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resumo LCP (Lei das Contravenções Penais)

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LEI DAS CONTRAVENÇÕES PENAIS – DECRETO-LEI Nº 3.688/41
Resumo da lei de contravenções penais
Noções Gerais:
O que é uma contravenção penal?
Conceito – lei de introdução ao Código penal: art. 1º: O crime é a infração penal punido com reclusão ou detenção. A contravenção penal é a infração penal punida apenas com prisão simples e/ou multa. Para o legislador penal brasileiro, adotado o critério bipartido, as infrações penais classificam-se em crimes e contravenções. A opção mostra-se evidente no artigo 1.º da Lei de Introdução ao Código Penal e na Lei das Contravenções Penais (Dec.-lei n. 3.914/41): “Considera-se crime a infração penal a que a lei comina pena de reclusão ou detenção, quer isoladamente, quer alternativa ou cumulativamente com a pena de multa; contravenção, a infração penal que a lei comina, isoladamente, pena de prisão simples ou de multa, ou ambas, alternativa ou cumulativamente”. Conclui-se da definição legal que os crimes e as contravenções distinguem-se, tão-só, pela maior ou menor gravidade dos comportamentos descritos nos tipos penais, reservando-se sanções menos severas para as contravenções penais.
Obs.: As penas privativas de liberdade podem ser de reclusão e de detenção.
A reclusão difere da detenção, entre outros motivos, pelo regime de cumprimento da pena, sendo que a pena de reclusão é bem mais rigorosa.
O Código Penal somente reconhece duas espécies de pena privativa de liberdade (art. 33 CP): reclusão e detenção. A diferença entre elas está no regime penitenciário a que a pena está sujeita.
 O Dec-lei nº 3.688/41 divide-se em duas partes:
1º - Parte geral – lida com todas as contravenções penais;
2º - Parte especial – contravenções previstas em espécies.
Obs.: Leis especiais também trazem alguns tipos de contravenções penais.
Veja: A multa é um fator distintivo das penas de reclusão, detenção e de prisão simples. Se a conduta indica apenas pena de multa (em abstrato), evidentemente que será uma contravenção penal. Ontologicamente, segundo Flávio Monteiro de Barros, não há diferença entre crime e contravenção penal, pois o que é crime? É o fato típico e antijurídico e a culpabilidade surge como pressuposto de aplicação da pena. A contravenção idem. 
         Qual o critério que o legislador utilizou para determinar que uma conduta é crime ou contravenção penal? O critério de escolha foi feito exclusivamente por política criminal, conforme seja, em tese, a sua importância. Assim, se uma conduta deva receber uma relevância penal, que seja tão grave socialmente, por exemplo, ela determinará se a conduta deverá ser crime ou uma contravenção penal. Isso ocorre por uma questão de contenção social, ordem pública ou qualquer conduta que afeta o controle social.
Exemplo: o porte de arma de fogo até 1997 era apenas uma contravenção penal. Daí então passou a ser crime.
Obs.: há uma certa crítica sobre a transformação de algumas condutas contravencionais para crimes e infrações administrativas em crimes. Exemplo: a falsificação de batom, hoje,  é crime hediondo. Se você vender um batom falsificado, a sua pena será de reclusão de até 15 anos
Veja: VII-B - falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais (art. 273,caput e § 1o, § 1o-A e § 1o-B, com a redação dada pela Lei no9.677, de 2 de julho de 1998)
O presente inciso foi inserido em 1998, após o escândalo nacional dos contraceptivos de “farinha”, que foram colocados no mercado consumidor. Cumpre ressaltar que o estudo do artigo 273 do Código Penal deve ser feito de maneira integral. Deve-se ficar atento aos possíveis questionamentos acerca do inciso. A falsificação de cosméticos, de saneantes ou de produtos usados em diagnóstico são crimes hediondos por incrível que pareça.
(...) Lei 11.705/08 – lei seca – alterou dispositivos da lei 9.503/97 CTB para inibir o consumo de bebidas alcoólicas por condutor de veículo automotor. E o art. 165 desta lei estabelece a pena de multa, além de infração administrativa. Temos ainda, a caracterização de um crime: embriaguez ao volante, art. 303 CTB.
(...) Lei de Drogas – 11.343/06, art. 28 – estabelece duas condutas criminosas:
1º Guardar, transportar, adquirir drogas sem autorização para consumo pessoal e agora,
2º plantio de drogas para consumo pessoal.
Essa duas condutas são genericamente utilizadas como portar ilegalmente droga para o consumo pessoal. A conduta de usar drogas não está previsto em lei. O que está previsto é portar, trazer consigo; adquirir, é nesse sentido. Esse art. 28 na verdade estabeleceu um problema, pois o art.  1º da lei de  Intr. ao CP traz uma dicotomia e diz o seguinte: o crime é apenado com reclusão e detenção e a contravenção  é apenado com prisão simples. Essa é uma distinção teórica. Porém, atualmente não existe mais esse apego rigoroso ao conceito de crime, ele é apenas formal, o que foi rompida agora e pela primeira vez com a lei de drogas, mas continua sendo crime.
Hoje o art. 28, da lei de drogas apenas traz a previsão de penas restritivas de direito para o portador de drogas para consumo pessoal:
I – advertência sobre os efeitos das drogas;
II – prestação de serviço á comunidade;
III – medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo.
 Não traz mais a pena privativa de liberdade como a reclusão. Traz apenas  a previsão de penas restritivas de direitos.
QORE 430.105 – STF já consagrou o entendimento na questão de ordem em recurso extraordinário que houve a despenalização da conduta: esse recurso extraordinário foi o carro-chefe, o precedente piloto do STF.
“Houve a despenalização dessa conduta. Não é mais apenada com cadeia. Contrariamente não houve a descriminalização da conduta. Assim, continua sendo crime. Essa distinção, lá do art. 1º da lei de introd. Ao CP  é estritamente formal. A lei é de 1941, com excesso de formalidades” Todas as contravenções penais se caracterizam como infrações de menor potencial ofensivo. Qual a importância disso? Qual a importância de se saber que uma contravenção é de menor potencial ofensivo? Em que isso vai afetar na vida prática?
Primeira situação: A autoridade policial vai lavrar um termo circunstanciado diante de uma contravenção, jamais ele irá lavrar auto de prisão em flagrante. Exemplo: uma palpadela no ônibus. A prisão em flagrante é um ato complexo: se tem o ato de prisão em flagrante (voz de prisão), a condução do agente perante a autoridade, a lavratura da prisão em flagrante e por último a nota de culpa.
No caso das  contravenções o que ocorre: Se a pessoa for pega  praticando uma contravenção a autoridade policial não lavra o auto de prisão em flagrante, apenas será feita a lavratura do TC. Se o agente for imediatamente encaminhado ao Juizado Especial ou se essa pessoa assumir o compromisso de comparecer em Juízo. Assim, tem-se , com isso, a utilização de medidas despenalizantes. Evitando-se o início de um processo que sobrecarregará o Poder Judiciário.
As contravenções estão prevista em no Decreto-lei 3.688/41 que prevê uma parte geral trazendo regras que são aplicadas a todas as contravenções, ex., a retenção indevida de documento individual. E uma parte  especial elas estão separadas em capítulo num total de 8, envolvendo várias contravenções, levando em consideração o bem jurídico protegido pela contravenção penal: pessoa, patrimônio, incolumidade pública, etc.
Uma pessoa pode ser presa por cometer uma contravenção? Presa ela será. O ato de prisão existe. O que não será feito é o auto de prisão em flagrante se o agente cumprir uma das duas hipóteses referidas acima. 
OBS.: o art. 28, da lei de drogas  não prevê  a prisão em flagrante em nenhum  caso. Seria um contrassenso prender alguém quando o próprio dispositivo não prevê essa prisão. No Juizado Especial há uma fase preliminar: composição de danos (civil) ou conciliação de caráter penal (transação penal). Feito isso, o agente recebe imediatamente uma pena alternativa evitando todo um processo. Caso não tenha nenhum acordo, o processo segue o seu ritonormal (sumário).
Competência:
A competência para julgar uma contravenção é da Justiça Estadual Comum. Nunca será da Justiça Federal. Está previsto na CF art. 109, IV. Mesmo se afetar um interesse, um bem ou qualquer ente federal – súmula 38: a competência será sempre da justiça Estadual (JECRIM’s).
CONTRAVENÇÕES REFERENTES À PESSOA -  busca proteger bens jurídicos como a vida, a integridade física. 
Arma : Os art. 18 e 19 Porte de arma e fabricação ilegal de arma - foram tacitamente revogados pelo Estatuto do Desarmamento. A lei fala genericamente, ou seja, qualquer arma.
A Lei 10.826/03 derrogou o art. 19 e fulminou o art. 18 – passou a ter tratamento jurídico no estatuto.
Arts. 14 e 16 – porte ilegal de arma de fogo, munição ou acessório (permitido e restritivo). Não trazem tão somente a conduta de portar arma de fogo e, sim 14 verbos.
Situação: garoto que leva em sua mochila para a escola uma arma de fogo do seu pai. Que tipo de crime isso caracteriza?
Omissão de cautela na guarda de arma de fogo. A lei não fala nada de munição. A conduta, atualmente é atípica.
No ECA, art. 242 – diz respeito a armas – toda a vez que se entrega arma a criança ou adolescente, continua sendo aplicado em relação a armas brancas.
Toda vez que vc adotar essa conduta em relação a arma de fogo, munição e acessórios, esta conduta está  prevista, agora, como crime no art. 16, § único, V. do desarmamento penal.
Art. 20 - Anúncio de meio abortivo – o crime de aborto é um crime doloso contra a vida de tal maneira que não é possível admitir qq conduta que admita, prestigia essa conduta.
Por outro lado, temos o crime hediondo, art. 273 2 §§ -
Art. 21 - Vias de fato -  qualquer contato físico, bruto (violento) que não provoca ferimentos e no qual o agente não tenha animus ledendi, vulnerandi, de ferir, ex., tapa na cara, chutar, empurrar, chacoalhar, etc. não obstante, haverá a tentativa de lesão corporal.
Veja:  Lesão corporal: exige representação para o processo.
Temos três formas de iniciar o processo penal: O MP, o procurador da república, independentemente da manifestação de qualquer pessoa  pode oferecer uma peça acusatória – ação penal pública incondicionada.
No segundo caso temos a necessidade da representação da vítima, não deixando de ser pública – ação penal pública condicionada a representação da vítima ou de seu representante legal.
No terceiro caso somente a vítima ou seu representante pode promover a cão penal (queixa-crime) – ação penal privada.
O crime de lesão corporal culposa e crime de lesão corporal leve exigem representação da vítima ou de seu represente legal para iniciar o processo.
A questão que se estabelece é a seguinte:
Vias de fato X lesão corporal leve – em tese esta última é mais grave que a vias de fato.
Vias de fato – STF calcado no art. 17 da LCP – toda contravenção penal é de ação penal pública incondicional.
Doutrinadores entendem que, se nas vias de fato, que é menos grave que a lesão corporal leve ou culposa, deveria exigir representação.
Lei Maria da Penha, 11.340/06 – a lei refere-se à violência doméstica e familiar contra a mulher.
Cuida, na verdade de uma categoria criminosa, contravencional, ela traz alguns aspecto que procura resguardar a mulher que está envolvida em um quadro de violência doméstica e familiar: ameaça, lesão corporal, constrangimento ilegal até mesmo crime patrimonial, ex., o marido pega o cartão de crédito da mulher e começa a gastar; crime contra honra, etc. esses crimes têm a incidência  das medidas prevista na Lei Maria da Penha.
Art. 41 – não se aplicam aos crimes praticados no âmbito doméstico e familiar as medidas da Lei 9.099/95. (transação penal, TC, flagrante).
 A doutrina criticando um pouco essa solução estabeleceu de forma pacificada que, em se tratando em contravenção penal não seria aplicado esse comando. Seria uma analogia malam parte. Pois a lei fala em crimes, excetuando contravenções.
CC 102571 / MG CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. CRIMINAL. VIOLÊNCIA DOMÉSTICA. CONTRAVENÇÃO PENAL (VIAS DE FATO). ARTS. 33 E 41 DA LEI MARIA DA PENHA. COMPETÊNCIA DO JUÍZO DA VARA CRIMINAL.
1. Apesar do art. 41 da Lei 11.340/2006 dispor que "aos crimes praticados com violência doméstica e familiar contra a mulher, independentemente da pena prevista, não se aplica a Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1995", a expressão "aos crimes" deve ser interpretada de forma a não afastar a intenção do legislador de punir, de forma mais dura, a conduta de quem comete violência doméstica contra a mulher, afastando de forma expressa a aplicação da Lei dos Juizados Especiais.
2. Configurada a conduta praticada como violência doméstica contra a mulher, independentemente de sua classificação como crime ou contravenção, deve ser fixada a competência da Vara Criminal para apreciar e julgar o feito, enquanto não forem estruturados os Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, consoante o disposto nos arts. 33 e 41 da Lei Maria da Penha.
3. Conflito conhecido para declarar-se competente o Juízo de Direito da Vara Criminal de Vespasiano-MG, o suscitado.
 O art. 17 proíbe que sejam aplicadas penas como cestas básicas. Evita-se um círculo vicioso, multa isoladamente, ou prestações pecuniárias.
Art. 25 – posse não justificada de instrumento de emprego usual na prática de furto.
Crítica – é razoável estabelecer que uma pessoa condenada pro furto ser pega com esses instrumentos? Quebraria a isonomia. Inconstitucional
Art. 26 – violação de lugar ou objeto - crime próprio – só pode ser cometido por serralheiro, chaveiro.
Art. 31 – omissão de cautela na guarda de animal – contravenção penal culposa.
CONTRAVENÇÕES REFERENTES À INCOLUMIDADE PÚBLICA
Por diversos anos foi o que mais ocupava o Judiciário antes do advento da lei 9.099/95 e do Estatuto do desarmamento. 
Art. 31. Disparo de arma de fogo – hoje é crime previsto no art. 15 do estat. Do desarmamento.
Soltar balão art. 42 da lei dos crimes ambientais. Não é mais uma contravenção penal
 Direção de veículo automotor – raxa, pega, excesso de velocidade, eram todos contravenções do art. 34. Com o CTB  (e alteração com a lei seca), retirou-se algumas condutas da LCP e transformou em crimes. Assim, tudo que não se encaixar no CTB, será contravenção penal. Exemplo: competição não autorizada, art. 308, etc.
CONTRAVENÇÕES PENAIS EM ESPÉCIE – PARTE II
Associação Secreta – art. 39 – grupo composto por + de 5 pessoas que intencionalmente e regularmente  se reúne e busca ocultar a sua existência  e/ou finalidade. É necessário que haja a regularização para a sua caracterização.
Quadrilha ou bando do art. 288, CP – grupo composto por 4 ou + pessoas para cometer crimes (no plural). Obs.: Quadrilha ou Bando – Artigo 288 do Código Penal “Associarem-se mais de três pessoas, em quadrilha ou bando, para o fim de cometer crimes: Pena – reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos”.
Poluição Sonora – Art. 54 – crime de poluição (crimes ambientais) É a poluição genérica, qualquer poluição? Não é todo tipo de poluição. É a poluição do ar, hídrica, do solo, etc. Em relação algumas condutas relação que caracterizam poluição sonora. No art. 59 havia essa proibição. Foi vetado pelo Presidente da República motivado pela pressão da bancada evangélica. Nesse caso, determinadas condutas se enquadram no art. 42 da LCP referente à perturbação do sossego alheios.
Art. 45 – simulação da qualidade de funcionário público É uma conduta estritamente subsidiária. Se tiver como finalidade obter alguma vantagem ou causar algum prejuízo, induzindo alguém em erro, caracteriza o de falsa identidade. Se tiver a finalidade de obter alguma vantagem patrimonial caracteriza o crime de estelionato e não seria mais uma contravenção. Se efetivamente essa pessoa executa a função pública aí teremos o crime de usurpação da função pública.
Art. 47 – exercício ilegal de profissão ou atividade Exemplo: taxista, pessoa que está desempregada e usa o seu carro particular para ser taxista. E o falso médico? Estaria cometendo uma  contravençãopenal? Não, porque a lei prevê a sua tipificação no art. 282 do CP. E a falta da carteira da OAB, pode advogar sem essa autorização? Com relação ao exercício ilegal da medicina, as consequências desse fato serão muito mais graves do que a do falso taxista ou advogado sem a sua carteira. Assim, a lei penal tipificou como crime por ser conduta muito mais grave consequentemente, art. 282 do CP.
Polícia de Costumes – consiste na prática encarregada da convivência social, em zelar pelos bons costumes. Art. 50 – Jogos de azar – ocorre quando o ganho ou aperda dependem exclusiva ou principalmente da sorte. Máquinas de caça-níqueis – toda a vez que uma conduta deixa vestígios é necessário o exame de corpo de delito. Então, se a máquina é periciada ocorrer 50/50 de chances de ganho temos a contravenção de jogos de azar. Se a máquina foi adulterada e a sua chance de ganho é de 49% estar-se diante de crime de estelionato, pois a chance não superou a casa dos 50%. 
E aquele jogo das bolinhas? Caracteriza crime de estelionato. Art. 58. Jogo do Bicho – é uma contravenção penal. A tentativa de contravenção não é punível, assim, se vc está preste a fazer o jogo, não responde pelo crime, mas o banqueiro, a pessoa que distribui os boletos, etc Lembre-se: costume jamais revoga lei. o jogo do bicho nunca foi descaracterizado como infração penal.
Dec-lei n.º 6.259/44 – toda a matéria referente a jogos de azar foi tacitamente revogada, com exceção do art. 50. 
Tentativa – a tentativa em contravenção penal não é punível. 
O banqueiro tem pena diferenciada daquele que aposta. Súmula 51 do STJ – para punição do intermediário não é necessário a identificação do banqueiro. Procedimento especial previsto pela lei 1.508/51 – via de regra, o jogo do bicho tem o seu julgamento perante o JECRIM e, excepcionalmente deslocada essa competência o rito é o da lei 1.508/51.
Art. 59 – vadiagem: a pessoa se entrega de forma habitual à ociosidade. Mediante a seguinte peculiaridade: sendo válida para o trabalho. Manutenção da ociosidade pela prática de atividade ilícita. Ex: o flanelinha. A prostituta é vadia? Não, pois apesar da sua atividade imoral, ela não é ilegal. Não caracteriza atividade ilícita. Aspecto que tem sido de incontestável Inconstitucionalidade – há uma quebra da isonomia em relação àqueles que são ricos e não faz nada (não são considerados vadios), pois aqueles que são pobres e ociosos serão considerados vadios.
Art. 60 – Mendicância – existem grupos que se reúnem antes da mendicância para distribuir crianças, por ex. nos semáforos, se for composta por seis pessoas ou mais estará caracterizada a contravenção penal. Obs. : Esse art. da mendicância foi considerado inconstitucional pelo STF.
LEI Nº 11.983, DE 16 DE JULHO DE 2009. 
	
	Revoga o art. 60 do Decreto-Lei no 3.688, de 3 de outubro de 1941 – Lei de Contravenções Penais.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1o É revogado o art. 60 do Decreto-Lei no 3.688, de 3 de outubro de 1941 – Lei de Contravenções Penais.
Art. 2o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 16 de julho de 2009; 188o da Independência e 121o da República.
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Tarso Genro
______________________________________________________________________
Art. 61 – importunação ofensiva ao pudor. Diferenças:
Importunar alguém, em lugar público ou acessível ao público. São as famosas apalpadelas.
Não confundir:
Crime de importunação ofensiva ao pudor – temos uma vítima certa, determinada;
Ofensa ao pudor público – número indeterminado de pessoas (mixar em público). Exibir as suas vergonhas em público. (ato obsceno, sinal obsceno)
Atentado violento ao pudor – crime hediondo previsto no art. 214, CP – há o emprego de violência ou grave ameaça a pessoa com a finalidade de praticar ato libidinoso diverso da conjunção carnal.
Art. 65 – perturbação da tranqüilidade – local privado, pessoa certa – vizinho que perturba fazendo barulho.molestar alguém por ato reprovável. Exemplo: trote pelo telefone.
Art. 63 – bebidas alcoólicas - a doutrina entende que, por questão de redação, se a bebida for alcoólica não configuraria o crime do art. 243, ECA e, sim, contravenção penal do art. 62, I, LCP.
Obs.: o álcool não se confunde com substância proibida e causa dependência, assim, o ECA estaria mais acertada.
Art. 64 – revogado pela lei dos crimes ambientais 9.685/98
Ex.: rinha de galo, deixar de ordenhar a vaca, cortar as cordas vocais do cão para ele não latir – caracterizam maus tratos.
.Contravenções contra a Administração Pública:
Art. 66 – omissão de comunicação de crime
Conivência – quando uma pessoa toma conhecimento de um crime, que já aconteceu, está acontecendo ou vai acontecer, e não tem nenhuma obrigação de comunicar a polícia. Chama-se também de participação negativa. Não acarreta nenhuma responsabilidade criminal. Ex.:  Pessoas que estão no bar tomando café e ocorre um crime.
Existem duas situações no do art. 66 em que têm relevância no caso de conivência: quando o funcionário público, no exercício de suas funções e profissional da área de higiene sanitária, deixam de  comunicar o crime.
Já no art. 13, § 2º, CP: temos três situações que caracteriza crime e não contravenção penal:
Relevância da omissão
CP, 13 § 2º - A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado. O dever de agir incumbe a quem:
a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância;(pai, curador, tutor)
b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado;(por contrato ou não)
c) com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado.(guia de cegos, babá)
Art. 68 – recusa de fornecer dados a autoridade quando solicitado.  Somente será caracterizada se não houver um crime mais grave. Por exemplo, a pessoa no momento de ser preso em flagrante dar o nome falso, para não ser reconhecida como reincidente, etc,  - falsa identidade.

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