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TCC - Empreender com Sucesso

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FACULDADES INTEGRADAS DE 
ARIQUEMES 
 
 
 
DIOGO PEREIRA DOS SANTOS 
MARCOS ANTONIO DA SILVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EMPREENDER COM SUCESSO: 
FATORES QUE PODEM INFLUENCIAR NOS RESULTADOS 
DOS NEGÓCIOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ARIQUEMES 
2013
 
 
FACULDADES INTEGRADAS DE 
ARIQUEMES 
 
 
 
Diogo Pereira dos Santos 
Marcos Antonio da Silva 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EMPREENDER COM SUCESSO: 
FATORES QUE PODEM INFLUENCIAR NOS RESULTADOS 
DOS NEGÓCIOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ariquemes 
2013
Artigo apresentado como requisito 
parcial para obtenção do título de 
Bacharel em Administração de 
Empresas das Faculdades Integradas 
de Ariquemes – FIAR. 
 
Orientadora: 
Esp. Vandira Rodrigues de Alcântara 
dos Santos. 
 
 
Diogo Pereira dos Santos 
Marcos Antonio da Silva 
 
 
 
 
EMPREENDER COM SUCESSO: 
FATORES QUE PODEM INFLUENCIAR NOS RESULTADOS DOS 
NEGÓCIOS 
 
 
 
Artigo apresentado como requisito parcial 
para obtenção do título de Bacharel em 
Administração de Empresas das Faculdades 
Integradas de Ariquemes – FIAR, sob- 
apreciação da seguinte Banca Examinadora. 
 
 
 
 
 
Aprovado em 26 de Novembro de 2013. 
 
 
 
 
____________________________________________________ 
Prof.ª Esp. Vandira Rodrigues de Alcântara Santos (orientadora) 
Faculdades Integradas de Ariquemes - FIAR 
 
 
_______________________________________ 
Prof.ª Regina Aparecida Costa 
Faculdades Integradas de Ariquemes - FIAR 
 
 
____________________________________ 
 Prof.º 
Aparecido Silvério Labadessa 
Faculdades Integradas de Ariquemes - FIAR 
 
 
 
 
 
 
Ariquemes 
2013 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
À professora orientadora, pela dedicação em todas as etapas deste trabalho. 
Às nossas famílias, pela confiança e motivação. 
Aos amigos e colegas, pela força e incentivos. 
Aos professores e colegas de Curso, pois juntos trilhamos uma etapa importante de 
nossas vidas. 
Aos profissionais entrevistados, pela concessão de informações importantes para a 
realização deste estudo. 
A todos que, de algum modo, colaboraram para a realização e finalização deste 
trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EMPREENDER COM SUCESSO: 
FATORES QUE PODEM INFLUENCIAR NOS RESULTADOS DOS NEGÓCIOS1 
 
Diogo Pereira dos Santos2 
Marcos Antonio da Silva3 
Esp. Vandira Rodrigues de Alcântara dos Santos4 
 
 
RESUMO 
 
Empreender é fundamental nos dias atuais. Com o passar dos anos o tema empreendedorismo 
passou a ser mais pesquisado e pessoas empreendedoras são cada vez mais desejadas por 
empresas, por ser consideradas inovadoras e criativas. O presente estudo mostra os principais 
fatores que levam o empreendedor ao sucesso, e as principais características que deve desenvolver, 
e aprender com o passar do tempo. Revela-se que mesmo disponível a todos são poucos os que a 
desenvolvem o espírito empreendedor e destaca-se o conhecimento como grande aliado no sucesso 
conforme os resultados das pesquisas desenvolvida no setor de distribuição de gás e água no 
município de Ariquemes que vem confirmar o aprendizado como fator primordial para se alcançar o 
sucesso desejado. 
 
PALAVRAS-CHAVE: Empreendedorismo. Conhecimento. Riscos. Características. 
 
 
 
ABSTRACT 
 
Undertake is crucial now a days. Over the years the issue has become more entrepreneurial and 
enterprising people surveyed are increasingly desired by companies, being considered innovative and 
creative. The present study shows the main factors that lead to entrepreneurial success, and the key 
features that should develop, and learn over time. Reveals that even available to everyone are few 
who develop the entrepreneurial spirit and stands out as a great ally in knowledge according to the 
results of successful research developed in the sector of distribution of gas and water in the city of 
Ariquemes which confirms the learning as the key to achieving the desired success. 
 
KEYWORDS: Entrepreneurship. Knowledge. Risks. Characteristics. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 Artigo apresentado ao curso de Administração de Empresas da FIAR. 
2 Docente do curso de Administração de Empresas – FIAR. Email: diogo.p.sud@hotmail.com 
3 Docente do curso de Administração de Empresas – FIAR. Email: 
marcos_35mano1970@hotmail.com 
4 Discente do curso de Administração de Empresas – FIAR. E-mail: v.ras@hotmail.com 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 06 
1 EMPREENDEDORISMO........................................................................................ 07 
1.1 O EMPREENDEDOR E O CONCEITO DE EMPREENDEDORISMO ................ 07 
2 EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO EMPREENDEDORISMO ....................................... 09 
2.1 EMPREENDEDORISMO NO MUNDO ................................................................ 10 
2.2 EMPREENDEDORISMO NO BRASIL ................................................................ 11 
3 TIPOS DE EMPREENDEDORISMO ...................................................................... 13 
3.1 EMPREENDEDORISMO CORPORATIVO ......................................................... 14 
3.2 EMPREENDEDORISMO DE NEGÓCIOS .......................................................... 15 
3.3 EMPREENDEDORISMO SOCIAL ...................................................................... 15 
4 O PROCESSO EMPREENDEDOR ........................................................................ 16 
5 A IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO PARA OS EMPREENDEDORES ........ 18 
5.1 O ENSINO SISTEMATIZADO E O EMPREENDEDORISMO ............................. 19 
6 CARACTERÍSTICAS DO EMPREENDEDOR DE SUCESSO ............................... 20 
7 EMPREENDER E INOVAR .................................................................................... 21 
8 METODOLOGIA .................................................................................................... 23 
9 RESULTADOS E DISCUSSÕES ........................................................................... 24 
CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................... 29 
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 30 
OBRAS CONSULTADAS ......................................................................................... 31 
 
 
 
6 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
 
O sucesso de um novo negócio depende do empreendedor que possui 
características distintas com as quais consegue influenciar pessoas e formar uma 
equipe talentosa e motivada para iniciar um novo negócio, o qual busca inovar 
contando com a experiência que se torna imprescindível para enfrentar os desafios 
no empreendimento. As características do empreendedor de sucesso são muitas, 
contudo as que mais se destacam neste estudo são: saber explorar as 
oportunidades, saber tomar decisões, ter visão, ter coragem para assumir riscos e 
fazer acontecer os sonhos. 
Desta forma justifica-se o estudo, por ser um assunto relevante e atual, em 
razão do interesse de muitas pessoas na abertura do seu próprio negócio, e de 
empresas que estão sempre inovando para se manterem competitivas no mercado. 
Por demonstrar como ocorre o processo empreendedor, apresentar os 
principais fatores envolvidos no sucesso de um novo negócio, e o perfil de pessoas 
empreendedoras, contribui com o meio acadêmico trazendo informações paramelhor compreensão sobre o tema e servirá como subsídio para futuros 
empreendedores e atuais empresários. 
Com o objetivo de conhecer os elementos que influenciam no sucesso de 
um novo negócio, o tema foi abordado através de pesquisa bibliográfica em livros, 
artigos, publicações em revistas, informações extraídas de endereços eletrônicos, 
pesquisa de campo em que dados foram coletados através da aplicação de 
questionários com perguntas abertas e fechadas em uma amostragem de empresas 
do setor varejista distribuidores de gás e água no Município de Ariquemes, estado 
de Rondônia. 
Por se tratar de um segmento de produtos que a administração classifica 
como bens de conveniência que são aqueles comprados frequentemente de forma 
imediata com pouca pesquisa de loja, acredita-se que os empreendedores 
estudados na sua maioria alcançou o sucesso mesmo sem os conhecimentos 
acadêmicos necessários para administração de seus negócios. 
 
 
 
7 
 
 
1 EMPREENDEDORISMO 
 
Tornar-se dono do próprio negócio é o desejo comum a grande maioria das 
pessoas. Em qualquer que seja a natureza do empreendimento, percebe-se que 
elas investem tempo, suor e dinheiro em projetos que muitas vezes ficam apenas no 
papel. Isso acontece porque não existe no país segundo Dolabela (2008), a 
preocupação de desenvolver o potencial empreendedor da população. Como 
resultado, a cada três empresas criadas, duas acabam fechando as portas. 
Para Dolabela (2008), essa realidade parece estar mudando a cada ano, 
acrescentando-se metodologia de ensino prática e abrangente para difundir a cultura 
empreendedora nas escolas e universidades, levando os alunos a questionar os 
sentimentos em relação aos sonhos e projetos em que se investe e mostra que 
empreender é muito mais do que estar à frente de uma ideia inovadora. 
 
1.1 O EMPREENDEDOR E O CONCEITO DE EMPREENDEDORISMO 
 
Empreender, na atualidade, é quase uma obrigação, e por trás das novas 
ideias que tem revolucionado a sociedade, percebe-se que existe muito mais do que 
visão de futuro e talento individual. Para Dornelas (2001, p. 13) “Analise, 
planejamento estratégico-operacional e capacidade de implementação são 
elementos essenciais no sucesso de empreendimentos inovadores”. 
Muitas são as definições de empreendedorismo Dornelas (2008), conceitua 
como o envolvimento de pessoas e processos que juntos conseguem transformar 
ideias em grandes oportunidades que trabalhadas de forma organizada e planejada 
levam a criação de novos negócios de sucesso. 
 
O empreendedorismo é um processo, uma cadeia de eventos e atividades 
que ocorrem ao longo do tempo, em alguns casos períodos consideráveis 
de tempo. Ele começa com uma ideia para algo novo, muitas vezes um 
novo produto ou serviço. Desde que o processo continue e se torne em 
realidade, senão será apenas uma ideia (BARON e SHANE, 2011, p. 5). 
 
O empreendedor de sucesso identifica oportunidades e tem coragem de 
assumir o risco de coloca-las em pratica. “Empreender é enxergar uma 
oportunidade, ou uma boa ideia, e assumir o risco de botá-la em prática, executá-la”. 
(BATISTA, on-line, 2013). 
8 
 
 
Segundo Dolabela (2008), o empreendedor se dedica a atividades que 
geram riquezas, seja na transformação de conhecimento em produtos ou serviços, 
na aquisição de experiência ou na inovação em áreas como marketing, produção e 
organização. Identifica oportunidades e busca os recursos para transformá-las em 
negócios lucrativos. 
Para Baron e Shane (2011), em essência o empreendedorismo requer a 
criação ou reconhecimento de uma aplicação comercial para o novo produto ou 
serviço criado pelo empreendedor, ou seja, a nova ideia deve ser transformada em 
um negócio viável e lucrativo. 
Ainda conforme Schumpeter (apud DORNELAS, 2001, p. 37) “o 
empreendedor é aquele que destrói a ordem econômica existente pela introdução de 
novos produtos e serviços, pela criação de novas formas de organização ou pela 
exploração de novos recursos e materiais”. Conforme Schumpeter, a pessoa 
empreendedora pode criar novos negócios, mas também consegue inovar dentro de 
um negócio já consolidado, ou seja, consegue ser empreendedor mesmo dentro de 
uma empresa já constituída, é alguém que inova que cria novos meios e dá vida a 
uma nova ideia, alguém que consegue enxergar oportunidades até mesmo em 
negócios tradicionais. 
Seguindo esse conceito Kirzner (apud DORNELAS, 2008, p. 22) diz que “o 
empreendedor é aquele que cria um equilíbrio, encontrando uma posição clara e 
positiva em um ambiente de caos e turbulência, ou seja, identifica oportunidades na 
ordem presente”. Então, o empreendedor é aquele que visualiza uma oportunidade e 
cria um negócio para lucrar sobre ela, assumindo riscos calculados. 
Para Dornelas (2001), em todas as definições de empreendedorismo 
identificam-se, pelo menos, os seguintes aspectos que dizem respeito ao 
empreendedor: Primeiramente o de espírito empreendedor que leva a criação de 
algo novo, de valor, a tomar iniciativa e ser apaixonado pelo que faz. Outro aspecto 
está relacionado ao fato de como os recursos são aplicados e transformados. Com 
entrega, comprometimento de tempo e trabalho árduo para fazer as coisas 
acontecerem, levando a empresa ao crescimento. Ainda outro aspecto; o de assumir 
riscos considerando a possibilidade de fracasso, motiva para tomar decisões 
críticas, superar os obstáculos, e não desanimar diante dos erros e falhas. 
Ainda segundo Dornelles, (on-line, 2013) empreender é ter vontade de 
realizar. É você não ficar contente em apenas ter ideias, e sim de colocá-las em 
9 
 
 
prática. Tomando esses aspectos como premissa, pode-se definir o empreendedor 
de maneira abrangente e ao mesmo tempo objetiva: “O empreendedor é aquele que 
faz as coisas acontecerem, se antecipa aos fatos e tem uma visão futura da 
organização” (DORNELAS, 2001, p. 15). Entende-se, portanto que o empreendedor 
tenha habilidade de direcionar suas decisões de forma que possibilite o crescimento 
do negócio. 
 
 
2 EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO EMPREENDEDORISMO 
 
 Segundo Dornelas (2001), o mundo tem sofrido muitas transformações 
principalmente no último século. Foram criadas as maiorias das invenções 
revolucionando a maneira de viver das pessoas, quase na sua totalidade. São 
invenções inovadoras, de algo inédito ou de uma nova visão de como melhorar e 
utilizar coisas já existentes, mas que até aquele momento ninguém ousou olhar de 
outra maneira. 
 O papel do empreendedor, portanto pode-se entender como sendo de suma 
importância para a sociedade, suas ações e características levam a adotar novos 
paradigmas e podem impulsionar a economia e os meios de produção e serviços. 
 Buscando entender a evolução Histórica do Empreendedorismo, constata-se 
que o Século XX foi marcado por conceitos administrativos nos meios sociopolíticos, 
culturais e tecnológicos, os quais predominaram e trouxeram o desenvolvimento e 
consolidação do capitalismo. Segundo Dornelas (2008), em determinadas épocas 
predominaram movimentos que foram evoluindo para o que se entende hoje como o 
momento empreendedor. 
 Logo no início do referido século, conforme Dornelas (2008) acontecia o 
movimento da racionalização do trabalho com foco na gerência administrativa; a 
qual buscava eficiência do trabalho, fazer as tarefas de modo mais inteligente e com 
a máxima economia de esforço. A seguir já pela década de 1930 o movimento das 
relações humanas; concentrava sua atenção nos processos, motivando as pessoas 
ao trabalho, e nas décadas de 1940 e 1950 o movimento do funcionalismo 
estrutural; onde o foco era a gerência por objetivos. 
 No movimento dos sistemas abertos;na década de 1960, predominava o 
planejamento estratégico e na década de 1970 no movimento das contingências 
10 
 
 
ambientais; o foco era a competitividade. O que se percebe atualmente é que 
nenhum desses movimentos se tornou predominante. No entanto cada vez mais o 
foco no papel do empreendedor como gerador de riqueza para a sociedade, poderá 
levar o empreendedorismo a firmar-se como o movimento atual, “mas acredita-se 
que o empreendedorismo irá, cada vez mais, mudar a forma de se fazer negócios no 
mundo” (DORNELAS, 2008, p. 5). 
A chamada nova economia, as tecnologias, alavancadas principalmente pela 
era da internet tem levado o empreendedor a buscar conhecimento, gerando riqueza 
para a sociedade. 
 
A economia e os meios de produção e serviços também se sofisticaram, de 
forma que hoje existe a necessidade de se formalizar conhecimentos, que 
eram apenas obtidos empiricamente no passado. Portanto a ênfase em 
empreendedorismo surge muito mais como conseqüência das mudanças 
tecnológicas e sua rapidez, e não apenas um modismo. A competição na 
economia também força novos empresários a adotar paradigmas diferentes 
(DORNELAS, 2008, p. 6). 
 
 Ao que se percebe, o mundo dos negócios tem se modificado em curtos 
espaços de tempo, “o empreendedorismo é uma revolução silenciosa, que será para 
o século XXI mais do que a Revolução Industrial foi para o século XX.” (TIMMONS, 
1990 apud DORNELAS, 2008, p. 5). 
 
2.1 EMPREENDEDORISMO NO MUNDO 
 
 Compreende-se que o empreendedorismo ganha espaço e tem sido o centro 
das políticas públicas na maioria dos países. Segundo Dornelas (2008), as ações 
dos governos com referência ao tema na década de 1990 impulsionou o crescimento 
do empreendedorismo no mundo, conforme estudo de 1999 pelo Global 
Entrepreneurship Monitor5, que apresenta alguns exemplos neste sentido. 
 No final de 1998, o Reino Unido reconheceu a necessidade de intensificar o 
empreendedorismo na região. E a Alemanha contava com programas de apoio e 
incentivo na criação de novas empresas. Segundo Dornelas (2001, p. 22), “na 
década de 1990, aproximadamente duzentos centros de inovação foram 
 
5Considerada como a mais abrangente pesquisa sobre empreendedorismo no mundo, o Global 
Entrepreneurship Monitor- GEM, é executado no Brasil desde o ano 2000 pelo Instituto Brasileiro da 
Qualidade e Produtividade – IBQP. 
11 
 
 
estabelecidos, provendo espaço e outros recursos para empresas start-ups6 
(iniciantes)”. 
 No ano de 1995 “o decênio do empreendedorismo foi lançado na Finlândia 
Coordenado pelo Ministério de Comércio e Indústria”, que dava apoio para novos 
empreendedores em áreas de grande interesse governamental que segundo 
Dornelas (2001, p. 22) tinha como objetivo “criar uma sociedade empreendedora, 
promover o empreendedorismo como uma fonte de geração de emprego e incentivar 
a criação de novas empresas”. 
 Em Israel, desenvolveu-se o Programa de Incubadoras Tecnológicas. Nesse 
projeto se estabeleceu grande número de incubadoras, que contavam com 
investimento de capital de risco nas empresas israelenses, conforme Dornelas 
(2001, p.22) “mais de cem empresas criadas em Israel encontram-se com suas 
ações na NASDAQ7, nos Estados Unidos”. 
 O estudo destacou também as iniciativas da França para “promover o ensino 
de empreendedorismo nas universidades, particularmente para engajar os 
estudantes” (DORNELAS, 2001, p. 23) e com a criação de incubadoras, 
desenvolveu-se entre empresas de tecnologia e se estabeleceu uma Fundação de 
Ensino do Empreendedorismo. 
 Nesse contexto nota-se em todo o mundo, o interesse pelo 
empreendedorismo que se estende além das ações dos governos nacionais, 
atraindo também a atenção de muitas organizações multinacionais. Segundo 
Dolabela (2008, p. 38) “nos Estados Unidos, o número de universidades que 
oferecem cursos na área passou de 10 em 1967 para 1.064 em 1998. Existem 27 
revistas cientificas sobre o tema, sendo 10 fora dos Estados Unidos”. 
 
2.2 EMPREENDEDORISMO NO BRASIL 
 
 No Brasil, o primeiro curso na área de empreendedorismo surgiu em 1981, 
na Escola de Administração de Empresas da Fundação Getúlio Vargas, em São 
Paulo, por iniciativa do professor Ronald Degen, e se chamava Novos Negócios 
(PEREIRA, 1995 apud DOLABELA, 2008). 
 
6 Start-up é um modelo de empresa jovem, embrionária ou ainda em fase de constituição, 
implementação e organização de suas operações. 
7Bolsa de Ações de Empresas de Tecnologia e Internet, nos Estados Unidos. 
12 
 
 
 Entretanto o movimento do empreendedorismo começou a se fortalecer a 
partir dos anos 90, com a criação do SEBRAE8 e SOFTEX9. Antes não se falava 
muito sobre empreendedorismo ou em criação de novas empresas, segundo 
Dornelas (2001) no ano 2000, o número de habitantes adultos que iniciam um novo 
negócio em comparação a outros países colocou o Brasil na primeira posição: 
 
1 em cada 8 adultos. Nos Estados Unidos esta relação é de 1 em cada 10; 
na Austrália, 1 em cada 12; na Alemanha, 1 em cada 25; no Reino Unido, 1 
em cada 33; na Finlândia e na Suécia, 1 em cada 50; e na Irlanda e no 
Japão, 1 em cada 100 (DORNELAS, 2001, p. 26). 
 
 Desta forma, verifica-se que apesar de ainda estar ocorrendo de maneira 
não tão organizada como em outros países mais desenvolvidos, o 
empreendedorismo no Brasil exerce papel de destaque na economia. 
 
Um último fator, que dependerá apenas dos brasileiros para ser 
desmistificado, é a quebra de um paradigma cultural de não valorização de 
homens e mulheres de sucesso que tem construído esse país e gerado 
riquezas, sendo eles os grandes empreendedores, que dificilmente são 
reconhecidos e admirados. Pelo contrario, muitas vezes são vistos como 
pessoas de sorte ou que venceram por outros meios alheios à sua 
competência (DORNELAS, 2001, p. 27). 
 
Levando-se em consideração a evolução do empreendedorismo nas últimas 
décadas, a quebra de paradigmas culturais e a valorização do empreendedor o 
Brasil poderá alcançar uma posição de destaque frente às mudanças de 
pensamento e atitudes que dizem respeito à capacidade empreendedora do 
brasileiro, desmistificando o fato de que a sorte é primordial para o sucesso 
empreendedor. 
A chamada nova economia, a era da Internet, tem mostrado que idéias 
inovadoras, Know-how10, bom planejamento e, principalmente, uma equipe 
competente e motivada, são ingredientes poderosos que, torna-se o combustível 
indispensável à criação de novos negócios (REIS, on-line, 2013). 
Reis (on line, 2013) diz que “o contexto atual é propício para o surgimento de 
um número cada vez maior de empreendedores”. Por esse motivo, pode-se 
entender a capacitação dos candidatos a empreendedor como prioridade em muitos 
países, inclusive no Brasil, haja vista a crescente preocupação das escolas e 
 
8Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas. 
9Sociedade Brasileira para Exportação de Software. 
10O termo inglês Know-How é utilizado para designar uma técnica, um conhecimento ou uma 
capacidade desenvolvida por uma organização ou por uma pessoa. 
13 
 
 
universidades a respeito do assunto, por meio da criação de cursos e matérias 
específicas de empreendedorismo, como uma alternativa aos jovens profissionais 
que se graduam anualmente nos ensinos técnico e universitário brasileiros. 
Conforme Reis (on-line, 2013) há uma década era inaceitável um jovem 
recém-diplomado aventurar-se na criação de um negócio próprio, pois as ofertas de 
emprego oferecidas por grandes empresas nacionais e multinacionais, e a 
estabilidade que se conseguia nosempregos em órgãos públicos, eram bastante 
convidativos, com ótimos salários, posição de destaque e possibilidade de 
crescimento dentro da organização. 
Nessa época não tão distante, o ensino de administração preocupava-se 
com a formação de profissionais para gerir grandes empresas e não criar empresas. 
Quando as ofertas de emprego e os altos salários oferecidos pelas empresas 
tornaram-se escassos, tanto os profissionais experientes, os jovens a procura de 
uma oportunidade no mercado de trabalho, como as escolas de ensino de 
administração, não estavam preparados para o novo contexto de empreendedorismo 
(REIS, on-line, 2013). 
De acordo com Reis (on-line, 2013) o empreendedorismo começa a ser 
tratado no Brasil com o grau de importância que lhe é devido, como nos Estados 
Unidos, onde os empreendedores são grandes propulsores da economia. 
Verifica-se ainda, que o ideal a alcançar no Brasil ainda levará alguns anos, 
no entanto o país está no caminho certo, pesquisas tem mostrado isso e é notório 
esse crescimento levando-se em consideração que “as micro e pequenas empresas 
responderam, em 2002, por 99,2% do número total de empresas formais, por 57,2% 
dos empregos totais e por 26% da massa salarial” (DORNELAS, 2008, p. 2). 
Constata-se assim o fator motivação para empreender, impulsionando as 
pessoas no país. 
 
 
3 TIPOS DE EMPREENDEDORISMO 
 
Todo empreendedor precisa ser um bom administrador para poder tomar as 
decisões adequadas. Por outro lado, nem todo administrador possui as habilidades e 
os anseios dos empreendedores, por mais eficaz que seja o administrador em 
realizar o seu trabalho. “O empreendedor vai além das tarefas normalmente 
14 
 
 
relacionadas aos administradores, tem uma visão mais abrangente e não se 
contenta em apenas fazer o que deve ser feito” (PESSOA, on-line, 2013). 
Classificam-se os empreendedores em três tipos diferentes; o empreendedor 
corporativo ou empreendedor interno, o empreendedor start-up ou de negócios, que 
cria novos negócios ou empresas e o empreendedor social, que cria 
empreendimentos com missão social, são pessoas que se destacam onde quer que 
trabalhem (PESSOA, on-line, 2013). 
 
3.1 EMPREENDEDORISMO CORPORATIVO 
 
Conforme Pessoa (on-line, 2013) empreendedorismo corporativo é o 
processo pelo qual um indivíduo ou um grupo de indivíduos, associados a uma 
organização existente, criam uma nova organização ou instigam a renovação e 
inovação dentro da organização existente. É voltado para as necessidades internas 
das organizações de se renovar, inovar e criar novos negócios, são geralmente 
executivos muito competentes, com capacidade gerencial e conhecimento de 
ferramentas administrativas. 
 
A renovação estratégica refere-se aos esforços empreendedores da 
organização que resultam em significativas mudanças no negócio ou na 
estrutura corporativa, bem como em sua estratégia. É a soma da inovação 
que a organização pratica e desenvolve; de sua renovação; e dos esforços 
para implementação de novos negócios (PESSOA, on-line, 2013). 
 
 No processo corporativo segundo Pessoa (on-line, 2013) os fatores 
fundamentais são os recursos que a organização dispõe e que serão alocados para 
a exploração da oportunidade identificada e as pessoas que formaram a equipe para 
desenvolvimento do processo. 
 Para Pessoa (on-line, 2013) o empreendedorismo corporativo pode ser 
despertado quando a empresa possui politicas de recompensas e aceita falhas, 
motivando as pessoas a buscarem algo diferente, novo, exercitando a criatividade e 
estando abertas a ideias inovadoras. 
 
 
 
15 
 
 
3.2 EMPREENDEDORISMO DE NEGÓCIOS 
 
O empreendedorismo Start-up ou de Negócios não se refere 
necessariamente alguém que investe capital inicial ou inventa um novo produto. 
Esse tipo de empreendedorismo está relacionado à ideia de um negócio que se 
torna poderosa e lucrativa. Para Schumpeter (apud BONIFACIO, on-line, 2013) 
novas combinações, inclusive fazer coisas novas ou coisas que já são feitas de uma 
maneira diferente são vitais nesse modelo empreendedor. 
 O empreendedor de negócios é um indivíduo com um profundo senso de 
missão a cumprir, não se contenta em criar um negócio e ficar à frente dele até que 
se torne uma grande corporação, geralmente é uma pessoa dinâmica, prefere 
desafios e a adrenalina envolvidos na criação de algo novo a assumir uma postura 
de executivo que lidera grandes equipes. 
 
Geralmente tem uma habilidade incrível de montar equipes, motivar o time, 
captar recursos para o inicio do negócio e colocar a empresa em 
funcionamento. Sua habilidade maior é acreditar nas oportunidades e não 
descansar enquanto não as vir implementadas (DORNELAS, 2007, p. 13). 
 
 No empreendedorismo de negócio, percebe-se a coragem do empreendedor 
para correr riscos, que ao concluir uma missão sai em busca de outras para 
continuar motivado. Em muitas ocasiões se envolve em vários negócios ao mesmo 
tempo e não é raro passar por várias histórias de fracasso, mas usa-as como 
motivação para superar o próximo desafio (DORNELAS, 2007, p. 13). 
 
3.3 EMPREENDEDORISMO SOCIAL 
 
 O empreendedorismo social de acordo com Pessoa (on-line, 2013) é um 
misto de ciência e arte, racionalidade e intuição, ideia e visão, sensibilidade social e 
pragmatismo responsável, utopia e realidade, força inovadora e praticidade. 
O empreendedor social subordina o econômico ao humano, o individual ao 
coletivo e carrega consigo um grande sonho de transformação da realidade atual 
(PESSOA, on-line, 2013). 
 Ao que se percebe, o empreendedor social tem como missão de vida 
construir um mundo melhor para as pessoas, são um fenômeno mundial e, 
16 
 
 
principalmente em países em desenvolvimento, como o Brasil, tem um papel social 
extremamente importante, já que através de suas ações e das organizações que 
criam preenchem lacunas deixadas pelo poder público. 
 
De todos os tipos de empreendedores é o único que não busca desenvolver 
um patrimônio financeiro, ou seja, não tem como um de seus objetivos 
ganharem dinheiro. Prefere compartilhar seus recursos e contribuir para o 
desenvolvimento das pessoas (DORNELAS, 2007, p. 14). 
 
 No contexto entende-se que o resultado final desejado por esse tipo de 
empreendedor é a promoção da qualidade de vida de toda sociedade. 
 
 
4 O PROCESSO EMPREENDEDOR 
 
 A perspectiva de que o empreendedorismo é um processo e não um evento 
único não é novidade, pelo contrário, segundo Robert e Scott (2011), há um 
crescente consenso na área quanto à utilidade e correção de se enxergar o 
empreendedorismo como um processo que se desenvolve ao longo do tempo e se 
move por meio de fases distintas, existindo assim uma concordância geral sobre as 
principais fases desse processo que são destacadas a seguir: 
 A primeira fase segundo Robert e Scott (2011) inicia quando uma ou mais 
pessoas reconhecem uma oportunidade, que tem o potencial de gerar valor 
econômico, ou seja, lucro, por isso são vistas como desejáveis na sociedade em que 
ocorrem sendo geradas por fatores econômicos, tecnológicos e sociais, os quais 
estão em constante mudança. 
 
O potencial para se criar algo novo (novos produtos ou serviços, novos 
mercados, novos processos de produção, novas matérias-primas, novas 
formas de organizar as tecnologias existentes etc.) – surgem a partir de um 
padrão complexo de condições em mudança (mudanças no conhecimento, 
na tecnologia ou nas condições econômicas, políticas, sociais e 
demográficas) (ROBERT; SCOTT, 2011, p. 12). 
 
 Entende-se que as ideias não surgem do nada, elas quase sempre são uma 
combinação nova de elementos já existentese para identificar essas oportunidades 
torna-se necessário perceber um padrão nessas mudanças, para que a ideia de algo 
17 
 
 
novo surja na mente de uma ou mais pessoas, que as desenvolvendo, tornar-se-ão 
empreendedores. 
 A segunda fase é a de decidir ir em frente e reunir os recursos iniciais, que 
para Robert e Scott (apud SHANE, LOCKE; COLLINS, 2002) é o processo 
propriamente dito, ocorre porque pessoas específicas tomam essa decisão e agem a 
respeito dela. 
Na opinião dos autores as motivações dos empreendedores são cruciais 
para todo o processo. 
 
Aspirantes a empreendedores rapidamente descobrem que devem reunir 
uma ampla gama de recursos necessários: Informações básicas (sobre 
mercados, questões ambientais e jurídicas), recursos humanos (sócios, 
primeiros funcionários) e recursos financeiros (ROBERT; SCOTT, 2011, p. 
14). 
 
 Nessa segunda fase os recursos são extremamente necessários para dar 
continuidade ao negócio, e para Robert e Scott (2011) se não for concluída com 
sucesso em nada adiantarão as oportunidades por mais atraentes ou boas que 
sejam. 
 Ainda segundo Robert e Scott (2011), assim que os recursos necessários 
forem reunidos, inicia-se a terceira fase, o novo empreendimento poderá ser lançado 
e requer uma série de ações e decisões; como a escolha do formato jurídico, 
desenvolvimento de um novo produto ou serviço e a definição dos papéis da equipe 
de alta administração. 
 No processo empreendedor ainda apresentam-se outras fases que são para 
construir o sucesso e colher as recompensas. Segundo Robert e Scott (2011) para 
muitos empreendedores além dos recursos financeiros adicionais, consideram a 
importância dos recursos humanos. 
 
Nenhuma empresa pode crescer sem funcionários talentosos e motivados; 
então, nessa fase do processo, tornam-se cruciais as questões sobre como 
atrair tais pessoas, motivá-las e evitar que deixem a empresa (ROBERT; 
SCOTT, 2011, p. 14). 
 
 Dessa forma verifica-se que concluídas todas as fases do processo, o 
empreendedor, pode criar estratégia para colher as recompensas que o 
empreendimento lhes proporcionará. 
 
18 
 
 
5 A IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO PARA OS EMPREENDEDORES 
 
 Vivem-se dias em que ser empreendedor parece ser indispensável, no 
entanto, vale lembrar que por traz das mudanças na sociedade, pode existir muito 
mais do que visão futurista e capacidade individual e considera-se importante 
compreender que: 
 
Empreender é correr risco, é liberdade, é autonomia, é desafio e é demais. 
É saber que, seja no negócio, na família ou em uma empresa, você não fica 
na zona de conforto. É buscar outro desafio não só nos negócios, mas na 
vida (BECKUP, on-line, 2013). 
 
 Dessa forma compreende-se que todo empreendedor que deseja iniciar seu 
negocio precisa estar preparado para buscar conhecimento, e a vontade de 
empreender deve ser o fator mais importante nessa busca necessária para o 
sucesso do empreendimento. 
 
As pessoas empreendem em função do que são e não somente do que 
sabem. O saber que interessa ao empreendedor, e cuja busca leva à ação 
(por que só na ação é possível construir-se o saber empreendedor), é o 
saber necessário para realizar o sonho. Neste saber estão o conhecimento 
do ambiente onde o sonho se desenvolve (o saber específico) e as 
habilidades e competências necessárias para realizá-lo (DOLABELA, 2008, 
p. 108). 
 
 Percebe-se que o sonho é importante para a realização pessoal, e a busca 
incansável do mesmo pode ser conseguida mais rapidamente quando se coloca a 
ação em primeiro lugar, fazendo com que a conquista de novos conhecimentos e 
desenvolvimento do saber leve o empreendedor alcançar seus objetivos na vida 
pessoal e no empreendimento. 
 
Na atividade empreendedora, o conhecimento é volátil, mutante, nervoso, 
emocional. O ser é mais importante do que o saber, razão pela qual o 
empreendedor precisa ser alguém preparado para aprender a aprender 
(DOLABELA, 2008, p. 15). 
 
Quanto ao fator experiência Dornelas (2008) enfatiza que os 
empreendedores que conhecem o ramo onde atuam têm mais chances de ter êxito, 
e que as experiências anteriores influenciam muito em seu sucesso. 
19 
 
 
 No contexto, acrescenta-se, porém, a educação formal como fator 
primordial, o que se constata no gráfico 1 em que empreendedores com níveis 
avançados de educação demonstra a relevância da formação para o sucesso: 
 
GRÁFICO 1 – ESCOLARIDADE DOS EMPREENDEDORES 
 
Fonte: DORNELAS, 2007 p. 20 
 
No âmbito do empreendedorismo fica clara a necessidade do conhecimento, 
ao que Dornelas (2007, p. 24) recomenda; 
 
O conselho que dou aos meus filhos é que antes de correr riscos e desafiar 
o novo é preciso conhecimentos administrativos. Aprendi a administrar na 
pratica da maneira mais difícil, através dos erros e acertos. Existe uma 
forma mais fácil através das universidades. Depois conciliar a teoria com a 
prática do dia-dia e trabalhar, trabalhar, trabalhar (DORNELAS, 2007, p. 
24). 
 
 Justifica-se acrescentar que o empreendedor de sucesso leva ainda uma 
característica singular, que é o fato de conhecer como poucos o negócio em que 
atua o que leva tempo e requer experiência, desse modo, acredita-se que o 
conhecimento aliado à experiência forma o que pode ser entendido como as 
características necessárias para o sucesso dos negócios. 
 
5.1 O ENSINO SISTEMATIZADO E O EMPREENDEDORISMO 
 
Ensinar alguém a ser empreendedor segundo Salim et al (2004) é uma 
questão bem discutida entres vários especialistas, sempre se tem bons argumentos 
dos dois lados porem nem sempre se chega a uma conclusão sobre o tema. Sabe-
se, no entanto que o processo empreendedor tem sofrido mudanças ao longo dos 
69%
10%
6%
4%
4% 3%
4%
Universitário
Epecialização
Técnico
Médio
MBA
Fundamental
Outros
20 
 
 
anos onde vários mitos sobre o processo de ser empreendedor deixaram de ser 
considerados. 
Para Dornelas (2007), as habilidades empreendedoras podem ser adquiridas 
com o passar do tempo, contudo é preciso mudar as atitudes direcionando-as ao 
aprendizado de técnicas de gestão que ajudam no gerenciamento de um negocio. 
 
Qualquer individuo que tenha à frente uma decisão a tomar pode aprender a 
ser um empreendedor e se comportar empreendedoramente. O 
empreendimento é um comportamento, e não um traço de personalidade. E 
suas bases são o conceito e a teoria, e não a intuição (DRUCKER, 2010, p. 
34). 
 
Para o professor Nakagawa (on-line, 2013) é possível ensinar as técnicas de 
gestão, porem a capacidade de empreender tem que se desenvolver da própria 
iniciativa da pessoa, cada um é responsável por si, não se pode motivar alguém a 
ser empreendedor. 
O empreendedor é feito pela acumulação das habilidades, know-how11, 
experiências e contatos em um período de tempo. Logo, empreendedores acumulam 
experiência e se preparam para o salto empreendedor (SALIM, et al, 2004). 
 
 
6 CARACTERÍSTICAS DO EMPREENDEDOR DE SUCESSO 
 
 Dentre as muitas características citadas por diversos autores vale ressaltar 
que os empreendedores são aqueles que diante de uma oportunidade lançam-se 
para ação, são visionários, e têm a habilidade de fazer acontecer seus sonhos. Os 
empreendedores são aqueles indivíduos que fazem a diferença, “transformam algo 
de difícil definição, uma ideia abstrata, em algo concreto, que funciona, 
transformando o que é possível em realidade” (DORNELAS, 2001, p. 31), sabem 
agregar valor aos serviços e produtos que colocam no mercado. 
 Outra característica importante do empreendedor é o fato de que eles sabem 
explorar o máximo das oportunidades. Segundo Dornelas (2008, p.17) “para a 
maioria das pessoas, as boas ideias são daqueles que as veem primeiro, por sorte 
ou acaso”. Para os empreendedores, “as boas ideias são geradas daquilo que todos 
 
11Know-how é um termo em inglês que significa literalmente "saber como". Know-how é o conjunto de 
conhecimentos práticos (fórmulas secretas, informações, tecnologias, técnicas, procedimentos, etc.) 
adquiridos por uma empresa ou um profissional, que traz para si vantagens competitivas. 
21 
 
 
conseguem ver, mas não identificaram algo prático para transformá-las em 
oportunidade, por meio de dados e informações” (DORNELAS, 2008, p. 17). 
 No tocante ao conhecimento, Dornelas (2001) diz que a pessoa 
empreendedora é sedenta pelo saber e está sempre aprendendo. 
 
Quanto maior o domínio sobre um ramo de negocio, maior é sua chance de 
êxito. Esse conhecimento pode vir de experiência prática, de informações 
obtidas em publicações especializadas, em cursos, ou mesmo de conselhos 
de pessoas que montaram empreendimentos semelhantes (DORNELAS 
2001, p. 33). 
 
 Uma das características mais conhecidas e de destaque dos 
empreendedores é a coragem para assumir risco. Segundo Dornelas (2008, p. 18) 
“o verdadeiro empreendedor é aquele que assume riscos calculados e sabe 
gerenciar o risco, avaliando as reais chances de sucesso. Assumir riscos tem 
relação com desafios”. E quanto maior o desafio, o caminho percorrido pelo 
empreendedor para alcançar o sucesso será mais estimulante. 
 No contexto, destaca-se que os empreendedores que desejam alcançar o 
sucesso precisam adquirir conhecimento e estar dispostos a assumir riscos. No 
entanto, Aleksandar Mandic um empreendedor de sucesso em entrevista com a 
revista P&M12 diz; “quem estiver disposto a fazer algo realmente diferente precisa 
primeiro acreditar em si próprio”. Já Christian (2013) e Dornelas (2008), diferenciam 
os empreendedores pela sua visão e perspicácia quanto ao ambiente mercadológico 
e ideias inovadoras. 
 
 
7 EMPREENDER E INOVAR 
 
 Empreender pode ser considerado uma arte de alcançar o sucesso e se 
manter em constante evolução, requerendo do empreendedor a busca constante 
pela inovação e por não existir uma fórmula infalível que garanta o resultado 
positivo, é preciso sempre pensar em soluções para impulsionar o negócio, dessa 
forma Drucker (2010) considera inovação como um instrumento a ser usado pelos 
empreendedores para explorar a mudança dentro da organização. 
 
 
12Revista, Pequenas e Médias Empresas. 
22 
 
 
A inovação é o instrumento especifico dos empreendedores, o meio pelo o 
qual eles exploram a mudança como uma oportunidade para um negócio 
diferente ou um serviço diferente. Ela pode bem ser apresentada como uma 
disciplina a ser praticada (DRUCKER, 2010, p. 25). 
 
 Constata-se que a combinação entre o espírito empreendedor e a 
necessidade de inovar para sobreviver é que define o perfil de atuação no mercado, 
e ter uma grande ideia não significa alcançar o sucesso, mas sim colocá-la em 
prática e trabalhar de maneira consistente para sua execução. 
 
Os empreendedores precisam buscar, com propósito deliberado, as fontes 
de inovação, as mudanças de seus sintomas que indicam oportunidades 
para que uma inovação tenha êxito. E os empreendedores precisam 
conhecer e pôr em prática os princípios da inovação bem sucedida 
(DRUCKER, 2010, p. 25). 
 
Entende-se que é preciso buscar constantemente meios de atingir os 
objetivos propostos não tendo medo das mudanças que se fazem necessárias para 
que o empreendedor identifique as oportunidades e com espírito inovador coloque-
as em prática. 
Conforme Hitt (2008) dentre os resultados mais procurados pelas empresas 
a inovação é o principal resultado que se deseja alcançar por meio do 
empreendedorismo e é fator primordial para o sucesso especialmente em ambientes 
onde existem competitividade e turbulências de mercado. 
 
A inovação pode ser necessária para manter ou alcançar a paridade 
competitiva, mais do que uma vantagem competitiva em muitos mercados 
globais. As empresas mais inovadoras entendem que uma folga financeira 
deve estar disponível o tempo todo para auxiliar a busca por oportunidades 
empresariais (HITT; IRILAND e HOSKISSOM, 2008, p. 373). 
 
Afirma Drucker (2010), que todas as empresas que querem ser 
empreendedoras devem ter alguns pontos e características especiais. Empreender e 
inovar não são atributos apenas das pequenas e novas empresas, na verdade a 
maioria dos empreendedores encontra-se nas grandes empresas. Esses 
empreendedores criam algo novo, diferente, acima de tudo eles mudam ou 
transformam valores. 
23 
 
 
Birley e Muzyka (2001) entendem que empreendedores possuem traços 
especiais, sabem correr riscos calculados e moderados mais isso aliado ao grande 
nível de energia e alto grau de perseverança e imaginação que automaticamente os 
capacitam a transformar o que frequentemente é uma ideia muito simples e mal 
definida em algo concreto que pode fazer a diferença num mercado inovador. 
De acordo com Drucker (2010) a mudança pode trazer medo e resistência 
mais já para o empreendedor inovador e criativo a mudança é um princípio e deve 
ser constante e além de tudo é sadia. 
O empreendedor, portanto, sempre está buscando a mudança, reage a ela, 
e a explora como sendo um momento de oportunidade. 
 
O empreendedor, por definição, transfere recursos de áreas de baixa 
produtividade e rendimento para áreas de produtividade e rendimentos mais 
elevados. Naturalmente existem os riscos do empreendedor não ser bem 
sucedido. Porém, se ele pelo menos for moderadamente bem sucedido, os 
retornos devem ser mais que suficientes para compensar qualquer risco que 
possa haver (DRUCKER, 2010, p. 25). 
 
 Nesse sentido, entende-se que o espírito empreendedor está na condição de 
arriscar de forma coerente às expectativas que demandam do mercado consumidor. 
Segundo Drucker (2002) uma ferramenta essencial para obtenção de maiores lucros 
e para a manutenção das empresas por mais tempo no cenário econômico é a 
inovação. Quando uma empresa inova, seja de que forma for, teoricamente, a 
tendência é tornar todo o processo produtivo mais ágil e rápido, proporcionando ao 
inovador maiores lucros e menores custos em um curto espaço de tempo. 
 
 
8 METODOLOGIA 
 
O presente estudo foi desenvolvido através de pesquisas bibliográficas em 
livros, artigos, publicações em revistas e informações extraídas de endereços 
eletrônicos, buscando aprofundar os conhecimentos sobre o assunto 
empreendedorismo. Em uma segunda etapa foi realizada pesquisa de campo com 
perguntas abertas e fechadas para identificar o perfil, as características, o 
conhecimento do empreendedor e o desenvolvimento do empreendimento em 
empresas particulares do setor varejista distribuidores e revendedores de gás de 
24 
 
 
cozinha e água em galões no município de Ariquemes – RO e os dados obtidos 
analisados à luz da teoria o que possibilitou melhor entendimento sobre o tema e a 
realidade desse segmento no mercado local. 
 
 
9 RESULTADOS E DISCUSSÕES 
 
Conforme pesquisa realizada com proprietários das empresas distribuidoras 
de gás e água no município de Ariquemes, Rondônia, 75% dos entrevistados são do 
sexo masculino e 25% do sexo feminino, destacando-se que 12,5% dos 
entrevistados estão na faixa etária dos 18 a 25 anos; 6,25% têm entre 26 a 30 anos; 
37,5% estão na faixa de 31 a 40 anos; 31,25% estão acima de 50 anos de idade. 
Esse resultado demonstra que os empreendedores nesse ramo de negócio, 
na maioria são homens com idade entre 31a 40 anos. 
Questionados sobre a idade ao iniciar o atual empreendimento 50% tinham 
de 31 a 40 anos. Chama a atenção o fato de que 31,25% iniciaram suas atividades 
com idade entre 18 a 25 e nenhum dos entrevistados tinham acima de 50 anos ao 
iniciar o seu negócio. 
Sobre o nível de escolaridade dos entrevistados o gráfico 2 demonstra que 
37,75% possuem o ensino médio completo, 43,75% ensino superior incompleto e 
apenas 18,75% ensino superior completo. 
 
GRÁFICO 2 – NIVEL DE ESCOLARIDADE 
 
FONTE: Arquivo dos autores 
 
43,75%
37,75%
18,75%
Ens. Méd. Imcompleto
Ens. Méd. Completo
Ens. Sup. Completo
25 
 
 
Constata-se nesta questão, que o percentual de empreendedores com nível 
de escolaridade ensino médio incompleto foi superior àqueles que possuem o ensino 
superior e médio completo, deixando claro que no setor pesquisado o estudo formal 
não é fator relevante para o empreendedor manter a empresa em funcionamento. 
Ainda sobre a questão nível de escolaridade, verificou-se que 18,75% dos 
entrevistados que possui o ensino superior completo, um graduou-se em Ciências 
Contábeis, um em Administração de Empresas e um em Enfermagem. Esse 
resultado leva ao entendimento de que a maioria dos empreendedores do setor de 
distribuição de gás e água de nossa cidade não possui noções teóricas de 
administração. 
Questionados sobre a experiência 81,25% dos entrevistados entendem se 
tratar de fator relevante para o sucesso e 18,75% responderam que não considera 
importante. Esse resultado confirma que os empreendedores sabem o valor do 
conhecimento para obter êxito no empreendimento, quer seja adquirido através de 
uma educação formal ou experiências vividas. Quanto à posição dos 
empreendedores sobre dois fatores que podem levar ao sucesso um 
empreendimento, destacaram-se ambos os fatores; uma equipe competente e 
motivada e dos esforços e competência do gestor, como primordiais para os 
resultados, conforme demonstra o gráfico 3. 
 
GRÁFICO 3 - PARA SE ALCANÇAR O SUCESSO DEPENDE DE: 
 
FONTE: Arquivo dos autores 
 
No questionamento a respeito de o empreendedor ter montado outro 
negócio antes do atual, 37,5% responderam sim e 62,5% não. Dos empreendedores 
que afirmaram ter montado outro negócio antes do atual, um deles montou três 
6,25%
12,50%
81,25%
Uma equipe competente e motivada
Dos esforços e competência do
gestor
De ambos
26 
 
 
empresas, duas pessoas montaram duas empresas e três pessoas montaram uma 
empresa, mostrando assim a insistência do empreendedor de negócios o qual não 
se contenta em estar a frente de apenas um empreendimento e mesmo tendo 
fracassado anteriormente não desanima e monta outro negócio. 
Sobre montar seus próprios negócios entre os empreendedores o maior 
percentual encontrado como motivação foi alcançar independência financeira 
conforme mostra o gráfico 4. 
 
GRÁFICO 4 – MOTIVAÇÃO PARA MONTAR O PRÓPRIO NEGÓCIO 
 
FONTE: Arquivo dos autores 
 
Pode-se constatar também através dos questionamentos que antes de abrir 
o empreendimento 37,5% dos entrevistados tinham experiência de 2 a 7 anos no 
ramo do negocio, nesse sentido Dornelas (2001, p. 33) diz que “quanto maior o 
domínio sobre o ramo de negocio, maior sua chance de êxito”. 
Questionados sobre conceitos administrativos, a pesquisa revelou que 
apenas 6,25% realizaram estudo de mercado antes de iniciar o negocio e somente 
12,5% desenvolveram planejamento formal para o empreendimento e quanto ao 
fator risco 62,5% responderam não ter considerado a possibilidade de fracassar e 
37,5% disseram considerar a possibilidade de fracasso. 
Considerando a importância de participação em cursos, palestras e 
seminários, o resultado da pesquisa demonstra que 50% dos empreendedores 
participam de uma a duas vezes ao ano e 50% não participam de nenhum curso, 
palestras ou seminários no decorrer do ano. E sobre a forma de realizar os 
processos dentro do seu empreendimento, dentro das opções: buscar inovar ou do 
jeito tradicional, 62,5% buscam a inovação em seus processos e 37,5% preferem 
usar o jeito tradicional de se realizar as coisas. 
50%
6,25%
12,50%
12,50%
18,75%
Independência financeira
Desejo de realizar um sonho
Melhoria salarial
Influência de terceiros
Outros
27 
 
 
Os entrevistados foram questionados também sobre as características com 
as quais ele mais se identifica e o resultado demonstra que prevalece o conceito 
saber explorar oportunidades conforme se apresenta no gráfico 5. 
 
GRÁFICO 5 – CARACTERÍSTICAS PREDOMINANTES DOS EMPREENDEDORES 
 
FONTE: Arquivo dos autores 
 
Percebe-se que os empreendedores que atuam no ramo de gás e água no 
município de Ariquemes apresentam varias características que são identificadas nos 
empreendedores de sucesso. Entre as cinco mais citadas em primeiro lugar vêm 
com 37,5% saber explorar oportunidades, a seguir saber tomar decisões com 
31,25%, tem visão 25%; coragem para assumir riscos 18,75% e faz acontecer os 
sonhos 18,75%. 
Conclui-se que a pessoa que sabe explorar as oportunidades tem mais 
chances de alcançar o sucesso no seu negócio, conforme Dornelas (2008) as boas 
ideias são geradas daquilo que todos conseguem ver, mas não identificaram algo 
prático para transformá-las em oportunidade, por meio de dados e informações, os 
empreendedores conseguem enxergar essa ideia e transforma-la em uma grande 
oportunidade de negocio. 
Questionados sobre o número de funcionários que tinham ao iniciar seu 
negócio obteve-se o seguinte resultado: 50% das empresas entrevistadas não 
apresentaram nenhum crescimento permanecendo com a mesma quantidade de 
colaboradores desde a data de início das atividades, já 43,75% das empresas 
37,50%
(6 Pessoas)
31,25%
(5 Pessoas)
25,00%
(4 Pessoas)
18,75%
(3 Pessoas)
18,75%
(3 Pessoas)
0,00%
5,00%
10,00%
15,00%
20,00%
25,00%
30,00%
35,00%
40,00%
Saber explorar as
oportunidades
Saber tomar
decisões
Ter visão Ter coragem para
assumir riscos
Fazer acontecer os
sonhos
28 
 
 
apresentaram uma média de 241% no aumento do número de funcionários contando 
a data de inicio de suas atividades até hoje. Por outro lado os resultados também 
mostraram que 6,25% das empresas reduziram o numero de funcionários. 
Por fim, os entrevistados foram questionados sobre o desenvolvimento em 
termos econômicos na empresa, obtendo-se como resposta o que se apresenta no 
gráfico 6. 
 
GRÁFICO 6 – PERCENTUAL DE DESENVOLVIMENTO DAS EMPRESAS 
 
Fonte: Arquivo dos autores 
 
Como se pode observar no gráfico 6, e considerando-se a questão anterior, 
apesar de metade das empresas continuarem com o mesmo número de 
colaboradores que tinham no início das suas atividades; tiveram crescimento. 
 Verifica-se também conforme consta na questão anterior; que 43,7% das 
empresas tiveram um aumento de 241% no número de funcionários, e comparados 
ao índice de desenvolvimento acredita-se que o aumento dos funcionários vem 
demonstrar que o empreendimento teve um resultado de sucesso. 
 
 
 
 
31,25%
(5 Empresas)
37,50%
(6 Empresas)
12,50%
(2 Empresas)
6,25%
(1 Empresa)
6,25%
(1 Empresa)
6,25%
(1 Empresa)
0,00%
5,00%
10,00%
15,00%
20,00%
25,00%
30,00%
35,00%
40,00%
1 a 25% 26 a 50% 51a 75% 76 a 100% Acima de 100% Não teve
crescimento
29 
 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Os estudos teóricos mostram que o empreendedor é aquele que busca 
inovar na realização dos processos transformando ideias em grandes oportunidades, 
inicia um negócio para realizar um sonho, busca a independência financeira, assumeriscos calculados e não se contenta em estar à frente de um único empreendimento. 
Compreende-se que todo empreendedor que deseja iniciar seu negocio 
precisa estar preparado para buscar conhecimento, e a vontade de empreender 
mostrou ser o fator mais importante na busca necessária para o sucesso. 
 Conclui-se que as características ligadas ao sucesso do empreendedor 
podem ser adquiridas, e os resultados mostram que a maioria dos empreendedores 
pesquisados obteve o sucesso desejado. Dessa forma acredita-se que o sucesso do 
empreendedor está condicionado as suas características e a outros fatores 
sociológicos e ambientais onde se destacou a experiência no ramo, a busca da 
independência financeira, contar com uma equipe competente e motivada, estar 
atentos às oportunidades, saber identifica-las e explorá-las, e ter coragem para 
assumir riscos calculados. 
Constatou-se através da pesquisa que quatro empresas distribuidoras de 
gás e água tiveram seus negócios encerrados, uma empresa cessará suas 
atividades este ano, quatro empresas estão estagnadas e a maioria apresentou um 
desenvolvimento considerável desde o inicio de suas atividades. 
Diante desta realidade recomenda-se que os empreendedores deem maior 
importância ao fator conhecimento, buscando familiarizar-se com as tendências de 
mercado e procurando constantemente a inovação. 
Acredita-se que os empreendedores estudados na sua maioria alcançou o 
sucesso mesmo sem os conhecimentos acadêmicos necessários para administração 
de seus negócios, por estar em um segmento cujo produto que conforme Ballau 
(2007) a teoria administrativa classifica como bens de conveniência que são aqueles 
comprados frequentemente de forma imediata com pouca pesquisa de loja. Portanto 
fica como sugestão para futuros acadêmicos uma nova pesquisa envolvendo outros 
segmentos que possa dar mais clareza a importância do conhecimento no processo 
empreendedor. 
 
 
30 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
 
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Metodologia. 6. Ed. São Paulo: Atlas, 2002. 
 
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