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METODOLOGIA_DO_TRABALHO_CIENTIFICO

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1 
 
METODOLOGIA DO TRABALHO 
CIENTÍFICO 
 
2 
 
 
Caro(a) aluno(a), 
 
 
A Faculdade Anísio Teixeira (FAT), tem o interesse contínuo em 
proporcionar um ensino de qualidade, com estratégias de acesso aos saberes 
que conduzem ao conhecimento. 
 
Todos os projetos são fortemente comprometidos com o progresso educacional 
para o desempenho do aluno-profissional permissivo à busca do crescimento 
intelectual. Através do conhecimento, homens e mulheres se comunicam, têm 
acesso à informação, expressam opiniões, constroem visão de mundo, 
produzem cultura, é desejo desta Instituição, garantir a todos os alunos, o direito 
às informações necessárias para o exercício de suas variadas funções. 
 
Expressamos nossa satisfação em apresentar o seu novo material de estudo, 
totalmente reformulado e empenhado na facilitação de um construtor melhor 
para os respaldos teóricos e práticos exigidos ao longo do curso. 
 
Dispensem tempo específico para a leitura deste material, produzido com muita 
dedicação pelos Doutores, Mestres e Especialistas que compõem a equipe 
docente da Faculdade Anísio Teixeira (FAT). 
 
Leia com atenção os conteúdos aqui abordados, pois eles nortearão o princípio 
de suas ideias, que se iniciam com um intenso processo de reflexão, análise e 
síntese dos saberes. 
 
Desejamos sucesso nesta caminhada e esperamos, mais uma vez, alcançar o 
equilíbrio e contribuição profícua no processo de conhecimento de todos! 
 
 
Atenciosamente, 
 
Setor Pedagógico 
 
3 
 
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO.....................................................................................................................5 
2. CONHECIMENTO E SEUS NÍVEIS.................................................................................6 
2.1 O QUE É CONHECIMENTO?.................................................................................6 
2.2 TIPOS DE CONHECIMENTOS...............................................................................6 
2.3 CONHECIMENTO EMPÍRICO...............................................................................6 
2.4 CONHECIMENTO FILOSÓFICO...........................................................................7 
2.5 CONHECIMENTO TEOLÓGICO...........................................................................7 
2.6 CONHECIMENTO CIENTÍFICO............................................................................7 
3. CIÊNCIA................................................................................................................................9 
3.1 CARACTERÍSTICAS DA CIÊNCIA.......................................................................9 
3.2 DIVISÃO DA CIÊNCIA...........................................................................................9 
3.3 ASPECTOS LÓGICOS DA CIÊNCIA....................................................................10 
3.4 CLASSIFICAÇÃO DAS CIÊNCIAS......................................................................11 
4. MÉTODO CIENTÍFICO....................................................................................................12 
4.1 MÉTODO CIENTÍFICO E CIÊNCIA.....................................................................12 
4.2 MÉTODO DEDUTIVO...........................................................................................13 
4.3 MÉTODO INDUTIVO............................................................................................14 
5. PROJETO DE PESQUISA................................................................................................15 
5.1 O QUE OBSERVAR EM PESQUISA....................................................................15 
5.2 TIPOS DE PESQUISA............................................................................................15 
5.3 PESQUISA EXPLORATÓRIA/ BIBLIOGRÁFICA..............................................16 
5.4 PESQUISA DESCRITIVA......................................................................................17 
5.5 PESQUISA EXPERIMENTAL...............................................................................17 
6. FASES DA PESQUISA.......................................................................................................18 
6.1 QUANTO À ESCOLHA DO TEMA......................................................................19 
6.2 HIPÓTESE DE PESQUISA....................................................................................21 
6.3 OBJETIVO DE PESQUISA....................................................................................21 
6.4 ESTUDOS QUANTITATIVOS..............................................................................22 
 
4 
 
6.5 ESTUDOS QUALITATIVOS.................................................................................23 
6.6 MÉTODO DE COLETA DE DADOS....................................................................24 
6.7 FORMULÁRIO DE COLETA DE DADOS..........................................................25 
6.8 AMOSTRAGEM DE PESQUISA..........................................................................26 
6.9 ELABORAÇÃO DOS DADOS..............................................................................27 
6.10 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS.................................................28 
6.11 RELATÓRIO DE PESQUISA..............................................................................28 
7. ARTIGO CIENTÍFICO......................................................................................................30 
8. MONOGRAFIA..................................................................................................................34 
8.1 ESTRUTURA DA MONOGRAFIA......................................................................35 
8.2 DETALHANDO OS ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS.........................................36 
8.3 ELEMENTOS TEXTUAIS.....................................................................................40 
8.4 REFERÊNCIAS......................................................................................................41 
8.5 APÊNDICE.............................................................................................................43 
8.6 ANEXO...................................................................................................................43 
9. CITAÇÕES DIRETAS E INDIRETAS ............................................................................45 
9.1 CITAÇÕES INDIRETAS OU LIVRES..................................................................47 
9.2 CITAÇÃO DA CITAÇÃO......................................................................................47 
10. FORMATO DO TRABALHO ACADÊMICO...............................................................49 
11. TRABALHOS ACADÊMICOS........................................................................................51 
11.1 FICHAMENTO.....................................................................................................51 
11.2 RESUMO...............................................................................................................52 
11.3 RESENHA.............................................................................................................53 
12. RECOMENDAÇÕES PARA EVITAR O PLÁGIO......................................................55 
13. REFERÊNCIAS................................................................................................................57 
 
 
 
 
 
5 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
Este material não tem a pretensão de abranger todas as questões envolvidas em 
Metodologia Científica. Nosso objetivo, ao apresentar a disciplina Metodologia Científica é, 
antes de tudo, estimular os alunos para que busquem motivações em seus novos conhecimentos 
e que possa encontrar respostas às suas dúvidas. Pensando desta forma, podemos dizer que o 
conhecimento reside na busca e aquisição de informação para a solução de problemas 
experienciais e vivenciais. Desse modo, o método científico é fundamental comoforma de obter 
conhecimento. É o método que distinguirá os tipos de conhecimentos que o ser humano se 
apropria. Nesse compasso, concordamos com Aristóteles (1999), que viveu entre 384 e 322 
a.C., quando diz "[...] aprender é o maior dos prazeres, não só para o filósofo, mas também para 
o resto da humanidade [...]" 
Em linguagem direta, podemos dizer que esta disciplina, Metodologia Científica, tem 
como objetivo principal, ensinar o caminho e os procedimentos para que se atinjam os melhores 
resultados nos estudos (pesquisa). Esse caminho poderá ser árduo e doloroso para aqueles (as) 
que não tiverem disciplina e objetividade. Porém, com seriedade, respeito e obediência às regras 
e procedimentos do trabalho científico, os objetivos encontrarão enorme possibilidades para o 
sucesso. Em suma, os melhores resultados de uma pesquisa, ocorrem, quando, geralmente, 
esses resultados são frutos de uma pesquisa, e onde são utilizados os procedimentos 
metodológicos, e onde haja fidedignidade e obediências às regras cientificas! 
Por fim, mesmo sabendo que nunca conheceremos a verdade absoluta, e que muitas 
vezes a interpretação de verdades gera erros, podemos dizer que é através da ciência, e, portanto, 
utilizando seus procedimentos metodológicos que nos aproximaremos dela com mais correção. 
 
 
 
 
6 
 
2 CONHECIMENTO E SEUS NÍVEIS 
2.1 O QUE É CONHECIMENTO? 
Pode-se dizer que conhecimento é a tomada de consciência de um mundo vivido pelo 
homem, isto é, consciência de si a partir do mundo perceptível e intelectivo do ser pensante. 
Podemos dizer, também, que o conhecimento é agente transformador da realidade. Quando 
perguntamos o que é conhecimento, podemos dizer que é uma relação que se estabelece entre 
o sujeito que conhece e o objeto conhecido, ou seja, só conheço quando me relaciono com o 
objeto conhecido. Em outras palavras, no processo de conhecimento o indivíduo se apropria 
daquilo que conhece (BARROS; LEHFELD, 1990). 
 
2.2 TIPOS DE CONHECIMENTOS 
Pelo conhecimento o homem penetra as diversas áreas da realidade para dela tomar 
posse. Assim podemos dizer que conhecer é incorporar um conceito novo, sobre um fato ou 
fenômeno qualquer. Agora também pode-se dizer que há várias formas de se obter o 
conhecimento, e que esse conhecimento apresenta níveis e estruturas diferentes em sua própria 
constituição. Cada nível de estrutura do conhecimento tem a sua complexidade, umas mais, 
outras menos, porém devemos considerar sempre as relações existentes entre o objeto 
conhecido e o conhecedor deste objeto. Finalizando, pode-se dizer que por sermos os únicos 
seres capazes de aplicar o que aprendemos, acabamos por criar sistemas de símbolos, como a 
linguagem, para registrar nossas próprias experiências e passar para outros seres humanos. 
O conhecimento, de modo mais direto, pode ser visto como uma só designação, porém, 
tende-se a separá-los em: Conhecimento Empírico, Conhecimento Filosófico, Conhecimento 
Teológico e Conhecimento Científico. 
 
2.3 CONHECIMENTO EMPÍRICO 
 
O conhecimento empírico, também chamado popular ou de senso comum, tem como 
característica fundamental ser superficial por acontecer através de informações ou experiências 
casuais. Além disso, o conhecimento empírico é ametódico e assistemático, ou seja, sem 
método e sem nenhum rigor organizativo das experiências próprias e das ideias. Desse modo, 
o conhecimento empírico acaba sendo resultado de suposições e de experiências pessoais, sem 
 
7 
 
levar em consideração aspectos da verificação e do rigor sistemático. Podemos dizer que outro 
aspecto do conhecimento empírico, é pelo fato de ser inexato, e, uma vez que não pode ser 
verificável, pode comprometer o próprio objeto deste conhecimento. 
 
2.4 CONHECIMENTO FILOSÓFICO 
 
Para falar do conhecimento filosófico, é preciso que pensar na ideia de conhecimento 
filosófico a partir de conceitos subjetivos, isto é, o conhecimento especulativo que produz uma 
busca constante do sentido das coisas e do mundo. Segundo Trujillo, conhecimento filosófico só 
pode ser valorativo, pois seu ponto de partida consiste em hipóteses, que não poderão ser 
submetidas à observação. Por outro lado, essas hipóteses filosóficas baseiam-se na experiência, o 
que nos leva a dizer que esse conhecimento emerge da experiência e não da experimentação, por 
isso o conhecimento filosófico é não verificável, já que seus anunciados das hipóteses filosóficas, 
ao contrário do que ocorre da ciência, não podem ser confirmadas nem refutadas. (TRUJILLO, 
1994). 
 
2.5 CONHECIMENTO TEOLÓGICO 
 
O conhecimento teológico, isto é, o religioso, é conhecimento que se revela através da 
fé divina ou crença religiosa. Esse tipo de conhecimento exige a autoridade divina, de forma 
direta ou indireta. Pode-se dizer também que, o conhecimento religioso não pode ser 
confirmado ou negado, como por exemplo, ocorre no conhecimento científico. Esse tipo de 
conhecimento depende da formação moral e das crenças de cada indivíduo. 
O conhecimento religioso ou teológico apoia-se em doutrinas que contêm proposições 
sagradas, ou seja, proposições valorativas, por terem sido reveladas pelo sobrenatural, ou 
melhor, o inspiracional e, por essa razão, as verdades produzidas por este tipo de conhecimento 
são consideradas infalíveis e indiscutíveis (exatas). 
2.6 CONHECIMENTO CIENTÍFICO 
O conhecimento científico, diferentemente do conhecimento empírico, se destaca por 
buscar as causas e a leis dos fenômenos existentes. Este tipo de conhecimento se caracteriza 
especialmente por ter um procedimento metódico em suas investigações. 
 
8 
 
O conhecimento científico é: “... o aperfeiçoamento do conhecimento comum e 
ordinário e é obtido através de um procedimento metódico; o qual mobiliza explicações 
rigorosas e ou plausíveis sobre o que se afirma sobre um objeto da realidade”. (GALLIANO, 
1999, p. 21). Sendo assim, o conhecimento científico, além de ater-se aos fatos, é: racional e 
objetivo, factual, analítico, verificável, organizado, sistemático, explicativo, constrói e aplica 
leis e depende de investigações metódicas. Em suma, o conhecimento científico é o que é 
produzido pela investigação científica. Surge não apenas da necessidade de encontrar soluções 
para problemas de ordem prática da vida diária, mas também se caracteriza por ser um 
conhecimento ordinário, o que possibilita fornecer explicações sistemáticas e podem ser 
testadas e criticadas através de provas empíricas. (KOCHE, 1994). 
 
 
 
9 
 
3. CIÊNCIA 
Etimologicamente, o termo ciência provém do verbo em latim Scire que significa 
aprender, conhecer. Essa definição etimológica, entretanto, não é suficiente para diferenciar 
ciência de outras atividades, também, envolvidas com o aprendizado e o conhecimento. 
Seguindo a orientação de Marconi e Lakatos, ciência pode ser entendida em duas acepções: na 
primeira, isto é, no sentido mais geral, ciência pode ser entendida apenas como o significado 
do conhecimento. Na segunda, não se refere a um conhecimento qualquer, trata-se de um 
conhecimento que se notabiliza pela investigação do estudo da natureza, direcionado à 
descoberta da verdade. Tal investigação é normalmente metódica, ou de acordo com o método 
científico um processo de avaliar o conhecimento empírico (MARCONI; LAKATOS, 2007). 
Em suma, podemos dizer que Ciência é o conhecimento ou um sistema de conhecimentos que 
são obtidos de leis gerais e são testadas através de métodos científicos. 
As áreas da ciência podem ser classificadas em duas grandes dimensões: pura (o 
desenvolvimento de teorias) versus aplicada (a aplicação de teorias às necessidades humanas); 
ou natural (o estudo do mundo natural) versus social (o estudo do comportamento humano e da 
sociedade). 
 
3.1 CARACTERÍSTICAS DA CIÊNCIA 
Seguindo os enunciados de Ruiz (1998, p.124-126) as características da ciência se 
descrevem por meio de: 
a) Conhecimento pelas causas: a ciênciase caracteriza por demonstrar as razões os 
enunciados, relacionando o fenômeno às suas causas; 
b) Profundidade e generalidade de suas conclusões: a ciência exprime suas conclusões 
em enunciados gerais que traduzem a relação constante do binômio causa efeito; generalizando 
o porquê atinge a constituição intima e a causa comum a todos os fenômenos da mesma espécie, 
conferindo à ciência a prerrogativa de fazer prognósticos seguros; 
c) Finalidade teórica e prática: temos que, da pesquisa fundamental e da descoberta da 
verdade decorrem inúmeras consequências práticas; 
d) Objeto formal: é a maneira peculiar, o aspecto ou o ângulo sob o qual a ciência 
atinge seu objeto material (realidades físicas), como experimental das causas reais próximas 
(evidência dos fatos e não das ideias); 
 
10 
 
e) Método e controle: é uma investigação rigorosamente metódica e controlada, 
derivando-se daí a razão da confiança nas conclusões científicas; exatidão: a ciência pode 
demonstrar, por via de experimentação ou evidência dos fatos objetivos, observáveis e 
controláveis, o mérito dos seus enunciados. 
f) Aspecto social: a ciência é uma instituição social, que tem os cientistas como 
membros de uma sociedade universal, para a procura da verdade e melhoria das condições de 
vida da humanidade. 
 
3.2 DIVISÃO DA CIÊNCIA 
Quando fala-se de ciência pode-se, também, dizer, segundo Oliveira (1998), que a 
ciência se divide em ciências formais e ciências factuais. As ciências formais se preocupam 
com enunciados, ou seja, com as ideias que constituem a busca do conhecimento, que consistem 
em relações entre símbolos, ou seja, são prescritas em sistemas de registros ou documentação. 
Sua fundamentação metodológica, que visa demonstrar seus teoremas rigorosamente, se 
concretiza através do emprego da lógica. Enfim, pode-se dizer que as ciências formais são 
constituídas pela lógica formal, ou seja, são racionais, sistemáticas e verificáveis. 
As ciências factuais (materiais ou empíricas), por sua vez, preocupam-se com os 
processos e as coisas e, portanto, precisam mais da experimentação e da observação do que da 
simples conjectura. 
 
3.3 ASPECTOS LÓGICOS DA CIÊNCIA 
Quando se referem aos aspectos lógicos da ciência, estamos condicionando-a sempre 
a uma observação racional e controlada dos fatos, isto porque a ciência, através de seus 
procedimentos e operações, busca segundo Ander-Egg, algo que permita a observação racional 
e controlada dos fatos investigados. Desse modo permitem a interpretação e explicação 
adequada dos fenômenos, bem como contribuem para a verificação dos fenômenos, positivados 
pela experimentação ou pela observação. E, por fim, ainda segundo Ander-Egg, os aspectos 
lógicos da ciência fundamentam os princípios da generalização ou estabelecimento dos 
princípios a e das leis. Assim, “podemos dizer que a ciência é resultado da acumulação do 
 
11 
 
conhecimento científico, que se caracteriza pelo conhecimento racional, sistemático, exato, 
verificável e falível” (ANDER-EGG, 1998, p.15). 
 
3.4 CLASSIFICAÇÃO DAS CIÊNCIAS 
Sabe-se que não existe apenas uma linguagem que permita classificar a ciência. Essa 
por sua vez apresenta utiliza-se de campos diferentes para classificar os seus estudos. Segundo 
Mário Bunge, há na ciência as seguintes classificações e ramos de estudos: Ciências Formais 
ou Puras = Sintetizam e explicam os fatos descobertos sobre o universo e seus habitantes. 
(Fazem parte a Filosofia Lógica e a Matemática); Ciências Factuais ou Aplicadas = Utilizam-
se de fatos e de princípios científicos para fazer coisas úteis aos homens. (Fazem parte as 
Ciências Naturais e a Sociais) As Ciências Naturais estão divididas no campo da Física, 
Química e Biologia, que, por sua vez, subdividem-se em: 
a) Campo da Física: Física Nuclear, Mineralogia, Logística Militar, Petrografia, 
Geologia, Computação, Engenharia, Astronomia; 
b) Campo da Química: Química Orgânica, Química Inorgânica, Físico-Químico, 
Farmácia e Bioquímica; 
c) Campo da Biologia: Botânica, Medicina, Zoologia, Veterinária, Agricultura, Tec. 
Alimentos, Enfermagem; 
d) Campo das Ciências Sociais: Sociologia, Psicologia Social, Antropologia Cultural, 
Geografia, Direito, Administração, Comunicação Social, Economia, História; 
e) Ainda sobre parte dos ramos da ciência, Oliveira (1998) diz que “a geologia, 
meteorologia, oceanografia, e astronomia também são agrupadas como geociências”. 
 
 
 
12 
 
4. MÉTODO CIENTÍFICO 
A palavra método designa, em seu sentido mais geral, a ordem que se deve impor aos 
diferentes processos necessários para atingir um fim dado ou um resultado desejado. “Nas 
ciências entende-se por método o conjunto de processos que o espírito humano deve empregar 
na investigação e demonstração da verdade”. (CERVO; BERVIAN, 1993, p. 23). 
Não há ciência sem a utilização do método científico. Mas o inverso não é 
necessariamente verdade! Ainda pode-se utilizar a ideia de Bunge (1980), quando diz que 
método é um procedimento regular, explícito e passível de ser repetido para conseguir-se 
alguma coisa, seja material ou conceitual. Desse modo pode-se conceber que método é o 
conjunto coerente de procedimentos racionais ou prático-racionais que orienta o pensamento 
para serem alcançados conhecimentos válidos. 
 
4.1 MÉTODO CIENTÍFICO E CIÊNCIA 
Todas as ciências caracterizam-se pela utilização de métodos científicos. Em 
contrapartida, nem todos os ramos de estudo que empregam esses métodos são ciências. Dessas 
afirmações, podemos concluir que a utilização de métodos científicos não é da alçada exclusiva 
da ciência, mas não há ciências sem o emprego de métodos científicos. (MARCONI; 
LAKATOS, 2007, p. 44). 
Como a ciência se manifesta por meio de procedimentos, conclui-se que o método 
científico é um conjunto de regras básicas para um cientista desenvolver uma experiência, a fim 
de produzir conhecimento, bem como corrigir e integrar conhecimentos pré-existentes. É 
baseado em juntar evidências observáveis, empíricas, e mensuráveis, baseadas no uso da razão. 
E, ainda que, os procedimentos, que são utilizados nas ciências possam variar de uma área da 
ciência para outra, consegue-se determinar certos elementos que diferenciam o método 
científico de outros métodos. 
Primeiramente os pesquisadores propõem hipóteses para explicar certos fenômenos, e 
então desenvolvem experimentos que testam essas previsões. Então teorias são formuladas, 
juntando-se hipóteses de uma certa área, em uma estrutura coerente de conhecimento. Isto ajuda 
na formulação de novas hipóteses, bem como coloca as hipóteses em um conjunto de 
 
13 
 
conhecimento maior. Outra faceta do método é que o processo precisa ser objetivo, para que o 
cientista seja imparcial na interpretação dos resultados. 
Além disso, há, também, a expectativa básica do método: todo o procedimento precisa 
ser documentado, tanto os dados, quanto os procedimentos, para que outros cientistas possam 
analisar e reproduzir o processo. Isso, também, permite que se utilizem métodos de estatística 
para verificar a confiabilidade dos resultados. 
 
4.2 MÉTODO DEDUTIVO 
 
A dedução é a argumentação que torna explícitas verdades particulares contidas em 
verdades universais. O ponto de partida é o antecedente, que afirma uma verdade universal, e o 
ponto de chegada é o consequente, que afirma uma verdade menos geral ou particular contida 
implicitamente no primeiro. O processo dedutivo leva o pesquisador do conhecido ao 
desconhecido com pouca margem de erro, mas, por outro lado, é de alcance limitado, pois a 
conclusão não pode possuir conteúdos que excedam o das premissas. Duas regras gerais são 
apontadas quanto à validade das conclusões do processo dedutivo: 
Da verdade do antecedente segue-se a verdade do consequente. Por exemplo: todos os 
animais respiram. Ora, o mosquito é animal. Logo, o mosquito respira. 
Da falsidade do antecedentepode seguir-se a falsidade ou veracidade do consequente. 
Por exemplo: todos os animais são quadrúpedes. Ora, o cisne é animal. Logo, o cisne é 
quadrúpede (consequente falso). Ou então: toda árvore é racional. Ora, Gilberto é arvore. Logo, 
Gilberto é racional (Consequente verdadeira). 
A dedução organiza e especifica o conhecimento que já se tem, mas não é geradora de 
conhecimentos novos. Ela tem como ponto de partida o plano do inteligível, ou seja, da verdade 
geral, já estabelecida. Vejamos os exemplos de Marconi e Lakatos (2007) que destacam as 
diferenças entre o argumento dedutivo e o indutivo: 
 
Exemplo 1 • (Dedutivo) 
Todo mamífero tem um coração. 
Ora, todos os cães são mamíferos. 
Logo, todos os cães têm um coração. 
 
 
14 
 
Exemplo 2 • (Indutivo) 
Todos os cães que foram observados tinham um coração 
Logo, todos os cães têm um coração. 
 
Em referência aos dois exemplos, Marconi e Lakatos (2007, p. 63) argumentam que: 
[...] no exemplo dedutivo, para que a conclusão “todos os cães têm um coração” fosse 
falsa, uma das ou as duas premissas teriam de ser falsas: ou nem todos os cães são 
mamíferos ou nem todos os mamíferos têm um coração. Por outro lado, no argumento 
indutivo é possível que a premissa seja verdadeira a conclusão seja falsa: o fato de 
não ter, até o presente, encontrado um cão sem coração, não é garantia de que todos 
os cães tenham um coração. 
 
 
4.3 MÉTODO INDUTIVO 
 
Na indução o caminho é o contrário ao da dedução, isto é, a cadeia de raciocínio 
estabelece conexões ascendentes, do particular para o geral. Neste caso, as constatações 
particulares é que levam às teorias e leis gerais. 
Exemplo de raciocínio indutivo: 
O calor dilata o ferro; ___________________ particular; 
O calor dilata o bronze; _________________ particular; 
O calor dilata o cobre; __________________ particular; 
Logo o calor dilata todos os metais ________ geral, universal. 
 
Nota-se que o método indutivo confunde-se com o experimental, que compreende as 
seguintes etapas: 
- Observação – manifestações da realidade, espontâneas ou provocadas; 
- Hipótese – tentativa de explicação; 
- Experimentação – observa a reação de causa-efeito, imaginada na etapa anterior; 
- Comparação – classificação, análise e crítica dos dados recolhido; 
- Abstração – verificação dos pontos conforme o descompasso dos dados obtidos; 
- Generalização – consiste em estender a outros casos, da mesma espécie, um conceito 
obtido com base nos dados observados. 
 
 
15 
 
5. PROJETO DE PESQUISA 
Seguindo a orientação de Ender-Egg (1998, p.28), a pesquisa é um “procedimento 
reflexivo sistemático, controlado e crítico que permite descobrir novos fatos ou dados, relações 
ou leis, em qualquer campo de conhecimento”. Esse conceito nos leva a entender que uma 
pesquisa requer do seu investigador, além de um procedimento formal, que este permita realizar 
a coleta dos dados, a medida e a análise deles. A pesquisa, portanto, é uma atividade que se 
volta a soluções de problemas, através do emprego dos processos científicos. (CERVO; 
BERVIAN, 1993). 
Resumindo, toda pesquisa parte de um problema e, com o uso do método científico, 
busca uma resposta ou solução para o problema apresentado. 
 
5.1 O QUE OBSERVAR EM PESQUISA 
 
Cada objeto de investigação requer um procedimento para sua realização, sob os mais 
diversificados aspectos e dimensões. Isto por saber que não existem regras fechadas que devem 
compor um projeto de pesquisa, uma vez que, conforme o objeto de estudo, utiliza-se 
procedimentos e instrumentos direcionados para a busca do seu melhor resultado. 
Algumas questões são relevantes quanto à natureza da pesquisa, pois tornam 
fundamentais as buscas de respostas. Segundo Rummel (1992, p. 3), há dois significados para 
ela: a primeira, em sentido amplo, engloba todas as investigações especializadas e completas. 
O segundo, em sentido restrito, abrange os vários tipos de estudos e de investigações mais 
aprofundados. 
Independente do melhor modelo de pesquisa para a busca de soluções deve-se 
observar: 
a- O que pesquisar; 
b- Porque se deseja fazer a pesquisa; 
c- Como pesquisar; 
d- Com quais recursos; 
e- Em que período. 
 
5.2 TIPOS DE PESQUISA 
 
16 
 
Ao abordar tipos de pesquisa, podemos perceber que sua classificação varia de autor 
para autor, porém, sem ampliar essa discussão, podemos dizer que há três tipos de pesquisas: 
Exploratória ou Bibliográfica, descritiva, que pode ser estudo descritivo estatístico 
(quantitativo) ou estudo descritivo de caso (qualitativo), e a Pesquisa Experimental. 
Cada tipo de pesquisa tem designações de acordo com o objeto de estudo ou com o 
público-alvo que se quer pesquisar. Cada tipo de pesquisa é concebido, de acordo com os 
objetivos e hipóteses, levantados pelo pesquisador, para descrever a realidade de suas 
investigações. 
 
5.3 PESQUISA EXPLORATÓRIA/ BIBLIOGRÁFICA 
 
A principal característica da Pesquisa Exploratória ou Bibliográfica é sua 
informalidade, flexibilidade e criatividade. Esse tipo de pesquisa é o primeiro contato com a 
situação a ser pesquisada. A Pesquisa Exploratória é o primeiro passo para o pesquisador 
conhecer o objeto de estudo. Esse contato, geralmente, se faz necessário, principalmente, 
quando o pesquisador não tem dados suficientes para levantamento de hipótese ou definição do 
problema e objetivos da pesquisa. 
A Pesquisa Exploratória trabalha com dados secundários, isto é, material que já foi 
publicado, e que se encontra disponível, em um ou vários canais de divulgação. Constitui, 
portanto, a primeira fase para o início de um projeto de pesquisa. 
Supondo que um pesquisador queira saber qual a taxa de mortalidade infantil no 
Estado de São Paulo, entre os anos de 2000 a 2005, sua primeira atitude será buscar tais 
informações em revistas especializadas, jornais, publicações diversas, órgãos públicos, 
pesquisas e casos realizados, etc. Esse exemplo demonstra os passos que devem ser tomados, 
caso o pesquisador queira se inteirar do objeto de sua pesquisa, caso contrário, padecerá por 
falta de informações preliminares para o desenvolvimento de seu estudo. 
Pode-se dizer que a grande vantagem deste tipo de pesquisa, refere-se à facilidade de 
acesso às informações, o que pode facilitar o desenvolvimento da própria pesquisa, uma vez 
que as informações coletadas, já foram trabalhadas por terceiros. Porém, a Pesquisa 
Exploratória pode, em muitos casos, limitar o desenvolvimento da pesquisa, uma vez que não 
aprofunda mais o que já foi feito pelas pesquisas anteriores. Isto quer dizer que, se o pesquisador 
quiser ir mais fundo, no objeto de sua pesquisa, deverá partir para outro tipo de pesquisa. 
 
17 
 
5.4 PESQUISA DESCRITIVA 
A Pesquisa Descritiva tem como principal característica o aprofundamento do objeto 
de estudo, pois ela observa, registra, analisa e correlaciona fatos ou fenômenos a serem 
manipulados, isto é, procura a descrição das características de determinadas populações ou 
fenômenos. Uma de suas características está na utilização de técnicas padronizadas de coleta 
de dados, tais como o questionário e a observação sistemática. 
A Pesquisa Descritiva procura descrever a realidade dos objetos de estudo, a partir de 
dados primários, diferentemente, das pesquisas exploratórias. Esses dados, no caso, da pesquisa 
descrita, podem ser obtidos, originalmente, a partir de entrevistas pessoais ou de discussão em 
grupo, relacionando e confirmando as hipóteses levantadas na definição do problema da 
pesquisa (SAMARA; BARROS, 2002, p. 30). 
Destacam-se, também, na Pesquisa Descritiva, as questões que buscam responder o 
quem, o que, quanto, como, onde, quando e por que pesquisar, além de procurar descrever 
características de grupos idade, sexo, procedência etc. Também, são pesquisas descritivas 
aquelas que visam descobrir a existência de associações entre variáveis, como, por exemplo, as 
pesquisaseleitorais que indicam a relação entre o candidato e a escolaridade dos eleitores. 
 
5.5 PESQUISA EXPERIMENTAL 
A Pesquisa Experimental, comumente utilizada nas ciências naturais, tem por 
característica a manipulação das variáveis, relacionadas com o objeto de estudo. Neste tipo de 
pesquisa, [...] a manipulação das variáveis proporciona o estudo da relação entre causas e efeitos 
de um determinado fenômeno. Diferentemente da pesquisa descritiva que busca [...] classificar, 
explicar e interpretar os fenômenos, a Pesquisa Experimental pretende dizer de que modo e 
quais as causas que produzem o fenômeno. (CERVO; BERVIAN, 1993, p.58). Desse modo, 
pode-se dizer que a Pesquisa Experimental, partindo da coleta de dados, permite conclusões 
claras e diferenciadas a respeito de uma hipótese que envolve relações de causa e efeito. 
(WESTFALL, 1999). 
Segundo o autor, na Pesquisa Experimental, “o pesquisador deve criar uma situação 
artificial para que possa obter os dados particulares de que necessita e possa medi-los com 
 
18 
 
precisão”. As experiências são artificiais no sentido de que são criadas com o objetivo de testar. 
(WESTFALL, 1999, p. 96). 
Porém, como bem frisa Cervo e Bervian (1983), é conveniente, apesar da utilização da 
pesquisa experimental, ocorrer, em geral, em laboratório, que este tipo de pesquisa não se 
identificar com a lei de laboratório, assim como a pesquisa descritiva não é sinônimo de 
pesquisa de campo. Os termos “de campo” e “de laboratório” indicam apenas o contexto em 
que elas se realizam. (WESTFALL, 1999, p.59). 
 
 
 
19 
 
6. FASES DA PESQUISA 
A pesquisa necessita utilizar-se de fases para que o seu processo de construção tenha 
maior sucesso, assim, podemos dizer que as etapas de um projeto de pesquisa manchem uma 
ordem de acontecimentos e interdependência nas suas definições para que, de forma lógica, 
venha trazer resultados consistentes e úteis. Pode-se dizer que as principais etapas de um projeto 
de pesquisa são: 
a- Tema 
b- Problema da pesquisa 
c- Justificativa da pesquisa 
d- Hipótese da pesquisa 
e- Objetivos da pesquisa 
f- Tipos de pesquisa 
g- Método de pesquisa 
h- Métodos de coleta de dados 
i- Formulário para coleta de dados 
j- Tipos de Amostragem 
k- Trabalho de campo 
l- Tabulação da pesquisa 
m- Análise dos resultados 
n- Elaboração do relatório de pesquisa 
o- Análise geral da pesquisa 
 
6.1 QUANTO À ESCOLHA DO TEMA 
A escolha de um tema de pesquisa é mais fácil do que podemos imaginar. Por essa 
razão, é necessário observarmos algumas regras importantes. Em primeiro lugar, o tema de uma 
pesquisa deve sempre responder ao interesse do pesquisador, assim como responder se o 
desenvolvimento e a realização do tema proposto são possíveis. 
Os temas, de um modo geral, segundo Barros e Lehfeld (2007), são definidos em 
razão: 
a- Da observação do cotidiano; 
 
20 
 
b- Da vida profissional; 
c- De programas de pesquisa; 
d- De contato e relacionamento com especialistas; 
e- Do feedback de pesquisas já realizadas; 
f- Do estudo de literatura especializada. 
 
Outra questão que deve ser colocada, ao se escolher um tema, é a sua delimitação, isto 
é, definir o tempo, o local, o espaço e o tamanho do objeto que se pretende pesquisar. Um bom 
tema de pesquisa deve despertar interesse, tanto pela importância do assunto, quanto pela 
possibilidade de realização e aprofundamento do mesmo. É necessário construir um objeto de 
pesquisa, ou seja, selecionar uma fração da realidade a partir do referencial teórico-
metodológico escolhido. (BARRETO; HONORATO, 1998, p. 62). 
É fundamental que o tema esteja vinculado a uma área de conhecimento com a qual a 
pessoa já tenha alguma intimidade intelectual, sobre a qual já tenha alguma leitura específica e 
que, de alguma forma, esteja vinculada à carreira profissional que esteja planejando para um 
futuro próximo. (BARRETO; HONORATO, 1998, p. 62). 
O tema de pesquisa é, na verdade, uma área de interesse a ser abordada. É uma primeira 
delimitação, ainda ampla. 
6.1.1 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA 
A definição do problema de uma pesquisa, segundo Samara e Barros (2002, p.12), 
representa a parte mais importante do projeto, pois todo projeto de pesquisa deve partir de uma 
real necessidade de informação, de uma situação em que haja indagações e de dúvidas a serem 
respondidas. Toda pesquisa tem origem num problema sentido, e isto pode ocorrer, em razão 
das indagações básicas. Afirmam os autores: “Deve-se questionar por que a pesquisa deve ser 
feita; quais decisões devem ser tomadas a partir dos resultados da pesquisa; e quais as possíveis 
respostas a serem obtidas para os problemas ou oportunidades”. Confirmam depois: 
[...] os demais procedimentos, como a formulação de objetivos e escolhas de métodos, 
serão ocorrências do problema definido, daí a sua importância. Um problema mal 
definido pode gerar objetivos poucos precisos e resultados inconsistentes para um 
projeto. (SAMARA; BARROS, 2002, p.12). 
 
Em resumo, podemos dizer que definir um problema de pesquisa significa especificá-
lo, em detalhes precisos e exatos, para que o desenvolvimento da pesquisa tenha clareza, 
 
21 
 
concisão e objetividade. Outro aspecto importante: todo problema, bem colocado, deverá 
sempre estar na forma interrogativa, a fim de facilitar a construção da hipótese- centro. 
 
6.1.2 JUSTIFICATIVA DO TEMA 
Antes de desenvolver um projeto de pesquisa, deve-se ter um tema e problemas 
definidos. Em seguida, vem a justificativa dessa pesquisa. Desse modo, podemos seguir as 
ideias propostas por Barros e Lehfeld (1990, p. 28): 
a- apresentar elementos que responderão à questão: por que se pretende realizar a 
pesquisa? Nessa apresentação, o pesquisador pode demonstrar a relevância da pesquisa, em 
relação ao contexto social atual, por exemplo. Esse item será caracterizado como defensor da 
necessidade de se efetivar tal estudo; 
b- explicar os motivos que indicam a viabilidade de execução da proposta. Aqui, estão 
incluídos os itens relacionados à viabilidade técnica, financeira e política; 
c- colocar referências, aos aspectos que garantem a originalidade do trabalho. Ressaltar 
os elementos inovadores do trabalho do pesquisador. Relacionar com um quadro referencial 
teórico. (BARROS; LEHFELD, 1990, p. 28). 
 
6.2 HIPÓTESE DE PESQUISA 
Hipótese de pesquisa, segundo Barros e Lehfeld (1990) são afirmações que serão 
testadas através da análise da evidência dos dados empíricos; portanto, hipótese é afirmação 
que se faz na tentativa de verificar a validade de resposta existente para um problema. A função 
da hipótese, na pesquisa, é fornecer certos fatos ou ideias que possam ser testados, a fim de 
orientar a busca de outras informações. Desse modo, pode-se dizer que hipóteses bem claras 
possibilitam condição fundamental para o desenvolvimento da pesquisa. 
Sob o ponto de vista operacional, a hipótese deve servir como uma das bases para a 
definição da metodologia de pesquisa, visto que, ao longo de todo o trabalho, o pesquisador 
deverá confirmá-la ou rejeitá-la, no todo, ou, em parte. (BARRETO; HONORATO, 1998). 
 
6.3 OBJETIVO DE PESQUISA 
 
 
22 
 
Os objetivos de pesquisa constituem parte integrante de um projeto porque busca 
informações que solucionarão o problema da pesquisa. Segundo Samara e Barros, os objetivos 
de pesquisa são interdependentes e exigem total coerência entre o problema definido e os 
objetivos do projeto de pesquisa. Segundo os mesmos autores, a indagação que os 
pesquisadores devem fazer é: 
a- Que informações são necessárias para resolver o problema de pesquisa? 
b- Os objetivos da pesquisa devem ser detalhados e específicos, pois servirão como 
base para a elaboração do formulário para coleta de dado-questionário ou roteiro. 
É um processo lógico, que num primeiro momento, indica o que precisamos ou 
queremos saber – os objetivos, e por decorrência, perguntamos, elaboramoso questionário para 
obter uma resposta ao objetivo proposto. (SAMARA; BARROS, 2002, p. 12). 
 
6.4 ESTUDOS QUANTITATIVOS 
Como processo metodológico, a Pesquisa Quantitativa é baseada em rígidos critérios 
estatísticos, que servem de parâmetro para definição do universo a ser abordado pela pesquisa. 
Daí a ideia de que a pesquisa quantitativa se utiliza de técnicas estatísticas. A pesquisa 
estatística é muito utilizada para mensurar dados numéricos, levantamento de preferências por 
produtos e serviços pelas parcelas da população, opiniões sobre temas políticos, econômicos, 
sociais, dentre outros aspectos. 
A pesquisa, por sua vez, se utiliza de questionários para inferir resultados de amostras 
como referência de um universo maior. 
A Pesquisa Quantitativa aplica-se à dimensão mensurável da realidade, isto é, a partir 
dos resultados obtidos, estatisticamente, se projeta uma verdade geral ao fenômeno estudado. 
Por essa razão, sua utilização auxilia o planejamento de ações coletivas, reproduzindo 
resultados passíveis de generalização, principalmente, quando as populações pesquisadas 
representam com fidelidade o coletivo. As pesquisas quantitativas são mais adequadas para 
apurar opiniões e atitudes explícitas e conscientes dos entrevistados, pois utilizam instrumentos 
padronizados (questionários). São utilizadas quando se sabe exatamente o que deve ser 
perguntado para atingir os objetivos da pesquisa. Permitem que se realizem projeções para a 
população representada. Elas testam, de forma precisa, as hipóteses levantadas para a pesquisa 
e fornecem índices que podem ser comparados com outros. 
 
23 
 
A Pesquisa Quantitativa Exige um número maior de entrevistados para garantir maior 
precisão nos resultados, que serão projetados para a população representada. As informações 
são colhidas por meio de um questionário estruturado com perguntas claras e objetivas. Isto 
garante a uniformidade de entendimento dos entrevistados. 
As pesquisas quantitativas são utilizadas, com frequência, quando se pretende obter 
informações com amplitude, ou seja, quando quer saber mais sobre aspectos comuns de uma 
população investigada em grandes quantidades, do que aprofundar questões em pequenas 
quantidades. 
Na Pesquisa Quantitativa, o entrevistador identifica as pessoas a serem entrevistadas 
por meio de critérios previamente definidos: por sexo, por idade, por ramo de atividade, por 
localização geográfica etc. As entrevistas não exigem um local previamente preparado, 
podendo ser realizadas na própria residência do entrevistado ou em pontos de fluxo de pessoas. 
O importante é que sejam aplicadas individualmente e sigam as regras de seleção da amostra. 
São sete as etapas necessárias para a realização de uma pesquisa quantitativa: 
a- Definição do objetivo da pesquisa. 
b- Definição da população e da amostra. 
c- Elaboração dos questionários. 
d- Coleta de dados (campo). 
e- Processamento dos dados (tabulação). 
f- Análise dos resultados 
g- Apresentação e divulgação dos resultados. 
 
6.5 ESTUDOS QUALITATIVOS 
As pesquisas qualitativas têm caráter exploratório, ou seja, buscam estimular os 
entrevistados a pensar e falar livremente sobre algum tema, objeto ou conceito. Elas fazem 
emergir aspectos subjetivos, atingem motivações não explícitas, ou mesmo não conscientes, de 
forma espontânea. 
Na Pesquisa Qualitativa, o pesquisador é um interpretador da realidade. (BRADLEY, 
1993). Dados qualitativos (PATTON, 1980; GLAZIER, 1992): 
a- Descrições detalhadas de fenômenos, comportamentos; 
b- Citações diretas de pessoas sobre suas experiências; 
 
24 
 
c- Trechos de documentos, registros, correspondências; 
d- Gravações ou transcrições de entrevistas e discursos; 
e- Dados com maior riqueza de detalhes e profundidade; 
f- Interações entre indivíduos, grupos e organizações. 
Os métodos qualitativos são apropriados quando o fenômeno, em estudo, é complexo, 
de natureza social e não tende à quantificação. Normalmente, são usados quando o 
entendimento do contexto social e cultural é um elemento importante para a pesquisa. Para 
aprender métodos qualitativos é preciso aprender a observar, registrar e analisar interações reais 
entre pessoas, e, entre pessoas e sistemas (LIEBSCHER, 1998). 
Na pesquisa qualitativa, diferentemente da quantitativa, não há preocupação em 
projetar resultados para a população. O número de entrevistados geralmente é pequeno. 
Normalmente as informações são coletadas por meio de um roteiro. As opiniões dos 
participantes são gravadas e posteriormente analisadas. As entrevistas são realizadas por meio 
de entrevistas em profundidade ou de discussões em grupo. Para as discussões em grupo, as 
pessoas (em média oito) são convidadas para um bate-papo realizado em salas especiais, com 
circuito de gravação em áudio e vídeo. Nas entrevistas em profundidade, é feito o pré-
agendamento do entrevistado e a sua aplicação é individual, em local reservado. Este 
procedimento garante a concentração do respondente. 
As informações colhidas na abordagem qualitativa são analisadas de acordo com o 
roteiro aplicado e registradas em relatório, destacando opiniões, comentários e frases mais 
relevantes que surgiram. De maneira sucinta, em pesquisas qualitativas o importante é o que se 
fala sobre um tema, enquanto que em pesquisas quantitativas o importante é quantas vezes é 
falado. 
 
6.6 MÉTODO DE COLETA DE DADOS 
Os métodos de coleta de dados determinam a maneira como os dados serão obtidos no 
projeto. Os métodos podem ser pela: 
a- Observação: A técnica da observação é utilizada quando se pretende levantar 
hipóteses preliminares sobre o comportamento ou por: 
b- Entrevista pessoal: A entrevista pessoal é o método de coleta de dados, mais 
largamente utilizado, em pesquisa de marketing, opinião, política, de consumo, etc., pois, com 
 
25 
 
ele, se obtém o maior número de informações possíveis do entrevistado, embora haja sempre 
uma caracterização da artificialidade da situação e possível influência do entrevistador sobre o 
entrevistado. 
d- Entrevista por Telefone: A pesquisa efetuada por telefone tem a vantagem de ser 
um meio rápido de obter informações, porém, a prática evidencia que há um maior desinteresse 
por parte dos entrevistados em responder, ocorrendo um maior número de recusas do que na 
entrevista pessoal. Além disso, a seleção da amostra deve ser criteriosa para esse procedimento, 
pois em certos casos, nem todas as pessoas que podem fazer parte da amostra, necessariamente, 
têm telefone, o que pode distorcer os resultados da pesquisa. 
e- Entrevista por Correspondência: Este método de coleta de dados pode atingir 
longo alcance em termos geográficos e de amplitude da amostra. No entanto, exige que o 
questionário a ser respondido seja claro e sintético, para não suscitar dúvidas impossíveis de 
serem resolvidas. A experiência mostra que o retorno de questionários, nas pesquisas efetuadas 
por correspondência, é baixa e lenta, o que implica o fator custo, pois é necessário enviar um 
número de correspondências muito maior do que a amostra, para se obter um volume de 
respostas satisfatórias. (SAMARA; BARROS, 2002, p.65). 
 
6.7 FORMULÁRIO DE COLETA DE DADOS 
Uma vez definidos os procedimentos do planejamento de um projeto de pesquisa, isto 
é a definição do tema da pesquisa, o problema da pesquisa, a justificativa da pesquisa, o 
levantamentos das hipóteses que o objeto da pesquisa sugere, além da definição do tipo de 
pesquisa a ser empregada, bem como o método utilizado, outro aspectos a ser considerado é o 
modelo de formulários para a coleta de dados. 
Pode-se dizer que, ao se elaborar um formulário de coleta de dados, o que se procura 
é traçar as perguntas que garantam a vinculação com o problema levantado, assim como os 
objetivos que foram definidos no projeto. Outra coisa é estabelecer as diferenças de modelos 
de coleta de acordo com os levantamentosde estudos quantitativo e qualitativo. Quando a 
pesquisa trabalha com os procedimentos quantitativos, o ideal é que se utilize coleta de dados, 
em forma de questionários, ao passo que a qualitativa deverá utilizar os roteiros de perguntas. 
Diferentes são estas formas de obter informações. Enquanto os questionários tendem 
a ser mais amplos nas perguntas, buscando conhecer o maior número possível de informações, 
 
26 
 
o modelo de coleta, através de roteiros utilizados nas pesquisas qualitativas, o que se busca é o 
aprofundamentos das causas. Daí a explicação de poucos entrevistados nesta modalidade de 
coleta de dados. 
6.8 AMOSTRAGEM DE PESQUISA 
Pode-se dizer que amostra é qualquer parte de uma população, com as mesmas 
características desta. A amostragem, através da coleta de dados, tem que proporcionar 
informações relevantes de toda a população. 
[...] quando se deseja coletar informações sobre um ou mais aspectos de um grupo 
grande ou numeroso, verifica-se, muitas vezes, ser praticamente impossível fazer um 
levantamento do todo. Daí a necessidade de investigar apenas uma parte dessa 
população ou universo. O problema da amostragem é, portanto, escolher uma parte 
(ou amostra), de tal forma, que ela seja a mais representativa possível do todo e, a 
partir dos resultados obtidos relativos a essa parte, poder inferir, o mais legitimamente 
possível, os resultados da população total, se esta fosse verificada”. (MARCONI; 
LAKATOS, 2007, p.37). 
 
Segundo Mattar (1999), “quando se pretende conhecer” alguns aspectos de uma 
população, há dois caminhos a seguir, ou se pesquisam todos os seus elementos, e neste caso, 
o estudo é chamado de censo, ou apenas uma amostra deles, a partir da qual se estimam os 
dados a respeito de toda a população. Neste caso, o estudo é chamado de pesquisa. 
 
6.8.1 AMOSTRAGEM PROBABILÍSTICA 
 
Se já sabem que amostra é qualquer parte de uma população, com as mesmas 
características destes, a amostragem se divide em duas categorias, são elas: Amostragem 
probabilística e Amostragem Não-Probabilística. A amostragem Probabilística tem por 
características permitir que cada elemento da população tenha uma chance conhecida e 
diferente de zero de ser selecionado para compor a amostra. As amostragens probabilísticas 
geram amostras denominadas probabilísticas. (MATTAR, 1999). 
As amostragens probabilísticas podem ser do tipo: aleatória simples; estratificadas; 
sistemáticas; por área; por conglomerado. 
6.8.2 AMOSTRAGEM NÃO-PROBABILÍSTICA 
 
 
27 
 
Este tipo de amostragem, isto é, não-probabilística tem como característica o 
agrupamento dos elementos da amostra, por conveniência do pesquisador, ou mesmo do 
entrevistador de campo. Esse tipo de amostragem é selecionado por critérios sempre subjetivos 
do pesquisador, de acordo com sua experiência e com os objetivos de sua pesquisa. Como 
característica marcante, nesta modalidade de amostra de pesquisa, está o fato de que a mesma 
não é obtida por critérios estatísticos, ou seja, os elementos que compõem as amostragens Não-
Probabilísticas são, em última instância, a vontade do pesquisador, sem quaisquer rigores 
matemáticos ou estatísticos para aferição do tamanho da amostra. (MATTAR, 1999). 
As amostragens não-probabilísticas podem ser: Conveniência ou Acidental; 
Intencional ou Julgamento; Quotas ou Proporcional. 
 
6.9 ELABORAÇÃO DOS DADOS 
 
Segundo Oliveira (1998, p.183), depois dos procedimentos de coleta dos dados, o 
momento agora é dar o tratamento adequado a esses dados. Assim os primeiros passos são em 
direção à seleção e revisão, para que se alcance o processo de categorização; esse processo pode 
ser realizado, antecipadamente, já no questionário. Porém, segundo o autor citado, antes da 
análise e interpretação, os dados devem seguir as seguintes fases: seleção, codificação, 
tabulação: 
a) Seleção: É o exame detalhado dos dados coletados. De posse do material coletado, 
o pesquisador deve submetê-lo a uma verificação crítica, a fim de se detectarem falhas ou erros, 
evitando-se informações confusas, distorcidas, incompletas, que podem prejudicar o resultado 
da pesquisa. 
b) Codificação: É a técnica operacional utilizada para categorizar os dados que se 
relacionam. Mediante a codificação, os dados são transformados em símbolos, podendo ser 
tabelados. 
A codificação se divide em duas partes: 
 
1 – Classificação dos dados, agrupando-os sob determinadas categorias; 
2 – Atribuição de um código, número ou letra, tendo cada um deles um significado. 
Codificar quer dizer transformar o que é qualitativo em quantitativo, para facilitar não só a 
tabulação dos dados, mas também sua comunicação. 
 
28 
 
A técnica da codificação não é automática, pois exige certos critérios ou normas pó 
parte do codificador, que pode ser ou não o próprio pesquisador. 
c) Tabulação: É a disposição dos dados em tabelas, possibilitando maior facilidade 
na verificação das inter-relações entre eles. É uma parte do processo técnico de análise 
estatística, que permite sintetizar os dados de observação conseguida pelas diferentes categorias 
e representá-los graficamente. Dessa forma, poderão ser compreendidos e interpretados mais 
rapidamente. Os dados são classificados pela divisão em subgrupos e reunidos de modo que as 
hipóteses possam ser comprovadas ou refutadas. 
 
6.10 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS 
 
Uma vez de posse dos dados coletados, o pesquisador partirá para outra fase que é a 
análise dos dados. Essa fase da pesquisa requer do pesquisador sua atenção para a organização, 
leitura, análise e interpretação dos dados. Segundo Barros e Lehfeld (1990) apud Selltiz et al 
(1990, p. 61), “o objetivo da análise é sumarizar as observações completadas, de forma que 
estas permitam respostas às perguntas da pesquisa. O objetivo da interpretação é a procura do 
sentido mais amplo de tais respostas, através de sua ligação a outros conhecimentos já obtidos”. 
Todo projeto de pesquisa deve, em sua formulação, conter, já desde o início, a 
preocupação do que deve ser feito com os dados coletados, pois o planejamento do projeto de 
pesquisa tem como único propósito, exatamente chegar ao estágio da análise, portanto, 
geralmente, o arcabouço para a análise é assentado antes que se inicie a coleta de dados. 
(SELLTIZ et al, 1990, p. 61). 
 
6.11 RELATÓRIO DE PESQUISA 
 
Depois do material tratado pela elaboração e análise dos dados, chega o momento final, 
o relatório da pesquisa. Esse é o momento de enorme gratificação por ter chegado ao fim de 
uma longa etapa, e que significou enormes esforços para se chegar até o seu final. Então, neste 
caso, para que se formule um fechamento digno do esforço projetado no projeto de estudo, 
devem-se tomar algumas precauções. Essa preocupação, segundo Barros e Lehfeld (1990), será 
de poder deixar registrado todo o caminho percorrido durante a pesquisa, especificando os 
elementos que possam ser importantes para a análise posterior do estudo realizado. 
 
29 
 
Excelentes pesquisas são algumas vezes prejudicadas pelo fato de o pesquisador não 
preparar um bom relatório. Por essa razão é importante, ao redigir a análise do estudo da 
pesquisa, nunca deixar de observar os objetivos propostos no planejamento, bem como procurar 
certo equilíbrio daquilo que deverá ou não ser incluído dentro do relatório final. Sabemos que 
é difícil determinar os interesses dos achados da pesquisa, por essa razão se deve fazer uma 
cuidadosa revisão do plano da pesquisa, em todas as suas etapas, a fim de garantir a clareza e a 
pertinência do resultado da pesquisa. 
 
 
 
30 
 
7. ARTIGO CIENTÍFICO 
Quanto à análise de conteúdo, os artigos estão divididos nos seguintes tipos: 
Artigo de Periódico: são trabalhos técnico-científicos, escritos por um ou mais 
autores, com a finalidade de divulgar a síntese analítica de estudos e resultados de pesquisas. 
Formam a parte principal em periódicosespecializados e devem seguir as normas editoriais do 
periódico a que se destinam. Os artigos podem ser de dois tipos: 
1. Originais: quando apresentam abordagens ou assuntos inéditos; 
2. De revisão: quando abordam, analisam ou resumem informações já publicadas. 
Artigo de Revisão: são conhecidos como “reviwes” e dividem-se em dois tipos 
fundamentais: 
1. Revisão anual: contendo a descrição ampla das contribuições da literatura em 
determinada área de estudo; 
2. Revisão seletiva: crítica e analítica com enfoque em um problema científico 
particular e sua solução. 
Os artigos de revisão com enfoque histórico devem obedecer a ordem cronológica de 
pensamento, e apresentar uma palavra de ordem mais difusa do que um trabalho inédito de 
pesquisa: documentar e interpretar o desenvolvimento e a tecnologia de ponta de uma 
determinada área. O público para uma revisão é maior do que aquele para os artigos científicos 
e irá tipicamente abranger vasta familiaridade com área – do iniciante ou interessado observador 
de fora ao especialista. O estilo de uma revisão é menos formulado, e os editores têm debates 
acalorados entre si e também som os autores, sobre o que constitui material analítico legítimo. 
O único consenso parece ser que uma revisão é definida por aquilo que não contém 
notadamente pesquisas inéditas e novos resultados. O editor escolheu um tópico interessante e 
um autor de quem se pode esperar um artigo de autoridade. 
Relato de Caso Clínico: é um importante meio de disseminação do conhecimento 
referente aos aspectos clínico-patológicos de um tema científico. Novas técnicas, terapias, 
diagnósticos, patologias, materiais e soluções inovadoras para problemas especiais, fenômenos 
anatômicos e fisiológicos, são exemplos a serem relatados. 
O objetivo desse tipo de artigo científico é auxiliar no plano de tratamento de um 
paciente, ajudando aos profissionais e também ao ensino. As ilustrações são fundamentais nos 
artigos dessa natureza (radiografias, fotos...). 
 
31 
 
A estrutura e a apresentação de um artigo científico se modificam de uma revista para 
outra. 
A ABNT apresenta na NBR 6022 (antiga NB 61) algumas condições exigíveis para 
orientar colaboradores e editoras de publicações periódicas, no sentido de uma apresentação 
racional e uniforme dos artigos nela contidos. 
 
Elementos constitutivos do Artigo Científico 
 
 
 
 
Pré-textuais 
Título e subtítulo (se houver) 
Nome do autor 
Crédito do autor 
Dedicatória (opcional) 
Agradecimentos (opcional) 
Epígrafe (opcional) 
Resumo (no idioma do país) 
Palavras-chave ou descritores 
 
 
Textuais ou corpo do texto 
Introdução (tema, objetivo, relevância) 
Desenvolvimento (metodologia, resultados e 
discussão) 
Conclusão 
 
De apoio ao texto 
Citações 
Notas de rodapé 
Ilustrações (tabelas, quadro e figuras) 
 
 
Pós-textuais 
Referências 
Apêndices (elaborados pelo autor) 
Anexos (documentos) 
 
Descrição dos Elementos 
 
 
32 
 
Esta parte da exposição estará fundamentada no trabalho de Moreira e Caleffe (2006). 
Por intermédio do texto destes autores serão brevemente descritos os elementos componentes 
de um artigo científico. 
Título – este deve expressar a essência da pesquisa realizada, apresentando com o 
mínimo possível de palavras. Quando lido, deve dar ao leitor uma ideia precisa do assunto. Em 
síntese, o título descreve de forma lógica e rigorosa, a essência do artigo. 
Na verdade, o autor precisa exprimir técnicas e talento dos redatores de publicidade. 
A utilização de frase curta com elevado poder descritivo, associados à criatividade são artifícios 
utilizados para a elaboração do título, que bem elaborado concorrerá para o sucesso da 
publicação de uma pesquisa. 
Credenciais do Autor – trata-se da indicação do nome do autor (ou autores) e da 
instituição a que pertence(m). Atualmente, é frequente indicar também o endereço da homepage 
e do correio eletrônico, e-mail. 
Resumo – não deve exceder 200 palavras e deve especificar de forma concisa e 
encadeada, evitando que este seja telegráfico. 
 O que é que o autor fez; 
 Como o fez (se for relevante); 
 Os principais resultados (numericamente, se for caso disso); 
 A importância e alcance dos resultados. 
O resumo não é uma introdução ao artigo, mas sim uma síntese da sua totalidade, na 
qual se preocupa realçar os aspectos mencionados. Deverá ser discursivo, e não apenas uma 
lista dos tópicos que o ártico cobre. 
O texto deve ser conciso e não se deter em detalhes, ou seja, comentário acerca do 
texto apresentado. Convém lembrar que um resumo pode vir a ser posteriormente reproduzido 
em publicações que listam resumos (de grande utilidade para o leitor decidir se está ou não 
interessado em obter e ler a totalidade do artigo). Deve ter parágrafo único e ser redigido na 
terceira pessoa do singular. 
Palavra-chave – o artigo apresenta um conjunto de palavras-chave que caracterizem 
o domínio ou domínios em que ele se inscreve. Estas palavras são normalmente utilizadas para 
permitir que o artigo possa ser localizado através dos sistemas de pesquisa. 
 
33 
 
Por isso, deve-se escolher palavras-chave tão gerais e comuns quanto possível, 
evitando-se utilizar os termos já apresentados no título. Devem ser separadas por ponto e vírgula 
e incluídas numa relação que varia de três a sete palavras. Um bom critério é selecionar as que 
se utiliza para procurar na Web um artigo semelhante. 
Introdução – a introdução fornece ao leitor o enquadramento para a leitura do 
artigo. Este deve esclarecer a natureza do problema cuja resolução se descreve no texto, a 
essência do estado da arte no domínio abordado, sua relevância para fazer progredir o estado 
da arte e principalmente o objetivo o trabalho, via de regra finalizando este item. 
Corpo do Artigo ou Desenvolvimento – o corpo do texto é constituído da descrição, 
ao longo de vários parágrafos, de todos os pontos relevantes do trabalho realizado. 
É o momento em que o autor do texto estabelece um diálogo entre o tema abordado e 
os autores escolhidos para que juntos, em parceria, possam margear o título do artigo de forma 
a convencer e seduzir o leitor acerca do assunto dissertado. (fazer link). 
Conclusão – devem ser enunciadas claramente, e deverão abordar o que é que o 
trabalho descrito no artigo conseguiu e qual a sua relevância; as vantagens e limitações das 
propostas que o artigo apresenta. Em alguns casos, deve-se incluir ainda: referência a eventuais 
aplicações dos resultados obtidos; recomendações para trabalhos futuros. 
Em caso do trabalho ter uma hipótese levantada, este é o item onde o autor deve deixar 
explicito se esta hipótese foi confirmada ou não. No caso negativo ou positivo ele, o autor, 
lançará mão de argumentos que sustentem sua posição. 
Referência – trata-se de uma listagem dos livros, artigos ou elementos bibliográficos 
que foram referenciados ao longo do texto. 
A referência deve ser levada em conta especialmente pelo aspecto ético. Sendo assim, 
a sua utilização é imprescindível, evitando assim o uso de ideias e conceitos emanados de outros 
autores sem a devida citação. 
Embora existam algumas diferentes normas de referenciação, a recomendada é a 
editada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). 
 
 
 
34 
 
8. MONOGRAFIA 
Etimologicamente, monografia quer dizer “trabalho escrito sobre um único tema”. Na 
definição da ABNT (P-TB-49/67), monografia é “Documento que apresenta a descrição 
exaustiva de determinada matéria, abordando aspectos científicos, históricos, técnicos, 
econômicos, artísticos, etc.”. 
Pode-se assim dizer, que uma monografia é um estudo que se realiza a partir de 
questões determinadas e limitadas, onde se utiliza regras metodológicas para se obter resultados 
que possam ser testados. Em resumo a monografia se caracteriza, segundo Oliveira, (1998), por 
observar 
a- Redução da abordagem a um só tema.b- Tratamento exaustivo e completo em profundidade. 
c- Necessidade de investigação científica como suporte. 
d- Condição de apresentar contribuição para o progresso da ciência. 
e- Exigência de oferecer uma contribuição pessoal original à ciência. 
f- Um trabalho que observa e acumula observações. 
g- Organiza essas informações e observações. 
h- Procura as relações e regularidades que pode haver entre elas. 
i- Indaga de forma inteligente as leituras e experiências para comprovação. 
j- Comunica aos demais seus resultados. 
k- Expressa uma descoberta verdadeira. 
l- Apresenta provas. Para muitos, é a comprovação que distingue o científico daquele 
que não é. Em consequência, pode-se afirmar que a maior arte de uma investigação cientifica 
consiste na procura de provas conclusivas. 
m- Pretendem ser objetivas, ou seja, independentes do pesquisador que as apresenta: 
qualquer outro pesquisador deve poder encontrar o mesmo resultado, isto é, verificar as 
afirmações ou, com o seu trabalho, refutá-las ou modificá-las. 
n- Possuem uma formulação geral. A ciência procura, classifica e relaciona fatos ou 
fenômenos, com a intenção de encontrar os princípios gerais que os governam. 
o- Sistemáticos, portanto ordenados segundo princípios lógicos. 
p- Expõe interpretações e relações entre fatos-fenômenos assim como suas 
regularidades. (OLIVEIRA, 1998, p. 236). 
 
35 
 
8.1 ESTRUTURA DA MONOGRAFIA 
A estrutura de teses, dissertações, monografias ou de um trabalho acadêmico seguem, 
em sua construção as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), 
compostas de elementos obrigatórios e elementos opcionais, conforme determinação 
normativa. Sendo assim, as teses, dissertações, monografias e os trabalhos científicos são 
separados em três fases, são elas: elementos pré-textuais; elementos textuais; e elementos pós-
textuais. Cada fase constitui processos de formulação que compõe a construção das 
monografias e trabalhos científicos. 
Os elementos pré-textuais e pós-textuais serão solicitados conforme o tipo de trabalho 
apresentado. Consideram-se obrigatórios todos os itens imprescindíveis para a elaboração do 
trabalho e opcionais os que ficam a critério do autor e/ou do orientador. 
 
8.1.1 ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS 
Elementos que antecedem o texto com informações que ajudam na identificação e 
utilização do trabalho. Os elementos pré-textuais são constituídos das seguintes fases: 
 
Elementos pré-textuais 
a- Capa (obrigatório) 
b- Lombada (opcional) 
c- Folha de rosto (obrigatório) 
d- Errata (opcional) 
e- Folha de aprovação (obrigatório) 
f- Dedicatória(s) (opcional) 
g- Agradecimento(s) (opcional) 
h- Epígrafe (opcional) 
i- Resumo na língua portuguesa (obrigatório) 
j- Resumo em língua estrangeira (obrigatório) 
k- Lista de ilustrações (opcional) 
l- Lista de tabelas (opcional) 
m- Lista de abreviaturas e siglas (opcional) 
n- Lista de símbolos (opcional) 
 
36 
 
o- Sumário (obrigatório) 
 
8.1.2 ELEMENTOS TEXTUAIS 
 
Os Elementos Textuais são apresentados através das fases: 
a- Introdução; 
b- Desenvolvimento; 
c- Conclusão. 
 
8.1.3 ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS 
 
Os elementos Pós-Textuais são constituídos das seguintes fases: 
a- Referências (obrigatório); 
b- Glossário (opcional); 
c- Apêndice(s) (opcional); 
d- Anexo(s) (opcional); 
e- Índice(s) (opcional). 
 
8.2 DETALHANDO OS ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS 
 
Capa 
Elemento obrigatório. Definição: [...] proteção externa do trabalho e sobre a qual se 
imprimem as informações indispensáveis à sua identificação. A primeira folha constante no 
trabalho é chamada de falsa capa e deve repetir integralmente a capa. As informações deverão 
ser transcritas na seguinte ordem: 
a- Nome do(s) autor (es) 
b- Quando houver mais de um autor, deve-se obedecer a ordem alfabética de 
prenome; 
c- Título; 
d- Subtítulo (se houver); 
e- Local (cidade da Instituição); 
f- Ano (da entrega). 
 
37 
 
g- A capa para as monografias e projetos experimentais deve ser em brochura, capa 
dura, revestida com percalux, obedecendo-se a cor conforme o curso. 
 
Lombada 
Elemento opcional. Descrição: [...] parte da capa do trabalho que reúne as margens 
internas das folhas, sejam elas costuradas, grampeadas, coladas ou mantidas juntas de outra 
maneira. Deve conter as seguintes informações: 2 cm do início da lombada, ano impresso, 
longitudinalmente, e legível, do alto para o pé da lombada; centralizado, nome do autor por 
extenso (como aparece na capa) impresso longitudinalmente e legível do alto para o pé da 
lombada, facilitando assim a leitura quando o trabalho está no sentido horizontal, com a face 
voltada para cima. Apesar da ABNT definir a lombada como elemento opcional, a 
consideraremos como elemento obrigatório. 
 
 
Fonte: BASTOS, Daisi Rocha (20007). 
 
 Folha de Rosto 
Elemento obrigatório. Descrição: [...] folha que contém os elementos essenciais à 
identificação do trabalho. Deve conter as seguintes informações: 
a- Nome da Instituição; 
b- Nome do autor (em ordem direta: Nome e Sobrenome); 
c- Título; subtítulo (se houver); 
d- Natureza do trabalho (monografia, projeto experimental) e objetivo grau pretendido, 
aprovação em disciplina, nome do curso, nome da instituição; 
 
38 
 
e- Nome e titulação do orientador e se houver do coorientador; 
f- Local (cidade da instituição); 
g- Ano (de entrega). 
 
Errata 
Elemento opcional. Descrição: [...] lista das folhas e linhas em que ocorrem erros, 
seguidas das devidas correções. Apresenta-se quase sempre em papel avulso ou encartado, 
acrescido ao trabalho depois de impresso. Recomenda-se imprimir a errata em papel adesivo e 
colá-la no verso da capa, evitando-se assim, perda das informações. Utiliza-se a errata apenas 
para corrigir erros, nunca para acréscimo de informações. 
 
Folha de Aprovação 
Elemento obrigatório. Descrição: [...] folha que contém os elementos essenciais à 
aprovação do trabalho. Deve conter as seguintes informações: 
a- Nome do autor; 
b- Título; 
c- Subtítulo (se houver); 
d- Natureza e objetivo; 
e- Instituição a que é submetido; 
f- Área de concentração; 
g- Nome, titulação e instituição a quem pertencem os membros da banca examinadora; 
h- Data e local (cidade) de aprovação. 
 
Dedicatória, Agradecimento, Epígrafe 
A Dedicatória e elemento opcional. Descrição: [...] folha onde o autor presta 
homenagem ou dedica seu trabalho. A dedicatória é mais íntima que os agradecimentos. 
Normalmente dedica-se menos e agradece-se mais. Não se deve incluir a palavra dedicatória. 
Os Agradecimentos também e elemento opcional. Descrição: [...] folha onde o autor 
faz agradecimentos dirigidos àqueles que contribuíram de maneira relevante à elaboração do 
trabalho. Não há regras para os agradecimentos, apenas sugere-se que se registrem 
agradecimentos àqueles ligados diretamente à elaboração do trabalho (orientador, instituição, 
outros professores). 
 
39 
 
A palavra agradecimento deve vir centralizada no início da folha, seguindo-se o estilo 
dos indicadores de seção sem indicativo numérico. 
A Epígrafe da mesma forma que a dedicatória e o agradecimento também e elemento 
opcional. Descrição: [...] folha onde o autor apresenta uma citação, seguida de indicação de 
autoria, relacionada com a matéria tratada no corpo do trabalho. 
 
Resumo 
Elemento obrigatório. Descrição: Resumo na língua materna portuguesa. 
Apresentação concisa dos pontos relevantes de um texto, fornecendo uma visão rápida e clara 
do conteúdo e das conclusões do trabalho. Não deverá ultrapassar 500 palavras, seguido logo 
abaixo das palavras representativas do conteúdo do trabalho, isto é, palavras-chave. Deve-se 
apresentar de três a cinco palavras-chave que deverão estar separadas entre si por ponto e 
finalizadas também por ponto. O resumo é apresentado em um único parágrafo, com 
espacejamento entre linhas simples. 
 
Lista de Ilustração, Lista de Tabelas,Lista de Abreviaturas e Símbolos 
Lista de ilustração: elemento opcional. Deve ser elaborado de acordo com a ordem 
apresentada no texto, com cada item designado por seu nome específico, acompanhado do 
respectivo número da página. Recomenda-se a elaboração de lista própria para cada tipo de 
ilustração (desenhos, esquemas, fluxogramas, fotografias, gráficos, mapas, organogramas, 
plantas, quadros, retratos e outros). 
A lista de ilustrações deve ser feita se o desenvolvimento do trabalho apresentar mais 
de 05 (cinco) do mesmo tipo, desconsiderando-se apêndices e anexos. 
Lista de Tabela: elemento opcional. Deve ser elaborado de acordo com a ordem 
apresentada no texto, com cada item designado por seu nome específico, acompanhado do 
respectivo número da página. Tal como a lista de ilustrações deve ser feita apenas se existirem 
mais de 05 (cinco) no desenvolvimento do trabalho, desconsiderando-se apêndices e anexos. 
Lista de Abreviaturas e Siglas: elemento opcional. Deve ser elaborado em ordem 
alfabética das abreviaturas e siglas utilizadas no texto, seguidas das palavras ou expressões 
correspondentes grafadas por extenso. Recomenda-se a elaboração de lista própria para cada 
tipo e que seja elaborada quando houver mais de 05 (cinco) siglas ou abreviaturas. 
 
40 
 
Lista de Símbolos: elemento opcional. Deve ser elaborado de acordo com a ordem 
apresentada no texto, com o devido significado. 
 
Sumário 
Elemento obrigatório. Descrição: [...] enumeração das principais divisões, seções e 
outras partes do trabalho, na mesma ordem e grafia em que a matéria nele se sucede. Suas partes 
são acompanhadas dos respectivos números das páginas. Os elementos pré-textuais não devem 
constar no sumário, conforme NBR 6027 (2005). Deverá constar a partir do capítulo 1 
Introdução, que é o primeiro elemento textual. 
Todos os itens após o sumário são numerados (excetuando-se os elementos pós-
textuais), paginados (elementos textuais e pós-textuais) e devem constar no sumário. 
 
8.3 ELEMENTOS TEXTUAIS 
 
Parte do trabalho em que é exposta a matéria. Constituídos de três partes fundamentais: 
introdução, desenvolvimento e conclusão. Parte inicial do texto, onde deve constar a 
delimitação do assunto tratado, objetivos da pesquisa e outros elementos necessários para situar 
o tema do trabalho, por se tratar de elemento textual, a numeração progressiva deve começar 
pela Introdução. 
O Desenvolvimento e a parte principal do texto, que contém a exposição ordenada e 
pormenorizada do assunto. Divide-se em seções e subseções, que variam em função da 
abordagem do tema e do método. É o trabalho propriamente dito. É no desenvolvimento que 
constam as citações, que são menções de uma informação extraída de outra fonte. 
 
8.3.1 INTRODUÇÃO 
 
Parte inicial do texto, onde deve constar a delimitação do assunto tratado, objetivos da 
pesquisa e outros elementos necessários para situar o tema do trabalho, por se tratar de elemento 
textual, a numeração progressiva deve começar pela Introdução. 
 
8.3.2 DESENVOLVIMENTO 
 
 
41 
 
Parte principal do texto, que contém a exposição ordenada e pormenorizada do 
assunto. Divide-se em seções e subseções, que variam em função da abordagem do tema e do 
método. É o trabalho propriamente dito. É no desenvolvimento que constam as citações, que 
são menções de uma informação extraída de outra fonte. 
 
8.3.3 CONCLUSÃO 
 
Elemento obrigatório. Definição: [...] parte final do texto, na qual se apresentam 
conclusões correspondentes aos objetivos ou hipóteses. Faz-se na conclusão um apanhado geral 
do trabalho informando os itens mais relevantes que se pode verificar na elaboração do mesmo. 
Por se tratar de trabalhos com um prazo relativamente pequeno para sua elaboração, nem 
sempre é possível se chegar a uma conclusão, podendo-se assim, substituí-la por Considerações 
Finais. Por ser o último elemento textual, deverá ser numerado seguindo a numeração 
progressiva do trabalho. 
 
8.4 REFERÊNCIAS 
Elemento obrigatório. Definição: [...] conjunto padronizado de elementos descritivos 
retirados de um documento, que permite sua identificação individual. Os termos Referências 
Bibliográficas e Bibliografia se encontram em desuso, devendo-se apenas utilizar o termo 
Referências. Devem-se incluir nas referências, apenas as das obras que são citadas no texto. 
Caso seja necessário, incluir as referências não citadas em Apêndice. Exemplos: 
Um autor 
ALMEIDA, A. F. de. Português básico: gramática, redação e textos. 3. ed. São Paulo: Atlas, 
1992. 
 
Dois autores 
MARTINS, D. S.; ZILBERKNOP, L. S. Português instrumental: de acordo com as 
atuais normas da ABNT. 24. ed. Porto Alegre: Sagra Luzzatto, 2003. 
 
Três autores 
RIESMAN, D.; GLAZER, N.; DENNEY, R. A Multidão solitária: um estudo da mudança do 
caráter americano. São Paulo: Perspectiva, 1971. 
 
 
42 
 
Mais de três autores 
ADAMS, R. N. et al. Mudança social na América Latina. Rio de Janeiro: Zahar, 1967. 
 
Artigo de periódico 
TOURINHO NETO, F. C. Dano ambiental. Consulex, Revista Jurídica, Brasília, DF, 
v.1, n. 1, p. 18-23, fev. 1997. 
 
Jornal 
NAVES, P. Lagos andinos dão banho de beleza. Folha de S. Paulo, São Paulo, 28 jun. 
1999. Folha Turismo, Caderno 8, p. 13. 
 
Artigo da Internet 
CASTRO, Daniel. Análise: redes saem vitoriosas com padrão japonês de TV digital. 
Folha de São Paulo, São Paulo, 08 mar. 2006, Folha Dinheiro. Disponível em: 
<http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u105780.shtml>. Acesso em: 10 
mar. 2006. 
 
Informações pertinentes às referências 
• As referências devem aparecer em ordem alfabética de sobrenome dos autores; 
• Os prenomes dos autores podem ser digitados por extenso, ou abreviadamente. 
• Deve-se obedecer ao que aparece na obra original; 
• Em caso de livros, o título da obra deve ser destacado, para isto utiliza-se negrito, ou 
sublinhado. O subtítulo da obra não deve ser destacado; 
• Quando a obra tiver volumes, deverá seguir como aparece folha de rosto da mesma: 
• em algarismo romano ou arábico (v. 3 ou v. III); 
• O termo correto a ser usado é Referência (não bibliografia, nem referências). (Bibliográficas); 
• O espacejamento entre linhas é simples e as referências devem ser separadas por dois espaços 
simples; o alinhamento é o esquerdo e nunca o justificado; 
• Quando na mesma folha houver mais de uma indicação do mesmo autor, o nome dele não 
deverá ser repetido. Coloca-se no lugar de seu nome, seis toques de travessão. 
 
Deverá ser seguida a ordem alfabética dos títulos. 
 
Exemplo: 
 
43 
 
CHAUÍ, M. de S. Convite à filosofia. 13.ed. São Paulo: Ática, 2004. 
______. A Nervura do real: imanência e liberdade em Espinosa. São Paulo: Companhia das 
Letras, 1999. 
 
• Não sendo possível determinar o local, utiliza-se a expressão sine loco abreviada, entre 
colchetes [s.l.]. 
• Não sendo possível identificar a editora, utiliza-se a expressão sine nomine abreviada, entre 
colchetes [s.n.]. 
• Não sendo possível identificar o ano da publicação, indica-se o ano provável (p.e. 1999?), a 
década provável (p.e.199?) ou o século provável (p.e. 19??). 
• Autor não tem sigla. Se a autoria for de uma entidade coletiva, ela deverá ser indicada por 
extenso. P.ex. ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS e não ONU. 
 
Para referências de obras em meio eletrônico, deve-se obedecer aos padrões indicados 
para o tipo de suporte impresso, acrescidas das informações relativas à descrição física do meio 
eletrônico (disquetes, CD-ROM). Quando se tratar de obras online, deve-se indicar o endereço 
eletrônico e a data de acesso. A hora de acesso não é necessária. 
Existem outras situações previstas pela norma 6023 da ABNT. Se necessário, consulte 
um bibliotecário. 
8.5 APÊNDICE 
Elemento opcional. Descrição: [...] texto ou documento elaborado pelo autor, a fim de 
complementar sua argumentação, sem prejuízo da unidade nuclear do trabalho. Os apêndices 
são identificados por

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