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Victória Nascimento – 17/06/2022
GRUPO ECONÔMICO
Conceito: É o conjunto de empresas que possuem uma relação entre si que funcionam com um objetivo em comum. 
REQUISITOS (CLT, Art. 2º, §3º - Incluído pela Reforma):
Além de possuir:
a) Identidade de sócios;
Deve conter TAMBÉM:
b) Demonstração de interesse integrado;
c) Efetiva comunhão de interesses; e
d) Atuação conjunta das empresas.
No Direito do Trabalho, não há necessidade de formalização dos grupos econômicos, isto é, o que importa é a realidade fática (Princípio da Primazia da Realidade).
*Atenção: Quando se fala em “Matriz e Filial” significa dizer que é uma mesma empresa desenvolvendo a mesma atividade, porém em locais distintos. Então, não caracteriza grupo econômico.
a) GRUPO ECONÔMICO POR SUBORDINAÇÃO (ou VERTICAL): 
Cada uma dessas empresas possui CNPJ próprio e, normalmente, estão sob administração de uma empresa “mãe” – chame-se “holding”.
- Previsão na CLT, art. 2º, §2º.
b) GRUPO ECONÔMICO POR COORDENAÇÃO (ou HORIZONTAL): 
Empresas que atuam em autonomia e não estão submetidas à direção OU controle OU administração de outra empresa – atuam como “empresas irmãs”.
- Previsão na Lei 5.889/73. Porém, com a Reforma Trabalhista, passou a ser prevista na CLT também (art. 2º, §2º).
II. A doutrina consagrada descreve o conceito de controle, que pode ser definido como a possibilidade do exercício de uma influência dominante de uma empresa sobre outra, podendo-se dizer que controlar uma empresa é subordinar os bens a ela atribuídos à consecução de suas finalidades.
III. De igual modo a doutrina exemplifica situações de controle, tais como na hipótese de empresas sob o domínio de um mesmo grupo familiar, instaladas no mesmo local e se utilizando dos mesmos empregados, bem como na hipótese de duas empresas terem os mesmos administradores e a administração de uma e outra convergirem para a exploração do mesmo negócio.
· O Grupo Econômico tem finalidade lucrativa, logo é incompatível com o vínculo doméstico.
Art. 2º, § 2º, CLT Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia, integrem grupo econômico, serão responsáveis SOLIDARIAMENTE pelas obrigações decorrentes da relação de emprego.
Essa solidariedade é DUAL:
• SOLIDARIEDADE ATIVA: qualquer uma das empresas do grupo econômico pode exigir a prestação de serviços de seus empregados (TEORIA DO EMPREGADOR UNO).
SÚMULA Nº 129 - CONTRATO DE TRABALHO. GRUPO ECONÔMICO
A prestação de serviços a mais de uma empresa do mesmo grupo econômico, durante a mesma jornada de trabalho, não caracteriza a coexistência de mais de um contrato de trabalho, salvo ajuste em contrário.
• SOLIDARIEDADE PASSIVA: o empregado pode ajuizar eventuais reclamações trabalhistas em face de qualquer uma das empresas, ou contra TODAS as empresas, SEJA NA FASE DE CONHECIMENTO, SEJA NA FASE DE EXECUÇÃO.
Súmula Nº 205 – GRUPO ECONÔMICO. EXECUÇÃO TRABALHISTA. SOLIDARIEDADE (CANCELADA)
O responsável solidário, integrante do grupo econômico, que não participou da relação processual como reclamado e que, portanto, não consta no título executivo judicial como devedor, não pode ser sujeito passivo na execução.
Antes, com a vigência dessa Súmula, para que fosse possível executar uma empresa do grupo econômico, ela deveria estar presente desde a fase de conhecimento. ISSO NÃO EXISTE MAIS, pois é possível incluir qualquer uma das empresas do grupo econômico na fase de execução.
Dica prática: Você, como advogado, sempre que entrar com uma Reclamação Trabalhista, acrescentar todas as empresas do grupo econômico, desde a fase de conhecimento.
Solicitar, também, na PI que o Juiz reconheça a existência do Grupo Econômico, devido à falta de formalidade para caracterizá-lo.
PARA SÓCIO RETIRANTE:
Art. 10-A, CLT. O sócio retirante responde SUBSIDIARIAMENTE pelas obrigações trabalhistas da sociedade relativas ao período em que figurou como sócio, somente em ações ajuizadas até dois anos depois de averbada a modificação do contrato, observada a seguinte ORDEM DE PREFERÊNCIA:
I – a empresa devedora;
II – os sócios atuais; e
III – os sócios retirantes.
Parágrafo único. O sócio retirante responderá SOLIDARIAMENTE com os demais quando ficar COMPROVADA FRAUDE na alteração societária decorrente da modificação do contrato.
PARA SUCESSÃO DE EMPRESAS:
Art. 448. A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não afetará os contratos de trabalho dos respectivos empregados.
Art. 448-A. Caracterizada a sucessão empresarial ou de empregadores prevista nos arts. 10 e 448 desta Consolidação, as obrigações trabalhistas, inclusive as contraídas à época em que os empregados trabalhavam para a empresa sucedida, são de responsabilidade do sucessor.
NO QUE DIZ RESPEITO À ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA:
Súmula nº 331 do TST
I - A contratação de trabalhadores por empresa interposta é ilegal, formando-se o vínculo diretamente com o tomador dos serviços, salvo no caso de trabalho temporário (Lei nº 6.019, de 03.01.1974).
II - A contratação irregular de trabalhador, mediante empresa interposta, não gera vínculo de emprego com os órgãos da Administração Pública direta, indireta ou fundacional (art. 37, II, da CF/1988).
III - Não forma vínculo de emprego com o tomador a contratação de serviços de vigilância (Lei nº 7.102, de 20.06.1983) e de conservação e limpeza, bem como a de serviços especializados ligados à atividade-meio do tomador, desde que inexistente a pessoalidade e a subordinação direta.
IV - O inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do empregador, implica a responsabilidade subsidiária do tomador dos serviços quanto àquelas obrigações, desde que haja participado da relação processual e conste também do título executivo judicial.
V - Os entes integrantes da Administração Pública direta e indireta respondem subsidiariamente, nas mesmas condições do item IV, caso evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento das obrigações da Lei n.º 8.666, de 21.06.1993, especialmente na fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e legais da prestadora de serviço como empregadora. A aludida responsabilidade não decorre de mero inadimplemento das obrigações trabalhistas assumidas pela empresa regularmente contratada.
VI – A responsabilidade subsidiária do tomador de serviços abrange todas as verbas decorrentes da condenação referentes ao período da prestação laboral.

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