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Universidade Estadual do Maranhão Núcleo de Tecnologias para Educação Curso de Licenciatura em Música Edna de Jesus P. Oliveira Elizandra Silva Santos Erinaldo Pinheiro Sousa Jefferson Aquiles R. Conceição José Mário Sousa Ribeiro Roberto Carvalho de Oliveira Prática Curricular na Dimensão Escolar: Artigo Carutapera 2021 INFOMÁTICA NO AMBIENTE ESCOLAR. RESUMO Este artigo é resultado de uma pesquisa desenvolvida ao longo da disciplina Prática Curricular na Dimensão Escolar, disciplina esta que tem por finalidade despertar o interesse nos alunos pela iniciação científica e estimular a prática investigativa com autonomia. Assim sendo, este estudo tem como principal objetivo relatar a importância da Informática no ambiente escolar, como ferramenta pedagógica, e sua contribuição para a educação. Como objetivos específicos, buscar-se-á identificar as vantagens e desvantagens de ter tal recurso a disposição de toda sociedade escolar, esclarecer a necessidade do profissional licenciado em Informática e de seus cursos de formação. Através da pesquisa, foi possível esclarecer a relevância que a Informática tem, bem como compreender as vantagens que apresenta no uso de softwares educativos em sala de aula. Através dessa abordagem, percebeu-se ainda mais a necessidade do profissional licenciado em Informática e do uso da disciplina interdisciplinarmente nas escolas. PALAVRAS-CHAVE: Informática. Educação. Aprendizagem. Aula. Escolas. 1 - INTRODUÇÃO O presente artigo tem como principal proposta abordar não só a importância das ferramentas tecnológicas da informática no processo de ensino-aprendizagem, mas também nos ambientes organizacionais e em outras áreas de atuação. Desta forma, esta pesquisa proporciona um novo olhar acerca do papel que a Informática exerce no Ambiente Escolar e sua contribuição para a aprendizagem do aluno como também na formação continuada do professor, Souto (2007) afirma que a informática é essencial para a busca do conhecimento e também na busca profissional. O Brasil vem, desde o ano de 1993, tentando implantar, através de projetos de lei, a Informática no contexto escolar. O que ainda não ocorreu. No ano de 2007, o até então deputado Fábio Souto, do Partido da Frente Liberal (PFL) da Bahia, lançou o Projeto de Lei 162/07 que tornou a Informática disciplina obrigatória na parte diversificada dos currículos do Ensino Médio. No entanto a proposta do deputado altera o artigo 26 da Lei de Diretrizes e Bases Da Educação (LDB, Lei 9.394/96). Pois, de acordo com o artigo 26, os currículos do ensino fundamental e do ensino médio devem ter uma base comum nacional e uma parte diversificada em cada sistema escolar, ou seja, teríamos que ter uma mesma base de educação para todos nacionalmente e outra diferenciada apenas por região, cultura, sociedade e economia, o que não é assegurado pela LDB, uma vez que para ela a educação precisa ser igual para todos. Pois definir uma disciplina como obrigatória não deve ser uma decisão apenas de um Estado e sim de toda uma sociedade. A partir de 1997 vários cursos de Licenciatura de Informática passaram a fazer parte de cursos superiores de graduação no Brasil, onde o primeiro a ser implantado foi na própria capital do país, Brasília (UnB). Anos depois com a realização do censo pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) mostrou que no Brasil existia setenta cursos de Licenciatura em Computação e Informática. Levando o então deputado federal pelo Partido Democrata (DEM) da Paraíba, Efraim Filho, declarar o quão contraditório é o governo, pois segundo ele, o Estado proporciona cursos de Licenciatura em Computação e Informática ao mesmo tempo que não torna o aprendizado obrigatório para todos, prejudicando a aprendizagem do aluno quanto a sua socialização com a ferramenta pedagógica, tardando assim o seu desenvolvimento. Nesse contexto questiona-se: qual a importância da atuação da informática no ambiente escolar como ferramenta pedagógica? Como essa tecnologia da informação tem contribuído para o aprendizado da educação? Quais as principais ferramentas digitais para uso em sala de aula. Neste sentido o presente artigo tem como objetivos: a) abordar as principais vantagens da informática na sala de aula; b) identificar as ferramentas tecnológicas que auxiliam no processo de aprendizagem do aluno; c) fazer uma abordagem crítica a respeito da falta de investimento nas escolas públicas bem como a falta de matérias apropriados para o uso tecnológico dos alunos. Justifica-se a pesquisa a partir da necessidade da praticada investigação científica, bem como o necessário diálogo da teoria e prática. Busca-se investigar a atuação da informática como ferramenta pedagógica a fim de mostrar como tal prática enriquecedora no que diz respeito ao processo ensino-aprendizagem e nas demais áreas de atuação. O presente trabalho trata-se de um estudo teórico que busca viabilizar discursões conceituais e ressignificação de conhecimento acerca do tema estudado. Os procedimentos metodológicos foram baseados na seleção e leitura de estudos focados em Informática, A Introdução da Informática no Ambiente Escolar, A Informática na Educação contribuindo para o processo de revitalização Escolar, as novas Tecnologias como Ferramentas no Incentivo a Escrita e a leitura, Informática nas Escolas e LDB em fontes de pesquisas diversas de dados digitais e bibliotecas. A IMPORTÂNCIA DA INFORMÁTICA COMO FERRAMENTA PEDAGÓGICA. Desde do surgimento da tecnologia ela só vem crescendo e adquirindo mais importância não só no nosso dia a dia, mas também no cenário educacional. Hoje vivemos em um mundo muito mais tecnológico e, assim, a informática torna-se um fator muito importante na inclusão digital da nossa sociedade e principalmente para a educação. Fróis (1994) afirma que: Os recursos atuais da tecnologia, os novos meios digitais: a multimídia, a Internet, a telemática, trazem novas formas de ler, de escrever, e portanto, de pensar e agir. O simples uso de um editor de textos mostra como alguém pode registrar seu pensamento de forma distinta daquela do texto manuscrito ou mesmo datilografado, provocando no indivíduo uma forma diferente de ler e interpretar o que escreve, forma esta que se associa, ora como causa, ora como consequência, a um pensar diferente (FRÓES, 1994, p. 18). Ante esta afirmação acima, percebemos o quão importante a informática se faz no mundo atual que contribui para mudanças significativas na maneira de como planejar ou estudar determinada disciplina e também no comportamento e nas formas de pensar e agir. Jonassen, no livro Using Mindtools to Develop Critical Thinking and Foster Collaboration in Schools, (Usando Ferramentas Mentais para o Desenvolver o Pensamento crítico e Promover a Colaboração nas Escolas). A firma que a aprendizagem pode ser classificada das seguintes formas: • Aprender acerca da tecnologia (learning about) – onde a própria tecnologia constitui, ela própria, objeto de aprendizagem (Computer Literacy; conhecimentos e competências necessários para professores e alunos poderem utilizar uma determinada tecnologia); • Aprender através da tecnologia (learning by) - nesta categoria, inclui- se o software que permite que o aluno aprenda ensinando o computador (por exemplo, programando o computador através de linguagens como BASIC ou o LOGO); • Aprender com a tecnologia (learning with) - neste caso, o aluno aprende usando as tecnologias como ferramentas queo apoiam no processo de reflexão e de construção do conhecimento (ferramentas cognitivas). Aqui, a questão determinante não é a tecnologia em si mesmo, mas a forma de encarar essa mesma tecnologia, usando-a sobretudo como estratégia cognitiva de aprendizagem (JONASSEN, 1996, p. 23-40, Cap. 2). É necessário não só conhecer a informática, mas também entendê-la. Para isso, vamos conhecer um pouco das suas vantagens e desvantagens. Uma das suas grandes e principais vantagens da informática é, os recursos visuais que dispõe. As imagens, as cores, os movimentos e suas animações dão vida ao ensino por intermédio tecnológico e se mostram diferente ao ensino tradicional, estático e monótono dos livros e quadros que vivenciamos por décadas. Uma outra vantagem de grande realce é a velocidade que temos ao usar softwares na educação, que ao aprendermos algum conteúdo através de softwares específicos temos resposta de maneira eficaz. Ainda, podemos citar a flexibilidade como grande vantagem da informática. Ao elaborarmos textos digitais, temos uma dinâmica mais bem aplicada (os textos podem ter movimentos, por exemplo) e na edição. Ao contrário dos textos escritos que são estáticos e de difícil e trabalhosa edição. No entanto, a informática também tem suas desvantagens. Onde a principal é o comodismo criado nas pessoas diante de algumas das suas vantagens. A informática dá a vantagem da velocidade e da facilidade da criação e ao mesmo tempo nasce a desvantagem diante o comodismo da população. Outra desvantagem é a falta de conhecimento que as pessoas têm dos softwares e da internet, o que impossibilita um uso mais apropriado. Concluímos que a maior e porque não dizer única desvantagem só existe quando a informática é usada de maneira inadequada. Pois tudo depende do bom senso de cada um ao utilizar essa tecnologia, a informática, a internet e todas as facilidades que estas nos proporcionam. A informática como ferramenta pedagógica faz-se necessária a partir do momento em que necessitamos de conhecimentos em softwares para a vida em sociedade. Como o que notamos na atualidade. Afinal, cada vez mais essa tecnologia tem se feito presente em nossas vidas, pois até nos caixas bancários e celulares necessitam cada vez mais de usuários capacitados para poder usá-los. Diante a toda essa modernidade tecnológica, vemos a necessidade de inserir a informática no contexto educacional em diversas áreas a fim de construir conhecimento para o uso das diversas ferramentas e linguagens no contexto escolar e também no dia a dia. Mas para que esse conhecimento venha se tornar mais eficaz, é necessário que o Governo venha atuar de forma precisa com os diversos Programas e Projetos para implantação dessa tão importante tecnologia nas diversas escolas públicas brasileiras, proporcionando assim uma educação de maior qualidade, onde um desses projetos é, Um Computador por Aluno (UCA). O UCA foi apresentada ao Governo Brasileiro como One Laptop per Child (OLPC), projeto desenvolvido pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT), no início do ano de 2005 em um Fórum Econômico Mundial em Davos na Suíça. Somente no ano de 2007, em 25 de janeiro, ocorreu o lançamento oficial do Projeto piloto do UCA no Instituto de Psicologia da UFRGS. Segundo o portal brasileiro do UCA, este tem como principal objetivo “ser um projeto Educacional utilizando tecnologia, inclusão digital e adensamento da cadeia produtiva comercial no Brasil”. A INTERNET E A EDUCAÇÃO A internet se destaca pelas inúmeras possibilidades que se tem ao processar as informações, diversidade das mesmas, facilidade para obtê-las, acesso às pesquisas e seus resultados e facilidade de comunicação com pessoas de todo o mundo. Nota-se atualmente que educando e o educador podem fazer suas pesquisas em buscar novas informações nas diversas fontes espalhadas pelas mais diversas localizações geográficas, assim como trocar ideias com seus colegas sobre os mais diversos assuntos, entre outras funções. Entende-se que a Internet contribui de maneira expressiva para o enriquecimento dos ambientes de aprendizagem, oferecendo uma imensa fonte de informação e de comunicação, como jamais se viu, extrapolando inclusive as barreiras de ordem geográfica em tempo real, numa escola na qual não mais se tem o professor como a única nem a principal fonte de onde emana o saber. Moran (1998) comenta a questão, ao afirmar que: “Com a chegada da Internet nos defrontamos com novas possibilidades, desafios e incertezas no processo de ensino- aprendizagem”. Não podemos esperar das redes eletrônicas a solução mágica para modificar profundamente a relação pedagógica, mas vão facilitar como nunca antes a pesquisa individual e grupal, o intercâmbio de professores, de alunos com alunos, de professores com alunos. A internet propicia a troca de experiências, de dúvidas, de materiais, as trocas pessoais, tanto de quem está perto como longe geograficamente. A internet pode ajudar o professor a preparar melhor a sua aula, ampliar as formas de lecionar, a modificar o processo de avaliação e de comunicação com o aluno e com os seus colegas. Não deixamos, entretanto, de considerar que a internet, como qualquer outra tecnologia, não pode transformar, decisivamente, por si só, a relação ensino-aprendizagem, mas sim propiciar recursos que tendem a alargar e melhorar esta relação, uma vez que sejam incluídas no processo educacional, e não apenas na escola. Cabe ao professor coordenar todo este processo, orientando o trabalho dos alunos e fazendo da aula, ao invés de um espaço de transmissão de informações, agora um espaço de discussões, críticas e construções. Como salienta Moran (1998): “A aula se converte num espaço real de interação, de troca de resultados, de comparação de fontes, de enriquecimento de perspectivas, de discussão das contradições, de adaptação dos dados à realidade dos alunos. O professor não é o “informador”, mas o coordenador do processo de ensino-aprendizagem. Estimula, acompanha a pesquisa, debate os resultados”. A informática educativa deve caminhar na direção de ser cada vez mais reconstrutiva, que supere a simples transmissão de conhecimento. Portanto, vale lembrar que o uso da internet, bem como de qualquer outro recurso computacional, não resolve o problema se a escola não tiver clareza em sua proposta pedagógica, em seus objetivos no uso das tecnologias e se o professor não tiver competência necessária para ensinar ou se os estudantes não quiserem aprender. A formação de professores capazes de utilizar o computador como uma ferramenta nas práticas educativas, portanto, exige a capacitação técnica e uma prática reflexiva. É necessário que os professores modifiquem suas atitudes pedagógicas diante da informática educativa, a qual pode ser uma aliada muito importante nesta sua nova função, colocando o aluno num papel mais ativo diante do seu processo de aprendizagem. FERRAMENTAS TECNOLÓGICAS PARA EDUCAÇÃO A tecnologia tem potencial transformador e em um contexto onde as conexões virtuais são responsáveis pela circulação em tempo real de um leque infinito de informações que pode efetivamente se transformar em caminhos para aprendizagem, o maior desafio é produzir conhecimento investindo no protagonismo de jovens cada vez mais antenados com as mudanças de seu tempo. Hoje em dia o domínio da tecnologia representa um dos principais meios de inserção social e em um ambiente escolar onde a aprendizagem contempla este aspecto da realidade, o conjunto de suas influências e as inter-relações que se estabelecem com os objetos de aprendizagem potencializa o desenvolvimento das habilidades cognitivas. Na educação, já algum tempo vem sendo inserido o uso de tecnologia para melhorar o processo ensino aprendizagem. Vídeos, retroprojetores, microcomputadores, filmadoras, câmeras e impressoras foramos primeiros. Mas atualmente, temos uma variedade ainda maior de aparelhos, periféricos, aplicativos, softwares, sites que quando bem utilizados, com proposta e planejamento bem direcionados, completam o fazer pedagógico. Smartphones, tablets, notebooks, mesa digital, lousa digital, caneta digital, aplicativos, softwares, makerspaces, portais, sites, plataformas. Além dessas supracitadas, existem centenas de outras de ferramentas interessantíssimas e que se bem usadas e ancorado em um bom planejamento vão ser úteis no seu dia-a-dia. São itens que facilitam a resolução de atividades cotidianas tanto do aluno como do professor. Essas ferramentas digitais trazem mais interatividade e praticidade para dentro das salas de aula, atraindo a atenção de alunos, principalmente os que nasceram no contexto dessa revolução tecnológica; que facilitam o aprendizado por meio de novas formas de ensino; ou tendências que podem parecer distantes do nosso cotidiano, mas vêm sendo estudadas e serão presença certa nas escolas em algum tempo. Tudo isso, claro, pensando nos principais propósitos da educação – compartilhar o conhecimento e formar cidadãos. Nesse contexto, visando esse leque de possibilidades e diversidades de ferramentas digitais, e cada vez mais presente no âmbito educacional, torna-se primordial que escola proporcione isso ao aluno. Essas ferramentas tecnológicas possibilitam cada vez mais uma mudança significativa no modo de ensinar. As ferramentas digitais na aprendizagem se transformaram em um grande desafio para escolas, estudantes e professores. CONCLUSÃO Analisar a Informática como ferramenta pedagógica é um importante passo para o reconhecimento da luta de toda uma comunidade escolar que buscam vencer ao longo dos tempos. A Informática na Educação tem como principal objetivo utilizar o computador e a internet como recurso didático para as práticas pedagógicas, tanto na disciplina de Informática como nos outros componentes curriculares. Sendo assim, a Informática, quando introduzida nas escolas, proporciona aos educadores e educandos uma oportunidade de melhorar e ampliar a construção do conhecimento necessário para o mundo tecnológico de hoje em dia. Portanto, conclui-se que a Informática como ferramenta pedagógica faz-se necessária diante de toda esta realidade. Cabendo agora, a cada um de nós, fazer a nossa parte e lutar em favor disso para que possamos ter uma sociedade inserida no mundo informatizado e utilizando eficazmente suas ferramentas que existem e continuarão a existir e a evoluir cada vez mais. REFERÊNCIAS CARNEIRO, R. Informática na Educação: Representações sociais no cotidiano. São Paulo: Cortez, 2002. PAIS, L. C. Educação Escolar e as Tecnologias da Informática. Belo Horizonte: Autêntica, 2002. ANDRADE, Maria Margarida de. Introdução à metodologia do trabalho científico: elaboração de trabalhos na graduação. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2001. LEI Nº 9.394, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm>. Acesso em: 13 jun. 2010. SETTE, S. S. e AGUIAR, M. A. e SETTE, J. S. A., Licenciatura em Informática - Uma Questão em Aberto, Revista Brasileira de Informática na Educação, < http://bibliotecadigital . sbc .org.br/download.php?paper=928 > . , n° 1, Setembro, 1997 JONASSEN, D. Using Mindtools to Develop Critical Thinking and Foster Collaboration in Schools, In: D. JONASSEN (1996) Computers in the Classroom: Mind tools for criticalthinking, OH: Merrill/ Prentice Hall, Columbus, pp. 23-40 (Cap. 2), 1996. MORAN, J.M. Como Utilizar a Internet na Educação. Revista Ciência da Informação. v. 26, n.2 maio/ago, Brasília, 1997. MORAN, J.M. Mudanças na Comunicação pessoal: gerenciamento integrado da comunicação pessoal, social e tecnológica. São Paulo: Paulinas, 1998.
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