Sistema circulatório

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Maria Vitória Videira São João 
 
Sistema circulatório 
 
Pericárdio 
→ é um saco fibro-seroso que envolve o coração 
→ tem como função separar o coração dos outros 
órgãos do mediastino e limitar sua expansão durante 
a diástole ventricular 
→ possui uma camada externa fibrosa (pericárdio 
fibroso) 
→ possui uma camada interna serosa (pericárdio 
seroso) 
→ o pericárdio seroso possui ainda duas lâminas, uma 
que está aderida ao pericárdio fibroso (lâmina 
parietal) e a outra aderida ao miocárdio (lâmina 
visceral ou epicárdio) 
→ entre as 2 lâminas do pericárdio seroso existe uma 
cavidade virtual, ocupada por uma camada de líquido 
que permite o deslizamento de uma lâmina contra a 
outra durante mudanças de volume no coração 
 
Coração 
→ é o órgão central do sistema circulatório 
→ é um órgão muscular oco, que funciona como uma 
bomba contrátil-propulsora 
 
 
 
 
→ o tecido muscular é formado pelo miocárdio 
(camada média), endocárdio (camada interna) e 
epicárdio (camada externa- serosa) 
→ o coração possui uma contratilidade própria ou 
inerente 
 
 
 
→ o coração necessita de grade quantidade de O2, 
que é garantido pelo suprimento sanguíneo fornecido 
pelas artérias coronárias que o irrigam 
→ é dividido em 4 câmaras (dois átrios e dois 
ventrículos) 
→ entre os átrios e ventrículos há valvas 
 
 
 
Forma do coração 
→ o coração tem forma aproximada de um cone 
truncado 
→ apresenta uma base, sem uma delimitação nítida 
pelo fato de corresponder à área ocupada pelos 
grandes vasos do coração 
→ apresenta um ápice, composto principalmente 
pelo ventrículo esquerdo 
→ apresenta faces (pulmonar, esternocostal e 
diafragmática) 
Situação/ localização 
→ o coração está situado na cavidade torácica, atrás 
do esterno e superior ao músculo diafragma 
→ situado no espaço situado entre os sacos pleurais, 
chamado de mediastino 
→ a maior parte do coração está localizado no plano 
mediano 
→ o coração possui a base situada à direita e 
posteriormente e o ápice situado à esquerda e 
anteriormente 
 
 
 
 
Morfologia interna 
6 Septos 
→ quando as paredes do coração são abertas 
verificamos septos 
→ tem função de subdividir o coração em 4 câmaras 
Septo atrioventricular 
→ septo horizontal 
→ divide o coração em 2 porções, parte superior e 
inferior 
Septo interatrial 
→ septo sagital 
→ divide os átrios em direito e esquerdo 
Septo interventricular 
→ fica na porção inferior 
→ divide os ventrículos em esquerdo e direito 
6 Aurículas 
→ cada átrio possui um apêndice, que é visto na 
superfície externa do coração, que se assemelham a 
uma orelha de animal, recebendo o nome de aurícula 
6 Óstios atrioventriculares 
→ são orifícios 
→ possibilitam a comunicação do átrio esquerdo com 
o ventrículo direito e o átrio esquerdo com o 
ventrículo direito 
→ onde encontramos as valvas 
6 Valvas atrioventricular 
Possuem em torno de 280-340g mas pode mudar 
de acordo com a exigência que recebe 
(hipertrofia e não hiperplasia) 
O coração quando é removido do corpo e 
perfundido em soro fisiológico continua a bater 
As valvas são dispositivos orientadores de 
corrente sanguínea e se localizam em orifícios 
Disposto obliquamente, forma um ângulo de 40º 
com o plano horizontal e com o plano mediano 
do corpo 
Anatomia 
“A alegria passageira de Rebeca” 
 
Maria Vitória Videira São João 
 
→ são dispositivos que permitem a passagem do 
sangue somente do átrio para o ventrículo 
→ a valva é formada por uma lâmina de tecido 
conectivo denso e é recoberta em ambas as faces 
pelo endocárdio 
→ a lâmina de tecido é descontínua e apresenta 
subdivisões incompletas, que recebem o nome 
válvulas ou cúspide 
 
 
 
 
Valva atrioventricular direita 
→ possui 3 válvulas e recebe o nome de valva 
tricúspide 
Valva atrioventricular esquerda 
→ apresenta 2 válvulas e recebe o nome de valva 
bicúspide ou mitral 
 
Morfologia externa 
 → base -> superior e posterior 
→ ápice -> inferior, arredondado, lateralizado para a 
esquerda e anterior 
→ face pulmonar direita e esquerda -> encontrada 
do lado dos pulmões 
→ face diafragmática -> parte inferior, localizado 
acima do diafragma 
→ face esternocostal -> parte anterior, sendo 
limitada pelo esterno e a costela 
→ aurícula direita -> semelhante a uma orelha, é 
uma bolsa muscular cônica que aumenta a 
capacidade do átrio 
→ aurícula esquerda -> parte remanescente da parte 
esquerda do átrio primitivo 
→ sulco coronário -> indica a divisão entre o átrio e 
os ventrículos. Ele circunda quase completamente o 
coração 
→ sulco interventricular anterior -> divide o coração 
em duas metades e cada uma das metades 
apresentam 2 câmaras (átrios e ventrículos) 
→ sulco interventricular posterior -> divide o 
coração em duas metades e cada uma das metades 
apresentam 2 câmaras (átrios e ventrículos) 
→ átrio direito -> é anterior ao átrio esquerdo e está 
à direita do ventrículo direito 
→ átrio esquerdo -> está situado posteriormente no 
coração, quase no plano mediano 
→ ventrículo direito -> o ventrículo direito é anterior 
e esquerdo 
→ ventrículo esquerdo -> apresenta a musculatura 
mais espessa das 4 cavidades, fica posteriormente e à 
esquerda do ventrículo direito 
→ aorta 
→ tronco pulmonar -> situa-se posteriormente e a 
esquerda da artéria aorta e pode-se dividir em 
artérias pulmonares direitas e esquerdas 
→ artéria pulmonar direita -> passa sob o arco da 
aorta e penetra no hilo do pulmão direito 
→ artéria pulmonar esquerda -> continua seu trajeto 
para a esquerda e se dirige ao hilo do pulmão 
esquerdo 
→ veias pulmonares direitas -> situadas 
posteriormente as artérias pulmonares e penetram 
nas paredes laterais do átrio esquerdo 
→ veias pulmonares esquerdas -> situadas 
posteriormente as artérias pulmonares e penetram 
nas paredes laterais do átrio esquerdo 
→ veia cava superior -> trazem o sangue venoso da 
circulação sistêmica para o coração e desembocam 
no átrio direito 
→ veia cava inferior -> trazem o sangue venoso da 
circulação sistêmica para o coração e desembocam 
no átrio direito 
 
Vasos da base 
→ os vasos através dos quais o sangue chega ou sai 
do coração têm suas raízes situadas na base deste 
órgão 
desembocam no átrio direito 
→ veia cava superior 
→ veia cava inferior 
desembocam no átrio esquerdo 
→ veias pulmonares (4 no total- duas em cada 
pulmão) 
Partem do ventrículo direito 
→ sai o tronco pulmonar que em um curto trajeto se 
bifurca nas artérias pulmonares direita e esquerda, 
que vão para os respectivos pulmões 
→ presença da valva do tronco pulmonar, que impede 
o retorno do sangue por ocasião do enchimento dos 
ventrículos (diástole ventricular) 
Partem do ventrículo esquerdo 
As valvas são fixadas aos músculos papilares por 
meio de cordas tendíneas, evitando o refluxo de 
sangue durante a sístole (contração) 
 
Maria Vitória Videira São João 
 
→ artéria aorta, que forma o arco da aorta 
→ presença da valva da aorta, que impede o retorno 
do sangue por ocasião do enchimento dos ventrículos 
(diástole ventricular) 
Circulação do sangue 
→ a circulação é a passagem do sangue através do 
coração e dos vasos 
→ a circulação acontece por meio de duas correntes 
sanguíneas 
6 1ª corrente 
→ sai do ventrículo direito através do tronco 
pulmonar e se dirige aos capilares pulmonares, onde 
ocorre a hematose (troca de CO2 por O2 no sangue) 
→ o sangue agora oxigenado é levado para as veias 
pulmonares e é lançado no átrio esquerdo, que 
passará pelo ventrículo esquerdo 
6 2ª corrente 
→ sai do ventrículo esquerdo por meio da aorta, a 
qual sofre sucessivas ramificações até chegar em 
todos os tecidos do organismo, onde existem vasos 
capilares responsáveis pela troca gasosa entre o 
sangue e o tecido 
→ após a troca, o sangue rico em CO2 e resíduos 
retorna ao coração por meio de veias (tributárias) que 
desembocam no átrio direito onde o sangue passará 
para o ventrículo direito 
Tipos de circulação 
 
6 Circulação pulmonarou pequena circulação 
→ tem início no ventrículo direito 
→ o sangue é bombeado para a rede capilar do 
pulmão, sofrendo hematose 
→ o sangue oxigenado retorna ao átrio esquerdo 
→ circulação “coração-pulmão- coração” 
6 Circulação sistêmica ou grande circulação 
→ tem início no ventrículo esquerdo 
→ o sangue é bombeado para a rede de capilar dos 
tecidos de todo o organismo 
→após as trocas, o sangue retorna ao coração por 
meio de veias que desembocam no átrio direito 
→ circulação “coração-tecidos-coração” 
6 Circulação colateral 
→ normalmente existem anastomoses 
(comunicação) entre artérias ou veias 
→ normalmente não há muito sangue circulando por 
meio destas comunicações, mas em caso de 
obstrução de um vaso mais calibroso o sangue passa 
a circular ativamente por essas variantes 
 
 
 
 
 
6 Circulação portal 
→ uma veia ou uma artéria interpõe-se entre duas 
redes de capilares, sem passar por um órgão 
intermediário 
Vasos sanguíneos 
→ constituem uma rede fechada de tubos ou canais, 
pelos quais circula o sangue graças a contração 
rítmica do coração 
→ os vasos sanguíneos incluem as artérias, veias e 
capilares sanguíneos 
→ com exceção dos capilares, são formados por 
túnicas (externa, média e íntima) 
Artérias 
→ são vasos cilíndricos, elásticos, nos quais o sangue 
circula centrifugamente em relação ao coração 
→ as vezes só se percebe a pulsação em casos de 
palpação 
6 Calibre 
→ podem ser classificadas em grande, médio e 
pequeno calibre, além de arteríolas 
Grande calibre ou elásticas 
→ possuem diâmetro interno de 7mm 
→ aorta, tronco bronquiocefálico, subclávia 
Médio calibre ou distribuidoras 
→ tem entre 5 a 7 mm 
→ a maioria das artérias do corpo 
Pequeno calibre 
→ tem entre 0,5 a 2,5 mm 
Arteríolas 
→ possuem espessura menor que 0,5mm 
→são os menores ramos das artérias e oferecem 
menor resistência ao fluxo sanguíneo 
→ contribuem para reduzir a velocidade do sangue 
antes de passar para os capilares 
6 Elasticidade 
→ as artérias possuem elasticidade a fim de manter o 
fluxo sanguíneo constante 
→ as artérias podem se expandir para conter maior 
volume de sangue 
→ podem se distender no sentido longitudinal, mas 
em geral, as artérias se encontram tensionadas no 
sentido longitudinal 
6 Ramos 
→ a artérias emitem ramos terminais e colaterais 
Ramos terminais 
Conclui-se que a circulação colateral é um 
mecanismo de defesa para irrigar ou drenar 
determinado território quando há obstrução de 
veias e artérias de relativo calibre 
 
Maria Vitória Videira São João 
 
→ quando as artérias emitem seus ramos e eles 
sofrem bifurcação 
 
 
 
Ramos colaterais 
→ a artéria emite ramos e o tronco de origem segue 
junto com esses ramos 
→ os ramos colaterais saem das artérias sob ângulos 
diversos 
 
 
 
 
→ essa angulação é funcional, pois permite ao sangue 
circular com mais facilidade e no mesmo sentido da 
corrente da artéria de origem 
 
 
 
→ ocorre a diminuição da velocidade da circulação do 
sangue 
 
 
 
→ permite que a circulação do sangue ocorra de 
forma contrária da artéria de origem 
6 Número 
→ o número de artérias que irrigam um determinado 
órgão é muito variável 
→ não está ligado ao volume do órgão, e sim com a 
sua importância funcional e com a sua atividade em 
determinados momentos (rim e baço) 
6 Situação 
→ podem ser superficiais ou profundas 
Artérias superficiais 
→ em geral são oriundas de artérias musculares e se 
destinam à pele 
→ possuem calibre reduzido e distribuição irregular 
Artérias profundas 
→ são as mais comuns 
→ são funcionais, pois as artérias ficam protegidas 
→ as artérias possuem “filia” pelos ossos e “fobia” 
pela pele 
→ no nível das articulações, as artérias ficam situadas 
na face de flexão, onde ficam mais protegidas contra 
tração 
→ as artérias profundas são acompanhadas por 1 a 2 
veias, as veias possuem o mesmo trajeto, calibre 
semelhante e em geral o mesmo nome das artérias 
que as companha (conhecidas como veias satélites) 
→ as artérias podem estar com veias e nervos, esse 
conjunto recebe um nome específico (feixe vásculo-
nervoso) 
 
 
 
 
 
 
 
6 Nomenclatura 
→ existem 4 critérios mais comuns 
→ localização -> a. braquial 
→ direção -> a. circunflexa da escápula 
→ órgão irrigado -> a. renal 
→ peça óssea contígua -> a. femoral 
Veias 
→ são vasos nos quais o sangue circula 
centripetamente em relação ao coração 
→ transportam o sangue que já sofreu trocas com os 
tecidos 
6 formas 
→ é variável de acordo com a quantidade de sangue 
que passa no seu interior 
→ quando cheias de sangue as veias são mais ou 
menos cilíndricas e quando pouco cheia mostram 
uma secção elíptica 
→ algumas veias tem a presença de válvulas 
6 calibre 
→ podem ser classificadas em grande, médio e 
pequeno calibre, além de vênulas (se comunicam com 
os capilares) 
→ as veias em geral possuem mais calibre que as 
artérias correspondentes 
→ as veias possuem menor tensão em suas paredes, 
dessa forma são muito compressíveis 
6 formação das veias (afluentes ou tributárias) 
→ afluentes vão confluindo no leito principal que vai 
se tornando progressivamente mais volumoso 
→ as veias recebem numerosa tributárias e seu 
calibre aumente à medida que se aproxima do 
coração (ao contrário das artérias) 
6 número 
→ o número das veias é maior do que o número das 
artérias 
→ isso é explicado pelo fato de cada artéria ser 
acompanhada por 2 veias satélites normalmente 
(existem exceções, no pênis e no cordão umbilical há 
2 artérias acompanhando 1 veia) e também pela rede 
de veias superficiais que não acompanham as artérias 
 
 
 
 
 
6 situação 
veias superficiais 
→ são subcutâneas e muitas vezes visíveis por 
transparência na pele 
→ são mais calibrosas no pescoço e nos membros 
→ essas veias drenam o sangue da circulação cutânea 
e recebem sangue da circulação profunda 
A artéria braquial no nível do cotovelo sofre 
bifurcação e se divide em artérias radial e ulnar 
O mais frequente é a artéria originar o ramo 
colateral formando um ângulo agudo voltado 
para o coração 
O ramo colateral pode formar um ângulo reto 
com a artéria tronco 
O ramo colateral pode formar um ângulo obtuso 
com a artéria tronco 
Alguns seguimentos das artérias profundas 
apresentam trajetos superficiais (a. radial. A. 
femoral...) podendo pesquisar a pulsação 
Levar em consideração também que as veias 
carregam menos volume de sangue e em uma 
velocidade menor do que nas artérias 
 
Maria Vitória Videira São João 
 
→ são volumosas e facilmente visíveis em indivíduos 
musculosos e menos nítidas no sexo feminino 
→ não são acompanhadas pelas artérias 
 
 
 
Veias profundas 
→ podem ser solitárias (não acompanhar artérias) ou 
satélites (acompanhar artérias) 
 
muitas veias superficiais se comunicam com as 
profundas, recebendo o nome de veias comunicantes 
 
→ as veias da cabeça e do tronco sofrem 2 diferentes 
classificações, chamadas de viscerais quando drenam 
as vísceras ou órgãos e parietais, quando drenam as 
paredes daqueles segmentos 
6 Válvulas 
→ á presença de válvulas é uma das principais 
características das veias (possuem exceção) 
→ as válvulas são pregas membranosas da camada 
interna da veia, em forma de bolso 
→ quando o sangue contido na veia é impulsionado, 
ele comprime a válvula de encontro à parede do vaso, 
circulando livremente no sentido do coração 
→ pode haver mais de uma válvula em um mesmo 
ponto da veia, é frequente encontrar 2 e raramente 3 
→ a insuficiência da válvula impossibilita o completo 
refluxo do sangue, caso haja a insuficiência de muitas 
válvulas de uma mesma veia provoca sua dilatação e 
consequentemente a estase sanguínea (varizes) 
Capilares sanguíneos 
→ são vasos microscópicos, interposto entre veias e 
artérias 
→ lugar em que ocorre as trocas entre o sangue e os 
tecidos 
→ sua distribuição é quase universal no corpo, e sua 
ausência em tecidos e órgãos é rara (epiderme,cartilagem hialina, córnea...) 
Anastomose 
→ as artérias comunicam-se entre si por meio de 
anastomoses 
→ são conexões entre duas ou mais artérias que 
favorecem a irrigação dos órgãos 
→ são importantes no encéfalo, no coração e 
predominantes ao redor do coração 
→ a importância é que se uma via for obstruída, a 
outra pode ser uma via alternativa (anastomose) para 
irrigar o órgão suprimido 
 
Local onde se faz aplicações de injeções 
endovenosas