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Anatomia Humana e Biologia Celular

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ANATOMIA HUMANA E BIOLOGIA CELULAR 
APRESENTAÇÃO 
 
Professora Me. Gislaine Cardoso de Souza Fiaes 
 
 
● Mestre em Ciências Farmacêuticas (Universidade Estadual de Maringá) 
● Bacharel em Farmácia Generalista (UniCesumar). 
● Especialista em Farmacologia Aplicada à Terapêutica (Universidade Estadual de 
Maringá). 
● Docente do curso de Farmácia e Estética e Cosmética - (Universidade 
Paranaense - Unipar). Com experiência docente de 3 anos ministrando a 
disciplina de Anatomia Humana. 
● Link do Currículo na Plataforma Lattes: http://lattes.cnpq.br/8017598356774912 
 
APRESENTAÇÃO DA APOSTILA 
 
Seja muito bem-vindo(a) à disciplina de Anatomia Humana! 
 
Prezado(a) aluno(a), a partir de agora estamos iniciando uma jornada que 
trilharemos juntos em busca da aquisição de novos conhecimentos. Nestadisciplina construiremos um arsenal de conhecimento a respeito das estruturas e 
organização do corpo humano. O interesse sobre o conhecimento detalhado do corpo 
humano começou a receber atenção no final do século XX, através da dedicação de 
pesquisadores que tornou possível desvendar a forma e estrutura do corpo humano. 
 Na unidade I iniciaremos nosso estudo a partir da introdução ao estudo da 
anatomia humana através da definição, terminologia anatômica e planos de secção do 
corpo humano que fornecerá embasamento para a compreensão dos tópicos seguintes. 
Posteriormente, iniciaremos o estudo do aparelho locomotor através do estudo de três 
sistemas: esquelético, articular e muscular. A respeito do sistema esquelético será 
abordado, suas funções, composição, formatos e classificações. O sistema articular 
estudaremos a definição e as classificações articulares. E finalizamos, estudando o 
sistema muscular que é tão complexo e fascinante ao mesmo tempo, mas veremos de 
maneira simples e de fácil entendimento as funções e classificações musculares. 
 
 Na unidade II abrange o estudo do sistema circulatório que consiste no estudo do 
sistema cardiovascular que envolve a compreensão das estruturas do coração, e vasos 
sanguíneos como as artérias que levam às células o sangue arterial e as veias que 
transportam o sangue venoso de volta para o coração. Sobre o sistema linfático, será 
abordado sua função e a identificação dos órgãos linfáticos. 
 Na sequência, será apresentado o sistema respiratório, com todas as suas 
estruturas anatômicas que viabilizam o processo de troca gasosa. 
 A unidade III abordará o fascinante tópico relacionado ao sistema nervoso central 
e periférico, apresentando o tecido nervoso, as funções e descrição das estruturas 
anatômicas. Finalizaremos, com a unidade IV estudando o sistema digestório, urinário e 
genital masculino e feminino, abordando as funções atribuídas a cada uma destes 
sistemas e a descrição das estruturas anatômicas pertencentes a cada um destes 
sistemas. 
 Aproveito para reforçar o convite a você, para junto conosco percorrer esta 
jornada de conhecimento e multiplicar os conhecimentos abordados em nosso material. 
Esperamos contribuir para seu crescimento pessoal e profissional. 
 
Muito obrigado e bom estudo! 
 
 
 
 
 
 
 
UNIDADE I 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ANATOMIA HUMANA E APARELHO LOCOMOTOR 
Professora Mestre Gislaine Cardoso de Souza Fiaes 
 
 
Plano de Estudo: 
 
Tópico 1 - INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ANATOMIA HUMANA 
● Introdução a Anatomia Humana 
● Níveis de Organização do corpo humano 
● Terminologias anatômicas. 
● Posição anatômica 
● Planos anatômicos e Secções 
● Termos de posição e direção 
 
 
Tópico 2 - SISTEMA ESQUELÉTICO 
● Conceituar o Sistema esquelético; 
● Divisão do Esqueleto Humano ; 
● Composição dos ossos; 
● Funções do Sistema Esquelético; 
● Classificação Morfológica dos Ossos. 
 
 
Tópico 3 - SISTEMA ARTICULAR 
● Definição do Sistema articular; 
● Classificação Estrutural das Articulações; 
● Articulações fibrosas; 
● Articulações cartilagíneas; 
● Articulações sinoviais. 
 
 
 
Tópico 4 - SISTEMA MUSCULAR 
 
● Conceito sobre o sistema muscular; 
● Tecido muscular; 
● Funções e classificação dos músculos. 
 
 
Objetivos de Aprendizagem: 
● Definir anatomia humana; 
● Identificar os níveis de organização estrutural do corpo humano e as 
terminologias anatômicas; 
● Definir os três sistemas que formam o aparelho locomotor: Sistemas esquelético, 
articular e muscular; 
● Compreender as funções e classificações dos sistemas esquelético, articular e 
muscular. 
 
INTRODUÇÃO 
 
O estudo da anatomia humana é extremamente interessante por proporcionar a 
compreensão da constituição do corpo e como ele funciona permitindo à você adquirir 
conhecimentos que serão fundamentais na aplicação clínica após sua formação como 
profissional da área da saúde. 
Portanto, na unidade I iniciaremos nosso estudo a partir da introdução ao estudo 
da anatomia humana através da definição, terminologia anatômica e planos de secção 
do corpo humano que fornecerá embasamento para a compreensão dos tópicos 
seguintes. Posteriormente, iniciaremos o estudo do aparelho locomotor através do 
estudo de três sistemas: esquelético, articular e muscular. A respeito do sistema 
esquelético será abordado, suas funções, composição, formatos e classificações. O 
sistema articular estudaremos a definição e as classificações articulares. E finalizamos, 
estudando o sistema muscular que é tão complexo e fascinante ao mesmo tempo, mas 
veremos de maneira simples e de fácil entendimento as funções e classificações 
musculares. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ANATOMIA HUMANA 
Imagem do Tópico: ID 381224470 
 
A anatomia é a ciência que estuda, macro e microscópicamente, a constituição e 
o desenvolvimento do corpo humano. Utilizamos o termo Morfologia para englobar as 
duas áreas de estudo anatômico, sendo elas: 
● Anatomia microscópica que está relacionada com as estruturas corporais 
invisíveis a olho nu e necessita de recurso instrumental para ampliação, como: lupas, 
microscópios ópticos e eletrônicos. Esta área se subdivide em: Citologia (estudo das 
células) e Histologia (estudo dos tecidos e como estes se organizam para a formação 
de órgãos). 
● Anatomia macroscópica estuda as estruturas visíveis a olho nu, abordada da 
seguinte forma: anatomia de superfície (estuda as formas na superfície do corpo que 
revela os órgão que ficam escondidos, ex., estudo de músculos que se destacam por 
baixo da pele de halterofilistas), anatomia regional (estuda regiões específicas do 
corpo, ex., cabeça, pescoço, tórax, abdome). Enquanto, a anatomia sistêmica 
concentra os estudos nos sistemas que atuam na realização de funções complexas. O 
estudo macroscópico da anatomia sistêmica é a forma mais comum de proceder os 
estudos anatômicos relacionados à forma e as funções. Para exemplificar, estudamos 
isoladamente os aspectos anatômicos do sistema esquelético, sistema articular e o 
sistema muscular, no entanto, nenhum sistema do corpo humano funciona sozinho, 
juntos formam o chamado aparelho locomotor. (DANGELO; FATTINI, 2007; MARIEB, 
WILHELM; MALLATT, 2014). 
 
1.1 Níveis de Organização do corpo humano 
 
O corpo humano é organizado estruturalmente em seis níveis que se estende 
desde átomos até a pessoa como um todo e ajuda na compreensão da anatomia, os 
níveis organizacionais do corpo humano, são os seguintes: os níveis químico, celular, 
tecidual, orgânico, sistêmico e organizacional (TORTORA; DERRICKSON, 2016). 
1) O nível químico inclui os átomos, que são as menores unidades da matéria 
que participam de reações químicas e são essenciais para a manutenção da vida, como 
 
por exemplo: oxigênio, carbono, hidrogênio, fósforo e cálcio. E as moléculas, que são 
caracterizadas pela ligação de átomos entre si, um exemplo das moléculas encontradas 
no corpo humano são o ácido desoxirribonucleico (DNA), o material genético passado 
de geração em geração, e a glicose (açúcar do sangue). 
2) Nível celular: A combinação de moléculas formam as células, que são as 
unidades estruturais e funcionais básicas de um organismo e originam os tecidos que 
são o próximo nível de organização. Como exemplos de células, temos: as células 
musculares, células nervosas e as células epiteliais. 
3) O nível tecidual é formado por grupos de células com uma função 
específica. Existem quatro tipos básicos de tecidos em nosso corpo: o tecido epitelial, o 
tecido conjuntivo, o tecido muscular e o tecido nervoso. O tecido epitelial recobre as 
superfícies externas e internas do corpo. O tecido conjuntivo conecta, dá sustentação e 
protege os órgãos do corpo. O tecido muscular realiza contração produzindo movimento 
do corpo gerando calor. O tecido nervoso transmiteinformação de uma parte do corpo 
para outra por meio de impulsos nervosos. 
4) Nível orgânico: os órgãos são as estruturas compostas por diferentes tipos 
de tecidos e desempenham funções específicas. Exemplos de órgãos incluem o 
estômago, a pele, os ossos, o coração, o fígado, os pulmões e o encéfalo. 
5) Nível sistêmico. Um sistema é caracterizado por órgãos relacionados com 
uma função em comum como, por exemplo, o sistema digestório, que digere e absorve 
os alimentos. Seus órgãos incluem a boca, as glândulas salivares, a faringe, o esôfago, 
o estômago, o intestino delgado, o intestino grosso, o fígado, a vesícula biliar e o 
pâncreas. Em alguns casos um órgão pertence a mais de um sistema. 
6) Nível organizacional: Um organismo envolve todas as partes do corpo 
humano, funcionando em conjunto. 
 
1.2 Terminologias anatômicas 
 
Assim como toda ciência, a anatomia também possui sua linguagem própria para 
descrever o organismo e suas partes, a padronização nos termos foi necessária pois no 
final do século XIX houve um avanço nas descobertas anatômicas gerando certa 
desordem, pois a mesma estrutura recebe denominações diferentes em cada centro de 
 
estudo. Em 1895, foi criada a primeira nomenclatura internacional na tentativa de 
uniformizar os termos e dando origem ao que chamamos de terminologia anatômica 
internacional (DANGELO; FATTINI, 2007). 
O conhecimento da terminologia anatômica é importante para promover a 
expressão clara e apropriada dos termos de maneira correta. Embora você conheça os 
termos coloquiais para designar as partes e regiões do corpo o que é importante para 
facilitar a comunicação com os indivíduos leigos que procurem atendimento, vocês 
futuros profissionais da área da saúde aprendam o uso da terminologia anatômica 
internacional, para permitir a comunicação precisa entre profissionais de saúde e 
cientistas do mundo todo (MOORE; DALLEY; AGUR, 2014). 
 
1.2.1 Posição anatômica 
 
A posição anatômica é uma posição de referência utilizada em todas as 
descrições anatômicas dando significado aos termos direcionais utilizados na descrição 
das partes e regiões do corpo. As discussões sobre o corpo, o modo como se movimenta, 
sua postura ou a relação entre uma e outra área assumem que o corpo como um todo 
está numa posição específica chamada posição anatômica. 
A posição anatômica refere-se à posição do corpo onde o indivíduo se encontra 
ereto (posição ortostática, é o mesmo que em pé) com a cabeça, e pés apontados para 
frente e o olhar para o horizonte, os membros superiores estendidos ao lado do tronco e 
as palmas das mãos voltadas para frente (MOORE; DALLEY; AGUR, 2014). Usando 
essa posição e a terminologia apropriada, você pode relacionar com precisão uma parte 
do corpo a qualquer outra parte. 
 
1.3.2. Planos anatômicos e Secções 
 
Para estudarmos a Anatomia Humana é necessário conhecermos os chamados 
planos anatômicos, que são fundamentais para facilitar as descrições anatômicas, 
localização e a situação dos diferentes órgãos do corpo baseando-se em quatro planos 
imaginários que cruzam o corpo na posição anatômica (MOORE; DALLEY; AGUR, 
2014). 
 
● Plano mediano ou também chamado de plano sagital mediano: É 
caracterizado por ser plano vertical que corta o corpo longitudinalmente, dividindo 
o corpo em metades direita e esquerda que passa através da linha mediana do 
corpo. 
● Plano sagital: são planos verticais que atravessam o corpo paralelamente 
ao plano mediano. 
● Plano frontal (coronal): são planos verticais que atravessam o corpo 
formando ângulos retos com o plano mediano, dividindo o corpo em partes 
anterior (frente) e posterior (atrás). 
● Plano transverso: são planos horizontais que atravessam o corpo 
formando ângulos retos com os planos mediano e frontal, dividindo o corpo em 
partes superior e inferior. 
 
1.3.2.1. Planos de secção 
 
Ao estudar uma região corporal é mostrada uma secção do mesmo. Uma secção 
é um corte do corpo ou de um de seus órgãos feito ao longo de um dos planos 
anatômicos descritos acima. É importante conhecer o plano da secção para 
compreender a relação anatômica de uma parte com a outra. A Figura 1 exemplifica três 
principais planos de secção: sagital, frontal e transversal, através de visões diferentes do 
encéfalo. 
 
 
 
Figura 1. Representa os planos anatômicos sagital, frontal/coronal e transverso que cruzam o 
corpo na posição anatômica. (ID. 1645354666) 
 
1.3.4. Termos de posição e direção 
 
Para localizar as estruturas corporais, são utilizados termos de posição e direção. 
Partindo do princípio que o corpo do indivíduo encontra-se na posição de referência que 
é chamada posição anatômica, os anatomistas utilizam dois termos de posição que 
descrevem o corpo deitado. Se o corpo está com o rosto voltado para baixo, ele está em 
decúbito ventral. No entanto, se o corpo está com o rosto voltado para cima, ele está em 
decúbito dorsal. 
Quanto aos termos de direção específicos que descrevem a posição de uma parte 
do corpo em relação à outra. Existem vários termos direcionais que são agrupados em 
pares com e possuem significados opostos, ex., anterior (frente) e posterior (atrás). 
Abaixo estão listados os principais termos direcionais com seus respectivos exemplos 
(TORTORA; DERRICKSON, 2016). 
 
 
 
Termos Direcionais Exemplo de uso 
 
 
Superior O coração é superior ao fígado 
Inferior O estômago é inferior aos pulmões 
Anterior O esterno é anterior ao coração 
Posterior O esôfago é posterior à traquéia 
Medial A ulna é média ao rádio 
Lateral Os pulmões são laterais ao coração 
Proximal O úmero é proximal ao rádio 
Distal As falanges são distais aos ossos carpais 
Superficial As costelas são superficiais aos pulmões 
Profundo As costelas são profundas em relação à pele do tórax 
Ipsilateral A vesícula biliar e o colo ascendente são ipsilaterais (estão do 
mesmo lado) 
Contralateral O colo ascendente e o colo descendente são contralaterais 
(estão em lados opostos do corpo) 
 
 
 
APARELHO LOCOMOTOR 
 
2 SISTEMA ESQUELÉTICO 
Imagem do Tópico: ID 43900419 
 
 
 
O sistema esquelético é composto por vários tecidos diferentes e atua em 
conjunto com cartilagem e articulações. Cada osso do corpo é considerado um órgão, 
sendo responsável por fornecer suporte e sustentação ao corpo, servem como ponto de 
fixação para os músculos e armazenamento de minerais (MARIEB; WILHELM; 
MALLATT, 2014). 
 
2.1 Divisão do Esqueleto Humano 
 
O sistema esquelético é dividido em duas partes funcionais: esqueleto axial que 
é formado pelos ossos da cabeça, pescoço, e tronco localizados no centro do corpo. 
Enquanto, o esqueleto apendicular é formado pelos ossos dos membros superiores e 
 
inferiores, inclusive aqueles que formam os cíngulos dos membros superiores e dos 
membros inferiores. A união do esqueleto axial com o apendicular acontece por meio 
das cinturas escapular e pélvica (TORTORA; DERRICKSON, 2016). 
 
2.2 Composição dos ossos 
 
O tecido ósseo é composto por dois tipos de osso, o osso compacto e o osso 
esponjoso. Diferencia-se pela quantidade de material sólido e pelo número e tamanho 
dos espaços que eles contêm, sendo que a proporção de osso compacto e esponjoso 
varia de acordo com a função do osso (TORTORA; DERRICKSON, 2016). 
O osso esponjoso localiza-se no interior do osso e seu aspecto esponjoso se deve 
a presença de espaços entre as lamínulas ósseas que são chamadas de trabéculas 
ósseas. Em algumas partes o osso esponjoso é substituído por uma cavidade medular 
que abriga a medula óssea amarela (armazena gordurosa) ou vermelha responsável pela 
função hematopoiética (produção de células sanguíneas e plaquetas) (TORTORA; 
DERRICKSON, 2016). 
O osso compacto está presente em todos os ossos como uma camada compacta, 
fina e superficial em torno de uma massa central de osso esponjoso, a proporção entre 
osso compacto e esponjoso é responsávelpor sua resistência. Os ossos longos, por 
exemplo, possuem uma maior quantidade de osso compacto no corpo do osso (diáfise), 
quando comparado às demais categorias de ossos. Abordaremos agora a estrutura dos 
ossos longos (Figura 2), que são as seguintes: 
 
● Diáfise: é a haste longa do osso (corpo do osso). Ela é composta principalmente 
por tecido ósseo compacto, proporcionando resistência ao osso longo. 
● Epífises: são as extremidades de um osso longo e locais onde um osso se articula 
a um segundo osso, formando uma articulação. Cada epífise é coberta com uma 
fina camada de cartilagem hialina, chamada cartilagem articular. 
● Linha epifisial: Localiza-se entre a diáfise e cada epífise de um osso longo adulto. 
É um sinal da lâmina epifisial, que é um disco de cartilagem hialina responsável 
pelo crescimento ósseo (alongamento do osso) durante a infância. 
 
● O periósteo (periósteo = em torno do osso) é uma membrana de tecido conjuntivo 
que recobre o ossos externamente, responsável por irrigar os ossos com nervos 
e vasos sanguíneos, por isso sentimos dor ao fraturar um osso. O periósteo 
fornece pontos de inserção para os tendões e ligamentos que se unem a um osso. 
 
 
Figura 2: Estrutura dos ossos longos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: MARIE; WILHELM; MALLATT, 2014, p. 136. 
 
 
 
 
 
 
 
2.3 Funções do Sistema Esquelético 
 
As funções desempenhadas pelo sistema esquelético são as seguintes: 
● Suporte: O esqueleto sustenta os tecidos moles e fornece pontos de fixação para 
tendões e músculos esqueléticos. 
● Proteção: O esqueleto protege os órgãos vitais de lesão. Por exemplo, os ossos 
do crânio protegem o encéfalo e a caixa torácica protege o coração e os pulmões. 
● Assistência ao movimento: A fixação dos músculos esqueléticos aos ossos 
produz movimentos através da contração da musculatura e tracionamento dos 
ossos. 
● Armazenamento e liberação de minerais: O tecido ósseo armazena minerais, 
como: cálcio e fósforo, que contribuem para a resistência dos ossos e conforme a 
necessidade, os minerais são liberados para a corrente sanguínea de modo a 
manter a homeostasia. 
● Função hematopoiética: É caracterizada pela produção de células sanguíneas 
que ocorre na medula óssea vermelha presente no interior de determinados 
ossos, como: os ossos do quadril; costelas e esterno, vértebras, crânio e 
extremidades do úmero e fêmur. A produção de hemácias (eritrócitos), leucócitos 
e plaquetas é denominada de hematopoese. 
● Armazenamento de triglicerídeos: Com o avanço da idade, grande parte da 
medula óssea é transformada de vermelha para amarela. A medula óssea 
amarela é responsável pelo armazenamento de triglicerídeos que são reserva de 
energia para o organismo (MARIEB; WILHELM; MALLATT, 2014; TORTORA; 
DERRICKSON, 2016). 
 
2.4 Classificação Morfológica dos Ossos 
 
Os ossos são classificados de acordo com suas características morfológicas por 
possuir tamanhos e formatos variados em cinco tipos: ossos longos, curtos, planos, 
irregulares e sesamóides (Figura 3), refletindo diretamente na função desempenhada. 
Para exemplificar, temos o fêmur que é o osso da coxa e pertence à categoria dos ossos 
 
longos, esta característica atribui a ele, a função de suportar o peso e pressão do corpo 
(MARIEB; WILHELM; MALLATT, 2014; MOORE; DALLEY; AGUR, 2014). 
1) Ossos longos: Possui comprimento maior que a largura e são constituídos 
por um corpo e duas extremidades, chamadas de epífises e têm suas diáfises 
como sendo o corpo do osso é formada por tecido ósseo compacto. Exemplo 
de ossos longos: fêmur, tíbia, fíbula, úmero, radio e ulna. 
2) Ossos curtos: Possuem comprimento igual à sua largura. Exemplos: ossos 
do carpo e tarso. 
3) Ossos planos: São ossos finos e achatados que garantem considerável 
proteção. Exemplos: Ossos do crânio (frontal, parietal), osso esterno e 
escápula. 
4) Ossos irregulares: São ossos com formas variadas e não se encaixa nas 
outras classificações, como exemplos: mandíbula e vértebras. 
5) Ossos sesamóides: Os ossos sesamóides são considerados um tipo especial 
de osso por se desenvolver em alguns tendões e se encontrar em lugares onde 
os tendões cruzam as extremidades dos ossos longos nos membros. A patela 
é um exemplo de osso sesamóide e possui a função de proteger os tendões 
contra o desgaste excessivo. 
 
Figura 3: Ilustração Representando as Classificações Morfológicas dos Ossos 
Fonte: MARIEB; WILHELM; MALLATT, 2014, p. 135.
 
3 SISTEMA ARTICULAR 
Imagem do Tópico: ID 59466373 
 
 
 
 
3.1 Definição 
 
 As articulações são definidas como sendo o ponto de contato entre dois ossos, 
entre osso e cartilagem ou entre osso e dente, com formas e funções variadas. Algumas 
articulações não possuem movimento, outras permitem pequenos movimentos, 
enquanto outras têm mobilidade livre. (MOORE; DALLEY; AGUR, 2014). 
 
3.2 Classificação 
 
As articulações são classificadas estruturalmente de acordo com as 
características anatômicas e funcionalmente de acordo com o tipo de movimento que as 
articulações realizam. 
 A classificação estrutural das articulações baseia-se em dois critérios: 1) 
existência ou ausência de cavidade articular (espaço entre os ossos); 2) tipo de tecido 
 
conjuntivo que une os ossos. Portanto, de acordo com as caraterísticas estruturais, as 
articulações são classificadas como: articulações fibrosas, cartilagíneas e sinoviais. 
A classificação funcional é definida com relação ao grau de movimento que as 
articulações executam. Funcionalmente, as articulações são classificadas como: 
sinartrose (imóvel), anfiartrose (ligeiramente móvel) e diartrose (movimentos livres). 
 
3.2.1 Classificação Estrutural das Articulações 
 
3.2.1.1 Articulações fibrosas 
 
As articulações são formadas por tecido fibroso (tecido conjuntivo denso não 
modelado), nestas articulações as superfícies dos ossos estão quase em contato direto 
e a maioria das articulações fibrosas são imóveis ou ligeiramente móveis. Há três tipos 
principais de articulações fibrosas: 
● Suturas: As suturas estão presentes apenas nos ossos do crânio, 
mantendo os ossos firmemente unidos e consideradas funcionalmente como 
articulações imóveis (sinartrose). Os tipos de suturas existentes são: plana, 
escamosa e denteada. 
● Sindesmose: A sindesmose é um tipo de articulação fibrosa, une os ossos 
com uma lâmina de tecido fibroso, podendo ser um ligamento ou uma membrana 
fibrosa que une ossos (membrana interóssea). 
● Gonfose ou também chamada de sindesmose dentoalveolar: é uma 
articulação fibrosa onde ocorre à fixação dos dentes nas cavidades alveolares na 
mandíbula e maxilas, é um processo semelhante a um pino encaixando-se em 
uma cavidade entre a raiz do dente e o processo alveolar da maxila. 
As sindesmoses e gonfoses são classificadas funcionalmente como anfiartroses, 
por realizar pequenos movimentos (MARIEB; WILHELM; MALLATT, 2014; MOORE; 
DALLEY; AGUR, 2014). 
 
 
 
 
 
3.2.1.2 Articulações cartilagíneas 
 
Nas articulações cartilaginosas, os ossos são unidos por cartilagem e pequenos 
movimentos são possíveis nestas articulações. Existem dois tipos de articulações 
cartilagíneas: sínfises e sincondroses. 
● Sínfises: são articulações fortes, ligeiramente móveis, unidas por 
fibrocartilagem. Exemplos desta articulação, incluem: discos intervertebrais 
(presente entre as vértebras) e sínfise púbica. A estrutura de fibrocartilagem 
confere resistência à tensão e a compressão, agindo como um amortecedor, as 
sínfises são articulações ligeiramente móveis (anfiartroses) fornecendo 
resistência com flexibilidade. 
● Sincondroses: Os ossos são unidos por cartilagem hialina, as articulações 
do tipo sincondrose dividem-se em uniões temporárias e definitivas. Como 
sincondroses temporárias temo, a lâmina epifisial presente nas epífises dos ossos 
longos durante o desenvolvimento do osso longo e com opassar do tempo a 
lâmina epifisial se converte em osso e as epífises fundem-se com a diáfise. Como 
exemplo de sincondrose definitiva, temos a articulação esternocostal (cartilagem 
costal que une a primeira costela e o manúbrio do esterno). Funcionalmente, as 
sincondroses são classificadas como sinartroses por serem articulações imóveis 
(MARIEB; WILHELM; MALLATT, 2014). 
 
3.2.2.3 Articulações sinoviais 
 
As articulações sinoviais são as mais importantes e complexas articulações do 
corpo e permitem a realização de muitos movimentos, sendo considerada 
funcionalmente, diartrose. Exemplos de algumas articulações sinoviais: articulação do 
ombro (glenoumeral), joelho e quadril (coxofemoral). As articulações sinoviais possuem 
característica únicas, como: 
 
● Cavidade articular: É uma característica presente somente nas articulações 
sinoviais é um espaço potencial que comporta uma pequena quantidade de líquido 
sinovial. 
● Cápsula articular: membrana fibrosa dividida em duas camadas, a camada 
externa promove a união dos ossos e a camada interna é chamada membrana 
sinovial, reveste a cápsula articular e tem a importante função de produzir o líquido 
sinovial; 
● Líquido sinovial: É um líquido viscoso que preenche o espaço da cavidade 
articular e atua como lubrificante articular, permitindo o deslizamento dos ossos 
com o mínimo de atrito. 
Cartilagem articular: Cobre as extremidades dos ossos e serve para absorver as 
forças de compressão aplicadas nas articulações, protege as extremidades ósseas 
(MARIEB; WILHELM; MALLATT, 2014; MOORE; DALLEY; AGUR, 2014). 
 
4 SISTEMA MUSCULAR 
Imagem do Tópico: ID 290143442 
 
 
4.1 Conceitos 
 
O sistema muscular é formado por músculos esqueléticos que são estruturas 
individualizadas que cruzam as articulações e, através da sua capacidade de contração, 
são capazes de transmitir movimento, esta habilidade é promovida por células 
específicas denominadas fibras musculares, sendo os músculos capazes de transformar 
energia química em energia mecânica (MOORE; DALLEY; AGUR, 2014). 
 
 
 
4.2 Tecido Muscular 
 
 
Existem três tipos de músculos: músculo estriado esquelético, músculo estriado 
cardíaco e músculo liso. 
 
● O músculo estriado esquelético é de controle voluntário e está associado 
ao sistema esquelético movendo ou estabilizando ossos e outras estruturas, por 
isso recebe o nome de músculos esqueléticos. 
● O músculo estriado cardíaco é um músculo de controle involuntário 
presente apenas nas paredes do coração. 
● O músculo liso (músculo não estriado) é o músculo visceral, também de 
controle involuntário e reveste a parte interna das paredes da maioria dos vasos 
sanguíneos e órgãos ocos (ex., esôfago, estômago e bexiga). 
 
4.3 Funções 
 
As funções do tecido muscular são as seguintes: 
 
1) Produção dos movimentos corporais: O músculo esquelético encontra-se 
conectado ao sistema esquelético produzindo movimentos, como andar e correr. 
2) Estabilizar as posições corporais: A contração contínua dos músculos 
esqueléticos, chamadas de tônus muscular, contribuem para estabilizar as 
articulações promovendo a manutenção das posições corporais, no ato de ficar 
em pé ou sentado. 
3) Movimento de Substâncias dentro do Corpo: As contrações dos músculos 
lisos nos órgãos do sistema digestório promove a movimentação de alimentos 
através de movimentos chamados peristaltismo. Os músculos esfincterianos 
funcionam como válvulas que se abrem (relaxando deixa passar a substância) e 
fecham (contraindo impede a passagem). 
4) Produção de Calor: A contração do tecido muscular produz calor que é 
usado na manutenção da temperatura corporal. Durante a realização de atividade 
física as contrações musculares são intensificadas gerando um excesso de calor 
e para impedir o aumento da temperatura corporal o reflexo imediato é a sudorese, 
que ocorre para resfriar o corpo (MARIEB,WILHELM; MALLATT, 2014). 
 
 
4.4 Classificação dos músculos 
 
Os músculos podem ser classificados de acordo com seu formato relacionado 
com à disposição das fibras musculares. 
 
4.4.1 Disposição paralela 
 
● Músculos planos: Suas fibras são dispostas paralelamente. Exemplo: M. sartório 
(Figura 4) é um músculo plano estreito com fibras paralelas. 
 
 
Figura 4 - M. Sartório (músculo plano) 
Fonte: MARIEB; WILHELM; MALLATT, 2014, p. 330. 
 
● Músculos triangulares: Tem origem em uma área larga e converge para formar 
um único tendão, assemelhando-se a um leque. Exemplo: M. peitoral maior 
(Figura 5). 
● Músculos fusiformes: Seu diâmetro da região central (ventre) do músculo é maior 
que nas extremidades. Exemplo: M. bíceps braquial (Figura 5). 
 
 
 
Figura 5: M. Peitoral maior (músculos triangulares) e M. Bíceps braquial (músculo fusiforme). 
Fonte: MARIEB; WILHELM; MALLATT, 2014, p. 316. 
 
 
● Músculos quadrados: Apresentar quatro lados iguais, sendo o comprimento igual 
à largura. Exemplo: M. reto do abdome e M. glúteo máximo. 
 
 
 
Figura 6: M. reto do abdome 
Fonte: DRAKE, 2011, p. 130. 
 Figura 7: M. Glúteo máximo 
Fonte: MARIEB; WILHELM; MALLATT, 
2014, p. 333. 
 
● Músculos circulares: São músculos que circundam uma determinada região ou 
abertura do corpo, fechando-os quando se contraem. Exemplo: M. orbicular dos 
olhos (fecha as pálpebras). 
 
4.4.2 Disposição oblíqua 
 
 
● Músculos peniformes: A disposição das fibras musculares são parecidas com 
penas. E podem ser classificados como, semipeniformes, peniformes ou 
multipeniformes. Exemplo: M. extensor longo dos dedos (semipeniforme), M. reto 
femoral (peniforme) e M. deltóide (multipeniforme). 
 
 
Figura 8: Representação dos músculos peniformes 
Fonte: MARIEB; WILHELM; MALLATT, 2014, p. 275 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SAIBA MAIS 
 
A osteoporose (osso poroso) é uma condição patológica que afeta todo o sistema 
esquelético acometendo 10 milhões de pessoas por ano nos EUA. Ocorre durante o 
processo de envelhecimento, devido a diminuição dos componentes orgânicos e 
inorgânicos do osso, à perda de cálcio do corpo (pela urina, fezes e suor) é maior do que 
a quantidade absorvido da alimentação, fazendo com que a massa óssea fique porosa 
tornando os ossos frágeis, perdendo a elasticidade e sofrendo fraturas espontâneas. Por 
exemplo, uma fratura de quadril pode resultar da simples ação de sentar-se muito 
rapidamente. Nos EUA, a osteoporose causa mais de 1,5 milhão de fraturas por ano, 
sendo as principais fraturas de quadril, punhos e vértebras. 
A osteoporose afeta principalmente pessoas idosas e de meia-idade, com maior 
prevalência de mulheres acometidas do que os homens por dois motivos, isto se deve a 
dois fatos: 1) os ossos das mulheres são menos compactos que os dos homens e 2) a 
produção hormônios nas mulheres diminui na menopausa (MOORE; DALLEY; AGUR, 
2014). 
 
 
REFLITA 
 
Oração ao Cadáver Desconhecido 
"Ao curvar-te com a lâmina rija de teu bisturi sobre o cadáver desconhecido, lembra-te 
que este corpo nasceu do amor de duas almas; cresceu embalado pela fé e esperança 
daquela que em seu seio o agasalhou, sorriu e sonhou os mesmos sonhos das crianças 
e dos jovens; por certo amou e foi amado e sentiu saudades dos outros que partiram, 
acalentou um amanhã feliz e agora jaz na fria lousa, sem que por ele tivesse derramado 
uma lágrima sequer, sem que tivesse uma só prece. Seu nome só Deus o sabe; mas o 
destino inexorável deu-lhe o poder e a grandeza de servir a humanidade que por ele 
passou indiferente." 
 
Dr. Karl Rokitansky (1876) – médico patologista. 
#REFLITA# 
 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Prezado(a) aluno(a), 
Neste material, busquei trazer para você os aspectos gerais da anatomia humana 
que servirá de base para o estudo dos temas subsequentes, fornecendo conhecimento 
de termos técnicos-científicos utilizados rotineiramente nos estudos. Posterior, a esta 
apresentaçãoinicial, iniciamos os estudos da anatomia macroscópica sistêmica que 
consiste no estudo detalhado dos sistemas que formam o corpo humano. Nesta 
abordagem, definimos e destacamos as funções de três sistemas: sistema esquelético, 
articular e muscular. Com base na contextualização de cada sistema acredito que tenha 
ficado claro à você que a forma didática de estudar a anatomia é através das 
classificações dos sistemas. No caso do sistema esquelético, classificamos os ossos de 
acordo com as características morfológicas que é o aspecto que este osso apresenta. 
Contudo, o sistema articular é classificado de duas formas: de acordo com a 
funcionalidade da articulação, que diz respeito ao grau de movimento que a mesma 
executa (imóvel, ligeiramente móvel ou movimentos livres) e a estrutura da articulação 
(qual tecido à compõem). E por fim, abordamos a classificação dos músculos de acordo 
com a forma que o músculo se apresenta que depende da disposição das fibras 
musculares. 
 A partir de agora acreditamos que você está preparado para dar continuidade aos 
estudos dos próximos sistemas anatômicos que servirá de base para a compreensão de 
outras disciplinas, como a fisiologia que estudará de forma detalhada a funcionalidade 
de cada sistema e finalizamos com as classificações que são formas didáticas de 
apresentação das estruturas anatômicas. 
Até uma próxima oportunidade. Muito Obrigado! 
 
 
 
 
 
 
LEITURA COMPLEMENTAR 
 
Condromatose Sinovial - Relato de caso 
 
Introdução 
 
Condromatose sinovial é uma desordem rara de etiologia desconhecida e se 
caracteriza pela presença de múltiplos nódulos cartilaginosos dentro do tecido conjuntivo 
da membrana das articulações, bainhas e bursas. A articulação mais acometida é o 
joelho, seguido pelo quadril, ombro e mãos, com predomínio monoarticular. O 
aparecimento da lesão é mais comum no sexo masculino e em pessoas entre a terceira 
e quinta décadas de vida. O diagnóstico de condromatose sinovial é dado após uma 
minuciosa história, exame físico e exame radiográfico. No entanto, o diagnóstico 
definitivo é realizado após exame histológico do tecido sinovial e o tratamento de escolha 
para os pacientes sintomáticos é cirúrgico. Considera-se que a presença de múltiplos 
corpos livres intra-articulares, independentemente se de causa degenerativa, 
neuropática, osteocondrite dissecante ou outras, já é suficiente para caracterizar o 
quadro, podendo, em estágio mais tardio, apresentar a metaplasia condroide sinovial. 
 
Caso 
 
Paciente masculino, 34 anos de idade, apresentou dor forte em joelho esquerdo 
associado à incapacidade funcional sem fator desencadeante aparente. Procurou 
atendimento médico em dezembro de 2006, quando lhe foram prescritos AINES. Após 
um ano relatou aumento do edema e dor no local. Foi encaminhado ao especialista em 
joelho com suspeita de lesão meniscal. Ao exame, foram detectados edema intenso da 
articulação com limitação de movimento, dor exacerbada e punção articular negativa; 
como não apresentava alterações nas radiografias simples, foi solicitado exame de 
ressonância magnética do joelho. Ao exame de ressonância magnética, evidenciou-se 
volumoso acúmulo de líquido intra-articular, associado à acentuada proliferação sinovial 
sugestivo de sinovite vilonodular pigmentada com meniscos e ligamentos íntegros. 
 
Paciente foi submetido a artroscopia do joelho esquerdo que evidenciou fragmentos 
irregulares e esbranquiçados, sendo então realizada artrotomia com retirada da lesão e 
sinovectomia ampla, o material foi enviado para exame anatomopatológico, o qual 
evidenciou presença de condromatose sinovial. Após oito meses de cirurgia, o paciente 
apresenta-se sem queixas, joelho esquerdo com amplitude de 130º sem derrame 
articular ou sinais inflamatórios. A condromatose sinovial é uma metaplasia benigna rara 
da membrana sinovial, originando a formação de corpos livres cartilaginosos no espaço 
articular de difícil diagnóstico, já que 95% dos nódulos, quando não calcificados, podem 
passar despercebidos radiologicamente. 
 
Discussão 
 
A condromatose sinovial é uma metaplasia benigna rara da membrana sinovial, 
originando a formação de corpos livres cartilaginosos no espaço articular sem sinais de 
malignização, nem relação direta com traumatismos ou processos inflamatórios. Os 
nódulos podem ser pediculados e liberados no espaço articular onde podem permanecer 
como corpos livres e aumentar de tamanho. Sua origem pode ser primária ou secundária. 
As manifestações clínicas são dor, inflamação e limitação funcional monoarticular. As 
articulações mais afetadas são os joelhos (50%), quadril e tornozelo. 
 A radiologia convencional é muito característica se os corpos livres estão 
calcificados (osteocondromatose), sendo difícil sua interpretação quando são 
radiotransparentes (condromatose). Na ressonância magnética observa-se hiperplasia 
sinovial heterogênea e na artroscopia observa-se um espessamento acentuado dos 
tecidos que constituem a cavidade articular acompanhados de numerosos nódulos 
cartilaginosos pequenos e irregulares. O diagnóstico diferencial deve ser feito com o 
condrossarcoma sinovial e a condrometaplasia secundária, que ocorre quando 
pequenos fragmentos de osso ou cartilagem articular se desprendem e ficam na 
cavidade articular após traumatismos ou doenças degenerativas. Em nosso caso, a 
idade, localização e a característica monoarticular coincidem com a literatura (LASMAR 
et al, 2010). 
LIVRO 
 
 
 
 
Título: Gray - Anatomia Clínica para Estudantes 
Autor: Richard Richard Drake. 
Editora: Guanabara Koogan. 
Sinopse: O Gray’s Anatomia Clínica para Estudantes, foca precisamente nas 
informações que você necessita para estudar Anatomia, em um formato fácil de ler e 
visualmente atraente que facilita o estudo. 
 
https://www.amazon.com.br/s/ref=dp_byline_sr_book_1?ie=UTF8&field-author=Richard+Richard+Drake&text=Richard+Richard+Drake&sort=relevancerank&search-alias=stripbooks
 
FILME/VÍDEO 
 
 
 
Título: Introdução à Anatomia 
Ano: 2020. 
Sinopse: O vídeo aborda os aspectos introdutórios à anatomia humana, destacando o 
conceito e apresenta a terminologia anatômica. 
Link do vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=5c3Pp-b7uwc. 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
DANGELO, J. G; FATTINI, C. A. Anatomia Humana – Sistêmica e Tegumentar. São 
Paulo: Atheneu. 3º ed, 2007. 
 
DRAKE, R. Gray - Anatomia Clínica para Estudantes. Rio de Janeiro: Guanabara 
Koogan. 3º ed, 2015. 
 
LASMAR, N. P; VIEIRA, R. B; ROSA, J; LASMAR, R. C. P; SCARPA, A. C. 
Condromatose Sinovial - Relato de caso. Revista Brasileira de Ortopedia. 2010; 
45(5): 490-2. Disponível em: https://cdn.publisher.gn1.link/rbo.org.br/pdf/45-
5/condromatose_sinovial.pdf. Acesso em: 30 jun. 2021. 
 
MARIEB, E. N; WILHELM, P. B; MALLATT. Anatomia Humana. São Paulo: Pearson 
Education do Brasil, 2014. 
 
MOORE, K. L; DALLEY, A. F; AGUR. A. Anatomia Orientada para a Clínica. Rio de 
Janeiro: Guanabara Koogan. 7º ed, 2014. 
 
TORTORA, G; DERRICKSON, B. Princípios de Anatomia e Fisiologia. Rio de 
Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. 
 
https://cdn.publisher.gn1.link/rbo.org.br/pdf/45-5/condromatose_sinovial.pdf
https://cdn.publisher.gn1.link/rbo.org.br/pdf/45-5/condromatose_sinovial.pdf
 
UNIDADE II 
SISTEMAS CARDIOVASCULAR, LINFÁTICO E RESPIRATÓRIO 
Professora Mestre Gislaine Cardoso de Souza Fiaes 
 
 
Plano de Estudo: 
 
Tópico 1 - SISTEMA CARDIOVASCULAR 
● Introdução ao Sistema Cardiovascular; 
● Composição do Sangue; 
● Coração; 
● Morfologia externa do coração; 
● Morfologia interna do coração; 
● Circulação pulmonar e sistêmica; 
● Vasos sanguíneos. 
 
 
Tópico 2 - SISTEMA LINFÁTICO 
● Introdução ao sistema linfático; 
● Vasos linfáticos; 
● Tecido e Órgãos Linfáticos. 
 
 
Tópico 3 - SISTEMA RESPIRATÓRIO 
● Introdução ao Sistema Respiratório; 
● Órgãos do Sistema Respiratório. 
 
 
Objetivos de Aprendizagem:● Conceituar o sistema cardiovascular e conhecer os elementos que compõem 
este sistemas (sangue, coração e vasos sanguíneos); 
● Identificar a morfologia externa e interna do coração; 
● Compreender a circulação pulmonar e sistêmica; 
 
● Conceituar o sistema linfático; 
● Definir os vasos linfáticos, tecidos e órgãos linfáticos; 
● Conceituar o sistema respiratório e identificar seus órgãos. 
 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
Nesta unidade vocês aprenderão sobre o sistema cardiovascular, linfático e 
respiratório. O sistema circulatório compreende o estudo de dois sistemas, o sistema 
cardiovascular e o linfático. Iniciaremos falando sobre o sistema cardiovascular que é 
formado pelo coração e vasos sanguíneos que trabalham em conjunto com o objetivo de 
manter o sangue circulando no nosso corpo. A circulação sanguínea é promovida pela 
ação do bombeamento do coração que impulsiona o sangue a sair do coração em 
direção as artérias, estas por sua vez se ramificam até se tornarem capilares sanguíneos 
que irrigam os tecidos corporais transportado pelo sangue oxigênio e nutrientes, e 
também promove o transporte de dióxido de carbono (CO2) e resíduos celulares que se 
difundem dos tecidos para a corrente sanguínea. Além do oxigênio, fica a cargo do 
sistema cardiovascular a realização do transporte de outras substâncias como, 
hormônios até seus órgãos-alvo, bem como, de células de defesa do corpo para locais 
específicos de combate à infecção. Com relação ao sistema linfático, ele também é 
considerado parte do sistema circulatório sendo composto por vasos linfáticos, órgão 
linfáticos e um líquido que flui através dos vasos linfáticos. Este líquido é proveniente da 
drenagem do líquido intersticial (líquido que banha as células) que ao adentram os vasos 
linfáticos recebe o nome de linfa. A linfa percorre o trajeto por vasos linfáticos, passando 
por linfonodos que são estruturas que abrigam células que destroem agentes estranhos 
patogênicos presentes na linfa promovendo seu retorno ao sangue. 
Finalizaremos, estudando sobre as estruturas anatômicas do sistema respiratório 
e a função primordial deste sistema que consiste em realizar a troca de gases (oxigênio 
e dióxido de carbono) com o ar atmosférico, garantindo a concentração de oxigênio no 
sangue necessária para as realização das reações metabólicas celulares, bem como, 
promover a eliminação de gases residuais, resultantes dessas reações que são 
representadas pelo gás carbônico. 
 
 
 
 
 
 
1 SISTEMA CARDIOVASCULAR 
Imagem do Tópico: ID 1576424071 
 
1.1 Introdução ao Sistema Cardiovascular 
 
O sistema cardiovascular é composto pelo sangue, coração e vasos sanguíneos 
e apresenta as seguintes funções: 
● Transporte: O sangue é responsável pelo transporte de várias substâncias, como 
hormônios e inclui a captação do oxigênio pelos pulmões e nutrientes provenientes do 
sistema digestório até células do corpo que os utilizam para a produção de energia. O 
sangue também realiza o transporte de metabólitos que são resíduos produzidos pelas 
células, como o dióxido de carbono (CO2) que é transportado até os órgãos 
responsáveis pela sua eliminação. 
● Regulação: O sistema cardiovascular atua no controle da temperatura corporal 
através da regulação da quantidade de sangue direcionada para a superfície do corpo. 
Para exemplificar pensem em um indivíduo ao realizar atividade física a temperatura 
corporal aumenta, o sangue é desviado para os vasos cutâneos (vasos da pele) mais 
superficiais, o indivíduo fica vermelho (rubor), a maior quantidade de sangue na superfície 
corporal gera o resfriamento do através da perda de calor para o ambiente. Em casos 
onde há diminuição da temperatura ambiente o sangue é desviado para vasos mais 
profundos, diminuindo a quantidade de sangue na superfície e nas extremidades do corpo 
acarretando na diminuição da perda de temperatura para o ambiente, mantendo o corpo 
aquecido. 
● Proteção: A proteção ocorre através do transporte sanguíneo das células de 
defesa chamadas de glóbulos branco (leucócitos) que atuam combatendo infecções. 
Outro mecanismo de proteção acontece através da coagulação sanguínea evitando a 
perda de sangue, a coagulação é o processo de transformação do sangue líquido em um 
coágulo sólido, ajudando a interromper o processo de sangramento (TORTORA; 
DERRICKSON, 2016). 
1.2 Composição do Sangue 
 
 
O sangue corresponde a aproximadamente 8% da massa corporal, seu volume 
em homens adultos é de 5 a 6 litros e de 4 a 5 litros nas mulheres, esta diferença de 
volume entre homens e mulheres é decorrente das diferenças de tamanho corporal. 
O sangue é composto por células (elemento figurado) envoltas por matriz 
extracelular líquida chamada de plasma sanguíneo, que mantêm as células suspensas 
e substâncias dissolvidas (hormônios), este sangue recebe o nome de sangue total. 
Quando uma amostra de sangue é centrifugada em tubo de vidro é obtido a separação 
das células que por serem mais densas se depositam no fundo do tubo enquanto o 
plasma (que é menos denso) fica em uma camada na parte superior (MARIEB; 
WILHELM; MALLATT, 2014; TORTORA; DERRICKSON, 2016). 
● Elementos figurados do sangue: Corresponde a cerca de 45% do 
sangue e incluem três componentes principais, que são as hemácias, leucócitos 
e plaquetas. 1) As hemácias ou também chamadas de eritrócitos transportam 
oxigênio dos pulmões para as células corporais e dióxido de carbono das células 
do corpo para os pulmões; 2) Os leucócitos são células do sistema de defesa e 
atua na proteção do corpo contra patógenos invasores (ex. vírus e bactérias); 3) 
As plaquetas, o último tipo de elemento figurado, são fragmentos celulares que 
promovem a coagulação do sangue nos casos de dano dos vasos sanguíneos 
impedindo o sangramento excessivo (Figura 1). 
● Plasma sanguíneo: É a matriz extracelular aquosa de cor palha que 
contém substâncias dissolvidas (soluto). O plasma é composto por 91,5% de água 
e 8,5% de solutos, cuja maioria são proteínas que por serem encontradas no 
plasma são chamadas de proteínas plasmáticas e incluem: as albuminas, 
globulinas e fibrinogênio. Além de proteínas, os outros solutos no plasma são 
eletrólitos, nutrientes, substâncias reguladoras como enzimas e hormônios, gases 
e resíduos metabólicos, como: ureia, ácido úrico, creatinina, amônia e bilirrubina 
(Figura 1). 
 
INSERIR IMAGEM Composição do sangue - ID 1687001533 
Figura 1: Mostra a composição do plasma sanguíneo e os números dos vários tipos de 
elementos figurados do sangue 
 
 
1.3 Coração 
 
O coração é um órgão muscular oco, um pouco maior do que uma mão fechada 
e considerado o maior órgão do mediastino (região localizada entre os dois pulmões) 
cuja função é de bombear o sangue através do sistema cardiovascular. A contração 
cardíaca é chamada de sístole e o relaxamento do coração é chamado de diástole. O 
coração tem forma de cone, localiza-se no tórax com seu ápice voltado para o lado 
esquerdo do corpo, posterior ao osso esterno e as cartilagens costais e apoiado sobre o 
diafragma (Figura 2) (MARIEB; WILHELM; MALLATT, 2014; MOORE; DALLEY; AGUR, 
2014). 
 
1.3.1 Revestimento do coração 
 
 O coração é revestido por uma membrana externa que protege o coração e 
mantém sua posição no mediastino, embora permita a realização de movimentação de 
contrações rápidas e vigorosas (Figura 2). O pericárdio consiste em duas partes 
principais: pericárdio fibroso e pericárdio seroso (Figura 3). 
 
Inserir imagem: ID 1713650539 
Figura 2: Mostra a localização do coração recoberto pelo pericárdio 
 
O pericárdio fibroso é superficial é um tecido conjuntivo irregular, denso, resistente 
e não elástico, assemelha-se a um saco, repousa sobre o diafragma e se prende a ele. 
Contudo, o pericárdio seroso é uma membrana mais fina e mais delicada que forma uma 
dupla camada (parietal e visceral), envolvendo o coração.A camada parietal é a mais 
externa, do pericárdio seroso, enquanto, a camada visceral é mais interna do pericárdio 
seroso, também chamada epicárdio, adere fortemente à superfície do coração. Entre as 
camadas parietal e visceral do pericárdio seroso existe um espaço chamado de cavidade 
do pericárdio, esta cavidade é preenchida por um líquido seroso lubrificante, denominado 
líquido pericárdico, cuja função é reduzir o atrito entre as camadas do pericárdio seroso 
conforme o coração se move (Figura 3) (TORTORA; DERRICKSON, 2016). 
 
 
1.3.2 Camadas da parede do coração 
 
A parede do coração é formada por três camadas (Figura 3): o epicárdio (camada 
externa), o miocárdio (camada intermediária) e o endocárdio (camada interna). 
● Epicárdio: Camada externa do coração é uma delgada lâmina de tecido seroso. 
O epicárdio é contínuo, a partir da base do coração, com o revestimento interno do 
pericárdio, denominado camada visceral do pericárdio seroso. 
● Miocárdio: É a camada média e a mais espessa do coração, composto por 
músculo estriado cardíaco que permite a contração rápida e vigorosa do coração 
impulsionando o sangue que as do coração em direção aos vasos sanguíneos. 
● Endocárdio: É a camada interna do coração uma fina camada de tecido composto 
por epitélio pavimentoso simples sobre uma camada de tecido conjuntivo. O endocárdio 
também reveste as valvas e é contínuo com o revestimento dos vasos sanguíneos que 
entram e saem do coração (TORTORA; DERRICKSON, 2016). 
 
Inserir imagem ID - 1853775175 
Figura 3: A imagem mostra as membranas de revestimento do coração (pericárdio fibroso e 
seroso) e a composição da parede do coração. Observe de acordo com os números na imagem: 
1) Pericárdio fibroso; 2) Pericárdio parietal; 3) pericárdio visceral (endocárdio); 4) miocárdio e 5) 
endocárdio. 
 
1.4 Morfologia externa do coração 
O coração apresenta quatro faces: 
1) Face Esternocostal (Anterior): Formada pelo ventrículo direito; 
2) Face Diafragmática (Inferior) - Formada principalmente pelo ventrículo 
esquerdo e parcialmente pelo ventrículo direito; 
3) Face pulmonar direita, formada pelo átrio direito e; 
4) Face Pulmonar Esquerda: Formada principalmente pelo ventrículo 
esquerdo, ela ocupa a impressão cárdica do pulmão esquerdo. 
As quatro margens do coração são: 
 
Margem superior (base do coração): formada pelos átrios e aurículas direita e 
esquerda, local onde emergem a parte ascendente da aorta, tronco pulmonar e recebe 
as veias pulmonares direita e esquerda e as veias cavas superiores e inferiores nas 
extremidades superior e inferior de sua porção do átrio direito. 
● Margem inferior (ápice): formada principalmente pelo ventrículo direito e 
pequena parte pelo ventrículo esquerdo. 
● Margem direita: formada pelo átrio direito e ventrículo direito. 
● Margem esquerda: formada pelo ventrículo esquerdo e pequena parte pela 
aurícula do átrio esquerdo (MOORE; DALLEY; AGUR, 2014). 
 
1.5 Morfologia interna do coração 
 
O lado direito do coração (coração direito) recebe sangue pouco oxigenado 
(venoso) através da veia cava superior e inferior e o bombeia através do tronco e das 
artérias pulmonares para ser oxigenado nos pulmões. O lado esquerdo do coração 
(coração esquerdo) recebe sangue oxigenado (arterial) vindo dos pulmões através das 
veias pulmonares e o bombeia para a aorta, de onde é distribuído para o corpo (MOORE; 
DALLEY; AGUR, 2014). 
O coração possui quatro câmaras: dois átrios e dois ventrículos. Os átrios são as 
duas câmaras superiores que recebem sangue e os ventrículos são duas câmaras 
inferiores que bombeiam o sangue para fora do coração (Figura 4). Na face anterior de 
cada átrio existe uma estrutura enrugada, em forma de saco, chamada aurícula 
(semelhante à orelha de cão) que aumenta a capacidade do átrio para conter maior 
volume de sangue. 
Na superfície do coração existem vários sulcos, que contêm vasos sanguíneos 
coronarianos e uma quantidade variável de gordura, cada sulco marca a fronteira externa 
entre duas câmaras do coração. O sulco coronário circunda a maior parte do coração e 
marca a fronteira externa entre os átrios acima e os ventrículos abaixo. Enquanto, o sulco 
interventricular anterior é um sulco raso na face esternocostal do coração que marca a 
fronteira externa entre os ventrículos direito e esquerdo. Este sulco continua em torno da 
face posterior do coração como o sulco interventricular posterior, que marca a fronteira 
 
externa entre os ventrículos na face posterior do coração (Figura 4). (MOORE; DALLEY; 
AGUR, 2014; TORTORA; DERRICKSON, 2016). 
 
INSERIR IMAGEM ID 454519363 
Figura 4: Primeira imagem observa as quatro câmaras. Segunda imagem mostra as aurículas 
dos átrios direito e esquerdo e os sulcos coronário e interventricular 
 
1.5.1 Átrio Direito (AD) 
O átrio direito recebe sangue venoso de duas grandes veias: veia cava superior e 
veia cava inferior. A veia cava superior recolhe sangue da cabeça e parte superior do 
corpo, enquanto, a veia cava inferior recebe sangue do abdômen e membros inferiores. 
O sangue passa do átrio direito para ventrículo direito através de uma válvula chamada 
tricúspide (formada por três válvulas). Entre o átrio direito e o átrio esquerdo existe uma 
parede fina chamada septo interatrial que possui uma depressão oval chamada de fossa 
oval, que representa um vestígio do forame oval presente no feto. O átrio direito 
apresenta uma expansão denominada aurícula direita, que serve para amortecer o 
impulso do sangue ao penetrar no átrio (Figura 5) (TORTORA; DERRICKSON, 2016). 
 
1.5.2 Ventrículo Direito (VD) 
O ventrículo direito forma a maior parte da superfície anterior do coração. Recebe 
o sangue do átrio direito e o bombeia para a artéria tronco pulmonar que direciona o 
sangue para a circulação pulmonar. A parede interna do VD apresenta uma série de 
feixes elevados de fibras musculares cardíacas chamadas trabéculas cárneas. No óstio 
atrioventricular direito existe um a presença de uma válvula atrioventricular (tricúspide) 
que impede o sangue de retornar do ventrículo para o átrio direito. A valva é presa por 
filamentos denominados cordas tendíneas, que se inserem em pequenas colunas 
cárneas chamadas de músculos papilares. A válvula do tronco pulmonar também é 
constituída por pequenas lâminas, dispostas em concha, denominadas válvulas 
semilunares (Figura 5) (MARIEB; WILHELM; MALLATT, 2014). 
 
1.5.3 Átrio Esquerdo (AE) 
 
O átrio esquerdo é uma cavidade com paredes finas e lisas que recebe o sangue 
já oxigenado através de quatro veias pulmonares. O sangue passa do átrio esquerdo 
para o ventrículo esquerdo, através da valva bicúspide (mitral), que tem apenas duas 
cúspides. O átrio esquerdo também apresenta uma expansão chamada aurícula 
esquerda revestida por músculos pectíneos (Figura 5) (MARIEB; WILHELM; MALLATT, 
2014). 
 
1.5.4 Ventrículo Esquerdo (VE) 
O ventrículo esquerdo forma o ápice do coração. O VE bombeia o sangue em 
direção a artéria Aorta que possui válvula semilunares (valva aórtica) o impulsionando a 
percorrer a circulação sistêmica. As características são semelhantes ao VE contém 
trabéculas cárneas, músculos papilares, cordas tendíneas e uma válvula atrioventricular 
formada apenas por duas lâminas denominadas cúspides (mitral) localizada na abertura 
atrioventricular esquerda. Contudo, parte do sangue flui para as artérias coronárias, que 
se ramificam a partir da aorta ascendente, levando sangue para a parede cardíaca 
irrigando o músculo cardíaco; o restante do sangue passa para o arco da aorta e para a 
aorta descendente (aorta torácica e aorta abdominal). Ramos arteriais do arco da aorta 
e da aorta descendente levam sangue para todo o corpo (Figura 5) (MARIEB; WILHELM; 
MALLATT, 2014). 
 
 
 
Figura 5: Corte frontal do coração mostrando a morfologia interna do coração 
Fonte: MARIEB; WILHELM; MALLATT, 2014, p. 592.1.6 Circulação pulmonar e sistêmica 
O coração é uma bomba muscular que impulsiona o sangue a percorrer os vasos 
sanguíneos. Todavia, existe uma diferença entre o sangue que percorre as artérias, 
chamado de sangue arterial do sangue venoso (sangue que percorre as veias) a 
diferença consiste no teor de oxigênio no sangue. O sangue venoso é um sangue pobre 
em oxigênio que precisa ser oxigenado para fornecer aos tecidos este elemento gasoso 
que é vital para a sobrevivência dos tecidos e para compreensão este processo é 
necessário entender que a circulação sanguínea ocorre a nível pulmonar e sistêmico 
(Figura 6) (MARIEB; WILHELM; MALLATT, 2014; MOORE; DALLEY; AGUR, 2014). 
 
● Circulação Pulmonar: Circulação Pulmonar: O átrio direito é a câmera que recebe 
o sangue com baixo teor de oxigênio proveniente dos tecidos que chega ao o átrio 
direito através da veia cava superior e inferior. Depois, o sangue se desloca para 
 
o ventrículo direito do coração, sendo bombeado para os pulmões onde irá captar 
oxigênio (O2) e dispersar o dióxido de carbono (CO2) (Figura 6) 
● Circulação Sistêmica: O sangue oxigenado retorna dos pulmões para o átrio 
esquerdo, posteriormente ocupa o ventrículo esquerdo que bombeia o sangue em 
direção a artéria Aorta por todo o corpo a fim de fornecer oxigênio e nutrientes 
para os tecidos do corpo (Figura 6) 
 
 
Figura 6: Circulação pulmonar e sistêmica. O lado direito do coração bombeia o sangue pobre 
em O2 e com alto teor de CO2 para os pulmões onde o sangue recebe O2 e deixa o CO2 para 
ser dispensado, caracterizando a circulação pulmonar. O lado esquerdo do coração recebe o 
sangue vindo dos pulmões e o bombeia para todos os tecidos do corpo via circulação sistêmica 
Fonte: MARIEB; WILHELM; MALLATT, 2014, p. 586. 
 
1.7 Vasos sanguíneos 
Os vasos sanguíneos formam uma rede de tubos por onde o sangue circula em 
direção aos tecidos do corpo e de volta ao coração e são divididos em: artérias, veias e 
capilares. 
As artérias são os vasos sanguíneos que partem do coração e vão se ramificando 
em menor calibre, até atingirem os capilares que irrigam os tecidos do corpo. Enquanto, 
 
as veias são os vasos sanguíneos que chegam ao coração trazendo o sangue da 
periferia do corpo para o coração. Já os capilares sanguíneos são vasos de menor calibre 
(muito finos) responsáveis por chegar efetivamente até as células do corpo para realizar 
as trocas de gases, nutrientes e resíduos. Esta passagem de sangue através do coração 
e dos vasos sanguíneos é chamada de circulação sanguínea. 
 
2 SISTEMA LINFÁTICO 
Imagem do Tópico: ID 1281335578 
 
2.1 Introdução ao sistema linfático 
O sistema linfático é composto por uma rede de vasos linfáticos que transportam um 
líquido chamado linfa, e diversas estruturas e órgãos linfáticos (baço, linfonodos e timo). 
O sistema linfático apresenta três funções principais: 
● Drenagem do excesso de líquido intersticial: O líquido intersticial é o líquido que 
banha as células do corpo, esta função é responsável pela conexão entre o 
sistema linfático e o sistema circulatório cardiovascular. O sistema linfático 
devolve o excesso de líquido para o sistema vascular sanguíneo através da 
drenagem do líquido intersticial realizado pelos vasos linfáticos e o transporta para 
a corrente sanguínea, devolvendo ao sangue. 
● Desempenhar respostas imunes. O sistema imune protege o organismo contra 
agentes causadores de doenças atuando no combate à infecções, conferindo 
imunidade às doenças. 
● Transportar lipídios oriundos da dieta. Os vasos linfáticos transportam lipídios e 
vitaminas lipossolúveis (A, D, E e K) absorvidas pelo sistema digestório 
(TORTORA; DERRICKSON, 2016). 
 
2.2 Vasos linfáticos 
Os vasos linfáticos coletam o excesso de líquido intersticial, em volta dos capilares 
sanguíneos e o devolve para a corrente sanguínea. A partir do momento que o líquido 
intersticial é coletado e adentra os vasos linfáticos, ele passa a ser chamado de linfa e 
flui pelos linfonodos. 
Os vasos linfáticos são encontrados no tecido subcutâneo, acompanhando as 
veias, no entanto, os vasos linfáticos das vísceras geralmente acompanham as artérias. 
Os vasos linfáticos iniciam-se com os capilares linfáticos que são vasos menores 
localizados nos espaços entre as células recebendo a linfa e se unem para formar vasos 
linfáticos maiores. Contudo, a linfa é drenada dos vasos linfáticos para os troncos 
linfáticos, que se unem formando os ductos linfáticos que direciona a linfa para o coração 
(Figura 7) (MARIEB; WILHELM; MALLATT, 2014; TORTORA; DERRICKSON, 2016). 
 
 
INSERIR IMAGEM - ID 1660485676 
Figura 7: Rede de vasos linfáticos 
 
2.2.1 Capilares Linfáticos 
Os capilares linfáticos situam-se próximos aos capilares sanguíneos, e são vasos 
altamente permeáveis, esta característica favorece sua função de ser responsável por 
coletar o excesso de líquido intersticial, a partir do momento que o líquido intersticial 
drenado entra nos capilares linfáticos, ele recebe o nome de linfa. Devido à alta 
permeabilidade dos capilares eles conseguem absorver moléculas grandes como 
proteínas e lipídios. Existem capilares linfáticos localizados nas vilosidades intestinais 
que possuem a função exclusiva de absorver a gordura digerida pelo intestino, 
consequentemente, a linfa drenada se torna leitosa. Essa linfa gordurosa, por sua vez, 
recebe o nome de quilo e, como toda linfa, é transportada para a corrente sanguínea 
(MARIEB; WILHELM; MALLATT, 2014). 
 
2.2.2 Troncos Linfáticos 
 
A linfa é transportada dos capilares linfáticos para os vasos linfáticos que chegam aos 
linfonodos. Ao sair dos linfonodos os vasos linfáticos unem formando troncos linfáticos 
responsáveis por drenar a linfa de uma região específica do corpo. 
Os principais troncos linfáticos são: 
● Troncos lombares: drenam a linfa dos membros inferiores, pelve, rins, glândulas 
suprarrenais e da parede abdominal. 
● Tronco intestinal: drena a linfa do estômago, intestinos, pâncreas, baço e parte do 
fígado. 
● Troncos broncomediastinais: drenam a linfa da parede torácica, pulmão e 
coração. 
● Troncos subclávios: drenam os membros superiores. 
● Troncos jugulares: drenam a cabeça e o pescoço. 
2.2.3 Ductos Linfáticos 
 
 
A linfa é drenada dos troncos linfáticos para dois vasos linfáticos maiores, 
chamados ducto torácico e ducto linfático direito, que drenam a linfa para o sangue 
venoso. 
O ducto torácico começa com uma dilatação chamada cisterna do quilo que 
recebe a linfa dos troncos lombar direito, esquerdo e do tronco intestinal. No pescoço, o 
ducto torácico também recebe a linfa dos troncos jugular esquerdo, subclávio esquerdo 
e broncomediastinal esquerdo. Desta maneira, o ducto torácico é responsável por 
receber a linfa do lado esquerdo da cabeça, do pescoço, do tórax, do membro superior 
esquerdo e de todo o corpo abaixo das costelas, e proporciona a drenagem da linfa para 
o sangue. Todavia, o ducto linfático direito recebe a linfa do lado superior direito do corpo 
através dos troncos jugular direito, subclávio direito e broncomediastinal direito, 
drenando a linfa para o sangue venoso desembocando na veias do pescoço jugular 
interna direita e subclávia direita (Figura 8) (MARIEB; WILHELM; MALLATT, 2014; 
TORTORA; DERRICKSON, 2016). 
 
 
Figura 8: Mostra a distribuição dos vasos linfáticos. Área verde do corpo é drenada pelo ducto 
linfático direito, área rosa do corpo é drenada pelo ducto torácico 
Fonte: MARIEB; WILHELM; MALLATT, 2014, p. 655. 
 
 
2.3 Tecido e Órgãos Linfáticos 
 
Classificamos em dois grupos de acordo com suas funções em: os órgãos 
linfáticos primários e secundários. Os órgãos linfáticos primários são a medula óssea (dá 
origem a linfócitos B maduros e a células T) e o timo. Já, os órgãos e tecidos linfáticos 
secundários são os locais em que ocorre a maior parte das respostas imunes e incluem: 
os linfonodos,o baço e os nódulos linfáticos (folículos). A seguir abordaremos os 
conceitos gerais sobre os principais órgãos linfáticos. 
 
2.3.1 Timo 
 
O timo é um órgão linfático primário, bilobado (possui dois lobos) e localiza-se 
entre o esterno e a aorta (região do mediastino), envolto por tecido conjuntivo que 
mantém os dois lobos unidos (Figura 9). Cada lobo do timo é formado por um córtex 
externo de coloração escura e uma medula central de coloração mais clara. Na região 
do córtex contém uma grande quantidade de linfócitos T que migram da medula óssea 
para o córtex do timo, onde se proliferam e começam a maturar. Posteriormente, os 
linfócitos T que saem do timo pelo sangue para colonizar os linfonodos, baço e outros 
tecidos linfáticos (TORTORA; DERRICKSON, 2016). 
 
INSERIR IMAGEM TIMO - ID 1339078409 
Figura 9: Ilustração da localização do timo (entre os pulmões – mediastino) 
 
 
2.3.2 Linfonodos 
 
Os linfonodos possuem forma de feijão e estão espalhados pelo corpo ao longo 
dos vasos linfáticos e são responsáveis por remover os patógenos da linfa. Os linfonodos 
medem aproximadamente de 1 a 25 mm de comprimento, são cobertos por uma cápsula 
de tecido conjuntivo denso e se dividem em dois compartimentos. Os linfonodos são 
encontrados em agrupamentos em locais superficiais ou mais profundos; os superficiais 
estão na região cervical, axilar e inguinal; enquanto os linfonodos profundos encontram-
se no tórax, abdome e pelve. 
 
No interior dos linfonodos é observado uma rede de vasos aferentes e eferentes 
(Figura 10). Os vasos aferentes adentram aos linfonodos pela cápsula fibrosa trazendo 
a linfa, enquanto, os vasos eferentes saem dos linfonodos por uma região chamada hilo. 
A linfa infiltra através dos seios linfáticos que estão distribuídos no interior do linfonodos 
formando uma rede entrecruzada de fibras reticulares que é local de armazenamento de 
macrófagos (células destruidoras de agentes estranhos). O trajeto que a linfa percorre 
passando por vários linfonodos é essencial para torná-la livre de patógenos para ser 
despejada no sistema sanguíneo (MARIEB; WILHELM; MALLATT, 2014; TORTORA; 
DERRICKSON, 2016). 
 
 
INSERIR IMAGEM LINFONODO - ID 100624825 
Figura 10: Linfonodo e seus vasos linfáticos aferentes e eferentes 
2.3.3 Baço 
 
O baço é uma estrutura oval, maior massa de tecido linfático do corpo, tendo 
aproximadamente 12 cm de comprimento. Sua face superior é lisa e convexa que permite 
o encaixe perfeito à face côncava do diafragma. Localiza-se entre o estômago e o 
diafragma (região do hipocôndrio esquerdo) (Figura 11). 
Assim como os linfonodos, o baço também possui um hilo por onde chegam a 
artéria esplênica, a veia esplênica e os vasos linfáticos eferentes. No interior do baço 
observa-se o parênquima do baço, composto por dois tipos diferentes de tecido 
chamados de polpa branca e polpa vermelha (Figura 12). A polpa branca é composta 
por tecido linfático (linfócitos e macrófagos) organizados ao redor da artéria esplênica 
(que na polpa branca recebe o nome de artérias centrais). Já, a polpa vermelha é 
composta por veias cheias de sangue e por diversas células como: eritrócitos, 
macrófagos, linfócitos, plasmócitos e granulócitos. 
O baço desempenha as seguintes funções: 1) remover de células sanguíneas e 
plaquetas envelhecidas ou defeituosas; 2) armazenar o suprimento de plaquetas do 
organismo; 3) produzir células sanguíneas (hematopoese) durante a vida fetal. 4) 
funções imunológicas exercidas pelos linfócitos B e T e macrófagos destruindo agentes 
patogênicos. 
 
 
INSERIR IMAGEM BAÇO 11 - ID 450948988 
Figura 11: Localização do baço em destaque de rosa na imagem 
 
 
INSERIR IMAGEM 12 - ID 555643480 
Figura 12: Imagem da esquerda baço formato de feijão (vista anterior); imagem da direita corte 
frontal, observa-se a polpa vermelha e polpa branca ao centro 
 
3 SISTEMA RESPIRATÓRIO 
Imagem do Tópico: ID 228843106 
 
3.1 Introdução ao Sistema Respiratório 
 
As células do corpo humano utilizam oxigênio (O2) para realizar reações 
metabólicas e produção de ATP que são essenciais para sua sobrevivência. Em 
contrapartida, estas reações produzem metabólitos como, o dióxido de carbono (CO2) 
que precisam ser eliminados do organismo pois o acúmulo de CO2 promove a acidez do 
pH sanguíneo sendo tóxico para as células. É competência do sistema respiratório 
realizar as seguintes funções: 
1) Promover a troca gasosa promovendo a captação do O2 do meio externo para 
dentro do organismo e eliminar o CO2 do meio interno para o meio atmosférico. 
2) Regular o pH sanguíneo através da eliminação do CO2, impedindo a acidificação 
do pH que é letal para as células. 
3) Promover a filtragem do ar inspirado e produzir sons (laringe). 
O sistema respiratório é constituído pelo nariz, faringe, laringe, traqueia, brônquios 
e pelos pulmões (Figura 13). Classificamos o sistema respiratório de acordo com sua 
estrutura ou função. Estruturalmente, o aparelho respiratório é formado por duas partes: 
1) O sistema respiratório superior que inclui o nariz, a cavidade nasal, a faringe e 
laringe; 
2) O sistema respiratório inferior inclui a laringe, a traquéia, os brônquios e os 
pulmões. 
Funcionalmente, dividimos o sistema respiratório em duas partes: denominadas de 1) 
Região condutora do ar: cuja função é filtrar, aquecer e umedecer o ar e conduzi-lo para 
os pulmões. É composto por várias estruturas tubulares e incluem: o nariz, a cavidade 
nasal, a faringe, a laringe, a traqueia, os brônquios, os bronquíolos e os bronquíolos 
terminais; cuja função é filtrar, aquecer e umedecer o ar e conduzi-lo para os pulmões. 
2) A zona respiratória é formada por estruturas anatômicas onde ocorrem as trocas 
gasosas. Estes incluem os bronquíolos respiratórios, os ductos alveolares, os sacos 
alveolares e os alvéolos por executar a troca de gases entre o ar e o sangue (MARIEB; 
WILHELM; MALLATT, 2014; TORTORA; DERRICKSON, 2016). 
 
INSERIR IMAGEM - ID 228843106 
Figura 13: Sistema respiratório 
 
3.2 Órgãos do Sistema Respiratório 
 
3.2.1 Nariz 
 
 O nariz é o primeiro órgão do sistema respiratório caracterizado por uma parte 
externa visível no centro da face e uma parte interna (intracraniana) chamada de 
cavidade nasal. O nariz externo é constituído por osso e cartilagem hialina recoberta por 
músculo e pele é revestida por túnica mucosa e permite a entrada do ar no trato 
respiratório através de duas aberturas chamadas narinas localizadas na face inferior do 
nariz e flui para a cavidade nasal. Os pêlos do interior das narinas filtram partículas 
grandes de poeira evitando sua inalação 
A cavidade nasal é a escavação encontrada no interior do nariz, e dividida pelo 
septo nasal em dois compartimentos, direito e esquerdo. A cavidade nasal se funde ao 
nariz permitindo a comunicação com a faringe por meio de duas aberturas chamadas de 
cóanos 
É na cavidade nasal que acontece a filtragem do ar retendo partículas menores, 
umedecido e aquecido do ar. Na parede lateral da cavidade nasal encontram-se as 
conchas nasais que são divididas em superior, média e inferior (TORTORA; 
DERRICKSON, 2016). 
 
3.2.2 Faringe 
 
A faringe é um tubo com início na região do coáno e une as cavidades nasal e 
oral respectivamente com a laringe e o esôfago, por isso consideramos que a faringe 
seja um órgão que pertence tanto ao sistema respiratório quanto ao sistema digestório, 
pois ela permite a passagem de ar e alimento. Contudo, dividimos a faringe em três 
regiões anatômicas: nasofaringe, orofaringe e laringofaringe (Figura 14) (TORTORA; 
DERRICKSON, 2016). 
 
 
 
 
Figura 14: Divisão da faringe (parte nasal, oral e laríngea) 
Fonte: MARIEB; WILHELM; MALLATT, 2014, p. 676. 
 
 
● Parte nasal da faringe (nasofaringe): Localiza-se posteriormente a cavidade 
nasal, inferior ao osso esfenóide e superior ao palato mole. Esta região da faringe 
por estar

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