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República de Moçambique MINISTÉRIO DA SAÚDE DIRECÇÃO DE RECURSOS HUMANOS DEPARTAMENTO DE FORMAÇÃO Formação de Técnicos Médios de Administração Hospitalar Módulo Vocacional 12.1 GESTÃO DAS AQUISIÇÕES (UGEA’s) ________ Maputo, 2016 O presente manual faz parte do currículo de formação inicial do curso de Técnico de Administração Hospitalar de nível médio baseado em competências, o qual consiste em quatro semestres lectivos, sendo de carácter teórico-prático em sala de aula e no laboratório humanístico e multidisciplinar, com uma componente de estágios parciais e um estágio integral. A elaboração dos manuais é fruto da colaboração entre Ministério da Saúde da República de Moçambique e a União Europeia, através do "Projecto de Fortalecimento Institucional do Ministério da Saúde: Apoio ao Desenvolvimento dos Recursos Humanos nas áreas de Gestão e Administração em Saúde" (EuropeAid 127986/D/SER/MZ), contratado pelo Gabinete do Ordenador Nacional para a Cooperação Moçambique / UE al Consorcio Eductrade - Eptisa - Credes. O conteúdo desta publicação é da exclusiva responsabilidade dos seus autores e não representa necessariamente a opinião do Projecto. Todos os direitos desta obra se cedem ao Ministério da Saúde da República de Moçambique. É permitida a reprodução total ou parcial desta obra, desde que citada a fonte. Sub-módulo 12.1 Gestão das aquisições (UGEAs) Ministério da Saúde 2 FICHA TÉCNICA Elaboração, distribuição e informações: Ministério da Saúde (MISAU) Direcção de Recursos Humanos (DRH) Departamento de Formação Repartição de Planificação e Desenvolvimento Curricular (RPDC) Av. Eduardo Mondlane, 1008, 4º andar Maputo, Moçambique Coordenação Berta Jimenez Gancedo (Projecto) Carmen Fernandez (Projecto) José Carlos López Seisdedos (Projecto) Paula Greciet Paredes (Projecto) Ermelinda Notiço (MISAU/ DRH/Departamento Formação) Suraia Nanlá (MISAU/ DRH/Departamento Formação) Equipa técnica de elaboração Elaboração do Conteúdo Revisão Técnica Revisão Pedagógica Eugénio José Salência Sebastião Sumbane Berta Jiménez Gancedo Formatação e Edição Revisão Linguística e-training Eductrade Atanasio Balate Prafultabai Jaiantilai Impressão: Photocopy Tecnology (tiragem 200 exemplares). Manual de formação por competências elaborado conforme às normas e orientações técnicas para produção de materiais didáticos do MISAU, de Agosto de 2013 ©2016. Ministério da Saúde. _____________ 1ª Edição – Ano 2016 Sub-módulo 12.1 Gestão das aquisições (UGEAs) Ministério da Saúde 3 LISTA DE ABREVIATURAS CA Critérios de Avaliação CD Critérios de Desempenho DC Director Clínico EC Elementos de Competência EGFAE Estatuto Geral dos Funcionários e Agentes do Estado EPI Equipamento de Protecção Individual EPC Equipamento de Protecção Colectiva HIV Vírus de Inumo-deficiência Humana IBID Idem INNOQ Instituto Nacional de Normalização e Qualidade LNCQM Laboratório Nacional de Controlo da Qualidade de Medicamentos MF Módulos Formativos NIOSH Instituto Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho OIT Organização Internacional do Trabalho PCI Prevenção e Controlo de Infecções PME Pequenas e Médias Empresas PQG Plano Quinquenal do Governo SM Sub-módulo vocacional TEMAH Técnico de nível Médio de Administração Hospitalar TB Tuberculose pulmonar UC Unidade de Competência UD Unidade Didáctica UFSA Unidade Funcional de Supervisão das Aquisições UGEA Unidade Gestora Executora das Aquisições US Unidade Sanitária Sub-módulo 12.1 Gestão das aquisições (UGEAs) Ministério da Saúde 4 Sub-módulo 12.1 Gestão das aquisições (UGEAs) Ministério da Saúde 5 PREFÁCIO Ex.mos. Senhores, Estudantes e Professores do Curso de Técnicos de Administração Hospitalar de nível Médio. O Ministério da Saúde (MISAU) através da Direcção de Recursos Humanos – Departamento de Formação na sua missão de formar e desenvolver profissionais de saúde cada vez mais competentes, tem vindo a implementar reformas curriculares no âmbito da formação baseada em competências, de modo a trazer ao Serviço Nacional de Saúde, profissionais com conhecimentos, habilidades e atitudes para responder pontualmente às necessidades dos pacientes. O presente manual de ensino apresenta conteúdos, actividades de ensino, casos práticos e projectos que permitirão que o futuro Técnico de Administração Hospitalar de nível Médio adquira competências profissionais para o desenvolvimento das suas funções nas Unidades Sanitárias do Serviço Nacional de Saúde, bem como, pesquisa clínica e ensino. Este manual é um recurso de apoio aos professores, na planificação e implementação das aulas que se destinam a formação de Técnicos de Administração Hospitalar de nível Médio e visa desenvolver nestes futuros profissionais de saúde, conhecimentos, habilidades e atitudes com relação as práticas de prestação de cuidados de saúde com elevada qualidade e em conformidade com o perfil profissional estabelecido. Por outro lado, o módulo é resultado da revisão do currículo de Técnicos de Administração Hospitalar nível Médio para a nova abordagem baseada em competências. Para o estudante, o módulo servirá de um guião de estudo e de consulta para aquisição de conhecimentos, atitudes e habilidades técnicas que lhe permitirão prestar um atendimento de qualidade e humanizado aos pacientes, respeitando os princípios éticos e deontológicos da profissão e consequentemente, melhorar a qualidade dos serviços de saúde prestados em Moçambique. Esperamos, por um lado, que este manual constitua um verdadeiro suporte para o desenvolvimento e alcance dos objectivos das diferentes temáticas de formação dos profissionais de Administração Hospitalar e por outro como uma base sólida onde o professor possa buscar o fortalecimento de conhecimentos, garantia de uma dinâmica uniformizada tanto na mediação como na assimilação das matérias de ensino. O manual apresenta uma linguagem simples, acessível e clara de modo que permita a fácil compreensão dos estudantes das Instituições de Formação de Saúde a nível nacional. Maputo, Julho de 2016 Nazira Karimo Vali Abdula Ministra da Saúde Sub-módulo 12.1 Gestão das aquisições (UGEAs) Ministério da Saúde 6 Sub-módulo 12.1 Gestão das aquisições (UGEAs) Ministério da Saúde 7 ÍNDICE I. INTRODUÇÃO 9 II. DADOS BÁSICOS DO SUB-MÓDULO 14 III. REFERÊNCIAS DO MANUAL DE ENSINO 14 1. Unidade de competência de referência 14 2. Sub-módulo vocacional de referência 19 IV. UNIDADES DIDÁCTICAS 21 1. Conteúdo organizador 21 2. Sequência das Unidades Didácticas 21 3. Desenvolvimento das unidades didácticas 21 UD 1: Gestão das aquisições nas instituições de saúde 22 1. Processos de gestão de aquisições nas instituições de saúde 26 2. Órgãos responsáveis no processo de concurso público 28 3. Concorrente 32 4. Concurso, publicação e notificação 33 5. Critérios de avaliação e decisão das propostas 35 6. Critério de decisão de concurso para a concessão 37 7. Modalidades de concessão 38 8. Plano de contratações 45 9. Regimes jurídicos e modalidades de concurso 45 UD 2: Gestão e negociação com fornecedores 52 1. Critérios de selecção/avaliação de fornecedores: económico, qualidade e serviço 56 2. Critérios de avaliação e decisão das propostas 58 3. Constituição do cadastro 60 4. O processo de negociação com os fornecedores 61 UD 3: Controlo de qualidade na gestão de compras e aprovisionamento 72 1. Controlo de qualidade na gestão das us 74 2. Normas técnicas de normalização de qualidade 81 3. Gestão e aprovisionamento de estabelecimentos comerciais 82 Sub-módulo 12.1 Gestão das aquisições (UGEAs) Ministério da Saúde 8 V. GLOSSÁRIO 97 VI. QUESTIONÁRIO DE AUTO-AVALIAÇÃODO SUB-MÓDULO 12.1 99 Prova de perguntas fechadas 99 Soluções ao questionário de auto-avaliação do sub-módulo 12.1 105 Prova de perguntas abertas 107 VII. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS E WEBGRAFIA 110 Sub-módulo 12.1 Gestão das aquisições (UGEAs) Ministério da Saúde 9 I. INTRODUÇÃO O presente manual corresponde a um dos módulos do programa formativo do TÉCNICO MÉDIO DE ADMINISTRAÇÃO HOSPITALAR (TEMAH), desenhado com base em competências profissionais. A competência é um conceito amplo que incorpora a capacidade de transferir habilidades e conhecimentos para novas situações, dentro de uma determinada área ocupacional. Inclui a organização e planificação do trabalho, e a inovação e capacidade de lidar com actividades não rotineiras; abrange, também, as qualidades de eficácia pessoal que são exigidas no âmbito do trabalho, para lidar com os colegas e com os possíveis alunos. Assim, ser competente é saber agir e reagir em contextos diversificados, ser capaz de solicitar e combinar os recursos necessários e pertinentes para o cumprimento de uma determinada tarefa, de compreendê-la e de ter êxito no momento de executá-la. Uma Qualificação Profissional é uma comprovação de competências para desempenhar uma ocupação a um determinado nível. O cenário de abordagem por competências tem elementos inovadores nos âmbitos profissionais e laborais, tais como: Mudanças estruturais no mundo do trabalho. Mudanças de ordem sócio - económica que irão condicionar o surgimento de “novas acividades" no mundo laboral. Tecnologias que criam ou modificam ocupações. Mudanças nas tendências demográficas; aumento do nível de escolaridade; novas regulamentações laborais, entre outros. Criam-se assim novas ou mais exigências. Necessidade/interesse em realizar actividades com determinado padrão de qualidade. Aplicar esta metodologia de definição do Perfil Profissional de um técnico queira garantir o desempenho óptimo e correcto de todas as exigências laborais e técnicas correspondentes a uma ocupação é um processo directamente associado ao desenho da sua formação apropriada para responder a essas exigências de desempenho. Um Perfil Profissional assim definido é caracterizado por um conjunto de funções, designadas de Unidades de Competência. A Unidade de Competência (UC) é um conjunto de funções produtivas, identificadas no campo de trabalho, que expressam um determinado resultado significativo da actividade técnico - laboral e tem um reconhecimento e um significado no sistema de emprego organizado e estabelecido dentro de um determinado sector. Cada UC Sub-módulo 12.1 Gestão das aquisições (UGEAs) Ministério da Saúde 10 estabelece qual deve ser o resultado de uma determinada actividade e evidencia se o profissional é capaz de o obter ou de atingir. Cada UC detalha, também, a qualidade da evidência requerida nesse resultado, expressando aquilo que é considerado um bom desempenho profissional. Cada Unidade de Competência (UC) é constituída por: Elementos de Competência (EC) que descrevem uma acção ou comportamento que alguém deve ser capaz de realizar e demonstrar numa situação de trabalho e num determinado campo ocupacional. Critérios de Desempenho (CD) definem os níveis de competência que permitem avaliar as actividades de trabalho realizadas pela pessoa. Portanto, expressam o nível aceitável de realização profissional, para cada Elemento de Competência, que esteja em conformidade com os objectivos das organizações e fornecem orientações para a avaliação da competência profissional. Contexto de aplicação da UC, que descreve os meios de produção, os produtos e resultados do trabalho, a informação utilizada ou gerada, e os itens de natureza similar e considerados necessários para o desempenho profissional. O contexto de aplicação fornece o significado contextual dos elementos de competência. Isto é, esclarece o ambiente e as condições actuais e previsíveis em que serão aplicados os elementos de competência que compõem a unidade de competência. Ao desenvolver esta metodologia, foi definida a qualificação do Técnico Médio de Administração Hospitalar (TEMAH), e foram identificadas e definidas 14 Unidades de Competência Vocacionais: UC1 Planificar e orçamentar, nas áreas da sua responsabilidade no Sector da Saúde, as acções administrativas e de gestão para a implementação das políticas institucionais e sectoriais. UC2 Gerir pessoas nas Instituições de Saúde buscando a sua motivação e envolvimento no trabalho de acordo com a legislação laboral em vigor para o cumprimento dos objectivos e planos definidos. UC3 Realizar actividades administrativas para a gestão dos recursos humanos no Sector da Saúde. UC4 Organizar e coordenar os processos de atendimento e admissão do utente e de processamento de documentação clínica, garantindo o cumprimento das normas e procedimentos estabelecidos. Sub-módulo 12.1 Gestão das aquisições (UGEAs) Ministério da Saúde 11 UC5 Coordenar as actividades administrativas derivadas da gestão dos serviços assistenciais e dos serviços auxiliares nas Unidades Sanitárias. UC6 Coordenar as actividades administrativas resultantes da gestão dos serviços de apoio aos serviços de assistência nas Unidades Sanitárias. UC7 Coordenar as actividades administrativas que possibilitem a implementação das normas de segurança e prevenção de riscos laborais e de prevenção e controlo de infecções (PCI), assim como de cuidados ambientais. UC8 Promover relações entre as Unidades Sanitárias e a comunidade permitindo o envolvimento desta, na resolução dos problemas de saúde. UC9 Executar as actividades administrativas necessárias para a implementação do sistema de gestão de qualidade nas Unidades Sanitárias, e assegurar o cumprimento desse sistema na sua área de responsabilidade. UC10 Gerir e organizar os processos administrativos, incluíndo as comunicações internas e externas, assim como as comunicações telefónicas e via Internet, para responder de forma rápida e eficaz as solicitações e optimizar a circulação de informações. UC11 Realizar a gestão financeira, contabilística e o controlo da tesouraria nas instituições de saúde utilizando os procedimentos e aplicativos informáticos estabelecidos. UC12 Gerir com eficiência e eficácia a cadeia logística dentro da Instituição de Saúde. UC13 Gerir o Património do Estado, de forma a manter os recursos físicos disponíveis e em uso para assegurar uma prestação de serviços de saúde eficaz. UC14 Participar na formação de novos profissionais de saúde e na formação contínua de funcionários, assim como em actividades de investigação que assegurem a eficácia dos serviços. A partir do Perfil Profissional desenhado é definido o Programa Formativo, com um formato modular. A cada Unidade de Competência do perfil profissional, corresponde um módulo formativo. Cada um dos Módulos Formativos corresponde a um bloco coerente de formação associado a cada uma das Unidades de Competência, cujo objectivo é a aquisição de competência profissional. Para cada um destes Módulos são definidos: - Resultados de Aprendizagem que expressam os resultados esperados do aluno no final do Módulo, avaliando se este atingiu a competência profissional especificada na UC. - Critérios de Avaliação que são o conjunto de parametros definidos para cada resultado de aprendizagem que indicam o grau de concretização. - Conteúdos para cada um dos resultados de aprendizagem . - Requisitos de Instrução: Infra-estrutura, equipamentos e perfil do professor / formador. Sub-módulo 12.1 Gestão das aquisições (UGEAs) Ministério da Saúde 12 - Notas de Suporte: Contexto da Disciplina/formas de instrução, abordagem da avaliação. - Referências Bibliográficas. A partir das 14 Unidades de Competência que constituem o Perfil Profissional, oPrograma Formativo do Técnico Médio contém os seguintes Módulos Vocacionales e Sub-módulos: MÓDULOS VOCACIONAIS SUB-MÓDULOS VOCACIONAIS MÓDULO 1 Planificação e orçamentação de acções administrativas e de gestão no Sector da Saúde. Não se desagrega em Submódulos MÓDULO 2 Gestão de recursos humanos em Instituições de Saúde. Não se desagrega em Submódulos MÓDULO 3 Gestão administrativa de recursos humanos no sector da saúde. Não se desagrega em Submódulos MÓDULO 4 Atendimento, admissão e processamento de documentação clínica em instituições de saúde. SM 4.1. Atendimento do utente e admissão do doente nas unidades sanitárias e instituições de saúde. SM 4.2 Gestão documental em instituições de saúde. MÓDULO 5 Gestão de serviços assistenciais e auxiliares nas unidades sanitárias. SM 5.1. Actividades administrativas dos serviços assistenciais e auxiliares nas unidades sanitárias. SM 4.1. Atendimento do utente e admissão do doente nas unidades sanitárias e instituições de saúde. MÓDULO 6 Gestão administrativa da hotelaria e dos serviços de apoio nas unidades sanitárias. SM 6.1 Gestão do serviço de nutrição e dietética nas unidades sanitárias. SM 6.2 Gestão do serviço de lavandaria nas unidades sanitárias. SM 6.3 Gestão dos serviços de apoio geral nas unidades sanitárias. MÓDULO 7 Segurança e prevenção de riscos laborais e meio ambiente nas unidades sanitárias. SM 7.1. Biossegurança e higiene no trabalho (funcionários e utentes). SM 7.2 Prevenção de riscos laborais/saúde ocupacional e para os utentes dos serviços de saúde. MÓDULO 8 Envolvimento comunitário na gestão em saúde. SM 8.1 Política Nacional de Saúde SM 8.2 Envolvimento comunitário MÓDULO 9 Qualidade nas unidades sanitárias. Não se desagrega em Submódulos MÓDULO 10 Procedimentos administrativos e comunicações em unidades sanitárias SM 10.1 Procedimentos administrativos nas USs. SM 10.2 Gestão de comunicação nas unidades sanitárias e instituições de saúde. SM 4.1 Atendimento do utente e admissão do doente nas unidades sanitárias e instituições de saúde MÓDULO 11 Gestão financeira, contabilística e controlo da tesouraria nas instituições de saúde. SM 11.1 Contabilidade Pública aplicada nas Instituições de Saúde (Aplicativos informáticos de gestão contabilística – SISTAFE). SM 11.2 Gestão e controlo da tesouraria nas Instituições de Saúde. SM 11.3 Gestão financeira nas Instituições de Saúde. Sub-módulo 12.1 Gestão das aquisições (UGEAs) Ministério da Saúde 13 MÓDULOS VOCACIONAIS SUB-MÓDULOS VOCACIONAIS MÓDULO 12 Logística e gestão de stock e aprovisionamento nas instituições de saúde. SM 12.1 Gestão das aquisições (UGEAs). SM 12.2 Gestão de aprovisionamento e distribuição nas instituições de saúde. SM 12.3 Gestão de medicamentos e de artigos médicos. MÓDULO 13 Gestão do Património nas instituições de saúde. SM 13.1 Gestão de património. SM 13.2 Gestão da manutenção de bens e infraestruturas. MÓDULO 14 Formação e Investigação em administração e gestão de novos profissionais de saúde. SM 14.1 Formação de RH em administração e gestão para saúde. SM 14.2 Metodologia e projecto de investigação aplicada à administração e gestão em saúde. O presente manual desenvolve o Sub-módulo 12.1. - Gestão das aquisições (UGEAs) Para facilitar a leitura deste manual, veja que o mesmo se encontra dividido em partes apresentadas no sumário inicial: Dados básicos do módulo/sub-módulo. Referências do manual de ensino: perfil profissional e módulo formativo. Unidades Didácticas: Conteúdo temático Sequência e estrutura das Unidades Didáticas. Desenvolvimento das Unidades Didácticas: a denominação, o objectivo geral, a introdução da unidade, os conteúdos, o desenvolvimento dos conteúdos, as actividades de ensino - aprendizagem e o caso prático / projecto. Actividades de Ensino-Aprendizagem apresentam como objectivos: - Facilitar a aprendizagem significativa dos alunos. - Conseguir a participação dos alunos. - Despertar neles o interesse. - Introduzir os conteúdos (conceitos, procedimentos e atitudes. - São exemplos das possíveis actividades que o professor pode desenvolver com seus estudantes, mas que não atingem o total das horas do Módulo/Sub-módulo. O Caso Prático: incluí os conteúdos da Unidade Didáctica completa, baseados em informações e documentos similares aos reais. Todas as Unidades Didácticas incluem a elaboração de um projecto ou de um caso que parte de situações Sub-módulo 12.1 Gestão das aquisições (UGEAs) Ministério da Saúde 14 concretas relacionadas com o desenvolvimento da actividade habitual, de maneira que permita a transferência da aprendizagem a outros contextos. É um exemplo dos possíveis casos que o professor pode desenvolver com seus estudantes, mas que não atinge ao total de horas dos Módulos / Sub-módulo. Referências Bibliográficas: todos os materiais que foram consultados para a elaboração do manual. Anexos: Em caso de precisar de consultar algum dado, instrumento, links do web, informação, entre outros. Glossário: com a definição dos termos utilizados. Questionário final de auto-avaliação do módulo/submódulo, deve conter 50 perguntas de estirpe múltipla (perguntas tipo teste) de modo a permitir avaliar o conhecimento do aluno sobre o módulo. II. DADOS BÁSICOS DO SUB-MÓDULO Denominação do sub-módulo 12.1: Gestão das aquisições (UGEAs) Associado à Unidade de Competência UC 12. Gerir, com eficiência e eficácia, a cadeia logística dentro da instituição de saúde Nível do QNQP: Médio 5 Duração do módulo: 40 horas Número de créditos: 4 III. REFERÊNCIAS DO MANUAL DE ENSINO 1. Unidade de competência de referência UC 12. Gerir, com eficiência e eficácia, a cadeia logística dentro da instituição de saúde ELEMENTOS DE COMPETÊNCIA CRITÉRIOS DE DESEMPENHO EC12.1. Definir e coordenar planos de compras de acordo com a expressão das necessidades dos serviços utilizadores. CD12.1.1. Organiza o processo de compra tendo em conta as fases, os prazos, os acordos estabelecidos nas operações garantindo a sua conformidade com os regulamentos em vigor. CD12.1.2. Define as necessidades de aprovisionamento de recursos materiais através das requisições provenientes dos serviços da instituição. CD12.1.3. Define as características dos géneros e dos materiais especificando o seu nível de qualidade assim como as características de identificação comercial que facilitem a sua Sub-módulo 12.1 Gestão das aquisições (UGEAs) Ministério da Saúde 15 ELEMENTOS DE COMPETÊNCIA CRITÉRIOS DE DESEMPENHO encomenda. CD12.1.4. Zela para que as requisições dos serviços se ajustem às necessidades reais obtidas a partir dos consumos regulares e/ou históricos, tendo em conta os stocks que asseguram a resposta perante contingências. CD12.1.5. Elabora um banco de dados dos fornecedores (cadastro de fornecedores) que responda aos requisitos de qualidade dos produtos, prazos de entrega, preços e condições de pagamento. CD12.1.6. Define o calendário de compras dentro da instituição, tendo em conta os prazos para atender as necessidades dos serviços. CD12.1.7. Controla a execução do plano de compras estabelecido verificando o cumprimento dos contratos assinados com os fornecedores. CD12.1.8. Realiza o seguimento e a avaliação dos fornecedores para garantir o cumprimento dos acordos e melhorar a qualidade de aprovisionamento. CD12.1.9. Organiza e arquiva a documentação do processo de compra propondo acções para melhorar a qualidade e a eficiência da cadeia logística. EC12.2. Realizar as compras da instituição de saúde de acordo com o plano de compras definido, garantindo a sua conformidade com os regulamentos em vigor, a qualidade do serviçoe procurando minimizar os custos. CD12.2.1. Prepara os documentos de compra directa ou de concurso de acordo com os procedimentos para fornecimento de bens e serviços, especificando os requisitos e condições de entrega. CD12.2.2. Assegura a designação do júri do concurso em função da natureza do bem ou do serviço a adquirir. CD12.2.3. Solicita aos fornecedores propostas de acordo com as necessidades de compra e o orçamento disponível, utilizando técnicas de negociação ajustadas à ética profissional. CD12.2.4. Zela para que o júri seleccione a proposta mais vantajosa com base na razoabilidade dos preços, prazo de entrega, condições de pagamento, qualidade, garantia, entre outros. CD12.2.5. Elabora pareceres técnicos sobre reclamações e recursos aos concursos, de forma a assegurar a transparência de todos os processos de adjudicação. CD12.2.6. Assessora à autoridade competente na assinatura do contrato para que este não lese a instituição. CD12.2.7. Resolve os imprevistos, incidências e reclamações que se produzam no plano de compras/logística para garantir a satisfação dos serviços da instituição e a resposta às suas necessidades. CD12.2.8. Organiza e controla o fluxo de informação com o fornecedor de cada compra, de forma a facilitar a sua consulta, sempre que necessário. EC12.3. Organizar as operações de armazenamento dos recursos CD12.3.1. Garante que o espaço disponível do armazém seja organizado de modo a optimizar o seu uso e a circulação interna dos produtos. Sub-módulo 12.1 Gestão das aquisições (UGEAs) Ministério da Saúde 16 ELEMENTOS DE COMPETÊNCIA CRITÉRIOS DE DESEMPENHO materiais da instituição de saúde de forma segura e de modo a facilitar o fluxo e conservação em condições de uso. CD12.3.2. Zela pela manutenção das instalações e equipamentos que permitam o armazenamento em segurança, contra roubos, humidades, roedores, incêndio e outros, dos recursos materiais de acordo com os procedimentos estabelecidos. CD12.3.3. Assegura a existência do equipamento indispensável (estrados, estantes, prateleiras e outros) para manuseio e arrumação dos recursos materiais, seleccionado e organizando a partir das características do armazém e dos recursos. CD12.3.4. Garante a arrumação dos materiais usando os códigos e procedimentos estabelecidos. CD12.3.5. Localiza as mercadorias utilizando os sistemas de identificação e/ou codificação e usando aplicações informáticas de organização e de gestão de armazém quando disponíveis CD12.3.6. Define os tempos e padrões das operações e movimentos internos do armazém para monitorar o desempenho e melhorar o serviço prestado. CD12.3.7. Recolhe e disponibiliza as informações sobre o desenvolvimento da actividade, as normas, os volumes de movimento, os recursos utilizados, os custos e a qualidade de serviço no armazém para permitir o seu controlo e a tomada de decisões em tempo útil. CD12.3.8. Assegura as condições de limpeza, ambientais e sanitárias dos armazéns que garantam a conservação dos recursos armazenados. EC12.4. Gerir os processos de recepção e distribuição de mercadorias de modo a dotar os serviços de meios necessários ao funcionamento. CD12.4.1. Verifica e inspecciona fisicamente todos os materiais e mercadorias recebidas no momento da recepção confrontando com a guia de remessa ou factura. CD12.4.2. Procede à devolução da encomenda e comunica imediatamente ao fornecedor em caso de detectar irregularidades. CD12.4.3. Assina a guia de remessa após a verificação completa da encomenda. CD12.4.4. Desenha e organiza o fluxo de distribuição de mercadorias de acordo com as necessidades dos diferentes serviços e de prazo de validade, se necessário. CD12.4.5. Organiza e confere o empacotamento dos materiais a serem distribuídos segundo as condições específicas para cada tipo de material. CD12.4.6. Arquiva os documentos dos processos de recepção e distribuição das mercadorias de forma a garantir o acesso sempre que necessário. CD12.4.7. Avalia periodicamente indicadores de qualidade e eficiência da cadeia logística, tais como a percentagem de encomendas recebidas em tempo útil ou recebidas com deficiências, a percentagem das requisições entregues dentro dos tempos estabelecidos, entre outras. Sub-módulo 12.1 Gestão das aquisições (UGEAs) Ministério da Saúde 17 ELEMENTOS DE COMPETÊNCIA CRITÉRIOS DE DESEMPENHO EC12.5. Controlar o stock de mercadorias para manter as existências que permitam o funcionamento dos sectores e serviços. CD12.5.1. Garante o controlo do fluxo de mercadorias para verificar se as entradas, as saídas e os recursos existentes estão em conformidade com a documentação de suporte. CD12.5.2. Zela para que todas as fichas de controlo de stock estejam actualizadas, registando os movimentos do material no acto de entrada e saída. CD12.5.3. Assegura que o inventário de produtos seja realizado periodicamente, confrontando o saldo registado nas fichas de stock (inventário documental) com o resultado do inventário físico, identificando os desvios de inventário existentes. CD12.5.4. Zela para que as causas das diferenças entre o stock físico e documental sejam identificadas, propondo eventuais medidas correctivas. CD12.5.5. Calcula o nível de saídas mensais, trimestrais e anuais em função das requisições, obtendo assim a informação dos consumos previstos para cada tipo de produto. CD12.5.6. Organiza o processo de re-aprovisionamento para garantir no armazém existência de stocks mínimos, de acordo com os consumos previstos para cada tipo de produto. CD12.5.7. Identifica atempadamente as eventuais rouras de stock a partir do cálculo de parâmetros de gestão e controlo de inventário (nível de stock, stock médio, coeficiente de rotação, stock de segurança, tempo de re-aprovisionamento, entre outros). CD12.5.8. Controla os prazos de validade dos recursos materiais não duradouros, a partir das informações neles contidas, para evitar o uso fora de prazo. CD12.5.9. Assegura o encaminhamento dos recursos materiais fora de prazo para a sua destruição de acordo com a legislação em vigor. CD12.5.10. Realiza anualmente o inventário físico dos recursos materiais armazenados e dos materiais não duradouros em função da sua natureza e tipo, mantendo assim actualizada a informação da valorização do stock existente. EC12.6. Armazenar os produtos não duradouros para consumo e controlar o seu stock, de modo a que se mantenham em perfeito estado até à sua utilização e se assegure o funcionamento dos serviços. CD12.6.1. Realiza a recepção das matérias primas requisitadas verificando se respeitam a requisição de compra, o padrão de qualidade, as datas de validade e as condições de transporte, tais como: manter a temperatura das câmaras de transporte inalterada durante todo o processo de transporte. CD12.6.2. Confere as matérias-primas recebidas para verificar se correspondem às solicitadas e se respeitam às unidades e aos pesos netos solicitados, o nível de qualidade definido, a data de validade, as condições da embalagem, de temperatura e os registos sanitários. CD12.6.3. Controla a recepção e armazenamento das mercadorias tendo em conta: As suas características organolépticas; Temperatura; Sub-módulo 12.1 Gestão das aquisições (UGEAs) Ministério da Saúde 18 ELEMENTOS DE COMPETÊNCIA CRITÉRIOS DE DESEMPENHO Grau de humidade de conservação; Iluminação e ventilação; Normas básicas de armazenamento e normas de higiene; Factores de risco. CD12.6.4. Assegura que as fichas de armazém das mercadorias sejam preenchidas de acordo com os procedimentos estabelecidos. CD12.6.5. Regista as baixas de produtos devido ao mau estado ou quebra, para o controlo de aprovisionamento. CD12.6.6. Realiza os inventários de mercadorias paraconsumo seguindo os procedimentos estabelecidos. CD12.6.7. Elabora balancetes mensais, trimestrais dos movimentos de stocks e relatórios anuais que possibilitem a definição de necessidades para planificação de aquisições e planos de distribuição. CD12.6.8. Verifica as boas condições de limpeza, ambientais e sanitárias dos armazéns e das câmaras frigoríficas, que possam impedir o desenvolvimento bacteriológico e que garantam uma boa qualidade de conservação de acordo com os procedimentos estabelecidos. EC12.7. Controlar o stock de MAM-medicamentos e artigos médicos (incluindo o oxigénio) para manter as existências que permitam o funcionamento dos serviços. CD12.7.1. Garante que a recepção dos MAM seja feita pelas respectivas comissões de acordo com o tipo de artigo e cumprindo as normas estabelecidas: Os MAM são acompanhados pela guia de remessa devidamente preenchida. Verifica na presença do transportador que as embalagens ou caixas não foram violadas e que o número de volumes corresponde com o indicado na guia de remessa, anotando-se com uma observação caso sejam identificadas quaisquer alterações. Informa-se ao superior hierárquico da existência de alterações através de um relatório de ocorrência que deverá ser assinado também pelo transportador. A encomenda deve ser conferida controlando quantidade, prazo de validade e número de lote de cada item com base na guia de remessa. CD12.7.2. Certifica-se de que os MAM são armazenados imediatamente após conferir, cumprindo com as regras específicas de armazenamento para cada tipo de artigo. CD12.7.3. Garante que os MAM expirados sejam separados dos outros e colocados em quarentena à espera de seu abate. CD12.7.4. Assegura a realização do inventário no fim de cada período de consumo, mensal ou trimestral e antes da elaboração de uma requisição. CD12.7.5. Informa atempadamente a todas as unidades dependentes da data de realização de inventário para assegurar seus Sub-módulo 12.1 Gestão das aquisições (UGEAs) Ministério da Saúde 19 ELEMENTOS DE COMPETÊNCIA CRITÉRIOS DE DESEMPENHO stocks, uma vez que não existam movimentos durante a inventariação. CD12.7.6. Verifica que todas as fichas de stock sejam actualizadas, registando todas as saídas e entradas no acto do movimento. CD12.7.7. Assegura que seja realizada a contagem física dos MAM e confrontada com as fichas de stock, de modo a corrigir a referida ficha e elaborar o relatório para tomada de decisões das discrepâncias detectadas. CD12.7.8. Certifica-se que a distribuição de MAM para as unidades dependentes é realizada com a periodicidade estabelecida para cada tipo de unidade. CD12.7.9. Zela para que a resposta às requisições recebidas tenham em conta os consumos habituais de cada unidade, o stock remanescente e os stocks existentes nos depósitos provinciais e distritais para fazer face a todos os períodos. CD12.7.10. Assegura a disponibilidade de transporte em condições de segurança para distribuição de MAM. CD12.7.11. Garante a devolução aos depósitos de MAM dos medicamentos fora de prazo provenientes das unidades dependentes. CD12.7.12. Controla a segurança das instalações da rampa de oxigénio zelando pelo cumprimento dos planos de manutenção periódica que assegurem seu funcionamento contínuo. CD12.7.13. Realiza requisições e confere a recepção dos pedidos de oxigénios garantindo seu armazenamento segundo as normas de segurança existentes e de stocks de segurança para fazer frente a qualquer contingência. CD12.7.14. Elabora balancetes trimestrais dos movimentos de stocks e relatórios anuais que possibilitem a definição de necessidades para planificação de aquisições e planos de distribuição de MAM. 2. Sub-módulo vocacional de referência Sub-módulo 12.1: Gestão das aquisições (UGEA`s) RESULTADOS DE APRENDIZAGEM CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO RA.1 Analisar os processos de gestão das aquisições nas instituições de saúde, tendo em conta suas características próprias e em conformidade com as normas estabelecidas. CA 1.1. Interpreta os regulamentos do país aplicáveis aos processos e às actividades de compra de bens e serviços nas instituições de saúde. CA 1.2. Explica o funcionamento das comissões de recepção e normas regulamentares correspondentes nas instituições de saúde em Moçambique. CA 1.3. Descreve as actividades e processos de compra de bens e serviços nas instituições de saúde, tendo em conta as fases, os prazos e os acordos nas operações. CA 1.4. Identifica as necessidades de compra, abastecimento e inventário Sub-módulo 12.1 Gestão das aquisições (UGEAs) Ministério da Saúde 20 RESULTADOS DE APRENDIZAGEM CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO numa unidade sanitária. CA 1.5. Argumenta com clareza e adequadamente a selecção dos fornecedores. CA 1.6. Numa situação real ou simulada, devidamente caracterizada, na qual se proporciona informação sobre as necessidades de compras e diferentes ofertas de fornecedores de um determinado material ou produto: Elabora o cadastro de fornecedores segundo os requisitos de qualidade dos produtos, prazos de entrega, preços e condições de pagamento. Identifica os fornecedores em função dos critérios de eficiência e efectividade estabelecidos. Realiza as encomendas segundo os procedimentos e as condições de compra. RA.2 Gerir a documentação e informação necessária relativa à disponibilidade de produtos e serviços CA 2.1. Identifica os tipos de documentos (compra directa, de concurso, acessórios de transporte, notas de despesas e outros) utilizados na compra e fornecimento de materiais, bens e serviços das instituições de saúde. CA 2.2. Analisa contratos e notas de entrega estabelecidos com fornecedores das instituições de saúde pública em Moçambique. CA 2.3. Numa situação real ou simulada devidamente caracterizada de gestão de documentação e informação de fornecimento de bens e serviços: Prepara e preenche os documentos correspondentes a cada tipo de processo de compra Arquiva em suportes manuais e/ou informáticos a documentação derivada dos processos de compra Apresenta um relatório dos processos de compra. RA.3 Aplicar técnicas de gestão de compras para o abastecimento de bens e serviços, identificando planos de compras de acordo com a expressão das necessidades dos serviços utilizadores. CA 2.4. Verfica as características dos planos de compras utilizados nas unidades sanitárias. CA 2.5. Regista os materiais nas fichas de prateleira/stock. CA 2.6. Utiliza as requisições provenientes dos serviços para calcular as necessidades de aprovisionamento de recursos utilizando aplicativos de gestão de compra. CA 2.7. Determina as necessidades de compra utilizando as fichas de controlo de inventário e aplicando critérios de qualidade estabelecidos (montantes máximos e mínimos de stock estabelecido; velocidade de rotação do stock; consumo num determinado período, etc.) CA 2.8. Apresenta um relatório onde sintetiza o desenvolvimento do processo de gestão de compras incluindo a pertinência das requisições e a valorização da transparência no processo. RA.4 Usar sistemas e procedimentos manuais e/ou aplicativos informáticos na gestão de aquisições (UGEAs) CA 4.1. Descreve as características dos aplicativos usados no sistema de gestão das aquisições numa instituição de saúde. CA 4.2. Numa situação real ou simulada devidamente caracterizada de gestão das aquisições: - Utiliza procedimentos e/ou aplicativos informáticos específicos e/ou para registar informações de gestão de aquisições, identificação de Sub-módulo 12.1 Gestão das aquisições (UGEAs) Ministério da Saúde 21 RESULTADOS DE APRENDIZAGEM CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO mercadorias e fornecedores e outros. - Aplica as ferramentas estabelecidas para asseguraro seguimento dos processos de aquisição. IV. UNIDADES DIDÁCTICAS 1. Conteúdo organizador Analisar os processos de gestão das aquisições nas instituições de saúde, tendo em conta as suas próprias características e a conformidade com as normas estabelecidas. 2. Sequência das Unidades Didácticas Unidades Didácticas Tempo (em horas) UD1: Gestão das aquisições nas instituições de saúde 15h UD2: Gestão e negociação com fornecedores 15h UD3: Controlo de qualidade na gestão de compras e aprovisionamento 10h 3. Desenvolvimento das unidades didácticas Sub-módulo 12.1 Gestão das aquisições (UGEAs) Ministério da Saúde UD 1: Gestão das aquisições nas instituições de saúde - 22 UNIDADE DIDÁCTICA 1 GESTÃO DAS AQUISIÇÕE NAS INSTITUIÇÕES DE SAÚDE Sub-módulo 12.1 Gestão das aquisições (UGEAs) Ministério da Saúde UD 1: Gestão das aquisições nas instituições de saúde - 23 ÍNDICE DA UD1 OBJECTIVO GERAL 25 Resultados de aprendizagem da unidade didáctica 1 25 INTRODUÇÃO 25 1. PROCESSOS DE GESTÃO DE AQUISIÇÕES NAS INSTITUIÇÕES DE SAÚDE 26 1.1. Conceito de Bens e Serviços 26 1.2. O Papel do Comprador Público no Processo de Aquisição de Bens ou Materiais 26 1.2.1. Comportamento Ético do Comprador Público 27 2. ÓRGÃOS RESPONSÁVEIS NO PROCESSO DE CONCURSO PÚBLICO 28 2.1. Autoridade Competente 29 2.2. Entidade Contratante 29 2.3. Unidade Funcional de Supervisão das Aquisições (UFSA) 29 2.4. Unidade Gestora Executora das Aquisições (UGEA) 29 2.5. Atribuições das UGEAs 30 2.6. Competências 30 2.7. Intervenientes nas contratações 30 2.7.1. O júri 31 3. CONCORRENTE 32 3.1. Concorrente nacional 32 3.2. Concorrente Estrangeiro 33 4. CONCURSO, PUBLICAÇÃO E NOTIFICAÇÃO 33 4.1. Elementos do Anúncio de Concurso 33 4.2. Publicação do Anúncio de Concurso 34 4.3. Direito de Consulta Pública 34 4.4. Notificação aos Participantes 35 5. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO E DECISÃO DAS PROPOSTAS 35 5.1. Critérios de Avaliação e Decisão 35 5.2. Critério do Menor Preço Avaliado 36 5.3. Critério Conjugado 36 5.4. Solução em Caso de Empate 37 6. CRITÉRIO DE DECISÃO DE CONCURSO PARA A CONCESSÃO 37 6.1. Critérios de Decisão 37 7. MODALIDADES DE CONCESSÃO 38 7.1. Concurso Público (Fases) 38 Sub-módulo 12.1 Gestão das aquisições (UGEAs) Ministério da Saúde UD 1: Gestão das aquisições nas instituições de saúde - 24 7.1.1. Anúncio de Concurso 38 7.1.2. Aquisição dos Documentos de Concurso 38 7.1.3. Conteúdo dos Documentos de Concurso 38 7.1.4. Disponibilidade dos Documentos de Concurso 40 7.1.5. Esclarecimentos sobre os Documentos de Concurso 40 7.1.6. Modificação dos Documentos de Concurso 40 7.1.7. Prazo para Apresentação de Documentos de Qualificação e Propostas 41 7.1.8. Forma de Apresentação de Documentos de Qualificação e Propostas 41 7.1.9. Prazo de Validade das Propostas 41 7.1.10. Acto Público de Abertura de Propostas e de Comunicação do Posicionamento da Avaliação do Júri 41 7.1.11. Critério de Avaliação e Decisão 42 7.1.12. Avaliação e Qualificação 42 7.1.13. Diligências para Correcção de Falhas 43 7.1.14. Classificação das Propostas 43 7.1.15. Desclassificação de Concorrentes 43 7.1.16. Relatório de Avaliação e Recomendação do Júri 43 7.1.17. Cancelamento do Concurso 44 7.1.18. Invalidade do Concurso 44 7.1.20. Adjudicação 44 7.1.21. Comunicação de Actos de Adjudicação, Cancelamento e Invalidade 44 8. PLANO DE CONTRATAÇÕES 45 9. REGIMES JURÍDICOS E MODALIDADES DE CONCURSO 45 9.1. Regime Geral 45 9.2. Regime Especial 46 9.3. Regime excepcional 46 9.3.1. Ajuste Directo 47 RESUMO 48 ACTIVIDADES DE ENSINO-APRENDIZAGEM DA UD 1 49 Actividade 1: Aplicar técnicas de gestão de compras para o abastecimento de bens, observando os planos de compras 49 Actividade 2 Identificar as necessidades de compra de bens de uma unidade sanitária 50 CASO PRÁTICO DA UD1 51 Sub-módulo 12.1 Gestão das aquisições (UGEAs) Ministério da Saúde UD 1: Gestão das aquisições nas instituições de saúde - 25 OBJECTIVO GERAL Analisar o processo de gestão de aquisições nas instituições públicas, com enfoque para instituições do sector da saúde em Moçambique. Resultados de aprendizagem da unidade didáctica 1 No fim desta Unidade, o formando será capaz de: Determinar as necessidades de aquisição de bens e prestação de serviços no sector de saúde; Discutir e aplicar os conceitos de bens e serviços, bem como os seus intervenientes; Indicar a legislação que regula o processo de contratação pública de Moçambique; Demonstrar o comportamento ético do comprador público do sector de saúde; Implementar os regimes jurídicos de contratação pública de bens e serviços públicos. INTRODUÇÃO Num país onde prevalece o Estado de direito, tem como um dos princípios fundamentais a transparência e a legalidade em todas áreas da actuação da Administração Pública. Uma das áreas onde a transparência se pode tomar como exemplo é o procurement público, o qual contempla a compra de bens e serviços por parte do Estado. Além disso, o Plano Quinquenal do Governo (PQG)1 determina que, no quadro do prosseguimento e reforço da implementação das reformas em curso visando melhorar a prestação de serviços públicos e conferir a necessária integridade aos serviços da Administração Pública, o Governo continuará a privilegiar a profissionalização da Administração Pública dotando-a de quadros profissionalmente qualificados, imbuídos do espírito de bem servir e assente numa cultura baseada nos princípios de transparência, ética, disciplina e integridade. Por isso, o Governo de Moçambique aprovou várias leis que definem as balizas que devem nortear as regras e os princípios de aquisição de bens e prestação de serviços, nomeadamente, o Decreto n.º 15/2010 de 24 de Maio e o respectivo Regulamento, sem descurar o Estatuto Geral dos Funcionários e Agentes do Estado (EGFAE) e o seu Regulamento, bem como a Lei 14/2011, de 10 de Agosto, que define o quadro dos procedimentos administrativos, consubstanciado na alínea r) do artigo n.º 2 da Constituição da República de Moçambique. É, na esteira dessa matéria, que iremos abordar ao longo desta UD. 1Artigo 77 e 78 da Resolução nº 12/2015 de 14 de Abril que aprova o Plano Quinquenal do Governo de Moçambique (2015-2019). Sub-módulo 12.1 Gestão das aquisições (UGEAs) Ministério da Saúde UD 1: Gestão das aquisições nas instituições de saúde - 26 1. PROCESSOS DE GESTÃO DE AQUISIÇÕES NAS INSTITUIÇÕES DE SAÚDE 1.1. Conceito de Bens e Serviços DEFINIÇÃO Bens: objectos de qualquer natureza, cujo valor inclui também os serviços acessórios ao seu fornecimento desde que o valor destes não exceda o dos bens a serem fornecido (Alínea d) do artigo 3 do Decreto n. º15/2010, de 24 de Maio) Tal como vem na definição, um bem é um objecto de qualquer natureza. Desta forma, podemos considerar como bens, as viaturas que servem as unidades sanitárias para garantir a prossesecução da sua actividade, o material médico, como é caso de equipamento cirúrgico, o microscópio, as seringas, bem como a compra os medicamentos. DEFINIÇÃO Serviços: actividade em que a contratada fornece à Entidade Contratante o resultado do seu trabalho intelectual ou físico (Alínea x) do artigo 3 do Decreto n. º15/2010, de 24 de Maio) Serviços significam os acessórios inerentes ao fornecimento dos bens, tais como seguro, montagem, instalação, fornecimento de assistência técnica, testes de funcionamento, treinamento e quaisquer outras obrigações da contratada, cobertas pelo contrato. Os serviços podem ser contratos celebrados entre a unidade sanitária e outras entidades, podem ser Fipag, EDM ou podem ser o caso de médicos internos ou estrangeiros que prestam serviços e que, para o efeito, são assinados contratos de prestaçãode serviços. ATENÇÃO É importante adquirir bens e/ou serviços: na qualidade desejada, no momento preciso, pelo menor preço possível e na quantidade desejada. 1.2. O Papel do Comprador Público no Processo de Aquisição de Bens ou Materiais Os compradores públicos devem estar cientes de que, para realização das compras, se torna necessário e imprescindível o fornecimento da especificação completa do bem2, além da definição das unidades e das quantidades a serem adquiridas, para garantir a perfeita aquisição dos bens ou serviços necessários, além de permitir clareza e exactidão por parte de quem está a dar a cotação/ os preços, neste caso, o fornecedor. 2 Esta matéria, na prática, se encontra nos cadernos de Encargo, precisamente nas instruções aos concorrentes (IAC), na Secção III- Critérios de Avaliação de Avaliação e Qualificação. Sub-módulo 12.1 Gestão das aquisições (UGEAs) Ministério da Saúde UD 1: Gestão das aquisições nas instituições de saúde - 27 CITAÇÃO “Não se pode, portanto, hoje, imaginar um comprador preocupado unicamente com a conclusão de uma compra, sem avaliar o impacto dessa operação em relação aos demais processos integrados à cadeia produtiva ou operativa das organizações” (Dias e Costa, 2000:5). Com isso, evidencia-se o papel estratégico das compras, que passa pela sua função estratégica na organização, podendo transformar-se em vantagem competitiva, desde que adequadamente desenvolvida e desempenhada na instituição. Portanto, o servidor público ou funcionário deve, ao praticar o acto de aquisição de bens e prestação de serviços, orientar-se pelo Regulamento de Contratação de Empreitada de Obras Públicas, Fornecimento de Bens e Prestação de Serviços ao Estado3, tendo em conta que as partes devem observar os princípios da legalidade, finalidade, razoabilidade, proporcionalidade, prossecução do interesse público, transparência, publicidade, igualdade, concorrência, imparcialidade, boa-fé, estabilidade, motivação, responsabilidade, boa gestão financeira, celeridade e os demais princípios de direito público aplicáveis. Os compradores, independentemente serem públicos ou privados, precisam de ter um perfil vinculado às necessidades estratégicas da organização. Baily e colaboradores (2000:425), defendem a existência do provável “perfil do comprador”. CURIOSIDADE O comprador que temos estado a fazer referência é a Unidade Sanitária- através dos seus serviços de Unidades Gestoras das Aquisições, designada UGEA. 1.2.1. Comportamento Ético do Comprador Público O comportamento ético por parte dos compradores públicos é esperado e exigido pela sociedade, com forte ligação com o conceito de moral. A ética é considerada uma teoria ou ciência do comportamento moral dos homens na sociedade, sendo um leque de conceitos aplicáveis às acções dos seres humanos, onde o código de ética é estabelecido pelo padrão de conduta para pessoas com diferentes entendimentos e experiências sociais sobre os acontecimentos da vida de cada um. Estabelece uma ligação do código de ética e a organização, em que se define que as organizações modernas actuam em cenários cada vez mais complexos, participando de operações inovadoras, mesmo quando essas operações repitam actividades antigas. O código de ética pode servir como prova legal da intenção da organização, ou seja, ele tem a missão de 3 Este Regulamento foi aprovado pelo Decreto nº 15/2010 de, 24 de Maio. Sub-módulo 12.1 Gestão das aquisições (UGEAs) Ministério da Saúde UD 1: Gestão das aquisições nas instituições de saúde - 28 padronizar e formalizar o entendimento da organização institucional nos seus diversos relacionamentos e operações. A existência do código de ética evita que julgamentos subjectivos deturpem, impeçam ou restrinjam a aplicação dos princípios (Lima 2004:44). Há uma necessidade do comprador se manter distante dos interesses dos fornecedores, em que, não obstante tudo isso, o comprador, durante a avaliação de um processo de compra de determinado material ou de contratação de serviço, deve manter-se equidistante de todos os fornecedores, evitando que aspectos pessoais e subjectivos interfiram nas suas decisões, beneficiando um único fornecedor em detrimento de outros e, consequentemente, da sua própria empresa. Nesse ponto, nunca se pode esquecer que o comprador profissional não está a adquirir materiais ou serviços para si, mas para a organização que lhe paga salários, e é sempre desse modo que ele tem de raciocinar ao avaliar as propostas dos fornecedores. Embora possa parecer óbvia, a colocação anterior constitui em alicerce do código de ética de todo o comprador profissional (Dias e Costa, 2000:219). As lições dos autores supracitados encontram o seu enquadramento na legislação moçambicana a partir do artigo 145 e seguintes do Decreto 15/2010, de 24 de Maio ao determinar no n. º 1, que a Entidade Contratante e os Concorrentes devem observar os mais elevados padrões de ética durante o procedimento de contratação e execução das obras, fornecimento de bens e prestação de serviços, nos termos da legislação em vigor. A responsabilidade ética dos compradores públicos é para a instituição em que trabalha, não permitindo que fornecedores coloquem à sua disposição qualquer tipo de favor, do tipo monetário ou em forma de presentes, sendo altamente recomendável que tais relações sejam mantidas em bases realmente equidistantes. Cabe ao comprador público manter tal distância, pois por meio da sua postura e de suas atitudes, sinalizam aos vendedores que ali eles não conseguirão auferir vantagens imorais. No contexto moçambicano, casos de fraudes ou actos ilícitos são tratados por orientação da Lei n.º 06/2004, de 17 de Junho, a chamada lei da anti-corrupção, a partir do artigo n. º 1 e seguintes. 2. ÓRGÃOS RESPONSÁVEIS NO PROCESSO DE CONCURSO PÚBLICO Autoridade Competente; UFSA; Entidade Contratante; UGEA. Sub-módulo 12.1 Gestão das aquisições (UGEAs) Ministério da Saúde UD 1: Gestão das aquisições nas instituições de saúde - 29 2.1. Autoridade Competente DEFINIÇÃO Autoridade Competente: agente que representa a Entidade Contratante, formalmente designada, com poderes para praticar os actos relativos aos procedimentos de contratação definidos no presente Regulamento (alínea c) do artigo 3, do Decreto n. º15/2010, de 24 de Maio). 2.2. Entidade Contratante DEFINIÇÃO Entidade Competente: órgão ou instituição do Estado que promove a abertura de concurso e celebra o contrato, representado pela Autoridade Competente (alínea n) do artigo 3, do Decreto n. º15/2010, de 24 de Maio). 2.3. Unidade Funcional de Supervisão das Aquisições (UFSA) DEFINIÇÃO Unidade Funcional de Supervisão das Aquisições (UFSA): corresponde ao órgão com competência de coordenação e supervisão de toda a actividade relacionada com a contratação pública de gestão do sistema nacional centralizado de dados e informação e dos programas de capacitação em matéria de contratação (alínea z) do artigo 3, do Decreto n. º15/2010, de 24 de Maio). 2.4. Unidade Gestora Executora das Aquisições (UGEA) DEFINIÇÃO Unidade Gestora Executora das Aquisições (UGEA): corresponde à unidade integrada em cada órgão ou instituição do Estado, incluindo as autarquias e empresas do Estado que tiverem uma tabela orçamental para executar e encarregue da gestão dos processos de aquisições desde a planificação, sua preparação bem como execução do contrato, (alínea a) do artigo 3, do Decreto n.º15/2010, de 24 de Maio). É a unidade encarregue da gestão dos processos de aquisições, desde a planificação, sua preparação, bem como execução do contrato, estando sob a supervisão da Autoridade CompetenteA existência da UFSA visa salvaguardar o âmbito da aplicação das normas do funcionamento dos serviços da Administração Pública, em que vêm plasmados todos os princípios a partir do artigo no n. º3 do artigo 7 e seguintes do Decreto 30/2001, de 15 de Outubro. E, neste caso particular, nos referimos ao princípio de transparência, que determina que todos os órgãos da Administração Pública estão sujeitos à fiscalização e auditoria periódicas pelas entidades competentes. Enquanto a UGEA constitui uma divisão administrativa, autónoma e independente que regula o processo das aquisições numa determinada instituição pública. Sub-módulo 12.1 Gestão das aquisições (UGEAs) Ministério da Saúde UD 1: Gestão das aquisições nas instituições de saúde - 30 2.5. Atribuições das UGEAs São atribuições das UGEAs: a gestão e execução dos processos de aquisições em todas as fases do ciclo de contratação, desde a planificação até à recepção de obras, bens ou serviços e execução pontual do contrato (n.º 1 do artigo 14, do Decreto 15/2010, de 24 de Maio). Na sua actuação, as UGEAs subordinam-se directamente à Autoridade Competente (Ibid.: artigo.2). No exercício das suas atribuições e competências, as UGEAs estão sujeitas à supervisão técnica da UFSA (Ibid.: artigo 3). 2.6. Competências Dentre várias competências, as UGEAs têm as seguintes: Efectuar o levantamento das necessidades de contratação pela Entidade Contratante, para o respectivo exercício financeiro; Realizar a planificação sectorial anual das contratações; Elaborar os documentos de concurso; Observar todos os procedimentos de contratação previstos no regulamento; Receber e processar as reclamações e os recursos interpostos e zelar pelo cumprimento dos procedimentos pertinentes; Apoiar e orientar as demais áreas da Entidade Contratante na elaboração do catálogo contendo as especificações técnicas e de outros documentos pertinentes à contratação; Prestar assistência ao Júri e zelar pelo cumprimento de todos os procedimentos pertinentes; Submeter a documentação de contratação ao Tribunal Administrativo, em conformidade com a legislação pertinente; Prestar a necessária colaboração aos órgãos de controlo interno e externo na realização de inspecções e auditorias (alíneas a) a v) do artigo 15, do Decreto 15/2010, de 24 de Maio). 2.7. Intervenientes nas contratações 1. Autoridade Competente 2. Júri 3. Concorrentes Secretaria UGEA (MISAU) Sub-módulo 12.1 Gestão das aquisições (UGEAs) Ministério da Saúde UD 1: Gestão das aquisições nas instituições de saúde - 31 DEFINIÇÃO Autoridade Competente, agente que representa a Entidade Contratante, formalmente designado, com poderes para praticar os actos relativos aos procedimentos de contratação definidos no presente regulamento (alínea c) do artigo 3, do Decreto n15/2010, de 24 de Maio) DEFINIÇÃO Entidade Contratante, órgão ou instituição do Estado que promove a abertura de concurso e celebra contrato, representado pela Autoridade Competente (alínea n) do artigo 3, do Decreto n. º15/2010, de 24 de Maio) Como se pode notar, esses dois conceitos são complementares. A entidade contraente constitui a instituição em si, por exemplo, pode ser Hospital Central de Quelimane, enquanto que a entidade competente constitui o responsável legalmente designado para fazer cumprir normas estatuídas na legislação. 2.7.1. O júri DEFINIÇÃO Júri: órgão colegial que zela pela observância de todos os procedimentos atinentes à contratação pública (alínea q) do artigo 3, do Decreto nº15/2010, de 24 de Maio) Atribuições do Júri a. Receber as propostas dos concorrentes e proceder à sua abertura; b. Solicitar esclarecimentos aos concorrentes durante a avaliação das propostas em nome da Entidade Contratante; c. Propôr à Entidade Contratante a consulta a técnicos e especialistas, quando necessário; d. Propôr alterações nas propostas iniciais, no concurso em duas etapas; e. Avaliar e classificar as propostas; e f. Remeter o relatório de avaliação das propostas. Com recomendação de adjudicação, à decisão da Entidade Contratante. No exercício das suas atribuições, os membros do júri devem observar particularmente os principais de independência, imparcialidade e isenção (nº 1, 2 e 3 do artigo 17, Decreto 15/2010, de 24 de Maio). Compete ao Ministro que superintende a área das Finanças aprovar a tabela de senhas de presenças papra os membros de Júri. ATENÇÃO A composição dos membros do Júri não se pode confundir com a da UGEA Sub-módulo 12.1 Gestão das aquisições (UGEAs) Ministério da Saúde UD 1: Gestão das aquisições nas instituições de saúde - 32 Competências do Júri a. Deliberar em reunião reservada com a participação da maioria dos seus membros; e b. Deliberar por maioria de votos dos membros presentes; As deliberações do Júri devem ser registadas em acta devidamente assinada, dela constando a fundamentação e havendo voto vencido de algum membro do júri; tal facto deve ser registado indicando as razões da discordância; É vedado aos membros do Júri delegar as suas competências. Concorrente DEFINIÇÃO Concorrente: Pessoa singular que possua nacionalidade moçambicana ou pessoa colectiva que tenha sido constituída, nos termos da legislação moçambicana, e cujo capital social seja detido em mais de cinquenta por cento por pessoa singular moçambicana ou por pessoa colectiva moçambicana cujo capital social seja maioritariamente detido em mais de cinquenta por cento por pessoa singular moçambicana, nos termos das alíneas a) e b) do n. º 1 do artigo 26, do Decreto n. º15/2010 de, 24 de Maio). 3. CONCORRENTE 3.1. Concorrente nacional A Entidade Contratante pode restringir a participação a concorrentes nacionais, às modalidades de contratação definidas no presente regulamento, sempre que se trate de contratação de empreitada de obras, de fornecimento de bens ou de prestação de serviços, cujo valor estimado não seja superior três vezes o limite estabelecido, nos termos dos nº 2 e 3 do artigo 90 (nº 1 do artigo 26, do Decreto 15/2010, de 24 de Maio). Caso a Entidade Contratante não aplique a prerrogativa prevista no número anterior, deve estabelecer as seguintes margens de preferência a concorrentes nacionais: a) Dez por cento do valor do contrato, sem impostos, para obras; e b) Quinze por cento do valor do contrato, sem impostos, para bens (ibid.: n. º 3) Para efeitos de aplicação da margem de preferência para bens, é indispensável a apresentação do modelo de declaração do produtor para prova de incorporação de factores nacionais correspondentes, cujo valor deve corresponder a, pelo menos, vinte por cento do preço à porta da fábrica do produto acabado, podendo o Ministro que superintende a área das Finanças ajustar a percentagem acima referida (ibid.: n.º 4) Sub-módulo 12.1 Gestão das aquisições (UGEAs) Ministério da Saúde UD 1: Gestão das aquisições nas instituições de saúde - 33 Caso pretenda exercer as prerrogativas previstas no nº 2, a Entidade Contratante deve obter autorização prévia e fundamentada do Ministro de tutela, fazendo-se constar, expressamente, a restrição da participação apenas de concorrentes nacionais no Anúncio e Documentos do Concurso (ibid.: nº 5). 3.2. Concorrente Estrangeiro O concorrente estrangeiro deve cumprir com as normas gerais fixadas no presente regulamento, em legislação específica e nos documentos de concurso, mediante apresentação de documentos equivalentes aos exigidos a concorrentes nacionais. O concorrente estrangeiro, quer esteja ou não autorizado a exercer a sua actividade em Moçambique, deve ainda: a) Ter procurador residente e domiciliado no país, com poderes especiais para receber citação, intimação e responder administrativa e judicialmente pelos seus actos, juntando o instrumento de mandato com os documentosdeterminados no presente regulamento. b) Comprovar a sua qualificação jurídica, económico-financeira, técnica e regularidade fiscal no país de origem: c) Comprovar a inexistência de pedidos de falência ou concordata em Moçambique e no país de origem; e d) Proceder à entrega dos documentos escritos em língua portuguesa. A Entidade Contratante poderá, sempre que julgar necessário, confirmar da veracidade do conteúdo (n.º 1, 2, 3 e seguintes do artigo 26, do Decreto 15/2010, de 24 de Maio). 4. CONCURSO, PUBLICAÇÃO E NOTIFICAÇÃO 4.1. Elementos do Anúncio de Concurso O Anúncio de Concurso deve, entre outros, definir de forma precisa, suficiente e clara: a) A Entidade Contratante que o promove; b) A modalidade do concurso; c) O objecto do concurso; d) O local, dias e horário em que podem ser consultados e/ /ou obtidos os documentos de Concurso; e) O local, dias e horário da recepção das propostas; f) O local, dias e horário em que serão abertas as propostas; e Sub-módulo 12.1 Gestão das aquisições (UGEAs) Ministério da Saúde UD 1: Gestão das aquisições nas instituições de saúde - 34 g) O local, dias e horário em que será feito o anúncio do posicionamento dos concorrentes, nos termos do n.º 9, do artigo 54. No concurso para contratação de empreitada de obras públicas, o Anúncio de Concurso deve indicar o local de visita da obra, bem como os respectivos dias e horários (artigo 32, do Decreto nº 05/2016, de 08 de Maio). 4.2. Publicação do Anúncio de Concurso O Anúncio de Concurso é divulgado mediante edital, portal, imprensa, podendo ser rádio, jornal, ou outro meio de comunicação adequado e de fácil acesso para o público-alvo. A publicação do Anúncio de Concurso na imprensa, deverá ser divulgada, pelo menos, duas (2) vezes, pela Entidade Contratante. É obrigatória a publicação de: a) Anúncio de Concurso, que divulga a sua realização, bem como a indicação da respectiva modalidade de concurso; b) Convite para a manifestação de interesse; c) Convite para inscrição no Cadastro Único; d) Adjudicação do objecto do concurso, com a indicação da respectiva modalidade de contratação, o valor da adjudicação e o concorrente vencedor; e e) Cancelamento ou invalidação, com indicação das razões para o efeito (Ibid: artigo 32). Nos casos de alteração do Anúncio do Concurso, o mesmo deve ser divulgado antes do termo do prazo estabelecido para apresentação de propostas e documentos de qualificação, da mesma forma que o texto original, com a prorrogação do prazo, se necessário. 4.3. Direito de Consulta Pública Todos os documentos integrantes do procedimento administrativo de contratação são abertos à consulta do público, a título gratuito, desde a publicação do Anúncio de Concurso até sessenta (60) dias após a sua conclusão, salvo aqueles casos cuja divulgação possa comprometer a confidencialidade do processo durante as fases de preparação, recepção e avaliação das propostas, bem como as que respeitem a defesa e segurança nacional. A excepção referida no número anterior não é aplicável aos órgãos de controlo interno e externo, nos termos da legislação vigente, bem como no decurso dos prazos para reclamação, nos termos do n.º 3 do artigo 275 ( Ibid: artigo 34). Sub-módulo 12.1 Gestão das aquisições (UGEAs) Ministério da Saúde UD 1: Gestão das aquisições nas instituições de saúde - 35 4.4. Notificação aos Participantes Os actos praticados na contratação que interessam apenas aos participantes estes devem ser comunicados pela Entidade Contratante por meio de notificação directa, com prova de recepção. Devem ser objecto de notificação: a) Convocatória para celebração do Contrato; b) Decisão sobre classificação e desclassificação de propostas; c) Decisão sobre Adjudicação; d) Decisão sobre lista curta; e) Decisão sobre habilitação de participante; f) Decisão sobre deferimento ou indeferimento da inscrição no Cadastro Único; g) Decisão sobre actualização do Cadastro Único; h) Interposição e decisão de Reclamações e Recursos; i) Acto comunicando a pretensão de cancelar ou invalidar o procedimento de concurso; j) Acto comunicando que o concurso ficou deserto por desclassificação de todos os concorrentes; k) Acto comunicando a suspensão no andamento do concurso nos casos de Reclamação; l) Convocatória dos participantes para apresentação de propostas técnicas e financeiras nos concursos para contratação de serviços de consultoria; m) Convocatória dos participantes para discussão de propostas iniciais, no Concurso em Duas Etapas; n) Convocatória para a confirmação de declarações apresentadas pelo vencedor; e o) Outros actos julgados necessários. Os actos definidos no número anterior devem ser notificados a todos os participantes, excepto os previstos nas alíneas a), f), g) e n) (Ibid: artigo 35). 5. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO E DECISÃO DAS PROPOSTAS 5.1. Critérios de Avaliação e Decisão A contratação de empreitada de obras públicas, fornecimento de bens e prestação de serviços devem ser decididos com base no Critério de Menor Preço Avaliado. Excepcionalmente, não sendo viável decidir com base no Critério de Menor Preço Avaliado, a Entidade Contratante pode fazê-lo com base no critério conjugado na avaliação técnica, no preço e outros factores de ponderação, devidamente fundamentando (Ibid: artigo 36). Sub-módulo 12.1 Gestão das aquisições (UGEAs) Ministério da Saúde UD 1: Gestão das aquisições nas instituições de saúde - 36 5.2. Critério do Menor Preço Avaliado A decisão com base no Menor Preço Avaliado deve propiciar a escolha das propostas que garantam os níveis de qualidade e de qualificação do concorrente necessários à realização do interesse público, de acordo com os documentos de concurso. Na avaliação do preço devem ser levados em consideração as especificações técnicas e/ou termos de referência e requisitos de qualificação, estabelecidos nos documentos de concurso. Após a avaliação, nos termos referidos nos números anteriores, será seleccionada a proposta que apresente o Menor Preço Avaliado, dos concorrentes apurados, que tenham observado as especificações técnicas e/ou termos de referência e requisitos de qualificação estabelecidos nos documentos de concurso (Ibid: artigo 37). 5.3. Critério Conjugado A avaliação baseada na conjugação das propostas técnicas e preços é feita de acordo com os critérios de ponderação estabelecidos nos documentos de concurso. Os documentos de concurso também especificarão os factores essenciais, além dos preços, a serem considerados na avaliação da proposta e o modo de sua aplicação com o fim de determinar a proposta de Menor Preço Avaliado. Os factores de avaliação técnica devem ser definidos por fórmula matemática que contemple, de forma objectiva, as variáveis definidas nos documentos de concurso. Na avaliação podem ser considerados outros factores, nomeadamente: a) Condições de pagamento; b) Cronograma de pagamentos; c) Prazo de entrega; d) Cronograma de entrega; e) Custos operacionais; f) Custo de transporte e seguro até ao local especificado; g) Eficiência e adequação do equipamento; h) Disponibilidade de peças de reposição e serviços de manutenção; i) Condições de garantia; j) Treinamento; k) Segurança; l) Benefícios ambientais; m) Disponibilidade de equipamentos e qualificação da equipe técnica, nos casos em que represente vantagem para a Entidade Contratante; e Sub-módulo 12.1 Gestão das aquisições (UGEAs) Ministério da Saúde UD 1: Gestão das aquisições nas instituições de saúde - 37 n) Ser titular de certificado válido do selo “Orgulho Moçambicano. Made in Mozambique.” Sempre que possível, ressalvado o preço, os demais factores de avaliação serão expressos em termos monetários. A avaliação técnica e a recomendação de decisão devem ser devidamente fundamentadas no relatório de avaliação(Ibid: artigo 38). 5.4. Solução em Caso de Empate Quando for adoptado o Critério de Menor Preço Avaliado e houver empate entre duas ou mais propostas, a classificação final deve ser apurada por sorteio em sessão pública. Quando for adoptado o Critério Conjugado e houver empate entre duas ou mais propostas, a classificação final é atribuída ao concorrente detentor da melhor classificação técnica e, persistindo o empate, a classificação final deve ser decidida por sorteio, em sessão pública. 6. CRITÉRIO DE DECISÃO DE CONCURSO PARA A CONCESSÃO 6.1. Critérios de Decisão Sem prejuízo da legislação específica, a decisão de concurso para a concessão de obras ou prestação de serviços públicos pode ser adoptada, isolada ou conjuntamente, considerando os seguintes critérios: a) Maior oferta de preço pela outorgante; b) Menor tarifa ou preço a ser praticado junto aos utilizadores; c) Melhor qualidade dos serviços ou dos bens postos à disposição do público; d) Melhor atendimento e satisfação da procura; e e) Ser titular de certificado válido do selo “Orgulho Moçambicano. Made in Mozambique.” A escolha da melhor oferta de preço pelo outorgante pode considerar as condições de pagamento, conforme critérios prévia e objectivamente fixados nos documentos de concurso. O critério da melhor qualidade abrange técnicas utilizadas para garantir regularidade, eficiência, segurança, actualidade, generalidade e cortesia na prestação do serviço aos utilizadores ou no uso do bem e deve ser aferido por parâmetros objectivos detalhados nos documentos de concurso. A análise do melhor atendimento e satisfação da procura compreende a quantidade e qualidade dos bens ou serviços colocados à disposição para uso, o prazo proposto para o Sub-módulo 12.1 Gestão das aquisições (UGEAs) Ministério da Saúde UD 1: Gestão das aquisições nas instituições de saúde - 38 início da prestação do serviço ou uso do bem, do cronograma para fornecimento, da área de abrangência e da previsão de expansão, conforme critérios prévia e objectivamente definidos nos documentos de concurso. A qualidade dos serviços ou bens, o atendimento e satisfação da procura podem ser avaliados através da verificação da sua suficiência e pela sua classificação, conforme dispuserem os documentos de concurso. Aplica-se os critérios de decisão de concurso para concessão de obra ou prestação de serviços definidos no presente regulamento, sem prejuízo da legislação específica (Ibid: 40). 7. MODALIDADES DE CONCESSÃO 7.1. Concurso Público (Fases) O Concurso Público observa, pela ordem indicada, as seguintes fases: a) Preparação e lançamento; b) Recepção das propostas e dos documentos de qualificação; c) Abertura das propostas e dos documentos de qualificação; d) Avaliação, classificação e recomendação do Júri; e) Anúncio do posicionamento dos concorrentes; f) Notificação aos concorrentes; g) Reclamação e Recurso; e h) Celebração do Contrato (Ibid: artigo 44). 7.1.1. Anúncio de Concurso A realização do Concurso Público obriga a Entidade Contratante à publicação de Anúncio do Concurso, nos termos previstos nos artigos nᵒs 32 e 33, e a sua comunicação à Unidade Funcional de Supervisão das Aquisições (Ibid: artigo 45). 7.1.2. Aquisição dos Documentos de Concurso A aquisição dos Documentos de Concurso não é condição para participar no Concurso Público, podendo a Entidade Contratante cobrar, para o seu fornecimento, apenas o valor correspondente ao custo de reprodução gráfica (Ibid: artigo 46) 7.1.3. Conteúdo dos Documentos de Concurso Os documentos de concurso são constituídos por: a) Programa do Concurso; b) Cadernos de Encargos; Sub-módulo 12.1 Gestão das aquisições (UGEAs) Ministério da Saúde UD 1: Gestão das aquisições nas instituições de saúde - 39 c) Projecto; e d) Requisitos de qualificação dos concorrentes. Nos Documentos de Concurso devem constar: a) Identificação do concurso; b) Objecto da contratação e sua especificação; c) As fases do concurso; d) Endereço e data limite para solicitação dos esclarecimentos necessários à boa compreensão e interpretação de todas as normas e elementos que integram os documentos de concurso; e) Os requisitos de qualificação dos concorrentes; f) Exigências de entrega de amostras, se for o caso; g) Modo de apresentação das propostas, com indicação dos elementos e documentos que devem acompanhá-las; h) O local de visita da obra, bem como os respectivos dias e horários, na contratação de empreitada de obras públicas; i) A moeda em que deve ser expresso o preço e as condições de pagamento; j) Local, dia e horário para entrega das propostas e documentos de qualificação e para abertura das propostas; k) Prazo de validade das propostas, durante o qual o concorrente fica obrigado a manter a proposta; l) Possibilidade de apresentação de propostas com variantes, quando for o caso; m) As garantias que sejam exigidas; n) Critérios para avaliação de propostas e de decisão; o) Sanções aplicáveis, incluindo os casos de cancelamento ou invalidação do concurso, com a indicação da responsabilidade das partes; p) Modelo de Contrato; q) Prazo de execução do Contrato; r) Especificações Técnicas e/ou Termos de Referência que observem prioritariamente as normas moçambicanas; s) Fórmulas e/ou critérios para revisão dos preços de mercado, se for o caso; t) Formulários; e u) Outros elementos que a Entidade Contratante considere indispensáveis ou importantes (Ibid: artigo 47). Sub-módulo 12.1 Gestão das aquisições (UGEAs) Ministério da Saúde UD 1: Gestão das aquisições nas instituições de saúde - 40 Os documentos de concurso relativos à contratação de empreitada de obras públicas, devem estabelecer a exigência de certificação dos materiais e apresentação do controlo de qualidade das obras, feita pelo Laboratório de Engenharia de Moçambique, bem como a respectiva previsão financeira. Os modelos de documentos de concurso, que integram o presente regulamento, são de uso obrigatório. 7.1.4. Disponibilidade dos Documentos de Concurso Desde a publicação do Anúncio do Concurso até à abertura das propostas, os documentos de concurso devem ficar à disposição no local, para consulta dos interessados, independentemente da demonstração de interesse em contratar e sem pagamento de qualquer taxa (Ibid: artigo 48) 7.1.5. Esclarecimentos sobre os Documentos de Concurso Os esclarecimentos necessários à boa compreensão e interpretação dos documentos de concurso serão solicitados pelos concorrentes no primeiro terço do prazo fixado para apresentação das propostas e prestados, por escrito, pela Entidade Contratante, até ao termo do terço imediato desse prazo, devendo enviar cópias das respostas a todos os concorrentes. A prestação de esclarecimentos aos concorrentes é obrigatória, por parte da Entidade Contratante. A prestação de esclarecimentos não afecta o prazo estipulado nos documentos de concurso para apresentação de documentos de qualificação e elaboração da proposta, salvo nos termos do disposto no artigo 50. Por iniciativa dos interessados ou da Entidade Contratante, pode esta, por meio de esclarecimentos, apenas afastar possíveis dúvidas sobre os documentos de concurso. A Entidade Contratante não pode alterar as disposições dos documentos de concurso nem proceder à inclusão de novas regras, salvo nos termos do disposto no artigo 50 (Ibid: artigo 49). 7.1.6. Modificação dos Documentos de Concurso A alteração dos documentos de concurso deve ser divulgada antes do termo do prazo estabelecido para apresentação de propostas, da mesma forma que o texto original, com a prorrogação do prazo, se necessário. (Ibid: artigo 50). Sub-módulo 12.1 Gestão das aquisições (UGEAs) Ministério da Saúde UD 1: Gestão das aquisições nas instituições de saúde - 41 7.1.7. Prazo para Apresentação de Documentos de Qualificação