estrutura do sistema LSF é formada pelos painéis autoportantes, 
resistente aos esforços solicitantes a estrutura e são os responsáveis pela 
integridade da edificação (SANTIAGO; FREITAS; CRASTO, 2012). 
Na FIG. 20 é mostrado os conjuntos de peças que formam os painéis como 
chegam na obra, em blocos separados por painel, alguns painéis pré montados no 
chão e também painéis já montados. 
40 
 
FIGURA 20 – Painéis estruturais LSF. 
 
Fonte: Arquivo pessoal dos autores, 2017 
As matérias primas aplicadas, os processos fabris, seus detalhes e o 
acabamento, sofrem controles minuciosos de qualidade, garantindo uma construção 
ágil e controle perda de materiais e da qualidade final do produto, o que resulta uma 
solução eficaz e com capacidade de custo reduzido. (BORTOLOTTO, 2015). 
O LSF é um sistema construtivo aberto, que possibilita a utilização de 
diversos materiais de revestimento; flexível, devido à facilidade de reformas 
e ampliação; racionalizado, otimizando a utilização dos recursos e o 
gerenciamento das perdas; customizável, permitindo total controle dos 
gastos já na fase de projeto; além de durável e reciclável. Tecnicamente, o 
LSF pode ser definido como um sistema construtivo estruturado em painéis, 
projetados para suportar as cargas da edificação e trabalhar em conjunto 
com outros subsistemas industrializados, de forma a garantir os requisitos 
de funcionamento da edificação (BORTOLOTTO, 2015. p.31 apud 
CAMPOS, 2012). 
Trata-se de um sistema industrializado que permite melhorar o tempo de 
construção, visto que várias fases da obra podem ser realizadas ao mesmo tempo. 
Enquanto a fundação está sendo executada na obra, os painéis, e até mesmo, as 
tesouras da cobertura podem ser confeccionadas em fábrica para serem em 
seguida, executada na obra (PRUDÊNCIO, 2013). 
41 
 
Ainda segundo o autor, outro atributo interessante e que simplifica a 
realização da obra, é a questão dos materiais serem leves, destacando os perfis em 
aço, as placas de fechamento e os materiais de preenchimento, que constitui, na 
realidade, toda aedificação, reduzindo assim o carregamento nas fundações 
tornando essa etapa mais econômica, tanto pela redução de cargas e efetivo 
necessário, quanto ao tempo de execução. 
Devido a sua agilidade construtiva observa-se um grande potencial a ser 
utilizado em diversos seguimentos, como edifícios residenciais e comerciais (de até 
quatro pavimentos), habitação popular, estabelecimentos públicos e privados de 
saúde e ensino, hotéis, e não somente as construções residenciais. 
4.4 Processo construtivo em Light Steel Framing 
4.4.1 Fundação 
Uma estrutura em LSF e suas etapas de fechamento são considerados 
muito leves se confrontados com as outras formas de construção, todos os esforços 
que são transmitidos pela edificação são considerados de pequeno porte, exigindo 
pouco da fundação. Por isso, pelo fato da estrutura distribuir as cargas linearmente 
ao longo das estruturas, o mais indicado é utilizar sapata corrida ou radier para 
constituir a fundação. (SANTIAGO; FREITAS; CRASTO, 2012). 
Segundo os autores, a sapata corrida é executada numa fundação rasa, 
ideal para construções onde todas as cargas são distribuídas de forma linear ao 
longo de toda fundação. O radier, conforme mostrado na FIG. 21, funciona como 
uma laje de concreto, onde possui vigas em todo seu contorno e sob paredes 
estruturais, são responsáveis em fornecer firmeza em todo plano de fundação. O 
procedimento de execução deve apresentar condições para que não haja a umidade 
do solo e a infiltração de água na construção, além de possibilitar escoamento nas 
calçadas, garagens e terraços através de uma inclinação de pelo menos 1%. 
 
42 
 
FIGURA 21 – Radier com instalações hidrossanitárias aparentes. 
 
Fonte: Arquivo pessoal dos autores, 2017. 
A ancoragem da estrutura LSF na fundação deve apresentar melhor 
desempenho quando suportam cargas horizontais e verticais. As cargas horizontais 
como o vento, podem causar deformações nas estruturas podendo assim levá-las a 
ruina. Para resolver este problema usam-se ligações rígidas e elementos eficazes 
que possam transferir todos os esforços diretamente para a fundação 
(CONSULSTEEL, 2015). 
Na FIG. 22 é apresentado o detalhe da ancoragem extraído do projeto 
executivo do Steel Framing da construção da UBS. 
43 
 
FIGURA 22 – Detalhe da ancoragem do projeto da UBS 
 
Fonte: Arquivo pessoal dos autores, 2017. 
4.4.2 Painéis 
Segundo Santiago, Freitas e Crasto (2012), o conceito baseia-se em 
desmembrar as cargas nas maiores quantidades de elementos, onde cada elemento 
é calculado e projetado para obter pequenas parcelas de cargas, o que pode facilitar 
o uso de perfis de LSF. A modulação destes perfis, é mais usada em larguras de 
400mm ou 600mm, o que pode facilitar um controle de aplicação e minimizar as 
perdas de materiais adicionais industrializados, tais como arremates em placas OSB 
ou em placas de gesso acartonado. Os painéis de LSF são capazes de ter função 
estrutural para suportar as cargas, além de poder agir como divisória responsável 
pelo isolamento. 
De acordo com os autores, a responsabilidade dos painéis constituídos por 
perfis “U” enrijecidos apresentados como montantes, dispostos na vertical, é de 
absorver e retransmitir os esforços para a fundação, com seções que coincidem de 
um patamar a outro permitindo apenas a transferência dos esforços axiais, conforme 
44 
 
mostra a FIG. 23. Já na FIG. 24 é mostrado a representação em projeto de um 
painel estrutural. 
FIGURA 23 – Cargas verticais sendo transmitidas à fundação 
 
Fonte: Freitas e Crasto, 2006. 
 
45 
 
FIGURA 24 – Desenho do esquema de um painel estrutural. 
 
Fonte: Arquivo pessoal dos autores, 2017. 
Além das guias, montantes e fitas, outro elemento estrutural constituinte dos 
painéis autoportantes são as vergas, que são compostas por perfis caixa ou perfis I, 
montados com dois perfis UE ligados pela alma, sendo calculadas para flexão, ao 
esforço cortante e a flambagem da alma. (RODRIGUES, 2006) 
A FIG. 25 apresenta o esquema da composição do vão de abertura, 
indicando seus elementos. 
46 
 
FIGURA 25 – Detalhe do esquema da composição do vão de abertura. 
 
Fonte: Arquivo pessoal dos autores, 2017. 
4.4.3 Lajes 
A montagem da estrutura da laje em LSF é preparada e montada com perfis 
de “U’ enrijecidos, chamados de vigas de piso. Esses elementos são montados de 
47 
 
forma horizontal, obedecendo a mesma montagem dos montantes, fazendo ainda 
que suas almas permaneçam com um formato alinhado. As mesas dos perfis são 
usadas como vigas de piso que por sua vez têm as mesmas dimensões das mesas 
dos montantes, mas a sua altura da alma é determinada em função do tipo da 
estrutura a ser montada e o vão entre os apoios. As vigas de piso mostradas na FIG. 
26, são encarregadas em formar uma sustentação de aço de apoio para o contra 
piso, e pela transferência de todas as cargas de peso próprio da laje, pessoas, 
mobiliários e equipamentos para os painéis estruturais (SANTIAGO; FREITAS; 
CRASTO, 2012). 
FIGURA 26 – Vigas utilizadas para piso. 
 
Fonte: Manual Steel Framing: Arquitetura, p. 52, 2012. 
 
Dependendo do tipo do contra piso, as lajes podem ser consideradas úmida 
ou do tipo seca. A laje é tipo seca, como mostra na FIG. 27, quando placas rígidas 
cimentícias (ou OSB) são parafusadas na estrutura dos pisos, formando assim, os 
contrapisos, e podendo ainda ser montados para auxiliar no desempenho acústico 
as lãs de vidro e polietileno expandido (CRASTO, 2005). 
 
48 
 
FIGURA 27 – Desenho dos detalhes da laje seca. 
 
Fonte: Freitas e Crasto, 2009. 
 
Nas lajes úmidas, como é mostrado na FIG. 28, são utilizadas chapas 
onduladas e parafusadas na estrutura do piso, que servem como fôrma para 
aplicação de uma camada de concreto que varia entre 4 a 6 cm, formando o 
contrapiso. Nesse tipo de laje, é necessária uma armadura em tela soldada a fim de 
conter possíveis fissuras causadas pela retração na cura do concreto. Para o 
isolamento, também se utiliza lã de vidro, mas esta por sua vez é compactada entre 
a forma de aço e o concreto (CRASTO, 2005). 
 
49 
 
FIGURA 28 – Desenho dos detalhes da laje úmida. 
 
Fonte: Freitas e Crasto, 2009. 
 
4.4.4 Cobertura 
Existem diversas opções para se utilizar na estrutura da cobertura do 
sistema LSF, porém, Scharff (1996) enfatiza que o meio mais comum para edifícios 
residenciais são as coberturas estruturadas por treliças e tesouras, pois tem 
capacidade de cobrir grandes vãos sem precisar de apoios intermediários. Ainda 
segundo o autor, as treliças de aço vêm aos poucos substituindo as treliças de 
madeira no Brasil, muito em função de sua leveza dos perfis, da grande resistência 
do aço e pelo fato de ser também um material que possui resistência com fogos. 
Santiago, Freitas e Crasto (2012), demonstram que em um projeto de 
execução as treliças podem vir tanto pré-fabricadas quanto serem montadas no local 
da obra, sendo geralmente constituídas por peças estruturais formadas por perfis de 
seção UE, ligadas a fim de formar uma estrutura estável. A FIG. 29 mostra o 
detalhamento de uma tesoura em um projeto de execução LSF. 
 
 
 
50 
 
 
FIGURA 29 – Tesouras do telhado em um projeto de execução. 
 
Fonte: Arquivo pessoal dos autores, 2017. 
Os autores supracitados afirmam que a estabilização das estruturas de 
cobertura é dada pelo contraventamento lateral e vertical da mesma, sendo o 
contraventamento lateral formado por perfis U e UE, fixados perpendicularmente às 
tesouras, com a função de reduzir o comprimento de flambagem dos banzos 
superiores e inferiores; enquanto que o contraventamento vertical é realizado 
através de perfis UE cruzados, dispostos perpendicularmente ao plano da tesoura, 
com a função de impossibilitar que a mesma se desloque. 
4.4.5 Fechamento e acabamento 
No LSF, é possível separar o processo de vedação vertical em três partes: a 
primeira atribui aos fechamentos externosa responsabilidade de delimitar as áreas 
molháveis; a segunda representa os isolantes térmicos e acústicos, que são 
inseridos entre as placas e entre os montantes e, por fim, os fechamentos internos, 
utilizados nas áreas secas ou úmidas, mas não molháveis (DOMARASCKI E 
FAGIANI, 2009). 
Outro conceito fundamental nos fechamentos para o sistema LSF é 
possibilitar o emprego de vedações racionalizadas a fim de promover maior 
grau de industrialização da construção. Nesse aspecto, o sistema LSF 
apresenta grande potencial de industrialização, já que a própria modulação 
estrutural é dimensionada para uma melhor otimização da utilização de 
chapas ou placas (SANTIAGO, FREITAS E CRASTO, 2012, p. 78). 
Segundo Crasto (2005), nesse sistema construtivo, os elementos precisam 
ser compatíveis com o conceito de estrutura leve, ou seja, é necessário utilizar 
vedações que possuam um baixo peso próprio. A própria modulação estrutural é 
dimensionada para a potencialização da utilização de chapas ou placas, que 
geralmente possuem 1,20 m de largura, medida múltipla da modulação de 400 mm e 
51 
 
600 mm como ocorre na modulação das placas de gesso acartonado e placas 
cimentícias. Além disto, os materiais mais apropriados para utilização em 
fechamentos e acabamentos são aqueles que garantem uma obra “seca”, permitindo 
reduzir e / ou eliminar as etapas que necessitam utilizar argamassa e similares. 
Para utilização no fechamento vertical dos painéis, forros, pisos e como 
substrato para cobertura do telhado, temos como opção as placas OSB (Oriented 
Strand Board), mostradas na FIG. 30, pois apresentam propriedades de resistência 
apropriadas para funcionar como diafragma rígido, quando empregada nos painéis 
estruturais e lajes de piso. Porém, pelas suas características, as placas OSB 
necessitam de acabamento impermeável se expostas às intempéries, feito através 
de uma manta de polietileno de alta densidade, responsável por revestir toda a área 
externa das placas, além de um revestimento final que pode utilizar em sua 
execução o siding vinílico, cimentício, de madeira ou argamassa seguida de pintura 
(PRUDENCIO, 2013). 
FIGURA 30 – Placas OSB em um fechamento externo. 
 
Fonte: Téchne, 2013. 
 
As placas cimentícias também podem ser utilizadas como fechamento de 
painéis e pisos, sendo ideais para áreas molháveis e expostas às intempéries, 
apresentando benefícios como a elevada resistência a impactos, baixo peso próprio 
e principalmente a maior produtividade em sua montagem. As placas utilizadas no 
52 
 
sistema LSF geralmente possuem dimensão fixa de 1,20 m de largura, 
apresentando espessura conforme função e aplicação da placa mostradas no 
QUAD. 1. 
QUADRO 1 – Relação entre espessura e aplicação da placa cimentícias. 
 
Fonte: Manual Steel Framing: Arquitetura, p. 85, 2012 
Conforme o emprego das placas cimentícias, é necessário executar o 
acabamento adequado, visando um melhor desempenho do fechamento. É 
recomendável a aplicação de uma demão de selador de base acrílica na face de 
paredes expostas às intempéries, além de, como demonstrado por Santiago, Freitas 
e Crasto (2012), “prever um processo de impermeabilização nas junções da parede 
com o piso para evitar a infiltração de água para dentro do painel”. 
Outra opção de fechamento comumente utilizada no LSF são as placas de 
gesso acartonado (Drywall), usadas na compartimentação e separação de espaços 
internos em edificações, sendo qualificadas por sua leveza e por não possuir função 
estrutural. As placas normalmente possuem largura de 1,20m, e espessuras de 9,5 
mm, 12,5 mm e 15 mm, sendo comercializadas em três tipos: As placas Standard 
para áreas secas (ST), as placas resistentes à umidade (RU) e as placas resistentes 
ao fogo (RF) (PRUDENCIO, 2013). 
De acordo com Santiago, Freitas e Crasto (2012), o isolamento termo 
acústico é um meio de controlar a qualidade do ambiente interno da edificação, 
impedindo a transmissão de sons e evitando as perdas ou ganhos de calor para o 
meio externo. A FIG. 31 mostra a lã mineral, responsável por isolar termicamente e 
acusticamente uma edificação, sendo aplicada nos painéis. 
 
53 
 
 
FIGURA 31 – Montagem de lã mineral para isolamento térmico e acústico. 
 
Fonte: Rayol, 2012. 
4.4.6 Ligações e montagem 
Segundo Santiago, Freitas e Crasto (2012, p. 96), há muitas opções de 
ligações e conexões para estruturas de aço e seus elementos. Os parafusos auto 
atarraxantes e auto perfurantes são os padrões de ligações mais utilizados no 
sistema LSF, sendo encontrados em uma série de tamanhos que vão do n°6 ao 
n°14, sendo recobertos com uma proteção em zinco para evitar a corrosão e manter 
características similares à estrutura galvanizada. 
Ainda de acordo com os autores, os parafusos auto atarraxantes 
apresentam dois tipos de ponta: a ponta broca e a ponta agulha, sendo a espessura 
da chapa de aço a perfurar que define o padrão de ponta a ser utilizada. O parafuso 
ponta broca é recomendado para ligações de perfis estruturais e conexão de várias 
camadas de materiais, já o parafuso ponta agulha geralmente é utilizado em placas 
54 
 
menos espessas, como por exemplo nos perfis de aço não estruturais empregados 
no sistema drywall. 
O tipo de material a ser fixado determina ainda o padrão de cabeça do 
parafuso, que pode ser do tipo lentilha, sextavada e panela para ligações entre perfis 
de aço e do tipo trombeta para fixação de placas de fechamento à estrutura de aço. 
4.5 Vantagens e desvantagens do Light Steel Framing 
Segundo Santiago, Freitas e Castro (2012), o sistema construtivo LSF, 
aponta benefícios consideráveis nas edificações, sendo os principais: 
a) os produtos constituintes do sistema são normatizados e de avançada 
tecnologia, onde tem sua produção industrializada; 
 b) o aço é comprovadamente um material resistente e de alta qualidade, o 
que permite uma precisão dimensional maior e um melhor desempenho 
estrutural; 
c) a estrutura possui grande durabilidade devido ao processo de 
galvanização das chapas dos perfis; 
d) facilidade para obter perfis formados a frio visto que são amplamente 
utilizados pela indústria; 
e) facilidade para realizar as instalações hidráulicas e elétricas, já que os 
perfis vêm perfurados de fábrica conforme solicitação de projeto; 
f) simplicidade no transporte, manejo e montagem, pois os elementos são 
muito leves; 
g) a construção se torna um processo ágil, já que o próprio canteiro de 
obras se torna local de montagem; 
h) construção seca, diminuindo perdas e racionalizando os recursos 
naturais; 
i) níveis superiores de desempenho termo acústico atingidos através da 
conciliação do isolamento com os materiais do fechamento; 
j) simplicidade na execução das ligações; 
k) por ser reciclável, o aço pode ser usado várias vezes sem a perda de 
suas propriedades; 
l) o aço é um material incombustível; 
m) vasta versatilidade do projeto arquitetônico, permitindo assim uma maior 
criatividade do arquiteto. (SANTIAGO, FREITAS E CASTRO, 2012, p. 16). 
 
Ainda segundo os autores, o LSF tem diversos ganhos em relação ao 
sistema convencional, os fatos que contribuem para esse ganho são a alta 
resistência do aço, ampla durabilidade, facilidade no manuseio e agilidade na 
montagem. Contudo, a carência na mão de obra especializada, as possíveis falhas 
no desenvolvimento do projeto e posterirormente em sua execução são as principais 
desvantagens do sistema, o que pode tornar a técnica construtiva menos vantajosa 
e mais onerosa, sendo assim, é necessário prever todas as fases da construção e 
se certificar que a equipe de trabalho possui treinamento para tal. 
 
55 
 
5 Metodologia 
Neste item é mostrado um estudo de caso onde é levantada a construção da 
Unidade Básica de Saúde (UBS) Tipo II no bairro JK, na cidade de Coronel 
Fabriciano - MG, projetada para ser construída no sistema Light Steel Framing, 
apresentando o orçamento da construçãoe em seguida uma comparação geral 
entre o sistema convencional e o LSF. 
5.1 Dados globais da obra 
O estudo de caso em questão caracteriza-se como uma obra pública, 
construído pela Oliveira Bento Construtora, tendo como responsável técnico o 
engenheiro civil Lucas Henry Gomes Lagares Martins, CREA 208.447/LP MG, na 
cidade de Coronel Fabriciano, no estado de Minas Gerais, em andamento até junho 
de 2017. A obra foi desenvolvida na Rua Joaquim Gomes da Silveira Neto, Nº 180, 
Bairro JK, Coronel Fabriciano num terreno de área total de 825 m². 
A UBS, conforme projeto, dispõe de um pé direito de 2,90 m, e uma área 
total a ser construída total de 504 m², distribuída em: 
 Cuidados básicos com 21,20 m2; 
 I.S com 2,27 m2; 
 Área de compressor com 1,65 m2; 
 Sala de ginecologia com 9,47 m2; 
 Consultório odontológico com 38,47 m2; 
 Depósito com 2,38 m2; 
 Apoio agente e endemias com 2,32 m2; 
 Copa com 8,52 m2; 
 Sala de atendimento multiprofissional l com 9,67 m²; 
 Sala de atendimento multiprofissional ll com 9,58 m²; 
 Sala de atendimento multiprofissional lll com 10,45 m²; 
 Sala de coleta com 8,14 m²; 
 Sala de reunião e educação com 30,20 m²; 
 I.S masculino com 3,18 m²; 
 I.S feminino com 3,47 m²; 
56 
 
 Circulação para I.S com 5,42 m²; 
 Sala de curativos com 10,65 m²; 
 Sala de triagem com 10,66 m²; 
 Sala de gerência com 7,52 m²; 
 Recepção com 11,09 m²; 
 Sala de espera 38,41 m²; 
 Escovário com 6,57 m²; 
 Guarda medicamentos com 6,76 m²; 
 Sala de lavagem e desinfetante de materiais com 6,76 m²; 
 Sala de esterilização com 5,27 m²; 
 Almoxarifado com 5,35 m²; 
 Sala de agentes de saúde com 22,35 m²; 
 Sala de vacinação com 14,19 m²; 
 D.M.L com 4,70 m²; 
 Vestiário feminino para necessidades especiais com 5,63 m²; 
 Vestiário feminino com 6,60 m²; 
 Vestiário masculino para necessidades especiais com 5,28 m²; 
 Vestiário masculino com 5,35 m²; 
 Sala de acesso aos funcionários com 7,18 m²; 
 Sala de resíduos com 7,30 m²; 
 Área permeável interna com 32,45 m²; 
 Área para circulação (corredores) com 73,54 m²; 
 Varanda coberta frontal com 46,52 m²; 
 Garagem para ambulâncias com 20,75 m². 
A planta baixa da UBS se encontra no Anexo A. 
5.2 Demonstração do processo construtivo da UBS 
Após a definição da empresa vencedora da licitação publica e a assinatura 
do contrato com a prefeitura municipal de Coronel Fabriciano, foi realizada uma 
busca por empresas especializadas na fabricação de perfis LSF, ficando definido a 
R.A Drywall LTDA como a responsável pela fabricação e fornecimento de toda a 
estrutura necessária para executar o projeto, com isso, foi enviado para a empresa o 
57 
 
projeto estrutural fornecido pela prefeitura. As chapas que compõe os perfis 
estruturais utilizados no telhado, paredes, vigas e platibandas, são do tipo zincado 
de alta resistência, e possuem dimensões 90 x 40 x 3,0 mm com enrijecedor de 
alma de 10 mm. 
A seguir é apresentada a TAB. 1 contendo o memorial de cálculo levantado 
no projeto arquitetônico, considerando a realização da obra em alvenaria 
convencional. 
TABELA 1 – Memorial de cálculo para construção em alvenaria convencional. 
ITEM UND. QUANTIDADE 
ESCAVAÇÃO M³ 228,41 
COMPACTAÇÃO M² 200,52 
FUNDAÇÕES - AÇO Kg 2337 
FUNDAÇÕES - FORMA M² 488,32 
FUNDAÇÕES - CONCRETO M³ 68,43 
PILARES - AÇO Kg 2881 
PILARES - FORMA M² 302,7 
PILARES - CONCRETO M³ 15,2 
VIGAS - AÇO Kg 2360 
VIGAS - FORMA M² 352,96 
VIGAS - CONCRETO M³ 35,3 
ALVENARIA M² 847,23 
REVESTIMENTO M² 1811,76 
COBERTURA M² 525,13 
IMPERMEABILIZAÇÃO M² 204,78 
INSTALAÇÃO HIDROSSANITÁRIA M 594 
COMBATE A INCÊNDIO Und 28 
DRENAGEM M 93,6 
ELÉTRICO M 4724 
CFTV E SONORIZAÇÃO M 194 
SPDA M 345 
CLIMATIZAÇÃO M 34 
ESQUADRIAS MADEIRA M² 61,99 
ESQUADRIAS ALUMINIO M² 7,43 
ESQUADRIAS METÁLICAS M² 11,6 
REVESTIMENTO PORCELANATO M² 376,1 
58 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: Arquivo pessoal dos autores, 2017. 
Na TAB. 2 são apresentados os quantitativos extraídos da planilha de 
preços, fornecida pela Oliveira Bento Construtora, para a realização da obra em 
LSF, conforme licitação realizada pela Prefeitura Municipal de Coronel Fabriciano. 
TABELA 2 – Memorial de cálculo para construção em LSF incluindo fundação. 
 
 
PISOS M² 963,98 
ESPELHOS M² 4,95 
PINTURA M² 6892,87 
BANCADA M² 43,6 
PLACAS DE SINALIZAÇÃO Und 24 
ITEM UND. QUANTIDADE 
FUNDAÇÕES M² 820,07 
ESTRUTURAS METÁLICAS E FECHAMENTOS LSF M² 518,9 
ALVENARIA E DIVISÕES M² 29,75 
COBERTURA M² 525,13 
IMPERMEABILIZAÇÃO M² 204,78 
INSTALAÇÃO HIDROSSANITÁRIA M 594 
COMBATE A INCÊNDIO UND 28 
DRENAGEM M 93,6 
ELÉTRICO M 4724 
CFTV E SONORIZAÇÃO M 194 
SPDA M 345 
CLIMATIZAÇÃO M 34 
ESQUADRIAS MADEIRA M² 61,99 
ESQUADRIAS ALUMINIO M² 7,43 
ESQUADRIAS METÁLICAS M² 11,6 
REVESTIMENTO PORCELANATO M² 376,1 
PISOS M² 963,98 
ESPELHOS M² 4,95 
PINTURA M² 6892,87 
BANCADA M² 43,6 
PLACAS DE SINALIZAÇÃO UND 24 
Fonte: Arquivo pessoal dos autores, 2017. 
59 
 
Os perfis são comprados pré furados, sendo necessário realizar uma pré 
montagem formando os painéis. Para realizar a composição da estrutura, utiliza-se 
parafusos autobrocantes e autoatarrachantes. A montagem dos mesmos pode ser 
realizada por uma equipe com dois ou três funcionários treinados (um montador com 
um ou dois ajudantes). Conforme projeto, estrutura utilizada na a cobertura é do tipo 
inclinada, e formada por tesouras e treliças. O fechamento do telhado se deu com 
telhas termo acústicas. As FIG. 32 mostra a pré montagem dos painéis, a FIG. 33 
mostra a montagem das estruturas e as FIG. 34 e 35 a montagem da estrutura de 
cobertura e as telhas após montagem parcial. 
FIGURA 32 – Pré montagem dos painéis. 
 
Fonte: Arquivo pessoal dos autores, 2017. 
 
60 
 
FIGURA 33 – Montagem das estruturas. 
 
Fonte: Arquivo pessoal dos autores, 2017. 
FIGURA 34 – Montagem das estruturas da cobertura. 
 
Fonte: Arquivo pessoal dos autores, 2017. 
 
61 
 
FIGURA 35 – Montagem das telhas da cobertura. 
 
Fonte: Arquivo pessoal dos autores, 2017. 
5.2.1 Revestimento externo 
a) placas cimentícias de 10mm, impermeabilizada, e bordas rebaixadas, 
conforme FIG. 36; 
b) isolamento externo termo acústico com lã de vidro espessura de 89 
mm até 3,25 m de altura; 
c) isolamento interno termo acústico com lã de vidro espessura de 51 mm 
até a altura do forro; 
 
62 
 
FIGURA 36 – Montagem das placas cimentícias no fechamento externo. 
 
Fonte: Arquivo pessoal dos autores, 2017. 
5.2.2 Revestimento interno das paredes externas 
a) placas de gesso acartonado standart 12,5 mm 
b) placas de gesso acartonado ru resistentes à umidade 12,5 mm (áreas 
que ficarão sujeitas à umidade); 
c) sistema para tratamento de juntas, fita massa e parafusos; 
d) OSB Home Plus com 9.5mm e 10 anos de garantia contra fungos; 
5.2.3 Revestimento interno das paredes internas 
a) placas de gesso acartonado standart 12,5 mm. 
b) placas de gesso acartonado ru resistentes à umidade 12,5 mm (áreas 
sujeitas à umidade); 
63 
 
c) sistema para tratamento de juntas, fita massa e parafusos; 
d) para o fechamento interno foi necessário 564,87 m2 de placas, cada 
uma com 2,16 m2 e pé direito de 2,90 m, totalizando de 261 placas de gesso 
acartonado. 
5.2.4 Forro interno 
a) forro em gesso acartonado standart estruturado com perfis f530, 
negativos com tabica metálica, materiais de fixação, suportes niveladores, tirantes 
em arame 4,8mm e materiais para tratamento de juntas; 
5.2.5 Telhado 
a) telha termo acústica em chapa de aço 0,5 mm com revestimento 
interno em poliuretano de 50 mm; 
5.2.6 Isolamento termo acústico 
a) lã de vidro de 51 mm interno e 89 mm externo para preenchimento de 
todas as paredes e forro. 
As instalações hidro sanitárias e elétricas no sistema LSF são executados da 
mesma forma que no sistema convencional. 
Nas FIG. 37, 38 e 39 é mostrado a passagem de eletrodutose tubulações 
internamente na estrutura, assim como as saídas das tubulações nas paredes. 
 
64 
 
FIGURA 37 – Instalação de eletrodutos. 
 
Fonte: Arquivo pessoal dos autores, 2017. 
FIGURA 38 – Instalação de tubulações. 
 
Fonte: Arquivo pessoal dos autores, 2017. 
65 
 
FIGURA 39 – Pontos de saída nas paredes. 
 
Fonte: Arquivo pessoal dos autores, 2017. 
Posterior à execução dessas fases, a obra passa para sua fase de 
acabamentos, que é realizada, basicamente, como no método convencional. 
 
5.3 Comparativo entre o sistema LSF e o sistema convencional 
Nesta etapa, exibe-se a comparação entre os sistemas construtivos 
tradicional e o LSF. 
Nos dois sistemas as fundações distribuem as cargas pontuais, o que 
representa de 10 a 15% no custo da obra executada no sistema convencional, e no 
LSF entre 5 a 7% (CONSTRUSECO, 2014). 
No sistema convencional a estrutura é feita em concreto armado, que tem 
sua qualidade definida por elementos variáveis como a mão de obra, clima e 
66 
 
matéria-prima. Já no sistema LSF, a estrutura em aço galvanizado, é produzida com 
rigoroso critério e procedimentos de qualidade certificado por órgãos internacionais. 
Referindo-se a sustentabilidade, haja vista que o aço é altamente reciclado 
no mundo todo, o sistema LSF torna-se vantajoso por ser considerado 
ecologicamente correto, e gerar menor quantidade de resíduos, conforme FIG. 40. 
Já no sistema convencional, a maior parte dos resíduos gerados agridem o meio 
ambiente. 
FIGURA 40 – Resíduo gerado na pré montagem dos painéis 
 
Fonte: Arquivo pessoal dos autores, 2017. 
No sistema LSF as instalações hidro sanitárias e elétricas são executadas 
antes do fechamento interno das paredes, sem que haja necessidade de quebrar as 
mesmas, evitando desperdícios. Já no sistema convencional, é gerada muita perda 
de material, além de ser necessário recompor as paredes quebradas para realização 
das instalações hidrossanitárias e elétricas. 
67 
 
O canteiro de obras no sistema convencional necessita de constantes 
manutenções, limpezas e organização, o que não é tão frequente no sistema LSF, 
que possui um canteiro mais organizado, dispensando tais manutenções. 
Como possui multicamada de isolamento, o LSF apresenta um melhor 
isolamento térmico. Em contrapartida, no sistema convencional há uma maior troca 
de calor através das paredes, uma vez que o isolamento térmico é o mínimo. 
Em relação a prazos e precisão, o sistema em alvenaria requer maior prazo 
e é menos preciso, sendo que no LSF este prazo pode ser cerca de 1/3 menor, se 
comparando ao outro sistema, e com uma maior precisão. 
O custo da obra (m²) no sistema tradicional ainda é inferior quando 
comparado ao outro sistema. Entretanto, avaliando melhor os custos diretos e 
indiretos, a obra executada no sistema LSF pode se tornar economicamente viável 
em razão do menor prazo para execução. 
Na TAB. 3 é apresentada uma tabela comparando a alvenaria convencional 
ao LSF. 
TABELA 3 – Comparativo entre a alvenaria convencional e o light steel framing. 
Alvenaria Convencional Light Steel Framing 
Paredes, portas e janelas com precisão 
em centímetros. 
Paredes, portas e janelas com 
precisão em milímetros. 
 
Durabilidade acima de 300 anos. 
 
Durabilidade acima de 300 anos. 
Existem construções nos EUA com 
mais de 250 anos ainda em 
funcionamento. 
 
Colocação de canos e eletrodutos com 
quebra de paredes, desperdício de 
materiais e retrabalho (executar a parede, 
quebrá-la e depois refazê-la nos locais 
onde passou-se a tubulação ou 
eletrodutos). 
 
Colocação de canos e eletrodutos 
sem desperdício e sem retrabalho. 
 
Canteiro de obra sujo ou com grande 
dificuldade para manutenção de limpeza. 
 
Canteiro de obra limpo e organizado. 
 
68 
 
Prazo de execução de obra longo e 
impreciso. 
Prazo de execução até 1/3 menor e 
com maior precisão. 
 
Grande utilização de água no processo 
construtivo. 
 
Utilização mínima de água no 
processo construtivo (somente 
utilizada nas fundações). O processo 
é conhecido no Brasil, também, por 
sistema construtivo "a seco". 
 
Manutenção para reparos de defeitos 
ocultos (vazamentos, infiltrações, 
problemas elétricos, entupimentos, etc) 
difícil, exigindo quebra de paredes, sendo 
um trabalho demorado (quebrar, 
consertar, preencher espaço aberto, 
esperar secar a massa, retocar com 
massa corrida, lixar, pintar ou rejuntar) e 
que não garante o resultado final de 
acabamento perfeito. 
 
Manutenção simples de defeitos 
ocultos, com a retirada do 
revestimento interno, localização 
imediata do problema, conserto, e 
recolocação do revestimento, retoque 
e pintura simples. 
 
Ampliações ou reformas demoradas, 
gerando na maioria dos casos transtornos 
e inconvenientes, com desperdício de 
materiais e sujeira. 
 
Ampliações e reformas rápidas e 
limpas, inclusive com a possibilidade 
de reaproveitamento da maioria dos 
materiais. 
 
Preço por metro quadrado para a 
construção similar ao Sistema Steel 
Frame. 
 
Preço por metro quadrado similar a 
alvenaria convencional. Ao avaliar 
custos diretos e indiretos, em muitos 
casos o sistema steel frame é mais 
econômico. 
 
Pintura feita em superfície ondulada e 
imperfeita. 
 
Pintura feita em superfície plana e 
lisa. 
 
Resistência ao fogo 
 
Segurança ao fogo - não queima ou 
adiciona combustível para o 
69 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Construseco, 2014 
 
A construção da UBS em análise está prevista para ser realizada em 9 
meses, considerando tanto a fundação em radier quanto a execução do sistema 
LSF. 
Até o momento, foram necessários 3 meses para finalizar a execução da 
fundação e 3 meses para montagem de toda a estrutura em LSF, inclusive a 
cobertura. 
alastramento do fogo em uma casa. 
Segue as normas da ABNT e do 
Corpo de Bombeiros. 
 
Utiliza produtos que degradam o meio 
ambiente: areia, tijolo, brita, etc. 
 
É um sistema ecologicamente 
correto. O aço, por exemplo, parte 
integrante do sistema em steel frame, 
é um dos produtos mais reciclados 
em todo o mundo. 
 
O isolamento térmico é mínimo. Permite 
facilmente a passagem de calor pelas 
paredes. Custo de manutenção de 
temperatura alto. 
 
O isolamento térmico é máximo. Em 
função da lã de vidro colocada em 
todas as paredes e forros, além de 
outras camadas, passagem de calor 
é dificultada pelas paredes. Custo 
mínimo ou inexistente para 
manutenção de temperaturas. 
70 
 
6 Análise das vantagens e custo/benefício 
Realizando uma comparação entre os custos da UBS, observa-se que nos 
sistemas construtivos estudados o custo das etapas de fundações, estruturas 
metálicas e fechamentos LSF / vigas e pilares e administração local apresentadas 
na TAB. 4, variaram significativamente. Na tabela podemos verificar a diferença de 
custos em cada etapa construtiva, onde se pode perceber que o sistema LSF é mais 
oneroso nas etapas estruturas metálicas e fechamentos LSF, alvenaria e divisões, 
impermeabilizações e isolamento, instalação hidrossanitária e revestimento, 
entretanto, o LSF apresenta custo inferior nas etapas de fundações, esquadrias em 
geral e administração local. 
TABELA 4 – Diferença de custos em cada etapa entre o LSF e alvenaria 
Etapa Descrição do Serviço Custo em Steel Framing Custo em Alvenaria 
1 Serviços preliminares R$ 73.800,43 R$ 73.800,43 
2 Fundações R$ 160.577,07 R$ 185.428,82 
3 Estruturas metálicas e fechamentos LSF / Vigas e pilares R$ 430.405,73 R$ 256.091,41 
4 Alvenaria e divisões R$ 5.672,89 R$ 3.331,45 
5 Coberturas R$ 34.139,63 R$ 34.139,63 
6 Impermeabilizações e isolamento R$ 7.385,29 R$ 4.568,02 
7 Instalaçãohidrossanitária R$ 71.237,12 R$ 70.090,05 
8 Prevenção e Combate a Incêndio R$ 1.813,01 R$ 1.813,01 
9 Drenagem R$ 13.002,61 R$ 13.002,61 
10 Instalações Elétricas R$ 80.841,33 R$ 80.841,33 
11 Cabeamento Estruturado R$ 19.026,37 R$ 19.026,37 
12 CFTV e Sonorização R$ 1.771,90 R$ 1.771,90 
13 SPDA R$ 13.253,72 R$ 13.253,72 
14 Climatização R$ 2.259,43 R$ 2.259,43 
15 Esquadrias de Madeira R$ 24.782,78 R$ 25.154,52 
16 Esquadrias de alumínio e Vidro R$ 58.174,51 R$ 59.047,13 
17 Esquadrias Metálicas R$ 5.416,46 R$ 5.497,71 
18 Revestimento R$ 24.024,12 R$ 23.960,68 
19 Pisos R$ 79.386,23 R$ 79.386,23 
20 Espelhos R$ 1.666,93 R$ 1.666,93 
21 Pintura externa e Interna R$ 70.347,07 R$ 70.347,07 
22 Bancadas R$ 15.206,87 R$ 15.206,87 
23 Sinalização R$ 2.611,96 R$ 2.611,96 
24 Urbanização e obras complementares R$ 7.721,90 R$ 7.721,90 
71 
 
25 Limpeza Geral R$ 1.892,53 R$ 1.892,53 
26 Administração Local R$ 43.233,62 R$ 57.500,71 
TOTAL R$ 1.249.651,51 R$ 1.109.412,42 
Fonte: Arquivo pessoal dos autores, 2017. 
O resultado da análise de custo demonstra que o custo final da UBS 
construída em LSF foi aproximadamente 13% superior em relação ao custo da UBS 
se construída através do método convencional. Todavia, o estudo orçamentário não 
leva em conta o tempo de execução da obra, havendo um ganho adicional pela 
utilização antecipada do imóvel pela comunidade. 
Deve ser levado em consideração, que a diferença de custo entre os 
sistemas construtivos pode ser reduzida de acordo com as considerações feitas no 
projeto. A etapa de superestrutura da edificação é determinante nessa diferença de 
custo, podendo ser adotadas novas considerações segundo o projeto em LSF, 
visando diminuir essa diferença. 
Em geral, a análise de vantagem econômica se torna mais ampla se 
considerada todas as variáveis envolvidas no projeto. A falta de mercado e pouca 
mão de obra especializada para o sistema LSF na região do Vale do Aço é uma 
barreira para o processo. Além disso, algumas precauções devem ser tomadas em 
relação ao dimensionamento da estrutura de aço, pois a maioria dos revendedores e 
fabricantes de perfis leves no Brasil trabalham somente nas espessuras de 0,95mm 
e 1,25mm, sendo as demais espessuras mais onerosas pela falta de produção em 
escala. 
 
72 
 
7 Conclusão 
O presente estudo de caso evidenciou que a construção em LSF oferece 
inúmeros benefícios, como a redução na sobrecarga estrutural associada a uma 
elevada resistência, o alto grau de industrialização e a sustentabilidade. Tais 
características tornam o método atrativo tanto para o construtor e investidor quanto 
para o cliente. 
O “Steel Framing” mostrou se um método construtivo altamente competitivo 
financeiramente se comparado com as técnicas mais usuais do mercado de 
construção. Apesar dos diversos fatores favoráveis, a análise de custo da UBS 
abordada no estudo revelou que o sistema construtivo mais tradicional seria o mais 
econômico, apresentando uma diferença de aproximadamente 13% menor em 
relação ao custo total no sistema realizado em LSF, entretanto, levando-se em 
consideração que o tempo de construção será inferior em aproximadamente 35%, 
e o melhor desempenho térmico da edificação, proporcionara a redução no 
consumo de energia para manutenção da temperatura, fato que pode gerar 
retornos econômicos mais imediatos que os obtidos com o sistema convencional 
então essa diferença acaba sendo reduzida. 
Vale ressaltar também que é possível reduzir o valor final quando comprado 
uma maior quantidade de matéria prima para produção em grande escala, sendo 
possível obter um custo menor de insumos. Quando colocados todos os fatores 
positivos que acompanham a construção, a vantagem do empreendimento é 
superior, e na verdade se torna o sistema construtivo mais interessante e atraente, 
tanto para os investidores quanto para os futuros usuários. 
Como resultado final deste estudo, tem-se a constatação de que a técnica 
construtiva em LSF representa uma importante alternativa para a construção civil 
em Coronel Fabriciano - MG, e também para a região do Vale do Aço, pois além de 
otimizar recursos e contribuir diretamente com a fidelidade orçamentária, o prazo 
menor de entrega garante uma ocupação/utilização e um retorno financeiro mais 
rápido. 
73 
 
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