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Universidade de São Paulo Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas Disciplina: Política I (PLEA) Fichamento expresso Rousseau, Jean-Jacques. O Contrato Social. São Paulo: Martins Fontes, 1999 – Livro II - Capítulo I a VI; Livro III - Capítulo I a IV, Capítulo XV. 1º Parte: A soberania é alienável (§§1-2) Nesta parte, Rousseau conclui que a apenas a vontade geral pode conduzir as forças do Estado, para que assim, atinja o bem comum. O vínculo social é formado pelo o que há de comum na sociedade, então, se não houvesse um bem comum a todos, não existiria sociedade. Ademais, a soberania por si só é coletiva, e nunca pode se alienar. 2º Parte: As diferenças entre a vontade particular e a vontade geral (§§3-5) Rousseau diferencia vontade particular e vontade geral ao afirmar que não é possível uma vontade particular concordar com a vontade geral, e se de certa forma isso acontecer, não será duradouro, pois a vontade particular visa o pessoal, e a vontade geral visa a igualdade. 3º Parte: A divisão do objeto da soberania (§§6-8) Neste trecho, Rousseau afirma que os políticos dividem a soberania em força e vontade, o poder legislativo e o poder executivo em direitos de impostos, a justiça e guerra em administração interior e na possibilidade de negociar com o estrangeiro. Com isso, não possuem noções exatas sobre do que se trata a autoridade do soberano. 4ª Parte: A vontade geral e seus erros (§§9-12) É de certeza que a vontade geral se inclina à utilidade pública, então, o povo nunca é corrompido, porém é enganado. Enquanto a vontade de todos se refere ao interesse comum, a vontade geral se refere ao interesse privado. E, quando formam associações, e as vontades delas se sobrepõem as demais, já não existe vontade geral, mas uma opinião particular. 5º Parte: O que é soberania? (§§13-21) Rousseau define que todos os homens possuem seus poderes absolutos por natureza, enquanto o corpo político recebe seu poder absoluto através do pacto social, denominando-se como soberania. A soberania é o ato da vontade geral, jamais centralizada nas mãos de um. A análise dos limites do poder soberano é estabelecida ao alegar que todos os serviços realizados por um cidadão passam a ser dever quando solicitado pelo soberano. Os compromissos ligados ao corpo social só são obrigatórios porque são mútuos. 6º Parte: O direito da vida e da morte (§§22-29) A vida, devotada ao Estado, é ameaçada em combates. Aliás, o contrato social tem por finalidade conservar a vida dos contratantes, porém, todo homem tem o direito de arriscar sua própria vida. Além disso, a pena de morte é tida por qualquer um que tenha traído o tratado social. Mas, o direito de perdão, pertence àquele que está acima da lei, sendo raras. 7ª Parte: O que é a lei? (§§30-39) Através do pacto social se concebe o corpo político, e com isso se cria a legislação para que seja conservado. Para Rousseau, a justiça se origina principalmente pela razão, sendo assim, convenções e leis unem os direitos aos deveres e se dirigem a justiça. A lei, como objeto central, é sempre geral, ou seja, são atos da vontade geral. Ademais, Rousseau considera República todo Estado regido por leis, sendo elas condições da associação civil. Para que o povo seja orientado cria-se, então, a legislação e o legislador. 8º Parte: O Governo em geral e o Estado (§§40-61) O corpo político é determinado em concordância com o poder legislativo e executivo. Para Rousseau, o governo é o mediador entre os súditos e o soberano, responsável pela execução das leis e da manutenção da liberdade civil e política. Caso haja discordância e a sociedade em geral não cumpra a ordem estabelecida, cai-se no despotismo ou anarquia. Enquanto o Estado existe por si mesmo, o governo só existe pelo soberano. 9º Parte: A divisão do governo (§§62-80) O governo mais ativo é o que compõe menos pessoas em seu corpo político, ou seja, quanto mais o Estado cresce, mais deve se contrair o governo. Com isso, tem-se as divisões do governo. Na democracia, o soberano pode confiar o governo a todo o povo, ou a maior parte deles. Na aristocracia, pode-se atar o governo nas mãos de um pequeno número. Na monarquia, a concentração de todo governo é dada nas mãos de um magistrado único. 10º Parte: A democracia (§§81-88) Neste excerto, Rousseau afirma que os legisladores são as pessoas que entendem as leis, sendo assim, o desacato das leis pelo legislador é abstruso. Ademais, se o termo democracia for tratado rigorosamente, sua existência não será possível. A sociedade democrática está mais suscetível a guerras civis e às manifestações populares, haja vista que não existe nenhuma outra forma de governo que seja tão difícil de ser mantido em sua forma original. 11º Parte: A morte do corpo político (§§89-91) Rousseau ressalta que para que um governo seja duradouro, não poderá ser eterno. O autor usa o corpo humano como referência ao usar a analogia de que o corpo humano, assim como o corpo político, é mortal, e ambos podem conservá-los para que tenha uma expectativa de vida melhor.
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