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MAPA DE RISCOS AMBIENTAIS Análise das Condições de Trabalho e Elaboração do Mapa de Risco 1. Introdução e Objetivos 2. Conceitos e definições 3. Aspectos Legais 4. Reconhecimento e Avaliação dos Riscos 5. Construção do Mapa de Risco 6. Medidas de Controle 7. Considerações Finais 8. Bibliografia 9. Glossário CONTEÚDO 1. INTRODUÇÃO O MAPA DE RISCO constitui-se em uma representação gráfica (esboço, croqui ou "layout") de uma das partes ou de todos os locais de trabalho, onde se registram os riscos e fatores de risco a que os trabalhadores estão sujeitos e que são vinculados, direta ou indiretamente, ao processo e organização do trabalho e às condições de trabalho. O registro dos fatores de risco no desenho do mapa deve ser feito da forma mais simples possível, para que seja facilmente entendido por todos aqueles que o consultarem. Os riscos e fatores de risco podem ser registrados através de figuras, cores, ou outros símbolos que os trabalhadores considerarem a forma mais fácil de ser entendida. Informar e conscientizar os trabalhadores dos riscos existentes no local de trabalho através de um instrumento visual. Reunir as informações necessárias para estabelecer o diagnóstico da situação de segurança e saúde no trabalho, na empresa. Possibilitar, durante a sua elaboração, a troca e divulgação de informações entre os trabalhadores, bem como estimular sua participação nas atividades de prevenção. OBJETIVOS DO MAPA DE RISCO É o levantamento realizado nos locais de trabalho apontando os riscos que são percebidos e observados pelos próprios servidores de acordo com sua sensibilidade Mapa de Riscos Ambientais Representação gráfica dos riscos existentes nos diversos ambientes da empresa. Risco Podemos definir “risco” como sendo a probabilidade de um determinado agente causar um dano. O risco intrínseco de um determinado agente é variável em função das ações preventivas adotadas. 2. CONCEITOS E DEFINIÇÕES 3. ASPECTOS LEGAIS No campo da legislação, o Mapa de Riscos é introduzido primeiramente através de uma portaria do Ministério do Trabalho e Emprego de agosto de 1992, colocando-o dentro da Norma Regulamentadora 9 - Riscos Ambientais - como sendo uma atribuição do empregador: “Realizar o mapeamento de riscos ambientais, afixando-o em local visível, para informação dos trabalhadores". Em 1994 passa a ser atribuição da CIPA realizar o mapeamento de risco, sendo apresentado como anexo na Norma Regulamentadora 5 - CIPA – estabelecendo ainda a metodologia para ser seguida em sua elaboração. 3. Aspectos Legais Em 1999, com a alteração da NR 5 - CIPA - o Mapa de Riscos continua sendo atribuição da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes. Porém, não faz qualquer referência sobre a metodologia a ser seguida. Assim, cabe aos integrantes da CIPA definir a metodologia a ser empregada. Na prática, se convencionou a utilizar a metodologia constante da legislação anterior que será apresentada neste curso. NR 05 – Item 5.16 Atribuições da CIPA : a) Identificar os riscos do processo de trabalho e elaborar o mapa de riscos, com a participação do maior número de trabalhadores…* Norma Regulamentadora 5 (NR-5), contida na portaria 3.214 de 08/06/78 do Ministério do Trabalho, e alterada pela portaria nº 33/83. 4. RECONHECIMENTO E AVALIAÇÃO DOS RISCOS O reconhecimento e a avaliação dos fatores de risco existentes nos locais de trabalho é o ponto de partida para elaboração do mapa de riscos e adoção de medidas que resultem na eliminação ou minimização dos riscos que possam causar danos à saúde dos servidores. É importante registrar que o levantamento de informações e as conversas ou entrevistas com servidores são procedimentos muito importantes no processo de reconhecimento e avaliação dos riscos nos locais de trabalho. Formas de Avaliação: Para o reconhecimento e avaliação dos riscos existem duas modalidades básicas de avaliação, a qualitativa e a quantitativa: A avaliação qualitativa é a forma mais simples de reconhecimento dos riscos ambientais nos locais de trabalho. Trata-se de uma análise subjetiva na qual os riscos são avaliados a partir da sensibilidade do avaliador. Através da avaliação qualitativa podemos estimar a magnitude dos riscos existentes nos locais de trabalho e decidir se é tolerável ou não. Na avaliação quantitativa é necessário o uso de um método científico e a utilização de instrumentos e equipamentos destinados à quantificação do risco. Os resultados obtidos são comparados com os limites de tolerância definidos na legislação trabalhista. 4.1 Avaliação das Instalações Verificar se as instalações estão adequadas às atividades desenvolvidas. Se há ventilação e iluminação adequadas. Verificar se o piso apresenta irregularidade, se há possibilidade de quedas e escorregões. Checar se as instalações elétricas estão adequadas, se há fiação exposta e se existe para-raios na edificação. Observar se o mobiliário é adequado ao trabalho desenvolvido e se as cadeiras possuem ajuste de altura e de encosto. Se a empresa possui e mantém equipamentos de proteção contra incêndio, regularmente vistoriados e mantidos em ordem para uso imediato. Se a disposição das máquinas e equipamentos está adequada, permitindo uma boa circulação de pessoas e materiais e se as partes móveis das máquinas estão protegidas. Se as escadas possuem corrimão e se os degraus são escorregadios. Verificar se as condições de conforto e higiene são adequadas (lavatórios, bebedouros, vestiários, refeitórios, etc.). 4. RECONHECIMENTO E AVALIAÇÃO DOS RISCOS 4.2 Avaliação do Processo de Trabalho Nesta etapa devemos reconhecer tudo o que diz respeito ao processo de trabalho. Partindo-se da listagem de todas os materiais e equipamentos de trabalho, devemos observar as etapas do processo de trabalho e a maneira como as tarefas são realizadas na ordem em que são executadas. Devemos ficar atentos para as situações em que ocorrem “transtornos do processo de trabalho” (descontinuidades, emergências, etc.), a frequência com que isso ocorre e a resposta a elas. Não esquecer das atividades paralelas ou auxiliares do processo principal, como atividades de manutenção e limpeza. Não esquecer, também, de verificar se é feito o uso de produtos químicos e se há resíduos gerados no processo de trabalho e o que é feito com eles. 4. RECONHECIMENTO E AVALIAÇÃO DOS RISCOS 4.3 Avaliação da Organização do Processo de Trabalho Como se organiza o trabalho na unidade? Há mecanismos de controle do trabalho (ritmo, produtividade, modo operatório)? Como se dão as relações sociais na unidade? Como são orientados os encarregados, gerentes e chefes? Como eles se relacionam com os servidores? Quais as formas usadas pelos gerentes/chefes para passar orientações? Como estão estabelecidas as jornadas de trabalho nos diversos setores (diária, semanal, turnos, rodízios, folgas, pausas e horas extras)? Existem atividades que envolvam o levantamento manual de cargas? - Qual o peso dessas cargas? As tarefas realizadas exigem movimentos repetitivos, posturas inadequadas? O trabalho é monótono? 4.4 Avaliação dos Riscos Ambientais Através de uma Avaliação Qualitativa podemos avaliar as seguintes situações: Existe ruído nos ambientes de trabalho? Quais são as fontes de ruído? Ele se mantém durante toda a jornada de trabalho? Os locais de trabalho são muito quentes? Existe fonte de calor importante? Observa-se no ambiente de trabalho a presença de poeiras, fumaças e cheiro de produtos químicos? As atividades exercidas envolvem o uso de produtos químicos? Se sim, verificar o nome químico (não comercial) e buscar na internet informações sobre a toxicidade do produto. No trabalho exercido há risco de contato com material biológico? No trabalho exercido ocorre exposição a radiação devido ao uso de Raio X (radiação ionizante)? 4. Reconhecimento e Avaliação dos Riscos 4.5 Classificação dos Riscos De acordo com a literatura técnica são considerados riscos ambientais os agentes físicos, químicos e biológicos, além de riscos ergonômicos e riscos de acidentes, existentes nos locais de trabalho e que podem causar danos à saúde dos servidores. 4. RECONHECIMENTO E AVALIAÇÃO DOS RISCOS RUÍDO: é definido como um som indesejável, geralmente produzido por máquinas e equipamentos, que pode causar desde um incômodo até levar a perda da audição. VIBRAÇÃO: é causado por motores e equipamentos pneumáticos que transmitem a energia através do ar e de materiais sólidos, pisos, lajes e paredes. RADIAÇÃO IONIZANTE: São emissões de energia em diversos níveis, ultra-violeta, raio-X, raio gama e partículas alfa e beta; capazes, de ao entrar em contato com elétrons de um átomo, provocar a ionização dos mesmos. 4.5.1 RISCOS FÍSICOS RADIAÇÃO NÃO-IONIZANTE: Ao contrário da anterior, não tem poder de ionização e pode causar contrações cardíacas, debilitação do sistema nervoso central, catarata ou até mesmo a morte. PRESSÕES ANORMAIS Hipobárica: ocorre em elevadas altitudes podendo provocar coceira na pele, dores musculares, vômitos, hemorragias pelo ouvido e ruptura do tímpano. FRIO CALOR UMIDADE 4.5.1. RISCOS FÍSICOS Neste grupo encontram-se presentes os fatores gerados pelo uso ou manuseio de substâncias ou produtos químicos existentes, exclusivamente, no processo de trabalho. Consideram-se agentes de riscos químicos as substâncias, compostos ou produtos que possam na forma líquida, sólida ou gasosa atingir o servidor pela via respiratória, dérmica ou digestiva. Geralmente encontram-se dispersos no ar, nas formas de poeiras, fumos, gases, neblinas, névoas ou vapores. 4.5.2. RISCOS QUÍMICOS Os agentes químicos podem estar presentes nos locais de trabalho, na forma líquida, sólida e gasosa. Na forma líquida e sólida a exposição pode ocorrer através do contato do produto químico com as partes do corpo, principalmente mãos e braços. Isso pode ocorrer quando há manipulação do produto químico ou de forma acidental. Porém a principal forma de contaminação dos servidores, com produto químico pode ocorrer através da inalação de contaminantes atmosféricos. Os contaminantes atmosféricos podem se apresentar no ambiente de trabalho na forma de gás, vapor, poeiras, fumos, neblinas e névoas. 4.5.2. RISCOS QUÍMICOS Agentes Químicos e suas formas GÁS: é a denominação dada às substâncias onde a temperatura ambiente está no estado gasoso. •Ex.: Hidrogênio, Oxigênio, Nitrogênio. VAPOR: é a fase gasosa de uma substância onde a temperatura ambiente está no estado líquido. •Ex.: vapor de gasolina, vapor de álcool. POEIRAS: são partículas de pequenas dimensões produzidas por ações mecânicas como moagem e trituração de substâncias sólidas. O tamanho das partículas que podem atingir os pulmões é de 1 a 10 micra. (1 mícron = 1 milésimo do milímetro). •Ex.: poeira de madeira, poeira de sílica e poeira de giz. 4.5.2. RISCOS QUÍMICOS Agentes Químicos e suas Formas FUMOS: são partículas sólidas em suspensão no ar, produzidas pelo aquecimento de substâncias que são sólidas à temperatura normal. •Ex.: Fumos metálicos gerados no processo de soldagem, fumos plásticos gerados na decomposição térmica de materiais plásticos, etc.. NÉVOAS: são micropartículas líquidas, produzidas pela ação mecânica sobre substâncias líquidas. Também podem ser geradas pelo arraste de gases presentes nos líquidos. •Ex.: Névoas de tintas aplicadas com pistola. NEBLINAS: são partículas líquidas, produzidas por condensação de vapores de substâncias que são líquidas a temperatura ambiente. 4.5.2. RISCOS QUÍMICOS Consideram-se como agentes de risco biológico, as bactérias, vírus, fungos e parasitos, entre outros. Refeitórios, instalações sanitárias e vestiário em más condições de higiene e limpeza também são condições que oferecem risco de contaminação biológica aos servidores. 4.5.3 RISCOS BIOLÓGICOS São os agentes caracterizados pela falta de adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas do servidor. Entre os agentes ergonômicos mais comuns estão: Esforço físico intenso. Levantamento e transporte manual de peso. Postura inadequada. Controle rígido de produtividade. Imposição de ritmos de trabalho excessivos. Trabalho em turno ou noturno.* Jornada prolongada de trabalho. Monotonia e repetividade. Outras situações causadoras de “stress” físico e/ou psíquico. 4.5.4.RISCOS ERGONÔMICOS São aqueles fatores de risco que comprometem a segurança dos servidores nos locais de trabalho e que são desencadeadores de acidentes. Estes fatores estão vinculados às condições das instalações, materiais de trabalho, máquinas e equipamentos. Neste grupo estão incluídos arranjo físico inadequados ou deficientes de máquinas e equipamentos defeituosos, ferramentas defeituosas, inadequadas ou inexistentes, eletricidade, sinalização, perigo de incêndio ou explosão, transporte de materiais, edificações, armazenamento inadequado, etc. 4.5.5. RISCOS DE ACIDENTES 4.6 TABELA DE CLASSIFICAÇÃO DOS RISCOS RISCOS FÍSICOS RISCOS QUÍMICOS RISCOS BIOLÓGICOS RISCOS ERGONÔMICOS RISCOS DE ACIDENTES Ruído. Vibrações. Radiações. Frio. Calor. Pressões anormais. Umidade Poeiras. Fumos. Névoa. Neblinas. Gases. Vapores. Substâncias químicas em geral. Vírus. Bactérias. Protozoários. Fungos. Parasitas. Bacilos Obs: Animais peçonhentos. Só para efeito do eSocial. Esforço físico intenso. Levantamento e transporte manual de peso. Exigência de postura inadequada. Controle rígido de produtividade. Imposição de ritmos excessivos. Trabalho em turnos e noturno. Jornadas de trabalho prolongadas. Monotonia e repetividade. Arranjo físico inadequado. Máquinas e equipamentos sem proteção. Ferramentas inadequadas ou defeituosas. Iluminação inadequada eletricidade. Probabilidade de incêndio ou explosão. Armazenamento inadequado. Animais peçonhentos. Outros. 5. CONSTRUÇÃO DO MAPA DE RISCOS 5.1 Etapas de elaboração a.) Conhecer o processo de trabalho do local avaliado: Servidores: número, sexo, idade, queixas de saúde, jornada, treinamento recebido; Equipamentos, instrumentos e materiais de trabalho; Atividades exercidas; Ambiente. b.) Identificar os agentes de riscos existentes no local avaliado, conforme a tabela de classificação dos riscos ambientais. c.) Identificar as medidas preventivas existentes e sua eficácia referente a: Proteção coletiva; Organização do trabalho; Proteção individual; Higiene e conforto: banheiro, lavatórios, vestiários, armários, bebedouros, refeitórios. 5. CONSTRUÇÃO DO MAPA DE RISCOS 5.1 Etapas de elaboração d.) Levantar informações sobre indicadores de saúde: Queixas mais frequentes e comuns entre os servidores expostos aos mesmos riscos; Acidentes de trabalho ocorridos; Doenças profissionais diagnosticadas; Causas mais frequentes de ausência ao trabalho. e.) Elaborar o Mapa de Riscos, sobre uma planta ou desenho do local de trabalho, indicando através do círculo: O grupo a que pertence o risco, conforme as cores classificadas; O número de servidores expostos ao risco, o qual deve ser anotado dentro do círculo; A especificação do agente (por exemplo: amônia, ácido clorídrico, risco ergonômico, repetitividade, ritmo excessivo) que deve ser anotado também dentro do círculo); A intensidade do risco, de acordo com a percepção dos servidores, representada por tamanhos proporcionalmente diferentes dos círculos. 5. CONSTRUÇÃO DO MAPA DE RISCOS Físico Químico Biológico Ergonômico Acidente 5.2 Simbologia Utilizada para Identificar o Tipo de Risco Para cada tipo de risco se utiliza uma cor 5. CONSTRUÇÃO DO MAPA DE RISCOS 5.2 Simbologia a ser Utilizada para identificar o Grau de Risco O grau de risco pode ser identificado através de círculos com diâmetros diferentes conforme sua graduação Grande – Risco Grave Médio – Risco Médio Pequeno - Risco Leve Obs.: Quando num mesmo local há a incidência de mais de um risco de igual gravidade, utiliza-se o mesmo círculo, dividindo-o em partes, conforme exemplo abaixo. 5. CONSTRUÇÃO DO MAPA DE RISCOS 5.3 Exemplo de um Mapa de Risco Físico Ruído Químico Poeiras, gases e névoas Biológico Vírus e bactérias Ergonômico Postura inadequada Acidente Queda de materiais PEQUENO MÉDIO GRANDE RISCOS: GRAU DE RISCO Obs.: numeração dentro de cada circulo refere-se a quantidade de empregados em cada setor. Sala de extração de DNA Sala de eletroforese Escritório Escritório Escritório Sala de extração de DNA Sala de PCR Sala cultura de célula 5 4 6 2 3 5 2 2 ROTA DE FUGA 6. Medidas de Controle São as medidas adotadas para eliminação ou minimização dos fatores de riscos. Todas as medidas de proteção supõem o controle do agente agressivo (ruído, calor, radiação, etc.). Pode ser na sua fonte, num ponto intermediário entre o gerador do agente e o servidor ou no próprio servidor. Hierarquia das medidas de controle em ordem decrescente: Controle do risco na fonte Controle na trajetória do risco (ambiente) Controle no receptor do risco (servidor) 6. MEDIDAS DE CONTROLE Medidas de controle na fonte geradora do risco Substituição do agente agressivo: Consiste em trocar o contaminante por outro que não seja tóxico ou que seja menos tóxico. Exemplos: Substituição de benzeno por tolueno. Uso de jato abrasivo de granalha de aço, ao invés de jato de areia. Alteração do processo ou forma de operação: Uma simples modificação no processo ou operação de certos trabalhos, pode reduzir ou até eliminar os riscos ambientais. Exemplos: Utilização de pintura a imersão no uso de pintura a pistola. Processo úmido de polimento ao invés de processo a seco. Automatização do processo. 6. MEDIDAS DE CONTROLE Medidas de Controle no Ambiente Uso de ventilação A ventilação é um mecanismo destinado a controlar contaminantes atmosféricos na trajetória, de forma a impedir que o servidor seja atingido. Há dois tipos principais de ventilação que podem ser aplicados nos ambientes de trabalho: Ventilação geral diluidora: Fornece ar limpo ao ambiente e com isso diminui a concentração do contaminante. Esse tipo de ventilação serve também para o controle do calor. Ventilação local exaustora: Evita que o contaminante disperse no meio ambiente. O contaminante liberado no processo produtivo é coletado através de um captor instalado próximo ao ponto de liberação do contaminante. Todo sistema de ventilação local exaustora deve ser dotado de filtro apropriado. 6. MEDIDAS DE CONTROLE Formas Adicionais para o Controle da Exposição Ocupacional Manutenção, ordem e limpeza São medidas muito importantes para diminuir os riscos ambientais. A manutenção faz com que o equipamento esteja sempre em bom funcionamento. A ordem e a limpeza evitam que contaminantes se juntem no ambiente de trabalho. Limitação do Tempo de exposição O tempo de exposição somado a intensidade ou concentração do agente são parâmetros importantes para a ocorrência de agravos à saúde. Reduzir o tempo de permanência do servidor em uma determinada tarefa, consequentemente, diminui o tempo de exposição ao agente agressivo a sua saúde. Educação e Treinamento Esta medida é muito importante. Ela ajuda a tornar as outras medidas de controle, eficientes. Uma boa maneira de evitar o risco é conhecer os seus efeitos e a forma como ele acontece. 7. CONSIDERAÇÕES FINAIS O Mapa de Riscos não deve ser visto como mais uma tarefa a ser executada visando o cumprimento da lei. Ele deve ser encarado como um processo de diagnóstico coletivo pelos servidores, das condições de trabalho que eles próprios entendem ser prejudiciais à sua saúde. O Mapa de Risco deve servir como um processo de explicitação dos problemas existentes nos locais de trabalho, apontando as lutas que devem ser empreendidas para a melhoria da relação entre o trabalho e a saúde dos servidores. O resultado principal da construção do mapa de risco não é a planta-baixa com círculos coloridos representando os riscos encontrados, mas o processo educativo e organizativo que deve ser desenvolvido para a sua construção. 8. BIBLIOGRAFIA “Segurança e Medicina do Trabalho” Manuais de Legislação Atlas, Editora Atlas S.A., São Paulo (Todo ano sai uma publicação atualizada). MAPFRE -Fundación MAPFRE “Manual de Higiene Industrial”, Madrid, 1991, 854 pgs MAPFRE -, Curso de Higiene Industrial, Madrid, 2003, 685 pgs. OIT- Oficina Internacional del Trabajo, Enciclopedia de Salud y Seguridad em el Trabajo, ,Ministerio de Trabajo y Seguridade Social, Madrid, 2007. ABIQUIM – Associação Brasileira da Indústria Química, 2009, Anuário da Indústria Química Brasileira, ABIQUIM, São Paulo, 262 pg. MACHADO, J.M.H., 1996. Processo de Vigilância em Saúde do Trabalhador. Cadernos de Saúde Pública, 13:33-45.. B R I TO,J. E PORTO,M. (1995) Processo de Trabalho, Riscos e Cargas para a Saúde. CESTEH/ENSP/FIOCRUZ, Apostila. DEPPE, H.-U. (1990) Novas técnicas, medicina do trabalho e saúde. In: Cadernos de Saúde Pública, v. 1, n° 4. “Riscos devido a substâncias químicas”, Cadernos de Saúde do Trabalhador, NR-02, INST, CUT, junho 2000 - Freitas. N. B. B. ; Arcuri, A S. A. Intrínseco: Refere-se ao que está no interior de algo e que é essencial para sua existência. Dérmica: pele. Psicofisiológicos: Estudo científico das relações entre os fenômenos psíquicos e os fenômenos fisiológicos. COGESS DIVISÃO DE PROMOÇÃO À SAÚDE
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