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Seminários científicos
Logo, quem participa de um seminário espera que aquele que o expõe esteja qualificado e preparado não somente para expor suas ideias, mas para desfazer dúvidas posteriores e debater seus argumentos com outras pessoas.
É preciso ter em mente que a busca por reflexões mais profundas sobre uma determinada questão ou um problema é o alvo de um seminário científico. Deste modo, ele é um método importante de estudo, sobretudo quando voltado ao mundo universitário.
A PRÁTICA DO SEMINÁRIO EM SALA DE AULA
Feita a divisão de tarefas, na hora de iniciar o trabalho relativo aos temas, os estudantes sentem-se despreparados, realizando exposições orais desorganizadas ou sem aprofundamento. Enquanto isso, os demais estudantes não se sentem preparados para o momento de expor os temas que não lhes cabem. Em síntese, por essas e outras causas, nem sempre o seminário atende aos objetivos propostos.
 Já na graduação, pelas definições de Antônio Joaquim Severino, no livro Metodologia do trabalho científico, publicado em 2002, o seminário leva seus participantes a um contato estreito com um texto básico, criando condições de análise rigorosa, levando-os à compreensão da mensagem central do texto e de seu conteúdo temático, gerando condições de interpretar o conteúdo, adotando uma postura crítica em relação à sua mensagem; de discussão do problema enfocado, mesmo que ele seja apontado de forma implícita.
É esperado, portanto, que não apenas quem fez o seminário esteja a par do tema abordado, mas que os demais participantes estejam preparados para a recepção do tema, seu entendimento e discussão. Assim, o seminário vai além do conhecimento sobre determinado problema ou do resultado da pesquisa.
Como Maria Margarida de Andrade aponta, no livro Como preparar trabalhos para cursos de pós-graduação: noções práticas, de 2002, a etimologia da palavra "seminário" traz o termo latino seminarium, que remete à ideia de “semente”. Isso quer dizer que o seminário traz em si o germinar de sementes na forma de ideias e pesquisas. Para que isso se efetive, algumas condições são exigidas. Dentre elas, a autora elenca:
1 Capacidade de pesquisa;
2 Capacidade de organização, reflexão e análise sistemática de fatos;
3 Hábito de raciocínio lógico, com interpretação crítica de trabalhos mais avançados;
4 Exatidão e honestidade intelectual nos trabalhos.
A pesquisa é a essência do seminário, uma vez que ele leva à discussão e ao debate. Para isso, é necessário que as competências que permitem a organização das ideias, a análise, a interpretação e a crítica sejam desenvolvidas, contribuindo para a formação dos participantes.
EXPLICANDO
Competência corresponde à habilidade, saber, aptidão e idoneidade. Entende-se que é competente aquele que é suficiente e hábil, que se desenvolveu e é capaz de, no caso, organizar as ideias, analisá-las, interpretá-las e discuti-las.
Para a ocorrência de um seminário, os participantes devem ter contato com o texto a ser abordado com antecedência, a fim de que se proceda uma leitura analítica que possibilite ponderações durante sua apresentação.
Por outro lado, o participante deve empregar a escuta dinâmica durante o seminário, lembrando que, com base em Hendrie Weisinger, autor de Inteligência emocional no trabalho, de 1997: 
A maioria de nós nasce sabendo ouvir, mas saber escutar é uma técnica que temos que aprender. A escuta dinâmica é uma prática da inteligência emocional que traz um alto grau de autoconsciência para o processo de compreender e reconhecer a outra pessoa e responder a ela. A função da autoconsciência é observar o modo como permitimos que nossos filtros pessoais bloqueiem e às vezes transformem as informações que deveríamos estar recebendo, como também evitar que sejamos contagiados pelo subentendido emocional das afirmações de outrem (p. 135).
Desta maneira, para que o sucesso de um seminário seja alcançado, levando à formação de todos os participantes do evento, há que se valer da escuta dinâmica, mas sem qualquer tipo de filtro pessoal, tais como predileção, seleção de fatos ou distração, visto que são elementos que interferem na análise, interpretação e crítica.
A PREPARAÇÃO PARA O SEMINÁRIO DE CARÁTER CIENTÍFICO
Durante a graduação, alguns professores podem solicitar ao estudante que organize um seminário científico, visto que não apenas quem já exerce a profissão faz esse tipo de atividade. Mas, para elaborar um seminário, não basta realizar a leitura de determinado texto e apresentá-lo posteriormente. De início, com a leitura, o texto é analisado e um fichamento é produzido.
EXPLICANDO
Maria Lúcia Aranha e Maria Helena Martins, nas páginas 328 e 329 do livro Temas de Filosofia, de 2005, descrevem o fichamento como uma técnica de estudo que se resume a anotações das partes mais relevantes de um texto que, num levantamento mais completo sobre certo tema, é separado em tópicos. Visto que um assunto apresenta uma sequência de subdivisões, é possível ainda fazer uma ficha separada para cada ideia, indicando o tópico e o subtópico ao qual faz referência.
Esse tipo de trabalho exige organização e planejamento do percurso e da exposição do seminário, contando com o auxílio de um professor ou coordenador que indique uma bibliografia básica, orientando o estudante após a definição do tema no que diz respeito à seleção de fontes como livros, revistas, artigos, depoimentos, documentos (leis, registros de cartórios ou cartas), teses, instituições, pesquisas e relatórios, sites específicos etc.
No entanto, cabe ao estudante pesquisar, se aprofundar sobre o tema e buscar informações novas em todas as fontes disponíveis, de modo a tomar posse do assunto e se tornar uma espécie de autoridade sobre ele, fazendo com que as etapas de preparação e comunicação do seminário sejam desempenhadas com qualidade.
É importante ressaltar que uma das principais fontes de informação na atualidade é a internet, que, através de sites de busca, permite o levantamento de infinitas possibilidades de fontes sobre temas e assuntos variados. Porém, em geral, sites de confiança pertencem a museus, universidades, jornais, revistas, fundações de pesquisa, institutos culturais, etc. Logo, é preciso buscar fontes fidedignas e que não lancem por terra nossas pesquisas.
Nesse momento, para fins de orientação, a presença do professor ou coordenador é necessária. Ao final da exposição, ele intermedeia os debates e promove uma apreciação orientadora e crítica do trabalho exposto. Entretanto, se a situação é a do profissional cujo seminário está sob sua total responsabilidade, um roteiro básico para seminários é sugerido no livro Como preparar trabalhos para cursos de pós-graduação – noções práticas, publicado em 2002 por Andrade:
1 Escolha do tema;
2 Delimitação do assunto;
3 Pesquisa ampla, principalmente bibliográfica;
4 Anotações, em fichas, do material coletado;
5 Análise e seleção do material;
6 Plano geral do trabalho, bem pormenorizado;
7 Organização do assunto em tópicos;
8 Elaboração de um roteiro a ser distribuído entre os participantes;
9 Redação de fichas-guia para orientar a exposição;
10 Preparação do material de ilustração, como cartazes, slides e projeções;
11 Revisão crítica do conteúdo, com verificação do material de ilustração, do roteiro, e das fichas que guiarão a exposição;
12 Fixação de critérios e ensaio para definir o vocabulário a ser empregado, uso de ilustrações, tempo para a exposição e espaço para debates.
Além disso, o tema deve ser interessante para quem executar o trabalho de pesquisa, ressaltando o item alusivo à delimitação do assunto. Escolhido o tema, as possibilidades de pesquisa podem ser tantas que o encarregado pelo seminário se perde diante dos inúmeros caminhos a se tomar. A presença do orientador é vital nestes momentos, auxiliando em relação à focalização do tema, levando o olhar de quem pesquisa a se concentrar em um determinado ponto. Quando não há quem cumpra tal papel, cabe ao pesquisador ficar atento para não se perder frente às opções,o que pode incidir em um trabalho superficial e que não contribua para a formação dos participantes.
Quanto às ilustrações, Andrade (2002) sugere atenção aos detalhes, devendo-se optar pela elaboração de cartazes, slides e material de projeção com poucos dizeres, considerando fontes e tamanhos que facilitem a leitura, com desenhos bem feitos, simples e claros, acompanhados de legendas (se indispensáveis).
Antes do seminário, outros artigos merecem atenção, como a verificação dos meios físicos ou virtuais que servirão de base para a materialização do texto. De nada adiantará preparar em detalhes todos os itens se, por exemplo, não houver computador e projetor, se uma tomada não estiver funcionando ou se a luminosidade for excessiva e não permitir que os participantes acompanhem a exposição. 
O DESENVOLVIMENTO E A CONCLUSÃO DO SEMINÁRIO
Observados todos os itens, é chegada a hora da exposição. A fim de evitar improvisações, surge a obrigação de um novo planejamento de ações, como Severino (2002) indica, na página 70 de seu livro:
1 Introdução, feita por um professor ou coordenador;
2 Apresentação, ponderando as obrigações e os procedimentos a serem adotados pelos participantes durante o seminário, no caso de seminários feitos em grupo, e cronograma das atividades previstas;
3 Introdução breve sobre o tema do seminário;
4 Eventual revisão da leitura do texto de base do seminário;
5 Execução, de forma coordenada, das atividades previstas;
6 Apresentação, realizada pelo coordenador, introdutória ao momento de discussão geral da reflexão feita pelo(s) responsável(eis) pelo seminário;
7 Síntese final, no caso da sala de aula, sob cuidado do professor que, nesse momento, orienta, realiza sua crítica e avaliação.
O grau de complexidade varia, dependendo dos diferentes tipos de seminários e dos objetivos a serem alcançados. Além do mais, ele também deve ser interessante para os participantes, imaginando que as pessoas se prepararam para o evento.
Pôster científico
De acordo com a NBR 6022, editada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) em 2006, o pôster científico é um instrumento de comunicação cuja exibição acontece em diversos suportes, sintetizando e divulgando o conteúdo de uma pesquisa. Em encontros de caráter científico ou conferências, o uso do pôster científico é corrente, dado que sua finalidade é proporcionar, atingindo um grande número de pessoas, dados fundamentais a respeito da pesquisa. 
Com o pôster científico, ou pôster acadêmico, é possível mostrar os frutos da pesquisa científica de forma rápida, diferenciada e com uma exposição de maior tempo, se comparada exposição oral. Para sua elaboração, se conta com o auxílio de um designer gráfico, mas o próprio autor é capaz de executar tal tarefa, isto sem contar o entendimento sobre o conteúdo a ser transmitido para o público e como a pesquisa resultou em seu trabalho.
O pôster está presente em eventos com vários trabalhos científicos e, , em alguns deles, o autor do trabalho fica ao lado do pôster, convidando o público, o que o que permite uma troca de ideias individualizada com os interessados sem a presença do pesquisador, o que conta como vantagem na divulgação e visualização do conteúdo da pesquisa. O pôster traz tanto linguagem verbal quanto imagens e gráficos, permanecendo em exposição em locais abertos, conforme determinam os organizadores do evento.
Colocados em paredes ou divisórias, nas quais são afixados com cordões em pequenas tiras de madeiras, os pôsteres são confeccionados em papel, plástico ou outros materiais. Por isso, a NBR 15437/2006 recomenda que suas dimensões sejam de 0,60 m a 0,90 m de largura, de 0,90 m a 1,20 m de altura e que o pôster seja legível a uma distância de, ao menos, um metro. Todavia, o suporte escolhido pode ser o meio eletrônico.
O pôster precisa ter certo impacto visual. Por isso, é necessário se preocupar com a escolha de um leiaute, isto é, uma forma de diagramação dos dados e das imagens que seja agradável para o leitor. O conteúdo deve ser organizado de forma simples e lógica, concebendo a sequência de elementos do canto superior esquerdo para o canto inferior direito. A Associação Brasileira de Linguística – ABRALIN (2019) faz as seguintes recomendações:
1 Escolha um leiaute simples, colorido, atraente e criativo, mas sem exageros, posto que mais de três cores distraem o leitor;
2 No que tange às fontes escolhidas, facilite a legibilidade, escolhendo fontes grandes (Arial ou Times New Roman, de 18 a 26, com títulos em caixa-alta e negrito, de 40 a 50), prevalecendo o mesmo para as figuras, devendo-se optar pelo contraste (fonte clara sobre fundo escuro, ou vice-versa);
3 Ao usar imagens ou gráficos, opte por uma configuração simples e bem organizada;
4 Não exagere na quantidade de texto, ele é apenas o ponto de partida para o desenvolvimento das discussões durante a divulgação de sua pesquisa;
5 Não elimine espaços em branco, a presença deles é significativa para que não haja a impressão de excesso de informações;
6 Faça a distribuição do texto em colunas, deixando espaço no entre elas;
7 Não escreva parágrafos muito longos, mantendo regularidade no número de linhas para cada um e buscando compreensão, concisão e correção gramatical.
A ESTRUTURA DO PÔSTER CIENTÍFICO
Os elementos que fazem parte do conteúdo do pôster científico são:
1 Título e, se houver, subtítulo, aparecendo na parte superior do pôster. O subtítulo vem separado por dois-pontos (:) ou abaixo do título;
2 Nome completo do autor ou dos autores da pesquisa, abaixo do título e do subtítulo. Na sequência, devem aparecer o nome do orientador e elementos adicionais, como o nome da instituição na qual foi efetuada a pesquisa, cidade, estado e país, além do endereço eletrônico, em campo separado ao final do pôster;
3 Resumo sobre o problema estudado, os objetivos, a metodologia usada e os resultados alcançados, não excedendo cem palavras; palavras-chave são colocadas separadamente, após o resumo;
4 O conteúdo é organizado em colunas, considerando os itens: Introdução, Metodologia, Resultados, Discussão e Conclusão. No conteúdo são inseridas tabelas, ilustrações ou gráficos;
5 Por fim, são apresentadas as Referências, seguindo a NBR 6023.
Se bem organizado, o pôster científico cumpre seu papel de exibir as partes mais notáveis da pesquisa, com indicações sobre quem a realizou e orientou, seu processo de realização, os resultados obtidos e sua base de referência. Junte-se a isso uma redação clara e precisa, com boa argumentação, acompanhada de ilustrações ou gráficos, caracterizados pela clareza e pela simplicidade, e uma boa organização visual.
Projetos científicos
O termo “projeto” tem acepções como plano para a realização de um ato, uma intenção, um esboço inicial de um trabalho que se pretende desempenhar ou a demonstração de algo que alguém planeja ou pretende fazer. Portanto, projetar é um passo básico para a efetivação de uma ideia e o início de uma estratégia para a concretização de algo.
A expressão “projeto científico” diz respeito aos passos iniciais para a materialização do trabalho científico, isto é, o momento, em que ele começa a tomar vida. Não se pode, porém, confundir o projeto de pesquisas, com um mero planejamento ou um plano para as pesquisas nem imaginar para ele o detalhamento esperado para o trabalho científico em si.
A ELABORAÇÃO DE PROJETOS CIENTÍFICOS
Como lembra Andrade, na página 98 de seu livro de (2002), há a necessidade de composição e de demonstração de um projeto científico, por exemplo, nos casos de obtenção de bolsa de estudos; para conseguir o patrocínio para uma pesquisa; ao final de um curso, para ser mostrado a um orientador; ou para ingressar em um curso de pós-graduação, pleiteando a continuidade de estudos em busca de uma especialização, um mestrado ou um doutorado, deixando o possível orientador a par da pesquisa que pretende ampliar.
Projetos dessa natureza oferecem ao examinador inicial não só os aspectos científicos da pesquisa, como também os aspectos práticosdo desenvolvimento do trabalho, visto que as questões técnicas e as exigências previstas pelas instituições devem estar explícitas. Conforme Severino (2002) define, na página 159 de sua obra, um projeto bem feito acaba desempenhando várias funções, tais como:
· A definição e o planejamento do percurso para o desenvolvimento do trabalho do próprio estudante/pesquisador, a fim de adquirir disciplina com o trabalho, sendo fiel aos procedimentos elencados, cumprindo a organização, a sequência e os prazos que ele mesmo estabelece no projeto;
· Possibilitar o atendimento às exigências dos professores no aspecto didático;
· Possibilitar que os orientadores avaliem os aspectos gerais do trabalho de pesquisa e as possibilidades de desenvolvimento, facilitando a orientação e a apresentação de novas perspectivas de ampliação da análise;
· Fornecer condições de discussão e avaliação à banca examinadora para a qualificação do trabalho do estudante;
· Contribuir para a concretização, no caso de solicitação de bolsa de estudos ou de financiamento de pesquisas;
· Embasar a coordenação de programas de pós-graduação para a aceitação de candidatos, em especial nos cursos de doutorado.
A APRESENTAÇÃO DO PROJETO CIENTÍFICO
Alguns elementos são observados para o projeto de pesquisa, tais como:
 
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Folha de rosto
–
Com indicação da entidade destinatária do projeto, o título do trabalho, sua finalidade, autoria, local e data.
Título
–
Mesmo que provisório, seu valor está no fato de ele indicar o assunto do trabalho. Severino (2002), em seu livro, indica que a nomeação da pesquisa deve ter um título geral e um título técnico, sendo este último apontado como um subtítulo que especifica o tema abordado.
Delimitação do assunto
–
É o item fundamental do projeto, já que delimita o tema e o problema da pesquisa. Neste item, o problema e o conteúdo, alvos do estudo, são caracterizados e desdobrados.
Objetivos gerais e específicos
–
Neste ponto, o autor determina o que pretende com a pesquisa e quais resultados aguarda conseguir, fazendo referência ao tema em geral e, em seguida, a pontos específicos do assunto escolhido.
Justificativa
–
O autor declara por qual motivo escolheu o tema e sua importância.
Objeto da pesquisa
–
Evidencia a tese ou hipótese do que se pretende demonstrar. Tais informações devem estar inequívocas desde o início, tomando-se o cuidado de preparar hipóteses sobre algo que ainda precisa ser demonstrado, caso contrário, não há avanço de conhecimento com sua pesquisa.
Metodologia
–
Esse item aborda os métodos utilizados na pesquisa e as técnicas escolhidas.
Cronograma
–
Delimita momentos e etapas do desenvolvimento da pesquisa, estabelecendo quantas semanas ou meses serão reservados para cada etapa.
Orçamento
–
Em alguns casos, são indicados os recursos humanos ou materiais imperativos para que o projeto seja realizado, mencionando a previsão de custos.
Bibliografia básica
–
Contém os textos fundamentais em que a problemática escolhida é enfocada. Organizada com base nas normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), espera-se que ela seja ampliada com o decorrer das pesquisas.
EXPLICANDO
De acordo com Severino (2002), os métodos são procedimentos mais amplos de raciocínio, enquanto as técnicas tratam do funcionamento dos métodos. Os métodos de pesquisa são baseados em experiências, como o trabalho de campo, ou feitos em laboratórios, através de pesquisa teórica, histórica ou uma mescla de maneiras de pesquisa.
O já mencionado autor Severino, em Metodologia do trabalho científico, publicado em 2002, faz algumas considerações sobre delimitação do assunto, objetivos e justificativas:
Esta etapa do projeto pode-se iniciar com uma apresentação em que se coloca inicialmente a gênese do problema, ou seja, como o autor chegou a ele, explicitando-se os motivos mais relevantes que levaram à abordagem do assunto; em seguida, pode ser feita uma contraposição aos trabalhos que já versaram sobre o mesmo problema, elaborando-se uma espécie de estado de questão, [...]. Esclarecido o tema e delimitado o problema, o autor deve apresentar as justificativas, não apenas mas sobretudo aquelas baseadas na relevância social e científica da pesquisa proposta. A seguir, o autor expõe os objetivos que o trabalho visa atingir relacionados com as contribuições que pretende fazer. Após isto, pode explicitar suas hipóteses (p. 161). 
O texto, no caso do projeto de pesquisa, deve ser coeso, conciso e sem uso de linguagem coloquial, contemplando a gramática normativa, e sem linguagem figurada. Para formular os objetivos, são usados verbos no infinitivo. Para a descrição da metodologia, conforme Andrade, os verbos são empregados no futuro.
Desta forma, o projeto de pesquisa organiza todo o trabalho científico e é um instrumento que não só conduz as atividades, mas também a análise, as orientações e as avaliações que cabem a professores e coordenadores, fornecendo condições para que os orientadores atuem da melhor maneira possível.
Evidentemente, o projeto sofre alterações em vários pontos durante a pesquisa, o que é visto de forma positiva mediante seu aprofundamento. Não obstante, ele não é um simples planejamento, pois ele traz a essência da monografia que será produzida.
Referências bibliográficas: NBR 6023 da ABNT
Na composição de um artigo, são consultados vários documentos, citados no decorrer do texto. Nesta parte do curso, será abordado como são feitas as referências desses documentos.
A NBR 6023, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), estabelece elementos a serem incluídos e a sua exposição, contemplando a bibliografia utilizada e as orientações sobre as convenções a serem observadas. É primordial que elas sejam verificadas sempre que produzir um trabalho de caráter técnico-científico, bem como suas possíveis atualizações, visto que as fontes de consulta estão a cada dia contando com recursos que passam por mudanças constantes.
Entende-se por referências a relação de fontes (livros, artigos, leis...) usadas no decorrer da pesquisa e são apresentadas, obrigatoriamente, ao final dos textos acadêmicos e científicos. 
Referências são o conjunto de elementos que, retirados de um documento, possibilitam a sua identificação.
Sua finalidade é dar ao leitor do texto as fontes da pesquisa e composição do artigo, assim como permitir que ele tenha acesso às obras consultadas. Após as considerações finais do artigo, estão as referências, um elemento pós-textual obrigatório e que deve estar em ordem alfabética e alinhado à esquerda.
DIFERENÇAS ENTRE REFERÊNCIA E BIBLIOGRAFIA
Quando se fala de referências, é preciso entender como o termo é utilizado. Obras de referência são aquelas que dão começo à pesquisa bibliográfica e que ajudam a identificar e localizar as obras de consulta. Para Andrade (2002):
As obras de referência são constituídas pelos dicionários específicos das várias ciências, enciclopédias thesaurus, catálogos de editoras e bibliotecas, abstracts de revistas especializadas, repertórios bibliográficos etc. Tais obras propiciam informações gerais sobre determinado assunto, facilitando a tarefa de localizar outras, de caráter específico, que virão a constituir o apoio bibliográfico do trabalho (p. 53).
As obras de referência, no entanto, não constituem a única base bibliográfica de um trabalho científico. A partir delas, há uma multiplicação de fontes, uma vez que elas geram outras indicações bibliográficas. Do mesmo modo, existem as referências no corpo do texto. A citação de uma passagem é inserida no texto colocando-se ao final desta, o nome do autor, o ano e, entre parênteses, a página. As referências completas aparecem na bibliografia final.
Caso se trate da síntese de um trecho, , as referências devem ser colocadas acrescentando-se Cf. no início e entre parênteses. As referências bibliográficas, fontes bibliográficas, ou apenas bibliografia designam a bibliografia levantada durante o trabalho científico e organizada na parte final do trabalho.
A princípio, elaé composta durante o fichamento, que traz não apenas um relatório organizado de suas leituras, incluindo temas, sínteses, trechos relevantes e justificativas para a seleção desses dados, mas também os autores, as obras consultadas, ano de publicação, páginas e editoras.
As referências bibliográficas listam documentos que, como relata Andrade, na página 54 de sua publicação, são manuscritos, livros, revistas, jornais ou qualquer outro impresso, documentos reproduzidos, xerocopiados, obtidos em gravações de áudio ou vídeo, mapas, esboços, plantas, teses e dissertações não publicadas, palestras, aulas, sites etc.
O propósito das referências bibliográficas é levar o leitor às fontes da pesquisa que resultou no trabalho científico e, por isso, todos os documentos consultados ou reportados no corpo do trabalho são indicados nas referências, de forma que o leitor tenha condições de retomá-los, seja para aprofundar a problemática, fazer uma revisão do trabalho ou por qualquer outro motivo.
// Teses, dissertações e trabalhos acadêmicos
SOBRENOME DO AUTOR, Prenomes. Título. Ano. Tese, dissertação ou trabalho acadêmico (grau e área) – Unidade de Ensino, Instituição, Local, Data. Ex.: 
SILVA, Renata. O turismo religioso e as transformações socioculturais, econômicas e ambientais em Nova Trento – SC. 2004. 190 f. Dissertação (Mestrado em Turismo e Hotelaria) – Centro de Educação Balneário Camboriú, Universidade do Vale do Itajaí, Balneário Camboriú, 2004.
URBANESKI, Vilmar. Epistemologia social, ciências cognitivas e educação. 2006. 116 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Centro de Ciências da Educação, Universidade Regional de Blumenau, Blumenau, 2006.
// Enciclopédias
NOME DA ENCICLOPÉDIA. Local da publicação: Editora, ano. Ex.: 
ENCICLOPÉDIA TECNOLÓGICA. São Paulo: Planetarium, 1974.
// Jornal
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Jornal no todo
–
NOME DO JORNAL. Cidade, data. Ex.: 
FOLHA DE S.PAULO. São Paulo, 11 jan. 2009.
Artigo de Jornal com autor definido
–
SOBRENOME DO AUTOR DO ARTIGO, Prenomes. Título do artigo. Título do jornal, Cidade, data (dia, mês, ano). Suplemento, número da página, coluna. Ex.: 
PRATES, Luis Carlos. Quindim com café. Diário Catarinense, Florianópolis, 3 fev. 2009. Disponível em: <http://www.clicrbs.com.br/diariocatarinense/jsp/default2.jsp?uf=2&local=18&source=a2390841.xml&template=3916.dwt&edition=11632&section=1328http>. Acesso em: 3 fev. 2009.
Artigo de jornal sem autor definido
–
TÍTULO do artigo (apenas a primeira palavra em maiúscula). Título do jornal, Cidade, data (dia, mês, ano). Suplemento, número da página, coluna. Ex.: 
EFEITOS da lei seca. Folha de S.Paulo, São Paulo, 14 mar. 2009. Opinião, p. 2.
// Revista
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Revista no todo
–
NOME DA REVISTA. Local de publicação: editora (se não constar no título), número do volume (v._), número do exemplar (n._), mês. Ano. ISSN. Ex.: 
REVISTA TRIBUNA JURÍDICA. Indaial: Editora Asselvi, v. 1, n. 4, jan./jun. 2008. ISSN 1807-6114.
Coleção de revistas no todo
–
TÍTULO DO PERIÓDICO. Local de publicação: editora, data (ano) do primeiro volume e, se a publicação descontinuou, do último. Periodicidade. Número do ISSN (se disponível). Ex.: 
CONTRAPONTOS. Itajaí: Univali, 2001. Semestral. ISSN 1519-8227.
Artigo de revista com autor definido
–
SOBRENOME DO AUTOR DO ARTIGO, Prenomes. Título do artigo. Título da revista, local da publicação, número do volume (v._), número do fascículo (n._), páginas inicial-final do artigo, mês. Ano. Ex.: 
PICH, Roberto Hofmeister. Autorização epistêmica e acidentalidade. Veritas, Porto Alegre, v. 50, n. 4, p. 249-276, dez. 2005.
Artigo de revista sem autor definido
–
TÍTULO do artigo (apenas a primeira palavra em maiúscula). Título da revista, local da publicação, número do volume, número do fascículo, página inicial final do artigo, mês. Ano. Ex.: 
20 CENTROS e nenhuma central. HSM Management, São Paulo, v. 1, n. 72, p. 39-45, jan./fev. 2009.
Casos específicos:
· Quando a editora não puder ser identificada, utiliza-se a expressão sine nomine, abreviada e entre colchetes [s.n.];
· Quando o local de publicação não for identificado, utiliza-se a expressão sine loco, abreviada e entre colchetes [s.l.];
· Quando o local e a editora não aparecem na publicação, se indica entre colchetes [s.l.: s.n.];
· Quando o local, a editora e a data não forem identificadas, se indica entre colchetes [s.n.t.] (sem notas tipográficas).
// Anais
NOME DO EVENTO, Número do evento (se houver), ano de realização, local. Título do documento (anais, atas, tópico temático etc.). Local: Editora, ano de publicação. Número de páginas ou volume (se houver). Ex.: 
REUNIÃO ANUAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE QUÍMICA, 20., 1997, Poços de Caldas. Livro de resumos. São Paulo: Sociedade Brasileira de Química, 1997.
// Entrevistas
No título, omite-se o nome do entrevistador quando ele é o autor do trabalho. Quando a entrevista é concedida em função do cargo ocupado pelo entrevistado, acrescentam-se o cargo, a instituição e o local ao título.
· Entrevistas não publicadas
SOBRENOME DO ENTREVISTADO, Prenome. Título. Local, data (dia, mês. ano). Ex.: 
SUASSUNA, Ariano. Entrevista concedida a Marco Antônio Struve. Recife, 13 set. 2002.
· Entrevistas publicadas
SOBRENOME DO ENTREVISTADO, Prenomes. Título da entrevista. Referência da publicação (livro ou periódico). Nota da entrevista. Ex.: 
SOUZA, Mauricio de. A Mônica quer namorar. Veja, ed. 2.098, ano 423, n. 5, p. 19-23, dez. 1999. Entrevista concedida a Duda Teixeira.
// Internet
Nome do autor; título do documento ou da web page (ou do frame). Título do trabalho maior contendo a fonte (website); informações sobre a publicação (incluindo a data da publicação e/ou da última revisão); endereço eletrônico (URL); data do acesso e outras particularidades dignas de menção na fonte. Ex.: 
GRAYLING. A. C. A epistemologia. The blackwell companhion to philosophy. Cambridge, Massachusetts: Blackwell Publishers Ltd, 1996. Disponível em: <http://www.geocities.com/marcofk2/grayling.htm>. Acesso em: 10 maio 2007.
// Jurisdição
Título (especificação da legislação, número e data). Ementa. Dados da Publicação. BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Senado Federal, 1988.
SANTA CATARINA (Estado). Lei n. 5.345, de 16 de maio de 2002. Autoriza o desbloqueio de Letras Financeiras do Tesouro do Estado e dá outras providências. Diário Oficial do Estado, Poder Executivo, Florianópolis, 16 jun. 2002. Seção 3, p. 39.
Agora é a hora de sintetizar tudo o que aprendemos nessa unidade. Vamos lá?!
SINTETIZANDO
A metodologia é um aspecto de extrema importância em qualquer atividade de caráter científico, se mostrando como uma alavanca que proporciona o sucesso em seminários científicos. Os seminários são parte integrante do cotidiano das salas de aula, mas ocorrem em simpósios, conferências e congressos nos quais pesquisadores divulgam seus trabalhos e colocam em discussão seus resultados. Suas formas de organização resultam em oportunidades de formação para todos os envolvidos.
Um dos elementos que promove a exposição de seminários e de pesquisas é o pôster científico, cuja função é expor trabalhos científicos de forma rápida e visual, colocando-os em evidência de modo resumido, e temas, metodologias usadas, resultados obtidos, conclusões e referências bibliográficas utilizadas no processo.
Nesta esfera de atividades, estão os projetos científicos, que oferecem a coordenadores e avaliadores a motivação e a organização previstas pelo pesquisador para o trabalho científico, permitindo que tenham um panorama do que é desejado, promovendo orientações, intervenções e avaliações sobre o processo e seus resultados.
Como em qualquer atividade investigativa nesse contexto, cabe a observação das normas estabelecidas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), o que confere um dos aspectos que dá credibilidade à materialização de uma tarefa científica. Certamente, a busca constante por conhecimentos que ampliem a formação, bem como a correção das formas de apresentaçãoao difundi-los expande o peso de seus esforços.
Citações bibliográficas: NBR 10520/2002 da ABNT
Ele precisará, obrigatoriamente, fazer menção ao que outros autores reconhecidos pela comunidade científica da sua área retratam sobre o assunto que está pesquisando para elaborar o trabalho. 
Nesta hora, algumas dúvidas podem surgir: de que maneira posso citar outros autores no decorrer do meu artigo? Como se fazem as citações desses autores? Aqui você terá acesso a definição de citação, aos contextos nos quais ela terá serventia, os tipos de citação, e como fazê-la ao elaborar um artigo.
Você encontrará também, sistemas de chamada, além das formas de citação e indicação de autores na citação conforme as regras estabelecidas pela Agência Brasileira de Normas Técnicas, a ABNT.
EXPLICANDO
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) define citação como a menção de uma informação extraída de outra fonte. Contudo, outros autores também possuem diferentes definições sobre as citações.
Para Colzani (2001 apud SILVA; URBANESKI, 2009, p. 85) “citação é uma inserção, num texto, de informações colhidas de outra fonte, para esclarecimento do tema em discussão, para sustentar, para refutar ou apenas para ilustrar o que se disse”.
Já para Barros e Lehfeld (2000, p. 107), “as citações ou transcrições de documentos bibliográficos servem para fortalecer e apoiar a tese do pesquisador ou para documentar sua interpretação”.
Pode-se afirmar que são motivos pelos quais se utilizam citações:
· Permitir ao leitor ir ao texto original do autor citado;
· Possibilitar a identificação do legítimo “autor” das ideias apresentadas no trabalho;
· Dar credibilidade e autoridade ao texto;
· Reforçar e fundamentar o texto em outros autores que discutem o assunto em questão;
· Corroborar com as ideias expostas no trabalho.
A citação, como já mencionado, é a transcrição de ideias alheias. Santos (2007, p. 121-122) ensina que:
Textos técnicos e científicos devem lançar mão de citações por dois bons motivos. O primeiro é que, normalmente, citam-se autores de outros textos já publicados. Isto é, autores cujas ideias já foram publicamente expostas, submetidas ao juízo e reconhecimento da comunidade de leitores e da comunidade científica. Se as ideias permanecem (e da forma como permanecem), seu autor merece menção, como conhecedor do assunto exposto, como autoridade científica. Segundo, ao se referenciar certo autor, fazem-se, a um só tempo, um ato de justiça intelectual (atribuir-se a ideia a seu “dono”) e um ato de honestidade científico-acadêmica (o autor que cita e referencia reconhece que a ideia não é sua).
As citações são de extrema importância para o artigo científico. Mas elas não substituem a redação do trabalho.
Os problemas mais comuns quanto à citação são:
· Escassez de citações, atribuindo-se ao autor pensamentos que são de outrem;
· Excesso de citações, o que faz do trabalho uma enorme colcha de retalhos;
· Documentação inadequada (por inexistência, insuficiência ou incorreção) das fontes empregadas;
· Presença no texto de informações que poderiam ir para as notas, o que permitiria deixar a redação mais limpa;
· Falta de diálogo com as fontes, usadas, às vezes, apenas para abonar o pensamento do autor, sem discussão;
· Inadequada transição entre o texto do autor e o texto citado, o que dificulta a identificação de quem está falando (AZEVEDO, 1998, p. 120).
SISTEMAS DE CHAMADAS
As citações no texto devem ser feitas de maneira uniforme e de acordo com o estilo do pesquisador ou critério adotado pela revista em que o artigo pleiteará a publicação. Contudo, as citações devem seguir as prescrições da NBR 10520, de 2002 (Figura 1).
Ao elaborar o artigo, quanto ao sistema de chamada, a indicação das fontes citadas pode ocorrer de duas formas: através do sistema numérico ou do sistema autor-data.
Clique nas abas para saber mais 
SISTEMA NUMÉRICOSISTEMA AUTOR-DATA
No sistema numérico, a numeração é única e consecutiva, em algarismos arábicos. Nesse sistema, não deve ser iniciada uma nova numeração a cada nova página do trabalho. A fonte é indicada de forma completa em nota de rodapé e apresentada de acordo com as normas de referência bibliográfica.
 
Caso seja necessário o uso do sistema numérico, é importante ressaltar que as notas de referências contidas nas notas de rodapé devem constar na lista de referências. Quando se usa nota de rodapé, não se usa o sistema numérico.
Exemplos:
1 Para Teixeira (1998, p. 35), “a ideia de que a mente funciona como um computador digital e que este último pode servir de modelo ou metáfora para conceber a mente humana iniciou a partir da década de 40”.
2 “A ideia de que a mente funciona como um computador digital e que este último pode servir de modelo ou metáfora para conceber a mente humana iniciou a partir da década de 40” (TEIXEIRA, 1998, p. 35).
Quando o nome do autor citado estiver entre parênteses, deve ser escrito com todas as letras em maiúscula, conforme o exemplo 2.
No caso de uso das citações com dois ou mais documentos de um mesmo autor que foram publicados no mesmo ano, estes devem ser diferenciados pelo acréscimo de letras minúsculas do alfabeto após o ano, conforme exemplo a seguir:
(SILVA, 2008a)
(SILVA, 2008b)
(SILVA, 2008c)
Caso haja dois autores com o mesmo sobrenome e mesma data de publicação, acrescentam-se as iniciais de seu prenome, conforme exemplo a seguir:
(SILVA, M., 2004)
(SILVA, C., 2004)
Estrutura de citações
Há alguns modelos distintos de citações que podem ser utilizados pelos alunos durante seus projetos. Nesta parte do estudo, você conhecerá os mais utilizados. 
ASSISTA
Para compreender melhor o mecanismo de implementação das citações, assista ao vídeo “Como fazer citações ABNT”.
CITAÇÃO DIRETA
A citação direta, de acordo com a NBR 10520 (2002, p. 2), é a “Transcrição literal da parte da obra do autor consultado”. Ou seja, nesse tipo de citação deve-se respeitar redação, ortografia, sinais gráficos e pontuação do texto original, fazendo uma cópia fiel do autor consultado.
// Citação direta curta
A citação curta é de até três linhas e deve ser inserida entre aspas, no interior do parágrafo, conforme exemplificado na Figura 2.
Exemplos:
1
No parágrafo: Sobrenome do autor ou dos autores (data, n. da página).
De acordo com Sabadell (2000, p. 31), “o objeto da ciência jurídica é examinar como funciona o ordenamento jurídico. Como diz Kelsen, o direito é um conjunto de normas em vigor [...]”.
2
No final da citação (SOBRENOME DO AUTOR OU AUTORES, data, n. da página).
“O objeto da ciência jurídica é examinar como funciona o ordenamento jurídico. Como diz Kelsen, o direito é um conjunto de normas em vigor [...]” (SABADELL, 2003, p. 31).
// Citações direta longa
As citações diretas com mais de três linhas devem aparecer em parágrafo distinto, com recuo de 4 centímetros da margem esquerda, espaçamento simples, sem aspas e em fonte 10, conforme detalhado na Figura 3.
Exemplos:
1 Para Goldman (2001, p. 58):
Objetivo fundamental da educação, isto é, dos sistemas escolares, em todos os níveis, é o de prover os estudantes com conhecimento e desenvolver habilidades intelectuais que elevem as suas habilidades de aquisição de conhecimento. Isto, de qualquer modo, é a imagem tradicional, e eu não conheço nenhuma boa razão para abandoná-la.
2 Objetivo fundamental da educação, isto é, dos sistemas escolares, em todos os níveis, é o de prover os estudantes com conhecimento e desenvolver habilidades intelectuais que elevem as suas habilidades de aquisição de conhecimento. 
Isto, de qualquer modo, é a imagem tradicional, e eu não conheço nenhuma boa razão para abandoná-la (GOLDMAN, 2001, p. 58).
// Citação direta: omissão
A omissão é um recurso utilizado quando não é necessário citar integralmente o texto de um autor. Porém, deve-se ter o cuidado para não alterar o sentido do texto original. No texto, a omissão é indicada por reticências entre colchetes [...]. As omissões podem aparecer no início, no fim e no meio de uma citação.
Exemplos:
1 De acordo com Reale (1990,p. 554), “os fenomenólogos pretendem descrever os modos típicos como as coisas e os fatos se apresentam à consciência [...] A fenomenologia não é a ciência dos fatos e sim, ciências das essências”.
2 “Os fenomenólogos pretendem descrever os modos típicos como as coisas e os fatos se apresentam à consciência [...] A fenomenologia não é a ciência dos fatos e sim, ciências das essências.” (REALE, 1990, p. 554).
// Citação direta: destaque
Quando existe a necessidade de enfatizar alguma palavra, expressão ou frase em uma citação direta, pode-se grifá-la. Mas, ao fazer isso, é preciso usar o recurso tipográfico negrito na parte do texto a ser destacada e a expressão: grifo nosso.
Essa expressão deve vir entre parênteses, após a indicação da página em que foi retirada a citação. Quando já existe destaque no texto original, mantém-se este destaque indicando sua existência pela expressão grifo do autor ou grifo dos autores entre parênteses.
Exemplos:
1 Hoje, equipados com novas ferramentas e novos conceitos, essas disciplinas, com um novo quadro de pensadores, denominados cientistas cognitivos, investigam muitas das questões que já preocupavam os gregos há aproximadamente 2500 anos, conforme Gardner (1995, p. 18, grifo nosso):
Assim como seus antigos colegas, os cientistas cognitivos de hoje perguntam o que significa conhecer algo e ter crenças precisas, ou ser ignorante ou estar errado. Eles procuram entender o que é conhecido - os objetos e sujeitos do mundo externo - e as pessoas que conhece [sic] - seu aparelho perceptivo, mecanismo de aprendizagem, memória e racionalidade. Eles investigam as fontes do conhecimento: de onde vem, como é armazenado e recuperado, como ele pode ser perdido?
2 Hoje, equipados com novas ferramentas e novos conceitos, essas disciplinas, com um novo quadro de pensadores, denominados cientistas cognitivos, investigam muitas das questões que já preocupavam os gregos há aproximadamente 2500 anos.
Assim como seus antigos colegas, os cientistas cognitivos de hoje perguntam o que significa conhecer algo e ter crenças precisas, ou ser ignorante ou estar errado. Eles procuram entender o que é conhecido - os objetos e sujeitos do mundo externo - e as pessoas que conhece [sic] / em bold - seu aparelho perceptivo, mecanismo de aprendizagem, memória e racionalidade. Eles investigam as fontes do conhecimento: de onde vem, como é armazenado e recuperado, como ele pode ser perdido? (GARDNER, 1995, p. 18, grifo nosso).
CITAÇÃO INDIRETA
A citação indireta é a interpretação das ideias de um ou mais autores do texto em questão. Porém, deve ser mantido o sentido original do texto. A citação indireta não é a transcrição literal das palavras do autor; não deve estar entre aspas ou em parágrafo distinto. No entanto, devem ser indicado(s) o(s) autor(es) e o ano da obra, conforme Figura 4.
Exemplos:
1 No parágrafo: Sobrenome do autor (data)
Uma das preocupações atuais com o avanço das Ciências Cognitivas é, de acordo com Teixeira (2004), que a própria ideia de mente seja dissolvida ou, ainda, reduzida à atividade cerebral.
2 Ao final do parágrafo: (SOBRENOME DO AUTOR, data)
Uma das preocupações atuais com o avanço das Ciências Cognitivas é que a própria ideia de mente seja dissolvida ou, ainda, reduzida à atividade cerebral. (TEIXEIRA, 2004).
// Citação de informação verbal
Outro tipo de citação é proveniente de informações verbais de palestras, debates, jornais de TV ou documentários, por exemplo. Ao fazer uso dessa forma de citação, deve-se indicar, entre parênteses, a expressão “informação verbal” no final da citação, mencionando os dados disponíveis em nota de rodapé. Cite, pelo menos, o autor da frase (cargo ou atividade), local (cidade) e data (dia, mês e ano).
Exemplo:
1 As empresas que queiram manter-se no mercado deverão investir também na qualificação humana. (Informação verbal).
Na nota de rodapé:
_______________
2 1. Paulo Mattos de Azevedo, Diretor Presidente da XXX, em palestra proferida para empresários do setor metalúrgico, no dia 24 de abril de 2008.
Importante: as informações que forem passadas por meio de entrevista só serão utilizadas se o pesquisador tiver uma autorização do entrevistado para citar seu nome em nota de rodapé e nas referências; caso contrário, o pesquisador indica em rodapé uma informação genérica para o leitor.
CITAÇÃO DE CITAÇÃO
Nesse caso, é a citação de parte de um texto encontrado em um determinado autor, referente a outro autor, ao qual não se teve acesso. Utiliza-se apenas quando não houver possibilidade de acesso ao documento original. Essa citação é indicada pela expressão apud, que significa “citado por”.
No texto, a citação da citação deve seguir a seguinte ordem: autor do documento não consultado, seguido da expressão latina apud (citado por), em formato normal (sem itálico), e o autor da obra consultada, conforme observável no exemplo da Figura 5.
Exemplos:
1 Para o movimento iluminista, a luz da razão possibilitaria esclarecer as pessoas, ou seja, reeducá-las, longe das ideias medievais, das trevas, do preconceito e das superstições. Neste sentido, para Kant (1784 apud REALE; ANTISERI, 1990, p. 669):
O iluminismo é a saída do homem do estado de menoridade que ele deve imputar a si mesmo. Menoridade é a incapacidade de valer-se de seu próprio intelecto sem a guia de outro. 
Essa menoridade é imputável a si mesmo se sua causa não depende de falta de inteligência, mas sim de falta de decisão e coragem de fazer usos de seu próprio intelecto sem ser guiado por outro. Sapere aude! Tem a coragem de servir-te de tua própria inteligência! Esse é o lema do iluminismo.
Perceba que o autor está citando Kant, no entanto, como não houve acesso à obra original, o filósofo está sendo citado a partir da referência a ele realizada por Reale e Antiseri.
2 Para o movimento iluminista, a luz da razão possibilitaria esclarecer as pessoas, ou seja, reeducá-las, longe das ideias medievais, das trevas, do preconceito e das superstições. Nesse sentido:
O iluminismo é a saída do homem do estado de menoridade que ele deve imputar a si mesmo. Menoridade é a incapacidade de valer-se de seu próprio intelecto sem a guia de outro. Essa menoridade é imputável a si mesmo se sua causa não depende de falta de inteligência, mas sim de falta de decisão e coragem de fazer usos de seu próprio intelecto sem ser guiado por outro. Sapere aude! Tem a coragem de servir-te de tua própria inteligência! Esse é o lema do iluminismo (KANT, 1784 apud REALE; ANTISERI, 1990, p. 669).
Na citação de citação, a referência se inicia pelo nome do autor não consultado. Desta forma, a ordem das informações é: referência do autor não consultado, seguido da expressão apud e referência do autor consultado.
// Indicação dos autores na citação
Com se não bastassem as diversas variedades de citações, também é importante ter atenção às diferentes maneiras de citação para trabalhos com número variado de autores:
// Citação de trabalhos de um autor:
Para Mclnerny (2004, p. 20), “a expressão ‘prestar’ atenção é muito eficaz. Faz-nos lembrar que atenção tem um ‘custo’. Atenção requer uma reação ativa e enérgica a cada situação, às pessoas e aos elementos que dela fazem parte”.
// Ou
“A expressão ‘prestar’ atenção é muito eficaz. Faz-nos lembrar que atenção tem um ‘custo’. Atenção requer uma reação ativa e enérgica a cada situação, às pessoas e aos elementos que dela fazem parte” (McINERNY, 2004, p. 20).
// Citação de trabalhos de dois autores:
Assim, conforme Warat e Pêpe (1996, p. 50), “Kelsen imagina que o objeto de um saber jurídico não pode ser mais do que o conjunto das normas positivas de um Estado, aprendidas do ponto de vista de suas formas”.
// Ou
“Kelsen imagina que o objeto de um saber jurídico não pode ser mais do que o conjunto das normas positivas de um Estado, aprendidas do ponto de vista de suas formas” (WARAT; PÊPE,1996, p. 50).
Veja outro exemplo na Figura 6.
// Citação de trabalhos de três autores: 
Assim, ao refletirem sobre quais condutas devem ser aceitas nos negócios, algumas discussõesde cunho ético têm se feito presentes principalmente segundo Arruda, Whitake e Ramos (2003, p. 53) com “o ensino de Ética em faculdades de Administração e Negócios tomou impulso nas décadas de 60 e 70, principalmente nos Estados Unidos, quando alguns filósofos vieram trazer sua contribuição”.
// Ou
Assim, ao refletirem sobre quais condutas devem ser aceitas nos negócios, algumas discussões de cunho ético têm se feito presentes principalmente com “o ensino de Ética em faculdades de Administração e Negócios tomou impulso nas décadas de 60 e 70, principalmente nos Estados Unidos, quando alguns filósofos vieram trazer sua contribuição” (ARRUDA; WHITAKE; RAMOS, 2003, p. 53).
Confira outros exemplos na Figura 7.
// Citação de trabalhos de mais de três autores:
Nesse caso as variações são maiores. O correto é citar apenas o sobrenome do primeiro autor, seguido da expressão latina et al.
Wittmann et al. (2006, p. 19) afirmam que “a pós-graduação é uma prática social decisiva no processo da (des)alienação das pessoas”.
// Citação de trabalhos de mais de três autores:
Nesse caso as variações são maiores. O correto é citar apenas o sobrenome do primeiro autor, seguido da expressão latina et al.
Wittmann et al. (2006, p. 19) afirmam que “a pós-graduação é uma prática social decisiva no processo da (des)alienação das pessoas”.
// Ou
“A pós-graduação é uma prática social decisiva no processo da (des)alienação das pessoas” (WITTMANN et al., 2006, p. 19).
Veja outros exemplos na Figura 8.
Quando houver coincidência de sobrenomes de autores, acrescentam-se as iniciais de seus prenomes. No caso de persistência de coincidência, colocam-se os prenomes por extenso, até que a coincidência seja desfeita, como podemos ver a seguir:
· Struve, O Struve, Otto Struve, Otto W.
· Struve, O Struve, Otto Struve, Otto H.
· Struve, F Struve, Friedrich Struve, Friedrich G.
· Struve, F Struve, Friedrich Struve, Friedrich A.
Veja mais exemplos na Figura 9.
As citações indiretas de diversos documentos da mesma autoria, publicados em anos diferentes e mencionados simultaneamente, possuem as suas datas separadas por vírgula.
Exemplo:
De acordo com Struve (1996, 2002), uma crença e uma atividade religiosa/ espiritual ativa têm um efeito curativo significativo pela mudança de atitudes específicas e alterações de comportamento, baseados principalmente em uma convicção espiritual.
Você pode, ainda, deparar-se com citações de diversos documentos de um mesmo autor, publicados em um mesmo ano, as quais são diferenciadas pelo acréscimo de letras minúsculas, em ordem alfabética, após a data e sem espaçamento, conforme a lista de referências.
Exemplo:
Estudos epidemiológicos analisando as possíveis rotas de transmissão de hepatite aguda verificaram que a transmissão por via sexual é a principal rota de contaminação, mostrando-se, inclusive, muito mais comum que o uso de droga intravenosa. (STRUVE et al., 1992, 1995a, 1995b, 1996a, 1996b, 1996c).
Você poderá encontrar citações indiretas de diversos documentos de vários autores, mencionados simultaneamente e, nesse caso, devem ser separadas ponto e vírgula, em ordem alfabética.
Exemplo:
A função de Struve H1(z) mostrou-se a ferramenta mais eficiente para modelar o alcance da frequência auditiva de baixa intensidade no cálculo da impedância acústica. (AARTS; JANSSEN, 2003; BOISVERT; VAN BUREN, 2002; KEEFE; LING; BULEN, 1992; KRUCKLER et al., 2000; WITTMANN; YAGHJIAN, 1991).
VANTAGENS E DESVANTAGENS DOS SISTEMAS DE CITAÇÃO
Os sistemas de citação mencionados são muito importantes e devem ser utilizados. No entanto, é importante conhecer as vantagens e desvantagens contidas nesses sistemas, conforme especificado no Quadro 1.
Abreviação de títulos: NBR 6032/1989 da ABNT
A NBR 6032/1989 (Figura 10), por sua vez, é uma norma técnica que se refere aos padrões que devem ser adotados para a abreviação de títulos de periódicos e publicações seriadas, como definido no próprio nome da regra.
A ideia deste documento é unificar o entendimento para a correta aplicação de abreviaturas, de modo a facilitar as citações, referências e legendas bibliográficas dos documentos acima citados.
Nos tópicos a seguir, vamos entender quais são as regras contidas na NBR 6032.
REGRAS DE ABREVIAÇÃO
Para se abreviar palavras, uma das maneiras que mais se utiliza é a supressão da parte final da palavra, substituindo-a por um ponto. Conforme exemplos a seguir:
Palavra: abreviatura
Abreviação: abrev.
Palavra: filosofia
Abreviação: fil.
Palavra: impressão
Abreviação: impr.
No entanto, algumas regras precisam ser seguidas para a correta abreviação das palavras. São elas:
· Palavras com menos de cinco letras não devem possuir abreviações, exceto as palavras mencionadas na NBR 6032. Observe o Quadro 2:
Obs.: Por coincidência, as duas palavras citadas como exemplo possuem a mesma abreviação.
· Em algumas palavras, pode-se utilizar a contração em uma abreviatura (ex: bel. para bacharel ou ltda. para limitada);
· As palavras que terminam com os sufixos “grafia”, “nomia” e “logia”, podem ser abreviadas até as letras iniciais dos sufixos. São elas: gr para grafia, n para nomia e l para logia. Observe o exemplo a seguir
· Palavra: Radiografia
Abreviação: Radiogr.
· Palavra: Astronomia
Abreviação: Astron.
· Palavra: Geologia
Abreviação: Geol.
REGRAS DE ABREVIAÇÃO DE TÍTULOS
Quanto aos títulos, se forem formados por apenas uma palavra, seja ela simples ou composta, precedida ou não de artigo, não devem ser abreviados. Veja alguns exemplos de títulos que não podem ser abreviados (com e sem artigo):
· O princípio;
· O pica-pau;
· Oceanos;
· Guarda-chuva;
· A Constituição.
Além disso, vejamos outras regras muito importantes para a correta aplicação de abreviações em títulos:
· A palavra que inicia o título sempre deve ter a primeira letra maiúscula;
· Ao abreviar um título, deve-se manter a ordem das palavras do mesmo modo como estão no título original;
· Artigos, preposições e conjunções devem ser suprimidos nas abreviações, exceto quando não estão no início do título e quando são importantes para o entendimento do título;
· Se o título do periódico científico for composto por uma sigla, ela deve ser mantida e abreviam-se as outras palavras do título.
No Quadro 3 você verá uma lista com diversas abreviaturas contidas na NBR 6032/1989:
NOMES DE PESSOAS
Se o título do periódico científico possuir o nome de uma pessoa, esse nome não poderá ser abreviado, ou seja, podem ser abreviadas somente as outras palavras que compõem o título. Veja um exemplo fictício de título de periódico com abreviaturas:
Título: Memórias de João Cabral de Melo Neto
Abreviação: Mem. João Cabral de Melo Neto
O perigo do plágio
As normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) são essenciais no apoio à confecção de materiais científicos, visto que, além de gerar padrões, proporcionam credibilidade aos materiais produzidos.
Com isso, podemos afirmar que a não utilização de suas regras e diretrizes pode, por vezes, desprestigiar ou invalidar os documentos.
Ao contrário do que muita gente pensa, não é errado utilizar a ideia de um outro autor em sua própria obra. Na verdade, as pesquisas científicas se baseiam em um compilado de ideias de outros autores somados aos seus pensamentos.
No entanto, um cuidado que todo pesquisador deve ter, principalmente quando falamos em citações de autores, por exemplo, é o de sempre referenciar o autor pesquisado, visto que a transcrição de sua obra, sem as devidas referências, caracteriza-se como plágio, ou seja, apropriação indevida de uma obra intelectual, o que, inclusive, é crime.
Ou seja, a cópia (transcrição) de parte de uma obra em sua pesquisa acadêmica pode ser feita, mas sempre com a indicação dos autores.
EXPLICANDO
Obra intelectual é tudo aquilo que é criado, produzido ou inventado por uma pessoa ou grupo de pessoas. Geralmente atribuímos o conceito de obra intelectual para livros e pesquisas científicas.
ÉTICA
A ética, em uma definição geral, pode ser classificada e interpretada como um conjunto de valoresde uma pessoa em sua individualidade, ou de valores de um grupo que vive em sociedade. Com isto em mente, podemos dizer que o ato de plágio, além de configurar-se como crime, pode ser interpretado como falta de ética ou um desvio de caráter. Pithan e Vidal (2017) afirmam que:
A questão ética deve ser levada em conta quando tratamos do tema “plágio” no ambiente acadêmico. Na elaboração de monografias, dissertações e teses, os acadêmicos têm a oportunidade de exercitar técnicas de elaboração de investigação científica. Entretanto, a dimensão ética, notadamente na publicação dos resultados da pesquisa, deve estar presente para garantirmos o que se tem denominado como “integridade científica” ou “integridade na pesquisa” (PITHAN; VIDAL, 2017).
A melhor maneira de se evitar plágios sobre o objeto de pesquisa é ter domínio total sobre o assunto. Como então, pode-se adquirir o domínio técnico sobre o tema pesquisado?
Ao utilizar um grande número de fontes de pesquisa, alinhadas com a sua dedicação e muito estudo, certamente o resultado será relevante e satisfatório, pois assim você terá repertório suficiente para obter um material acadêmico totalmente autêntico e livre de plágios. 
Portanto, tenha em mente que, em qualquer área de atuação, seja ela acadêmica ou não, a ética deve ser um pilar de sustentação e, com isso, deve prevalecer em todas as situações, pois seus valores norteiam o padrão comportamental humano.

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