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ENGENHARIA ECONÔMICA AULA 4 Prof. Guilherme Teodoro Garbrecht 2 CONVERSA INICIAL Olá, caros alunos! Nesta aula, vamos aprender a elaborar o orçamento e o fluxo de caixa da empresa, instrumentos importantíssimos na análise dos projetos dessa empresa. O fluxo de caixa representa todas as entradas e desembolsos que a empresa terá em determinado período de tempo. É uma importante ferramenta para a administração financeira da entidade, pois demonstra de forma antecipada os recursos disponíveis pela empresa, ou ainda, em determinadas situações, a falta de recursos. De acordo com Andrich e Cruz (2013, p. 76), o fluxo de caixa possibilita ao gestor financeiro: I. Antever as necessidades de capital; II. Pesquisar fontes mais baratas de financiamento; III. Programar melhor a aplicação de possíveis saldos de caixa. O fluxo de caixa relaciona as entradas e saídas (clique nos botões). A seguir, vamos estudar alguns exemplos mais comuns de cada operação. Entradas: Vendas à vista; Recebimento de vendas a prazo; Desconto de duplicatas; Rendimentos de aplicação financeira; Vendas de ativo; Investimentos de capital próprio etc. Saídas Fornecedores; Salários e encargos sociais; Impostos; Despesas gerais; Despesas financeiras; Compras de ativos. 3 Para o desenvolvimento do Fluxo de Caixa, vamos utilizar como exemplo os autores Andrich e Cruz (2013, p. 79 a 86). Serão desenvolvidos orçamentos que demonstram o planejamento e as estimativas de receitas, despesas e investimentos da empresa em determinado período de tempo. O orçamento é a representação das metas e os objetivos da empresa, permitindo que ele acompanhe seus resultados. Além de acompanhar os resultados, possibilita comparar com o planejado, tomando ações corretivas se necessário. Vamos desenvolver orçamentos de receitas, custos, estoques e despesas e finalizar com o fluxo de caixa projetado com base nos orçamentos desenvolvidos. Orçamento de Vendas Vamos considerar que 10% das vendas são recebidas à vista. O restante corresponde a vendas a prazo, com recebimento em média de 30 dias. O orçamento realizado é para 6 meses, iniciando em fevereiro e finalizando em julho. Os valores projetados dos faturamentos a partir de fevereiro e respectivas entradas no caixa estão descritas a seguir: Vendas Jan. Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Faturamento Total 139.4 00 136.50 0 143.00 0 128.00 0 127.00 0 135.00 0 137.00 0 À vista (10%) 13.650 14.300 12.800 12.700 13.500 13.700 A prazo (90%) 125.46 0 122.85 0 128.70 0 115.20 0 114.30 0 121.50 0 Total das Entradas 139.11 0 137.15 0 141.50 0 127.90 0 127.80 0 135.20 0 Iniciando no mês de Janeiro, que é o último mês já realizado, é calculado o montante de entradas no caixa da empresa. Em fevereiro, as entradas são de 139.110, originadas dos 10% das vendas à vista (136.500 x 10%=13.650) mais o valor dos 90% a prazo de janeiro (139.400 x 90%=125.460), que são recebidas, em média, em 30 dias, ou seja, vendidas em janeiro e recebidas em fevereiro. 4 Orçamento das Compras Um dos orçamentos mais importantes e que apresenta valores elevados. Para calcularmos o montante das compras, precisamos determinar o custo das mercadorias vendidas e o saldo que permanecerá no estoque. Os critérios para o cálculo do orçamento serão apresentados a seguir. Em média o Custo das Mercadorias Vendidas (CMV) corresponde a 70% do faturamento da empresa: Meses Faturamento Percentual Custo da Mercadoria Vendida Fevereiro 136.500,00 70% 95.550,00 Março 143.000,00 70% 100.100,00 Abril 128.000,00 70% 89.600,00 Maio 127.000,00 70% 88.900,00 Junho 135.000,00 70% 94.500,00 Julho 137.000,00 70% 95.900,00 Adicionalmente, precisamos calcular o estoque mínimo necessário para enfrentar problemas logísticos, espaço de armazenamento, sazonalidades etc. Vamos considerar que a empresa precisa ter 15 dias de estoques, ou seja, a empresa renova seus estoques duas vezes por mês. O estoque da empresa será 50% do CMV calculado, considerando que a empresa vai manter estoques para suportar 15 dias de vendas: Meses Custo da Mercadoria Vendida Percentual Estoque Mínimo Fevereiro 95.550,00 50% 47.775,00 Março 100.100,00 50% 50.050,00 Abril 89.600,00 50% 44.800,00 Maio 88.900,00 50% 44.450,00 Junho 94.500,00 50% 47.250,00 Julho 95.900,00 50% 47.950,00 Aplicaremos agora a fórmula CMV = EI + C – EF, mas como queremos saber o montante das compras, readaptamos a fórmula para C = CMV – EI + EF. 5 Cálculo do Mês de Janeiro: C = CMV – EI + EF C = 95.550 – 48.790 + 47.775 O estoque inicial é obtido com as informações de janeiro. Faturamento = 139.400 x 70% (CMV) = 97.580 / 2 (50% é o que permanece de saldo) = 48.790,00 C = CMV – EI + EF Jan. Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Estoque Inicial 51.00 0 48.790 47.775 50.050 44.800 44.450 47.250 Compras 95.37 0 94.535 102.37 5 84.350 88.550 97.300 96.600 Estoque Final 48.79 0 47.775 50.050 44.800 44.450 47.250 47.950 CMV 97.58 0 95.550 100.10 0 89.600 88.900 94.500 95.900 A última premissa a ser considerada para o fluxo de compras é o percentual de compras à vista e a prazo, que, em média, são de 20% de compras à vista e 80% de compras a prazo, que são pagas, em média, em 30 dias. Compras do Período Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Compras 94.535 102.37 5 84.350 88.550 97.300 96.600 Compras à Vista (20%) 18.907 20.475 16.870 17.710 19.460 19.320 Compras a Prazo (80%) 75.628 81.900 67.480 70.840 77.840 77.280 Orçamentos dos impostos, despesas administrativas, comerciais e financeiras Utilizaremos como premissa para o cálculo, percentuais sobre as vendas. Os impostos incidem diretamente sobre as vendas, mas os mesmos são recolhidos no período seguinte. Nessa situação, os impostos que serão pagos em fevereiro referem-se às vendas de janeiro. Para os demais orçamentos, não são necessariamente atrelados ao faturamento, mas 6 iremos considerar um percentual do faturamento, com base em experiências de períodos anteriores (clique no botão para visualizar a tabela): Período Jan. Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Vendas 139.40 0 136.50 0 143.0 00 128.00 0 127.000 135.000 137.000 Impostos (12%) 16.728 16.38 0 17.160 15.360 15.240 16.200 Desp. Administrativ as (13%) 17.745 18.59 0 16.640 16.510 17.550 17.810 Desp. Comerciais (4%) 5.460 5.720 5.120 5.080 5.400 5.480 Desp. Financeiras (1%) 1.365 1.430 1.280 1.270 1.350 1.370 Orçamento do Caixa Projetado Com base nos orçamentos apresentados, vamos unificar e apresentar a posição do caixa da empresa: Fato Gerador Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Saldo Inicial -2.450 159 86 2.616 7.106 5.066 Entradas: Vendas à Vista 13.650 14.300 12.800 12.700 13.500 13.700 Recebimento de Clientes 125.46 0 122.850 128.700 115.200 114.300 121.500 Total das Entradas 139.11 0 137.150 141.500 127.900 127.800 135.200 Saídas: Impostos 16.728 16.380 17.160 15.360 15.240 16.200 Compras à Vista 18.907 20.475 16.870 17.710 19.460 19.320 Compras a Prazo 76.296 75.628 81.900 67.480 70.840 77.840 Despesas Administrativas 17.745 18.590 16.640 16.510 17.550 17810 7 Despesas Comerciais 5.460 5.720 5.120 5.080 5.400 5.480 Despesas Financeiras 1.365 1.430 1.280 1.270 1.350 1.370 Total das Saídas 136.50 1 138.223 138.970 123.410 129.840 138.020 Saldo Operacional: Aumento do Capital 1.000 Saldo Final 159 86 2.616 7.106 5.066 2.246 O saldo inicial do mês é o saldo que terminou no caixa no mês anterior; O valor do recebimento de clientes corresponde às vendas a prazo do mês anterior, que vendemos para receber em 30 dias; As compras a prazo correspondem àscompras realizadas no mês anterior, que compramos para pagar em 30 dias. O aumento de capital ocorreu em função de que, no mês de março, ocorreu falta de caixa (saídas maiores que entradas). Nesse caso os sócios aumentaram o capital, mas poderia ter sido utilizado dinheiro de empréstimo bancário. Para saber mais A seguir está disponível um artigo sobre fluxo de caixa e como o mesmo é utilizado como instrumento de controle gerencial pelas empresas pesquisadas (clique no botão): http://sistema.semead.com.br/12semead/resultado/trabalhosPDF/4.pdf http://sistema.semead.com.br/12semead/resultado/trabalhosPDF/4.pdf https://www.youtube.com/watch?v=UMDkkdIUjM0 8 Análise de Investimento Existe uma diversidade de técnicas que podem ser utilizadas para analisar os investimentos e seus retornos. As diferentes técnicas devem ser utilizadas em conjunto para mensurar melhor a viabilidade de determinado projeto ou investimento, utilizando os critérios de análise de modo comparativo. Vamos a partir de agora estudar alguns desses critérios e técnicas de análise de investimentos, que geram indicadores que auxiliam na seleção das alternativas de investimento que deixam um maior valor para a empresa. Vamos começar analisando a Taxa Mínima de Atratividade. Taxa Mínima de Atratividade (TMA) Quando realizamos um investimento em um projeto, temos expectativas de retornos que superem o investimento e ainda deixem valores de lucro para a empresa. Mas qual é a taxa aceitável? A menor taxa de juros que a empresa espera ganhar na realização de investimento é descrita como a taxa mínima de atratividade. A TMA é utilizada para descontar os fluxos de caixa projetados pela empresa para os projetos, trazendo os mesmos para a data zero, para o valor presente. Os investimentos são analisados e, se os mesmos apresentarem retornos superiores a TMA, são projetos rentáveis, pois pagarão a taxa mínima para o projeto e ainda retornos adicionais. A TMA é determinada pela empresa, com base em suas atividades, suas taxas de captação de recursos financeiros etc. Alguns critérios que devem ser analisados são apontados por Ryba, Lenzi e Lenzi (2011, p.80): Rentabilidade; Grau de risco e segurança da aplicação; Liquidez; Política de expansão da empresa; Cenário do local (país ou estado) do investimento, como estabilidade política e econômica; Inflação. Souza e Clemente (2008, p. 71) indicam que as taxas de juros que mais impactam a TMA são: Taxa Básica Financeira (TBF); Taxa Referencial (TR); 9 Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) e Taxa do Sistema Especial de Liquidação e Custódia (SELIC). Valor Presente Líquido (VPL) O método do valor presente líquido também é conhecido como VPL, e consiste em analisar um fluxo de caixa de um projeto e investimento, trazendo todos os valores para a data zero e comparando com o investimento necessário. O fluxo de caixa (lucro) projetado para o projeto é descontado a uma taxa mínima de atratividade, trazendo os valores para a data zero e comparando com o investimento necessário para o projeto. Se o VPL for positivo, significa que os lucros do projeto (comparado na data zero) são maiores que o investimento inicial, resultando em um projeto rentável. Nesse caso, o projeto deve ser aceito, pois, deixará um resultado superior ao que foi investido. Caso o VPL for negativo, o projeto não é aceito, pois não gera recursos suficientes para cobrir o investimento e a TMA. Resumindo: VPL positivo = investimento vantajoso VPL negativo = investimento inviável Representação gráfica: Fórmula para cálculo: 𝑉𝑃𝐿 = 𝑀1 (1 + 𝑖)𝑛 + 𝑀1 (1 + 𝑖)𝑛 … . + 𝑀1 (1 + 𝑖)𝑛 − 𝐶 Exemplo: A empresa está analisando a ampliação da sua capacidade produtiva, que irá requerer o investimento inicial de R$75.000,00. A empresa trabalha com uma Taxa Mínima de Atratividade de 10% e de acordo com o planejamento e orçamento elaborado pela empresa, ela irá incrementar sua 10 receita e gerar aumento dos lucros nos seguintes valores, pelos próximos 5 anos: Período Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Lucro 20.000,00 22.000,00 24.000,00 20.000,00 18.000,00 𝑉𝑃𝐿 = 20.000 (1,1)1 + 22.000 (1,1)2 + 24.000 (1,1)3 + 20.000 (1,1)4 + 18.000 (1,1)5 − 75.000 𝑉𝑃𝐿 = 20.000 1,1 + 22.000 1,21 + 24.000 1,331 + 20.000 1,4641 + 18.000 1,61051 − 75.000 𝑉𝑃𝐿 = 18.181,82 + 18.181,82 + 18.031,56 + 13.660,27 + 11.176,58 − 75.000 = 4.232,05 O investimento inicial (75.000,00) é recuperado, ocorre a remuneração do capital e sobrarão 4.232,05 ainda. Esse valor é o caixa que sobra da operação. Vale lembrar que a remuneração do capital significa que, se o investidor tivesse aplicado os mesmos 75.000,00 em uma aplicação financeira com taxas de juros de 10%, ele receberia juros pelo período de 5 anos. O resultado do investimento na ampliação da fábrica remunera o capital nesse montante, além de sobrar recursos. Caso o lucro resultante do investimento for constante no período analisado, podemos utilizar a seguinte fórmula, que simplifica o cálculo, principalmente se forem muitos períodos: 𝐹𝑙𝑢𝑥𝑜 = 𝑃𝑛 . (1 + 𝑖)𝑛 − 1 (1 + 𝑖)𝑛 . 𝑖 Depois é só diminuir do investimento inicial = VPL = Fluxo – Investimento. Valor Presente Líquido Anualizado (VPLa) De acordo com Camargo (2007, p.82) “essa técnica transforma o VPL do projeto em VPL anual como forma de facilitar a comparação com outros indicadores de lucro empresarial, geralmente contabilizados por períodos”. Também é denominado de Valor Anual Uniforme Equivalente (VAUE). O VPL atualizado não mostra o lucro obtido na data zero, mas sim, mostra o lucro, em média, em cada um dos períodos ou anos do projeto. O 11 lucro é transformado em uma série uniforme, que pode ser mensal, bimestral, semestral ou anual, dependendo de como o projeto é analisado. Sua fórmula é: 𝑉𝑃𝐿𝑎 = 𝑉𝑃𝐿 . (1 + 𝑖)𝑛 . 𝑖 (1 + 𝑖)𝑛 − 1 Utilizando as mesmas informações do exemplo aplicado no VPL, vamos calcular o VPL anualizado: 𝑉𝑃𝐿𝑎 = 4.232,05 . (1,1)5 . 0,1 (1,1)5 − 1 𝑉𝑃𝐿𝑎 = 4.232,05 . 1,61051 . 0,1 1,61051 − 1 𝑉𝑃𝐿𝑎 = 4.232,05 . 0,161051 0,61051 𝑉𝑃𝐿𝑎 = 4.232,05 . 0,263797 = 1.116,40 Graficamente é assim representado: A análise é a mesma do VPL, ou seja, se apresentar o VPLa positivo, o investimento está gerando lucros superiores ao investimento e a TMA. Índice Benefício / Custo (IBC) É uma medida de quanto se espera ganhar por unidade de capital investido. É a razão entre o Fluxo Esperado de Benefícios de um projeto e o Fluxo Esperado de Investimentos necessários para realizá-los (SOUZA; CLEMENTE, 2009, p. 79). 0 1 2 3 4 5 1.116,40 12 Também chamado de índice de lucratividade, mostrando o retorno que a empresa tem para cada real investido. Fórmula: IBC = Valor presente das entradas de caixa / valor presente das saídas de caixa. Caso o IBC seja positivo, o projeto deve continuar a ser analisado. Caso o IBC seja negativo, o projeto é reclassificado. Utilizando os números dos exemplos da VPL: IBC = 79.232,05 / 75.000,00 = 1,056 O IBC maior que 1,00 indica que, para cada R$1,00 investido no projeto, o retorno é maior, de R$1,056, já descontado o ganho que poderia ser obtido pela aplicação da TMA. Para saber mais A seguir está relacionado link para um artigo que utilizou o VPL como forma de análise de investimentos, em condições de incerteza. Clique no botão: www.spell.org.br/documentos/download/8448 Taxa Interna de Retorno (TIR) Gitman (2010, p. 371) explica que a Taxa Interna de Retorno (TIR) é a taxa de desconto que faz com que o VPL de uma oportunidade de investimento seja igual a R$0,00. O valor presente das entradas de caixa iguala-se ao investimento inicial. A taxa utilizada para igualar esses dois valores é a taxa de retorno do investimentoou projeto. Taxa Interna de Retorno (TIR) A fórmula para o cálculo é: 𝑅$0,00 = ∑𝑛𝑡=1 𝐹𝐶 (1+𝑇𝐼𝑅)𝑛 − 𝐹𝐶0 As análises da TIR compreendem: a. Se a TIR for maior que a taxa mínima de atratividade, o projeto é viável; b. Se a TIR for inferior à taxa mínima de atratividade, o projeto não deve ser aceito. http://www.spell.org.br/documentos/download/8448 13 A TIR demonstra a real rentabilidade do projeto ou investimento. A TIR é importante na análise de diferentes projetos, pois indicará o projeto que possui a maior taxa de retorno. Cálculo da TIR O cálculo da TIR a partir da fórmula descrita é muito complexo, envolvendo tentativa e erro, até descobrir qual é a taxa que torna os dois fluxos iguais = fluxo de entradas e o fluxo de investimento inicial. Para o cálculo a sugestão é a utilização de calculadoras científicas e/ou o Excel. No Excel, monta-se o fluxo e usa-se a função financeira TIR: Ano Valores Descrição 0 -100.000 Investimento inicial 1 25.000 Lucro ano 1 2 25.000 Lucro ano 2 3 25.000 Lucro ano 3 4 25.000 Lucro ano 4 5 25.000 Lucro ano 5 TIR 7,93% =TIR(célula inicial:célula final;taxa aproximada) Vamos ver um exemplo: Diante de cenários de incerteza, uma empresa está analisando dois projetos: 1. Investimento de R$80.000,00 que trará retornos anuais de R$ 24.000,00, por 5 anos. 2. Investimento de R$120.000,00 que trará retornos anuais de R$35.000,00, por 5 anos. O projeto que será aceito é aquele que deixa o maior retorno, mensurado pela Taxa Interna de Retorno. Ano Projeto 1 Projeto 2 0 -80.000 -120.000 14 1 25.000 35.000 2 25.000 35.000 3 25.000 35.000 4 25.000 35.000 5 25.000 35.000 TIR 16,99% 14,05% O projeto que deixa a maior TIR é o Projeto nº 1. Além dos cálculos acima, teríamos também que levar em conta a diferença entre os 80.000,00 e os 120.000,00, ou seja, 40.000,00, que a empresa ao não investir no projeto 2 poderia deixar aplicado e obter retornos. Nesse caso o retorno seria ainda maior. Taxa Interna de Retorno Modificada (TIRm) No caso de fluxos não convencionais, ou mesmo com a possibilidade dos fluxos serem reaplicados, algumas modificações em sua forma de cálculo podem ser utilizadas, tornando a análise mais próxima da realidade empresarial (CAMARGO, 2007, p.95). A modificação é feita com a utilização de taxas diferentes durante a análise do fluxo financeiro do investimento. Graficamente Kassai et al. (apud CAMARGO, 2007, p.95) representam assim: Precisa ser calculado o Valor Presente dos fluxos de investimentos negativos (saídas de recursos) e o Valor Futuro dos fluxos positivos (entradas de recursos) e depois calcular a nova TIRm. 15 Vamos usar um exemplo da autora para exemplificar o cálculo: Uma empresa de eventos está analisando a possibilidade de promover uma Feira de Inverno, no mês de julho, do próximo ano. Para tanto, será necessário investir R$ 70.000,00 no mês de abril, em instalações e divulgação da feira. A venda de estandes deve gerar uma receita de R$30.000,00 no mês de maio e R$35.000,00 mensais nos meses de junho e julho, sendo que no mês seguinte, após o término do evento, a instituição gastará R$4.000,00 para desmontar toda a estrutura. A taxa de financiamento (if) do projeto é de 15% a.a., e a taxa de reinvestimento (ir) de 10% a.a. Pretende-se ganhar 100% a.a. de retorno com o investimento. É possível? a. Todas as taxas são apresentadas em anos, no entanto, o fluxo é mensal. É necessário transformá-las para taxas mensais: Ir = (1,10)30/360 -1 = 0,7974% a.m. If = (1,15)30/360 -1 = 1,1715% a.m. b. Calcular os valores do fluxo, com base nas taxas de desconto: VF entradas = 30.000 x (1,007974)3 + 35.000 x (1,007974)2 + 35.000 x (1,007974)1 = 101.562,89 VP saídas = 70.000 + 4.000 / (1,011715)4 = 73.817,92 0 1 2 3 4 5 6 7 VP VF Taxa de Financiamento Taxa de Investimento 16 c. Calcular a TIR modificada, com base no valor futuro e no valor presente das saídas: VF = VP (1+i)n 101.562,89= 73.817,92 (1+TIRm)4 TIRm = 8,3037% a.m. d. Transformar a taxa em retorno anual: i2 = (1,083037)360/30 – 1 = 160,4472% a.a. 0 1 2 3 4 7000 0 Ir = 0,7975% a.m.30000 35000 35000 4000 If = 1,1715% a.m. 0 1 2 3 4 73.817,92 101.562,89 17 Período de Recuperação do Investimento (Payback - PB) De acordo com Andrich e Cruz (2013, p.135), as decisões financeiras são embasadas sempre em quatro variáveis: 1. O valor do investimento: é o dado mais objetivo, principalmente quando injetado de uma única vez, na fase inicial do projeto ou no momento da aquisição do bem; 2. Os fluxos de entrada: são as projeções dos recebimentos; 3. O tempo de retorno: também projeto; e 4. O custo do dinheiro no tempo: que também pode ser considerado uma variável mais objetiva, pois está relacionado ao custo do capital investido ou a um custo de oportunidade definido pela empresa. Também é possível calcular o tempo necessário para recuperar um determinado investimento. O Payback torna-se importante na análise e decisão de realização de investimentos, pois a empresa precisa recuperar seu investimento e o menor tempo para isso fornece mais oportunidades para novos investimentos. O período de retorno do investimento pode ser calculado utilizando-se os valores originais do projeto ou seus valores descontados. Ele permite que se conheça o tempo necessário, que pode ser mensurado em anos, meses ou dias, para que os fluxos projetados superem o investimento inicial realizado. Em projetos com fluxos de caixa constantes, o cálculo é realizado assim: Valor do investimento no momento zero = 40.000,00 Fluxos de caixa anuais (5 anos) = 16.000,00 Payback = 40.000 / 16.000 = 2,5 O retorno será em 2 anos e 6 meses (0,5 x 12meses). Demonstrando o fluxo: Período Investimento Fluxo Futuro Resultado 0 -40.000,00 -40.000,00 1 16.000,00 -24.000,00 2 16.000,00 -8.000,00 18 3 16.000,00 8.000,00 4 16.000,00 24.000,00 5 16.000,00 40.000,00 O retorno começa a aparecer entre o segundo e o terceiro período. Para saber a fração quebrada do tempo, basta dividir o último valor negativo pelo fluxo futuro positivo do próximo período: -8.000 (período 2) / 16.000 (fluxo período 3) = 0,5 que, multiplicado por 12 meses, fornece a fração em meses do retorno = 2 anos e 6 meses. Mesmo se os fluxos não forem constantes, podemos calcular do mesmo modo. Vamos analisar os fluxos descritos abaixo: Período Investimento Fluxo Futuro 0 -90.000,00 1 15.000,00 2 18.000,00 3 20.000,00 4 20.000,00 5 16.000,00 6 14.000,00 7 14.000,00 8 12.000,00 Agora calculamos o período que o projeto começa a apresentar resultados positivos: Período Investimento Fluxo Futuro Resultado 0 -90.000,00 -90.000,00 1 15.000,00 -75.000,00 2 18.000,00 -57.000,00 3 20.000,00 -37.000,00 4 20.000,00 -17.000,00 19 5 16.000,00 -1.000,00 6 14.000,00 13.000,00 7 14.000,00 27.000,00 8 12.000,00 39.000,00 O retorno começa a acontecer no quinto ano. Calculando os meses: 1.000 / 14.000 = 0,07143 x 12 = 0,85714, ou seja, menos de um mês. Se multiplicarmos por 30 dias, teremos 25,71 dias. O Payback do projeto acontecerá com 5 anos e 26 dias. Período de Recuperação do Investimento Descontado (Payback Descontado - PBd) Para calcular o retorno considerando os fluxos futuros descontados, precisamos aplicar uma taxa mínima de atratividade para o desconto. Utilizando 10% ao ano, vamos calcular com base nos valores do exemplo do payback não descontado: Valor do investimento no momento zero = 40.000,00 Fluxos de caixa anuais (5 anos) = 16.000,00 Valor do fluxo de caixa descontado a 10%: 1º ano = 16.000 / (1,1)1 = 14.545,45 2º ano = 16.000 / (1,1)2 = 13.223,14 3º ano = 16.000 / (1,1)3 = 12.021,04 4º ano = 16.000 / (1,1)4 = 10.928,02 5º ano = 16.000 / (1,1)5 = 9.934,74 http://www.repositorio.ufc.br/bitstream/riufc/5334/1/2001_eve_askhan.pdf 20 Vamosrecalcular o PB: Período Investimento Fluxo Futuro Resultado 0 -40.000,00 -40.000,00 1 14.545,45 -25.454,55 2 13.223,14 -12.231,40 3 12.021,04 -210,37 4 10.928,22 10.717,85 5 9.934,74 40.000,00 Nesse caso, o retorno acontece no terceiro ano e precisamos calcular a quantidade de meses: 210,37 / 10.928,22 = 0,02 x 12 meses = 0,231 o que equivale a menos de 1 mês. Se quisermos saber os dias, multiplicamos por 30 = 0,231 x 30 = 6,93. O retorno é de 3 anos e 7 dias. Método do Valor Anual (MVA) É um método simplificado que, com base em um investimento inicial e os retornos projetados (lucros), calcula-se qual seria o retorno do investimento se o mesmo fosse aplicado a uma taxa mínima de atratividade. Depois são comparados os retornos do investimento e os retornos com base na taxa mínima de atratividade. Se o retorno do investimento for maior, teremos um projeto que deixará lucro para a empresa. Essa metodologia também pode ser utilizada para comparar projetos diferentes. Vamos utilizar para comparar dois projetos (clique nos botões): Botão Projeto 1: Investimento inicial = R$100.000,00 Tempo de Retorno = 8 anos Fluxo de Retornos anuais = R$25.000,00 Botão Projeto 2: Investimento inicial = R$160.000,00 Tempo de Retorno = 8 anos Fluxo de Retornos anuais = R$35.000,00 21 Para calcular o valor das séries uniformes, vamos considerar uma TMA de 12% ao ano, e projetar qual seria o fluxo de retorno se fosse aplicado a essa taxa: 𝑃 = 𝐶 . [ 𝑖 . (1 + 𝑖)𝑛 (1 + 𝑖)𝑛 − 1 ] 𝑃 = 100.000 . [ 0,12 . (1 + 0,12)8 (1 + 0,12)8 − 1 ] P = 20.130,28 Esse é o retorno considerando a TMA de 12%. Como o Retorno Projetado (lucro) é de R$25.000,00, temos um valor positivo de R$4.869,71 (25.000,00 – 20.130,28). Vamos comparar com o segundo projeto: 𝑃 = 160.000 . [ 0,12 . (1 + 0,12)8 (1 + 0,12)8 − 1 ] P = 32.208,45 Esse é o retorno considerando a TMA de 12%. Como o Retorno Projetado (lucro) é de R$35.000,00, temos um valor positivo de R$2.791,55 (35.000,00 – 32.208,45). Comparação: Os dois projetos trazem retornos superiores ao Valor Anual Líquido calculado com base na TMA de 12%, mas o primeiro projeto deixa um ganho maior. Utilização de Taxa Mínima de Atratividade Variável Durante a execução dos projetos, a taxa mínima de atratividade pode variar, motivados por políticas de expansão da empresa, conflitos, guerras, instabilidade política, instabilidade governamental, crises financeiras etc. (RYBA; LENZI; LENZI, 2011, p.89). Nesse caso é necessário calcular cada período utilizando a taxa de retorno do respectivo período. Vamos ver um exemplo com taxas variáveis: 22 Investimento inicial: R$80.000,00 Período de tempo: 5 anos Fluxo de Lucros: 1º ano = 80.000,00 2º ano = 100.000,00 3º ano = 100.000,00 4º ano = 90.000,00 5º ano = 80.000,00 Taxas do Período: 1º ao 3º ano = 10% ao ano 4º e 5º ano = 20% ao ano 𝑉𝑃 = 80.000 (1,1) + 100.000 (1,1). (1,1) + 100.000 (1,1). (1,1). (1,1) + 90.000 (1,1). (1,1). (1,1). (1,2) + 80.000 (1,1). (1,1). (1,1). (1,2). (1,2) 𝑉𝑃 = 80.000 (1,1) + 100.000 (1,21) + 100.000 (1,331) + 90.000 (1,5972) + 80.000 (1,91664) VP = 72.727,27+82.644,63+75.131,48+56.348,61+41.739,71 VP = 328.591,70 VPL = 328.591,70 – 200.000,00 = 128.591,70 A partir do 3º ano, a TMA foi elevada para 20%, então, para a parcela de 90.000,00 (4º período), ocorre o desconto de 1 ano a taxa de 20% e 3 anos a taxa de 10%. Para a parcela de 80.000,00 do 5º período, ocorre o desconto de 2 anos a taxa de 20% e 3 anos a taxa de 10%. 23 Após os cálculos, o VPL é positivo em R$128.591,70, demonstrando que o projeto é rentável. Para saber mais Para saber mais o payback, com o uso da calculadora financeira HP e o Excel, assista ao vídeo indicado no botão a seguir: https://www.youtube.com/watch?v=4sy8Jf-5_Iw Análise de cenários com horizontes de planejamento diferentes Podemos ter a necessidade de comparar projetos que possuam períodos diferentes. Nesse caso, o horizonte de planejamento é diferente. Ryba, Lenzi e Lenzi (2011, p. 91) indicam que podemos fazer a análise de duas formas: a. Se for possível repetir os investimentos, usa-se como período total em ambos os investimentos o mínimo múltiplo comum dos períodos, assim, recomenda-se o uso do método do valor anual (MVA) para a análise. b. Se for impossível a repetição dos períodos, as análises são realizadas com os períodos distintos e o método recomendado é o do Valor Presente (VP). Vamos analisar dois fluxos de caixa, de dois projetos que possuem lucros e períodos diferentes, em que não há repetição dos períodos e investimentos: Projeto 1: 0 1 2 3 120.0000 50.000 60.000 70.000 https://www.youtube.com/watch?v=4sy8Jf-5_Iw 24 Projeto 2: Vamos calcular pelo método do Valor Presente Líquido, considerando uma TMA de 10% ao ano: 𝑉𝑃𝐿 1 = 50.000 (1,1) + 60.000 (1,21) + 70.000 (1,331) − 120.000 VPL 1 = 45.454,55 + 49.586,78 + 52.592,04 – 120.000 = 27.633,36 𝑉𝑃𝐿 2 = 30.000 (1,1) + 40.000 (1,21) + 30.000 (1,331) + 20.000 (1,4641) − 80.000 VPL 2 = 27.272,73 + 33.057,85 + 22.539,44 + 13.660,27 – 80.000 = 16.530,29 Com os resultados apresentados, a alternativa 1 apresenta-se como a mais vantajosa para a empresa na análise do Valor Presente Líquido, pois apresentou o maior valor. Fluxos de caixa com repetição dos investimentos e lucros. Neste caso, vamos considerar dois projetos: 0 1 2 3 4 80.0000 30.000 40.000 30.000 20.000 25 Projeto 1: Projeto 2: Para montar um novo fluxo, deve-se repetir o fluxo do primeiro projeto uma vez (ficará com 6 períodos) e o fluxo do segundo projeto duas vezes (ficará também com 6 períodos). 0 1 2 3 30.0000 40.000 40.000 40.000 0 1 2 20.0000 30.000 30.000 0 1 2 3 30.0000 40.000 40.000 40.000 4 5 6 40.000 40.000 40.000 30.0000 26 Com os dois fluxos com períodos iguais, calcula-se o valor presente e, na sequência, utiliza-se o método do valor anual. Análise de investimentos com inflação A inflação é um elemento importante na análise de investimentos e precisa ser considerada para calcularmos os reais ganhos em determinado período. Para demonstrarmos os efeitos da inflação, vamos calcular um exemplo de Ryba, Lenzi e Lenzi (2011, p. 93). Exemplo: Como diretor da empresa ASA, você foi procurado pelo Banco Fly que propôs a aplicação de R$100.000,00 de forma a receber 3 parcelas iguais de R$40.000,00. O Banco Get, propõe a aplicação de R$150.000,00 com o retorno de 3 parcelas iguais de R$ 60.000,00. No entanto, além dos juros que já estão embutidos nas parcelas, o Banco Fly promete a você um ganho a mais, ou seja, as parcelas estão ligadas à taxa de variação do dólar que é estimada em 10%, 15% e 20%, o que vai representar um lucro maior que o esperado. O banco espera taxas de inflação de 12%, 17% e 21% para nossa moeda. Por outro lado, o Banco Get, promete ganhos extras de 8%, 13% e 17% e espera taxas de inflação de 9%, 14% e 18%. Considerando a TMA real de 10% ao ano, qual dos investimentos deve ser escolhido? Qual a TIR dos investimentos? Começamos com a elaboração do fluxo de caixa básico, que considera somente o valor dos juros embutidos nas parcelas: 0 1 2 20.0000 30.000 30.000 3 4 30.000 30.000 5 6 30.000 30.000 20.0000 20.0000 27 Período Investimento 1 Fluxo Futuro 0 -100.000,00 1 40.000,00 2 40.000,00 3 40.000,00 Período Investimento 2 Fluxo Futuro 0 -150.000,00 1 60.000,00 2 60.000,00 3 60.000,00 1. Vamos considerar agora a variação do dólar, que, sendo positivo, gera um ganho paraa empresa: Banco Fly Banco Get 40.000 x (1+0,10) = 44.000 60.000 x (1+0,08) = 64.800 40.000 x (1+0,10) x (1+0,15) = 50.600 60.000 x (1+0,08) x (1+0,13) = 73.200 40.000 x (1+0,10) x (1+0,15) x (1+0,2) = 60.700 60.000 x (1+0,08) x (1+0,13) x (1+0,17) = 85.700 Período Investimento 1 Fluxo Futuro 0 -100.000,00 1 44.000,00 2 50.600,00 3 60.700,00 Período Investimento 2 Fluxo Futuro 0 -150.000,00 1 64.800,00 2 73.200,00 3 85.700,00 2. Fluxo de caixa considerando a variação do dólar e considerando a taxa de inflação. Como a inflação é uma perda, as parcelas serão menores, para calcularmos efetivamente o ganho real da operação. 28 Banco Fly Banco Get 44.000 / (1+0,12) = 39.300 64.800 / (1+0,09) = 59.400 50.600 / (1+0,12) x (1+0,17) = 38.600,00 73.200 / (1+0,09) x (1,14) = 58.900,00 60.700 / (1+0,12) x (1+0,17) x (1+0,21) = 38.300 85.700 / (1+0,09) x (1+0,14) x (1+0,18) = 58.400,00 Período Investimento 1 Fluxo Futuro 0 -100.000,00 1 39.300,00 2 38.600,00 3 38.300,00 Período Investimento 2 Fluxo Futuro 0 -150.000,00 1 59.400,00 2 58.900,00 3 58.400,00 3. A partir dos valores atualizados pela variação do dólar e diminuídos pelo efeito da inflação do período, calcula-se agora o VPL dos projetos: 𝑉𝑃𝐿 1 = 39.300 (1,1) + 38.600 (1,1)2 + 38.300 (1,1)3 − 100.000 = −3.600,00 𝑉𝑃𝐿 2 = 59.400 (1,1) + 58.900 (1,1)2 + 58.400 (1,1)3 − 150.000 = −3.400,00 Os projetos apresentaram-se negativos, ou seja, considerando a inflação e a TMA de 10%, os projetos não apresentam retornos suficientes para cobrir a TMA esperada. Não devem ser escolhidos. 4. Agora, vamos calcular a Taxa Interna de Retorno, para verificar qual é a taxa. Pelo cálculo do item anterior, já se percebe que o retorno é inferior a TMA, ou seja, 10% ao ano. TIR Banco Fly = 7,9% TIR Banco Get = 8,7% 29 Para saber mais Para saber mais sobre os efeitos da inflação na análise dos investimentos, leia o artigo indicado no botão a seguir: http://www.scielo.br/pdf/rae/v41n1/v41n1a04.pdf REFERÊNCIAS ANDRICH, Emir Guimarães; CRUZ, June Alisson Westarb. Gestão Financeira Moderna: uma abordagem prática. Curitiba: InterSaberes, 2013. CAMARGO, Camila. Planejamento Financeiro. Curitiba: Ibpex, 2007. CAMARGO, Camila. Análise de Investimentos e Demonstrativos Financeiros. Curitiba: Ibpex, 2007. GITMAN, Lawrence J. Princípios de Administração Financeira. 12. Ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2010. RYBA, Andrea; LENZI, Ervin Kaminski; LENZI, Marcelo Kaminski. Elementos de Engenharia Econômica. Curitiba: Ibpex, 2011. SOUZA, Alceu; CLEMENTE, Ademir. Decisões financeiras e análise de investimentos: fundamentos, técnicas e aplicações. 6. Ed. 3. Reimpr. – São Paulo: Atlas, 2008. http://www.scielo.br/pdf/rae/v41n1/v41n1a04.pdf
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