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APOSTILA ADMINISTRAÇÃO DEADMINISTRAÇÃO DE EMPRESASEMPRESAS https://www.unovacursos.com.br/admin/cursos/curso/133 • Introdução • Projeto de Vida, • Estrutura e Ambiente das Organizações, • Cultura Organizacional, • Organograma de uma Empresa, • Funções do Administrador, • Tomada de Decisão, • Conflitos Organizacionais, • Gestão de Pessoas, • Comportamento Humano, • Liderança, • Processo de Motivação, • Inovação, • Recursos Humanos (Recrutamento E Seleção), • Marketing, • Estratégias de Marketing, • Comunicação 2 Administração é uma ciência social que trabalha as práticas necessárias para gerenciar um negócio, tais como organizar, mensurar, planejar, dirigir e controlar tudo que envolve os processos de trabalho e as pessoas responsáveis por fazer este mesmo trabalho acontecer. Sua aplicação, no entanto, não diz respeito apenas a empresas, podendo ela ser levada a diversos outros âmbitos e segmentos da vida. Neste sentido, é possível dizer que a Administração tem como principal finalidade atingir metas previamente definidas, com excelência. Para isso os profissionais com amplo conhecimento nesta área se ocupam de trabalhar na organização de estratégias específicas, que conduzam as ações planejadas em direção ao alcance do objetivo determinado no início do processo. O que se sabe é que as atividades relacionadas à esta poderosa área são realizadas desde meados de 5.000 anos a.C, na Suméria, onde viu-se a necessidade de definir e organizar sistemas em que houvesse cooperação humana mútua, para o alcance de resultados que beneficiassem a todos. Porém, o conceito de administração, conforme o conhecemos hoje, foi cientificamente definido por Frederick Taylor, engenheiro americano, que ficou conhecido por ser o precursor da Teoria da Administração Científica. Há pensamento distorcido de que quem estuda Administração quem não sabe qual carreira seguir. Mas, assim como Direito e Medicina, por exemplo, a Administração é a base para uma sociedade e coloca excelentes profissionais no mercado de trabalho. A Administração é a área de estudo que coloca pessoas atuando em vários segmentos, seja qual for o tipo de negócio. Além disso, possibilita que uma pessoa consiga descobrir em que segmento tem suas habilidades mais desenvolvidas e possa direcionar sua carreira a esse campo de trabalho. Como exemplos há Marketing, Economia, Logística ou Contabilidade. Um administrador de empresas é um profissional responsável pela tomada de decisão e condução de estratégias no meio corporativo. Por ele, passam ações de planejamento, organização e execução nas mais variadas áreas do negócio, incluindo a gestão de recursos financeiros, tecnológicos, humanos e materiais. INTRODUÇÃO 3 Embora muita gente considere que o administrador é o dono da empresa, não é totalmente correta essa relação. Ele pode, sim, estar entre os sócios ou comandar um negócio como empresário individual. Porém, também pode ser um profissional contratado para exercer a atividade de administrador. Suas possibilidades de atuação vão desde empresas públicas a privadas, entidades com ou sem fins lucrativos e representantes do terceiro setor. Enfim, onde há necessidade de um profissional para gerenciar a atividade, existe a demanda por um administrador de empresas. Vale dizer, ainda, que, conforme o porte da empresa, é natural que ela tenha em seu corpo de funcionários mais de um administrador. Afinal, há vantagens ao negócio designar uma pessoa para administrar cada uma das suas áreas estratégicas, como marketing, vendas, finanças, logística, recursos humanos, entre outras. Ser um administrador, portanto, é assumir o compromisso de atuar no dia a dia para que a empresa alcance os seus objetivos, realizando esforços de produtividade, eficiência e lucratividade. Em uma empresa tradicional, com fins lucrativos, por exemplo, a sua administração consiste em organizar processos e gerenciar recursos de modo a evitar gastos desnecessários, elevar a produtividade e potencializar os ganhos. A importância da administração de empresas aparece na concretização de metas de curto, médio e longo prazo. Significa dizer que mesmo pequenas conquistas do dia a dia, como pagar as contas dentro do prazo, depende de um esforço administrativo. Isso também se aplica a desafios maiores, como lançar um novo produto, serviço ou marca. Também para contratar empréstimos, abrir uma filial ou fechar uma unidade. Uma correta administração conduz a empresa para um cenário de crescimento sustentável e longevidade, mas não sem atuar na gestão de crises, combatendo riscos e minimizando prejuízos. Práticas administrativas foram registradas milhares de anos antes de Cristo, mas foi a partir da Revolução Industrial, no século XX, que as empresas 4 despertaram para a necessidade de uma gestão organizada e pautada em metas. Jules Henri Fayol é o fundador da teoria clássica da administração, definindo em 1916 as funções básicas do administrador: planejar, organizar, coordenar, comandar e controlar. Mais recentemente, o seu principal expoente foi Peter Drucker, considerado como “pai da administração moderna”. Ele faleceu em 2005, mas sua extensa lista de publicações deve continuar contribuindo para a melhor gestão empresarial durante muitos anos. Quando pensamos na administração como ciência, nosso pensamento se direciona às primeiras teorias, a quem começou a dar embasamento a essa ciência. Dificilmente pensamos em séculos atrás, em como os povos antigos se organizavam e quais conhecimentos eles tinham nessa área – deveria ser uma bagunça, certo? Espera, vamos pensar um pouco mais. Quantas civilizações conhecemos que tiveram grandes feitos e legados? Várias. Dinastias, impérios, cidades, territórios, impostos, leis, navegação, arquitetura e vários outros exemplos de organizações se ligam diretamente à administração. Como seria possível se não houvesse planejamento, organização, coordenação e controle? Como você pode ver, a administração foi praticada desde sempre e estudar a sua origem é viajar no tempo e conhecer coisas incríveis feitas por povos antigos. Esse é um dos motivos pelos quais cursos de administração são tão interessantes. Além disso, são ótimas ferramentas de qualificação profissional e também pessoal, uma vez que a administração pode trazer soluções para vários aspectos do nosso dia a dia. Há que se considerar também a praticidade ao estudar o tema por meio de cursos online, que são totalmente adaptáveis à realidade e disponibilidade de cada um. A Revolução Industrial foi importante no estudo da ciência, pois desencadeou a necessidade de que houvesse uma administração elaborada e praticada em busca da eficiência e da eficácia de processos. Essa necessidade foi acelerada durante a Segunda Revolução Industrial que trouxe transformações que causaram velocidade no ritmo das organizações, como o petróleo e a energia elétrica. Empresas passaram a ganhar máquinas automatizadas, mercados se expandiram e novos métodos de produção e 5 organização do trabalho passaram a ser necessários, ou seja, era preciso uma administração mais profissionalizada. Administração é a ciência que estuda e sistematiza ferramentas utilizadas para gerenciar organizações, recursos ou pessoas. É planejar, organizar, dirigir e controlar os recursos, de forma eficiente e eficaz, para alcançar objetivos e metas definidas. O objeto de estudo da administração é a atividade organizacional, considerando as relações existentes entre as organizações e seus ambientes. Essa ciência pode formar profissionais pela graduação e pode mantê-los atualizados por meio de cursos na área administrativa. Rotina de um administrador de empresas Aquela ideia de um executivo trancado em sua sala, com pilhas de papéis em sua mesa, o tempo todo ao telefone, não é a versão mais honestada rotina de um administrador. Embora vejamos muito esse cenário representado na dramaturgia e no cinema, um bom administrador de empresas precisa circular pelo negócio. É verdade que, em boa parte do tempo, ele está mesmo debruçado sobre os desafios do negócio, definindo metas, planejando estratégias e organizando ações. Mas o seu sucesso no cargo depende de transitar pelas diferentes áreas da empresa, conversar com gerentes, supervisores e demais colaboradores. O feedback, inclusive, é uma poderosa arma para a qualificação de suas ações no dia a dia. O mesmo vale para os demais parceiros da empresa, como clientes, fornecedores e até concorrentes. É imprescindível que o administrador esteja aberto a falar e a ouvir, o que nada combina com aquela figura do profissional enclausurado em seu escritório. A partir daí, as suas atividades são determinadas pelo nível que ocupa na empresa, o qual pode ser: 6 Nível operacional: foca no curto prazo, em colocar em prática as ações previamente definidas, cabendo ao administrador atuar no seu gerenciamento e controle. É o que predomina na sua rotina Nível tático: com visão de médio prazo, planeja e define ações para atender aos objetivos traçados para o negócio nesse período de tempo. Compete ao administrador estabelecer metas específicas para que cada área da empresa contribua para a sua realização Nível estratégico: aqui, suas ações se voltam ao longo prazo, demandando tomadas de decisão mais complexas, já que definem os rumos da empresa. Em geral, cabe ao administrador realizar estudos, pesquisas e organizar informações para estabelecer as estratégias mais adequadas aos objetivos propostos. PONTOS IMPORTANTES PARA SER UM BOM ADMINISTRADOR A lista traz habilidades que se revelam fundamentais no dia a dia, de modo que o profissional possa cumprir com as funções básicas dele esperadas. Organização Como vimos, uma das atribuições que compete ao administrador é organizar ações e processos na empresa para que ela siga ativa, rumo aos seus objetivos. Mas como ele poderia promover tal ganho ao negócio se não possui essa habilidade em nível individual? A organização aparece em diferentes frentes. Ela está no ambiente de trabalho, em uma mesa sem acúmulo de papéis e outros obstáculos que prejudiquem o seu desempenho. Também na gestão do tempo, o que impõe saber definir prioridades e atender aos compromissos de sua agenda, sem prejuízo a nenhuma de suas tarefas. Passa muito pela tecnologia, já que hoje estão disponíveis ferramentas no computador ou smartphone que permitem organizar informações e administrar com foco em resultados. 7 Liderança É inegável que um administrador exerce influência sobre os demais, já que a ele compete, por exemplo, coordenar, comandar e controlar. Mas o segredo do bom profissional está na forma como faz isso. Antes de tudo, o administrador precisa se portar como um líder. Deve aceitar o fato de servir de inspiração para os demais colaboradores e contribuir para que se sintam motivados a trabalhar em prol da empresa. Sobretudo, precisa liderar pelo exemplo e ser uma referência positiva, conquistando o respeito e a admiração dos demais. Comunicação Aí está outra competência muito importante para um bom administrador de empresas. Para comandar as ações das quais o negócio precisa, ele tem que se fazer presente e ser efetivo na comunicação com os colaboradores, seja em um feedback, reuniões ou palestras. É necessário que demonstre uma postura positiva, apresentando suas ideias com clareza, sabendo reconhecer esforços, delegar tarefas e ter a habilidade de se fazer entendido. Lembrando sempre que a comunicação não compreende apenas falar, mas dar voz à sua equipe. Criatividade e inovação Criatividade e inovação são duas habilidades distintas, mas que se complementam com total harmonia. Esses são comportamentos muito valorizados especialmente diante da alta competitividade no mercado atual. Como ser apenas mais um na multidão pouco ajuda as empresas em termos de crescimento e lucratividade, é preciso propor novas soluções para velhos problemas. 8 Todo o tipo de melhoria nos processos internos, por exemplo, já contribui bastante para que o negócio se aproxime de seus objetivos. E é do administrador que mais se espera essa postura. Inteligência emocional Ao se tornar um administrador de empresas, você verá na prática que nem tudo são flores na sua rotina. O estresse é um inimigo real e crises podem ser desencadeadas ao ser exigido por conflitos de origens diversas, assim como na tomada de decisões rápidas ou mesmo difíceis. Mas até nesses momentos mais complicados, o que diferencia um bom administrador é o controle das emoções. É o fato de saber canalizar as energias para reverter em comportamentos produtivos e positivos. Não dá para perder o controle, seja com um colaborador, colega, cliente ou quem quer que seja. Flexibilidade Para terminar a nossa relação, vamos falar de flexibilidade. No ambiente da empresa, significa entender e aceitar que nem tudo acontece como o esperado. Seu planejamento pode ter sido muito bem elaborado, mas há fatores que exigem a revisão de determinados pontos no meio do caminho. É necessário, portanto, estar preparado para promover os ajustes e, se preciso, reconhecer falhas. Quando os resultados não se aproximam dos desejados, todos esperam do administrador uma ação, que pode até ser manter a navegação no mesmo rumo, mas não sem antes cogitar os impactos de uma mudança. 9 PROJETO DE VIDA O projeto de vida é um plano traçado, um esquema vital que se encaixa na ordem das prioridades, valores e expectativas de uma pessoa que sonha com seu próprio destino e decide viver como quer. Este projeto de vida está vinculado de forma direta com a felicidade porque o que o coração humano deseja de verdade é gozar a vida de forma plena. Em essência, este projeto de vida inclui os planos que acrescentam bem-estar a uma pessoa que é consciente daquilo que quer e luta para conseguir. O projeto de vida traçado previamente a nível teórico nem sempre se encaixa como um quebra-cabeça na ação prática, uma vez que a vida não pode ser controlada cem por cento. Porém é importante que a pessoa saiba o que realmente quer e o que a satisfaz. Do contrário, surge a insatisfação interior, o mal-estar e a tristeza de não aproveitar bem o tempo que se tem. O importante é ter um projeto com objetivo, não importa se a data prevista for cumprida ou não, o fundamental é delinear um projeto pessoal porque isso envolve desafio, crescimento e um olhar para frente, algo que sempre traz benefícios para o desenvolvimento pessoal. O projeto de vida é individual, no entanto, existem momentos em que o projeto de uma pessoa se cruza com o caminho da outra. Assim acontece, por exemplo, no caso do casamento. Quando dois projetos de vida não são compatíveis surge um problema difícil de conciliar. Isto é, se um dos dois quer casar na igreja e o outro não, se um quer ter filho e o outro não, quando se opta por estilo de vida mais materialista enquanto o outro tem valores mais espirituais, então, não existem pontos em comum e é difícil de encontrar uma forma para unir pessoas tão diferentes. Porém quando ambos coincidem, há uma unidade no pensamento de projetar uma vida em comum: casar, comprar uma casa, ter filhos, etc. Neste sentido, o objetivo é ampliar o projeto de vida que se constrói com a outra pessoa, não de forma individual, mas de forma compartilhada. Um projeto de vida é tão importante que até pode motivar uma crise pessoal numa pessoa que atinge uma determinada idade e percebe que ainda não alcançou o que havia sonhado e planejado. Então, é importante destacar que uma crise neste sentido pode ser boa porque marca um reajuste interno para podertirar suas próprias conclusões e ajudar a mudar positivamente. 10 Vale lembrar que qualquer momento da vida é propício para cumprir os verdadeiros sonhos do coração e apostar na felicidade. Para definir um projeto de vida em curto prazo, é importante pensar aonde se quer chegar dentro de um ano e visualizar sua posição ideal. Muitas vezes, a aventura vale a pena. ESTRUTURA DAS ORGANIZAÇÕES A estrutura organizacional é a forma como uma organização está dividida e hierarquizada. Ela define como é feita a gestão das suas atividades e a comunicação entre seus setores, visando atingir seus objetivos estratégicos. A estrutura organizacional de uma empresa inclui os seus departamentos, ou a divisão por setores, mas também as relações hierárquicas entre eles. O conceito de estrutura organizacional não é, portanto, sinônimo nem de departamentalização, nem de hierarquia isoladamente, mas sim uma combinação entre elas. Essa definição corresponde a uma estrutura organizacional formal, sendo aquela que é planejada pelos gestores conforme as necessidades da empresa. A representação gráfica da estrutura organizacional formal é feita por meio do organograma funcional. Para isso deve ser considerado o tipo de estrutura organizacional, listados mais abaixo. Porém, além da estrutura organizacional formal as empresas também costumam ter estruturas organizacionais informais. A estrutura informal é estabelecida por meio das relações interpessoais. Ela não é oficial e não define a interação entre os setores, refletindo apenas as ligações espontâneas que se formam entre os colaboradores. Tipos de estrutura organizacional Não existe um único modelo de estrutura organizacional. São os gestores, ao desenhar a empresa, que vão definir de que forma ela estará organizada. O tamanho da empresa, seu ramo de atividade, sua finalidade e seus objetivos são alguns dos critérios que precisam ser levados em consideração para estabelecer a estrutura corporativa. 11 A importância de se definir uma boa estrutura organizacional se deve ao fato de que ela é essencial para garantir o sucesso da administração, tornando claras as funções de seus elementos e a forma como eles se relacionam. Ela também evita problemas de comunicação, garantindo eficiência e agilidade na execução das tarefas. Confira, abaixo, os principais tipos de estruturas organizacionais e esquemas de seus organogramas. Estrutura organizacional linear A estrutura organizacional de forma piramidal mencionada acima é conhecida como estrutura organizacional linear ou hierárquica. Cada funcionário deverá ter um supervisor. Há um foco maior na centralização do poder e uma ênfase em hierarquias bem estruturadas. Por causa das hierarquias bem estruturadas, o organograma acaba tendo um formato mais vertical, por isso essa estrutura também é conhecida como estrutura organizacional vertical. A maioria das organizações agrupam seus departamentos por função, como marketing, RH, vendas etc, o que tornaria esta estrutura em uma estrutura funcional (mais informações abaixo). Porém, também é possível organizá-los por produto para empresas maiores, ou por localização física para empresas internacionais. 12 Vantagens de uma estrutura organizacional linear • Define melhor os níveis de autoridade e responsabilidade. • Mostra o supervisor de cada pessoa ou com quem falar sobre projetos específicos. • Motiva os funcionários ao mostrar caminhos claros de carreira e chances de promoção. • Proporciona uma especialização para cada funcionário. • Cria companheirismo entre funcionários dentro da mesma área. Estrutura organizacional funcional Na estrutura organizacional funcional, a empresa é departamentalizada, dividida em departamentos. Por exemplo, uma empresa pode ser dividida nos departamentos de finanças, contabilidade, administração, marketing, vendas e etc. Esta é a estrutura mais comum nas empresas. É bem provável que você já esteja acostumado(a) com esse conceito. A estrutura organizacional funcional valoriza a especialização. Por exemplo, ao invés de um engenheiro ter responsabilidades de RH, marketing e engenharia, ele foca seu conhecimento na área de engenharia e deixa que 13 outros profissionais cuidem das outras áreas. Cada departamento é composto de profissionais da mesma área. Para representar este modelo em forma de organograma (diagrama da estrutura organizacional da empresa), pode-se representar cada funcionário dentro de seu devido departamento, ou ilustrar apenas os departamentos para uma visão mais geral, sem entrar em detalhes de nomes de funcionários, assim como no exemplo acima. Vantagens de uma estrutura organizacional funcional • Oferece uma visão geral e simplificada da empresa, o que pode ser útil para organizações de grande porte, com vários departamentos. • Pode ser usado em conjunto com um organograma mais detalhado, oferecendo assim o nível de detalhes ideal para cada situação. • Promove a ideia de colaboração dentro de uma equipe. Estrutura organizacional horizontal A estrutura organizacional horizontal é mais bem adequada para empresas com poucos níveis entre a diretoria e os funcionários. Muitas empresas start-up usam estruturas horizontais antes de crescerem e 14 implementarem diferentes áreas, no entanto, algumas organizações maiores mantêm essa estrutura pois ela incentiva uma menor supervisão e um maior envolvimento de todos os funcionários. Geralmente há menos especialização do que na estrutura funcional, e os funcionários costumam ter responsabilidades mais abrangentes. Vantagens de uma estrutura organizacional horizontal • Oferece aos funcionários maior responsabilidade. • Fomenta uma comunicação mais aberta. • Melhora a organização e velocidade de implementação de novas ideias. Estrutura organizacional circular 15 A estrutura organizacional circular também é conhecida como estrutura radial. A estrutura organizacional em si é idêntica às estruturas linear e funcional, mas representado num organograma de forma circular. A posição mais alta da empresa é representada no centro do círculo e as posições mais baixas ficam nas bordas do círculo. Por ser diferente do normal, muita gente acha esse tipo de organograma interessante quando eles veem um modelo de organograma circular pela primeira vez; porém esta é a maneira menos eficaz de se representar um organograma empresarial. Vantagens de uma estrutura organizacional circular • Inicialmente, chama a atenção por ser representado num diagrama de forma tão diferente do normal. MONTANDO UMA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL Independente de qual tipo de estrutura organizacional você escolher para sua empresa, é importante representá-la visualmente em um organograma (diagrama da organização de uma empresa) para que todos os funcionários possam melhor entender suas funções dentro da empresa. Siga as dicas abaixo ao montar sua estrutura organizacional para garantir seu maior proveito: • Mantenha-se organizado. Uma estrutura desorganizada não é bom para ninguém. Para se ter a maior clareza possível, crie suas caixas todas do mesmo tamanho e posicione-as com espaços iguais entre elas. Se puder, faça o gráfico caber em uma única página, ou dedique uma folha para cada área da empresa. Crie seu documento facilmente no Lucidchart com recursos de formatação automática e a partir de modelos prontos de organogramas. (Você também pode importar dados de uma planilha.) • Mantenha-a atualizado. Muitas empresas crescem rapidamente ou promovem seus funcionários com frequência. Crie o hábito de 16 atualizar sua estrutura organizacional sempre que alguém for contratado ou começar a trabalhar em um novo cargo, ajudando-o a entender seu papel na empresa de maneira imediata. Como a nossa ferramentade criação de diagramas é online, você pode convidar diversos funcionários para ajudar e fazer alterações no mesmo documento em tempo real. Basta clicar em “Compartilhar”. • Crie um documento centralizado de sua estrutura organizacional e compartilhe-o a partir deste mesmo arquivo. Se você enviar um e-mail com o organograma em anexo a seus funcionários, o arquivo pode rapidamente ficar desatualizado e a empresa poderá ter versões desatualizadas do documento em vários lugares. O Lucidchart pode ser seu local centralizado. Depois de criar o documento, compartilhe uma cópia online do organograma atualizado somente com permissão de visualização ou publique um link do documento central. Quando as pessoas entrarem, saírem ou transferirem dentro da empresa, seu documento publicado refletirá as alterações feitas. Forneça ou vincule outras informações relevantes em seu documento. Nomes e cargos não são os únicos detalhes que importam. Adicione fotos, informações de contato ou outros dados diretamente ao documento. AMBIENTE ORGANIZACIONAL O ambiente organizacional diz respeito a conjuntura de condições variadas, tanto externas como internas de uma organização ou empresa e que possui a capacidade de afetar o desempenho do empreendimento. O Ambiente pode ser considerado como todos os fatores que rodeiam determinada organização, e pode abranger outras empresas e grupos sejam internos ou externos, clientes, sociedade, população ao redor da empresa comunidade, fornecedores, enfim, tudo que circunda determinado negócio está ligado ao ambiente organizacional. 17 Outro quesito de grande importância no ambiente organizacional é o clima organizacional. Ele pode ser definido como a cultura adotada por uma organização. Cada empreendimento tem seu conjunto de costumes e práticas que deve ser difundido entre os colaboradores para buscar a melhor forma de se administrar. Assim, o ambiente organizacional pode ser dividido das seguintes maneiras: • Ambiente externo: é a situação na qual as organizações existem e operam, e é composto por elementos que são externos aos limites da organização. • O ambiente interno: é formado pelos, como trabalhadores, consultores, administradores, cultura organizacional, tecnologia, estrutura organizacional e instalações físicas. Ambiente externo da organização De uma forma simples, fator externo ou organizacional são os elementos do ambiente externo. A organização não tem controle sobre como os elementos do ambiente externo serão configurados e eles podem ser subdivididos em duas camadas: o ambiente geral e o ambiente de tarefas. O ambiente geral consiste em fatores que podem ter um efeito direto imediato nas operações, mas influencia as atividades da empresa. As dimensões do ambiente geral são amplas e não específicas, enquanto as dimensões do ambiente de tarefas são compostas pela organização específica. Vamos ver os elementos ou dimensões do ambiente geral: Dimensão Econômica A dimensão econômica de uma organização é o status geral do sistema econômico no qual a organização opera. Os fatores econômicos importantes para os negócios são a inflação, as taxas de juros e o desemprego, por exemplo. 18 Esses fatores da economia sempre afetam a demanda por produtos. Durante a inflação, a empresa paga mais por seus recursos e, para cobrir os custos mais altos, eleva os preços das commodities. Quando as taxas de juros estão altas, os clientes estão menos dispostos a tomar dinheiro emprestado e a própria empresa deve pagar mais quando toma emprestado. Quando o desemprego está alto, a empresa pode ser muito seletiva sobre quem contrata, mas o poder de compra dos clientes é baixo, pois há menos pessoas trabalhando. Dimensão Tecnológica Denota os métodos disponíveis para converter recursos em produtos ou serviços. Os gerentes devem ter cuidado com a dimensão tecnológica. A decisão de investimento deve ser precisa em novas tecnologias e elas devem ser adaptáveis a elas. Dimensão sociocultural Costumes, costumes, valores e características demográficas da sociedade em que a organização opera é o que compõe a dimensão sociocultural do ambiente geral. A dimensão sociocultural deve ser bem estudada por um gerente. Ela indica o produto, os serviços e os padrões de conduta que a sociedade provavelmente valoriza. O padrão de conduta empresarial varia de cultura para cultura e o gosto e a necessidade de produtos e serviços também. Dimensão Político-Legal A dimensão político-legal do ambiente geral refere-se à lei governamental de negócios, relacionamento entre empresas e governo e a situação política legal geral de um país. Um bom relacionamento entre empresas e governo é essencial para a economia e, mais importante, para os negócios. E a situação geral da implementação da lei e das justiças em um país indica que há uma situação favorável nos negócios em um determinado local. 19 Dimensão Internacional Praticamente toda organização é afetada pela dimensão internacional. Refere-se ao grau em que uma organização está envolvida ou afetada por empresas em outros países. Conceito de sociedade global trouxe toda a nação juntos e moderna rede de comunicação e tecnologia de transporte, quase todas as partes do mundo está conectada. O ambiente de tarefas consiste em fatores que afetam diretamente e são afetados pelas operações da organização. Esses fatores incluem fornecedores, clientes, concorrentes, reguladores e assim por diante. Alguns exemplos são: Concorrentes Políticas da organização são frequentemente influenciadas pelos concorrentes. As empresas do mercado competitivo estão sempre tentando ficar e ir além dos concorrentes. Na atual economia mundial, a concorrência e os concorrentes em todos os aspectos aumentaram tremendamente. O efeito positivo disso é que os clientes sempre têm opções e a qualidade geral dos produtos é alta. Clientes “Satisfação do cliente” – o principal objetivo de toda organização. O cliente é quem paga dinheiro pelos produtos ou serviços da organização. Eles são quem proporciona os lucros que as empresas estão visando. Os gerentes devem prestar muita atenção à dimensão dos clientes do ambiente de tarefas, porque seus clientes compram que mantém uma empresa viva e sólida. Fornecedores Os fornecedores são os fornecedores de materiais de produção ou serviço. Lidar com fornecedores é uma tarefa importante de gerenciamento. 20 Um bom relacionamento entre a organização e os fornecedores é importante para uma organização manter um acompanhamento constante dos insumos de qualidade. Reguladores Os reguladores são unidades no ambiente de tarefas que têm autoridade para controlar, regular ou influenciar as políticas e práticas de uma organização. As agências governamentais são o principal ator do meio ambiente e os grupos de interesse são criados por seus membros para tentar influenciar organizações e também o governo. Os sindicatos e a câmara de comércio são exemplos comuns de um grupo de interesse. Parceiros estratégicos Eles são a organização e os indivíduos com quem a organização é um acordo ou entendimento em benefício da organização. Esses parceiros estratégicos influenciam de alguma forma as atividades da organização de várias maneiras. Ambiente Interno da Organização Forças, condições ou arredores dentro dos limites da organização são os elementos do ambiente interno da organização. O ambiente interno consiste principalmente nos proprietários da organização, na diretoria, nos funcionários e na cultura. Os Proprietários Os proprietários são pessoas que investiram na empresa e têm direitos de propriedade e reclamações sobre a organização. Os proprietários podem ser um indivíduo ou grupo de pessoas que iniciaram a empresa; ou que comprou uma parte da empresano mercado de ações. 21 Conselho Administrativo O conselho de administração é o corpo diretivo da empresa eleito pelos acionistas, e eles têm a responsabilidade de supervisionar os principais administradores de uma empresa, como o gerente geral. Funcionários Funcionários ou a força de trabalho, o elemento mais importante do ambiente interno de uma organização, que executa as tarefas da administração. Funcionários individuais e também os sindicatos de trabalhadores que ingressam são partes importantes do ambiente interno. Cultura Cultura organizacional é o comportamento coletivo dos membros de uma organização e os valores, visões, crenças, hábitos que eles atribuem às suas ações. 22 CLIMA ORGANIZACIONAL Clima organizacional é a percepção dos colaboradores em relação ao ambiente de trabalho. A pesquisa de clima organizacional pode ser utilizada para ajudar nesse diagnóstico. A motivação dos colaboradores é um dos fatores mais importantes quando o assunto é o desempenho das equipes e os resultados do negócio, sendo diretamente influenciada pelo clima organizacional. O clima organizacional pode ser comparado à personalidade das pessoas. Nossa personalidade é o que nos torna únicos, fazendo com que aqueles que convivem conosco tenham opiniões diferentes a nosso respeito. Algumas pessoas gostam de nós, outras nem tanto. Assim é com o clima organizacional: o conjunto de características de uma empresa faz com que seus colaboradores se mantenham engajados com o negócio. Uma vez que o capital humano é o bem mais valioso para que as empresas possam conquistar seus objetivos, felicidade e satisfação são chaves para a produtividade e os bons resultados. Os elementos perceptíveis e mensuráveis do ambiente corporativo são o grupo de fatores que constituem o clima organizacional. Esse é o principal indicador de satisfação (ou insatisfação) dos colabores de uma companhia, considerando diferentes aspectos corporativos, como valorização profissional, comunicação, identificação com os valores da empresa, as políticas de recursos humanos, modelos de gestão aplicados, entre outros. O clima, portanto, é o maior indicador do estado de ânimo individual e geral dos membros da corporação, diretamente vinculado à relação estabelecida entre empresa e funcionários. Para que esses índices de satisfação sejam formados, os trabalhadores levam em conta diversos fatores, como: benefícios oferecidos, comportamento dos colegas e liderança, modelo de gestão, carga horária, ferramentas de trabalho e objetivos. O impacto direto ou indireto desses fatores nos membros da empresa influencia não apenas o comportamento e a saúde desses profissionais, como a motivação e o rendimento como um todo. Garantir a qualidade do meio corporativo significa planejar e efetuar medidas para melhorar essa questão. 23 Diferença entre clima e cultura organizacional À primeira vista, clima organizacional e cultura organizacional parecem sinônimos. No entanto, são conceitos distintos — embora tenham o mesmo nível de importância. Geralmente, a cultura organizacional deve ser compartilhada por todo o quadro de colaboradores e é passada por meio das gerações. Ou seja, os profissionais com mais tempo de casa passam para os mais jovens, moldando comportamentos e percepções. A cultura organizacional é estável e está atrelada a visão, missão e valores da empresa, que não mudam, por mais que o negócio evolua e se modernize. É aí que mora a principal diferença entre os dois conceitos: o clima organizacional pode ser monitorado, avaliado e modificado. Os elementos utilizados para a melhoria do clima organizacional podem se aprimorar com o tempo, mas serão baseados na cultura do negócio. Por exemplo, empresas que tem como base a valorização do conhecimento podem oferecer boas oportunidades em educação corporativa. Entretanto, os formatos vão se modernizando. O que antes era um treinamento que durava semanas, hoje pode ser feito por meio da gamificação. Com o esquema de classificação e recompensas, a tendência é que os colaboradores se sintam motivados e valorizados pelo negócio. A percepção sobre a empresa muda e, consequentemente, o clima organizacional também. 24 Melhorando o clima organizacional 1. O bom trabalho deve ser reconhecido O reconhecimento de um bom trabalho por meio de um sistema de recompensas — especialmente ao superar expectativas. Essa é uma ação que não precisa de grandes investimentos. No entanto, quanto mais surpreendente for o sistema de reconhecimento e recompensas, maior será o empenho dos colaboradores para conquistá-los. Junto a esse sentimento, a empresa eleva outros níveis, como de retenção de talentos. Afinal, todos vão querer fazer parte de uma cultura que beneficia boas ideias e bons resultados. A sensação de dever cumprido, somado a satisfação promovida pelo reconhecimento melhoram o ambiente de trabalho e consequentemente, o clima organizacional. 2. Vida pessoal e profissional deve estar em equilíbrio É preciso ter cuidado para que a satisfação com o ambiente de trabalho não crie workaholics — pessoas viciadas em trabalho. Quem trabalha além da conta e ultrapassa os limites entre a vida pessoal e profissional podem sofrer ter problemas com a sobrecarga de trabalho, prejudicando a saúde mental e física. Horários flexíveis, jornada remota, licença maternidade e paternidade estendida, e programas de bem-estar no trabalho são exemplos de ações que contribuem para que os colaboradores deem uma respirada em meio a rotina e evitem a síndrome de burnout. Com o corpo e mente descansados, a tendência é que o ambiente de trabalho seja leve. 3. Os conflitos devem ser gerenciados Em todos os espaços de convivência humana existem conflitos — e não seria diferente no ambiente de trabalho. 25 Dentro de uma empresa, reúnem-se várias pessoas diferentes: histórias, crenças, estilos de vidas e opiniões divergentes se encontram dia após dia, seja em assuntos relacionados ao trabalho, seja em conversas sobre amenidades. Organizações que buscam desenvolver um ambiente de trabalho tranquilo, onde os profissionais sintam-se em casa e a motivação, e o engajamento sejam os principais sentimentos buscados por meio das melhorias no clima organizacional, devem ter uma gestão de conflitos eficiente. Faz parte desse processo: • comunicação transparente; • empatia e imparcialidade; • política de feedback; • regimento interno bem-construído, com regras claras. A PESQUISA DE CLIMA ORGANIZACIONAL PODE SEGUIR ESSAS ETAPAS Para realizar uma pesquisa de clima organizacional é bem simples, abaixo iremos listar as etapas a serem seguidas para você conseguir aplicar uma pesquisa eficiente, gerando resultados precisos onde vai conseguir quantificar o nível de satisfação dos seus funcionários com sua empresa. 1 - Estabeleça os objetivos da pesquisa: O primeiro passo é elencar um problema, o motivo pelo qual a pesquisa de clima deve ser aplicada. Pode ser para o monitoramento cotidiano do clima organizacional, mas também pode ter algo específico a ser abordado e questionado de acordo com a opinião dos colaboradores, como a implantação de um novo processo ou política na empresa. Conhecendo o problema central da pesquisa, você deve elaborar um objetivo geral, o quê a pesquisa objetiva atingir, assim como objetivos específicos, que sendo cumpridos farão com que o objetivo geral seja atingido. 26 Essa definição de objetivo geral é importante para guiar a elaboração das perguntas do instrumento de coleta, procure fazer com que seus objetivos sejam claros e permitam que, após a aplicação da pesquisa, você saiba se esses objetivos foram realmente atingidos. 2 - Planejamento estratégico: Definir questionáriode aplicação. É nessa fase onde você estabelece os questionários da pesquisa de clima organizacional, a metodologia aplicada, os tipos de perguntas que serão feitas, o tipo de tratamento estatístico das informações e o instrumento de avaliação. Os questionários deverão ser diretamente interligados ao objetivo geral da sua pesquisa, pois serão as respostas desses questionários que vão compor o nível do clima de satisfação da empresa, portanto, para que seja válido o resultado da pesquisa os assuntos abordados nos questionários deverão ser relacionados com os objetivos da pesquisa. A metodologia, tipos de perguntas e tratamento estatístico são dependentes entre si e vão gerar o resultado da pesquisa. Nós criamos uma planilha de pesquisa de clima organizacional onde já possuímos algumas perguntas básicas que sugerimos (você poderá utilizar todas ou nenhuma), uma metodologia estipulada e um tratamento estatístico pronto, você simplesmente precisará apenas definir quais vão ser as perguntas feitas aos seus funcionários. 3 - Informe os seus colaboradores: Informe os seus colaboradores detalhadamente sobre cada aspecto da pesquisa, seus objetivos, a metodologia, o processo de aplicação, o sigilo sobre informações, os resultados esperados e as ações posteriores que serão tomadas para beneficiar o clima empresarial. Recomendamos que a pesquisa não seja obrigatória, para evitar que os seus resultados sejam deturpados, queremos que as respostas sejam sinceras e espontâneas, portanto, incentive a participação dos colaboradores, garanta a confiabilidade das informações da pesquisa. 27 4 - Aplique a pesquisa e reúna as informações coletadas. Agora é a hora de aplicar a pesquisa em seus colaboradores, aonde eles devem responder as questões pré-definidas. Após isso você deverá reunir as respostas de cada colaborador, compilar essas informações para conseguir calcular os indicadores de satisfação/insatisfação. 5 - Planeje as mudanças e ações a serem tomadas. Apenas conhecer o clima da empresa não é suficiente, conhecer o clima da empresa é apenas uma ferramenta para indicar quais atitudes devem ser tomadas para melhorar a qualidade do ambiente de trabalho dos seus colaboradores. Ao receber os resultados da pesquisa defina objetivos e metas a serem cumpridas para melhorar os indicadores que estão com desempenho ruim, faça valer a pena todo o trabalho que teve para aplicar a pesquisa, os colaboradores ficarão ansiosos para verificarem as mudanças que vão melhorar o clima da empresa, divulgue os resultados gerais da empresa, divulgue as metas e atitudes a serem tomadas, faça com que os colaboradores participem dessas mudanças. 6 - Refaça a pesquisa periodicamente e acompanhe a evolução do clima. A parte mais importante da pesquisa do clima é verificar a evolução do clima da empresa. Acompanhar a evolução do indicador vai mostrar se as atitudes tomadas nas pesquisas anteriores estão surtindo efeitos. Faça pesquisas periodicamente (a cada seis meses por exemplo) para acompanhar o clima da empresa, mantendo um clima positivo sempre ascendente vai trazer mais benefícios aos seus colaboradores. 28 CULTURA ORGANIZACIONAL Cultura organizacional é um conjunto de elementos (crenças, valores e normas) que influenciam o clima de uma empresa. Essa cultura empresarial é importante para as organizações por guiar e alinhar os comportamentos dos funcionários no trabalho. A cultura organizacional se destaca como um recurso estratégico em busca de competitividade. Por isso mesmo, ela é importante para você definir como a sua empresa se posiciona e se diferencia no mercado. Para utilizá-la como um diferencial competitivo, é preciso entender o que é e como funciona, identificar os tipos presentes na empresa e promover mudanças para fortalecê-la. Cultura organizacional de uma empresa (também chamada de cultura empresarial e corporativa) é o conceito que define a forma com que a organização conduz seus negócios e em como trata seus clientes e parceiros. E, nisso, envolve práticas, políticas e comportamentos que são reflexo da cultura. Por exemplo, uma empresa de cosméticos que adota a política de não fazer testes em animais inclui essa prática em sua cultura organizacional. Até mesmo normas simples do dia a dia, como a existência ou não de um dress code, são parte do conjunto de práticas que formam a essência da organização. Um grande desafio, nesse sentido, é tirar do papel e colocar em prática. Os comportamentos e valores desejados, quase sempre, são previstos em cartas de intenção ou planos para cultura organizacional, mas nem sempre eles se incorporam ao dia a dia. Pense, por exemplo, na repartição pública mais lenta e burocrática que você já viu. Muito provavelmente, o culture code dela— conjunto de normas criadas para modelar a cultura organizacional— traz palavras como eficiência e satisfação do usuário. Logo, desejo e intenção não bastam. Para melhor compreensão vamos lembrar o que é a cultura dentro da sociedade. A cultura é moldada pela história, costumes, sotaques e tudo que aprendemos ao longo da convivência social com determinado grupo. 29 Dentro de uma empresa a lógica será a mesma. A cultura da empresa funcionará como um guia de comportamento e mentalidade para os funcionários. Ou seja, suas práticas, hábitos, comportamento, princípios, política, crenças entre outros fatores. Você deve estar se perguntando, porque definir uma cultura organizacional é tão importante se ela não tem interferência direta com o meu cliente? Se você pensou desta forma, preciso te dizer que você está enganado. A cultura organizacional não é relacionada apenas ao comportamento dos colaboradores, mas também a forma com que as estratégias e os seus clientes são tratados. Um exemplo básico de crenças organizacionais é a famosa frase “O cliente sempre tem razão”. Pensando bem, será que ele sempre tem razão mesmo? De nada adianta manter um cliente problemático que falta com respeito aos seus colaboradores, e desmotiva toda a equipe, comprometendo assim o desempenho e a produtividade da sua empresa. Vale lembrar aqui, que cultura organizacional está diretamente ligada a motivação da sua empresa. Não adianta dizer que as pessoas são movidas apenas a dinheiro, e que isso deve manter todos os funcionários motivados, isso pode até ser parte do sonho, mas a verdade é que dinheiro por si só não faz milagres. Se uma organização não criar uma cultura organizacional forte e capaz de motivar todos os funcionários, ela provavelmente estará fadada ao fracasso. O que eu estou te dizendo pode até parecer um conceito novo, entretanto esse tema já é abordado a muito tempo, sendo abordado por Idalberto Chiavenato, um dos autores mais respeitados quando o assunto é Administração de Empresas e Recursos Humanos. 30 Elementos da cultura organizacional de uma empresa A cultura organizacional de uma empresa precisa ser pensada a partir de pontos essenciais comuns. Esses pontos são importantes para concretizar a cultura empresarial. Além disso, é um método eficiente para encontrar a missão, os valores e os objetivos da empresa. Os principais pontos a serem considerados são: • Crenças da empresa: são definidas a partir da convivência das pessoas em grupo; • Valores organizacionais: considerando-se o peso que cada coisa tem dentro da organização; • Costumes a serem exercidos: considerando que eles são a materialização dos valores e crenças; • Ritos e atividades: são desenvolvidas com frequência visando o aperfeiçoamento; Essas características são avaliadas a partir da realidade de cada empresa. De nada adianta criar uma cultura organizacional que não tem nenhuma identificação com as características identificáveis dentro da empresa. Esse é um ponto importante, quedeve ser frisado: a cultura empresarial é espelho da empresa. Por isso, as características são tão importantes. Por mais que elas sejam voltadas para diferentes tipos de organizações, elas são moldadas a partir da experiência individual de cada empresa. Dessa forma, quando você desenha a cultura organizacional, na verdade, o que se expressa já pode ser observado. Missão, visão e Valores Todo mundo já ouviu falar do conceito de missão, visão e valores, mas poucos sabem que a estruturação desses elementos é essencial para a cultura de uma empresa. Missão, visão e valores são os pilares de qualquer organização, eles funcionam como um documento oficial que definirá a cultura organizacional. 31 Por esse motivo esses três pilares precisam estar totalmente integrados, com o propósito da empresa, assim como devem ser claro e inspiradores, pois seu papel e engajar os funcionários com os objetivos da sua empresa. Mas lembre-se com o desenvolvimento da empresa, esses pilares podem e devem ser ajustados para acompanhar a evolução da organização. Agora para ficar mais claro como montar esses três pilares vamos ver a definição de cada um. Definição da Missão Podemos definir a missão como a razão pela qual a empresa existe, é a declaração do propósito fundamental da organização, em outras palavras o motivo pela qual foi criada. A missão deve ser encarada como a identidade da organização, ou seja, tem que esclarecer qual o seu negócio. Ela deve responder a pergunta básica que é “Para que existimos?” A definição da missão de uma empresa é importante pois cada decisão ou estratégia criada para o negócio estará alinhada a missão da sua empresa. Definição da Visão A visão de uma empresa representa um estado futuro para o negócio, onde ela deseja chegar, o que ela quer alcançar. Todo empreendedor tem em mente onde quer chegar com o seu negócio, mas dificilmente ele conseguirá alcançar esse objetivo se ele não formalizar tal visão para o futuro e definir estratégias para alcançá-los. Mas calma, de nada adianta estruturar a visão de uma empresa em algo que não é realizável ou objetivo. Para criar a visão é necessário ter uma dimensão perceptível e estabelecer um prazo para alcançar aqueles objetivos. Por isso, é importante lembrar que a visão da empresa é criada para um período de tempo pré determinado, portanto ela pode mudar ao longo do tempo, e se ajustando conforme o momento que a organização se encontra. 32 A definição da visão é importante pois ela será responsável por toda elaboração do planejamento estratégico. Definição dos Valores Uma vez que definida a missão e visão, chegou a hora de definir os valores da sua empresa, que nada mais é do que os princípios que regem as ações e comportamento de todos os indivíduos dentro da empresa. Gosto de brincar que os valores de uma empresa são na verdade as regras do jogo, ou seja, tudo aquilo que você acredita que não pode faltar para ganhar o campeonato. Para entendermos melhor o que são valores é necessário distinguir valores de crenças. Uma crença é algo que um único indivíduo acredita ser certo, justo ou bom. Já o valor, é como um indivíduo age a partir daquilo que ele acredita ser bom. Dessa forma o valor está mais atrelado ao comportamento dos indivíduos. Sendo assim, para uma empresa alcançar o seu objetivo ela precisa criar princípios ou crenças que servirão como guia de comportamentos, atitudes e decisões para os seus funcionários. É importante ter em mente que os valores devem ser seguidos por todos dentro da organização. Dessa forma é necessário que suas definições sejam desenvolvidas em conjunto com os colaboradores. 4 tipos de cultura organizacional Não existe uma única forma de classificar a cultura organizacional. A divisão mais conhecida é a dada pelo autor e filósofo, Charles Handy. Com ela, você pode encontrar quatro tipos de cultura organizacional. 33 1. Cultura de poder São empresas focadas na geração de resultados, em que os colaboradores são estimulados a competirem entre si para atingir os objetivos. Na cultura de poder, as decisões estão centradas em uma liderança. As culturas de poder ocorrem principalmente em empresas pequenas— em que a figura do dono é muito forte e acumula diversas funções. Não à toa, você verá esse tipo frequentemente associado à cultura de clube— o mais importante é compor a rede de influência do chefe. Apesar de demonstrar uma hierarquia clara e bem definida, o tipo limita o crescimento e desenvolvimento dos colaboradores e da própria empresa. Uma gestão que pouco delega tem braços curtos. 2. Cultura de tarefas Empresas com essa cultura contam com profissionais específicos para cada tarefa. Isso contribui para o desempenho mais efetivo e eficaz de suas atividades, extraindo o máximo do seu potencial. Nesse ambiente há liberdade para a expressão de ideias e de ações. Dessa forma, os colaboradores se sentem mais motivados e estão focados na resolução dos problemas. A desvantagem do modelo é a dificuldade de controle e monitoramento. Não haverá alguém “em cima” do colaborador para garantir o sucesso das atividades. 3. Cultura de pessoas As empresas que adotam uma cultura centrada nas pessoas valorizam os seus colaboradores. Com isso, eles têm espaço para crescer e se desenvolver dentro e fora da empresa. Têm suas opiniões ouvidas e respeitadas, o que contribui com o crescimento da própria empresa. Esse tipo de cultura tende a atrair e reter talentos, logo, é uma fonte de vantagem competitiva. Tudo isso é fruto de uma boa proposta de valor para o funcionário, com respeito a qualidade de vida no trabalho e políticas de incentivo, por exemplo. 34 4. Cultura de papéis Essa cultura foca nos papéis desempenhados pelos membros da empresa. Ou seja, as estruturas hierárquicas são bem definidas. Isso impede a flexibilidade das tarefas, já que a pessoa deve apenas realizar o que foi determinado. O modelo também é fortemente orientado por regras. Os profissionais já têm clareza quanto ao que devem fazer. O lado negativo é que não haverá muito espaço para mudanças nem inovações, afetando o crescimento da empresa. Saber identificar a cultura corporativa é essencial, pois os valores e crenças determinam as escolhas. Isto é, a adequação ao perfil da empresa será um critério relevante em avaliações de desempenho, processos de seleção e sistemas de recompensa. Como definir a cultura organizacional da sua empresa? Como visto, a cultura organizacional pode ser uma aliada importante para a consolidação e crescimento da empresa, mas, para que isso ocorra, é importante que valores e ações estejam alinhados não apenas entre os gestores, mas entre toda a equipe. Provavelmente, mesmo sem que tenha sido planejado, a empresa já tem um modus operandi e esse aspecto deve ser considerado na hora de definir a cultura do negócio. Os profissionais já têm hábitos, processos, valores e diretrizes, então, esses fatores devem ser englobados na organização formal proposta. Mentalidade dos fundadores e lideranças Inevitavelmente, a cultura de uma organização surge da mentalidade dos fundadores, considerando as propostas iniciais e os diferenciais de negócio. A cultura do Google, por exemplo, foi pensada por Larry Page e Sergey Brin, enquanto a da Apple está diretamente relacionada às propostas de Steve Jobs. Assim, apesar da inspiração, a cultura é intrínseca a cada companhia. 35 Além disso, os líderes têm um papel central na difusão dessa cultura entre os colaboradores. No dia a dia, são fatores como a motivação, contrapeso entre cobranças e recompensas, feedback, clareza nos processos, hierarquia, entre outros, que vão determinar qual é a cultura interna da empresa e como ela evolui. Processo de contratação Após definir os valoresda companhia, os gestores têm ideia de quais atributos são esperados nas equipes. Dessa forma, a difusão da cultura está diretamente relacionada com a contratação de profissionais que correspondam a esse perfil. Por exemplo, se a empresa propõe mais autonomia nos processos, precisa contratar pessoas com mais iniciativa. Além disso, os líderes do futuro são os novos colaboradores de hoje, então, esse cuidado impacta o sucesso de longo prazo da proposta. Diferenciais de negócio Se a cultura organizacional deve ser alinhada aos objetivos de mercado, é fundamental que ambos considerem os diferenciais do negócio no planejamento. São as singularidades da proposta e das equipes que agregam no cotidiano da empresa, permitindo que os resultados sejam buscados todos os dias a partir dessas vantagens competitivas. Rotina de trabalho A rotina de trabalho é o que permite reforçar as crenças e valores dos profissionais na companhia. Isso não significa fazer todo dia a mesma coisa, mas sim a capacidade diária de conviver dentro dos valores compartilhados pelo negócio, o que passa a se refletir em todas as ações dos profissionais. É justamente a convivência, as pequenas e grandes decisões diárias, os relacionamentos, as melhorias etc. que compõem a cultura interna e, por essa razão, esses valores devem estar presentes todos os dias nos processos desenvolvidos. 36 Sentimento de pertencimento Nos três exemplos de empresas com culturas bem-sucedidas, um aspecto comum é o sentimento de pertencimento por parte dos profissionais. Isso ocorre quando eles se envolvem com a proposta da marca, adotando o sucesso da empresa como parte do sucesso pessoal. Essa unidade deve ser incentivada tanto na construção colaborativa quanto nas recompensas e promoção da convivência diária. Principais desafios no processo Alguns aspectos demandam atenção dos fundadores e líderes quando o objetivo é construir uma cultura organizacional sólida. Pensando nisso, identificamos abaixo os desafios recorrentes nesse processo. Comunicação interna e endomarketing A comunicação interna e o endomarketing são elementos centrais em uma cultura organizacional forte. Isso porque dependem da relação contínua entre lideranças e colaboradores, buscando mais liberdade para opinar e agregar na construção de soluções. Esses fatores também estão presentes nos feedbacks oferecidos, conscientização dos times, treinamentos, transmissão dos valores da empresa e reuniões. Portanto, a comunicação impacta as transformações do negócio e as possibilidades de fortalecimento da identidade e cultura da organização. Transformação da cultura A cultura de uma empresa é influenciada pelos colaboradores, mercado, exigências dos clientes, avanços tecnológicos e outros fatores. Isso faz com que ela seja mutável e propensa à transformação. A capacidade de incorporar as mudanças e novos aspectos à cultura interna é um dos maiores desafios das empresas, pois é esse fator que faz com que 37 ela seja durável no longo prazo e realmente forte, como no exemplo da Southwest Airlines. Comportamentos negativos Assim como o recrutamento é importante para que a empresa tenha colaboradores com valores compatíveis, é essencial que haja o monitoramento de comportamentos negativos para podá-los. Por exemplo, se um profissional é grosseiro com os colegas sem que a empresa tome uma atitude, essa passa a ser o nivelamento do que é aceito. Tendo isso em vista, impedir que colaboradores com comportamento inapropriado se tornem a referência dos demais também é um desafio e deve ser o objetivo de uma liderança consciente e presente. Verifica-se, assim, que a cultura organizacional tem um papel central e deve ser definida com base nos valores, profissionais e objetivos de negócio. Com isso, ela se torna uma importante aliada no cumprimento da missão da marca, proporcionando mais solidez e resultados. EXEMPLOS DE CULTURA ORGANIZACIONAL DE GRANDES EMPRESAS Google O sonho de muitos profissionais é trabalhar na Google, afinal a empresa é um dos exemplos de cultura organizacional mais fortalecida do mercado, servindo de referência em gestão de pessoas para diversas empresas e startups. Os “Googlers”, nome dado aos funcionários da empresa, geralmente são seduzidos pelo ambiente descontraído, criativo e de descompressão que a Google possui. Não podemos esquecer que as refeições gratuitas, viagens, festas, premiações, e outra série de benefícios são outros motivos que tornam a empresa uma referência em cultura bem sucedida e centrada no bem-estar dos funcionários. 38 A Google é o exemplo de empresa que acredita que a motivação dos funcionários está diretamente ligada ao sucesso da empresa. Dessa forma, ela investe sempre no bem estar e estratégias motivacionais para seus colaboradores. Mas nem tudo são são flores, a Google também é conhecida por ter um processo seletivo muito meticuloso, afinal seus funcionários são conhecidos por serem os “melhores dos melhores”. Mas como será que a Google tornou-se um sucesso em cultura organizacional? Vamos ver alguns dos elementos da cultura que a empresa adotou e que pode tê-la tornado uma referência sobre o tema? Dentro dos pilares da cultura organizacional da Google, estão: • Processos seletivos meticulosos, com a intenção de formar uma base de colaboradores inovadora e alinhada aos valores da organização; • Análise de dados coletados pelo RH para potencializar a performance dos funcionários; • Criação de um ambiente casual e democrático, com espaço para ideias e valorização de hierarquia horizontal; • Clareza quando a missão e valores da empresa, valorizando a transparência no relacionamento com os colaboradores; • Reconhecimento da contribuição de cada indivíduo dentro da empresa. Deu para perceber que os conceitos mais importantes da cultura estão alinhados com uma abordagem em que os funcionários são a parte mais importante da empresa. Netflix A Netflix é outra empresa referência do mercado quando falamos sobre cultura organizacional focada nos funcionários. O Reed Hastings, cofundador da empresa, publicou no linkedin uma apresentação sobre a cultura organizacional da empresa. O documento leva 39 o título de “Cultura Netflix: Liberdade e Responsabilidade”, o documento já ultrapassou 18 mil visualizações na plataforma. O documento prega a importância de manter os processos e condutas flexíveis a fim de evitar gastos desnecessários com controles excessivos. A Netflix é conhecida por dar muita atenção à capacidade dos seus funcionários em responder pelos atos, assumir responsabilidades e coordenar suas tarefas da maneira que acharem correta e que atenda às expectativas da empresa. ORGANOGRAMA ORGANIZACIONAL Organograma é uma representação visual da estrutura organizacional de uma empresa. Ou seja, o organograma serve para descrever como a empresa se organiza internamente a nível de cargos e departamentos. Também é conhecido como gráficos hierárquicos. Sabemos que diversos processos atravessam a organização de uma empresa e o bom funcionamento dela. Para que haja harmonia e lógica nas rotinas realizadas, alguns métodos são adotados para o alinhamento de toda a equipe. Um deles é o organograma. Essa estrutura é uma peça fundamental para a gestão de um negócio, pois delimita os cargos e traça as linhas de hierarquia que são adotadas. Um organograma é um método de estruturação de equipes dentro de uma empresa. O objetivo dessa ferramenta é organizar os espaços nos quais cada profissional estará inserido, além de esclarecer a qual nível cada um dos outros níveis deve se comunicar e prestar contas. Ele deve fazer parte do planejamento estratégico de uma organização, na medida em que é por meio dele que as relações de responsabilidades ficam evidentes.Um organograma é elaborado com caixas que contêm, cada uma, os cargos existentes na corporação, como CEO, vice-presidente, diretor, gerente, 40 auxiliar, estagiário, entre outros. Linhas ligam as caixas para demonstrar as hierarquias. Uma ferramenta como essa oferece uma visão panorâmica sobre a organização e é interessante não apenas para os gestores, mas também para os colaboradores em todos os níveis. IMPORTÂNCIA E BENEFÍCIOS DO ORGANOGRAMA Não é raro encontrarmos empresas com problemas sérios em seus processos, muitas vezes resultantes da não existência de um alinhamento entre os colaboradores, que não conseguem identificar os líderes. Quando algo ocorre, o profissional não sabe a quem recorrer, uma vez que não tem um superior pré-definido. Isso impacta diretamente na comunicação interna e pode ser facilmente resolvido com a aplicação do organograma. Nessa hora, é o organograma que ajuda a esclarecer quais papéis serão executados pelos profissionais, de forma que a estrutura organizacional fica mais compreensível para todo o time. Vamos conhecer 5 dos seus benefícios? 1. Maior produtividade Não é pequeno o número de empresas que precisam lidar com uma produtividade baixa e resultados aquém do esperado. Muitos profissionais, inclusive, assumem que não se sentem produtivos em seus trabalhos. Nesse sentido, há variados motivos que podem ocasionar isso e um deles é a ausência de um organograma. Quando existe uma estrutura empresarial clara, é possível aumentar a produtividade, pois todos sabem o que precisam fazer. 41 2. Melhora a comunicação interna Uma vez que o colaborador sabe com quem deve falar para resolver questões, a expectativa é que haja mais comunicação entre os membros da equipe, o que facilita a solução de problemas. Para tanto, é necessário que o líder saiba ouvir o liderado e vice-versa, o que faz com que ambos precisem entender o organograma. 3. Ajuda na integração dos novos colaboradores Quando contratamos um profissional, devemos dar atenção redobrada à sua integração na empresa, pois ele precisa se sentir bem acolhido e respeitado na nova posição. Assim, o organograma é útil para esclarecer como a empresa funciona, o que o colaborador fará e quem ele deve contatar em situações urgentes. Além disso, se a empresa é pequena, pode ser mais fácil fazer isso verbalmente e apresentar os líderes presencialmente, mas uma organização maior, provavelmente, terá que disponibilizar algum material. 4. Melhora a compreensão dos níveis Compreender quais os níveis existentes na empresa, identificando quem está no topo e na base, é importante para qualquer organização. Mesmo um negócio flexível conta com essas definições, já que elas ajudam a controlar as tarefas e melhorar a comunicação entre os colaboradores. Há três níveis básicos: estratégico, gerencial e técnico. Com um organograma, é mais fácil entendê-los, ainda que a hierarquia não seja muito forte na instituição. Na maioria das vezes, os colaboradores sentem maior tranquilidade e credibilidade quando sabem quem são os gestores. 5. Mais transparência e organização Para que a empresa seja bem-sucedida, é imprescindível que haja uma cultura organizacional forte. Em geral, os colaboradores preferem instituições que demonstrem preocupação com fatores como transparência e organização. 42 Isso acontece porque os profissionais prezam por trabalhar em locais organizados, onde têm acesso às informações. Dessa forma, o organograma permite que todos entendam a estrutura do trabalho. MODELOS DE ORGANOGRAMA Antes de tudo, existem diferentes modelos de organogramas e cada empresa pode escolher aquele que mais se adequar à sua realidade quanto a divisão de funções e cargos. Saiba que não existe um tipo certo ou errado e sim aquele que representa a realidade dos departamentos e como eles estão divididos. Quer entender melhor? Organograma Clássico ou Vertical Geralmente este é o modelo de organograma mais conhecido, utilizado e tradicional para representar as posições hierárquicas dentro das empresas. Em seu formato possui as caixas de cargos distribuídos por grau de importância, do topo até a base. Nele são apresentadas informações relacionadas a hierarquias e suas funções, fluxo de comunicação entre os cargos e estrutura de atividades de cada setor. A saber, as vantagens do vertical são de possibilitar maior clareza na hierarquia e na definição de funções, melhora a compreensão do fluxo de trabalho, contribui para plano de carreira, facilita a gestão e capacitação. 43 Organograma Horizontal A diferença deste modelo para o vertical é justamente como as informações estão organizadas, porque segue o mesmo padrão mas de forma horizontal, como o próprio nome já diz. Os cargos mais importantes hierarquicamente falando, estão mais para a esquerda e conforme cresce para a direita vai se chegando aos cargos e áreas mais operacionais. Sendo assim as vantagens de se fazer um organograma horizontal são agilidades na gestão, menos burocracia, ambiente informal, colaboradores engajados e mais focos em projetos. Organograma Linear de Responsabilidade (ORL) Já este, é o modelo de organograma que apresenta cada atividade de determinada área e identificando quem é o responsável por cada uma delas. O objetivo é demonstrar as relações entre as diversas atividades, como uma comunicação de linhas cruzadas. Ou seja, o organograma linear tem uma função diferente dos outros, o qual é de organizar as tarefas e demonstrar a obrigação de cada um dos colaboradores. 44 Dessa forma, ele gera benefícios como facilitar e identificar de forma mais rápida as atribuições e responsabilidades de cada função. E ainda como é a interações entre as equipes e as respectivas atividades. Organograma Em Barras Considerado um modelo de organograma menos popular entre as empresas, por meio dele cada coluna é elaborada dentro de um retângulo posicionado na vertical e conforme a hierarquia. Quanto mais elevado for o nível hierárquico do cargo, maior será a barra a ele destinada. Não costuma ser muito usado pelas empresas, pois não é possível fazer a ligação entre os cargos. Porém é considerado de fácil compreensão já que as informações são entrepostas de forma direta. Entretanto, ela possui benefícios como por exemplo auxiliar no momento que precisar reportar problemas e na identificação de responsabilidades. Assim também, permite melhor compreensão como já citado e ainda pode ser aproveitado como ferramenta estratégica. 45 Organograma Matricial Modelo muito útil para representar estruturas temporárias, que serão formadas por uma ou mais unidade de trabalho e que atuarão juntas no projeto. Também é utilizada por consultores para ilustrar parte de um trabalho. Costuma ser bastante utilizado pelas empresas por conta da sua flexibilidade e adaptação para execução de tarefas. Dentre suas vantagens estão a ligação entre os departamentos, auxilia no controle de resultados, proporciona um quadro flexível, colabora para o ambiente ter mais fluidez, todos funcionários podem participar das tomadas de decisões. Organograma Funcional Muito utilizado atualmente e bem semelhante ao vertical, porém esse modelo de organograma, representa as relações funcionais e não hierárquicas. É o mais racional de todos os modelos. 46 Desse modo seus benefícios são permitir que todos conheçam a estrutura organizacional da empresa, colabora e facilita o trabalho em equipe, mais flexibilidade na execução das atividades, processos mais estruturados e informações centralizadas. Portanto, o organograma de uma empresa é uma ferramenta essencialpara representar a gestão administrativa de cada organização. Esse é um artifício importante para que seus colaboradores, fornecedores, clientes e parceiros tenham consciência da estrutura administrativa da sua empresa. Além disso, facilita o entendimento para execução de tarefas e como cada departamento e cargos funcionam. Uma dica é que na elaboração dos organogramas é importante determinar os cargos e funções, depois organizá-los. Assim facilita para quem for fazer a distribuição. 47 FUNÇÕES DO ADMINISTRADOR A graduação em Administração é uma das que mais oferece alternativas de carreiras e empresas para trabalhar. O que um administrador faz vai além de atividades operacionais e de trabalhos em escritório, pois ele pode atuar em diferentes níveis de atividades táticas e estratégicas, além de ter seu cotidiano moldado conforme sua especialização. Devido a esse caráter mais flexível e amplo, um administrador também tem maior facilidade em mudar de carreira ao longo da vida. Para isso, basta trocar de setor ou realizar novas especializações — sem que seja necessário fazer outra graduação. Um administrador tem múltiplas responsabilidades e funções dentro de uma empresa — ele é responsável por liderar pessoas, estruturar processos gerenciais e controlar recursos internos, como tempo, finanças e materiais. Ele atua também como gestor, organizando atividades, distribuindo tarefas aos liderados e mantendo a equipe focada em atingir metas e objetivos organizacionais. Para isso, o profissional trabalha no planejamento e na execução de táticas e estratégias para que os propósitos da empresa em que atua sejam alcançados, como elevação do lucro e expansão das operações. Um administrador, ainda, é responsável por desenvolver soluções para resolver eventuais problemas e desafios corporativos, além de monitorar e cobrar resultados dos demais colaboradores. Vale destacar que, atualmente, ele exerce um importante papel na adoção de práticas de sustentabilidade e responsabilidade social dentro das organizações, alinhando-as com as exigências da sociedade. 48 FUNÇÕES DO ADMINISTRADOR É fácil perceber que essas funções do administrador no modelo PODC condizem perfeitamente com o que é realizado no dia a dia de trabalho desses profissionais. Mas como será que surgiu essa definição das funções? Henri Fayol foi a primeira pessoa a identificar elementos ou funções do administrador. Tudo começou com seu livro clássico, lançado em 1916, Administration Industrielle et Generale (Administração Industrial e Geral). Fayol era o diretor administrativo de uma grande empresa de mineração de carvão francesa. Baseou seu livro em suas experiências como praticante da administração desse empreendimento. Na época, ele definiu cinco funções de gerenciamento que ficaram conhecidas como POC3 ou até POCCC. Elas eram: • Planejamento; • Organização; • Comando; • Coordenação; • Controle. Ele argumentou que essas funções eram universais: todos os administradores as executam no decorrer do seu trabalho em qualquer tipo de mercado. Mas com o passar do tempo e com o surgimento das novas tecnologias, novos autores atualizaram o conceito das funções do administrador. Elas passaram de 5 para apenas 4. Isso porque houve o entendimento de que as funções de coordenação e comando poderiam ser representadas, na verdade, por uma vertente só, que é a direção. Vamos conhecer, agora, os detalhes do PODC. 1. Planejamento O planejamento, em termos de administração de um negócio, envolve ações como: • Previsão de condições futuras; • Definição de novos objetivos; 49 • Criação de metodologias para alcançar esses objetivos. Isso significa que alguém na posição de administrador precisa ser bom na tomada de decisão. E, na prática, o planejamento é um processo que consiste em várias etapas. Os planejadores devem começar conhecendo a situação de sua empresa, em especial as mais críticas enfrentadas pela organização. Isso pode estar relacionado com as condições econômicas do momento, a força de concorrentes ou até mesmo problemas de seus clientes. Em seguida, é preciso traçar cenários e tentar prever as condições futuras. Esses dois conjuntos de informações formarão a base do planejamento. Durante seus estudos, Fayol também reconheceu que o planejamento eficaz deve levar em conta incidentes inesperados que possam surgir, e não de fixar apenas em planos rígidos e inflexíveis. Na prática, existem diferentes tipos de planejamento, que podem ser: • Planejamento Estratégico; • Planejamento Tático; • Planejamento Operacional. 2. Organização O foco da função de organização pode ser listado em pontos-chave como: • Estruturação das atividades; • Direcionamento dos relacionamentos dentro da empresa; • Recrutamento; • Avaliação e treinamento das equipes. Organizar é a função da administração que envolve o desenvolvimento de uma estrutura organizacional e a alocação de recursos para garantir que os objetivos serão atingidos. Essa estrutura organizacional geralmente é representada por um organograma. Dessa forma, se fornece uma visão gráfica da cadeia de ações dentro da empresa. É por isso que as decisões tomadas sobre a estrutura de uma organização são geralmente chamadas de decisões de design organizacional. 50 Além disso, organizar também envolve as divisões de trabalhos individuais dentro da organização. Decisões devem ser tomadas sobre os deveres e responsabilidades de cada colaborador, assim como a maneira que cada atividade será executada. 3. Direção Criar um padrão e um direcionamento para todas as atividades da empresa. Essa é uma das principais funções do administrador, sendo um componente necessário para todas as outras. Direcionar pode ter o mesmo sentido de liderar. Com isso, o líder auxilia os outros componentes da empresa a alcançarem objetivos. Ele tem uma visão mais ampla e, por isso, pode coordenar os esforços de forma que todos trabalhem em conjunto, com um mesmo norte. Mas, além disso, a liderança eficaz exige que o administrador motive os colaboradores e faça uma comunicação de maneira efetiva. Se esse direcionamento for bem feito, todos ficarão entusiasmados para atingir todas as metas. Por isso, é preciso conhecer primeiro as personalidades, valores, atitudes e emoções de cada componente da empresa. Assim, será possível delegar a tarefa certa para a pessoa certa. Pesquisas de personalidade no trabalho fornecem informações importantes sobre como os administradores podem liderar e quais as melhores maneiras de motivar as equipes de trabalho. 4. Controle Dentre as funções do administrador, a de controle tem um papel fundamental: garantir que tudo ocorra dentro dos parâmetros e dos princípios que foram definidos. O objetivo do controle é justamente identificar desvios do direcionamento, já pensando em planos para mudar esse cenário quando for necessário. Por isso, podemos dizer também que o controle consiste em três etapas: • Estabelecimento de padrões de desempenho; • Comparação do desempenho real com os padrões; 51 • Adoção de ações corretivas quando for necessário. O controle de desempenho costumava ser expresso em termos monetários, como receita, custos ou lucros. Mas, hoje, ele também pode ser declarado em outros termos, como o nível de atendimento ao cliente e satisfação do consumidor, por exemplo. 52 RESPONSABILIDADES DO ADMINISTRADOR Os Administradores são responsáveis pelo desempenho da organização e para haver uma melhor atuação nas funções, foram criados níveis de responsabilidades, onde cada administrador é responsável por dirigir e executar as tarefas pertinentes a seu nível de responsabilidade. Níveis de responsabilidade Existem três níveis de administradores:
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