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KARLA LUZIENE BARROS INTOLERÂNCIA À LACTOSE: A IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO E DA CONDUTA NUTRICIONAL São Luís 2021 KARLA LUZIENE BARROS INTOLERÂNCIA À LACTOSE: A IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO E DA CONDUTA NUTRICIONAL Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade Pitágoras, como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Nutrição. Orientador: Karoline Amaral Diniz São Luís 2021 KARLA LUZIENE BARROS INTOLERÂNCIA À LACTOSE: A IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO E DA CONDUTA NUTRICIONAL Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade Pitágoras, como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Nutrição. BANCA EXAMINADORA Prof. (a). Titulação Nome do Professor (a) Prof. (a). Titulação Nome do Professor (a) Prof. (a). Titulação Nome do Professor (a) São Luís, dia 10 de novembro de 2021. Dedico esse trabalho de conclusão de curso à minha filha Ana Karolyne, que aos 9 anos foi diagnosticada com Intolerância à lactose, após anos de busca por um diagnóstico. AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente a Deus por ter me concedido a oportunidade de iniciar e finalizar esse ciclo, a faculdade Pitágoras e aos meus professores por trilhar comigo o caminho da educação. A minha amiga Carla Cristina, seu esposo Júnior, por me auxiliarem na volta para a casa depois das aulas da faculdade. A minha amiga Ana Nilres, por me incentivar, inspirar e principalmente por estar ao meu lado em todos os momentos. Agradeço aos meus filhos Ana Karolyne, Neydson e Neythan por serem a razão de todo o meu esforço e resiliência. Por fim, e não menos importante, quero agradecer ao meu esposo Aldiney, por confiar em mim, apoiar e me enxergar de forma gigantesca, que proporcionou esses anos de estudos, não me deixando fraquejar nos momentos difíceis. Eu tentei 99 vezes e falhei, mas na centésima tentativa eu consegui, nunca desista de seus objetivos mesmo que esses pareçam impossíveis, a próxima tentativa pode ser a vitoriosa. Albert Einstein BARROS, Karla Luziene. Intolerância à Lactose: A Importância do Diagnóstico e da Conduta Nutricional. 2021. 30 folhas. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Nutrição) – Faculdade Pitágoras, São Luís, 2021. RESUMO A alimentação vem passando por grandes mudanças e muitas pessoas se alimentam de maneira inadequada o que contribui para o desenvolvimento de problemas de saúde relacionados à alimentação, dentre eles a intolerância à lactose. E visando discutir acerca da intolerância à lactose foi realizada uma revisão de literatura utilizando publicações em português, inglês ou espanhol com base em pesquisas indexadas nos bancos de dados Scientific Electronic Library Online (Scielo), Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS). O levantamento foi realizado diante do emprego dos descritores: intolerância à lactose, lactase, leite, terapia nutricional. Foram identificadas 23 publicações elegíveis que abordaram a intolerância à lactose bem como sua conduta nutricional. Essa pesquisa teve como objetivo compreender a importância da conduta nutricional em indivíduos diagnosticados com intolerância à lactose, diante disso foi evidenciado a importância de estudar essa temática dado a sua relevância clínica e epidemiológica, compreendendo a importância do profissional de nutrição frente ao manejo terapêutico tendo em vista que a alimentação adequada controla a manifestações dos sintomas. Os eixos abordados demonstram que ainda existe muito a discorrer sobre essa temática principalmente em uma perspectiva pautada sobre atuação dos profissionais de saúde em relação ao diagnóstico correto para que o tratamento não cause danos à saúde nutricional do paciente. Palavras-chave: Intolerância à Lactose. Lactase. Leite. Terapia Nutricional. BARROS, Karla Luziene. Lactose Intolerance: The Importance of Diagnosis and Nutritional Conduct. 2021. 30 sheets. Course Completion Work (Graduation in Nutrition) - Faculdade Pitágoras, São Luís, 2021. ABSTRACT Food has been undergoing major changes and many people feed inadequately, which contributes to the development of food-related health problems, including lactose intolerance. A literature review was conducted to discuss lactose intolerance using publications in Portuguese, English or Spanish based on research indexed in the Scientific Electronic Library Online (Scielo), Virtual Health Library (VHL) and Latin American and Caribbean Literature in Health Sciences (LILACS) databases. The survey was conducted in view of the use of the descriptors: lactose intolerance, lactase, milk, nutritional therapy. Twenty-three eligible publications that addressed lactose intolerance as well as their nutritional management were identified. This research aimed to understand the importance of nutritional management in individuals diagnosed with lactose intolerance, in view of this, the importance of studying this theme was evidenced given its clinical and epidemiological relevance, understanding the importance of the nutrition professional in the face of therapeutic management, considering that adequate feeding controls the manifestations of symptoms. The axes addressed demonstrate that there is still much to discuss on this theme, especially in a perspective based on the performance of health professionals in relation to the correct diagnosis so that treatment does not cause damage to the patient's nutritional health. Keywords: Lactose Intolerance. Lactase. Milk. Nutritional therapy. LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1 - Ocorrência da Intolerância através da Lactose não Hidrolisada pela Lactase ................................................................................................................ 17 Figura 2 - Diferença dos Mecanismos Imunológicos da Intolerância à Lactose e Alergia à Proteína do Leite .................................................................................. 20 Figura 3 - Sinais e Sintomas de Acordo com os Mecanismos Imunológicos da Alergia à Proteína do Leite .................................................................................. 21 Figura 4 - Relação da Quantidade de Lactose presente no Alimento com a Declaração Obrigatória no Rótulo do Produto ..................................................... 25 LISTA DE QUADROS Quadro 1 - Diferença entre Intolerância à Lactose e Alergia à Proteína do Leite ..... 22 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS APVL Alergia à Proteína do Leite de Vaca BVS Biblioteca Virtual em Saúde CH2 Dióxido de Carbono CH4 Metano H2 Hidrogênio IL Intolerância à Lactose LILACS Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde SCIELO Scientific Electronic Library Online SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ................................................................................................... 13 2. INTOLERÂNCIA À LACTOSE ........................................................................... 15 3. INTOLERÂNCIA À LACTOSE E ALERGIA A PROTEÍNA DO LEITE .............. 19 4. CONDUTAS NUTRICIONAIS EM INDIVÍDUOS DIAGNOSTICADOS COM INTOLERÂNCIA À LACTOSE.................................................................................. 23 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................... 27 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 29 13 1. INTRODUÇÃO A alimentação vem passando por um processo contínuo de mudanças, e tem forte influência sobre a vida das pessoas, pois afeta não só a saúde, como também a qualidade de vida. Com essas mudanças, muitas pessoas desenvolveram problemas de saúde relacionados à alimentação que podem requerer a retirada de alguns macros ou micronutrientes, como é o caso do leite e seus derivados (ROCHA, 2012). A Intolerância à Lactose (IL) é uma patologia que tem crescido de forma acentuada e está presente em 65% da população mundial afetando pessoas de qualquer faixa etária e sofre variações de acordo com a etnia e hábitos culturais (BATISTA et al., 2018). A pesquisa permitiu orientar a população a identificar os sintomas da intolerância a lactose, com o objetivo de procurar a ajuda profissional adequada para o tratamento que se baseia na retirada de alimentos específicos, e os nutricionistas são os profissionais mais capacitados quando o assunto é alimentação, divulgando o conhecimento produzido e colaborando no desenvolvimento de outros estudos para ampliar o conhecimento e compreender quão importante é o diagnóstico e conduta nutricional adequada em indivíduos com IL. A IL compreende um conjunto de reações fisiopatológicas, de caráter não imunológico, causadas por desordens metabólicas que ocorre pela falta ou deficiência da produção da enzima lactase com manifestações de sintomas gastrointestinais. É uma patologia que não tem cura que pode surgir em diferentes momentos da vida e nos últimos anos apresentou um aumento significativo. Diante do exposto, questiona- se: qual a importância do diagnóstico e da conduta nutricional? Para responder esse questionamento foi desenvolvido como objetivo principal pesquisar a importância da conduta nutricional em indivíduos diagnosticados com IL. E como objetivos específicos têm-se: descrever a intolerância à lactose, apontar as diferenças e semelhanças entre IL e alergia a proteína do leite e por fim, explicar as condutas nutricionais em indivíduos diagnosticados com IL. É um estudo descritivo realizado por meio de revisão bibliográfica, utilizando a base de dados: Scientific Electronic Library Online (Scielo), Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS). Essa busca utilizou artigos indexados, trabalho de conclusão de curso, teses e dissertações que abordassem intolerância à lactose escritos em português, 14 espanhol ou inglês selecionados no período de 2004 a 2019. O levantamento de publicações foi realizado diante do emprego dos descritores: intolerância à lactose, lactase, leite, terapia nutricional. Como critérios de inclusão adotados foram: artigos que abordassem o tema proposto disponíveis na íntegra, nos idiomas e período pré- selecionados. Já os critérios de exclusão foram publicações que não se enquadraram nos critérios de inclusão pré-estabelecidos. 15 2. INTOLERÂNCIA À LACTOSE A população mundial tem passado por grandes mudanças, e a alimentação está entre elas, e o número considerável de pessoas está alimentando-se de maneira inadequada consumindo alimentos industrializados pela facilidade do consumo. Com essas mudanças muitas pessoas desenvolveram problemas de saúde relacionados à alimentação entre eles a intolerância à lactose (BARRINHA et al., 2020). A lactose é um carboidrato encontrado exclusivamente no leite sendo a fonte de energia mais importante no primeiro ano de vida, sendo constituída por dois monossacarídeos, a galactose e glicose (BATISTA, 2018). Essa condição é classificada como uma intolerância alimentar que se caracteriza por manifestações clínicas gastrointestinais, decorrente da má digestão e má absorção da lactose proveniente da redução dos níveis da enzima lactase na mucosa intestinal, essa intolerância ocorre quando o organismo reage a um alimento, contudo essa reação é livre de intervenções imunológicas (OLIVEIRA et al., 2020). A intolerância à lactose pode ser classificada como adquirida podendo ser primária, secundária e congênita. A intolerância primária é o tipo mais comum na população que acontece a partir dos três anos de idade resultante de uma condição autossômica recessiva caracterizada pelo declínio fisiológico parcial ou total da produção da enzima lactase nas células intestinais. Grande parte dos indivíduos toleram uma quantidade de leite e derivados, sendo que algumas pessoas até desenvolvem mecanismo de tolerância através da adaptação colônica, podendo ser testada através da tentativa de reintrodução gradativa, sendo balanceado com os sintomas de cada indivíduo (BRANCO et al., 2017; OLIVEIRA et al., 2020). A intolerância secundária é definida pela existência de uma situação fisiopatológica decorrente de medicamentos ou doença causando danos à mucosa do intestino delgado diminuindo a digestão ou absorção da lactose resultando em IL que pode ser reversível assim que o paciente inicia o tratamento da doença de base ou a lesão da mucosa desaparecendo os sintomas da intolerância. E por fim, a intolerância à lactose congênita é uma condição rara e extremamente grave de origem genética em que ocorre a ausência total ou parcial da enzima lactase, que acomete recém- nascidos, nos primeiros dias de vida após a ingestão da lactose (BRANCO et al., 2017). 16 Segundo Barbosa et al (2020) 65% da população mundial sofre de intolerância a lactose e a sua prevalência é diferenciada entre as populações: 80 a 100% dos índios americanos e asiáticos, 60 a 80% dos negros e latinos e 2 a 15% dos descentes de norte europeus. Um estudo realizado no Brasil com uma população de 567 indivíduos demostrou a prevalência da intolerância à lactose no adulto em que 57% eram brancos e mulatos, 80% em negros e 100% nos japoneses, e que o maior número de pessoas com intolerância à lactose se encontra nas regiões sudeste e sul do país. A persistência da lactase ou tolerância nas diferentes populações pode estar associada com a domesticação do gado leiteiro e com o hábito de consumir leite após o desmame o que contribui para a prevalência da IL variando conforme a região geográfica e os hábitos a população (BATISTA, 2018). Quando a lactose não é hidrolisada, ela acumula-se no colón, onde é fermentada pela flora intestinal, levando a formação de gases como dióxido de carbono (CH2), metano (CH4) e hidrogênio (H2), sendo responsáveis pelas dores abdominais, flatulências e distensão, também é produzido ácidos acético, butirico e propiônico que irão acidificar o pH do meio. Esses gases são produzidos pela lactose fermentada trazendo ao indivíduo desconforto abdominal e flatulência. A produção também de ácido lático que é osmoticamente ativado captando agua para o intestino causando diarreia. Quando esses sinais se agravam podem causar acidose metabólica, desidratação, e em alguns casos até desnutrição (MATHIÚS et al., 2016). Após ingerir leite e seus derivados os indivíduos com intolerância à lactose, apresentam um conjunto de sinais e sintomas. As manifestações clínicas mais comuns são: flatulência, constipação, dores abdominais, borborigmo, náuseas, vômitos, diarreia, e fezes pastosas e fétidas, em geral ocorre evacuação de grande volume de fezes com aspecto espumoso e aquoso. Normalmente, os sintomas se manifestam de 30 minutos até 2 horas após o consumo, e normalmente é necessária a ingestão de 12 g de lactose (240 mL deleite) por vez, para desencadear os sintomas e a gravidade vai depender da quantidade ingerida e suportada de lactose pelo organismo, entretanto alguns pacientes conseguem ingerir pequenas quantidade de lactose sem apresentar os sintomas (PEREIRA et al., 2019; SILVA; COELHO, 2019). A Figura 1 demonstra como ocorre a intolerância através da através da lactose não hidrolisada pela lactase. 17 Figura 1 - Ocorrência da intolerância através da lactose não hidrolisada pela lactase Fonte: Google Imagens (2021) Para diagnosticar a IL realiza-se a anamnese, exame físico e a realização de testes para a confirmação do diagnostico sendo que na intolerância á lactose secundária é necessário realizar o diagnóstico da doença base. Na anamnese, o profissional busca analisar os fatores desencadeantes, avaliar os sintomas e ainda pode sugerir a restrição de lactose na dieta para verificar o aparecimento de sintomas relacionados à intolerância servindo como diagnóstico terapêutico. Existem muitos métodos diretos e indiretos para diagnosticar a intolerância à lactose e os mais utilizados são: hidrogênio expirado, teste de tolerância à lactose com etanol, teste de tolerância oral, testes de pH fecal, teste respiratório com 14C-lactose, biópsia intestinal, genético e entre outros (BARBOSA et al., 2020). O teste de tolerância à lactose (curva glicêmica) em ingerir uma dose concentrada de lactose em jejum, e durante o período de duas horas é realizado diversos exames de sangue (com 30, 60 e 90 minutos) com o objetivo de medir o nível de glicose que é refletida pela digestão da lactose e quando essa não é degrada não haverá aumento no nível de glicose (glicemia menor que 20 mg/%), e assim, o diagnóstico é confirmado (OLIVEIRA et al., 2020). O teste de hidrogênio expirado compreende um dos exames mais utilizados é considerado padrão ouro no diagnóstico da IL. Antes de realizar o exame o paciente 18 deve na véspera, ingerindo uma dieta com restrição total de lactose, evitar o uso de antibióticos durante um mês antes da realização do exame, sem fumar, não praticar exercícios ou atividades físicas e jejum de 10 a 12 horas. O exame é baseado na produção do hidrogênio pela lactose fermentada não absorvida, onde o hidrogênio entra na corrente sanguínea e é expirado pelo pulmão (MATHIÚS et al., 2016). No teste pH de fecal (teste de acidez das fezes) é utilizada a porção líquida das fezes recém emitidas e separada da urina, pode ser realizado a medida de pH. A biópsia de mucosa intestinal é realizada por endoscopia com o objetivo de medir a atividade enzimática da lactase, esse exame apresenta boa especificidade (100%) e sensibilidade (95%), contudo é um exame invasivo e de alto custo. O exame genético investiga se há mutação relacionada à produção da enzima lactase, é um exame relativamente bem rápido de ser realizado através de uma pequena amostra de sangue ou saliva é considerada a melhor forma de diagnostico pois não produz sintomas desagradáveis ao indivíduo, e em média 5 dias se obtém o resultado (OLIVEIRA et al., 2020). É importante comparar e estudar aos diferentes métodos de diagnostico, pois, a intolerância apresenta diversos sintomas que são facilmente confundidas com outras doenças, sendo o diagnóstico conclusivo essencial para o iniciar o tratamento adequado (MATHIÚS et al., 2016). Não há cura para a IL, e como tratamento, inicialmente é recomendado restringir o consumo temporariamente de leite e de outros produtos lácteos objetivando diminuir a sintomatologia dessa condição, entretanto alguns alimentos possuem em sua composição lactose não identificada, o que torna essa tarefa difícil. O leite é a maior fonte de cálcio responsável pela formação dos ossos e dentes e por manter várias funções no organismo, por isso deve ser evitada sua exclusão total e de seus derivados, pois resulta em carências nutricionais, portanto, é recomendado a reintrodução gradual desses alimentos na dieta conforme limiar sintomático do indivíduo (ZYCHAR; OLIVEIRA, 2017). 19 3. INTOLERÂNCIA À LACTOSE E ALERGIA A PROTEÍNA DO LEITE A alergia alimentar é resultado de reações imunológicas após indivíduos susceptíveis ingerirem proteínas alimentares. Dentre as alergias, os alimentos como leite de vaca, amendoim, castanhas e ovo são responsáveis por cerca de 90% dos casos de reações alérgicas alimentares, sendo a alergia à proteína do leite de vaca a mais comum (BERZUINO et al., 2017). A Organização Mundial de Alergia propôs um documento sobre a nomenclatura de alergia para que os profissionais pudessem compreender sobre os termos empregados e saiba diferencia-los (OLIVEIRA, 2013). A alergia ficou designada como uma reação de hipersensibilidade desencadeada por mecanismos imunológicos específicos. Quando outros mecanismos podem ser comprovados, como os mediados por células, deve- se empregar o termo hipersensibilidade não alérgica. O termo hipersensibilidade deve ser usado para descrever sinais e sintomas objetivamente reprodutíveis desencadeados por exposição a um estímulo definido em dose tolerada por pessoas normais (JOHANSSON et al., 2004). A intolerância e a alergia são consideradas reações adversas ao consumir determinados alimentos e podem ser classificadas em tóxicas e não tóxicas. As tóxicas são reações causadas por ingestão de alimentos contaminados, doenças metabólicas. As reações não-tóxicas são aquelas que ocorrem dependendo da susceptibilidade do indivíduo e são classificadas em: alergia alimentar e intolerância alimentar. Sendo assim a IL e da alergia à proteína do leite de vaca são consideradas reações não-toxicas (OLIVEIRA, 2013). Os profissionais da área de saúde são responsáveis pela terapêutica da alergia à proteína do leite de vaca (APVL) e da intolerância à lactose, contudo ainda há uma dificuldade realizar a correta distinção entre esses termos. Sendo assim a intolerância é um processo secundário resultante da deficiência da lactose enquanto a alergia ao leite envolve mecanismos imunológicos contra as proteínas do leite. Dessa forma o termo “alergia à lactose” é utilizado erroneamente (DUARTE, 2016). A Figura 2 mostra a diferença dos mecanismos imunológicos da Intolerância à Lactose e alergia à proteína do leite. 20 Figura 2 - Diferença dos mecanismos imunológicos da Intolerância à Lactose e alergia à proteína do leite Fonte: Duarte (2016) A alergia à proteína do leite de vaca é o tipo mais comum de alergia em crianças de até vinte e quatro meses, geneticamente predispostas, sendo prevalente entre 2 a 3% em crianças menores de 3 anos. O leite é um dos primeiros alimentos a serem introduzidos na alimentação infantil e somados ao sistema imunológico imaturo destas, favorece a sensibilização a esse alérgeno. Sua origem está associada à introdução precoce do leite de vaca na alimentação de lactentes e também ao desmame precoce do leite materno. Além disso as crianças que se alimentam exclusivamente de leite materno também podem desenvolver APVL (BRASIL, 2012). Segundo Oliveira (2013) dentre os fatores que mais afetam o desenvolvimento da alergia à proteína do leite na infância, estão, permeabilidade da barreira do trato gastrointestinal, predisposição genética, imaturidade do sistema imune e do aparelho digestivo que são características intrínsecas nos dois primeiros anos de vida das crianças. Os mecanismos imunológicos que fundamentam as reações da alergia ao leite podem ser classificados em: reações mediadas por IgE (hipersensibilidade imediata), reações não mediadas por IgE (hipersensibilidade prolongada) e reações mistas (SAMPAIO, 2017). As reações mediadas por IgE são consideradas fácil de 21 diagnosticar pois apresentar sintomas rápidos que ocorrem em minutos ou em até 2 horas após ingerir leite. Dentre as manifestações clínicas IgE-mediadascompreende alergia oral (edema e prurido dos lábios, sensação de “aperto na garganta”) e alergia gastrointestinal imediata (diarreia, vômitos, dor abdominal), apesar de raras podem ocorrer reações anafiláticas com risco de vida (MAIA, 2019). As reações não mediadas por IgE produzem manifestações tardias, e podem acontecer horas ou dias após ingerir leite. As reações mistas são mediadas por anticorpos IgE e por células (linfócitos T e citocinas pró-inflamatórias) podendo apresentar sintomas imediatos e tardios após o consumo de leite (CASTRO et al., 2015). As manifestações clinicas da alergia acontecem mesmo quando o indivíduo ingere pequenas quantidades de leite. A Figura 3, mostra os sinais e sintomas conforme os mecanismos imunológicos da alergia à proteína do leite. Figura 3 - Sinais e sintomas de acordo com os mecanismos imunológicos da alergia à proteína do leite Fonte: Castro et al., (2015) O diagnóstico deve ser realizado com cautela, pois a terapêutica é baseada na exclusão do leite da dieta, e isso traz uma série de consequências ao paciente pois esse alimento é rico em nutrientes, principalmente o cálcio (SOUZA; MEDEIROS, 2016). As reações orgânicas relacionadas à lactose como intolerância e alergia à proteína do leite são frequentemente confundidas devido a apresentarem uma 22 sintomatologia semelhante, entretanto os mecanismos fisiopatológicos são distintos. O Quadro 1 demonstra a diferença entre Intolerância à lactose e Alergia à proteína do leite. Quadro 1 - Diferença entre Intolerância à lactose e Alergia à proteína do leite Intolerância à lactose Alergia a proteína do leite Uma sensibilidade. Uma alergia. Dificuldade na digestão da lactose em virtude da deficiência de lactase no corpo Reação do sistema imunológico a proteína do leite de vaca Ocorre no sistema gastrointestinal. Desencadeada pelo sistema imunológico. Sensibilidade ao carboidrato do leite. Uma reação a proteína do leite (que pode ser superada). Rara em crianças pequenas. Acomete geralmente lactente e crianças pequenas As pessoas que são acometidas podem continuar desfrutando dos produtos lácteos por meio de uma simples gestão de consumo. Deve-se evitar produtos lácteos (a menos que a alergia tenha sido superada). É raro ocorrer sensibilidade na amamentação. Mães em amamentação devem ter dieta especial isenta de leite, derivados e alimentos com as proteínas do leite. Fonte: Adaptada de Brasil (2012) É necessário diferenciar a alergia a proteína do leite da IL para que se realize um tratamento adequado que não cause danos à saúde nutricional do paciente. Em relação a APLV ocorre a exclusão do leite e seus derivados da dieta pois mesmo em concentrações mínimas os sintomas de hipersensibilidade podem ser desencadeados, enquanto na IL a restrição total de lacticínios não é necessária, pois cada indivíduo tem um nível de tolerância diferente e reage conforme a porção ingerida e dependendo da quantidade pode existir ou não manifestação dos sinais clínicos (SOUZA; MEDEIROS, 2016). 23 4. CONDUTAS NUTRICIONAIS EM INDIVÍDUOS DIAGNOSTICADOS COM INTOLERÂNCIA À LACTOSE O cuidado nutricional na intolerância à lactose deve ser iniciado quando o diagnóstico for bem estabelecido. Ainda não existe um tratamento especifico para a intolerância à lactose, contudo suas manifestações clinicas podem ser evitadas e reduzidas, dessa forma recomenda-se ao intolerante, ter uma dieta restrita de leite e outros lacticínios, mas essa atividade pode ser dificultada devido à presença desconhecida de lactose em alguns alimentos. Todavia devido ao avanço da tecnologia tem se tornado mais fácil o acesso aos alimentos sem a presença de lactose (MATTAR; MAZO, 2010). O manejo da IL depende muito da etiologia da má absorção desse carboidrato. Na deficiência primária é necessário identificar a quantidade de lactose tolerada pelo indivíduo e a partir dessas informações prescrever a dieta, que é a base do tratamento. Na deficiência secundária, o tratamento deve ser direcionado para a doença de base e por fim, na deficiência congênita, o tratamento se caracteriza em remover totalmente da dieta alimentos que tenham em sua composição lactose (BAUERMANN; SANTOS, 2013). A principal recomendação para o tratamento da IL é uma livre de laticínios, assim como alimentos que possam conter lactose, que deve ser seguida pelos intolerantes com o objetivo de evitar o desencadeamento dos sinais e sintomas como o desconforto gástrico que ocorre com à ingestão dos alimentos. Contudo, as retiradas de produtos lácteos da dieta causam grandes problemas, pois esses alimentos são fontes primárias de cálcio e o organismo necessita de quantidades significativas desse mineral, dessa forma é importante que o cálcio seja suprido através de outras fontes alimentares (MATHIÚS et al., 2016; BARBOSA et al., 2020). O consumo de produtos à base de soja é considerado a melhor substituição para o leite de vaca, pois supri a necessidade em relação à quantidade de proteína, porém é inadequada no suprimento de micronutrientes, principalmente o cálcio. Atualmente já são encontrados no mercado uma variedade de produtos lácteos com baixo teor de lactose pois diminuem o risco de manifestação da sintomatologia e auxilia na ingestão adequada de nutrientes que o corpo necessita (MATHIÚS et al., 2016). 24 Atualmente é possível desenvolver a partir do leite sem lactose diversos produtos lácteos. No mercado já está disponível derivados lácteos isentos de lactose (“lac-free”) como leites fermentados (incluindo iogurte, coalhada e kefir), fórmulas infantis, leite em pó, vários tipos de queijos, sobremesas lácteas, sorvete, leite condensado, manteiga, e entre outros. O consumo desses produtos diminui os riscos dos intolerantes apresentaram alguma reação, além de contribuir para o consumo adequado de nutrientes, especialmente o cálcio (DANTAS, 2019). Outro alimento que também pode ser indicado para os intolerantes são os queijos duros, semiduros e moles curados visto que sua grande maioria é isento de lactose, pois em seu processo de fabricação, as bactérias fermentam o queijo deixando a maior parte da lactose no soro, e pelo processo de amadurecimento os traços de lactose é transformado em ácido láctico. Entretanto, algumas pessoas relutam em comer queijos porque os níveis de lactose desses produtos não são claramente divulgados (MATHIÚS et al., 2016; DANTAS, 2019). Outro tratamento que pode ser realizado pelos intolerantes à lactose, é realizar testes de provocação, que consiste em consumir doses pequenas de leite e derivados pois isso permite que a lactase que se encontra no intestino, degrade a lactose, mantendo integra a microbiota intestinal. Dessa forma, deve sempre começar consumindo uma quantidade mínima de produtos com lactose e ir aumentando gradativamente e quando a manifestar os sintomas, interromper o consumo (MATHIÚS et al., 2016). É indicado também ingerir vegetais de cor verde escura como agrião, brócolis, repolho, couve, mostarda, e alimentos como peixes que tenha ossos moles (sardinhas e salmão) e mariscos pois são uma fonte rica em cálcio (ROCHA, 2012). Com avanço da tecnologia foi reduzido a restrição de alimentos das pessoas com intolerância a lactose, devido ao advento de diversos leites e produtos sem lactose. O processo de deslactosação do leite UHT que consiste em deixar o leite em repouso para sofrer ação da enzima lactase, dessa forma a lactase quebra a lactose em dois componentes: glicose e galactose, nesse processo não há perdas nutricionais ou calóricas no alimento; porém, algumas vezes o processo pode deixar traços de lactose (BARBOSA et al., 2020). Além disso, os pacientes devem ser orientados a ler os rótulos dos alimentos para verificar se há presença de leite ou lactose na composiçãodo produto (ROCHA, 2012). 25 A RDC n° 136/2017 determina que é obrigatório declarar a presença de lactose em todos os alimentos incluindo aditivos alimentares, ingredientes, bebidas, e coadjuvantes de tecnologia que contenham quantidade de lactose superiores a 100 (cem) miligramas por 100 (cem) gramas ou mililitros do alimento, ou seja qualquer alimento exposta a venda que tenha acima de 0,1% de lactose em sua composição deverá trazer em seu rotulo a expressão “Contém lactose” (DANTAS, 2019). A Figura 4 demonstra a relação da quantidade de lactose presente no alimento com a declaração obrigatória no rótulo do produto. Figura 4 - Relação da quantidade de lactose presente no alimento com a declaração obrigatória no rótulo do produto Fonte: Dantas (2019) Alguns alimentos funcionais como os prebióticos e os probióticos também podem ser utilizados no tratamento da intolerânciXXXXXXa pois atuam minimizando os sinais e sintomas dessa condição, pois esses microrganismos realizam o equilíbrio bacteriano da flora intestinal ajudando no controle de diarreias que é o principal sintoma da IL. Os probióticos favorecem a digestão da lactose, e os lactobacillus que é uma das principais espécies de bactérias utilizadas como probióticos produzem a própria enzima β-D-galactosidase que favorecem a quebra da molécula de lactose. Um dos principais probióticos utilizados pelos intolerantes é o kefir, e ao adicionar esse grão ao leite ocorre a degradação do açúcar pela fermentação das bactérias, o que facilita a digestão e o funcionamento intestinal (SOARES et al., 2016). 26 Quando as condutas não forem eficientes para diminuir as manifestações clinicas da intolerância à lactose, é necessário adotar algumas medidas farmacológicas como a reposição enzimática como lactase exógena (+Β - galactosidase), obtida de leveduras e fungos, são indicadas para aqueles pacientes que possui a deficiências primárias da IL, esses fármacos tem a capacidade de minimizar a sintomatologia e os valores de hidrogênio expirado, desse modo podem ser consumidos com alimentos que tenham leite em sua composição (BRANCO et al., 2017). Os preparados comerciais de “lactase”, costumam apresentar resultados diferentes pois dependem das características intrínsecas dos indivíduos que os consomem. Apesar de ser uma alternativa e muito utilizada pelos intolerantes para reduzir os efeitos das manifestações clinicas esses produtos não são capazes de degradar toda a lactose consumida (MATHIÚS et al., 2016). O nutricionista é o profissional indicado a realizar ações com o intuito de equilibrar a dieta. Cada indivíduo reagi de forma diferente ao consumir produtos de composição láctea, cabe ao nutricionista compreender em qual situação esse consumo pode fazer mal ao paciente e fracionar em pequenas porções o leite e alimentos lácteos para que possa ser tolerado. Ao montar uma dieta adequada esse profissional otimiza a disponibilidade e a quantidade ideal de nutrientes necessários, determinando à conduta adequada no manejo de pessoas com IL. O indivíduo deve seguir todas as orientações nutricionais com cuidado para evitar o desencadeamento e a piora das manifestações clínicas além atingir todas as necessidades nutricionais individuais recomendadas (ROCHA et al., 2016). É de extrema importância que o indivíduo que possua essa condição realize o acompanhamento com o profissional nutricionista, que deve analisar e adequar o consumo de nutrientes, otimizando a disponibilidade de macro e micronutrientes necessários para a qualidade de vida dos mesmos (BARRINHA et al., 2020). Por sua vez o profissional nutricionista tem um papel de grande importância no tratamento e na conduta alimentar do indivíduo com intolerância a lactose, visto que o objetivo principal é evitar a progressão da doença, a ocorrência ou piora dos sintomas gastrointestinais. 27 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS A intolerância à lactose é resultante da ingestão de alimentos derivados do leite que se caracteriza por manifestações clínicas gastrointestinais, decorrente da má digestão e má absorção da lactose proveniente da redução dos níveis da enzima lactase na mucosa intestinal. Essa condição tem forte influência sobre a vida das pessoas que manifestam os sintomas afetando não só a saúde, mas também a qualidade de vida dos mesmos. Essa patologia pode ser facilmente confundida com outras reações do organismo, como alergia à proteína do leite, o que interfere no diagnóstico da intolerância à lactose. A falta de conhecimento dos profissionais da área de saúde, não ocorre apenas no conceito para diferenciar a alergia à proteína do leite de vaca da intolerância à lactose, mas inclui também o diagnóstico e tratamento que muitas vezes é realizado de forma equivocada, afetando a saúde do paciente. O tratamento nutricional para os intolerantes é um grande desafio, e a principal recomendação para o tratamento da IL é uma dieta livre de laticínios, mas a retirada desses produtos causa grandes problemas pois são fontes primárias de cálcio e o organismo necessita de quantidades significativas desse mineral. A indústria de alimentos vem aperfeiçoando-se cada vez mais em trazer produtos de qualidade e com baixos níveis de lactose para substituir o leite de vaca, como, leite a base de soja, fórmulas parcialmente e extensamente hidrolisadas, fórmulas a base de aminoácidos e fórmulas sem lactose. O nutricionista é o profissional capacitado para atuar de maneira preventiva e intervencionista no combate a estes agravos nutricionais, bem como em todas as circunstâncias que envolvam a relação entre o homem e o alimento. Esse profissional pode realizar ações com o intuito de equilibrar a dieta tendo em vista que cada individuo reagi de maneira diferente ao ingerir produtos lácteos, e cabe a ele compreender em qual situação esse consumo pode fazer mal ao paciente, diante disso, o nutricionista deve analisar e adequar à ingestão de nutrientes, otimizando a disponibilidade de macro e micronutrientes necessários para uma boa qualidade de vida dos indivíduos com intolerância à lactose. A existência de uma alergia alimentar implica uma vigilância constante dos alimentos para que os alérgenos sejam evitados, pois a intolerância à lactose é uma patologia que possui impacto direto na vida diária das pessoas. É fundamental a 28 realização de mais estudos pois conhecendo e debatendo as implicações advindas da intolerância à lactose, é possível prestar uma assistência nutricional específica e diferenciada para minimizar os efeitos da manifestação dos sinais e sintomas proporcionando uma melhor qualidade de vida de todos que sofrem com esta patologia. 29 REFERÊNCIAS BATISTA, R.A.B et al. Lactose em alimentos industrializados: avaliação da disponibilidade da informação de quantidade. Ciênc. Saúde coletiva, Rio de Janeiro, v. 23, n. 12, p. 4119-4128, Dec. 2018. BARBOSA, Nathalia Emanuelle de Almeida et al. Intolerância a lactose: revisão sistemática. Pará Research Medical Journal, [S.L.], v. 4, p. 1-10, 2020. BARRINHA, Clecia Alves et al. 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