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1 Saúde mental na escola Marlene A. Vieira Gustavo M. Estanislau Rodrigo Affonseca Bressan Isabel A. Bordin PROBLEMAS DE SAÚDE MENTAL NAS ESCOLAS BRASILEIRAS Contrariando a crença de que a infância é um período invariavelmente feliz, dados epidemiológicos brasileiros vêm alertando que 10 a 20% das crianças e adolescentes apresentam algum tipo de transtorno mental. Um desses estu- dos, envolvendo jovens de 7 a 14 anos vivendo na Região Sudeste do Brasil, constatou que 1 a cada 8 alunos matriculados na escola tem algum tipo de di- ficuldade que justifica a necessidade de atendimento especializado na área de saúde mental. Além da alta prevalência, o impacto dos transtornos psiquiá- tricos na vida do indivíduo – aferido pelo Índice de Incapacidade por Doença (Global Burden of Disease) – é considerado o mais prejudicial entre todos os problemas médicos na população dos 10 aos 24 anos. A situação no Brasil é particularmente alarmante se considerarmos a proporção continental do País e as enormes diferenças culturais e sociais entre suas regiões. Os prejuízos causados pelos problemas mentais no sistema escolar tam- bém têm sido destacados. Jovens afetados por transtornos mentais apresen- tam com mais frequência rendimento acadêmico inferior, evasão escolar e en- volvimento com problemas legais, e a demanda de alunos com algum tipo de problema emocional/comportamental vem preocupando educadores, que, nos últimos anos, passaram a demonstrar altos índices de afastamento do tra- balho. Nesse contexto, a falta de informações confiáveis e de orientação espe- cializada vem causando insegurança, que, por sua vez, é um fator relevante para a distorção do olhar do professor, que passa a considerar como transtor- no mental o que não é, e vice-versa. O senso de impotência diante dos trans- tornos (reais ou não) acaba acarretando uma crescente dependência da fi- gura médica, supostamente portadora de soluções rápidas, que culmina em grandes controvérsias, como a medicalização. 14 Estanislau & Bressan (orgs.) A EVOLUÇÃO DO CONCEITO DE SAÚDE Confiar em um conceito exclusivamente biológico traz complicações por uma série de motivos, entre eles: trata-se de um conceito reducionista, que leva a definições de pro- cessos psíquicos como “só transtorno” ou “só saúde” ele gera distorções, como a ideia de “cura” para situações em que is- so não se aplica ele é um modelo “tardio”, que, ao negar o continuum entre saúde e doença, considera como foco de atuação apenas as pessoas que já sofrem com a doença instalada ele custa caro, pois “aguardar a doença” implica tratamentos e des- pesas inevitáveis A figura do médico é importante, e em muitos casos fundamental, po- rém, existe uma generalização com tendências à supervalorização da doença que não traz benefícios a ninguém. Nas últimas décadas, o paradigma da saúde mental evoluiu, amplian- do-se, extrapolando conceitos puramente biológicos, passando a considerar sintomas como fenômenos resultantes da interação complexa entre fatores genéticos, biológicos (questões estruturais do cérebro, hormônios, etc.), psi- cológicos, sociais e culturais. Nele, o processo entre saúde e doença deve ser considerado como um continuum. Relacionado a isso, outro aspecto recente- mente incorporado a esse paradigma é o enfoque nos estados mentais de ris- co e na identificação precoce, valiosos por possibilitarem o aprofundamento da compreensão sobre os transtornos na sua origem e favorecerem a institui- ção de intervenções em um momento em que os transtornos ainda não estão fortemente instalados, propiciando tratamentos mais bem-sucedidos. É possível que o fenômeno da medicalização tenha como origem a falta de infor- mação confiá vel, e não sua presença. A informação leva ao desenvolvimento de autonomia, ao senso crítico e à democratização do conhe cimento sobre saúde, o que deveria ser benéfico à comunidade. Em linha com esse parecer, pesqui- sas apontam que muitos encaminhamentos feitos ao sistema de saúde por esco- las são equivocados, ocasionando sobrecarga aos já escassos recursos terapêu- ticos (no ano de 2007, havia 107 psiquiatras infantis registrados no País inteiro). Saúde mental na escola 15 PROMOÇÃO DE SAÚDE O conceito de “promoção de saúde” foi apresentado oficialmente em 1984 pe- la Organização Mundial da Saúde (OMS). Está relacionado à concepção “am- pla” de saúde e pressupõe um modelo que envolve os determinantes sociais da saúde, como educação, meio ambiente e acesso a serviços essenciais, por meio de ações coletivas, intersetoriais e fomentadoras de políticas públicas. Em 1998, a OMS definiu os sete princípios da promoção de saúde, quais se- jam (World Health Organization, 1998): concepção holística intersetorialidade empoderamento participação social equidade ações multiestratégicas sustentabilidade A capacitação de comunidades e indivíduos por meio da informação e do desenvolvimento de habilidades pessoais e sociais é exemplo de ação pro- motora de saúde. A informação é uma das bases para a tomada de decisão e leva à autonomia por meio do empoderamento, combatendo, assim, a impo- tência. Porém, é importante frisar que empoderamento é diferente de cons- cientização, pois está associado à proatividade em relação à saúde, a reais mudanças de atitude. Uma pesquisa realizada em nove países, inclusive no Brasil, demonstrou que uma campanha informativa pode modificar o conhe- cimento e as atitudes com relação a problemas de saúde mental. “Novos” caminhos: promoção e prevenção Partindo dessa nova concepção de saúde, cria-se uma abertura para ações descentralizadoras que contemplem o empoderamento do indivíduo e da comunidade, contrapondo-se ao caráter “inevitável” da doença. A própria Constituição de 1988 já salientava a necessidade de [...] uma mudança progressiva dos serviços, passando de um modelo assistencial, centrado na doença e baseado no atendimento a quem procura, para um modelo de atenção integral à saúde, no qual haja incorporação progressiva de ações de promoção e de proteção, ao lado daquelas propriamente ditas de recuperação (Brasil, 1988). 16 Estanislau & Bressan (orgs.) Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais: A promoção da saúde ocorre […] por meio da educação, da adoção de estilos de vida saudáveis, do desenvolvimento de aptidões e capacidades individuais, da produção de um ambiente saudável, da eficácia da socie- dade na garantia de implantação de políticas públicas voltadas para a qualidade da vida e dos serviços de saúde. (Brasil, 1997) PREVENÇÃO A prevenção é a atividade relacionada ao controle dos fatores de risco que an- tecedem os transtornos. Ela atua em diferentes fases no continuum saúde-do- ença visando impedir a progressão desse processo em direção aos problemas de saúde (vide Capítulo 5 – Educação em saúde mental: uma nova perspecti- va). Como exemplo, no caso das drogas, ela é conhecida como: prevenção primária: ações que visam evitar a ocorrência do consu- mo de drogas antes de ele acontecer prevenção secundária: ações que visam interromper o uso de substâncias nos casos em que a pessoa já as utiliza com alguma fre- quência e corre risco de piorar o padrão de uso prevenção terciária: quando, após a dependência instalada, se es- tabelecem ações que incentivam a busca ao tratamento e à recupe- ração A prevenção será mais detalhadamente abordada no Capítulo 3 deste livro. O PAPEL DA ESCOLA NA PROMOÇÃO DE SAÚDE E NA PREVENÇÃO A literatura em saúde mental tem identificado o sistema escolar como um es- paço estratégico e privilegiado na implementação de políticas de saúde pú- blica para jovens, passando a destacá-lo como principal núcleo de promoção e prevenção de saúde mental para crianças e adolescentes, atuando no de- senvolvimento de fatores de proteção e na redução deriscos ligados à saúde mental. Pesa, nesse sentido, o fato de a escola concentrar em um ambiente único a maior parte da população jovem do País, por boa parte do dia, des- de a primeira infância, desenvolvendo um trabalho sistematizado e contí- nuo, passível de ser adaptado. Escolas também são mais acessíveis à popula- ção que os serviços de saúde mental e propiciam a realização de intervenções com menos estigma para alunos e familiares. Além disso, como parte atuante Saúde mental na escola 17 nesse processo, o professor encontra-se em posição nobre por diversos moti- vos, entre eles: ter experiência com diversas crianças de uma mesma faixa etária (permitindo uma observação mais crítica do comportamento de seus alunos) poder observar os alunos em diversos contextos (em tarefa, sociali- zando, etc.) e por longos períodos de tempo poder utilizar-se da flexibilidade do currículo para abordar assuntos relacionados à promoção de saúde mental poder utilizar-se de seu papel de modelo como um “trunfo”, ensi- nando criatividade e bom senso no dia a dia Assim, um professor bem informado e sensível pode tanto promover saúde mental quanto atuar na prevenção de transtornos, por exemplo, iden- tificando sinais que demandem encaminhamento para avaliação de equipe de saúde mental, contribuindo para uma intervenção precoce, que, via de re- gra, leva a resultados mais positivos. Segundo Puura e colaboradores (1998), o professor estaria na posição ideal para observar sinais como irritabilidade, isolamento social e queda no rendimento escolar, mas precisaria ser capacita- do para identificar sinais precoces de problemas específicos, como, por exem- plo, os sintomas de depressão, que poderiam ser facilmente interpretados co- mo sinais de mau humor e preguiça. AS INICIATIVAS DE PROMOÇÃO DE SAÚDE E PREVENÇÃO NAS ESCOLAS DO BRASIL E DO MUNDO No Brasil (1996), a partir da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (no 9.394), e da construção dos Parâmetros Curriculares Nacionais, a abor- dagem do tema Saúde foi ganhando mais consistência nas escolas, passando a ser integrado como um tema transversal, permeando todo o currículo esco- lar e, assim, possibilitando uma abordagem mais ampla dos diversos aspec- tos vinculados ao processo de saúde individual e coletiva. Os Parâmetros Cur- riculares Nacionais estão em congruência com os princípios de promoção de saúde em escolas indicados pela OMS, ou seja, buscam a sustentação da saú- de e do aprendizado, além de integrar profissionais de saúde, educação, pais, alunos e membros da comunidade, ajudando a transformar a escola em um lugar saudável e propício ao bem-estar, ao crescimento e ao desenvolvimen- to. Além dessas iniciativas, outras propostas têm reforçado a importância da escola na busca pelo desenvolvimento saudável de crianças e adolescentes no Brasil e no mundo. 18 Estanislau & Bressan (orgs.) Preocupada com os enormes prejuízos vinculados aos transtornos mentais, a co- munidade internacional passou a exaltar, nos últimos anos, a necessidade de in- tervenções voltadas para esse assunto no ambiente escolar. Nesse sentido, a Comissão Europeia, em um importante pronunciamento chamado Pacto Europeu para a Saúde Mental e o Bem-estar (tradução livre de “European Pact for Mental Health and Well-being”) (World Health Organization, 2008), definiu como urgente a inserção estratégica da saúde mental nas atividades curriculares e extracurri- culares das escolas, além da sensibilização de profissionais da saúde (p. ex., pe- diatras e médicos de família) e da educação para o assunto. No Canadá, discus- sões sobre sentimentos, pensamentos e comportamentos sob a ótica da saúde da mente (e não exclusivamente de transtornos mentais) já são parte do currícu- lo regular das escolas. PrincíPios das escolas Promotoras de saúde 1. Ter visão ampla de todos os aspectos da escola, provendo um ambiente saudável e que favorece a aprendizagem. 2. Dar importância à estética da escola, assim como ao efeito psicológico direto que ela tem sobre professores e alunos. 3. Fundamentar-se em um modelo de saúde que inclua a interação dos aspectos físicos, psíquicos, socioculturais e ambientais. 4. Promover a participação ativa de alunos e alunas. 5. Reconhecer que os conteúdos de saúde devem ser necessariamente incluídos nas diferentes áreas curriculares. 6. Entender que o desenvolvimento da autoestima e da autonomia pessoal é fundamental para a promoção da saúde. 7. Valorizar a promoção da saúde na escola para todos. 8. Ter visão ampla dos serviços de saúde que tenham interface com a escola. 9. Reforçar o desenvolvimento de estilos saudáveis de vida que ofereçam opções viáveis e atraentes para a prática de ações que promovam a saúde. 10. Favorecer a participação ativa dos educadores na elaboração do projeto pedagógico da educação para a saúde. 11. Buscar estabelecer inter-relações na elaboração do projeto escolar. Saúde mental na escola 19 NOVAS PERSPECTIVAS VOLTADAS À SAÚDE MENTAL: INTERSETORIALIDADE Em alguns países, a organização integrada dos sistemas públicos de saúde e de educação levou à implantação de serviços de saúde mental dentro das es- colas. Nesses locais, a abordagem integrada entre educadores e profissionais da saúde mental tem beneficiado a comunidade com ambientes escolares pro- motores de saúde e com a resolução de problemas menos complicados den- tro da própria escola, reduzindo a demanda por serviços especializados. Infe- lizmente, no Brasil, a intersetorialidade ainda é complicada por uma série de fatores, e a falta de diálogo tem sido pano de fundo para um número crescen- te de encaminhamentos precipitados para a rede de saúde de muitos jovens com problemas de aprendizagem. Ao mesmo tempo, existem várias pesquisas demonstrando que grande parte das pessoas que desenvolvem um transtorno mental é diagnosticada de forma tardia. Assim, programas de avaliação/de- tecção precoce poderiam modificar o curso desses quadros, evitando seu de- senvolvimento ou amenizando sua intensidade após instalados. Nesse senti- do, modelos de capacitação em saúde mental para educadores podem ser de grande valia. Um estudo de capacitação sobre saúde mental para professores de ensino funda- mental (ciclo II) e médio, realizado em uma escola pública paulista por pesquisa- dores da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), mostrou que a interven- ção foi efetiva ao auxiliar educadores a identificar problemas emocionais e com- portamentais, a fazer encaminhamentos mais assertivos, bem como a discriminar fenômenos da adolescência normal de problemas em que a avaliação seria ne- cessária. Ao fim do estudo, a maioria dos professores referiu ter adquirido conhe- cimentos a respeito do tema (74,2%) e afirmou que recomendaria o modelo de ca- pacitação adotado a professores de outras escolas (96,8%). Uma colaboração mais estreita entre os setores da saúde e da educação poderia alavancar a promoção da saúde mental e do bem-estar de crianças e adolescentes, minimizar o fracasso na escola e a evasão escolar, diminuir o preconceito que afasta pessoas do seu tratamento e facilitar o acesso a servi- ços especializados. Além disso, a maior proximidade entre os setores de saú- de e educação permitiria a democratização de saberes, fator ímpar para a saú- de coletiva. 20 Estanislau & Bressan (orgs.) QUAL É O PAPEL DO EDUCADOR NO QUE TANGE À SAÚDE DE SEUS ALUNOS? Os educadores têm a árdua – e compensadora – tarefa de atuar no desenvolvi- mento de seus alunos, não apenas acadêmico, mas também como indivíduos saudáveis. Portanto, se considerarmos o conceito de saúde descrito neste ca- pítulo, os professores já atuam no processo “saúde-doença” de seus alunos de diversas maneiras, como, por exemplo, ao desenvolverem vínculos baseados naafetividade, na empatia, na escuta reflexiva e respeitosa, na consideração pelas qualidades do aluno visando ao fortalecimento de sua autoestima, etc. Os professores influenciam positivamente quando interagem de forma mo- tivadora e criativa, informando e encorajando nas tomadas de decisão, fo- mentando a autonomia, sem recorrer a regras e dogmas preestabelecidos que possam defasar-se com o tempo. Um exemplo disso é o conselho “Não aceite nada de estranhos”, que, embora ainda muito utilizado, se considerado sob o prisma do uso de drogas, está completamente ultrapassado, pois sabe-se hoje que as grandes fontes de drogas estão entre os amigos mais próximos. Não se sugere aqui, portanto, que educadores tenham a responsabilidade de diagnosticar, ou mesmo sejam exigidos a aplicar qualquer tipo de conhe- cimento que não seja da área da educação. Porém, considerando que já atu- am contemplando os aspectos emocionais, cognitivos e comportamentais de seus alunos, conhecimentos selecionados em saúde mental, baseados princi- palmente em aspectos de promoção e prevenção, podem ser de grande utili- dade na prática educativa, ao empoderar a figura do educador. orientações 1. Reconheça a responsabilidade de formar o aluno como cidadão. 2. Contribua para um clima escolar favorável, priorizando os vínculos. 3. Contribua, por meio do diálogo, com o combate ao estigma dos transtornos. Evite a segregação de “alunos problema”. 4. Discuta abertamente o assunto “saúde mental” com os alunos. 5. Discuta casos de sua prática diária com os colegas, para que possa refletir sobre o que fazer diante de situações difíceis apresentadas pelos alunos que interferem na dinâmica em sala de aula, como isolamento social, comportamentos agressivos e violação de regras. 6. Estimule os alunos para que desenvolvam habilidades sociais, como fazer amigos e manter amizades. 7. Mantenha-se atento à identificação precoce de problemas para o devido encaminhamento dos alunos que necessitam de assistência nessas áreas. (Continua ) Saúde mental na escola 21 CONSIDERAÇÕES FINAIS Recentemente, a saúde mental de crianças e adolescentes tornou-se protago- nista em pautas de escolas, formadores de políticas públicas e da comunida- de científica devido a seu impacto socioeconômico alarmante. Sobretudo na educação, o assunto tem sido muito debatido, aumentando a lista de grandes desafios do setor. Felizmente, nas últimas décadas, uma nova compreensão de saúde se desenvolveu, extrapolando conceitos puramente biológicos, passando a con- siderar sintomas como fenômenos resultantes da interação entre diversos fa- tores biopsicossociais e colocando o processo entre saúde e doença em um continuum. Essa visão mais ampla abriu espaço para novas perspectivas de abordagem à saúde, culminando na introdução do conceito de promoção de saúde, pela OMS, em 1984. A partir disso, o sistema escolar passou a ser des- tacado como o principal núcleo de promoção e prevenção de saúde mental (e geral) para crianças e adolescentes, atuando no desenvolvimento de fato- res de proteção e na redução de fatores de risco ligados à saúde mental. Per- cebendo isso, diversos tipos de intervenções voltadas para a saúde mental em escolas vêm sendo desenvolvidos, variando de abordagens que vão da compe- tência emocional (vide Capítulo 4) a capacitações para identificação precoce de jovens em necessidade de avaliação psiquiátrica. Porém, para que o pano- rama se modifique a contento, é fundamental a aproximação entre os setores da saúde e da educação, a fim de que, por meio do diálogo, se otimize o ofe- recimento dos dois serviços. REFERÊNCIAS BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, 5 out. 1988. Disponível em: <http://www. planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>. Acesso em: 7 maio 2014. BRASIL. Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, 20 dez. 1996. 8. Construa parcerias com as famílias, para acompanhamento do desenvolvimento das crianças e adolescentes, tanto do ponto de vista emocional como da aprendizagem. 9. Adapte objetivos acadêmicos, conteúdos curriculares, método de ensino e outros assuntos educacionais às necessidades de cada aluno, visando a um maior rendimento escolar. 10. Solicite à diretoria de ensino cursos e material didático na área de saúde mental para complementar seu conhecimento nessa área. (Continuação) 22 Estanislau & Bressan (orgs.) BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: in- trodução aos parâmetros curriculares nacionais. Brasília: SEF, 1997. PUURA, K. et al. Children with symptoms of depression – what do the adults see? J Child Psychol Psychiatry, v. 39, n. 4, p. 577-585, 1998. WORLD HEALTH ORGANIZATION. European PACT for mental health and well-being: EU high-level conference. Geneva: WHO, 2008. 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