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FACULDADES INTEGRADAS DE ARIQUEMES DIOGO PEREIRA DOS SANTOS MARCOS ANTONIO DA SILVA EMPREENDER COM SUCESSO: FATORES QUE PODEM INFLUENCIAR NOS RESULTADOS DOS NEGÓCIOS ARIQUEMES 2013 FACULDADES INTEGRADAS DE ARIQUEMES Diogo Pereira dos Santos Marcos Antonio da Silva EMPREENDER COM SUCESSO: FATORES QUE PODEM INFLUENCIAR NOS RESULTADOS DOS NEGÓCIOS Ariquemes 2013 Artigo apresentado como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Administração de Empresas das Faculdades Integradas de Ariquemes – FIAR. Orientadora: Esp. Vandira Rodrigues de Alcântara dos Santos. Diogo Pereira dos Santos Marcos Antonio da Silva EMPREENDER COM SUCESSO: FATORES QUE PODEM INFLUENCIAR NOS RESULTADOS DOS NEGÓCIOS Artigo apresentado como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Administração de Empresas das Faculdades Integradas de Ariquemes – FIAR, sob- apreciação da seguinte Banca Examinadora. Aprovado em 26 de Novembro de 2013. ____________________________________________________ Prof.ª Esp. Vandira Rodrigues de Alcântara Santos (orientadora) Faculdades Integradas de Ariquemes - FIAR _______________________________________ Prof.ª Regina Aparecida Costa Faculdades Integradas de Ariquemes - FIAR ____________________________________ Prof.º Aparecido Silvério Labadessa Faculdades Integradas de Ariquemes - FIAR Ariquemes 2013 AGRADECIMENTOS À professora orientadora, pela dedicação em todas as etapas deste trabalho. Às nossas famílias, pela confiança e motivação. Aos amigos e colegas, pela força e incentivos. Aos professores e colegas de Curso, pois juntos trilhamos uma etapa importante de nossas vidas. Aos profissionais entrevistados, pela concessão de informações importantes para a realização deste estudo. A todos que, de algum modo, colaboraram para a realização e finalização deste trabalho. EMPREENDER COM SUCESSO: FATORES QUE PODEM INFLUENCIAR NOS RESULTADOS DOS NEGÓCIOS1 Diogo Pereira dos Santos2 Marcos Antonio da Silva3 Esp. Vandira Rodrigues de Alcântara dos Santos4 RESUMO Empreender é fundamental nos dias atuais. Com o passar dos anos o tema empreendedorismo passou a ser mais pesquisado e pessoas empreendedoras são cada vez mais desejadas por empresas, por ser consideradas inovadoras e criativas. O presente estudo mostra os principais fatores que levam o empreendedor ao sucesso, e as principais características que deve desenvolver, e aprender com o passar do tempo. Revela-se que mesmo disponível a todos são poucos os que a desenvolvem o espírito empreendedor e destaca-se o conhecimento como grande aliado no sucesso conforme os resultados das pesquisas desenvolvida no setor de distribuição de gás e água no município de Ariquemes que vem confirmar o aprendizado como fator primordial para se alcançar o sucesso desejado. PALAVRAS-CHAVE: Empreendedorismo. Conhecimento. Riscos. Características. ABSTRACT Undertake is crucial now a days. Over the years the issue has become more entrepreneurial and enterprising people surveyed are increasingly desired by companies, being considered innovative and creative. The present study shows the main factors that lead to entrepreneurial success, and the key features that should develop, and learn over time. Reveals that even available to everyone are few who develop the entrepreneurial spirit and stands out as a great ally in knowledge according to the results of successful research developed in the sector of distribution of gas and water in the city of Ariquemes which confirms the learning as the key to achieving the desired success. KEYWORDS: Entrepreneurship. Knowledge. Risks. Characteristics. 1 Artigo apresentado ao curso de Administração de Empresas da FIAR. 2 Docente do curso de Administração de Empresas – FIAR. Email: diogo.p.sud@hotmail.com 3 Docente do curso de Administração de Empresas – FIAR. Email: marcos_35mano1970@hotmail.com 4 Discente do curso de Administração de Empresas – FIAR. E-mail: v.ras@hotmail.com SUMÁRIO INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 06 1 EMPREENDEDORISMO........................................................................................ 07 1.1 O EMPREENDEDOR E O CONCEITO DE EMPREENDEDORISMO ................ 07 2 EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO EMPREENDEDORISMO ....................................... 09 2.1 EMPREENDEDORISMO NO MUNDO ................................................................ 10 2.2 EMPREENDEDORISMO NO BRASIL ................................................................ 11 3 TIPOS DE EMPREENDEDORISMO ...................................................................... 13 3.1 EMPREENDEDORISMO CORPORATIVO ......................................................... 14 3.2 EMPREENDEDORISMO DE NEGÓCIOS .......................................................... 15 3.3 EMPREENDEDORISMO SOCIAL ...................................................................... 15 4 O PROCESSO EMPREENDEDOR ........................................................................ 16 5 A IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO PARA OS EMPREENDEDORES ........ 18 5.1 O ENSINO SISTEMATIZADO E O EMPREENDEDORISMO ............................. 19 6 CARACTERÍSTICAS DO EMPREENDEDOR DE SUCESSO ............................... 20 7 EMPREENDER E INOVAR .................................................................................... 21 8 METODOLOGIA .................................................................................................... 23 9 RESULTADOS E DISCUSSÕES ........................................................................... 24 CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................... 29 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 30 OBRAS CONSULTADAS ......................................................................................... 31 6 INTRODUÇÃO O sucesso de um novo negócio depende do empreendedor que possui características distintas com as quais consegue influenciar pessoas e formar uma equipe talentosa e motivada para iniciar um novo negócio, o qual busca inovar contando com a experiência que se torna imprescindível para enfrentar os desafios no empreendimento. As características do empreendedor de sucesso são muitas, contudo as que mais se destacam neste estudo são: saber explorar as oportunidades, saber tomar decisões, ter visão, ter coragem para assumir riscos e fazer acontecer os sonhos. Desta forma justifica-se o estudo, por ser um assunto relevante e atual, em razão do interesse de muitas pessoas na abertura do seu próprio negócio, e de empresas que estão sempre inovando para se manterem competitivas no mercado. Por demonstrar como ocorre o processo empreendedor, apresentar os principais fatores envolvidos no sucesso de um novo negócio, e o perfil de pessoas empreendedoras, contribui com o meio acadêmico trazendo informações paramelhor compreensão sobre o tema e servirá como subsídio para futuros empreendedores e atuais empresários. Com o objetivo de conhecer os elementos que influenciam no sucesso de um novo negócio, o tema foi abordado através de pesquisa bibliográfica em livros, artigos, publicações em revistas, informações extraídas de endereços eletrônicos, pesquisa de campo em que dados foram coletados através da aplicação de questionários com perguntas abertas e fechadas em uma amostragem de empresas do setor varejista distribuidores de gás e água no Município de Ariquemes, estado de Rondônia. Por se tratar de um segmento de produtos que a administração classifica como bens de conveniência que são aqueles comprados frequentemente de forma imediata com pouca pesquisa de loja, acredita-se que os empreendedores estudados na sua maioria alcançou o sucesso mesmo sem os conhecimentos acadêmicos necessários para administração de seus negócios. 7 1 EMPREENDEDORISMO Tornar-se dono do próprio negócio é o desejo comum a grande maioria das pessoas. Em qualquer que seja a natureza do empreendimento, percebe-se que elas investem tempo, suor e dinheiro em projetos que muitas vezes ficam apenas no papel. Isso acontece porque não existe no país segundo Dolabela (2008), a preocupação de desenvolver o potencial empreendedor da população. Como resultado, a cada três empresas criadas, duas acabam fechando as portas. Para Dolabela (2008), essa realidade parece estar mudando a cada ano, acrescentando-se metodologia de ensino prática e abrangente para difundir a cultura empreendedora nas escolas e universidades, levando os alunos a questionar os sentimentos em relação aos sonhos e projetos em que se investe e mostra que empreender é muito mais do que estar à frente de uma ideia inovadora. 1.1 O EMPREENDEDOR E O CONCEITO DE EMPREENDEDORISMO Empreender, na atualidade, é quase uma obrigação, e por trás das novas ideias que tem revolucionado a sociedade, percebe-se que existe muito mais do que visão de futuro e talento individual. Para Dornelas (2001, p. 13) “Analise, planejamento estratégico-operacional e capacidade de implementação são elementos essenciais no sucesso de empreendimentos inovadores”. Muitas são as definições de empreendedorismo Dornelas (2008), conceitua como o envolvimento de pessoas e processos que juntos conseguem transformar ideias em grandes oportunidades que trabalhadas de forma organizada e planejada levam a criação de novos negócios de sucesso. O empreendedorismo é um processo, uma cadeia de eventos e atividades que ocorrem ao longo do tempo, em alguns casos períodos consideráveis de tempo. Ele começa com uma ideia para algo novo, muitas vezes um novo produto ou serviço. Desde que o processo continue e se torne em realidade, senão será apenas uma ideia (BARON e SHANE, 2011, p. 5). O empreendedor de sucesso identifica oportunidades e tem coragem de assumir o risco de coloca-las em pratica. “Empreender é enxergar uma oportunidade, ou uma boa ideia, e assumir o risco de botá-la em prática, executá-la”. (BATISTA, on-line, 2013). 8 Segundo Dolabela (2008), o empreendedor se dedica a atividades que geram riquezas, seja na transformação de conhecimento em produtos ou serviços, na aquisição de experiência ou na inovação em áreas como marketing, produção e organização. Identifica oportunidades e busca os recursos para transformá-las em negócios lucrativos. Para Baron e Shane (2011), em essência o empreendedorismo requer a criação ou reconhecimento de uma aplicação comercial para o novo produto ou serviço criado pelo empreendedor, ou seja, a nova ideia deve ser transformada em um negócio viável e lucrativo. Ainda conforme Schumpeter (apud DORNELAS, 2001, p. 37) “o empreendedor é aquele que destrói a ordem econômica existente pela introdução de novos produtos e serviços, pela criação de novas formas de organização ou pela exploração de novos recursos e materiais”. Conforme Schumpeter, a pessoa empreendedora pode criar novos negócios, mas também consegue inovar dentro de um negócio já consolidado, ou seja, consegue ser empreendedor mesmo dentro de uma empresa já constituída, é alguém que inova que cria novos meios e dá vida a uma nova ideia, alguém que consegue enxergar oportunidades até mesmo em negócios tradicionais. Seguindo esse conceito Kirzner (apud DORNELAS, 2008, p. 22) diz que “o empreendedor é aquele que cria um equilíbrio, encontrando uma posição clara e positiva em um ambiente de caos e turbulência, ou seja, identifica oportunidades na ordem presente”. Então, o empreendedor é aquele que visualiza uma oportunidade e cria um negócio para lucrar sobre ela, assumindo riscos calculados. Para Dornelas (2001), em todas as definições de empreendedorismo identificam-se, pelo menos, os seguintes aspectos que dizem respeito ao empreendedor: Primeiramente o de espírito empreendedor que leva a criação de algo novo, de valor, a tomar iniciativa e ser apaixonado pelo que faz. Outro aspecto está relacionado ao fato de como os recursos são aplicados e transformados. Com entrega, comprometimento de tempo e trabalho árduo para fazer as coisas acontecerem, levando a empresa ao crescimento. Ainda outro aspecto; o de assumir riscos considerando a possibilidade de fracasso, motiva para tomar decisões críticas, superar os obstáculos, e não desanimar diante dos erros e falhas. Ainda segundo Dornelles, (on-line, 2013) empreender é ter vontade de realizar. É você não ficar contente em apenas ter ideias, e sim de colocá-las em 9 prática. Tomando esses aspectos como premissa, pode-se definir o empreendedor de maneira abrangente e ao mesmo tempo objetiva: “O empreendedor é aquele que faz as coisas acontecerem, se antecipa aos fatos e tem uma visão futura da organização” (DORNELAS, 2001, p. 15). Entende-se, portanto que o empreendedor tenha habilidade de direcionar suas decisões de forma que possibilite o crescimento do negócio. 2 EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO EMPREENDEDORISMO Segundo Dornelas (2001), o mundo tem sofrido muitas transformações principalmente no último século. Foram criadas as maiorias das invenções revolucionando a maneira de viver das pessoas, quase na sua totalidade. São invenções inovadoras, de algo inédito ou de uma nova visão de como melhorar e utilizar coisas já existentes, mas que até aquele momento ninguém ousou olhar de outra maneira. O papel do empreendedor, portanto pode-se entender como sendo de suma importância para a sociedade, suas ações e características levam a adotar novos paradigmas e podem impulsionar a economia e os meios de produção e serviços. Buscando entender a evolução Histórica do Empreendedorismo, constata-se que o Século XX foi marcado por conceitos administrativos nos meios sociopolíticos, culturais e tecnológicos, os quais predominaram e trouxeram o desenvolvimento e consolidação do capitalismo. Segundo Dornelas (2008), em determinadas épocas predominaram movimentos que foram evoluindo para o que se entende hoje como o momento empreendedor. Logo no início do referido século, conforme Dornelas (2008) acontecia o movimento da racionalização do trabalho com foco na gerência administrativa; a qual buscava eficiência do trabalho, fazer as tarefas de modo mais inteligente e com a máxima economia de esforço. A seguir já pela década de 1930 o movimento das relações humanas; concentrava sua atenção nos processos, motivando as pessoas ao trabalho, e nas décadas de 1940 e 1950 o movimento do funcionalismo estrutural; onde o foco era a gerência por objetivos. No movimento dos sistemas abertos;na década de 1960, predominava o planejamento estratégico e na década de 1970 no movimento das contingências 10 ambientais; o foco era a competitividade. O que se percebe atualmente é que nenhum desses movimentos se tornou predominante. No entanto cada vez mais o foco no papel do empreendedor como gerador de riqueza para a sociedade, poderá levar o empreendedorismo a firmar-se como o movimento atual, “mas acredita-se que o empreendedorismo irá, cada vez mais, mudar a forma de se fazer negócios no mundo” (DORNELAS, 2008, p. 5). A chamada nova economia, as tecnologias, alavancadas principalmente pela era da internet tem levado o empreendedor a buscar conhecimento, gerando riqueza para a sociedade. A economia e os meios de produção e serviços também se sofisticaram, de forma que hoje existe a necessidade de se formalizar conhecimentos, que eram apenas obtidos empiricamente no passado. Portanto a ênfase em empreendedorismo surge muito mais como conseqüência das mudanças tecnológicas e sua rapidez, e não apenas um modismo. A competição na economia também força novos empresários a adotar paradigmas diferentes (DORNELAS, 2008, p. 6). Ao que se percebe, o mundo dos negócios tem se modificado em curtos espaços de tempo, “o empreendedorismo é uma revolução silenciosa, que será para o século XXI mais do que a Revolução Industrial foi para o século XX.” (TIMMONS, 1990 apud DORNELAS, 2008, p. 5). 2.1 EMPREENDEDORISMO NO MUNDO Compreende-se que o empreendedorismo ganha espaço e tem sido o centro das políticas públicas na maioria dos países. Segundo Dornelas (2008), as ações dos governos com referência ao tema na década de 1990 impulsionou o crescimento do empreendedorismo no mundo, conforme estudo de 1999 pelo Global Entrepreneurship Monitor5, que apresenta alguns exemplos neste sentido. No final de 1998, o Reino Unido reconheceu a necessidade de intensificar o empreendedorismo na região. E a Alemanha contava com programas de apoio e incentivo na criação de novas empresas. Segundo Dornelas (2001, p. 22), “na década de 1990, aproximadamente duzentos centros de inovação foram 5Considerada como a mais abrangente pesquisa sobre empreendedorismo no mundo, o Global Entrepreneurship Monitor- GEM, é executado no Brasil desde o ano 2000 pelo Instituto Brasileiro da Qualidade e Produtividade – IBQP. 11 estabelecidos, provendo espaço e outros recursos para empresas start-ups6 (iniciantes)”. No ano de 1995 “o decênio do empreendedorismo foi lançado na Finlândia Coordenado pelo Ministério de Comércio e Indústria”, que dava apoio para novos empreendedores em áreas de grande interesse governamental que segundo Dornelas (2001, p. 22) tinha como objetivo “criar uma sociedade empreendedora, promover o empreendedorismo como uma fonte de geração de emprego e incentivar a criação de novas empresas”. Em Israel, desenvolveu-se o Programa de Incubadoras Tecnológicas. Nesse projeto se estabeleceu grande número de incubadoras, que contavam com investimento de capital de risco nas empresas israelenses, conforme Dornelas (2001, p.22) “mais de cem empresas criadas em Israel encontram-se com suas ações na NASDAQ7, nos Estados Unidos”. O estudo destacou também as iniciativas da França para “promover o ensino de empreendedorismo nas universidades, particularmente para engajar os estudantes” (DORNELAS, 2001, p. 23) e com a criação de incubadoras, desenvolveu-se entre empresas de tecnologia e se estabeleceu uma Fundação de Ensino do Empreendedorismo. Nesse contexto nota-se em todo o mundo, o interesse pelo empreendedorismo que se estende além das ações dos governos nacionais, atraindo também a atenção de muitas organizações multinacionais. Segundo Dolabela (2008, p. 38) “nos Estados Unidos, o número de universidades que oferecem cursos na área passou de 10 em 1967 para 1.064 em 1998. Existem 27 revistas cientificas sobre o tema, sendo 10 fora dos Estados Unidos”. 2.2 EMPREENDEDORISMO NO BRASIL No Brasil, o primeiro curso na área de empreendedorismo surgiu em 1981, na Escola de Administração de Empresas da Fundação Getúlio Vargas, em São Paulo, por iniciativa do professor Ronald Degen, e se chamava Novos Negócios (PEREIRA, 1995 apud DOLABELA, 2008). 6 Start-up é um modelo de empresa jovem, embrionária ou ainda em fase de constituição, implementação e organização de suas operações. 7Bolsa de Ações de Empresas de Tecnologia e Internet, nos Estados Unidos. 12 Entretanto o movimento do empreendedorismo começou a se fortalecer a partir dos anos 90, com a criação do SEBRAE8 e SOFTEX9. Antes não se falava muito sobre empreendedorismo ou em criação de novas empresas, segundo Dornelas (2001) no ano 2000, o número de habitantes adultos que iniciam um novo negócio em comparação a outros países colocou o Brasil na primeira posição: 1 em cada 8 adultos. Nos Estados Unidos esta relação é de 1 em cada 10; na Austrália, 1 em cada 12; na Alemanha, 1 em cada 25; no Reino Unido, 1 em cada 33; na Finlândia e na Suécia, 1 em cada 50; e na Irlanda e no Japão, 1 em cada 100 (DORNELAS, 2001, p. 26). Desta forma, verifica-se que apesar de ainda estar ocorrendo de maneira não tão organizada como em outros países mais desenvolvidos, o empreendedorismo no Brasil exerce papel de destaque na economia. Um último fator, que dependerá apenas dos brasileiros para ser desmistificado, é a quebra de um paradigma cultural de não valorização de homens e mulheres de sucesso que tem construído esse país e gerado riquezas, sendo eles os grandes empreendedores, que dificilmente são reconhecidos e admirados. Pelo contrario, muitas vezes são vistos como pessoas de sorte ou que venceram por outros meios alheios à sua competência (DORNELAS, 2001, p. 27). Levando-se em consideração a evolução do empreendedorismo nas últimas décadas, a quebra de paradigmas culturais e a valorização do empreendedor o Brasil poderá alcançar uma posição de destaque frente às mudanças de pensamento e atitudes que dizem respeito à capacidade empreendedora do brasileiro, desmistificando o fato de que a sorte é primordial para o sucesso empreendedor. A chamada nova economia, a era da Internet, tem mostrado que idéias inovadoras, Know-how10, bom planejamento e, principalmente, uma equipe competente e motivada, são ingredientes poderosos que, torna-se o combustível indispensável à criação de novos negócios (REIS, on-line, 2013). Reis (on line, 2013) diz que “o contexto atual é propício para o surgimento de um número cada vez maior de empreendedores”. Por esse motivo, pode-se entender a capacitação dos candidatos a empreendedor como prioridade em muitos países, inclusive no Brasil, haja vista a crescente preocupação das escolas e 8Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas. 9Sociedade Brasileira para Exportação de Software. 10O termo inglês Know-How é utilizado para designar uma técnica, um conhecimento ou uma capacidade desenvolvida por uma organização ou por uma pessoa. 13 universidades a respeito do assunto, por meio da criação de cursos e matérias específicas de empreendedorismo, como uma alternativa aos jovens profissionais que se graduam anualmente nos ensinos técnico e universitário brasileiros. Conforme Reis (on-line, 2013) há uma década era inaceitável um jovem recém-diplomado aventurar-se na criação de um negócio próprio, pois as ofertas de emprego oferecidas por grandes empresas nacionais e multinacionais, e a estabilidade que se conseguia nosempregos em órgãos públicos, eram bastante convidativos, com ótimos salários, posição de destaque e possibilidade de crescimento dentro da organização. Nessa época não tão distante, o ensino de administração preocupava-se com a formação de profissionais para gerir grandes empresas e não criar empresas. Quando as ofertas de emprego e os altos salários oferecidos pelas empresas tornaram-se escassos, tanto os profissionais experientes, os jovens a procura de uma oportunidade no mercado de trabalho, como as escolas de ensino de administração, não estavam preparados para o novo contexto de empreendedorismo (REIS, on-line, 2013). De acordo com Reis (on-line, 2013) o empreendedorismo começa a ser tratado no Brasil com o grau de importância que lhe é devido, como nos Estados Unidos, onde os empreendedores são grandes propulsores da economia. Verifica-se ainda, que o ideal a alcançar no Brasil ainda levará alguns anos, no entanto o país está no caminho certo, pesquisas tem mostrado isso e é notório esse crescimento levando-se em consideração que “as micro e pequenas empresas responderam, em 2002, por 99,2% do número total de empresas formais, por 57,2% dos empregos totais e por 26% da massa salarial” (DORNELAS, 2008, p. 2). Constata-se assim o fator motivação para empreender, impulsionando as pessoas no país. 3 TIPOS DE EMPREENDEDORISMO Todo empreendedor precisa ser um bom administrador para poder tomar as decisões adequadas. Por outro lado, nem todo administrador possui as habilidades e os anseios dos empreendedores, por mais eficaz que seja o administrador em realizar o seu trabalho. “O empreendedor vai além das tarefas normalmente 14 relacionadas aos administradores, tem uma visão mais abrangente e não se contenta em apenas fazer o que deve ser feito” (PESSOA, on-line, 2013). Classificam-se os empreendedores em três tipos diferentes; o empreendedor corporativo ou empreendedor interno, o empreendedor start-up ou de negócios, que cria novos negócios ou empresas e o empreendedor social, que cria empreendimentos com missão social, são pessoas que se destacam onde quer que trabalhem (PESSOA, on-line, 2013). 3.1 EMPREENDEDORISMO CORPORATIVO Conforme Pessoa (on-line, 2013) empreendedorismo corporativo é o processo pelo qual um indivíduo ou um grupo de indivíduos, associados a uma organização existente, criam uma nova organização ou instigam a renovação e inovação dentro da organização existente. É voltado para as necessidades internas das organizações de se renovar, inovar e criar novos negócios, são geralmente executivos muito competentes, com capacidade gerencial e conhecimento de ferramentas administrativas. A renovação estratégica refere-se aos esforços empreendedores da organização que resultam em significativas mudanças no negócio ou na estrutura corporativa, bem como em sua estratégia. É a soma da inovação que a organização pratica e desenvolve; de sua renovação; e dos esforços para implementação de novos negócios (PESSOA, on-line, 2013). No processo corporativo segundo Pessoa (on-line, 2013) os fatores fundamentais são os recursos que a organização dispõe e que serão alocados para a exploração da oportunidade identificada e as pessoas que formaram a equipe para desenvolvimento do processo. Para Pessoa (on-line, 2013) o empreendedorismo corporativo pode ser despertado quando a empresa possui politicas de recompensas e aceita falhas, motivando as pessoas a buscarem algo diferente, novo, exercitando a criatividade e estando abertas a ideias inovadoras. 15 3.2 EMPREENDEDORISMO DE NEGÓCIOS O empreendedorismo Start-up ou de Negócios não se refere necessariamente alguém que investe capital inicial ou inventa um novo produto. Esse tipo de empreendedorismo está relacionado à ideia de um negócio que se torna poderosa e lucrativa. Para Schumpeter (apud BONIFACIO, on-line, 2013) novas combinações, inclusive fazer coisas novas ou coisas que já são feitas de uma maneira diferente são vitais nesse modelo empreendedor. O empreendedor de negócios é um indivíduo com um profundo senso de missão a cumprir, não se contenta em criar um negócio e ficar à frente dele até que se torne uma grande corporação, geralmente é uma pessoa dinâmica, prefere desafios e a adrenalina envolvidos na criação de algo novo a assumir uma postura de executivo que lidera grandes equipes. Geralmente tem uma habilidade incrível de montar equipes, motivar o time, captar recursos para o inicio do negócio e colocar a empresa em funcionamento. Sua habilidade maior é acreditar nas oportunidades e não descansar enquanto não as vir implementadas (DORNELAS, 2007, p. 13). No empreendedorismo de negócio, percebe-se a coragem do empreendedor para correr riscos, que ao concluir uma missão sai em busca de outras para continuar motivado. Em muitas ocasiões se envolve em vários negócios ao mesmo tempo e não é raro passar por várias histórias de fracasso, mas usa-as como motivação para superar o próximo desafio (DORNELAS, 2007, p. 13). 3.3 EMPREENDEDORISMO SOCIAL O empreendedorismo social de acordo com Pessoa (on-line, 2013) é um misto de ciência e arte, racionalidade e intuição, ideia e visão, sensibilidade social e pragmatismo responsável, utopia e realidade, força inovadora e praticidade. O empreendedor social subordina o econômico ao humano, o individual ao coletivo e carrega consigo um grande sonho de transformação da realidade atual (PESSOA, on-line, 2013). Ao que se percebe, o empreendedor social tem como missão de vida construir um mundo melhor para as pessoas, são um fenômeno mundial e, 16 principalmente em países em desenvolvimento, como o Brasil, tem um papel social extremamente importante, já que através de suas ações e das organizações que criam preenchem lacunas deixadas pelo poder público. De todos os tipos de empreendedores é o único que não busca desenvolver um patrimônio financeiro, ou seja, não tem como um de seus objetivos ganharem dinheiro. Prefere compartilhar seus recursos e contribuir para o desenvolvimento das pessoas (DORNELAS, 2007, p. 14). No contexto entende-se que o resultado final desejado por esse tipo de empreendedor é a promoção da qualidade de vida de toda sociedade. 4 O PROCESSO EMPREENDEDOR A perspectiva de que o empreendedorismo é um processo e não um evento único não é novidade, pelo contrário, segundo Robert e Scott (2011), há um crescente consenso na área quanto à utilidade e correção de se enxergar o empreendedorismo como um processo que se desenvolve ao longo do tempo e se move por meio de fases distintas, existindo assim uma concordância geral sobre as principais fases desse processo que são destacadas a seguir: A primeira fase segundo Robert e Scott (2011) inicia quando uma ou mais pessoas reconhecem uma oportunidade, que tem o potencial de gerar valor econômico, ou seja, lucro, por isso são vistas como desejáveis na sociedade em que ocorrem sendo geradas por fatores econômicos, tecnológicos e sociais, os quais estão em constante mudança. O potencial para se criar algo novo (novos produtos ou serviços, novos mercados, novos processos de produção, novas matérias-primas, novas formas de organizar as tecnologias existentes etc.) – surgem a partir de um padrão complexo de condições em mudança (mudanças no conhecimento, na tecnologia ou nas condições econômicas, políticas, sociais e demográficas) (ROBERT; SCOTT, 2011, p. 12). Entende-se que as ideias não surgem do nada, elas quase sempre são uma combinação nova de elementos já existentese para identificar essas oportunidades torna-se necessário perceber um padrão nessas mudanças, para que a ideia de algo 17 novo surja na mente de uma ou mais pessoas, que as desenvolvendo, tornar-se-ão empreendedores. A segunda fase é a de decidir ir em frente e reunir os recursos iniciais, que para Robert e Scott (apud SHANE, LOCKE; COLLINS, 2002) é o processo propriamente dito, ocorre porque pessoas específicas tomam essa decisão e agem a respeito dela. Na opinião dos autores as motivações dos empreendedores são cruciais para todo o processo. Aspirantes a empreendedores rapidamente descobrem que devem reunir uma ampla gama de recursos necessários: Informações básicas (sobre mercados, questões ambientais e jurídicas), recursos humanos (sócios, primeiros funcionários) e recursos financeiros (ROBERT; SCOTT, 2011, p. 14). Nessa segunda fase os recursos são extremamente necessários para dar continuidade ao negócio, e para Robert e Scott (2011) se não for concluída com sucesso em nada adiantarão as oportunidades por mais atraentes ou boas que sejam. Ainda segundo Robert e Scott (2011), assim que os recursos necessários forem reunidos, inicia-se a terceira fase, o novo empreendimento poderá ser lançado e requer uma série de ações e decisões; como a escolha do formato jurídico, desenvolvimento de um novo produto ou serviço e a definição dos papéis da equipe de alta administração. No processo empreendedor ainda apresentam-se outras fases que são para construir o sucesso e colher as recompensas. Segundo Robert e Scott (2011) para muitos empreendedores além dos recursos financeiros adicionais, consideram a importância dos recursos humanos. Nenhuma empresa pode crescer sem funcionários talentosos e motivados; então, nessa fase do processo, tornam-se cruciais as questões sobre como atrair tais pessoas, motivá-las e evitar que deixem a empresa (ROBERT; SCOTT, 2011, p. 14). Dessa forma verifica-se que concluídas todas as fases do processo, o empreendedor, pode criar estratégia para colher as recompensas que o empreendimento lhes proporcionará. 18 5 A IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO PARA OS EMPREENDEDORES Vivem-se dias em que ser empreendedor parece ser indispensável, no entanto, vale lembrar que por traz das mudanças na sociedade, pode existir muito mais do que visão futurista e capacidade individual e considera-se importante compreender que: Empreender é correr risco, é liberdade, é autonomia, é desafio e é demais. É saber que, seja no negócio, na família ou em uma empresa, você não fica na zona de conforto. É buscar outro desafio não só nos negócios, mas na vida (BECKUP, on-line, 2013). Dessa forma compreende-se que todo empreendedor que deseja iniciar seu negocio precisa estar preparado para buscar conhecimento, e a vontade de empreender deve ser o fator mais importante nessa busca necessária para o sucesso do empreendimento. As pessoas empreendem em função do que são e não somente do que sabem. O saber que interessa ao empreendedor, e cuja busca leva à ação (por que só na ação é possível construir-se o saber empreendedor), é o saber necessário para realizar o sonho. Neste saber estão o conhecimento do ambiente onde o sonho se desenvolve (o saber específico) e as habilidades e competências necessárias para realizá-lo (DOLABELA, 2008, p. 108). Percebe-se que o sonho é importante para a realização pessoal, e a busca incansável do mesmo pode ser conseguida mais rapidamente quando se coloca a ação em primeiro lugar, fazendo com que a conquista de novos conhecimentos e desenvolvimento do saber leve o empreendedor alcançar seus objetivos na vida pessoal e no empreendimento. Na atividade empreendedora, o conhecimento é volátil, mutante, nervoso, emocional. O ser é mais importante do que o saber, razão pela qual o empreendedor precisa ser alguém preparado para aprender a aprender (DOLABELA, 2008, p. 15). Quanto ao fator experiência Dornelas (2008) enfatiza que os empreendedores que conhecem o ramo onde atuam têm mais chances de ter êxito, e que as experiências anteriores influenciam muito em seu sucesso. 19 No contexto, acrescenta-se, porém, a educação formal como fator primordial, o que se constata no gráfico 1 em que empreendedores com níveis avançados de educação demonstra a relevância da formação para o sucesso: GRÁFICO 1 – ESCOLARIDADE DOS EMPREENDEDORES Fonte: DORNELAS, 2007 p. 20 No âmbito do empreendedorismo fica clara a necessidade do conhecimento, ao que Dornelas (2007, p. 24) recomenda; O conselho que dou aos meus filhos é que antes de correr riscos e desafiar o novo é preciso conhecimentos administrativos. Aprendi a administrar na pratica da maneira mais difícil, através dos erros e acertos. Existe uma forma mais fácil através das universidades. Depois conciliar a teoria com a prática do dia-dia e trabalhar, trabalhar, trabalhar (DORNELAS, 2007, p. 24). Justifica-se acrescentar que o empreendedor de sucesso leva ainda uma característica singular, que é o fato de conhecer como poucos o negócio em que atua o que leva tempo e requer experiência, desse modo, acredita-se que o conhecimento aliado à experiência forma o que pode ser entendido como as características necessárias para o sucesso dos negócios. 5.1 O ENSINO SISTEMATIZADO E O EMPREENDEDORISMO Ensinar alguém a ser empreendedor segundo Salim et al (2004) é uma questão bem discutida entres vários especialistas, sempre se tem bons argumentos dos dois lados porem nem sempre se chega a uma conclusão sobre o tema. Sabe- se, no entanto que o processo empreendedor tem sofrido mudanças ao longo dos 69% 10% 6% 4% 4% 3% 4% Universitário Epecialização Técnico Médio MBA Fundamental Outros 20 anos onde vários mitos sobre o processo de ser empreendedor deixaram de ser considerados. Para Dornelas (2007), as habilidades empreendedoras podem ser adquiridas com o passar do tempo, contudo é preciso mudar as atitudes direcionando-as ao aprendizado de técnicas de gestão que ajudam no gerenciamento de um negocio. Qualquer individuo que tenha à frente uma decisão a tomar pode aprender a ser um empreendedor e se comportar empreendedoramente. O empreendimento é um comportamento, e não um traço de personalidade. E suas bases são o conceito e a teoria, e não a intuição (DRUCKER, 2010, p. 34). Para o professor Nakagawa (on-line, 2013) é possível ensinar as técnicas de gestão, porem a capacidade de empreender tem que se desenvolver da própria iniciativa da pessoa, cada um é responsável por si, não se pode motivar alguém a ser empreendedor. O empreendedor é feito pela acumulação das habilidades, know-how11, experiências e contatos em um período de tempo. Logo, empreendedores acumulam experiência e se preparam para o salto empreendedor (SALIM, et al, 2004). 6 CARACTERÍSTICAS DO EMPREENDEDOR DE SUCESSO Dentre as muitas características citadas por diversos autores vale ressaltar que os empreendedores são aqueles que diante de uma oportunidade lançam-se para ação, são visionários, e têm a habilidade de fazer acontecer seus sonhos. Os empreendedores são aqueles indivíduos que fazem a diferença, “transformam algo de difícil definição, uma ideia abstrata, em algo concreto, que funciona, transformando o que é possível em realidade” (DORNELAS, 2001, p. 31), sabem agregar valor aos serviços e produtos que colocam no mercado. Outra característica importante do empreendedor é o fato de que eles sabem explorar o máximo das oportunidades. Segundo Dornelas (2008, p.17) “para a maioria das pessoas, as boas ideias são daqueles que as veem primeiro, por sorte ou acaso”. Para os empreendedores, “as boas ideias são geradas daquilo que todos 11Know-how é um termo em inglês que significa literalmente "saber como". Know-how é o conjunto de conhecimentos práticos (fórmulas secretas, informações, tecnologias, técnicas, procedimentos, etc.) adquiridos por uma empresa ou um profissional, que traz para si vantagens competitivas. 21 conseguem ver, mas não identificaram algo prático para transformá-las em oportunidade, por meio de dados e informações” (DORNELAS, 2008, p. 17). No tocante ao conhecimento, Dornelas (2001) diz que a pessoa empreendedora é sedenta pelo saber e está sempre aprendendo. Quanto maior o domínio sobre um ramo de negocio, maior é sua chance de êxito. Esse conhecimento pode vir de experiência prática, de informações obtidas em publicações especializadas, em cursos, ou mesmo de conselhos de pessoas que montaram empreendimentos semelhantes (DORNELAS 2001, p. 33). Uma das características mais conhecidas e de destaque dos empreendedores é a coragem para assumir risco. Segundo Dornelas (2008, p. 18) “o verdadeiro empreendedor é aquele que assume riscos calculados e sabe gerenciar o risco, avaliando as reais chances de sucesso. Assumir riscos tem relação com desafios”. E quanto maior o desafio, o caminho percorrido pelo empreendedor para alcançar o sucesso será mais estimulante. No contexto, destaca-se que os empreendedores que desejam alcançar o sucesso precisam adquirir conhecimento e estar dispostos a assumir riscos. No entanto, Aleksandar Mandic um empreendedor de sucesso em entrevista com a revista P&M12 diz; “quem estiver disposto a fazer algo realmente diferente precisa primeiro acreditar em si próprio”. Já Christian (2013) e Dornelas (2008), diferenciam os empreendedores pela sua visão e perspicácia quanto ao ambiente mercadológico e ideias inovadoras. 7 EMPREENDER E INOVAR Empreender pode ser considerado uma arte de alcançar o sucesso e se manter em constante evolução, requerendo do empreendedor a busca constante pela inovação e por não existir uma fórmula infalível que garanta o resultado positivo, é preciso sempre pensar em soluções para impulsionar o negócio, dessa forma Drucker (2010) considera inovação como um instrumento a ser usado pelos empreendedores para explorar a mudança dentro da organização. 12Revista, Pequenas e Médias Empresas. 22 A inovação é o instrumento especifico dos empreendedores, o meio pelo o qual eles exploram a mudança como uma oportunidade para um negócio diferente ou um serviço diferente. Ela pode bem ser apresentada como uma disciplina a ser praticada (DRUCKER, 2010, p. 25). Constata-se que a combinação entre o espírito empreendedor e a necessidade de inovar para sobreviver é que define o perfil de atuação no mercado, e ter uma grande ideia não significa alcançar o sucesso, mas sim colocá-la em prática e trabalhar de maneira consistente para sua execução. Os empreendedores precisam buscar, com propósito deliberado, as fontes de inovação, as mudanças de seus sintomas que indicam oportunidades para que uma inovação tenha êxito. E os empreendedores precisam conhecer e pôr em prática os princípios da inovação bem sucedida (DRUCKER, 2010, p. 25). Entende-se que é preciso buscar constantemente meios de atingir os objetivos propostos não tendo medo das mudanças que se fazem necessárias para que o empreendedor identifique as oportunidades e com espírito inovador coloque- as em prática. Conforme Hitt (2008) dentre os resultados mais procurados pelas empresas a inovação é o principal resultado que se deseja alcançar por meio do empreendedorismo e é fator primordial para o sucesso especialmente em ambientes onde existem competitividade e turbulências de mercado. A inovação pode ser necessária para manter ou alcançar a paridade competitiva, mais do que uma vantagem competitiva em muitos mercados globais. As empresas mais inovadoras entendem que uma folga financeira deve estar disponível o tempo todo para auxiliar a busca por oportunidades empresariais (HITT; IRILAND e HOSKISSOM, 2008, p. 373). Afirma Drucker (2010), que todas as empresas que querem ser empreendedoras devem ter alguns pontos e características especiais. Empreender e inovar não são atributos apenas das pequenas e novas empresas, na verdade a maioria dos empreendedores encontra-se nas grandes empresas. Esses empreendedores criam algo novo, diferente, acima de tudo eles mudam ou transformam valores. 23 Birley e Muzyka (2001) entendem que empreendedores possuem traços especiais, sabem correr riscos calculados e moderados mais isso aliado ao grande nível de energia e alto grau de perseverança e imaginação que automaticamente os capacitam a transformar o que frequentemente é uma ideia muito simples e mal definida em algo concreto que pode fazer a diferença num mercado inovador. De acordo com Drucker (2010) a mudança pode trazer medo e resistência mais já para o empreendedor inovador e criativo a mudança é um princípio e deve ser constante e além de tudo é sadia. O empreendedor, portanto, sempre está buscando a mudança, reage a ela, e a explora como sendo um momento de oportunidade. O empreendedor, por definição, transfere recursos de áreas de baixa produtividade e rendimento para áreas de produtividade e rendimentos mais elevados. Naturalmente existem os riscos do empreendedor não ser bem sucedido. Porém, se ele pelo menos for moderadamente bem sucedido, os retornos devem ser mais que suficientes para compensar qualquer risco que possa haver (DRUCKER, 2010, p. 25). Nesse sentido, entende-se que o espírito empreendedor está na condição de arriscar de forma coerente às expectativas que demandam do mercado consumidor. Segundo Drucker (2002) uma ferramenta essencial para obtenção de maiores lucros e para a manutenção das empresas por mais tempo no cenário econômico é a inovação. Quando uma empresa inova, seja de que forma for, teoricamente, a tendência é tornar todo o processo produtivo mais ágil e rápido, proporcionando ao inovador maiores lucros e menores custos em um curto espaço de tempo. 8 METODOLOGIA O presente estudo foi desenvolvido através de pesquisas bibliográficas em livros, artigos, publicações em revistas e informações extraídas de endereços eletrônicos, buscando aprofundar os conhecimentos sobre o assunto empreendedorismo. Em uma segunda etapa foi realizada pesquisa de campo com perguntas abertas e fechadas para identificar o perfil, as características, o conhecimento do empreendedor e o desenvolvimento do empreendimento em empresas particulares do setor varejista distribuidores e revendedores de gás de 24 cozinha e água em galões no município de Ariquemes – RO e os dados obtidos analisados à luz da teoria o que possibilitou melhor entendimento sobre o tema e a realidade desse segmento no mercado local. 9 RESULTADOS E DISCUSSÕES Conforme pesquisa realizada com proprietários das empresas distribuidoras de gás e água no município de Ariquemes, Rondônia, 75% dos entrevistados são do sexo masculino e 25% do sexo feminino, destacando-se que 12,5% dos entrevistados estão na faixa etária dos 18 a 25 anos; 6,25% têm entre 26 a 30 anos; 37,5% estão na faixa de 31 a 40 anos; 31,25% estão acima de 50 anos de idade. Esse resultado demonstra que os empreendedores nesse ramo de negócio, na maioria são homens com idade entre 31a 40 anos. Questionados sobre a idade ao iniciar o atual empreendimento 50% tinham de 31 a 40 anos. Chama a atenção o fato de que 31,25% iniciaram suas atividades com idade entre 18 a 25 e nenhum dos entrevistados tinham acima de 50 anos ao iniciar o seu negócio. Sobre o nível de escolaridade dos entrevistados o gráfico 2 demonstra que 37,75% possuem o ensino médio completo, 43,75% ensino superior incompleto e apenas 18,75% ensino superior completo. GRÁFICO 2 – NIVEL DE ESCOLARIDADE FONTE: Arquivo dos autores 43,75% 37,75% 18,75% Ens. Méd. Imcompleto Ens. Méd. Completo Ens. Sup. Completo 25 Constata-se nesta questão, que o percentual de empreendedores com nível de escolaridade ensino médio incompleto foi superior àqueles que possuem o ensino superior e médio completo, deixando claro que no setor pesquisado o estudo formal não é fator relevante para o empreendedor manter a empresa em funcionamento. Ainda sobre a questão nível de escolaridade, verificou-se que 18,75% dos entrevistados que possui o ensino superior completo, um graduou-se em Ciências Contábeis, um em Administração de Empresas e um em Enfermagem. Esse resultado leva ao entendimento de que a maioria dos empreendedores do setor de distribuição de gás e água de nossa cidade não possui noções teóricas de administração. Questionados sobre a experiência 81,25% dos entrevistados entendem se tratar de fator relevante para o sucesso e 18,75% responderam que não considera importante. Esse resultado confirma que os empreendedores sabem o valor do conhecimento para obter êxito no empreendimento, quer seja adquirido através de uma educação formal ou experiências vividas. Quanto à posição dos empreendedores sobre dois fatores que podem levar ao sucesso um empreendimento, destacaram-se ambos os fatores; uma equipe competente e motivada e dos esforços e competência do gestor, como primordiais para os resultados, conforme demonstra o gráfico 3. GRÁFICO 3 - PARA SE ALCANÇAR O SUCESSO DEPENDE DE: FONTE: Arquivo dos autores No questionamento a respeito de o empreendedor ter montado outro negócio antes do atual, 37,5% responderam sim e 62,5% não. Dos empreendedores que afirmaram ter montado outro negócio antes do atual, um deles montou três 6,25% 12,50% 81,25% Uma equipe competente e motivada Dos esforços e competência do gestor De ambos 26 empresas, duas pessoas montaram duas empresas e três pessoas montaram uma empresa, mostrando assim a insistência do empreendedor de negócios o qual não se contenta em estar a frente de apenas um empreendimento e mesmo tendo fracassado anteriormente não desanima e monta outro negócio. Sobre montar seus próprios negócios entre os empreendedores o maior percentual encontrado como motivação foi alcançar independência financeira conforme mostra o gráfico 4. GRÁFICO 4 – MOTIVAÇÃO PARA MONTAR O PRÓPRIO NEGÓCIO FONTE: Arquivo dos autores Pode-se constatar também através dos questionamentos que antes de abrir o empreendimento 37,5% dos entrevistados tinham experiência de 2 a 7 anos no ramo do negocio, nesse sentido Dornelas (2001, p. 33) diz que “quanto maior o domínio sobre o ramo de negocio, maior sua chance de êxito”. Questionados sobre conceitos administrativos, a pesquisa revelou que apenas 6,25% realizaram estudo de mercado antes de iniciar o negocio e somente 12,5% desenvolveram planejamento formal para o empreendimento e quanto ao fator risco 62,5% responderam não ter considerado a possibilidade de fracassar e 37,5% disseram considerar a possibilidade de fracasso. Considerando a importância de participação em cursos, palestras e seminários, o resultado da pesquisa demonstra que 50% dos empreendedores participam de uma a duas vezes ao ano e 50% não participam de nenhum curso, palestras ou seminários no decorrer do ano. E sobre a forma de realizar os processos dentro do seu empreendimento, dentro das opções: buscar inovar ou do jeito tradicional, 62,5% buscam a inovação em seus processos e 37,5% preferem usar o jeito tradicional de se realizar as coisas. 50% 6,25% 12,50% 12,50% 18,75% Independência financeira Desejo de realizar um sonho Melhoria salarial Influência de terceiros Outros 27 Os entrevistados foram questionados também sobre as características com as quais ele mais se identifica e o resultado demonstra que prevalece o conceito saber explorar oportunidades conforme se apresenta no gráfico 5. GRÁFICO 5 – CARACTERÍSTICAS PREDOMINANTES DOS EMPREENDEDORES FONTE: Arquivo dos autores Percebe-se que os empreendedores que atuam no ramo de gás e água no município de Ariquemes apresentam varias características que são identificadas nos empreendedores de sucesso. Entre as cinco mais citadas em primeiro lugar vêm com 37,5% saber explorar oportunidades, a seguir saber tomar decisões com 31,25%, tem visão 25%; coragem para assumir riscos 18,75% e faz acontecer os sonhos 18,75%. Conclui-se que a pessoa que sabe explorar as oportunidades tem mais chances de alcançar o sucesso no seu negócio, conforme Dornelas (2008) as boas ideias são geradas daquilo que todos conseguem ver, mas não identificaram algo prático para transformá-las em oportunidade, por meio de dados e informações, os empreendedores conseguem enxergar essa ideia e transforma-la em uma grande oportunidade de negocio. Questionados sobre o número de funcionários que tinham ao iniciar seu negócio obteve-se o seguinte resultado: 50% das empresas entrevistadas não apresentaram nenhum crescimento permanecendo com a mesma quantidade de colaboradores desde a data de início das atividades, já 43,75% das empresas 37,50% (6 Pessoas) 31,25% (5 Pessoas) 25,00% (4 Pessoas) 18,75% (3 Pessoas) 18,75% (3 Pessoas) 0,00% 5,00% 10,00% 15,00% 20,00% 25,00% 30,00% 35,00% 40,00% Saber explorar as oportunidades Saber tomar decisões Ter visão Ter coragem para assumir riscos Fazer acontecer os sonhos 28 apresentaram uma média de 241% no aumento do número de funcionários contando a data de inicio de suas atividades até hoje. Por outro lado os resultados também mostraram que 6,25% das empresas reduziram o numero de funcionários. Por fim, os entrevistados foram questionados sobre o desenvolvimento em termos econômicos na empresa, obtendo-se como resposta o que se apresenta no gráfico 6. GRÁFICO 6 – PERCENTUAL DE DESENVOLVIMENTO DAS EMPRESAS Fonte: Arquivo dos autores Como se pode observar no gráfico 6, e considerando-se a questão anterior, apesar de metade das empresas continuarem com o mesmo número de colaboradores que tinham no início das suas atividades; tiveram crescimento. Verifica-se também conforme consta na questão anterior; que 43,7% das empresas tiveram um aumento de 241% no número de funcionários, e comparados ao índice de desenvolvimento acredita-se que o aumento dos funcionários vem demonstrar que o empreendimento teve um resultado de sucesso. 31,25% (5 Empresas) 37,50% (6 Empresas) 12,50% (2 Empresas) 6,25% (1 Empresa) 6,25% (1 Empresa) 6,25% (1 Empresa) 0,00% 5,00% 10,00% 15,00% 20,00% 25,00% 30,00% 35,00% 40,00% 1 a 25% 26 a 50% 51a 75% 76 a 100% Acima de 100% Não teve crescimento 29 CONSIDERAÇÕES FINAIS Os estudos teóricos mostram que o empreendedor é aquele que busca inovar na realização dos processos transformando ideias em grandes oportunidades, inicia um negócio para realizar um sonho, busca a independência financeira, assumeriscos calculados e não se contenta em estar à frente de um único empreendimento. Compreende-se que todo empreendedor que deseja iniciar seu negocio precisa estar preparado para buscar conhecimento, e a vontade de empreender mostrou ser o fator mais importante na busca necessária para o sucesso. Conclui-se que as características ligadas ao sucesso do empreendedor podem ser adquiridas, e os resultados mostram que a maioria dos empreendedores pesquisados obteve o sucesso desejado. Dessa forma acredita-se que o sucesso do empreendedor está condicionado as suas características e a outros fatores sociológicos e ambientais onde se destacou a experiência no ramo, a busca da independência financeira, contar com uma equipe competente e motivada, estar atentos às oportunidades, saber identifica-las e explorá-las, e ter coragem para assumir riscos calculados. Constatou-se através da pesquisa que quatro empresas distribuidoras de gás e água tiveram seus negócios encerrados, uma empresa cessará suas atividades este ano, quatro empresas estão estagnadas e a maioria apresentou um desenvolvimento considerável desde o inicio de suas atividades. Diante desta realidade recomenda-se que os empreendedores deem maior importância ao fator conhecimento, buscando familiarizar-se com as tendências de mercado e procurando constantemente a inovação. Acredita-se que os empreendedores estudados na sua maioria alcançou o sucesso mesmo sem os conhecimentos acadêmicos necessários para administração de seus negócios, por estar em um segmento cujo produto que conforme Ballau (2007) a teoria administrativa classifica como bens de conveniência que são aqueles comprados frequentemente de forma imediata com pouca pesquisa de loja. Portanto fica como sugestão para futuros acadêmicos uma nova pesquisa envolvendo outros segmentos que possa dar mais clareza a importância do conhecimento no processo empreendedor. 30 REFERÊNCIAS BALLAU, Ronald H. Logística Empresarial: Transporte, Administração de Materiais e Distribuição Física. 1 Ed. São Paulo: Atlas, 2007. BARON, Robert A.; SHANE, Scott. Empreendedorismo: Uma Visão do Processo Empreendedor. 2. Ed. São Paulo: Cengage Learning, 2011. BATISTA, Erike. As Definições de Empreendedorismo. Disponível em: < http://exame.abril.com.br>. Acesso em: 15 Set. 2013. BIRLEY, Sue.; MUZIKA, Daniel F. Dominando os Desafios do Empreendedor: tradução Claudio Ribeiro de Lucinda. Revisão técnica David Felip Hastings. São Paulo: Makron Books, 2001. Título original: Mastering Enterprise. BONIFACIO, Claudia Maria. Tipos de Empreendedorismo. Disponível em: < http:/artigonal.com>. Acesso em: 28 Out. 2013. BUCKUP, Ricardo. As definições de empreendedorismo. 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