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1 Marcos Santiago – 5º semestre – HG V 8 de abril de 2022 Análise do risco de viés Viés: Viés é um erro sistemático produzido em uma pesquisa que resulta em uma estimativa incorreta da associação entre exposição e doença. Ou seja, é uma pesquisa entre variável de exposição e desfecho. Onde, essa estimativa incorreta, gera o erro sistêmico (controla, prevê) ou aleatório (não consegue controlar). • Erros aleatórios (ao acaso): valor de p ou intervalo de confiança de 95% - minimizar tamanho da amostra (valor de p=estimativa do erro); • Erro tipo 1 – rejeita hipótese nula; • Erro tipo 2 – quando rejeita, mas não deveria rejeitar. Análise de risco de viés: Validade externa – está relacionada com a pergunta de pesquisa, se essa foi gerada de forma apropriada, está ligada à capacidade de generalizar e aplicar os resultados dessa pesquisa em outros cenários. Ou seja, é quando pode ser extrapolado, relacionado a aplicabilidade e conhecimento clínico. Validade interna – diz respeito se o estudo responde a uma questão de pesquisa de forma apropriada, ou seja, livre de vieses. É determinada pela forma com que o delineamento, a coleta de dados e as análises foram conduzidas e expostas a todos os vieses. • Pensa no rigor do método aplicado na pesquisa; • É uma propriedade de consistência metodológica; • Validade do instrumento – específico para pesquisa para comprovar o que está sendo “pregado”. Ex: pesquisa sobre qualidade de vida. Tipos de viés: Viés de seleção: • Randomização • Sigilo de alocação • Consiste em diferenças sistêmicas entre os grupos. Ou seja, erro sistêmico na seleção dos participantes. • O que minimiza o viés de seleção: ➢ Alocação randômica ➢ Sigilo de alocação Randomização – corresponde ao método utilizado para gerar a sequência de alocação dos participantes, que devem ser aleatórios; • Aceita – dado, cara ou coroa ou pelo computador. Sigilo de alocação (mascaramento da entrada do participante no trail) – o método para alocar os participantes aos grupos do estudo, que idealmente o investigador não deve conseguir interferir para onde ele será alocado até que o participante tenha ingressado no estudo. • É o erro mais grave do ECR; • Impede que o pesquisador saiba para onde o paciente vai. Viés de performance: • Cegamento dos participantes e dos profissionais; • Cegamento (ambos não têm conhecimento) é diferente de mascaramento (técnica para disfarçar diferença entre as intervenções). Esse viés ocorre quando os envolvidos sabem que está exposto a certa terapia, quer ativa ou inativa. • O que minimiza o viés de performance? ➢ Cegamento/mascaramento do participante; ➢ Cegamento/mascaramento do avaliador de desfecho. Mascaramento (cegamento) de participantes e equipe – corresponde ao paciente e a equipe do estudo desconhecer a que grupo ele foi alocado. Mascaramento (cegamento) na avaliação de desfecho – corresponde aos avaliadores de desfecho desconhecerem a que grupo os participantes foram alocados. 2 Marcos Santiago – 5º semestre – HG V 8 de abril de 2022 Cegamento: • Cego – o participante; • Duplo – o participante e o avaliador do desfecho; • Tripo – participante + investigadores + estatístico. Conceitos: • Efeito placebo • Efeito Hawthorne – fenômeno no qual indivíduos mudam ativamente seu comportamento quando sabem que estão sendo observados e monitorados. Viés de detecção – cegamento; • Ocorre quando a exposição condiciona uma maior probabilidade de detecção na doença já existente, dando a falsa ideia que a origina; • O que minimiza o viés de detecção? ➢ Cegamento/mascaramento do avaliador de desfecho. Viés de relato – descrição seletiva dos desfechos; • Corresponde à possibilidade de os autores terem avaliados múltiplos desfechos, mas relatados apenas alguns de maior conveniência. • O que minimiza o viés de relato? ➢ Todos os desfechos primários e secundários pré-especificados. Viés de atrito – desfechos incompletos; • Relacionado a perdas de dados dos desfechos; • Dados incompletos de desfechos – corresponde a perdas de segmento de participantes do estudo ou missings para determinados desfechos avaliados, ou seja, não tem interesse em tratar; • O que minimiza o viés de atrito? ➢ Fallow up ➢ Análise de intenção de tratar – análise em que todos os participantes são seguidos até o fim. Outros vieses – conflito de interesse. Viés de condução ou execução – diferença sistêmica no cuidado oferecido. Participantes que sabem que estão no grupo controle. ➢ O que minimiza o viés de condução? Mascaramento. Viés de mensuração – diferenças sistêmica entre os grupos na maneira como são medidos os desfechos. • Pode corrigir com mascaramento; • Ex: emagrecimento, balança. Viés de informação (mensuração) – relacionado como os dados devem ser obtidos; • Os dados devem ser obtidos da mesma forma no grupo controle e intervenção; • Viés de memória (mães de criança com PC – paralisia cerebral – lembram mais). Efeito confundidor – situação em que a medida do efeito de uma intervenção ou exposição fica distorcida pela associação da exposição com outro(s) fatores que influenciam o desfecho clínico que está sendo investigado. • Como controlar o efeito confundidor? ✓ No desenho: ➢ Randomização; ➢ Restrição de participação de pessoas com características em relação ao fator de confusão; ➢ Pareamento (de controle e casos semelhantes em relação ao potencial fator de confusão). ✓ Na análise: ➢ Estratificação; ➢ Análise multivariada. Avaliação crítica dos estudos: • Efeito modificador/interação – quando um fator modifica o efeito do outro. Quando a associação de uma exposição com o risco de um efeito na presença de outra exposição. 3 Marcos Santiago – 5º semestre – HG V 8 de abril de 2022 Alguns tipos de vieses em estudos observacionais: Viés de seleção: • Coorte – os grupos de expostos e não expostos são similares em tudo, exceto em relação à exposição que se quer estudar; • Caso-controle – os casos e os controles são similares exceto em relação a presença da doença; • Viés – incluir diferentes populações com a mesma condição. Viés de informação: • Podem ocorrer na mensuração, detecção, observação, classificação, análises...).
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