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Gestão de Recursos Naturais

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o Twitter: @E_Parlamento Facebook: 
/eparlamento 
@e_parlamento /eparlamento 
1 
https://www.facebook.com/eparlamento/
https://twitter.com/e_parlamento
Gestão de Recursos Naturais e 
Ambientais: Conceitos e Problemas 
 
 Coordenação: Dra. Simone Rezende da Silva 
 
Professoras: Dra. Marisa Matos Fierz 
 Dra. Rosalina Burgos 
 Ms. Giorgia Limnios 
www.camara.sp.gov.br/escoladoparlament
o Twitter: @E_Parlamento Facebook: 
/eparlamento 
2 
Primeiros conceitos: Natureza , 
ambiente e Recursos Naturais e 
Ambientais 
Dra. Simone Rezende 
Ms. Giorgia limnios 
www.camara.sp.gov.br/escoladoparlament
o Twitter: @E_Parlamento Facebook: 
/eparlamento 
3 
Objetivos 
 
Introduzir os participantes em uma discussão 
ambiental, econômica e social de gestão de 
recursos naturais e ambientais. Por meio da 
exposição de conceitos relacionados ao tema 
proposto e apresentação de situações reais de 
gestão ou de ausência desta pretende-se motivar 
os participantes a uma reflexão acerca do papel 
do Estado e dos cidadãos para a continuidade 
destes recursos bem como acerca da qualidade 
de vida a ela relacionada. 
 
www.camara.sp.gov.br/escoladoparlament
o Twitter: @E_Parlamento Facebook: 
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5 
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6 
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7 
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o Twitter: @E_Parlamento Facebook: 
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8 
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9 
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10 
ECONOMIA OU 
MEIO AMBIENTE??? 
 
Fonte: Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) 
Disponível em: 
http://www.ipea.gov.br/desafios/index.php?option=com_content&view=article&id
=1261:reportagens-materias&Itemid=39 
Ideia de Natureza e os 
Recursos Naturais 
Natureza e Recurso Natural 
são sinônimos? 
Recurso Natural 
 
A noção mais abrangente e difundida do que 
sejam os “recursos naturais” nos remete 
imediatamente à idéia de uma natureza utilizada 
pelo homem, afinal recurso, segundo o Novo 
dicionário Aurélio da língua portuguesa (2004), 
“é o ato de recorrer. Auxílio, proteção, socorro.” 
Ou seja, “recurso natural” expressa a necessidade 
do homem em buscar na natureza as condições 
para a manutenção de sua vida. 
Homem / Natureza 
O que difere a natureza dos 
recursos naturais? 
Conceito de Natureza não é natural 
 
Contudo, os homens não são iguais e o conceito de 
natureza é uma importante chave de compreensão das 
diferentes visões das sociedades, pois cada povo se 
relaciona com a natureza por ele interpretada. Em 
outras palavras, a forma como uma sociedade 
conceitua a natureza determina de qual maneira ela vai 
se relacionar com ela. A relação dos povos com a 
natureza se estabelece no interior das sociedades, tanto 
quanto as relações sociais. 
Para Dominique Bourg (1993) mesmo a 
evidente dimensão dos problemas ambientais 
atuais não é capaz de ocultar a diversidade das 
relações que mantemos com a natureza 
Se temos apenas um planeta Terra, em 
compensação temos muitas maneiras de o 
habitar 
Possibilidades do Ambiente 
 
Afinidades da sociedade com este 
ambiente 
 
Religião como elo 
Foto: Abhijit Nandi 
Japão – Ex.: 
Shintoismo/Budismo 
Para Philippe Pons, de 
forma geral, na cultura 
japonesa há uma 
contradição entre 
idolatria e uso da 
natureza. 
 
Devido às pressões 
econômicas e 
populacionais apenas 
20% do território está 
preservado. 
 
 
Homem e natureza 
são fatos concretos, 
não hierarquicos 
Islã 
Para Abdelwahab 
Meddeb 
 A natureza é uma 
criação divina a 
qual o homem 
deve governar 
 
O Oásis é uma 
benção 
http://iasos.com/artists/jbedrick/sell.html
Índia - Induismo 
A natureza sagrada 
Estados Unidos – visão judaico 
cristã 
 
Homem e natureza separados, 
sendo o homem superior à 
natureza 
Yellowstone – fundado em 1872 é o 
primeiro Parque Nacional do mundo 
http://www.rightblueeye.com/blog/wp-content/uploads/2007/05/YellowstoneMorningGlory.jpg
wara.nativeweb.org 
“não existe uma Natureza em si, existe apenas 
uma Natureza 
pensada. (...). A natureza em si, não passa de 
uma 
abstração. Não encontramos senão uma idéia 
de natureza 
que toma sentido radicalmente diferente 
segundo as épocas e 
os homens.” 
 
Lenoble (1969) 
O conceito de natureza é uma 
importante chave de compreensão de 
diferentes sociedades, pois cada povo 
se relaciona com a natureza por ele 
interpretada 
Conceito de Natureza 
 
 
 
 “o conceito de natureza não é natural, 
sendo na verdade criado e instituído 
pelos homens. Constitui um dos pilares 
através do qual os homens erguem as 
suas relações sociais, sua produção 
material e espiritual, enfim, a sua 
cultura.” 
 
 Gonçalves (2000, p.23) 
Conhecer o conceito em diferentes 
culturas 
Portanto, faz-se necessário conhecer o conceito 
de natureza nas diferentes culturas que se vai 
estudar, bem como o conceito de natureza de 
nossa própria sociedade, visto que esta se 
tornou dominante nos últimos dois séculos, 
ignorando outras formas de pensar o mundo e 
especificamente a natureza. 
 Assim, é necessário partir de uma 
questão básica: O homem é ou não 
natureza? 
 
A resposta a esta questão determina o lugar do 
homem no mundo, assim como legitima as ações e a 
forma de apropriação da natureza em diferentes 
culturas. 
Homem é Natureza? 
 
Homem / Natureza 
Homem x Natureza 
A natureza para a sociedade urbana 
industrial ocidental 
Separação Homem /natureza 
De acordo com Ponting (1995, p. 236 e 237) “O 
modo de pensar sobre o mundo que se tornou 
dominante nos últimos séculos originou-se na 
Europa, entretanto suas origens podem ser 
descobertas, como em outras tantas áreas, na 
influência dos filósofos da Grécia e da Roma 
antigas e das idéias que a Igreja cristã herdou de 
suas origens judaicas.” 
• Grécia Antiga 1100 aC a 146 aC 
 
• Séculos IV e III aC – influência dos Socráticos 
 
• Conquista romana 146 aC 
 
• O cristianismo, vindo da Palestina, foi introduzido na Grécia na metade do 
primeiro século d.C. por Paulo de Tarso 
 
• Em 313 Constantino dá liberdade de culto aos cristãos 
 
• Em 476 Roma é conquistada 
Os filósofos da Grécia e Roma 
clássicas, como Sócrates, Platão e 
Aristóteles, inauguraram um modo 
de conceber o mundo que 
privilegiava o homem e as ideias 
em detrimento do mundo que 
passava a ser chamado de natural, 
Filósofos legitimadores 
Só
cr
at
es
 
P
la
tã
o
 
A
ri
st
ó
te
le
s 
Oposição aos pré-socráticos e à ideia de 
Physis a qual possuia três sentidos 
principais: 
 
• ação de fazer nascer; 
• a natureza íntima e própria de um ser; 
• a natureza como força criadora e 
produtora dos seres. 
 
 
[ Pré-Socráticos e Physis 
“A Physis foi traduzida para o latim como natura e para o 
português como natureza – é a fonte originária de todas as 
coisas, a força que as faz nascer, brotar, desenvolver-se, 
renovando incessantemente; é a realidade primeira e 
última, subjacente a todas as coisas de nossa existência. (...) 
a Phýsis abarca a totalidade de tudo o que é. Pode ser 
apreendida em tudo o que existe e em tudo o que aparece 
e acontece: o céu, a terra, os astros, a aurora, o crepúsculo, 
o eclipse, as plantas as estações do ano, os mares, o fogo, as 
pedras, os animais, os homens, a moral humana, a política, 
as ações e pensamentos dos homens e dos deuses e os 
próprios deuses ; portanto, o humano e o divino são 
Phýsis.” (Chauí, 2001, p. 46/47) 
Rompimento com os pré-socráticos e 
com a ideia de physis 
Aristóteles em A política revelou uma visão 
antropocêntrica do mundo dizendo: 
 
 “ ...portanto, se a natureza não faz nadaincompleto e nada em vão, devemos acreditar 
que ela fez todos os animais para o bem estar 
dos seres humanos.” (Apud Ponting, 1995, p. 
239) 
Expansão judaico-cristã 
Porém, foi a partir da expansão judaico cristã 
pelo Ocidente que a ideia de homem e 
natureza separados acentuou-se, pois se 
Deus criou o homem a sua imagem e 
semelhança, e Deus é único, onipresente, 
onisciente e onipotente, logo, o homem é 
superior às outras formas de vida. 
Criacionismo/período medieval/mitos e dogmas 
A natureza esteve, portanto, a serviço dos homens, ela 
nada tem de sagrada. O mundo para os pensadores 
medievais, influenciados pelo cristianismo, era uma criação 
ordenada e planejada por Deus, pois só um ser superior 
poderia criar tamanha perfeição e o homem fora escolhido 
por Deus, pois era o único a ter alma e vida após a morte. 
Expulsão do paraíso - Michelangelo 
Descartes 
Porém, segundo Gonçalves (2000) é 
com Descartes (séc. XVII) que essa 
oposição se tornará mais completa, 
constituindo-se no centro do 
pensamento moderno e 
contemporâneo que será marcado pelo 
caráter pragmático do conhecimento e 
pelo antropocentrismo. 
 Cartesianismo 
caráter pragmático da ciência 
e o antropocentrismo 
(homem sujeito x natureza 
objeto), aspectos estes que 
não podiam ser vistos 
desvinculados do 
Mercantilismo e do 
Colonialismo que, naquela 
época, afirmavam-se. 
Conquistas coloniais 
O sucesso das expedições de conquista entre os séculos XV e 
XVII continuaram a legitimar a visão de uma natureza a 
serviço do homem. Neste momento essa visão era 
extremamente conveniente. 
Iluminismo 
Estes avanços científicos adentram 
o século seguinte, que foi marcado 
por um grande otimismo quanto à 
inevitabilidade do progresso. O 
Iluminismo do século XVIII impôs o 
racionalismo e varreu os resquícios 
da influencia divina da natureza. 
A Liberdade guiando o 
Povo (Delacroix, 1830) 
 
A origem das espécies (1859) 
com esta publicação de Charles Darwin, abriu-se um 
debate sobre a origem do homem e sua evolução 
biológica diante da seleção natural, contrapondo-se ao 
pensamento imperante, o da criação divina. 
 
Contudo, o homem continuou a ser o centro 
Capitalismo e revolução industrial 
 
A instituição do Capitalismo, a Revolução Industrial e, portanto, a 
necessidade cada vez maior de matérias primas para alimentar as 
indústrias que proliferavam em rápida velocidade, reafirmaram não só a 
separação entre o homem e a natureza, mas também a posição 
dominadora do homem diante da natureza, que para ele era apenas 
recurso natural. 
Fragmentação dos saberes 
Assistiu-se também a uma divisão do mundo em 
partes, houve a separação entre ciências 
humanas e ciências naturais. Acentuou-se divisão 
social e técnica do trabalho, pois o progresso 
necessitava de saberes especializados e de 
homens fragmentados. 
Início da reservação de áreas 
Como conseqüência do progresso, já no final do século 
XIX, por meio de pesquisas científicas, o homem urbano 
industrial começou a dar-se conta da esgotabilidade da 
natureza, por ele tida como recurso natural, e das 
conseqüências que esta esgotabilidade podia acarretar 
em seu modo de vida, não só do ponto de vista 
econômico mas também psicológico. Isto porque a perda 
de cenários naturais selvagens era irreparável para este 
homem que via a natureza apartada de si e a usava 
também como forma de descanso do modo de vida por 
ele adotado. Deu-se início então à criação de áreas 
naturais protegidas. 
Desta forma, há que se levar em 
consideração de que sociedade se está 
falando quando da definição acerca da 
gestão de determinados recursos naturais. 
GESTÃO DE RECURSOS NATURAIS: 
QUAIS? PARA QUE? E PARA QUEM? 
Isso significa fazer escolhas 
Para Warren Dean (2004, p. 60) os portugueses 
incapazes de compreender intelectualmente a magnitude 
de sua descoberta, tropeçaram em um meio continente, 
movidos por cobiça e virtude, sem se deixarem levar por 
compaixão ou mesmo por curiosidade. A Mata Atlântica 
os deixava impassíveis ou atônitos. Por diversas vezes 
penetraram-na, e traziam apenas relatos delirantes sobre 
esmeraldas e ouro. Produziram tamanha devastação 
entre seus irmãos que, no prazo de um século, quase 
todos aqueles com quem haviam se deparado estavam 
mortos e suas sociedades em ruínas. Esse foi o começo, a 
fundação do povoamento, da colonização e do império, 
de uma civilização transferida e imposta. 
Retirada histórica 
da floresta 
Exploração do 
Pau-Brasil 
Terra Brasilis – 1515-1519 – Atlas 
Miler 
Rugendas 
http://2.bp.blogspot.com/_U_9nZ7867L0/Stuw5Zkz-qI/AAAAAAAAAA4/WnIaBEfEj_w/s1600-h/Viveiro.jpg
Resorts 
Nos interstícios das grandes 
produções e projetos o 
território sempre foi ocupado 
A fronteira florestal e 
as populações 
tradicionais 
O encontro de diferentes povos 
(índios, negros, mestiços) 
gerou culturas e modos de viver 
 
 
Populações tradicionais como 
parte das sociedades rústicas 
Populações tradicionais 
SETUR - Amapá, 15/08/07 
Foto: Kátia Rangel 
http://www.setur.ap.gov.br/setur2/includes/foto.php?cod=19&PHPSESSID=3bad8000391d967ef3fdf92d91caa95d
Não existe natureza intocada. 
Há gerações distintas populações 
fazem uso de seus recursos 
naturais 
 
Portanto, uma eficaz estratégia de 
conservação dos recursos naturais deve ter 
em conta que tão importante quanto a 
biodiversidade é a sociodiversidade, pois 
entende-se não haver natureza intocada, 
principalmente ao se deparar com o fato 
de que o que parecia selvagem, virgem ou 
intocado, há gerações já se constituía 
como recurso natural em outras culturas. 
Biodiversidade/Sociodiversidade 
 
 
A biodiversidade de uma área 
seria o produto da história 
da interação entre o uso 
humano e ambiente 
 
 
O entendimento, até agora predominante, de 
que toda relação entre homem e natureza seja 
destrutiva é simplificador e injusto com 
inúmeras culturas que desenvolveram outras 
formas de relação com a natureza. 
Em geral as populações tradicionais não só convivem com os 
recursos naturais, mas também os classificam, nomeiam e lhes 
atribuem valor e em muitos casos são responsáveis pela 
variabilidade dos recursos. Desde a pré história o homem interfere 
consciente ou inconscientemente na espacialização da vida. 
“À medida que aumenta o nosso conhecimento e entendimento 
sobre as influências antropogênicas na composição da vegetação 
madura, é necessário redefinir e qualificar o que se quer dizer por 
hábitat não modificado. A questão se refere simplesmente à densidade 
dos humanos, mas aos instrumentos, tecnologias, técnicas, 
conhecimento e experiência que acompanham o sistema de produção 
de uma determinada sociedade.” 
(GÓMEZ-POMPA e KAUS, 2000, p. 133). 
Populações e a diversidade dos ambientes 
Gómez-Pompa e Kaus (2000) alertam para 
a importância de atuais e futuros cientistas 
entenderem as conseqüências ecológicas 
benéficas e destrutivas das perturbações 
antropogênicas e de incorporarem visões 
alternativas no trato com o meio ambiente, 
avaliando-o em seu contexto histórico, 
social e cultural. 
Populações tradicionais não são 
intrinsecamente conservacionistas 
O que em geral acontece é uma percepção apurada dos limites e 
potencialidades dos recursos naturais. 
 
Observar a natureza e conhecer os hábitos dos animais e as 
características das plantas era muito mais importante que 
guardar comida por um longo tempo. 
 
a produção de tais conhecimentos possui múltiplas dimensões, visíveis 
e invisíveis, reunindo elementos técnicos com o mágico, o ritual, e 
enfim, o simbólico. 
 
E poucos pesquisadores são realmente capazes de transpor sua própria 
cultura para entender outra lógica de funcionamento do mundo. 
Sofisticação dos conhecimentos 
 
 
A cognição assenta-se em outras 
bases, mas é tão legítima quanto 
qualquer outra 
 
 
 
 
 
A tecnologia por trás da 
fabricação da farinha demandioca 
Rugendas 
Eliminação do 
 Ácido Cianídrico 
Manihot 
Recurso Natural 
 
POLÊMICAS E CONTESTAÇÕES 
Uma visão simplificadora tende a separar os termos e 
a dividir os recursos naturais em renováveis e não 
renováveis. Subliminarmente a acreditar que os 
recursos renováveis são também inesgotáveis 
 
 
 
http://blog.zeppini.com.br/up/z/ze/blog.zeppini.com.br/img/.resized_petroleo.jpg
Qualquer elemento da natureza que 
possa ser explorado pelo homem. 
Obs.: A sequencia de slides com definições de 
Recurso Natural foi baseada no artigo "Recurso 
natural: a construção de um conceito” de Luis 
Antonio Bittar Venturi. In.: Geousp. Número 20. 
2006. 
E se os meios de exploração não 
estiverem postos, mas houver a 
demanda? 
Qualquer elemento da natureza que 
possa potencialmente ser explorado 
pelo homem 
Lítio em Uyuni Pré-sal 
Elemento da natureza? O recurso 
pode ser também de uso indireto e 
imaterial? 
Qualquer elemento ou aspecto da natureza que 
possa potencialmente ser explorado pelo homem 
direta ou indiretamente 
Soja 
Apenas para a reprodução material da 
vida? 
Qualquer elemento ou aspecto da natureza que 
possa potencialmente ser explorado pelo homem 
direta ou indiretamente para satisfação de suas 
necessidades físicas e culturais 
Qual o grau de interferência humana 
para um elemento ou aspecto da 
natureza deixar de ser um recurso 
natural? 
Qualquer elemento ou aspecto da natureza que 
possa potencialmente ser explorado pelo homem 
direta ou indiretamente para satisfação de suas 
necessidades físicas e culturais, que ainda não 
sofreram importantes transformações pelo trabalho 
humano e cuja a gênese independa deste. 
Um recurso necessariamente 
deve ter valor de troca? 
Qualquer elemento ou aspecto da natureza que possa 
potencialmente ser explorado pelo homem direta ou 
indiretamente para satisfação de suas necessidades físicas e 
culturais, que ainda não sofreu importantes transformações 
pelo trabalho humano e cuja a gênese independe deste, 
sendo que quanto mais valorizado seja este recurso maior 
será sua mobilidade sobre o território. 
Um recurso natural sempre será definido como tal? 
 
 
O Contexto histórico, tecnológico e econômico 
influenciam esta definição? 
Questões geopolíticas e tecnológicas? 
Qualquer elemento ou aspecto da natureza que possa potencialmente 
ser explorado pelo homem direta ou indiretamente para satisfação de 
suas necessidades físicas e culturais em determinado tempo e espaço, 
que ainda não sofreu importantes transformações pelo trabalho 
humano e cuja a gênese independe deste, sendo que quanto mais 
valorizado seja este recurso maior será sua mobilidade sobre o 
território. 
Palestina 
Urânio/ Irã 
A extração do recurso sempre vale a pena? 
Transposição do Rio São Francisco 
Usina Hidrelétrica de Belo Monte 
. 
Recurso natural pode ser definido como qualquer elemento ou aspecto da natureza que 
esteja em demanda, seja passível de uso ou esteja sendo usado direta ou indiretamente 
pelo Homem como forma de satisfação de suas necessidades físicas e culturais, em 
determinado tempo e espaço. Os recursos naturais são componentes da paisagem 
geográfica, materiais ou não, que ainda não sofreram importantes transformações pelo 
trabalho humano e cuja própria gênese independe do Homem, mas aos quais foram atribuídos, 
historicamente, valores econômicos, sociais e culturais. Portanto, só podem ser compreendidos a 
partir da relação Homem-Natureza. Se, por um lado, os recursos naturais ocorrem e distribuem-
se no estrato geográfico segundo uma combinação de processos naturais, por outro, sua 
apropriação ocorre segundo valores sociais. Dessa interação sociedade-natureza decorrem 
determinadas formas de organização social sobre o território, influenciadas, tanto pelos 
processos naturais que determinam a ocorrência (ou a não ocorrência) e a distribuição territorial 
dos recursos, como pelos valores sociais vigentes no contexto da apropriação, sendo que quanto 
mais valorizado é um recurso, maior sua mobilidade sobre o território. De qualquer forma, 
sempre haverá alguma alteração no ambiente, seja na exploração, apropriação ou no uso dos 
recursos naturais. Tais alterações podem tornar-se negativamente impactantes se a apropriação 
dos recursos desconsiderar as dinâmicas naturais, e/ou orientar-se por procedimentos não 
éticos. Além da demanda, da ocorrência e de meios técnicos, a apropriação e uso dos recursos 
naturais podem depender, também, de questões geopolíticas, sobretudo, quando se 
caracterizam como estratégicas, envolvendo disputas entre povos. Se, por um lado, as 
dinâmicas naturais explicam a riqueza de recursos naturais que algumas nações 
apresentam, as dinâmicas sociais podem explicar a não correspondência direta entre 
disponibilidade de recursos naturais e bem estar e desenvolvimento humano. (Fonte: Venturi, 
2006) 
 
RECURSOS AMBIENTAIS 
Paulatina substituição do termo 
“recursos naturais” por 
“recursos ambientais” 
O termo recursos ambientais põe ênfase 
no valor do conjunto da natureza. 
Represa Billings 
Manguezal 
AMBIENTE E MEIO AMBIENTE 
Ambiente: “Conjunto de condições que envolvem 
e sustentam os seres vivos na biosfera, como um 
todo ou em parte desta, abrangendo elementos 
do clima, solo, água e de organismos” 
 
Meio ambiente : “soma total das condições 
externas circundantes no interior das quais um 
organismo, uma condição, uma comunidade ou 
um objeto existe.” 
 
(ART, 1998). 
 
A idéia de Meio vem da biologia 
NATUREZA AMBIENTE 
100% Natural 
 Idealização 
(Conjunto de meios ambientes 
das diversas espécies conhecidas 
pelo homem) 
Natureza modificada 
 realidade 
Meio ambiente não é apenas o 
espaço em que se vive mas o espaço 
do qual vivemos 
 
Primavesi (1997) 
Portanto, para cada espécie, existiriam conjuntos 
diferentes de elementos inter-relacionados que 
lhes são indispensáveis para sobreviver, constituindo- 
se em meios ambientes específicos. 
 
Se se admitir que a natureza é pensada, 
reforça-se a visão de que ao se referir a ambiente, refere-se ao conjunto 
dos meios ambientes de todas as espécies, 
pensados e/ou conhecidos pelo sistema social humano 
Biodiversidade e 
desenvolvimento sustentável 
• No passado por exemplo, a mata atlântica brasileira 
ocupava uma área de 1,3 milhões de km2 enquanto 
hoje restam apenas 100.000 km2 aproximadamente 
Diversidade biológica significa a variabilidade de 
organismos vivos de todas as origens, 
compreendendo, dentre outros, os ecossistemas 
terrestres, marinhos e outros 
ecossistemas aquáticos e os complexos ecológicos de 
que fazem parte; compreendendo 
ainda a diversidade dentro de espécies, entre espécies 
e de ecossistemas. 
Biodiversidade/Diversidade Biológica 
Fonte: Convenção da Biodiversidade 
http://www.mma.gov.br/estruturas/sbf_dpg/_arquivos/cdbport.pdf 
A Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB) é um tratado da 
Organização das Nações Unidas e um dos mais importantes 
instrumentos internacionais relacionados ao meio ambiente. 
A Convenção foi estabelecida durante a notória ECO-92 – a 
Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e 
Desenvolvimento (CNUMAD), realizada no Rio de Janeiro em junho 
de 1992 – e é hoje o principal fórum mundial para questões 
relacionadas ao tema. 
Mais de 160 países já assinaram o acordo, que entrou em vigor em 
dezembro de 1993. 
Em um trabalho publicado na Nature em 1997, Robert Costanza 
e colaboradores estimaram o valor dos serviços ecológicos 
prestados pela natureza. A ideia geral do trabalho era 
contabilizar quanto custaria por ano para uma pessoa ou mais, 
por exemplo, polinizar as plantas ou quanto custaria para 
construir um aparato que serviria como mata ciliar no 
antiaçoriamento dos rios. O trabalho envolveu vários "serviços" 
ecológicos e chegou a uma cifra média de US$ 
33.000.000.000.000,00 (trintae três trilhões de dólares) por 
ano, duas vezes o produto interno bruto mundial. 
Valor da Biodiversidade 
http://www.nature.com/nature/journal/v387/n6630/abs/387253a0.html;jsessionid=5DE477827ABDBA1D12F3A4D37E0FD6FE
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http://www.nature.com/nature/journal/v387/n6630/abs/387253a0.html;jsessionid=5DE477827ABDBA1D12F3A4D37E0FD6FE
biodiversidade pode contribuir de forma significativa para a 
agricultura, a pecuária, a extração florestal e a pesca. No 
entanto, quase todas as espécies exploradas economicamente, 
seja vegetal, como a soja e o café, seja animal, como o frango, 
são originárias de outros países, e sua exploração é feita de 
forma freqüentemente danosa ao meio-ambiente. Já o 
aproveitamento econômico de espécies nativas ainda 
engatinha. Para o PIB brasileiro, o setor florestal representa 
pouco mais de 1% e a pesca, 0,4%. A pequena participação das 
espécies nativas na economia tem, entre suas causas, a falta de 
políticas e investimentos tanto para a pesquisa básica como 
para o desenvolvimento de produtos. 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Biodiversidade
http://pt.wikipedia.org/wiki/Agricultura
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pecu%C3%A1ria
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pesca
http://pt.wikipedia.org/wiki/Soja
http://pt.wikipedia.org/wiki/Caf%C3%A9
http://pt.wikipedia.org/wiki/Frango
http://pt.wikipedia.org/wiki/Meio-ambiente
http://pt.wikipedia.org/wiki/Meio-ambiente
http://pt.wikipedia.org/wiki/Meio-ambiente
http://pt.wikipedia.org/wiki/PIB
http://pt.wikipedia.org/wiki/Brasil
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pesca
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107 
Arroz –(Oryza sativa): Ásia 
Feijão - (Phaseolus vulgaris): América Central 
Milho - (Zea mays): América Central 
Tomate - (Solanum lycopersicum): América Central 
Laranja – (Citrus sinensis): Ásia 
Banana - (Musa paradisíaca): Ásia 
Manga - (Mangifera indica L.): Ásia 
Coco - (Cocos nucifera): Ásia / América do Sul???? 
Café – (Coffea arabica): África 
Alface - (Lactuca sativa) : Mediterrâneo 
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108 
Consumo de Peixe no Brasil 
 
O Brasil, com 5 kg de consumo per capita, não 
tem valores condizentes com o de um país de 
sete mil e quinhentos quilômetros de costa e 
imensas bacias hidrográficas. Para efeito 
comparativo, o índice anual do Senegal é de 37 
kg, o do Canadá de 16 kg e o do Japão de 65 kg. 
Biodiversidade: tempo e espaço 
 
A biodiversidade não é estática. É um sistema em 
constante evolução tanto do ponto de vista das espécies 
como também de um só organismo. 
 
A biodiversidade não é distribuída igualmente na Terra. 
Ela é, sem dúvida, maior nos trópicos. Quanto maior a 
latitude, menor é o número de espécies, contudo, as 
populações tendem a ter maiores áreas de ocorrência. 
Este efeito que envolve disponibilidade energética, 
mudanças climáticas em regiões de alta latitude é 
conhecido como efeito Rapoport 
http://en.wikipedia.org/wiki/Rapoport's_rule
Norman Myers, biólogo da Universidade de Oxford em 1988 
identificou 10 destes pontos. 
Posteriormente a CI ampliou seu trabalho e chegou a 25 e depois a 
34 pontos 
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111 
Fonte da imagem: http://o-valor-da-natureza.blogspot.com.br/2013/03/atividade1-estudo-e-reflexao-sobre-os.html 
• Brasil é o país que tem a maior biodiversidade de flora e fauna do 
planeta. Essa enorme variedade de animais, plantas, 
microorganismos e ecossistemas, muitos únicos em todo o 
mundo, deve-se, entre outros fatores, à extensão territorial e aos 
diversos climas do país. O Brasil detém o maior número de 
espécies conhecidas de mamíferos e de peixes de água doce, o 
segundo de anfíbios, o terceiro de aves e o quarto de répteis. Com 
mais de 50 mil espécies de árvores e arbustos, tem o primeiro 
lugar em biodiversidade vegetal. Nenhum outro país tem 
registrado tantas variedades de orquídeas e palmeiras 
catalogadas. Os números impressionam, mas, segundo estimativas 
aceitas pelo Ministério do Meio Ambiente o MMA, eles podem 
representar apenas 10% da vida no país. 
• Como várias regiões ainda são muito pouco estudadas pelos 
cientistas, os números da biodiversidade brasileira tornam-se 
maiores na medida em que aumenta o conhecimento 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Brasil
http://pt.wikipedia.org/wiki/Biodiversidade
http://pt.wikipedia.org/wiki/Planeta
http://pt.wikipedia.org/wiki/Biodiversidade
http://pt.wikipedia.org/wiki/Brasil
Desenvolvimento Sustentável 
 ou insustentável? 
Para Vizeu et al (2012): 
Foi principalmente a partir dos anos 1970 que o alarme 
ecológico ganhou destaque no debate político internacional, 
reforçado por estudos como os de Rachel Carson (1962) que, 
em 1962, demonstrou os efeitos danosos do Dicloro-Difenil-
Tricloroetano (o “DDT”) sobre animais e seres humanos; e pelo 
relatório do Clube de Roma (MEADOWS, 1972). Além disso, 
ressoava ainda o movimento hippie às questões ambientais, 
bem como a crise do petróleo, que, no início dos anos 1970, 
alertava para a dependência de recursos naturais e para a real 
possibilidade de sua exaustão. 
A percepção de que a natureza ou o ambiente 
enquanto suporte e condição para a existência 
humana está ameaçado tem sido amplamente 
discutido. 
Enrique Leff (2001) define esta percepção de 
 
 
CRISE AMBIENTAL 
Desenvolvimento Sustentável 
 
O desenvolvimento que procura satisfazer as 
necessidades da geração atual, sem comprometer a 
capacidade das gerações futuras de satisfazerem as suas 
próprias necessidades, significa possibilitar que as 
pessoas, agora e no futuro, atinjam um nível satisfatório 
de desenvolvimento social e econômico e de realização 
humana e cultural, fazendo, ao mesmo tempo, um uso 
razoável dos recursos da terra e preservando as espécies 
e os habitats naturais. 
Foi usado pela primeira vez em 1987, no Relatório Brundtland, um 
relatório elaborado pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e 
Desenvolvimento, criado em 1983 pela Assembleia das Nações 
Unidas 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Relat%C3%B3rio_Brundtland
http://pt.wikipedia.org/wiki/Relat%C3%B3rio_Brundtland
http://pt.wikipedia.org/wiki/Comiss%C3%A3o_Mundial_sobre_Meio_Ambiente_e_Desenvolvimento
http://pt.wikipedia.org/wiki/Comiss%C3%A3o_Mundial_sobre_Meio_Ambiente_e_Desenvolvimento
http://pt.wikipedia.org/wiki/Assembleia_das_Na%C3%A7%C3%B5es_Unidas
http://pt.wikipedia.org/wiki/Assembleia_das_Na%C3%A7%C3%B5es_Unidas
http://pt.wikipedia.org/wiki/Assembleia_das_Na%C3%A7%C3%B5es_Unidas
http://pt.wikipedia.org/wiki/Assembleia_das_Na%C3%A7%C3%B5es_Unidas
ORIGEM 
•Clube de Roma O Clube de Roma é um 
grupo de pessoas ilustres que se reúnem para debater 
um vasto conjunto de assuntos relacionados a política, 
economia internacional e , sobretudo, ao meio 
ambiente e o desenvolvimento sustentável. Foi 
fundado em 1966 pelo industrial italiano Aurelio Peccei 
e pelo cientista escocês Alexander King. 
 
•http://www.clubofrome.org/ 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Meio_ambiente
https://pt.wikipedia.org/wiki/Desenvolvimento_sustent%C3%A1vel
https://pt.wikipedia.org/wiki/1968
https://pt.wikipedia.org/wiki/It%C3%A1lia
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Aurelio_Peccei&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/wiki/Esc%C3%B3cia
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Alexander_King&action=edit&redlink=1
• 1972 – publicação do livro 
 “Limites do crescimento” 
Elaborado por uma equipe do MIT, contratada pelo Clube de 
Roma e chefiada por Dana Meadows 
tratava de problemas cruciais para o futuro desenvolvimento da 
humanidade, tais como: energia, poluição, saneamento básico, 
saúde, ambiente, tecnologia e crescimento populacional; 
 
Livro vendeu mais de 30 milhões de cópias 
 
Utilizando modelos matemáticos, o MITchegou à conclusão de 
que o planeta Terra não suportaria o crescimento populacional 
devido à pressão gerada sobre os recursos naturais e energéticos 
e ao aumento da poluição, mesmo tendo em conta o avanço 
tecnológico. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/MIT
https://pt.wikipedia.org/wiki/Donella_Meadows
Para Vizeu et al (2012) o livro suscitou críticas (conspirativas) tais como: 
 
 
1. Os dados referentes aos recursos naturais mostrariam interesse nos países 
desenvolvidos em se apossarem de áreas estrategicamente importantes em 
países subdesenvolvidos, como a Amazônia. 
 
2. A análise de que o planeta não suportaria grande número de pessoas 
esconderia a preconceituosa Teoria Neomalthusiana. 
 
3. A questão referente à poluição nos países subdesenvolvidos evitaria o 
desenvolvimento destes em suas indústrias e economias, como são os casos 
do Brasil, Índia e China, por exemplo, enquanto o documento não tratava dos 
Estados Unidos (maior poluidor do planeta), Europa e da União Soviética 
(enorme potência da época); 
 
4. Por trás do discurso dito benéfico de ajuda ao planeta e manutenção dos 
povos estaria um grupo seleto de pessoas que, arbitrariamente, decidiria o 
rumo do planeta junto a outros seletos grupos de interesses econômicos e 
pouco sociais. 
A crescente preocupação com a questão ambiental 
(diminuição dos estoques de recursos naturais) 
mobilizou iniciativas governamentais e não 
governamentais. 
Em 1972, a Organização das Nações Unidas 
realizou a Primeira Conferência Mundial sobre o 
Homem e o Meio Ambiente, responsável por 
introduzir as preocupações ambientais na agenda 
política do desenvolvimento. 
•Conferência de Estocolmo – 1972 
•Ecodesenvolvimento – Maurice Strong – 1973 e 
divulgação ampla por Ignacy Sachs 
Desenvolvimento endógeno e dependente de suas 
próprias forças, tendo por objetivo responder à 
problemática da harmonização dos objetivos 
sociais e econômicos do desenvolvimento com 
uma gestão ecologicamente prudente dos recursos 
e do meio 
De acordo com Dias e Tostes (2007-2009) citando Layrargues 
(1998) 
 
A noção de justiça social presente na proposta de 
ecodesenvolvimento busca um “teto de consumo material”, 
com um nivelamento médio dos padrões de consumo em 
que o “Norte” deve diminuir e o “Sul” aumentar o 
consumo. Por outro lado, na proposta de DS a justiça 
social será alcançada através de um “piso de consumo 
material”, com o crescimento econômico tanto do “Sul” 
quanto do “Norte”, desde que sejam criadas tecnologias 
mais eficientes que produzam mais bens com menos 
recursos e poluam menos (Layrargues , 1998. pp. 148-151). 
 
 
 
ECODESENVOLVIMENTO 
a) A satisfação das necessidades básicas; 
b) A solidariedade com as gerações futuras; 
c) A participação da população envolvida; 
d) A preservação dos recursos naturais e do meio ambiente em geral; 
e) A elaboração de um sistema social garantindo emprego, segurança 
social e respeito a outras culturas, e 
f) Programas de educação. 
6 aspectos descritos por Ignacy Sachs em 1973: 
O Relatório Brundtland 1987 
Comissão Mundial (da ONU) sobre o Meio Ambiente e o 
Desenvolvimento 
 
 
a)Limitação do crescimento populacional; 
b)Garantia da alimentação a longo prazo; 
c)Preservação da biodiversidade e dos ecossistemas; 
d)Diminuição do consumo de energia e desenvolvimento de 
tecnologias que admitem o uso de fontes energéticas renováveis; 
e)Aumento da produção industrial nos países não-industrializados à 
base de tecnologias eclogicamente adaptadas; 
f) Controle da urbanização selvagem e integração entre campo e 
cideades menores; 
g)as necessidades básicas devem ser satisfeitas. 
Não questiona o crescimento econômico 
“A conservação da natureza talvez seja uma 
pré-condição do crescimento econômico, já 
que o consumo futuro depende em grande 
medida do estoque de capital natural. A 
conservação é, sem nenhuma dúvida uma 
pré-condição do Desenvolvimento 
Sustentável, unindo o conceito ecológico de 
capacidade de sustento (carryng capacity), 
com os conceitos econômicos de 
crescimento e desenvolvimento” 
Jeffrey McNeely 1988 
Para Vizeu (2012) Em sua versão sustentável, o ideal 
desenvolvimentista do modo de produção capitalista pressupõe a 
possibilidade do aumento da riqueza e prosperidade social sem que 
isto necessariamente implique aumento da degradação ambiental e 
das injustiças sociais. Entretanto, essa pretensão do sistema 
capitalista é essencialmente utópica, tendo em vista que, 
considerando seus fundamentos históricos, os princípios de 
sustentação social e política do capitalismo tardio são irreconciliáveis 
com a apropriada atenção aos problemas ecológicos e sociais 
contemporâneos, sobretudo, ao se notar que os elementos 
constituintes do capitalismo não se desvinculam de uma concepção 
política liberal, centrada da hegemonia de uma ideologia burguesa que 
apregoa o sucesso econômico como o único caminho possível para a 
sociedade. 
"O mecanismo de Redução de Emissão por Desmatamento e 
Degradação (REDD) não diminuirá a poluição. É uma farsa. Na 
verdade, na melhor das hipóteses, significa trocar 'seis por meia 
dúzia'. As empresas poluidoras dos países ricos do norte pagarão para 
os países do sul e continuarão a poluir. Nesse contexto, povos 
indígenas estão sendo assediados por ONGs a serviço das empresas 
do norte para que firmem contrato cedendo suas terras e florestas 
para a captura de CO2. 
 
Com o Pagamento por Serviços Ambientais (PSA), a relação com a 
natureza passa a ser mercantilista, ou seja, os princípios de respeito 
do ser humano para com a natureza passam a ter valor de mercado e 
medidos nas bolsas de valores. O dinheiro resolve tudo, paga tudo”. 
Fonte: http://www.cimi.org.br/site/pt-br/?system=news&conteudo_id=6089&action=read&page=4 
•O mito da pobreza degradadora do 
meio ambiente 
 
 
•Tecnologia (da riqueza) possibilita a 
sustentabilidade? 
Pressão da “população” sobre os recursos 
 
 
Pressão da “produção” sobre os recursos 
Joan Martínez Alier (1998) 
O desenvolvimento sustentável passou a ser 
um discurso utilizado amplamente, inclusive 
pelo Banco Mundial. 
 
 
 
Mais apropriado que Desenvolvimento 
Sustentável seria Capitalismo Verde 
Bibliografia básica: 
•BOURG, Dominique. Os sentimentos da natureza. Lisboa: Instituto Piaget, 1993. 266p. 
COSTANZA, Robert et al. The value of the world’s ecosystem 
services and natural capital. In.: NATURE, VOL 387, 15 MAY 1997. pp 253-260. 
DIAS,Guilherme Vieira; TOSTES , José Glauco Ribeiro Desenvolvimento sustentável: do ecodesenvolvimento 
ao capitalismo verde. In: REVISTA DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE GEOGRAFIA. Vol 2, Número 2, 2007-2009. 
•DIEGUES, Antonio Carlos Sant’Ana. Mito moderno da natureza intocada. São Paulo: NUPAUB/USP, 1994. 
163p. 
•DIEGUES, Antonio Carlos Sant’Ana (Org.). Etnoconservação. Novos rumos pra a proteção da natureza nos 
trópicos. São Paulo: Hucitec/Annablume/Nupaub, 2000. 
•GONÇALVES, Carlos Walter Porto, Os descaminhos do meio ambiente. São Paulo: Contesto. 2000. 
•LARRERE, C; LARRERE, R. Do bom uso da natureza. Lisboa. 
•LENOBLE, R. História da idéia de natureza. Lisboa: Edições 70, 1969. 367 p. 
•BALÉE, William. Historical Ecology: premises and postulates. In: BALÉE, William. Advances in historical 
ecology. Nova Iorque: Colombia University Press, 1998. p. 13-29.. 
•LEFF, Enrique. Racionalidade ambiental. A reapropriação social da natureza. Rio de Janeiro: 
Civilização Brasileira, 2006. 555p. 
•PONTING. Uma história verde do mundo. 1995. 
•VENTURI, Luis Antonio Bittar. Recurso natural: a construção de um conceito. In.: Geousp. Número 20. 
2006. 
•VIZEU, Fabio; MENEGHETTI, Francis Kanashiro; Seifert, RENE EugenioPor uma crítica ao conceito de 
desenvolvimento sustentável. In.: Cad. EBAPE.BR, v. 10, no 3, artigo 6, Rio de Janeiro, Set. 2012 pp. 569-583.

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