Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Motricidade: · Neurônio motor superior ou 1º neurônio motor – via piramidal; · Neurônio motor inferior ou 2º neurônio motor – via periférica; Síndrome do neurônio motor superior · Córtex, tronco encefálico e medula espinhal; · Lesões resultantes de: · AVE; · TCE; · Esclerose múltipla; · Paralisia cerebral; · Lesões medulares. · O quadro de disfunção motora de pacientes com LMNS envolve posturas e padrões de movimentos atípicos, lentidão e coordenação pobre, fraqueza muscular, aumento da resistência das articulações à movimentação passiva (hipertonia) – espasticidade; · Tanto alterações na motricidade quanto exacerbação nos reflexos. · Evidências que a fraqueza, lentidão do movimento, perda de habilidade e fadiga são mais incapacitantes para o paciente que as alterações do tônus muscular ou a hiperreflexia. · Ainda não há evidencia de que alguma terapia manual melhore a espasticidade a longo prazo. Fatores negativos · Fatores negativos = habilidades que foram perdidas com a lesão. · Fibras descendentes insuficientes para as unidades motoras finas. · Essa insuficiência resulta em fraqueza (perda da força da ação muscular voluntária), lentidão do movimento, perda de destreza e coordenação; · Quando o sistema está em choque (após uma lesão de início agudo) pode haver uma depressão profunda da função motora, onde todos os músculos afetados estão envolvidos. · Nesse caso, temos uma hiporreflexia (arreflexia), hipotonia, flacidez, paralisia e paresia flácida temporária; · Fatores negativos deveriam ser o foco do treinamento em reabilitação!! Fraqueza muscular · O trato piramidal é a via dos movimentos voluntários e qualquer interrupção pode produzir um déficit considerável; · A força muscular produzida é dependente do número e do tipo de unidades motoras recrutadas e do músculo em si; · Aumenta-se a força muscular por meio do aumento de unidades motoras recrutadas e do músculo em si; · Após uma lesão, ocorre um decréscimo na frequência e disparo e na tensão gerada pelas unidades motoras – unidades motoras adicionais precisam ser recrutadas; · O grau de fraqueza pode diferir entre grupos musculares distintos – maior déficit nos músculos motores principais; · Ex: músculos flexores dos MMII tendem a ser mais fracos do que os extensores; · Ex: Músculos distais da mão (incluindo os que cruzam o punho) possuem uma inervação piramidal mais densa, causando maior déficit na manipulação e preensão, além de maior fraqueza nos músculos intrínsecos da mão. Perda da destreza · Habilidade para fracionar os movimentos, fazer movimentos independentes particularmente para a manipulação fina; · Habilidade de solucionar qualquer tarefa motora racional, precisa, rápida e hábil; · Destreza depende de uma transferência rápida e sustentada na informação sensoriomotora entre os neurônios do córtex e da medula. Fatores positivos · Coisa que a pessoa não tinha e passou a ter; · Reflexos proprioceptivos e cutâneos anormais; · Sinais de exacerbação dos reflexos proprioceptivos – ex: sinal de canivete (componente velocidade-dependente); · Sinais de exacerbação dos reflexos tendionosos -ex: clônus; · Sinais de exacerbação dos reflexos cutâneos – ex: reflexo de Babinski. Espasticidade · Tem um curso relativamente lento após uma lesão inicial (exceto quando a lesão é no tronco encefálico); · Em um AVE, pode-se esperar cerca de 4 a 6 semanas para a espasticidade se instalar; · Vários estudos sustentam a ideia que a hiperreflexia e espasticidade não são o maior fator limitante na LNMS; · O trabalho de força – aumenta a força e diminui a hipertonia. Comportamento adaptativo · A resistência ao movimento passivo não é apenas causada por mecanismos neurais e sim por alterações nas propriedades mecânicas das fibras musculares e dos tendões · Provavelmente causada pela imobilidade e o desuso. · Trabalhar força vai melhorar a movimentação passiva do paciente; · O posicionamento anormal do indivíduo refletirá a imobilidade, as alterações nos tecidos moles pelo desuso e as adaptações do comprimento de repouso dos músculos; · Desequilíbrio entre os grupos musculares mais fortes e mais fracos. Intervenção clínica · Evidências apontam que a incapacidade será menos grave se a extensibilidade dos tecidos moles puder ser mantida e a reabilitação enfatizar o treinamento do controle da atividade muscular relacionado à tarefa. · Um indivíduo com hemiplegia precisa ser estimulado a utilizar o membro acometido, ao invés de mantê-lo imobilizado por longos períodos do dia; · Não há evidência que a inibição da espasticidade irá resultar numa melhora do desempenho. · O treino orientado à tarefa, principalmente relacionado às AVDs, oferece ao sistema (SNC) a oportunidade de reajustar-se e reaprender um padrão de atividade neuromotora que seja relevante ao objetivo individual do paciente; · SMART; · Reabilitações mais recentes objetivam em reaprender o controle motor, desenvolver força e resistência durante o movimento funcional; · A recuperação (reorganização neural) pode ser mais bem estimulada pelo paciente que pratica tarefas sob condições similares às da vida real. · A reabilitação neurológica não deve apenas começar precocemente, mas deve também ser ativa. · É provável que um processo de reabilitação precoce possa prevenir ou minimizar as alterações adaptativas musculoesqueléticas e comportamentais associadas aos fatores negativos. · O treinamento físico intensivo afeta de forma positiva os processos de recuperação, por outro lado, a imobilidade e um ambiente não desafiador podem afetar negativamente estes processos; · O comprimento dos tecidos moles deve ser mantido, de preferência, por meios ativos; · Quando os pacientes estão inconscientes ou paralisados, o uso de talas e estimulação elétrica podem ser utilizadas. Conclusão · As principais deficiências primárias são a perda da geração de força e da coordenação muscular sinérgica; · O decréscimo da hiperreflexia não habilita uma nova ação a ser aprendida; · Exercícios de fortalecimento estão associados a um decréscimo na hiperreflexia; · A reabilitação deve ser direcionada para: · Treinamento e prática intensivos, incluindo exercícios relacionados à tarefa para obtenção de atividade e fortalecimento muscular; · Controle da geração de força e da atividade muscular sinérgica; · Prevenção do comprimento e extensibilidade (flexibilidade) dos tecidos. Síndrome do Neurônio Motor Inferior · Do corno anterior ao músculo; · Lesões resultantes de: · Amiotrofia muscular espinhal (AME); · Poliomielite; · Neurite óptica; · Síndrome de Guillain Barré. Síndrome do 1º neurônio motor / neurônio motor superior · Déficit motor; · Espasticidade; · Hiperreflexia; · Pouca atrofia muscular (inicialmente); · Com fasciculações – tremedeira no músculo; · Babinski presente Síndrome do 2º neurônio motor / neurônio motor inferior · Déficit motor; · Flacidez; · Hiporreflexia; · Acentuada atrofia muscular; · Sem fasciculações; · Babinski ausente.
Compartilhar