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Enfermagem na prevenção e controle de infecção hospitalar Aula 2: Bases da prevenção e do controle das infecções hospitalares e sua cadeia epidemiológica Apresentação Nesta aula, exploraremos a história das infecções e conheceremos as principais leis e ações vigentes para seu controle e prevenção. Além disso, entenderemos a evolução dos microrganismos para identi�carmos como chegamos ao conceito atual das infecções hospitalares. Vamos iniciar nossa jornada? Objetivo Apontar os marcos da história relacionados a infecções hospitalares; Revisar os conhecimentos atuais de microbiologia acerca de infecções hospitalares; Listar as principais legislações brasileiras atinentes a infecções hospitalares. Primeiras palavras Na aula anterior foi possível entender como evoluímos desde os primeiros pensamentos cientí�cos sobre a transmissão de germes até a legislação atual sobre o tema. Nesta aula, começamos nossas discussões acerca do tema, iniciando pelas nomenclaturas e de�nições em infecção hospitalar. Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online Bactéria causadora da pneumonia (Fonte: Kateryna Kon / Shutterstock). Você sabe o que é infecção? Infecção é o nome que se dá aos danos decorrentes da invasão, multiplicação e ação de agentes infecciosos ou de seus produtos tóxicos no hospedeiro, ocorrendo interação imunológica, capaz ou não de deter o invasor. Exemplo: uma pneumonia, que é a infecção causada pelos germes que adentram o tecido pulmonar. Atividade 1. Na aula passada introduzimos um termo novo para você, que traduz a infecção que se adquire no ambiente hospitalar ou no de cuidado em saúde. Você se lembra qual é esse termo? a) Infecção hospitalar. b) Flora natural. c) Flora oportunista. d) Infecção oportunista. e) Infecção relacionada à assistência à saúde. Infecção Relacionada à Assistência à Saúde - IRAS Teste de urina para verificação de infecção urinária (Fonte: OleStudio / Shutterstock). De modo geral, pode-se dizer que a IRAS está ligada a procedimentos realizados durante a assistência, podendo ocorrer durante a internação ou mesmo após a alta, desde que esteja relacionada ao procedimento realizado, de forma direta ou indireta. Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online Por exemplo: um paciente que desenvolveu infecção de urina dois após uma cirurgia abdominal e passou por sondagem vesical durante o procedimento pode estar sendo vítima de IRAS. Infecção hospitalar Para ser considerada como hospitalar, a infecção não deve estar presente ou em período de incubação por ocasião da admissão, ou, se estiver presente, deve estar relacionada à internação prévia na mesma instituição e a procedimentos realizados, levando-se em consideração ainda o espaço de tempo entre as internações. O diagnóstico das IRAS envolve critérios especí�cos, que podem ser consultados no site da ANVISA, através do link no �nal desta aula. Quando se desconhecer o período de incubação do microrganismo e não houver evidência clínica ou dado laboratorial de infecção no momento da internação, classi�ca-se como infecção hospitalar toda manifestação clínica de infecção que se apresentar a partir de 72hs após a admissão do paciente. Paciente em cuidados de infecção hospitalar (Fonte: JaaoKun / shutterstock) Ainda chamamos de infecção hospitalar se houver troca de microbiota causadora da infecção no caso de infecções comunitárias. Pacientes transferidos de um hospital a outro e que manifestem infecção hospitalar antes de 72h são considerados portadores de infecção hospitalar do hospital de origem. Bebês em processo de internação (Fonte: Stoyan Yotov / shutterstock) Infecção comunitária A infecção adquirida pelo paciente fora destes critérios se chama infecção comunitária e pode ser de�nida como a infecção adquirida pelo paciente ou em período de incubação, ou no ato de sua internação, e que não está relacionada aos procedimentos realizados durante a internação ou em internação anterior. Atenção Em recém-nascidos, se a contaminação aconteceu devido bolsa rota há mais de 24 horas fora do ambiente hospitalar ou se for por via transplacentária, é considerada infecção comunitária. Todas as outras são consideradas infecções hospitalares. Vamos entender outros conceitos gerais? Infecção prevenível é aquela que, tomando-se as medidas adequadas, pode ser controlada; Infecção não prevenível é aquela que acontece mesmo quando todas as medidas possíveis foram realizadas; Infecção endógena é aquela causada pelos microrganismos da �ora do próprio indivíduo; Infecção exógena é o nome que se dá à infecção causada por microrganismos que não pertencem à �ora natural; Infecção metastática acontece quando a infecção é tão forte que consegue alcançar outros órgãos ou tecidos; Infecção cruzada é o termo que se usa quando um pro�ssional de saúde ou mesmo um utensílio, equipamento ou instrumental utilizado para a assistência em saúde transporta os germes de uma pessoa, na qual pode ou não estar causando infecção, para outra, em que causa infecção; Contaminação se refere à presença transitória de microrganismos em superfícies ou tecidos sem que haja invasão ou relação de parasitismo. Pode ocorrer em objetos inanimados ou em hospedeiros. Exemplo: Fl i ó i d ã Colonização se relaciona com o crescimento e multiplicação de um microrganismo em superfícies epiteliais do hospedeiro, sem expressão clínica ou imunológica. Esses germes já estão instalados e não causam infecção em condições normais da vida cotidiana. Exemplo: microbiota intestinal humana normal; Intoxicação de�ne os danos decorrentes da ação de produtos tóxicos, mas também podem ser de origem microbiana. Um exemplo muito comum é a intoxicação alimentar por bactérias na maionese que não permanece em local refrigerado, causada principalmente pela Escherichia coli; Portador é o indivíduo que carrega um microrganismo especí�co, podendo ou não apresentar alterações do quadro clínico decorrentes do germe, mas que serve como fonte potencial de transmissão da infecção. São exemplos clássicos os portadores de HIV e do vírus da Hepatite B; Disseminador é o indivíduo que elimina o microrganismo patogênico para o meio ambiente e que, portanto, pode se tornar um “disseminador perigoso” quando passa a ser fonte de surtos de infecção. Quando se trata de um pro�ssional de saúde, deve ser afastado das atividades de risco até que se reverta a eliminação Flora transitória das mãos, que é eliminada com a técnica de lavagem correta; do agente. Exemplo: um pro�ssional da saúde com lesão infecciosa de pelelesão por S. aureus pode causar um surto de impetigo nos recém-nascidos de uma maternidade. A cadeia do processo infeccioso Pelos próprios termos e de�nições, é possível perceber que as infecções são transmitidas através de uma cadeia, ou seja, é necessário que vários fatores estejam relacionados para que ela ocorra. Estão nesse processo: Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online 1 Um micróbio (agente infectante). 2 Um portador ou reservatório do germe. 3 Um veículo que transmita o germe. 4 Uma porta de entrada que permita o estabelecimento do germe em um novo hospedeiro. Assim, o simples fato de se quebrar essa cadeia interrompe a transmissão dos germes. E esse é o papel fundamental das Comissões de Controle de Infecções Relacionadas à Assistência à saúde – CCIRAS, antigas CCIH (Comissões de Controle de Infecção Hospitalar). Veja como é essa cadeia: Figura 1 – Processo infeccioso Você consegue pensar em ações ou atitudes que consigam interromper essa cadeia? Uma das medidas mais simples e e�cazes é a correta higienização das mãos, que pode ser feita com álcool gel ou com água e sabonete. Apesar de ser uma técnica simples e rotineira dentro das instituições de saúde, nem sempre as normas básicas são seguidas, causando as IRAS. Vamos rever esta técnicaatravés das �guras abaixo, retiradas do Manual de Higienização das Mãos da ANVISA. Fonte: BRASIL, 2015, p.7. Infecções cruzadas Inúmeros estudos já conseguiram comprovar que as mãos de pro�ssionais de saúde são a maior fonte de infecção, causando as infecções cruzadas. 1. Antes de tocar o paciente. 2. Antes e após a realização de procedimentos. 3. Ao tocar um paciente e ir tocar outro. 4. Após tocar superfícies próximas ao paciente. Atenção É importante lembrar que o uso de luvas não substitui o processo de higienização das mãos com água e sabonete, e que devem ser removidos todos os adornos antes de se realizar a higienização, principalmente anéis e relógios, pois a pele abaixo destes adornos apresenta muito mais germes do que as áreas sem adornos. Unhas também são grandes fontes de sujeira e microrganismos, portanto é recomendado unhas curtas, bem cuidadas, sem remoção excessiva de cutículas e, quando do uso de esmaltes, que este seja sem adornos e esteja íntegro. A fricção adequada com preparação alcoólica pode substituir a lavagem das mãos quando estas não estão visivelmente sujas, porém uma técnica não substitui a outra – elas se somam. Lembre-se que luvas de procedimentos deixam talco como resíduo, portanto as mãos devem ser lavadas entre as trocas de luvas ou de procedimentos. Essa é a ação individual mais importante para o controle de IRAS. Fonte: SingjaiStock / Shutterstock Para o controle individual e coletivo, visto que o trabalhador da saúde pode ser um dos ou o maior vetor de infecções, ainda devem ser observados os itens preconizados através da Norma Regulamentadora número 32 do Ministério do Trabalho, conhecida como NR32. Ela institui normas básicas que, quando cumpridas, impedem ou diminuem o risco a que o pro�ssional de saúde está submetido e, desta forma, quebra a cadeia de transmissão das infecções. Fonte: Nata-lunata / Shutterstock Nela também são encontradas as regras básicas relacionadas aos equipamentos de proteção individual – EPIs. Apesar de não ser uma norma especí�ca para o controle de infecções, atua de forma direta na prevenção da transmissão de germes ao prezar pela qualidade de vida do trabalhador dentro do ambiente de trabalho, instituindo proibições como o consumo de alimentos e bebidas no posto de trabalho. Isso é importante pois o ato de se consumir alimentos e bebidas em locais impróprios para este �m, além de tirar o foco das atividades que estão sendo executadas, gera restos orgânicos que são atrativos para roedores, baratas e formigas, que contaminam o ambiente e podem ser vetores de infecções. Você já tinha pensado nessa relação? Os enfermeiros ainda devem estar atentos a fatores inerentes aos visitantes e que podem provocar infecções hospitalares como �ores, utensílios trazidos de casa, comidas externas. Ainda, visitantes podem estar sendo vítimas de infecção no momento das visitas, podendo espalhar mais germes, e raramente lavam as mãos adequadamente antes de entrar em contato com as pessoas a quem vieram visitar, além de se sentarem em leitos, entrarem em outros quartos... essas situações são muito frequentes em ambientes hospitalares, ainda mais em maternidades. Falando em maternidades, os bebês recém-nascidos é que �cam expostos ao maior risco, pois todos querem abraçá-los, beijá-los e, como seus mecanismos de defesa ainda não são tão e�cientes, podem sofrer infecções. Por isso, boa parte das instituições de saúde tem horários restritos de visitação, principalmente em unidades de cuidado crítico, onde os pacientes estão mais susceptíveis e onde, certamente, também estão as maiores taxas de infecção devido ao tipo de cuidado prestado. Cita-se como exemplo desses locais de cuidado a pacientes críticos e que, portanto, possuem altas taxas de infecção, as unidades de terapia intensiva (UTIs), os prontos-socorros, pronto-atendimentos e os locais que não são abertos a visitas, como o centro cirúrgico e a central de materiais esterilizados. Vamos falar um pouco das medidas de controle de infecção relativas ao coletivo? Elas tangem a processos maiores, realizados também rotineiramente, e englobam a limpeza, desinfecção e esterilização de materiais em geral, além da manutenção da higiene e integridade do próprio ambiente, e do controle de pestes, do ar e da água, incluindo os produtos utilizados nesses processos. Já foi comprovado pela Ciência que a presença de sujidades ou material orgânico em superfícies ou utensílios contribui para a elevação das taxas de infecção. Essas vertentes ainda compõem as normas para segurança do paciente, além de estarem diretamente relacionados à Biossegurança. Você sabe como funcionam e o que caracteriza cada um destes processos? É importante começarmos a delimitá-los, pois essas atividades compõem o trabalho das CCIRAS. Clique nos botões para ver as informações. É o nome dado ao processo em que se aplica um produto bactericida ou bacteriostático sobre determinada superfície ou material, de modo a remover ou inviabilizar os germes ali presentes. A desinfecção pode ser de baixo, médio ou alto nível, dependendo do produto e técnica utilizados, e é capaz de eliminar grande parte dos germes, tendo como exceção os esporos dos fungos. Desinfecção É o processo aplicado aos utensílios para que vírus, bactérias, fungos, protozoários e esporos sejam destruídos ou inativados para um nível aceitável de segurança. O processo de esterilização pode ser físico, químico, físico-químico, e existem normativas especí�cas para o controle dos processos de esterilização, que serão abordados em aulas posteriores. Esterilização O controle da integridade das superfícies do ambiente inclui chão, paredes, leitos, colchões, mobiliários �xos, portas, janelas, e tudo o mais que você pode encontrar no ambiente de assistência à saúde. A integridade dessas superfícies, que são impermeáveis e/ou laváveis, permite a remoção de sujidades (limpeza) e a aplicação de produtos (desinfecção), promovendo redução da microbiota. Na contramão, desgastes dos materiais podem levar a acúmulo de germes, diminuição do potencial de desinfecção e limpeza inadequada. O controle da integridade das superfícies É o nome dado ao processo mais amplo de remoção de sujidades ou matéria orgânica onde, em geral, utiliza-se água e sabão. Caso a quantidade de sujidade ou material orgânico seja grande, antes de iniciar a limpeza é preconizado a remoção do máximo possível de resíduos com um papel absorvente, procedendo-se o descarte adequado. Este processo não remove completamente os microrganismos, mas é auxiliar para o combate de sua cadeia de transmissão. Limpeza Você sabia que existem normas especí�cas para a construção de ambientes de prestação de assistência em saúde? É a RDC50 e ela dispõe sobre o regulamento técnico para planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde. Existem produtos e técnicas especí�cas em cada uma das etapas, e todos esses itens são explorados nas aulas 5 e 6 desta disciplina. Formigas e moscas normalmente são observadas em quartos de pacientes, devido a resíduos que caem no ambiente ou que são deixados nos cestos de lixo. É muito comum os acompanhantes dos pacientes levarem alimentos ou �ores para dentro das unidades de internação, aumentando assim os resíduos e os riscos das ocorrências de pragas. Dentro dos ambientes hospitalares, é necessário que haja controle de pragas feito por pessoal especializado e capacitado, o que, em geral, cabe a empresas técnicas terceirizadas. O mesmo processo vale para o controle da água e das caixas reservatórias, que podem ser contaminadas com germes diversos, principalmente algas e fungos, mas que também sofrem a in�uência dos problemas relativos à canalização da água potável nas cidades (como a ocorrência de barro nos reservatórios) e acúmulo de sais ou outros elementos químicos decorrentes do processo de puri�cação da águanas unidades de tratamento municipais. O controle do ar, apesar de não ser especí�co, deve ser feito de modo a manter o ar limpo e livre de odores ou substâncias que possam ser veiculadas e potencialmente transmissoras ou causadoras de infecção. Tenha em mente que isso é importante pois, até meados de 1990, quando surgiram as primeiras legislações efetivas sobre o controle de ambientes hospitalares e redução de infecções, boa parte dos hospitais incinerava o lixo em recintos abertos dentro dos próprios hospitais, aumentando as taxas de infecção pulmonares. Assim, o ideal é que os ambientes tenham seu �uxo de ar controlado de forma a evitar que infecções sejam transmitidas pelo ar. Agora que você já sabe todos os fatores que interferem direta ou indiretamente no controle das infecções, que tal conhecermos o papel de cada entidade governamental nesse controle? Comissão de Controle de Infecções Relacionadas à Saúde Gestão hospitalar (Fonte: Everything possible / Shutterstock). Todos os hospitais são obrigados a ter uma CCIRAS e a forma como ela será montada, com membros executores ou consultores, incluindo a formação acadêmica, número de horas de trabalho, ações a serem desenvolvidas e a sua competência mínima está disposto na Portaria 2616/1998. (Acesse o link no �m desta aula para rever a Portaria). Aos membros executores cabe a execução e vigilância do cumprimento de todos os itens dispostos pela comissão, enquanto aos membros consultores cabe a avaliação de solicitações e emissão, por exemplo, de pareceres técnicos. Compete a cada unidade de cuidado em saúde o rastreamento e tabulação de dados de acordo com o mínimo preconizado, além da alimentação de sistemas e formulários que permitam o acompanhamento desses dados. Clique nos botões para ver as informações. Às coordenações municipais de controle de infecção compete: A junção de todos os dados municipais; A coordenação das ações de prevenção e controle no âmbito municipal; Articulação com a esfera estadual; A prestação de apoio técnico às entidades sob sua responsabilidade; O trâmite das informações do nível municipal para o estadual. Coordenações municipais Às coordenações estaduais e distrital compete: De�nir diretrizes de ação baseadas na política nacional de controle de infecção hospitalar, além do estabelecimento de normas suplementares; A garantia da descentralização das ações de prevenção e controle de ira; A prestação de apoio técnico, �nanceiro e político aos municípios; Coordenar, acompanhar, controlar e avaliar as ações desenvolvidas e divulgar os indicadores epidemiológicos; Informar sistematicamente os níveis ministeriais sobre os indicadores de infecção hospitalar estabelecidos. Coordenações estaduais e distrital À Coordenação Ministerial de controle e prevenção de IRAS cabe: De�nir diretrizes de ações de controle de infecção hospitalar; Apoiar a descentralização das ações de prevenção e controle de infecção hospitalar; Coordenar as ações nacionais de prevenção e controle de infecção hospitalar; Estabelecer normas gerais para a prevenção e controle das infecções hospitalares; Estabelecer critérios, parâmetros e métodos para o controle de infecção hospitalar; Promover a articulação com órgãos formadores visando à difusão do conteúdo de conhecimentos do controle de infecção hospitalar; Cooperar com a capacitação dos pro�ssionais de saúde para o controle de infecção hospitalar; Identi�car serviços municipais, estaduais e hospitalares para o estabelecimento de padrões técnicos de referência nacional; Prestar cooperação técnica, política e �nanceira aos estados e aos municípios para aperfeiçoamento da sua atuação em prevenção e controle de infecção hospitalar; Acompanhar e avaliar as ações implementadas, respeitadas as competências estaduais/distrital e municipais de atuação, na prevenção e controle das infecções hospitalares; Estabelecer sistema nacional de informações sobre infecção hospitalar na área de vigilância epidemiológica; Estabelecer sistema de avaliação e divulgação nacional dos indicadores da magnitude e gravidade das infecções hospitalares e da qualidade das ações de seu controle; Planejar ações estratégicas em cooperação técnica com os estados, distrito federal e os municípios; Acompanhar, avaliar e divulgar os indicadores epidemiológicos de infecção hospitalar. Coordenação Ministerial Diante de tudo o que foi exposto até agora, você consegue entender como isso interfere na qualidade da assistência em saúde? A partir do momento em que nos preocupamos em prestar uma assistência livre de germes, com processos controlados, estamos nos preocupando em dar aos pacientes uma assistência livre de danos causados por imperícia, imprudência ou negligência em relação aos cuidados básicos, gerando aumento na segurança dos processos relacionados ao paciente e, por conseguinte, aumento na qualidade do cuidado. Acompanhamos a evolução desse processo nesta aula, pois conseguimos entender como surgiu a preocupação – mesmo que indireta, da manutenção da segurança e diminuição dos riscos no ambiente de prestação de cuidados em saúde. Assim, podemos dizer que para se obter qualidade no cuidado é preciso controlar os processos de trabalho, de forma que eles não causem mais danos do que o necessário e isso é o foco quando se fala da segurança do paciente. Atividades 2. A que se refere o termo infecção? a) Ao crescimento e multiplicação de um microrganismo em superfícies epiteliais do hospedeiro. b) Presença de germes onde não deveriam estar causando alterações locais e/ou sistêmicas. c) Presença de germes onde não deveriam estar, mesmo que não ocasionem alteração local. d) Aos danos decorrentes da ação de produtos tóxicos, que também podem ser de origem microbiana. 3. Ao se pensar nas antissepsia das mãos: a) O álcool gel substitui a higienização com água e sabonete. b) O uso de luvas dispensa o uso de água e sabão antes e após procedimentos. c) Deve ser usado água e sabonete somente quando houver sujidade visível. d) Todas as anteriores. e) Nenhuma das anteriores. 4. Observe as assertivas abaixo. 1. A qualidade da assistência está relacionada ao controle de infecções; 2. Padroniza técnicas e rotinas que interferem diretamente na transmissão de infecções. Quanto às assertivas acima, qual a alternativa que descreve suas relações? a) Ambas estão corretas, mas 2 não esgota 1. b) Ambas estão corretas, e 2 justifica 1. c) Ambas estão corretas, mas não há relação entre elas. d) 1 está errada. e) 2 não se relaciona a 1. Notas Referências BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Manual de referência técnica para a higiene das mãos. Agência Nacional de Vigilância Sanitária, 2015. 35p. Disponível em: https://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/index.php/publicacoes/item/manual- de-referencia-tecnica-para-a-higiene-das-maos <https://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/index.php/publicacoes/item/manual-de-referencia-tecnica-para-a-higiene- das-maos> . Acesso em: 29 abr. 2019. BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Nota Técnica n.1 de 24 de fevereiro de 2014. Vigilância e monitoramento das infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS) e resistência microbiana (RM) em serviços de saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. 2014. 14p. 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