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Aula 2 - Bases da prevenção e do controle das infecções


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Enfermagem na prevenção e controle de infecção hospitalar
Aula 2: Bases da prevenção e do controle das infecções
hospitalares e sua cadeia epidemiológica
Apresentação
Nesta aula, exploraremos a história das infecções e conheceremos as principais leis e ações vigentes para seu controle e
prevenção.
Além disso, entenderemos a evolução dos microrganismos para identi�carmos como chegamos ao conceito atual das
infecções hospitalares.
Vamos iniciar nossa jornada?
Objetivo
Apontar os marcos da história relacionados a infecções hospitalares;
Revisar os conhecimentos atuais de microbiologia acerca de infecções hospitalares;
Listar as principais legislações brasileiras atinentes a infecções hospitalares.
Primeiras palavras
Na aula anterior foi possível entender como evoluímos desde os primeiros pensamentos cientí�cos sobre a transmissão de
germes até a legislação atual sobre o tema. Nesta aula, começamos nossas discussões acerca do tema, iniciando pelas
nomenclaturas e de�nições em infecção hospitalar.
Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online
 Bactéria causadora da pneumonia (Fonte: Kateryna Kon / Shutterstock).
Você sabe o que é infecção?
Infecção é o nome que se dá aos danos decorrentes da invasão, multiplicação e ação de agentes infecciosos ou de seus
produtos tóxicos no hospedeiro, ocorrendo interação imunológica, capaz ou não de deter o invasor. Exemplo: uma pneumonia,
que é a infecção causada pelos germes que adentram o tecido pulmonar.
Atividade
1. Na aula passada introduzimos um termo novo para você, que traduz a infecção que se adquire no ambiente hospitalar ou no
de cuidado em saúde. Você se lembra qual é esse termo?
a) Infecção hospitalar.
b) Flora natural.
c) Flora oportunista.
d) Infecção oportunista.
e) Infecção relacionada à assistência à saúde.
Infecção Relacionada à Assistência à Saúde - IRAS
 Teste de urina para verificação de infecção urinária (Fonte: OleStudio / Shutterstock).
De modo geral, pode-se dizer que a IRAS está ligada a procedimentos realizados durante a assistência, podendo ocorrer
durante a internação ou mesmo após a alta, desde que esteja relacionada ao procedimento realizado, de forma direta ou
indireta.
Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online
Por exemplo: um paciente que
desenvolveu infecção de urina
dois após uma cirurgia
abdominal e passou por
sondagem vesical durante o
procedimento pode estar sendo
vítima de IRAS.
Infecção hospitalar
Para ser considerada como hospitalar, a infecção não deve
estar presente ou em período de incubação por ocasião da
admissão, ou, se estiver presente, deve estar relacionada à
internação prévia na mesma instituição e a procedimentos
realizados, levando-se em consideração ainda o espaço de
tempo entre as internações. O diagnóstico das IRAS envolve
critérios especí�cos, que podem ser consultados no site da
ANVISA, através do link no �nal desta aula.
Quando se desconhecer o período de incubação do
microrganismo e não houver evidência clínica ou dado
laboratorial de infecção no momento da internação,
classi�ca-se como infecção hospitalar toda manifestação
clínica de infecção que se apresentar a partir de 72hs
após a admissão do paciente.
 Paciente em cuidados de infecção hospitalar (Fonte: JaaoKun / shutterstock)
Ainda chamamos de infecção hospitalar se houver troca de microbiota
causadora da infecção no caso de infecções comunitárias. Pacientes
transferidos de um hospital a outro e que manifestem infecção hospitalar
antes de 72h são considerados portadores de infecção hospitalar do
hospital de origem.
 Bebês em processo de internação (Fonte: Stoyan Yotov / shutterstock)
Infecção comunitária
A infecção adquirida pelo paciente fora destes critérios se
chama infecção comunitária e pode ser de�nida como a
infecção adquirida pelo paciente ou em período de
incubação, ou no ato de sua internação, e que não está
relacionada aos procedimentos realizados durante a
internação ou em internação anterior.
Atenção
Em recém-nascidos, se a contaminação aconteceu devido bolsa rota há mais de 24 horas fora do ambiente hospitalar ou se for
por via transplacentária, é considerada infecção comunitária. Todas as outras são consideradas infecções hospitalares.
Vamos entender outros conceitos gerais?
Infecção prevenível é
aquela que, tomando-se as
medidas adequadas, pode
ser controlada;
Infecção não prevenível é
aquela que acontece
mesmo quando todas as
medidas possíveis foram
realizadas;
Infecção endógena é
aquela causada pelos
microrganismos da �ora
do próprio indivíduo;
Infecção exógena é o
nome que se dá à infecção
causada por
microrganismos que não
pertencem à �ora natural;
Infecção metastática
acontece quando a
infecção é tão forte que
consegue alcançar outros
órgãos ou tecidos;
Infecção cruzada é o
termo que se usa quando
um pro�ssional de saúde
ou mesmo um utensílio,
equipamento ou
instrumental utilizado para
a assistência em saúde
transporta os germes de
uma pessoa, na qual pode
ou não estar causando
infecção, para outra, em
que causa infecção;
Contaminação se refere à
presença transitória de
microrganismos em
superfícies ou tecidos sem
que haja invasão ou
relação de parasitismo.
Pode ocorrer em objetos
inanimados ou em
hospedeiros. Exemplo:
Fl i ó i d ã
Colonização se relaciona
com o crescimento e
multiplicação de um
microrganismo em
superfícies epiteliais do
hospedeiro, sem expressão
clínica ou imunológica.
Esses germes já estão
instalados e não causam
infecção em condições
normais da vida cotidiana.
Exemplo: microbiota
intestinal humana normal;
Intoxicação de�ne os
danos decorrentes da ação
de produtos tóxicos, mas
também podem ser de
origem microbiana. Um
exemplo muito comum é a
intoxicação alimentar por
bactérias na maionese que
não permanece em local
refrigerado, causada
principalmente pela
Escherichia coli;
Portador é o indivíduo que
carrega um microrganismo
especí�co, podendo ou não
apresentar alterações do
quadro clínico decorrentes
do germe, mas que serve
como fonte potencial de
transmissão da infecção.
São exemplos clássicos os
portadores de HIV e do
vírus da Hepatite B;
Disseminador é o indivíduo
que elimina o
microrganismo patogênico
para o meio ambiente e
que, portanto, pode se
tornar um “disseminador
perigoso” quando passa a
ser fonte de surtos de
infecção. Quando se trata
de um pro�ssional de
saúde, deve ser afastado
das atividades de risco até
que se reverta a eliminação
Flora transitória das mãos,
que é eliminada com a
técnica de lavagem correta;
 
 
do agente. Exemplo: um
pro�ssional da saúde com
lesão infecciosa de pelelesão
por S. aureus pode causar
um surto de impetigo nos
recém-nascidos de uma
maternidade.
A cadeia do processo infeccioso
Pelos próprios termos e de�nições, é possível perceber que as infecções são transmitidas através de uma cadeia, ou seja, é
necessário que vários fatores estejam relacionados para que ela ocorra. Estão nesse processo:
Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online
1
Um micróbio (agente infectante).
2
Um portador ou reservatório do germe.
3
Um veículo que transmita o germe.
4
Uma porta de entrada que permita o estabelecimento do
germe em um novo hospedeiro.
Assim, o simples fato de se quebrar essa cadeia interrompe a transmissão dos germes. E esse é o papel fundamental das
Comissões de Controle de Infecções Relacionadas à Assistência à saúde – CCIRAS, antigas CCIH (Comissões de Controle de
Infecção Hospitalar). Veja como é essa cadeia:
 Figura 1 – Processo infeccioso
Você consegue pensar em ações ou atitudes que consigam interromper
essa cadeia?
Uma das medidas mais simples e e�cazes é a correta higienização das mãos, que pode ser feita com álcool gel ou com água e
sabonete. Apesar de ser uma técnica simples e rotineira dentro das instituições de saúde, nem sempre as normas básicas são
seguidas, causando as IRAS.
Vamos rever esta técnicaatravés das �guras abaixo, retiradas do Manual de Higienização das Mãos da ANVISA.
 Fonte: BRASIL, 2015, p.7.
Infecções cruzadas
Inúmeros estudos já conseguiram comprovar que as mãos de pro�ssionais de saúde são a maior fonte de infecção, causando
as infecções cruzadas.
1. Antes de tocar o paciente.
2. Antes e após a realização de procedimentos.
3. Ao tocar um paciente e ir tocar outro.
4. Após tocar superfícies próximas ao paciente.
Atenção
É importante lembrar que o uso de luvas não substitui o processo de higienização das mãos com água e sabonete, e que devem
ser removidos todos os adornos antes de se realizar a higienização, principalmente anéis e relógios, pois a pele abaixo destes
adornos apresenta muito mais germes do que as áreas sem adornos.
Unhas também são grandes fontes de sujeira e microrganismos, portanto é recomendado unhas curtas, bem cuidadas, sem
remoção excessiva de cutículas e, quando do uso de esmaltes, que este seja sem adornos e esteja íntegro.
A fricção adequada com preparação alcoólica pode
substituir a lavagem das mãos quando estas não estão
visivelmente sujas, porém uma técnica não substitui a outra
– elas se somam. Lembre-se que luvas de procedimentos
deixam talco como resíduo, portanto as mãos devem ser
lavadas entre as trocas de luvas ou de procedimentos. Essa
é a ação individual mais importante para o controle de IRAS.
 Fonte: SingjaiStock / Shutterstock
Para o controle individual e coletivo, visto que o trabalhador da saúde pode ser um dos ou o maior vetor de infecções, ainda
devem ser observados os itens preconizados através da Norma Regulamentadora número 32 do Ministério do Trabalho,
conhecida como NR32. Ela institui normas básicas que, quando cumpridas, impedem ou diminuem o risco a que o pro�ssional
de saúde está submetido e, desta forma, quebra a cadeia de transmissão das infecções.
 Fonte: Nata-lunata / Shutterstock
Nela também são encontradas as regras básicas
relacionadas aos equipamentos de proteção individual –
EPIs. Apesar de não ser uma norma especí�ca para o
controle de infecções, atua de forma direta na prevenção da
transmissão de germes ao prezar pela qualidade de vida do
trabalhador dentro do ambiente de trabalho, instituindo
proibições como o consumo de alimentos e bebidas no
posto de trabalho. Isso é importante pois o ato de se
consumir alimentos e bebidas em locais impróprios para
este �m, além de tirar o foco das atividades que estão
sendo executadas, gera restos orgânicos que são atrativos
para roedores, baratas e formigas, que contaminam o
ambiente e podem ser vetores de infecções. Você já tinha
pensado nessa relação?
Os enfermeiros ainda devem estar atentos a fatores inerentes aos visitantes e que podem provocar infecções hospitalares
como �ores, utensílios trazidos de casa, comidas externas. Ainda, visitantes podem estar sendo vítimas de infecção no
momento das visitas, podendo espalhar mais germes, e raramente lavam as mãos adequadamente antes de entrar em contato
com as pessoas a quem vieram visitar, além de se sentarem em leitos, entrarem em outros quartos... essas situações são
muito frequentes em ambientes hospitalares, ainda mais em maternidades.
Falando em maternidades, os bebês recém-nascidos é que �cam expostos
ao maior risco, pois todos querem abraçá-los, beijá-los e, como seus
mecanismos de defesa ainda não são tão e�cientes, podem sofrer
infecções. Por isso, boa parte das instituições de saúde tem horários
restritos de visitação, principalmente em unidades de cuidado crítico, onde
os pacientes estão mais susceptíveis e onde, certamente, também estão as
maiores taxas de infecção devido ao tipo de cuidado prestado.
Cita-se como exemplo desses locais de cuidado a pacientes críticos e que, portanto, possuem altas taxas de infecção, as
unidades de terapia intensiva (UTIs), os prontos-socorros, pronto-atendimentos e os locais que não são abertos a visitas, como
o centro cirúrgico e a central de materiais esterilizados.
Vamos falar um pouco das medidas de controle de infecção relativas
ao coletivo?
Elas tangem a processos maiores, realizados também rotineiramente, e englobam a limpeza, desinfecção e esterilização de
materiais em geral, além da manutenção da higiene e integridade do próprio ambiente, e do controle de pestes, do ar e da água,
incluindo os produtos utilizados nesses processos.
Já foi comprovado pela Ciência que a presença de sujidades ou material orgânico em superfícies ou utensílios contribui para a
elevação das taxas de infecção. Essas vertentes ainda compõem as normas para segurança do paciente, além de estarem
diretamente relacionados à Biossegurança.
Você sabe como funcionam e o que caracteriza cada um destes
processos?
É importante começarmos a delimitá-los, pois essas atividades compõem o trabalho das CCIRAS.
Clique nos botões para ver as informações.
É o nome dado ao processo em que se aplica um produto bactericida ou bacteriostático sobre determinada superfície ou
material, de modo a remover ou inviabilizar os germes ali presentes. A desinfecção pode ser de baixo, médio ou alto nível,
dependendo do produto e técnica utilizados, e é capaz de eliminar grande parte dos germes, tendo como exceção os
esporos dos fungos.
Desinfecção 
É o processo aplicado aos utensílios para que vírus, bactérias, fungos, protozoários e esporos sejam destruídos ou
inativados para um nível aceitável de segurança. O processo de esterilização pode ser físico, químico, físico-químico, e
existem normativas especí�cas para o controle dos processos de esterilização, que serão abordados em aulas
posteriores.
Esterilização 
O controle da integridade das superfícies do ambiente inclui chão, paredes, leitos, colchões, mobiliários �xos, portas,
janelas, e tudo o mais que você pode encontrar no ambiente de assistência à saúde. A integridade dessas superfícies, que
são impermeáveis e/ou laváveis, permite a remoção de sujidades (limpeza) e a aplicação de produtos (desinfecção),
promovendo redução da microbiota. Na contramão, desgastes dos materiais podem levar a acúmulo de germes,
diminuição do potencial de desinfecção e limpeza inadequada.
O controle da integridade das superfícies 
É o nome dado ao processo mais amplo de remoção de sujidades ou matéria orgânica onde, em geral, utiliza-se água e
sabão. Caso a quantidade de sujidade ou material orgânico seja grande, antes de iniciar a limpeza é preconizado a
remoção do máximo possível de resíduos com um papel absorvente, procedendo-se o descarte adequado. Este processo
não remove completamente os microrganismos, mas é auxiliar para o combate de sua cadeia de transmissão.
Limpeza 
Você sabia que existem normas especí�cas para a construção de
ambientes de prestação de assistência em saúde?
É a RDC50 e ela dispõe sobre o regulamento técnico para planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos
físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde.
Existem produtos e técnicas especí�cas em cada uma das etapas, e todos esses itens são explorados nas aulas 5 e 6 desta
disciplina.
Formigas e moscas normalmente são observadas em quartos de pacientes,
devido a resíduos que caem no ambiente ou que são deixados nos cestos de
lixo. É muito comum os acompanhantes dos pacientes levarem alimentos ou
�ores para dentro das unidades de internação, aumentando assim os
resíduos e os riscos das ocorrências de pragas.
Dentro dos ambientes
hospitalares, é necessário que
haja controle de pragas feito por
pessoal especializado e
capacitado, o que, em geral,
cabe a empresas técnicas
terceirizadas.
O mesmo processo vale para o
controle da água e das caixas
reservatórias, que podem ser
contaminadas com germes
diversos, principalmente algas e
fungos, mas que também
sofrem a in�uência dos
problemas relativos à
canalização da água potável nas
cidades (como a ocorrência de
barro nos reservatórios) e
acúmulo de sais ou outros
elementos químicos
decorrentes do processo de
puri�cação da águanas
unidades de tratamento
municipais.
O controle do ar, apesar de não
ser especí�co, deve ser feito de
modo a manter o ar limpo e livre
de odores ou substâncias que
possam ser veiculadas e
potencialmente transmissoras
ou causadoras de infecção.
Tenha em mente que isso é importante pois, até meados de 1990, quando
surgiram as primeiras legislações efetivas sobre o controle de ambientes
hospitalares e redução de infecções, boa parte dos hospitais incinerava o
lixo em recintos abertos dentro dos próprios hospitais, aumentando as taxas
de infecção pulmonares. Assim, o ideal é que os ambientes tenham seu
�uxo de ar controlado de forma a evitar que infecções sejam transmitidas
pelo ar.
Agora que você já sabe todos os fatores que interferem direta ou
indiretamente no controle das infecções, que tal conhecermos o papel
de cada entidade governamental nesse controle?
Comissão de Controle de Infecções Relacionadas à Saúde
 Gestão hospitalar (Fonte: Everything possible / Shutterstock).
Todos os hospitais são obrigados a ter uma CCIRAS e a forma como ela será montada, com membros executores ou
consultores, incluindo a formação acadêmica, número de horas de trabalho, ações a serem desenvolvidas e a sua competência
mínima está disposto na Portaria 2616/1998. (Acesse o link no �m desta aula para rever a Portaria).
Aos membros executores cabe a execução e vigilância do cumprimento de todos os itens dispostos pela comissão, enquanto
aos membros consultores cabe a avaliação de solicitações e emissão, por exemplo, de pareceres técnicos.
Compete a cada unidade de cuidado em saúde o rastreamento e
tabulação de dados de acordo com o mínimo preconizado, além da
alimentação de sistemas e formulários que permitam o
acompanhamento desses dados.
Clique nos botões para ver as informações.
Às coordenações municipais de controle de infecção compete:
A junção de todos os dados municipais;
A coordenação das ações de prevenção e controle no âmbito municipal;
Articulação com a esfera estadual;
A prestação de apoio técnico às entidades sob sua responsabilidade;
O trâmite das informações do nível municipal para o estadual.
Coordenações municipais 
Às coordenações estaduais e distrital compete:
De�nir diretrizes de ação baseadas na política nacional de controle de infecção hospitalar, além do estabelecimento
de normas suplementares;
A garantia da descentralização das ações de prevenção e controle de ira;
A prestação de apoio técnico, �nanceiro e político aos municípios;
Coordenar, acompanhar, controlar e avaliar as ações desenvolvidas e divulgar os indicadores epidemiológicos;
Informar sistematicamente os níveis ministeriais sobre os indicadores de infecção hospitalar estabelecidos.
Coordenações estaduais e distrital 
À Coordenação Ministerial de controle e prevenção de IRAS cabe:
De�nir diretrizes de ações de controle de infecção hospitalar;
Apoiar a descentralização das ações de prevenção e controle de infecção hospitalar;
Coordenar as ações nacionais de prevenção e controle de infecção hospitalar;
Estabelecer normas gerais para a prevenção e controle das infecções hospitalares;
Estabelecer critérios, parâmetros e métodos para o controle de infecção hospitalar;
Promover a articulação com órgãos formadores visando à difusão do conteúdo de conhecimentos do controle de
infecção hospitalar;
Cooperar com a capacitação dos pro�ssionais de saúde para o controle de infecção hospitalar;
Identi�car serviços municipais, estaduais e hospitalares para o estabelecimento de padrões técnicos de referência
nacional;
Prestar cooperação técnica, política e �nanceira aos estados e aos municípios para aperfeiçoamento da sua atuação
em prevenção e controle de infecção hospitalar;
Acompanhar e avaliar as ações implementadas, respeitadas as competências estaduais/distrital e municipais de
atuação, na prevenção e controle das infecções hospitalares;
Estabelecer sistema nacional de informações sobre infecção hospitalar na área de vigilância epidemiológica;
Estabelecer sistema de avaliação e divulgação nacional dos indicadores da magnitude e gravidade das infecções
hospitalares e da qualidade das ações de seu controle;
Planejar ações estratégicas em cooperação técnica com os estados, distrito federal e os municípios;
Acompanhar, avaliar e divulgar os indicadores epidemiológicos de infecção hospitalar.
Coordenação Ministerial 
Diante de tudo o que foi exposto até agora, você consegue entender
como isso interfere na qualidade da assistência em saúde?
A partir do momento em que nos preocupamos em prestar uma assistência livre de germes, com processos controlados,
estamos nos preocupando em dar aos pacientes uma assistência livre de danos causados por imperícia, imprudência ou
negligência em relação aos cuidados básicos, gerando aumento na segurança dos processos relacionados ao paciente e, por
conseguinte, aumento na qualidade do cuidado.
Acompanhamos a evolução desse processo nesta aula, pois conseguimos entender como surgiu a preocupação – mesmo que
indireta, da manutenção da segurança e diminuição dos riscos no ambiente de prestação de cuidados em saúde.
Assim, podemos dizer que para se obter qualidade no cuidado é
preciso controlar os processos de trabalho, de forma que eles não
causem mais danos do que o necessário e isso é o foco quando se
fala da segurança do paciente.
Atividades
2. A que se refere o termo infecção?
a) Ao crescimento e multiplicação de um microrganismo em superfícies epiteliais do hospedeiro.
b) Presença de germes onde não deveriam estar causando alterações locais e/ou sistêmicas.
c) Presença de germes onde não deveriam estar, mesmo que não ocasionem alteração local.
d) Aos danos decorrentes da ação de produtos tóxicos, que também podem ser de origem microbiana.
3. Ao se pensar nas antissepsia das mãos:
a) O álcool gel substitui a higienização com água e sabonete.
b) O uso de luvas dispensa o uso de água e sabão antes e após procedimentos.
c) Deve ser usado água e sabonete somente quando houver sujidade visível.
d) Todas as anteriores.
e) Nenhuma das anteriores.
4. Observe as assertivas abaixo.
1. A qualidade da assistência está relacionada ao controle de infecções;
2. Padroniza técnicas e rotinas que interferem diretamente na transmissão de infecções.
Quanto às assertivas acima, qual a alternativa que descreve suas relações?
a) Ambas estão corretas, mas 2 não esgota 1.
b) Ambas estão corretas, e 2 justifica 1.
c) Ambas estão corretas, mas não há relação entre elas.
d) 1 está errada.
e) 2 não se relaciona a 1.
Notas
Referências
BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Manual de referência técnica para a higiene das mãos. Agência Nacional de Vigilância
Sanitária, 2015. 35p. Disponível em: https://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/index.php/publicacoes/item/manual-
de-referencia-tecnica-para-a-higiene-das-maos
<https://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/index.php/publicacoes/item/manual-de-referencia-tecnica-para-a-higiene-
das-maos> . Acesso em: 29 abr. 2019.
BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Nota Técnica n.1 de 24 de fevereiro de 2014. Vigilância e monitoramento das infecções
relacionadas à assistência à saúde (IRAS) e resistência microbiana (RM) em serviços de saúde. Agência Nacional de
Vigilância Sanitária. 2014. 14p. Disponível em:
http://portal.anvisa.gov.br/documents/33852/271858/Nota+t%C3%A9cnica+n%C2%BA+01+de+2014/d8a1b82e-1eb7-4c10-
badd-64e7b64b82e2
<http://portal.anvisa.gov.br/documents/33852/271858/Nota+t%C3%A9cnica+n%C2%BA+01+de+2014/d8a1b82e-1eb7-4c10-
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BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Pediatria - prevenção e controle de infecção hospitalar. Agência Nacional de Vigilância
Sanitária. 2006. 116p. Disponível em: http://portal.anvisa.gov.br/resultado-de-busca?
p_p_id=101&p_p_lifecycle=0&p_p_state=maximized&p_p_mode=view&p_p_col_id=column-
1&p_p_col_count=1&_101_struts_action=%2Fasset_publisher%2Fview_content&_101_assetEntryId=271959&_101_type=document
<http://portal.anvisa.gov.br/resultado-de-busca?p_p_id=101&p_p_lifecycle=0&p_p_state=maximized&p_p_mode=view&p_p_col_id=column-
1&p_p_col_count=1&_101_struts_action=%2Fasset_publisher%2Fview_content&_101_assetEntryId=271959&_101_type=document>
. Acesso em: 29 abr. 2019.
BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Portaria n. 2616 de 12 de maio de 1998. Expede na forma dos anexos I, II, III, IV e V, diretrizes
e normas para prevenção e o controle das infecções hospitalares e revoga a Portaria nº 930, de 27/08/92. Disponível em:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/1998/prt2616_12_05_1998.html
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/1998/prt2616_12_05_1998.html> . Acesso em: 29 abr. 2019.
BRASIL. MINISTÉRIO DO TRABALHO. Norma regulamentadora 32. Dispõe sobre segurança e saúde no trabalho em serviços de
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<http://www.trabalho.gov.br/images/Documentos/SST/NR/NR32.pdf> . Acesso em: 29 abr. 2019.
OLIVEIRA, H. M.; SILVA, C. P. R.; LACERDA, R. A. Políticas de controle e prevenção de infecções relacionadas à assistência à
saúde no Brasil: análise conceitual. In: Rev. Esc. Enferm. v. 50, n. 3, p. 505-511. São Paulo: USP, 2016. Disponível em:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0080-62342016000300505&lng=en&nrm=iso
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0080-62342016000300505&lng=en&nrm=iso> . Acesso em 29 abr.
2019.
SECRETARIA DE SAÚDE DE SÃO PAULO. Manual de orientações e critérios diagnósticos. Centro de Vigilância Sanitária, 2019.
13p. Disponível em: http://www.saude.sp.gov.br/resources/cve-centro-de-vigilancia-epidemiologica/areas-de-
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https://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/index.php/publicacoes/item/manual-de-referencia-tecnica-para-a-higiene-das-maos
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TORTORA, G. J. (Org). Microbiologia. 12. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017. 936p.
Próxima aula
Microrganismos mais frequentes em IRAS;
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Vamos aprender mais sobre os mecanismos de defesa?
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Seu sistema imunológico: nascido para matar.
https://www.youtube.com/watch?v=Y2XX5C4Du7g <https://www.youtube.com/watch?v=Y2XX5C4Du7g>
Revisão de linfócitos B, linfócitos T CD4 e linfócitos T CD8.
https://www.youtube.com/watch?v=Y2XX5C4Du7g <https://www.youtube.com/watch?v=Y2XX5C4Du7g>
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0080-62342016000300505&lng=en&nrm=iso
https://www.youtube.com/watch?v=Y2XX5C4Du7g
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