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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS AVALIAÇÃO CLINICA E PSICOSSOCIAL EM ENFERMAGEM UNIVERSIDADE PAULISTA–UNIP RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS CURSO: ENFERMAGEM DISCIPLINA: AVALIAÇÃO CLINICA E PSICOSSOCIAL EM ENFERMAGEM NOME DO ALUNO: ANA CRIS DA SILVA VIEIRA R.A:0407811 DATA: 28 MAIO DE 2022 TÍTULO DO ROTEIRO: Aulas Práticas INTRODUÇÃO: O presente relatório tem por objetivo abordar a aulas pratica lavagem das mãos/ técnica de calçar luva estéril, sinais vitais, dados antropométricos – adulto, avaliação neurológica, avaliação cabeça e pescoço, avaliação cardiocirculatória, avaliação respiratória, avaliação abdominal, exame clínico das mamas, exame clínico dos órgãos genitais externos feminino, exame clínico dos órgaos genitais externos masculino, avaliação do sistema urinário. O objetivo foi reconhecer o material a ser utilizado em cada procedimento, indicação, procedimento gerais de cada avaliação clínica e o exame físico no paciente. Ao decorrer das aulas, sendo uma aula pratica realizada no laboratório da sede da Universidade Unip, em Coari AM, foi uma aula com bastante informação amplo conhecimento que colocarei em pratica na minha vida profissional. 2 AULA PRATICA ROTEIRO 1 LAVAGEM DAS MÃOS/TÉCNICA DE CALÇAR LUVA ESTERIEIS Higienização das mãos: Vimos que a “Higiene das mãos” é um termo geral, que se refere a qualquer ação de higienizar as mãos para prevenir a transmissão de micro-organismos e consequentemente evitar que pacientes e profissionais de saúde adquiram IRAS. Material: • Pia • Sabonete líquido • Papel toalha Higiene simples das mãos: Ato de higienizar as mãos com água e sabonete comum, sob a forma líquida. Higiene antisséptica das mãos: Ato de higienizar as mãos com água e sabonete associado a agente antisséptico. Fricção antisséptica das mãos com preparação alcoólica: Aplicação de preparação alcoólica nas mãos para reduzir a carga de microrganismos sem a necessidade de enxague em água ou secagem com papel toalha ou outros equipamentos. Preparação alcoólica para higiene das mãos sob a forma líquida: Preparação contendo álcool, na concentração final entre 60% a 80% destinadas à aplicação nas mãos para reduzir o número de micro-organismos. Recomenda-se que contenha emolientes em sua formulação para evitar o ressecamento da pele. Procedimento: As mãos devem ser higienizadas em momentos essenciais e necessários de acordo com o fluxo de cuidados assistenciais para prevenção de IRAS causadas por transmissão cruzada pelas mãos: “Meus cinco momentos para a higiene das mãos” 1. A ação correta no momento certo é a garantia de cuidado seguro para os pacientes. • Antes de tocar o paciente • Antes de realizar procedimento limpo/asséptico 3 • Antes de manusear um dispositivo invasivo, independentemente do uso ou não de luvas. • Ao se mover de um sítio anatômico contaminado para outro durante o atendimento do mesmo paciente. • Após o risco de exposição a fluidos corporais ou excreções • Após contato com fluidos corporais ou excretas, membranas mucosas, pele não íntegra ou curativo. • Ao se mover de um sítio anatômico contaminado para outro durante o atendimento do mesmo paciente. • Após remover luvas esterilizadas ou não esterilizadas • Após tocar o paciente Técnica A técnica de higiene simples das mãos: 1. Molhe as mãos com água; 2. Aplique na palma da mão quantidade suficiente de sabonete líquido para cobrir toda a superfície das mãos; 3. Ensaboe as palmas das mãos friccionando-as entre si; 4. Esfregue a palma da mão direita contra o dorso da mão esquerda, entrelaçando os dedos e vice-versa; 5. Entrelace os dedos e friccione os espaços interdigitais; 6. Esfregue o dorso dos dedos de uma mão com a palma da mão oposta, segurando os dedos, com movimentos de vai-e-vem e vice-versa; 7. Esfregue o polegar esquerdo com o auxílio da palma da mão direita utilizando-se de movimento circular e vice-versa; 8. Friccione as polpas digitais e unhas da mão direita contra a palma da mão esquerda, fazendo movimento circular e vice-versa; 9. enxague bem as mãos com água; 10. Seque as mãos com papel toalha 11. descartável; 12. No caso de torneiras de fechamento manual, para fechar sempre utilize o papel toalha; 13. Agora as suas mãos estão seguras. 4 Higienização antisséptica: antisséptico degermante e água Promover a remoção de sujidades e da microbiota transitória, reduzindo a microbiota residente das mãos, com auxílio de um antisséptico. Técnica: A técnica de higienização antisséptica é igual àquela utilizada para a higienização simples das mãos, substituindo-se o sabonete líquido comum por um associado a antisséptico, como antisséptico degermante. Fricção antisséptica das mãos com preparação alcoólica: A utilização de preparação alcoólica para higiene das mãos sob as formas gel, espuma e outras (na concentração final mínima de 70%) ou sob a forma líquida (na concentração final entre 60% a 80%) tem como finalidade reduzir a carga microbiana das mãos e pode substituir a higienização com água e sabonete líquido quando as mãos não estiverem visivelmente sujas. A Fricção antisséptica das mãos com preparação alcoólica não realiza remoção de sujidades. Técnica: Os seguintes passos devem ser seguidos durante a realização da técnica de fricção antisséptica das mãos com preparação alcoólica: 1. Aplique uma quantidade suficiente de preparação alcóolica em uma mão em forma de concha para cobrir todas as superfícies das mãos. 2. Friccione as palmas das mãos entre si; 3. Friccione a palma de mão direita contra o dorso da mão esquerda, entrelaçando os dedos e vice-versa; 4. Friccione a palma das mãos entre si com os dedos entrelaçados; 5. Friccione o dorso dos dedos de uma mão com a palma da mão oposta, segurando os dedos, com movimento vai-e-vem e vice-versa; 6. Friccione o polegar esquerdo com o auxílio da palma da mão direita, utilizando-se de movimento circular e vice-versa; 7. Friccione as polpas digitais e unhas da mão direita contra a palma da mão esquerda, fazendo um movimento circular e vice-versa; Calçar Luvas Estéreis Materiais: • Pares de luvas estéreis numeradas como 6.0, 6.5, 7.0, 7.5, 8.0, 8.5 e 9.0; pode variar de acordo com o fabricante. • Caixas de Luvas de Procedimento: P, M ou G 5 Finalidade: • Evitar a transmissão de patógenos ao paciente pelo contato direto ou indireto, prevenindo infecções hospitalares. A técnica correta de retirada também previne contaminação do profissional. Indicações: • Em todos os procedimentos que exijam técnica estéril. Procedimento para calçar as luvas: • Retirar anéis, pulseiras e relógio. • Realizar a higienização das mãos (ver POP de Higienização das mãos). • Afastar-se do campo estéril. • Abrir a embalagem das luvas sem contaminá-las, tocando apenas a parte externa do pacote. • Levantar a luva a ser calçada com a mão oposta, fazendo uma pinça com o polegar e indicador, e tocando somente na parte inferior da dobra do punho. • Calçar a luva com a palma da mão voltada para cima e os dedos unidos, mantendo a distância do campo estéril, do próprio corpo e de qualquer fonte de contaminação. • Colocar os dedos da mão enluvada (exceto o polegar) na parte interna da dobra do punho da segunda luva, expondo sua abertura. • Palma da mão voltada para cima. • Desfazer a dobra do punho com os dedos unidos e tocando somente na parte interna da dobra do punho. • Ajustar as luvas. Procedimento para retirar luvas: • Manter as luvas contaminadas com os dedos voltados para baixo. • Com a mão oposta enluvada, segurar a face externa da luva, na altura do punho. • Tracionar a luvapara retirá-la da mão, virando-a pelo avesso. • Prender a luva na mão que ainda está enluvada. 6 • Segurar a face interna da luva da outra mão, com a mão desenluvada, na altura do punho. • Tracionar a luva com o mesmo movimento anterior, retirando-a de forma que uma luva permaneça dentro da outra e o lado contaminado para dentro. • Desprezar as luvas. • Realizar a higienização as mãos (ver POP de Higienização das Mãos). 7 AULA PRÁTICA ROTEIRO 2 SINAIS VITAIS Os sinais vitais (SSVV) são indicadores do estado de saúde e da garantia das funções circulatórias, respiratória, neural e endócrina do corpo. Podem servir como mecanismos de comunicação universal sobre o estado do paciente e da gravidade da doença. Verificação de: Temperatura, Pulso e frequência cardíaca, Respiração, Pressão arterial, Dor. MATERIAIS NECESSÁRIOS: • Bandeja de aço inoxidável • Álcool 70% • Algodão ou gaze • Papel e Caneta • Relógio com ponteiro de segundos • Termômetro digital • Escalas de dor • Estetoscópio • Esfigmomanômetro • Pressão arterial Material: • Bandeja, • estetoscópio e esfigmomanômetro, recipiente com bolas de algodão embebidas em álcool 70%, papel e caneta. Procedimento: • Após a lavagem das mãos, • Reunir todo o material e dirigir-se à unidade do paciente, 8 • Orientando-o para o procedimento, O mesmo deve estar em repouso por pelo menos cinco minutos, • Em abstenção de fumo ou cafeína nos últimos 30 minutos; • O braço selecionado deve estar livre de vestimentas; • Relaxado e mantido ao nível do coração (aproximadamente no quarto espaço intercostal); • Quando o paciente está sentado, coloca-se o braço por sobre uma mesa; • A pressão arterial poderá estar falsamente elevada caso a artéria braquial fique abaixo do nível do coração. O pulso braquial deve ser palpado para o diagnóstico de sua integridade a bolsa inflável deve ser centralizada por sobre a artéria braquial, sendo que a margem inferior do manguito deve permanecer 2,5 cm, acima da prega anti-cubital; prende- se o manguito e posiciona-se o braço de modo que fique levemente fletido. Método palpatório 1. Insufla-se o manguito, fechando-se a válvula e apertando-se a “Pêra” rapidamente até o desaparecimento do pulso radial; 2. Verifica-se o valor e acrescenta-se 30 mmHg; 3. Após desinfla-se lenta e completamente o manguito até o aparecimento do pulso, o que é considerado a pressão arterial máxima; 4. Desinfla-se a seguir o manguito rapidamente; O método palpatório só permite a verificação da pressão arterial máxima. Método auscultatório 1. Coloca-se o diafragma do estetoscópio suavemente por sobre a artéria braquial; 2. Insufla-se o manguito suavemente até o nível previamente determinado (30 mmHg acima da pressão arterial máxima verificada pelo método palpatório) e em seguida desinfla-se lentamente, à uma velocidade de 2 a 3 mmHg por segundo; 3. Verifica-se o nível no qual os ruídos são auscultados, o que corresponde à pressão arterial máxima; 4. Continua-se baixando a pressão até o abafamento das bulhas e a seguir o desaparecimento completo dos ruídos, o que corresponde à pressão arterial mínima. 9 Pulso Pulso é uma expansão rítmica e o retrocesso das artérias. Pulso é o resultado de uma onda de pressão produzida pela contração do coração. Pode-se sentir o pulso em qualquer artéria que passa sobre um osso que esteja suficientemente próximo à superfície do corpo. Material: • Bandeja, • Relógio com ponteiro de segundos, • Recipiente com bolas de algodão embebidas em álcool 70%, papel e caneta. Procedimento: 1.Lavar as mãos; 2. Orientar o paciente quanto ao procedimento; 3. Colocar o paciente em posição confortável, sentado ou deitado, porém sempre com o braço apoiado; 4. Realizar o procedimento de acordo com a técnica descrita abaixo; 5. Contar durante 1 minuto inteiro; 6. Lavar as mãos; 7. Anotar no prontuário. Pulso radial A artéria radial encontra-se entre a apófise estiloide do rádio e o tendão dos flexores, sendo que para palpá-los emprega-se os dedos indicador e médio com o polegar fixado no dorso do punho do paciente, sendo que o examinador usa a mão direita para examinar o pulso esquerdo, e vice-versa. Pulso carotídeo As pulsações da carótida são visíveis e palpáveis medialmente aos músculos esternocleiomastoideo. Para sua palpação, devemos colocar o polegar esquerdo (ou https://conceitos.com/resultado/ 10 o indicador e dedo médio) sobre a carótida direita, e vice-versa, no terço inferior do pescoço, adjacente à margem medial do músculo esternocleiomastoideo bem relaxado, aproximadamente ao nível da cartilagem cricóide. Pulso braquial Colocar a mão oposta por debaixo do cotovelo do paciente e utilizar o polegar para palpar a artéria braquial imediatamente medial ao tendão do músculo bíceps, sendo que o braço do paciente deve repousar com o cotovelo esticado e as palmas da mão para cima. Respiração A respiração é o processo através do qual os seres vivos absorvem e expelem o ar juntamente com as substâncias que o compõem. Material: • Bandeja, • Relógio com ponteiro de segundos, • Recipiente com bolas de algodão embebidas em álcool 70%, papel e caneta. Procedimento: 1.Lavar as mãos; 2. Orientar o paciente quanto ao exame; 3. Não deixar o paciente perceber que estão sendo contados os movimentos; 4. Contagem pelo período de 1 minuto; 5. Lavar as mãos no término; 6. Anotar no prontuário. Temperatura A temperatura corporal é o equilíbrio entre a produção e a perda de calor do organismo, mediado, pelo centro termorregulador, portanto, pode ser verificada na região axilar, inguinal, bucal ou retal. 11 Material: • Bandeja, • termômetro clínico, • recipiente com bolas de algodão embebidas em álcool 70%, • papel e caneta. Procedimento: 1.Lavar as mãos; 2. Orientar o paciente quanto ao procedimento; 3. Reunir o material e levar à unidade do paciente; 4. Deixar o paciente deitado ou recostado confortavelmente; 5. Limpar o termômetro com algodão embebido em álcool; 6. Enxugar a axila se for o caso, com as próprias vestimentas do paciente; 7. Descer a coluna de mercúrio até o ponto mais baixo, segurando o termômetro firmemente e sacudindo-o com cuidado; 8. Colocar o termômetro na axila se for o caso, mantendo-o com o braço bem encostado ao tórax; 9. Retirar o termômetro após 5 a 7 minutos; 10. Ler a temperatura na escala; 11. Limpar com algodão embebido em álcool; 12. Lavar as mãos; 13. Anotar no prontuário da paciente. DOR Dor é uma desagradável experiência sensorial e emocional, associada a uma lesão tecidual já existente ou potencial. Classificação: - Dor Aguda - Dor Crônica (acima de 6 meses) - Dor Recorrente (períodos de curta duração e que se repete com frequência) Intensidade - Leve - Moderada - Intensa - Muito intensa Serviço Social. 12 Duração - Contínua - Cíclica ou periódica: duração de cada crise e intervalos. Técnica • Lavar as mãos; • Posicionar o paciente de forma confortável; • Explicar o procedimento; • Questionar e anotar conforme verbalização do paciente as características da dor; • Data de início (quando); • Localização (onde), se necessário fazer uso do diagrama corporal (abaixo) o Intensidade (quanto), usar escalas de dor (abaixo) Qualidades (como); • Periodicidade e duração dos episódios; • Fatores de melhora e piora; • Sintomas associados; • Efeitos sobre as atividades da vida diária; • Anotar os resultados. 13 AULA PRÁTICA ROTEIRO 3 DADOS ANTROPOMÉTRICOS - ADULTO PESO E ALTURA: Vimos que a mensuraçãodo peso e da altura pode ser realizada antes ou durante as consultas eletivas e não é realizada como rotina em todas as unidades de internação. Esses parâmetros são fundamentais para a avaliação do paciente em algumas unidades de atendimento, tais como pediatria, endocrinologia, nefrologia, obstetrícia e cardiologia. ÍNDICE DE MASSA CORPÓREA (IMC): O IMC (ou índice de massa corporal) é um cálculo simples que permite avaliar se a pessoa está dentro do peso que é considerado ideal para a sua altura. MATERIAIS: Mensuração da altura e do peso Balança. 1. Mecânica com regra antropométrica; 2. Digital com regra antropométrica Estadiômetro; 3. Para mensurar com exatidão a altura do paciente; 4. Papel Toalha. Procedimento: • Lavar as mãos • Testar, tarar (nivelar) e travar a balança quando do tipo mecânica 3 • Forrar o piso da balança com papel toalha • Pedir ao paciente para retirar o calçado, o roupão ou excesso de roupa, carteira, celular, entre outros • Auxiliá-lo a subir na balança • Destravar a balança e deslocar o massor do quilograma até o valor do peso estimado do paciente – quando do tipo mecânica • Deslocar o massor do grama até o valor do peso estimado do paciente – quando do tipo mecânica • Registrar o peso do paciente 14 • Auxiliá-lo a virar de costas para a régua antropométrica (Antropômetro) • Orientar e auxiliar o paciente em relação ao posicionamento adequado (cabeça reta, olhando para o horizonte) • Posicionar o Antropômetro de maneira que a barra toque na parte superior da cabeça e registrar a altura Manual de Estágio • Auxiliar o paciente a descer da balança • Auxiliar o paciente, se necessário, a vestir as peças de roupa e os calçados • Higienizar as mãos • Proceder à anotação de enfermagem 15 AULA PRÁTICA ROTEIRO 4 AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA Objetivo Geral: • Obtenção de informações relevantes para assistência de enfermagem • frequências da realização depende das condições de admissão e da estabilidade do cliente Observa-se: • Identificação de disfunções no sistema nervoso; • Efeitos da disfunção na vida do paciente; • Detecção de situações de risco de vida; PROCEDIMENTOS: O paciente será examinado individualmente e considerando sua condição clínica: - Deitado - Sentado e - Em pé MATERIAIS: • Lanterna Pupilômetro • Escala de coma de Glasgow • Escala de força muscular Avaliação do Nível de Consciência: • Despertar • Estado de vigília • Estar acordado • Conteúdo da consciência (somatório das funções mentais cerebrais – cognitiva e afetiva) • Linguagem • Memória • Crítica • Perceptividade • Reatividade (variável quando há perda da consciência) 16 • Avaliação do Nível de Consciência Escala de Coma de Glasgow - Visa diminuir a subjetividade • Padronizar os registros • Linguagem uniforme • Registro simples e fácil Avalia a consciência por meio de 3 indicadores: • Abertura ocular • Melhor resposta verbal • Melhor resposta motora Locais para estimulação física: • Pressão na extremidade dos dedos • Pinçamento do trapézio • Incisura supraorbitária Reatividade pupilar: Critério Classificação Pontuação Nenhuma pupila reage ao estímulo Inexistente 2 Apenas uma pupila reage ao estímulo Parcial 1 As duas pupilas reagem ao estímulo Completa 0 Escala de coma de Glasgow – sem a reatividade pupilar Pontuação: • Nota máxima =15 • Nota mínima = 3 • Indicativo de coma = ≤ 8 Procedimento: • Entrar no quarto/enfermaria já observando o paciente; • Aproximar-se do paciente; • Avaliar se houve abertura ocular espontânea; • Se abertura ocular espontânea, dar continuidade ao exame; 17 • verificar o nível de orientação (tempo, espaço e em relação a si mesmo); • Realizar perguntas pontuais com intuito de verificar a memória, atenção, concentração e linguagem; • Caso o paciente não apresente abertura ocular espontânea; • Iniciar o estímulo auditivo, com tom de voz normal; • Se obtiver resposta verbal do paciente, avaliar o nível de orientação (tempo, espaço e em relação a si mesmo); • Realizar perguntas pontuais com intuito de verificar a memória, atenção, concentração e linguagem Ausência de resposta com estímulo auditivo, usando tom de voz normal; • Aumentar o tom de voz; • Se não houver resposta aplicar estímulo, como bater de palmas ou estalar os dedos avaliar se o paciente responde, se sim, mensurar o nível de orientação (tempo, espaço e em relação a si mesmo) Serviço Social Caso o paciente não apresente resposta ao estímulo auditivo; • Tentar estímulo tátil, ao tocar o braço do paciente; • Se não houver resposta, aplicar o estímulo doloroso no leito ungueal ou região esternal; • Em ambos, exercer pressão sobre o local; • Se obtiver resposta verbal do paciente, avaliar o nível de orientação (tempo, espaço e em relação a si mesmo) Realizar perguntas pontuais com intuito de verificar a memória, atenção, concentração e linguagem Avaliar a resposta motora do paciente O adequado é que o cliente obedeça aos comandos do enfermeiro em relação à movimentação dos membros Entretanto, existem situações em que não haverá tal movimentação, nestes casos, ao aplicar o estímulo doloroso, averiguar se: Dirige a mão em direção ao estímulo doloroso, na ausência de resposta verificar se; • Flexiona o braço rapidamente, mas não apresenta movimentação anormal; • Flexiona os braços e cotovelos, apresenta predominantemente movimentação anormal (decorticação); • Extensão dos braços (descerebração); • Não movimenta braços ou pernas e não existe fator interferindo a atividade motora os estímulos que obtiveram a melhor resposta do paciente devem ser marcados em 18 cada um dos três tópicos da escala. Manual de Estágio Se algum fator impede a vítima de realizar a tarefa, deve-se marcar como não testável (NT). Somar as notas obtidas nos três tópicos; • Análise da reatividade pupilar suspender cuidadosamente as pálpebras do paciente e direcionar um foco de luz para os seus olhos; • Registrar a nota correspondente à reação ao estímulo; • Subtrair a nota obtida anteriormente pelo valor obtido na reatividade pupilar; • Registrar a nota obtida pelo paciente. AVALIAÇÃO PUPILAR Sua avaliação é feita através de um estímulo luminoso apontado ao olho, esperando obter resposta pupilar bilateral e simétrica, pela ativação do nervo oculomotor. Na avaliação das pupilas será importante pesquisar os seguintes dados: • Reatividade; • Simetria; • Forma; • Diâmetro. A reatividade demonstra o funcionamento dos III e IV pares cranianos. Quando ocorre reação pupilar à luz, é dita que houve reação foto motora (RFM +). Caso não houver reação pupilar, afirmamos que a reação é foto motora negativa (RFM –). Sendo assim, a simetria das pupilas é classificada de acordo com a reação foto motora aplicada a elas e também envolve a forma que está se apresenta. Técnica para avaliação das pupilas: O reflexo foto motor das pupilas depende do nervo óptico e do nervo oculomotor. • A foto reação é observada com o auxílio do foco de luz de uma lanterna. • Deve-se fechar o olho do paciente; • Aguardar alguns segundos; • Logo após, devemos levantar rapidamente a pálpebra dirigindo o foco de luz diretamente sobre a área da pupila; • Observar o resultado; • Repetir do outro lado; 19 • Registrar em prontuário os dados obtidos. Velocidade de reação • Normal: constrição rápida; • Alterações: constrição lenta, arreativa ou fixa. Tipos de pupilas • Isocóricas: são do mesmo tamanho e reagem à luz; • Anisocóricas: quando apresentam tamanhos diferentes, ou seja, uma está contraída e a outra dilatada; • Midríase: quando estas se apresentamgrandes e dilatadas; • Mióticas: quando ambas estão contraídas e não apresentam reação à luz. A avaliação pupilar deve ser utilizada em toda avaliação neurológica, com intervalos regulares, principalmente nos pacientes que possuem patologias neurológicas, estes devem ser avaliados de hora em hora nas primeiras 12 horas ou conforme orientação médica. Escala de Glasgow A escala de Glasgow foi criada em 1974, por Jennett e Teasdale, professores de neurologia no Instituto de Ciências Neurológicas de Glasgow, na Escócia. A unidade era líder em pesquisas sobre lesões cerebrais e o método de avaliação se tornou referência nesse campo. Essa escala se baseia em uma avaliação de valor máximo de 15 pontos, divididos em três categorias, utilizada para estimar e categorizar os resultados de lesões. As funções avaliadas são: • Resposta visual; • Resposta verbal; • Resposta motora. Classificação da lesão: Lesão leve (Pontuação: 13-15) • É o tipo mais comum de avaliação em lesões cranioencefálicas. • Algumas pessoas que sofrem esse tipo de lesão sofrem com os seus sintomas por um ano ou mais. 20 • Os sintomas incluem fadiga, dores de cabeça, tonturas, entre outros. Lesão moderada (Pontuação: 9-12) • As lesões moderadas são caracterizadas pela perda de consciência por mais de 30 minutos e apresentam danos físicos ou cognitivos. Lesão grave (Abaixo de 8) • Os pacientes que apresentam uma lesão com pontuação abaixo de oito (sendo três o valor mínimo) estão inconscientes, o que caracteriza o estado de coma, tendo a necessidade de intubação imediata. 21 AULA PRÁTICA ROTEIRO 5 AVALIAÇÃO CABEÇA E PESCOÇO Objetivos gerais: Avaliar os órgãos do sentido, os quais são de importância para o indivíduo proteger- se das ameaças externas mediante a visão, audição, olfato e paladar. Procedimentos gerais: Reunir os materiais Higienizar as mãos Garantir ambiente adequado Explicar o procedimento ao paciente Posicionar o paciente - quando possível deve ser colocado sentado O enfermeiro deverá utilizar técnicas de inspeção e palpação Materiais necessários: • Lanterna • Pupilômetro • Espátula • Otoscópio CABEÇA Observar a posição da cabeça Ideal: • Ereta • Equilíbrio • Sem movimentos anormais atentar-se a: • Má postura • Tiques • Inflamação das meninges CRÂNIO • Tamanho varia com a idade e biótipo adequado para idade • Microcefalia 22 • Macrocefalia • Couro cabeludo • Higiene • Distribuição do cabelo • Quantidade de cabelo • Coloração do cabelo Manual de Estágio • Alopécia • Descamação o Seborreia o Parasitose • Lesões localizadas • Saliências (abaulamento) • Cistos sebáceos • Tumores ósseos • Hematomas • Depressão FACE • Coloração • Palidez • Icterícia • Cianose • Manchas localizadas (eritema malar, cloasma gravídico) Fácies • Edema periorbicular bilateral • renal • Cushingoide • Hiperfunção suprarrenal • Acromegalia • hiperfunção hipófise • Etílica Serviço Social 23 OLHOS • Pálpebras • avaliar Abertura • Fechamento – • Mobilidade do globo ocular (laterais, para cima e para baixo) • Presença de edema palpebral • Presença de processos inflamatórios folículos pilosos e glândulas sebáceas Conjuntiva • Coloração • Congestão • Presença de secreções • Hemorragia Esclerótica • Branca ou levemente amarelada nas extremidades • Presença de icterícia Córnea • Transparente • Pode apresentar lesões ulceradas ou pacificadas TESTE INDEX NARIZ: • Testar coordenação nas extremidades superiores Técnica • Explicar o procedimento para o cliente • Solicitar que o mesmo fique em pé • Pedir para estender os membros superiores lateralmente • Orientar o mesmo a tocar a ponta do nariz com o indicador, alternando lado D/E • Uma mão de cada vez, acelerando o movimento • Posteriormente com olhos fechados TESTE DE FORÇA MUSCULAR • Verificar a dependência ou independência do paciente para realizar atividades físicas • Comparar um membro com o membro do lado oposto do corpo • Tônus muscular • Força 24 • usar escala de força muscular Técnicas: • Tônus muscular • Palpar os grupos musculares em repouso e em movimento: • Flacidez • lesão de neurônio inferior • Rigidez • lesão de gânglio basal • Espasticidade • lesão de neurônio motor superior Serviço Social Força muscular • Paciente consciente (aplicar escala de força muscular) MMSS • Estender os MMSS, cruzar o antebraço e solicitar para apertar as mãos do avaliador, ao mesmo tempo • Verificar se a força está igual no membro E/D • Também é aplicado o teste de resistência gravitacional • Solicitar que o paciente deixe os braços abertos • Forçar os mesmos contra a gravidade • Avaliar se o cliente consegue manter a posição • Deitar sobre a cama: estender, flexionar, elevar e abaixar um membro por vez • Observar o modo de caminhar • Observar o balanço dos braços • Firmeza na deambulação AVALIAÇÃO DA SENSIBILIDADE • Avalia-se se os receptores sensitivos do corpo (dermátomos) transmitem impulsos para o córtex sensitivo • Solicitar que o paciente feche os olhos • Encostar gaze ou algodão seco na superfície corporal (MMSS, tronco e MMII) • Verificar se o paciente refere a percepção dos estímulos • Comparar o hemicorpo direito com o esquerdo 25 • Solicitar que o paciente feche os olhos • Encostar e comprimir levemente um objeto de ponta romba na superfície corporal (MMSS, tronco e MMII) • Verificar se o paciente refere a percepção dos estímulos • Comparar o hemicorpo direito com o esquerdo • Solicitar que o paciente feche os olhos • Encostar um tubo de ensaio contendo água fria e água quente na superfície corporal (MMSS, tronco e MMII) • Verificar se o paciente refere a percepção dos estímulos • Comparar o hemicorpo direito com o esquerdo 26 AULA PRÁTICA ROTEIRO 6 AVALIAÇÃO CARDIOCIRCULATÓRIA Objetivos gerais: • Avaliar por meio das técnicas de inspeção, palpação e ausculta o aparelho circulatório. • Identificar características fisiológicas e possíveis alterações no aparelho cardiocirculatório. Procedimentos gerais: • Reunir os materiais • Higienizar as mãos • Garantir ambiente adequado • Explicar o procedimento ao paciente • Posicionar o paciente • O enfermeiro deverá utilizar técnicas de inspeção, palpação e ausculta. Materiais necessários: • Estetoscópio Algodão Álcool 70% Manifestações clínicas mais comuns: • Dispneia • Fadiga • Precordialgia • Desconforto no peito • Palpitações • Desmaio • Edemas • Variações na PA e FC • Diurese • Cianose 27 INSPEÇÃO E PALPAÇÃO Posicionamento do cliente no leito Confortável? Qual sua posição? Está em decúbito dorsal, posição ortostática ou sentado? Parece tranquilo ou inquieto? Apresenta dispneia ou cansaço ao responder as perguntas Avaliação da Jugular • Normalmente não são visíveis • Ingurgitamento deve desaparecer com decúbito de 30º • Se ingurgitada em decúbito acima de 45º: • Bilateral • Sugestivo de Insuficiência cardíaca • Unilateral • Compressão tronco braquiocefálico AVALIAÇÃO GERAL DO TÓRAX • Formato tórax (será focado na avaliação respiratória) • Simetria • Condições da Pele • Coloração (manchas, palidez) • Pigmentação • Integridade • Irregularidades (massas, hematomas, cistos) • Movimentos torácicos (será focado na avaliação respiratória) • Simetria 28 AULAPRÁTICA ROTEIRO 7 AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA Inclui os aspectos do exame físico geral pertinentes ao aparelho respiratório, como alterações da coloração da pele e mucosas, baqueteamento digital, formato do tórax, tipo de respiração, ritmo e amplitude da respiração, tiragem e utilização de musculatura acessória, expansibilidade, palpação, percussão e ausculta do tórax. INSPEÇÃO E PALPAÇÃO Ectoscopia: Observar a coloração das mucosas, baqueteamento, forma do tórax Padrão respiratório: Observar o tipo, ritmo e amplitude da respiração Sinais de esforço e utilização de musculatura acessória: batimento de aletas nasais, musculatura cervical, tiragem intercostal, musculatura abdominal. Posições: Em decúbitos dorsal, laterais, sentado e ortostatismo Observar: • Abaulamentos; • Impulsões de borda esternal; • Retrações; • Malformações torácicas; • Batimentos ou Movimentos; • Frêmitos; • pontos dolorosos; • enfisema subcutâneo 29 AVALIAÇÃO DA EXPANSIBILIDADE TORÁCICA Conceitos: A parede torácica inclui a pele, o tecido subcutâneo, os músculos, as cartilagens e os ossos. Procedimento: Antes e após examinar um paciente lave as mãos. O examinador deve se colocar atrás do paciente. Iniciar o exame pelos ápices e ir deslocando as mãos em direção às bases. Pousar as mãos espalmadas sobre as regiões a serem examinadas, de tal modo que os polegares se toquem levemente, em ângulo quase reto. Os demais dedos encostam levemente no tórax, levemente fletidos. Nas bases, aderir bem os dedos e o examinador devem se postar assentado, de preferência. Solicitar ao paciente para respirar mais fundo e ir observando a movimentação de suas mãos, particularmente o distanciamento dos polegares da linha médio- espinhal. A expansibilidade pode ser normal ou diminuída (unilateral ou bilateralmente). REGISTRO DO EXAME NORMAL: Expansibilidade normal e simétrica AVALIAÇÃO DO FRÊMITO TÓRACO-VOCAL (FTV) Conceito: É o exame das vibrações percebidas pela mão do examinador, encostada na parede torácica, quando o paciente emite algum som. Procedimento: Antes e após examinar um paciente lave as mãos. O examinador deve se colocar atrás do paciente. Iniciar o exame pelo alto e ir deslocando a mão em direção às bases, em cada uma das faces torácicas. 30 Pousar a mão espalmada, ora de um lado, ora do outro, com os dedos levemente estendidos, sobre as regiões do tórax a serem examinadas ao mesmo tempo em que o paciente vai falando em voz alta ―trinta e três‖. Compara-se um lado com o outro e observa-se o aumento, a diminuição e o desaparecimento do FTV, (unilateral ou bilateralmente). REGISTRO DO EXAME NORMAL: FTV normal e simétrico PERCUSSÃO TORÁCICA Procedimentos: Antes e após examinar um paciente lave as mãos. Para a percussão das faces anterior e laterais, o paciente pode estar deitado ou assentado. Na percussão das faces laterais o paciente deve colocar a mão na cabeça. Já a percussão da parede posterior deve ser feita com o paciente na posição sentada. Utiliza-se a percussão dígito-digital, indo de cima para baixo em cada face. Ir golpeando os espaços intercostais ora de um lado, ora do outro, e ir comparando os sons obtidos. Manter a força do golpe constante. Identificar os 3 sons pulmonares à percussão e as áreas em que ocorrem. Comparar o exame com pessoas magras, musculosas e obesas. Percussão do tórax: hipersonoridade, submacicez e macicez REGISTRO DO EXAME NORMAL: Sons pulmonares normais e sem sinais de cardiomegalia. AUSCULTA PULMONAR A ausculta constitui o método semiótico por excelência da exploração clínica do tórax para o exame dos pulmões. Percorrer todo o tórax anterior e posterior, sempre comparando regiões homólogas. 31 SONS ANORMAIS Tipos: Som traqueal, respiração brônquica, respiração bronco-vesicular, murmúrio vesicular. Podem estar: fisiológicos; aumentados; diminuídos; abolidos. Material: • Estetoscópio Procedimentos: Antes e após examinar um paciente lave as mãos. Colocar o paciente em posição assentada. Colocar corretamente as olivas do estetoscópio nas orelhas. Solicitar ao paciente que respire lenta e profundamente, com a boca aberta. Iniciar o exame pelos ápices e ir deslocando o estetoscópio em direção às bases. Compara-se um lado com o outro, observando-se os sons pulmonares fisiológicos e a presença de ruídos adventícios (extras, anormais). Observam-se também as fases de inspiração ou de expiração e se há prolongamentos dela. 32 AULA PRÁTICA ROTEIRO 8 AVALIAÇÃO ABDOMINAL Preparo: Paciente com abdome despido e mantendo demais áreas cobertas. Atentar para ambiente aquecido, bem como estetoscópio. Cercar com biombos. Higienização das mãos. Materiais: • Estetoscópio, • Fita métrica ou régua (20 cm), • Caneta marcadora e dois travesseiros pequenos. Posição: Decúbito dorsal com travesseiro sob a cabeça e outro sob os joelhos ou joelhos dobrados, braços ao longo do corpo. Semiotécnica: inspeção, ausculta, percussão e palpação. Inspeção: Frontal e tangencial: Observar forma e contorno (plano, escavado, globoso, protuso, avental); simetria (abaulamentos, retrações, herniações, massas visíveis); Deformidades Frontal: Características da pele (cicatrizes, lesões e estrias, icterícia, equimoses, pele distendida e brilhante na ascite, demais alterações); Ocorrência de movimentos e pulsações visíveis na pele (movimento respiratório abdominal, peristaltismo, pulso aórtico); Presença de circulação colateral; Localização da cicatriz umbilical(invertida/evertida); Parâmetro normal: Ruídos hidroaéreos presentes (RHA+). Avaliar intensidade: normais, hipo ou hiperativos. Sons hiperativos tipo borborigmos são normais em área de projeção do estômago ou na ocorrência de gases e aumento da motilidade. 33 Anormal: Ausência de sons auscultar por 5 minutos. Ruídos vasculares: observar presença de ruídos vasculares sobre as artérias aorta, renais, ilíacas e femorais. Usualmente nenhum som é detectado, mas pode ser detectado normalmente som sistólico e anormalmente um sopro. Percussão Auxilia na determinação do tamanho e localização das vísceras sólidas e na avaliação da presença e distribuição de gases, líquidos e massas. Inicia-se no quadrante inferior direito. Sons produzidos: Timpânico é o som predominante, característico sobre intestino e espaço de Traube. Hipertimpanismo presente quando há distensão gasosa. Maciços ou submaciços são percebidos sobre órgãos sólidos como o fígado, o baço ou sobre vísceras preenchidas por líquido ou fezes. Palpação Palpação superficial(1cm): pressiona-se de forma delicada a superfície abdominal, aproximadamente 1 cm, com os movimentos suaves e em sentido horário, evitando golpes súbitos. Permite reconhecer a sensibilidade, a integridade anatômica e a tensão da parede abdominal e identificar massas. Parâmetro normal: É indolor à palpação, abdome flácido. Distinguir entre resistência voluntária, chamada de defesa, e a contratura muscular involuntária, característica da resposta inflamatória do peritônio. Palpação profunda(5cm): Delimita mais precisamente os órgãos abdominais e detecta massas menos evidentes. Com o paciente respirando pela boca, com a mandíbula entreaberta, a parede abdominal é deprimida em profundidade (5cm) a cada expiração. Com maior pressão, verifica-se tamanho, forma, consistência, localização, sensibilidade, mobilidade e pulsações de órgãos ou massas. Pode-se usar as duas mãos, uma sobre a outra, técnica bimanual. Observar expressão do paciente em busca de manifestação de desconforto ou dor. 34 Procedimentos: Sinal de descompressãobrusca dolorosa na avaliação da dor abdominal sugestiva de irritação peritoneal e associado a apendicite aguda. Conhecido como sinal de Blumberg, Dor ou piora da dor à compressão e descompressão súbita do ponto de McBurney (situado dois terços da distância da cicatriz umbilical à espinha ilíaca anterossuperior direita). - Sinal de Rosving: é identificado pela palpação profunda e contínua do quadrante inferior esquerdo que produz dor intensa no quadrante inferior direito, mais especificamente na fossa ilíaca direita, sinal este também sugestivo de apendicite aguda. Sinal de Murphy: QSD, sob borda hepática, comprimir e solicitar ao paciente que inspire profundamente. A resposta de dor intensa no ponto pressionado e a interrupção súbita da inspiração caracterizam o sinal de Murphy, indicativo de colecistite aguda. Sinal de Jobert Presença de timpanismo na região da linha hemiclavicular direita onde normalmente se encontra macicez hepática, caracteriza pneumoperitônio, ar livre na cavidade abdominal por perfuração de víscera oca. Palpação: Posicione o paciente em decúbito lateral direito, mantenha-se à direita com o dorso voltado para a cabeceira da cama. Com as mãos paralelas fletidas em garra, deslize-as desde a linha axilar média, hipocôndrio E até o epigástrio. Esse órgão somente é palpável nas esplenomegalias resultantes de alterações patológicas. Fígado **O fígado normal é indolor, com borda firme, macia e lisa. Frequentemente é impalpável Palpação Técnica Bimanual: Mantenha-se à direita; mão esquerda sob o tórax posterior direito do paciente, na altura da 11 ª e 12ª costelas. A mão direita é colocada sobre o abdome e exerce compressão para dentro e para frente, enquanto a mão esquerda pressiona o tórax posterior para cima e o paciente inspira profundamente, de modo a deslocar o fígado para baixo, tentando-se sentir sua borda. Palpação Técnica com as mãos em garra: Á direita do paciente, voltado na direção de seus pés, palpando o abdome na linha do rebordo costal direito. 35 Solicita-lhe que inspire profundamente, ao mesmo tempo em que pressiona a parede do abdome para dentro e para cima. O fígado normal é palpável, durante a inspiração, cerca de 3 cm abaixo do rebordo costal à direita na linha hemiclavicular. Percussão (hepatimetria): Envergadura do fígado normal entre 6 e 12cm na LHD. Aorta Palpação: Utilizando o polegar e os dedos opostos, palpe a pulsação aórtica na região epigástrica, discretamente para a esquerda na linha média. Largura normal 2,5 a 4 cm e pulsa em direção anterior. Técnicas de para verificação de Ascite este do piparote e teste da macicez móvel. 36 AULA PRÁTICA ROTEIRO 9 EXAME CLÍNICO DAS MAMAS O exame das mamas divide-se em inspeção estática, dinâmica e palpação. Na inspeção estática, coloca- -se a paciente sentada de frente para o observador, com o tórax desnudo, e membros superiores relaxados ao lado do corpo. Anotamos após a observação, alterações de pele, pigmentações, cicatrizes, simetria, contornos, retrações e abaulamentos, dando atenção especial às aréolas e papilas. No caso de adolescentes ou pacientes com suspeitas sindrômicas, avalia-se o estágio do desenvolvimento mamário de acordo com a classificação dos estágios de Tanner. Classificação de Tanner Conjunto de critérios de avaliação do desenvolvimento dos caracteres sexuais femininos durante a puberdade, baseados na apreciação do crescimento da pilosidade púbica e das glândulas mamárias. Na inspeção dinâmica a realização de manobras é para realçar possíveis retrações e abaulamentos, que podem sugerir ou não processos malignos, bem como, verificar o comprometimento dos planos musculares, cutâneo e gradil costal. São realizadas as manobras solicitando à paciente que eleve lentamente as mãos sobre a cabeça e em seguida baixar e pressionar com as mãos as asas do osso ilíaco bilateralmente, para contrair a musculatura peitoral. A manobra de inclinação do tronco para frente com os braços abertos é útil em pacientes com mamas grandes ou pendulares e para melhor observação de retração do complexo areolopapilar, que pode sugerir malignidade. A palpação envolve as mamas, axilas e fossas supra e intraclaviculares. Deve ser realizada com a paciente em decúbito dorsal, os braços estendidos para trás da cabeça. Com a face palmar da mão, percorrer os quadrantes mamários no sentido horário da porção mais externa a mais interna, até chegar à porção central da mama, onde está o complexo areolopapilar. Pode-se complementar a palpação em caso de dúvida, utilizando a técnica com as polpas digitais em compressões superficiais, médias e profundas. Para se palpar a cadeia axilar esquerda, o braço esquerdo do examinador apoia o braço esquerdo da paciente que deve estar fletido e em ângulo de 90 graus com o tórax. Com a mão 37 direita o examinador palpa a cadeia axilar, nos diferentes níveis, bem como as fossas infra e supraclaviculares. Para se palpar a cadeia axilar direita, fazemos o oposto, e o examinador utiliza a mão esquerda para a palpação. A expressão papilar deverá ser realizada rotineiramente se houver história de secreção espontânea ou presença de nódulos, devendo ser registrado a cor, consistência, quantidade e local exato. 38 AULA PRÁTICA ROTEIRO 10 EXAME CLÍNICO DOS ÓRGÃOS GENITAIS EXTERNOS FEMININOS Procedimentos gerais: Higienizar as mãos Garantir ambiente adequado Explicar o procedimento ao paciente Posicionar o paciente O enfermeiro deverá utilizar as técnicas de inspeção e palpação Materiais necessários: Luvas de procedimento Foco de luz EXAME FÍSICO DOS ORGÃOS SEXUAIS Para o exame da genitália externa, coloca-se a mulher adequadamente em posição ginecológica pedindo a ela que deslize para a ponta na mesa de exame até as nádegas ultrapassarem um pouco a margem da mesa. As coxas devem manter-se em flexão, abdução e rotação externa na altura dos quadris, cobrindo a paciente da metade do abdome até os joelhos, e a cabeça apoiada em um travesseiro. Antes de se iniciar o exame, o examinador deve explicar cada etapa do procedimento, se posiciona sentado de frente para a genitália, com auxílio de foco luminoso já posicionado, mãos enluvadas, evitando movimentos inesperados ou bruscos, agindo sempre de maneira delicada e observando as reações da paciente. O exame da vulva consiste na inspeção do monte de Vênus, os grandes lábios e o períneo. Quando se afasta os grandes lábios, se inspeciona os pequenos lábios lateralmente, o clitóris, o meato uretral, o vestíbulo vulvar, o hímen ou carúnculas himenais e a fúrcula vaginal. A palpação da glândula de Bartholin está indicada se houver uma história de processo infeccioso ou cístico. 39 Realiza-se introduzindo o dedo indicador na vagina, próximo à extremidade posterior do introito e o polegar por fora da parte posterior dos grandes lábios. No caso de adolescentes ou pacientes com suspeitas sindrômicas, avalia-se a presença de pilificação de acordo com os estágios de Tanner. Na inspeção do monte de Vênus observar a distribuição pilosa, que deve ser triangular com a base voltada superiormente, mesmo nas pacientes que realizam depilação. Diante da queixa de prurido, deve-se afastar lesão dermatológica. Nos grandes lábios observar a presença de lesões granulomatosas, herpéticas, condilomatosas, alterações de cor vulvar, doenças epiteliais não neoplásicas ou lesões suspeitas de malignidade. Nos pequenos lábios avaliar simetria e coloração, pois são estrogênios dependentes, bem como podem ser sede de lesões infecciosas e malignas. No clitóris observar o tamanho, pois normalmente mede 1 cm. No meato uretralnotar a presença ou não de carúncula uretral. O vestíbulo vulvar é o espaço limitado anteriormente pelo clitóris, lateralmente pelos pequenos lábios e posteriormente pela fúrcula vaginal, onde estão localizados os orifícios da uretra, das glândulas de Skene e da vagina, que também podem apresentar lesões infecciosas, malignas, distopias genitais, leucorreias. O hímen separa o vestíbulo vulvar da vagina, podendo estar íntegro ou roto, formando as carúnculas himenais. A fúrcula vaginal resulta da fusão dos grandes lábios na região mediana posterior. O períneo é a região entre a fúrcula vulvar e o ânus, necessitando ser avaliado a presença de cicatrizes, pois pode ter sido rompido em parto transpélvico. Para complementar a inspeção, realiza-se a inspeção dinâmica através da manobra de Valsalva, para avaliar distopias genitais e incontinência urinária. 40 AULA PRÁTICA ROTEIRO 11 EXAME CLÍNICO DOS ÓRGÃOS GENITAIS EXTERNOS MASCULINOS Procedimentos gerais: Higienizar as mãos Garantir ambiente adequado Explicar o procedimento ao paciente Posicionar o paciente O enfermeiro deverá utilizar as técnicas de inspeção e palpação. Materiais necessários Luvas de procedimento Foco de luz EXAME FÍSICO DOS ORGÃOS SEXUAIS Para uma melhor inspeção tanto da região inguinal quanto dos órgãos genitais externos, o paciente deverá estar em pé, com as pernas afastadas, e o clínico sentado. Para a região ano-retal, o paciente deverá curvar-se para frente, afastando as nádegas com suas próprias mãos ou, melhor, deve estar deitado em decúbito lateral com leve anteflexão do tronco e da coxa. Observar e palpar cadeias ganglionares e quaisquer outras tumorações, ulcerações, fístulas, fissuras etc. Notar possíveis desvios do eixo peniano, aberturas anômalas da uretra, assimetria testicular, processo inflamatório da bolsa escrotal. Quando for efetuado o toque retal à procura de tumorações, saliências e de alterações da próstata, recomenda-se o uso de lubificantes. 41 AULA PRÁTICA ROTEIRO 12 AVALIAÇÃO DO SISTEMA URINÁRIO Procedimentos gerais: Higienizar as mãos Garantir ambiente adequado Explicar o procedimento ao paciente Posicionar o paciente O enfermeiro deverá utilizar as técnicas de inspeção, percussão e palpação Sinais e Sintomas: Poliúria, Oligúria, Anúria, Polaciúria, Hematúria, Piúria, Dor, Anemia, Aumento de ureia Creatinina plasmáticas, Alteração nos eletrólitos Náuseas e vômitos. Hipovolemia: Estágio • Ganho ponderal • Edema de MMII Hipertensão arterial Anamnese: Queimação, dor, urgência miccional ou hesitação para urinar; Hematúria; Cor e odor da urina Presença de febre nos últimos dias; Dores nas costas – D ou Dores nas costas que irradiam para baixo-ventre e seguem em direção às coxas; Perdas urinárias aos esforços; Sensação de urgência para urinar; Urina residual; Nictúria. Inspeção realizar inspeção da urina: Coloração, Aspecto, Odor, verificar insuficiência renal. Observar edema: Periorbital, Sacral, Extremidades Mudança na coloração da pele Turgescência da pele Estado mental Peso, Débito urinário Observar abaulamentos no flanco e em fossa ilíaca correspondente: Hidronefrose, Tumor renal Retenção Urinária com distensão vesical: Observar se é possível visualizar abaulamento na região suprapúbica, que pode estender-se até a região umbilical. Percussão da Bexiga: Sua realização se dá na região suprapúbica 5 cm acima da sínfise púbica Percussão direta ou indireta. 42 Referencia 1. BRASIL. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA – ANVISA. Assistência Segura: Uma Reflexão Teórica Aplicada à Prática. Série Segurança do Paciente e Qualidade em Serviços de Saúde. Brasília, 2013. 2. BRASIL. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA – ANVISA. Higienização das Mãos em Serviços de Saúde. Brasília, 2007. Disponível em: Acesso em: 21 mar. 2013. 3. BRASIL. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA – ANVISA. RDC n°. 42, de 25 de outubro de 2010. Dispõe sobre a obrigatoriedade de disponibilização de preparação alcoólica para fricção antisséptica das mãos, pelos serviços de saúde do país e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 26 out. 2010. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Disponível em: http://www.anvisa.gov. br/servicosaude/controle/higienizacao_oms/Folder%20quando%20e%20como%20fazer. pdf. Acesso em 27 mar. 2018. IMAGENS: http://enfermagemcontinuada.blogspot.com.br/2011/03/tecnica-de- calcarluva-esteril.html KAWAMOTO, Emília Emir; FORTES, Julia Ikeda; TOBASE, Lucia. Fundamentos de Enfermagem. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. POSSO, Maria Belém Salazar. Semiologia e Semiotécnica de Enfermagem. São Paulo: Atheneu, 2010.
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