Buscar

MODULO II - Aula 1- Mapa de riscos

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

MAPA DE RISCOS AMBIENTAIS 
 
Análise das Condições de Trabalho 
e 
Elaboração do Mapa de Risco 
1. Introdução e Objetivos 
 
2. Conceitos e definições 
 
3. Aspectos Legais 
 
4. Reconhecimento e Avaliação dos Riscos 
 
5. Construção do Mapa de Risco 
 
6. Medidas de Controle 
 
7. Considerações Finais 
 
8. Bibliografia 
 
9. Glossário 
CONTEÚDO 
1. INTRODUÇÃO 
O MAPA DE RISCO constitui-se em uma representação 
gráfica (esboço, croqui ou "layout") de uma das partes ou de 
todos os locais de trabalho, onde se registram os riscos e 
fatores de risco a que os trabalhadores estão sujeitos e que 
são vinculados, direta ou indiretamente, ao processo e 
organização do trabalho e às condições de trabalho. O 
registro dos fatores de risco no desenho do mapa deve ser 
feito da forma mais simples possível, para que seja 
facilmente entendido por todos aqueles que o consultarem. 
Os riscos e fatores de risco podem ser registrados através de 
figuras, cores, ou outros símbolos que os trabalhadores 
considerarem a forma mais fácil de ser entendida. 
 Informar e conscientizar os trabalhadores dos riscos 
existentes no local de trabalho através de um 
instrumento visual. 
 Reunir as informações necessárias para estabelecer 
o diagnóstico da situação de segurança e saúde no 
trabalho, na empresa. 
 Possibilitar, durante a sua elaboração, a troca e 
divulgação de informações entre os trabalhadores, 
bem como estimular sua participação nas atividades 
de prevenção. 
OBJETIVOS DO MAPA DE RISCO 
É o levantamento realizado nos locais de trabalho apontando os riscos que 
são percebidos e observados pelos próprios servidores de acordo com sua 
sensibilidade 
 
 
Mapa de Riscos Ambientais 
Representação gráfica dos riscos existentes nos diversos ambientes da 
empresa. 
 
Risco 
Podemos definir “risco” como sendo a probabilidade de um determinado 
agente causar um dano. O risco intrínseco de um determinado agente é 
variável em função das ações preventivas adotadas. 
2. CONCEITOS E DEFINIÇÕES 
3. ASPECTOS LEGAIS 
No campo da legislação, o Mapa de Riscos é introduzido 
primeiramente através de uma portaria do Ministério do 
Trabalho e Emprego de agosto de 1992, colocando-o dentro 
da Norma Regulamentadora 9 - Riscos Ambientais - como 
sendo uma atribuição do empregador: “Realizar o 
mapeamento de riscos ambientais, afixando-o em local visível, 
para informação dos trabalhadores". 
Em 1994 passa a ser atribuição da CIPA realizar o 
mapeamento de risco, sendo apresentado como anexo na 
Norma Regulamentadora 5 - CIPA – estabelecendo ainda a 
metodologia para ser seguida em sua elaboração. 
3. Aspectos Legais 
Em 1999, com a alteração da NR 5 - CIPA - o Mapa de Riscos 
continua sendo atribuição da Comissão Interna de Prevenção de 
Acidentes. Porém, não faz qualquer referência sobre a 
metodologia a ser seguida. Assim, cabe aos integrantes da CIPA 
definir a metodologia a ser empregada. 
Na prática, se convencionou a utilizar a metodologia constante da 
legislação anterior que será apresentada neste curso. 
 
NR 05 – Item 5.16 Atribuições da CIPA : a) Identificar os riscos do 
processo de trabalho e elaborar o mapa de riscos, com a 
participação do maior número de trabalhadores…* 
 
Norma Regulamentadora 5 (NR-5), contida na portaria 3.214 de 
08/06/78 do Ministério do Trabalho, e alterada pela portaria nº 
33/83. 
4. RECONHECIMENTO E AVALIAÇÃO DOS RISCOS 
O reconhecimento e a avaliação dos fatores de 
risco existentes nos locais de trabalho é o ponto 
de partida para elaboração do mapa de riscos e 
adoção de medidas que resultem na eliminação 
ou minimização dos riscos que possam causar 
danos à saúde dos servidores. 
É importante registrar que o levantamento de 
informações e as conversas ou entrevistas com 
servidores são procedimentos muito importantes 
no processo de reconhecimento e avaliação dos 
riscos nos locais de trabalho. 
Formas de Avaliação: 
Para o reconhecimento e avaliação dos riscos existem duas 
modalidades básicas de avaliação, a qualitativa e a quantitativa: 
 
 A avaliação qualitativa é a forma mais simples de 
reconhecimento dos riscos ambientais nos locais de trabalho. 
Trata-se de uma análise subjetiva na qual os riscos são 
avaliados a partir da sensibilidade do avaliador. Através da 
avaliação qualitativa podemos estimar a magnitude dos 
riscos existentes nos locais de trabalho e decidir se é tolerável 
ou não. 
 
 Na avaliação quantitativa é necessário o uso de um método 
científico e a utilização de instrumentos e equipamentos 
destinados à quantificação do risco. Os resultados obtidos são 
comparados com os limites de tolerância definidos na 
legislação trabalhista. 
4.1 Avaliação das Instalações 
 
 Verificar se as instalações estão adequadas às atividades desenvolvidas. 
 Se há ventilação e iluminação adequadas. 
 Verificar se o piso apresenta irregularidade, se há possibilidade de quedas 
e escorregões. 
 Checar se as instalações elétricas estão adequadas, se há fiação exposta 
e se existe para-raios na edificação. 
 Observar se o mobiliário é adequado ao trabalho desenvolvido e se as 
cadeiras possuem ajuste de altura e de encosto. 
 Se a empresa possui e mantém equipamentos de proteção contra 
incêndio, regularmente vistoriados e mantidos em ordem para uso 
imediato. 
 Se a disposição das máquinas e equipamentos está adequada, 
permitindo uma boa circulação de pessoas e materiais e se as partes 
móveis das máquinas estão protegidas. 
 Se as escadas possuem corrimão e se os degraus são escorregadios. 
 Verificar se as condições de conforto e higiene são adequadas (lavatórios, 
bebedouros, vestiários, refeitórios, etc.). 
4. RECONHECIMENTO E AVALIAÇÃO DOS RISCOS 
4.2 Avaliação do Processo de Trabalho 
 
Nesta etapa devemos reconhecer tudo o que diz respeito ao 
processo de trabalho. 
Partindo-se da listagem de todas os materiais e equipamentos de 
trabalho, devemos observar as etapas do processo de trabalho e a 
maneira como as tarefas são realizadas na ordem em que são 
executadas. Devemos ficar atentos para as situações em que 
ocorrem “transtornos do processo de trabalho” (descontinuidades, 
emergências, etc.), a frequência com que isso ocorre e a resposta 
a elas. 
Não esquecer das atividades paralelas ou auxiliares do processo 
principal, como atividades de manutenção e limpeza. 
Não esquecer, também, de verificar se é feito o uso de produtos 
químicos e se há resíduos gerados no processo de trabalho e o 
que é feito com eles. 
4. RECONHECIMENTO E AVALIAÇÃO DOS RISCOS 
4.3 Avaliação da Organização do Processo de Trabalho 
 
 Como se organiza o trabalho na unidade? 
 Há mecanismos de controle do trabalho (ritmo, produtividade, modo 
operatório)? 
 Como se dão as relações sociais na unidade? Como são orientados 
os encarregados, gerentes e chefes? Como eles se relacionam com 
os servidores? Quais as formas usadas pelos gerentes/chefes para 
passar orientações? 
 Como estão estabelecidas as jornadas de trabalho nos diversos 
setores (diária, semanal, turnos, rodízios, folgas, pausas e horas 
extras)? 
 Existem atividades que envolvam o levantamento manual de 
cargas? - Qual o peso dessas cargas? 
 As tarefas realizadas exigem movimentos repetitivos, posturas 
inadequadas? O trabalho é monótono? 
4.4 Avaliação dos Riscos Ambientais 
 
Através de uma Avaliação Qualitativa podemos avaliar as seguintes situações: 
 
 Existe ruído nos ambientes de trabalho? Quais são as fontes de ruído? Ele 
se mantém durante toda a jornada de trabalho? 
 Os locais de trabalho são muito quentes? Existe fonte de calor importante? 
 Observa-se no ambiente de trabalho a presença de poeiras, fumaças e 
cheiro de produtos químicos? 
 As atividades exercidas envolvem o uso de produtos químicos? Se sim, 
verificar o nome químico (não
comercial) e buscar na internet informações 
sobre a toxicidade do produto. 
 No trabalho exercido há risco de contato com material biológico? 
 No trabalho exercido ocorre exposição a radiação devido ao uso de Raio X 
(radiação ionizante)? 
4. Reconhecimento e Avaliação dos Riscos 
4.5 Classificação dos Riscos 
 
De acordo com a literatura técnica são considerados 
riscos ambientais os agentes físicos, químicos e 
biológicos, além de riscos ergonômicos e riscos de 
acidentes, existentes nos locais de trabalho e que 
podem causar danos à saúde dos servidores. 
4. RECONHECIMENTO E AVALIAÇÃO DOS RISCOS 
RUÍDO: é definido como um som indesejável, geralmente 
produzido por máquinas e equipamentos, que pode causar 
desde um incômodo até levar a perda da audição. 
VIBRAÇÃO: é causado por motores e equipamentos pneumáticos que 
transmitem a energia através do ar e de materiais sólidos, pisos, lajes 
e paredes. 
RADIAÇÃO IONIZANTE: São emissões de energia em diversos 
níveis, ultra-violeta, raio-X, raio gama e partículas alfa e beta; 
capazes, de ao entrar em contato com elétrons de um átomo, 
provocar a ionização dos mesmos. 
4.5.1 RISCOS FÍSICOS 
RADIAÇÃO NÃO-IONIZANTE: Ao contrário da anterior, não tem 
poder de ionização e pode causar contrações cardíacas, debilitação 
do sistema nervoso central, catarata ou até mesmo a morte. 
 
PRESSÕES ANORMAIS 
Hipobárica: ocorre em elevadas altitudes podendo provocar 
coceira na pele, dores musculares, vômitos, hemorragias pelo 
ouvido e ruptura do tímpano. 
 
FRIO 
CALOR 
UMIDADE 
4.5.1. RISCOS FÍSICOS 
Neste grupo encontram-se presentes os fatores gerados 
pelo uso ou manuseio de substâncias ou produtos 
químicos existentes, exclusivamente, no processo de 
trabalho. 
 
Consideram-se agentes de riscos químicos as 
substâncias, compostos ou produtos que possam na 
forma líquida, sólida ou gasosa atingir o servidor pela via 
respiratória, dérmica ou digestiva. Geralmente 
encontram-se dispersos no ar, nas formas de poeiras, 
fumos, gases, neblinas, névoas ou vapores. 
4.5.2. RISCOS QUÍMICOS 
Os agentes químicos podem estar presentes nos locais 
de trabalho, na forma líquida, sólida e gasosa. 
Na forma líquida e sólida a exposição pode ocorrer 
através do contato do produto químico com as partes do 
corpo, principalmente mãos e braços. Isso pode ocorrer 
quando há manipulação do produto químico ou de forma 
acidental. 
Porém a principal forma de contaminação dos servidores, 
com produto químico pode ocorrer através da inalação de 
contaminantes atmosféricos. Os contaminantes 
atmosféricos podem se apresentar no ambiente de 
trabalho na forma de gás, vapor, poeiras, fumos, neblinas 
e névoas. 
4.5.2. RISCOS QUÍMICOS 
Agentes Químicos e suas formas 
 
GÁS: é a denominação dada às substâncias onde a temperatura 
ambiente está no estado gasoso. 
•Ex.: Hidrogênio, Oxigênio, Nitrogênio. 
 
VAPOR: é a fase gasosa de uma substância onde a temperatura 
ambiente está no estado líquido. 
•Ex.: vapor de gasolina, vapor de álcool. 
 
POEIRAS: são partículas de pequenas dimensões produzidas por 
ações mecânicas como moagem e trituração de substâncias sólidas. O 
tamanho das partículas que podem atingir os pulmões é de 1 a 10 
micra. (1 mícron = 1 milésimo do milímetro). 
•Ex.: poeira de madeira, poeira de sílica e poeira de giz. 
4.5.2. RISCOS QUÍMICOS 
Agentes Químicos e suas Formas 
 
FUMOS: são partículas sólidas em suspensão no ar, produzidas pelo 
aquecimento de substâncias que são sólidas à temperatura normal. 
•Ex.: Fumos metálicos gerados no processo de soldagem, fumos plásticos 
gerados na decomposição térmica de materiais plásticos, etc.. 
 
NÉVOAS: são micropartículas líquidas, produzidas pela ação mecânica sobre 
substâncias líquidas. Também podem ser geradas pelo arraste de gases 
presentes nos líquidos. 
•Ex.: Névoas de tintas aplicadas com pistola. 
 
NEBLINAS: são partículas líquidas, produzidas por condensação de vapores 
de substâncias que são líquidas a temperatura ambiente. 
4.5.2. RISCOS QUÍMICOS 
Consideram-se como agentes de risco biológico, as 
bactérias, vírus, fungos e parasitos, entre outros. 
Refeitórios, instalações sanitárias e vestiário em más 
condições de higiene e limpeza também são 
condições que oferecem risco de contaminação 
biológica aos servidores. 
4.5.3 RISCOS BIOLÓGICOS 
São os agentes caracterizados pela falta de adaptação das condições de 
trabalho às características psicofisiológicas do servidor. 
Entre os agentes ergonômicos mais comuns estão: 
 Esforço físico intenso. 
 Levantamento e transporte manual de peso. 
 Postura inadequada. 
 Controle rígido de produtividade. 
 Imposição de ritmos de trabalho excessivos. 
 Trabalho em turno ou noturno.* 
 Jornada prolongada de trabalho. 
 Monotonia e repetividade. 
 Outras situações causadoras de “stress” físico e/ou psíquico. 
4.5.4.RISCOS ERGONÔMICOS 
São aqueles fatores de risco que comprometem a segurança dos 
servidores nos locais de trabalho e que são desencadeadores de 
acidentes. Estes fatores estão vinculados às condições das 
instalações, materiais de trabalho, máquinas e equipamentos. 
 
 
 Neste grupo estão incluídos arranjo físico inadequados ou 
deficientes de máquinas e equipamentos defeituosos, ferramentas 
defeituosas, inadequadas ou inexistentes, eletricidade, sinalização, 
perigo de incêndio ou explosão, transporte de materiais, edificações, 
armazenamento inadequado, etc. 
4.5.5. RISCOS DE ACIDENTES 
4.6 TABELA DE CLASSIFICAÇÃO DOS RISCOS 
RISCOS 
FÍSICOS 
RISCOS 
QUÍMICOS 
RISCOS 
BIOLÓGICOS 
RISCOS 
ERGONÔMICOS 
RISCOS DE 
ACIDENTES 
Ruído. 
Vibrações. 
Radiações. 
Frio. 
Calor. 
Pressões anormais. 
Umidade 
Poeiras. 
Fumos. 
Névoa. 
Neblinas. 
Gases. 
 
Vapores. 
 
Substâncias químicas 
em geral. 
Vírus. 
Bactérias. 
Protozoários. 
Fungos. 
Parasitas. 
Bacilos 
 
Obs: Animais 
peçonhentos. 
Só para efeito do 
eSocial. 
Esforço físico intenso. 
 
Levantamento e transporte 
manual de peso. 
 
Exigência de postura 
inadequada. 
 
Controle rígido de 
produtividade. 
Imposição de ritmos 
excessivos. 
 
Trabalho em turnos e 
noturno. 
 
Jornadas de trabalho 
prolongadas. 
 
Monotonia e repetividade. 
Arranjo físico inadequado. 
 
Máquinas e equipamentos 
sem proteção. 
 
Ferramentas inadequadas 
ou defeituosas. 
 
Iluminação inadequada 
eletricidade. 
 
Probabilidade de incêndio 
ou explosão. 
 
Armazenamento 
inadequado. 
Animais peçonhentos. 
Outros. 
5. CONSTRUÇÃO DO MAPA DE RISCOS 
5.1 Etapas de elaboração 
 
a.) Conhecer o processo de trabalho do local avaliado: 
 Servidores: número, sexo, idade, queixas de saúde, jornada, treinamento recebido; 
 Equipamentos, instrumentos e materiais de trabalho; 
 Atividades exercidas; 
 Ambiente. 
 
b.) Identificar os agentes de riscos existentes no local avaliado, conforme a tabela de 
classificação dos riscos ambientais. 
 
c.) Identificar as medidas preventivas existentes e sua eficácia referente a: 
 Proteção coletiva; 
 Organização do trabalho; 
 Proteção individual; 
 Higiene e conforto: banheiro, lavatórios, vestiários, armários, bebedouros, refeitórios. 
5. CONSTRUÇÃO DO MAPA DE RISCOS 
5.1 Etapas de elaboração 
 
d.) Levantar informações sobre indicadores de saúde: 
 Queixas mais frequentes e comuns entre os servidores expostos aos mesmos 
riscos; 
 Acidentes de trabalho ocorridos; 
 Doenças profissionais diagnosticadas; 
 Causas mais frequentes de ausência ao trabalho. 
 
e.) Elaborar o Mapa de Riscos, sobre uma planta ou desenho do local de trabalho, 
indicando através do círculo: 
 O grupo a que pertence o risco, conforme as cores classificadas; 
 O número de servidores expostos ao risco, o qual deve ser anotado dentro do 
círculo; 
 A especificação do agente
(por exemplo: amônia, ácido clorídrico, risco 
ergonômico, repetitividade, ritmo excessivo) que deve ser anotado também 
dentro do círculo); 
 A intensidade do risco, de acordo com a percepção dos servidores, representada 
por tamanhos proporcionalmente diferentes dos círculos. 
5. CONSTRUÇÃO DO MAPA DE RISCOS 
Físico 
Químico 
 
Biológico 
Ergonômico 
Acidente 
5.2 Simbologia Utilizada para Identificar o Tipo de Risco 
 
Para cada tipo de risco se utiliza uma cor 
5. CONSTRUÇÃO DO MAPA DE RISCOS 
5.2 Simbologia a ser Utilizada para identificar o Grau de Risco 
 
O grau de risco pode ser identificado através de círculos com diâmetros diferentes conforme 
sua graduação 
Grande – Risco Grave Médio – Risco Médio Pequeno - Risco Leve 
Obs.: Quando num mesmo local há a incidência de mais de um risco de igual gravidade, 
utiliza-se o mesmo círculo, dividindo-o em partes, conforme exemplo abaixo. 
5. CONSTRUÇÃO DO MAPA DE RISCOS 
5.3 Exemplo de um Mapa de Risco 
 Físico Ruído 
 Químico Poeiras, gases e névoas 
 Biológico Vírus e bactérias 
 Ergonômico Postura inadequada 
 Acidente Queda de materiais 
PEQUENO 
MÉDIO 
GRANDE 
RISCOS: 
GRAU DE RISCO 
Obs.: numeração dentro de cada 
circulo refere-se a quantidade de 
empregados em cada setor. 
Sala de extração 
de DNA 
Sala de eletroforese 
Escritório 
Escritório Escritório 
Sala de extração 
de DNA 
Sala de PCR 
Sala cultura de célula 
5 
4 
6 
2 3 
5 
2 
2 
ROTA DE FUGA 
6. Medidas de Controle 
São as medidas adotadas para eliminação ou minimização dos 
fatores de riscos. Todas as medidas de proteção supõem o 
controle do agente agressivo (ruído, calor, radiação, etc.). Pode 
ser na sua fonte, num ponto intermediário entre o gerador do 
agente e o servidor ou no próprio servidor. 
 
Hierarquia das medidas de controle em ordem decrescente: 
 
 Controle do risco na fonte 
 Controle na trajetória do risco (ambiente) 
 Controle no receptor do risco (servidor) 
6. MEDIDAS DE CONTROLE 
Medidas de controle na fonte geradora do risco 
 
 Substituição do agente agressivo: 
Consiste em trocar o contaminante por outro que não seja tóxico ou que seja 
menos tóxico. 
Exemplos: 
 Substituição de benzeno por tolueno. 
 Uso de jato abrasivo de granalha de aço, ao invés de jato de areia. 
 
 Alteração do processo ou forma de operação: 
Uma simples modificação no processo ou operação de certos trabalhos, pode 
reduzir ou até eliminar os riscos ambientais. 
Exemplos: 
 Utilização de pintura a imersão no uso de pintura a pistola. 
 Processo úmido de polimento ao invés de processo a seco. 
 Automatização do processo. 
6. MEDIDAS DE CONTROLE 
Medidas de Controle no Ambiente 
 
 Uso de ventilação 
A ventilação é um mecanismo destinado a controlar contaminantes atmosféricos 
na trajetória, de forma a impedir que o servidor seja atingido. 
Há dois tipos principais de ventilação que podem ser aplicados nos ambientes 
de trabalho: 
 
 Ventilação geral diluidora: 
Fornece ar limpo ao ambiente e com isso diminui a concentração do 
contaminante. Esse tipo de ventilação serve também para o controle do calor. 
 
 Ventilação local exaustora: 
Evita que o contaminante disperse no meio ambiente. O contaminante liberado 
no processo produtivo é coletado através de um captor instalado próximo ao 
ponto de liberação do contaminante. Todo sistema de ventilação local exaustora 
deve ser dotado de filtro apropriado. 
6. MEDIDAS DE CONTROLE 
Formas Adicionais para o Controle da Exposição Ocupacional 
 
 Manutenção, ordem e limpeza 
São medidas muito importantes para diminuir os riscos ambientais. A manutenção faz 
com que o equipamento esteja sempre em bom funcionamento. 
A ordem e a limpeza evitam que contaminantes se juntem no ambiente de trabalho. 
 
 Limitação do Tempo de exposição 
O tempo de exposição somado a intensidade ou concentração do agente são 
parâmetros importantes para a ocorrência de agravos à saúde. 
Reduzir o tempo de permanência do servidor em uma determinada tarefa, 
consequentemente, diminui o tempo de exposição ao agente agressivo a sua saúde. 
 
 Educação e Treinamento 
Esta medida é muito importante. Ela ajuda a tornar as outras medidas de controle, 
eficientes. 
Uma boa maneira de evitar o risco é conhecer os seus efeitos e a forma como ele 
acontece. 
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
O Mapa de Riscos não deve ser visto como mais uma tarefa a ser 
executada visando o cumprimento da lei. Ele deve ser encarado como um 
processo de diagnóstico coletivo pelos servidores, das condições de 
trabalho que eles próprios entendem ser prejudiciais à sua saúde. 
O Mapa de Risco deve servir como um processo de explicitação dos 
problemas existentes nos locais de trabalho, apontando as lutas que devem 
ser empreendidas para a melhoria da relação entre o trabalho e a saúde 
dos servidores. 
 
O resultado principal da construção do mapa de risco não é a planta-baixa 
com círculos coloridos representando os riscos encontrados, mas o 
processo educativo e organizativo que deve ser desenvolvido para a sua 
construção. 
8. BIBLIOGRAFIA 
“Segurança e Medicina do Trabalho” Manuais de Legislação Atlas, Editora Atlas S.A., São Paulo 
(Todo ano sai uma publicação atualizada). 
 
MAPFRE -Fundación MAPFRE “Manual de Higiene Industrial”, Madrid, 1991, 854 pgs MAPFRE -, 
Curso de Higiene Industrial, Madrid, 2003, 685 pgs. 
 
OIT- Oficina Internacional del Trabajo, Enciclopedia de Salud y Seguridad em el Trabajo, ,Ministerio 
de Trabajo y Seguridade Social, Madrid, 2007. 
 
ABIQUIM – Associação Brasileira da Indústria Química, 2009, Anuário da Indústria Química 
Brasileira, ABIQUIM, São Paulo, 262 pg. 
 
MACHADO, J.M.H., 1996. Processo de Vigilância em Saúde do Trabalhador. Cadernos de Saúde 
Pública, 13:33-45.. 
 
B R I TO,J. E PORTO,M. (1995) Processo de Trabalho, Riscos e Cargas para a Saúde. 
CESTEH/ENSP/FIOCRUZ, Apostila. 
 
DEPPE, H.-U. (1990) Novas técnicas, medicina do trabalho e saúde. In: Cadernos de Saúde Pública, 
v. 1, n° 4. 
 
“Riscos devido a substâncias químicas”, Cadernos de Saúde do Trabalhador, NR-02, INST, CUT, 
junho 2000 - Freitas. N. B. B. ; Arcuri, A S. A. 
Intrínseco: 
Refere-se ao que está no interior de algo e que 
é essencial para sua existência. 
 
Dérmica: pele. 
 
Psicofisiológicos: Estudo científico das 
relações entre os fenômenos psíquicos e os 
fenômenos fisiológicos. 
COGESS 
DIVISÃO DE PROMOÇÃO À SAÚDE

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando