História da saúde

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História da Saúde 
1. Conceito SAÚDE x DOENÇA 
Desde os tempos antigos, o processo saúde-
doença teve inúmeros significados. Na 
antiguidade, a doença era vista como uma 
maldição em muitas culturas que possuíam uma 
concepção mágico-religiosa. 
Com o passar do tempo, as noções de infecção 
foram desenvolvidas, principalmente, com a 
teoria miasmática – na qual partículas infecciosas 
estavam espalhadas no ar. A teoria unicausal 
complementou a primeira, indicando que o 
doente havia respirado as partículas do miasma. 
Anos mais tarde, no século XVIII, com as 
descobertas de Louis Pasteur, a teoria dos 
germes comprovou que as infecções causadoras 
de doenças provinham de bactérias e outros 
agente infecciosos, como vírus. 
Na atualidade, sabemos que a doença nada mais 
é do que uma disfunção orgânica, de múltiplas 
causas e influenciada por vários fatores de risco. 
Ao falar de saúde, definia-se ela como a ausência 
de doenças. No entanto, a saúde foi definida 
pela OMS em 1946 como “um completo estado 
de bem-estar físico, mental e social, e não 
apenas ausência de saúde”. 
O conceito brasileiro de saúde indica que ela é 
um direito de todos e um dever do Estado, 
segundo o artigo 196 da Constituição Federal de 
1988. O Estado por sua vez, deve garantir esse 
direito por meio de medidas políticas sociais e 
econômicas que visem à redução do risco de 
doença e de outros agravos, assim como o 
acesso universal e igualitário às ações e serviços 
para sua promoção, proteção e recuperação. 
Ainda, há um conceito ampliado de saúde em 
nosso país. A VIII Conferência Nacional de Saúde 
no Brasil, em 1986, determina que a saúde é 
resultante de uma série de fatores – os 
determinantes sociais da saúde (DSS). 
Dentro do círculo, possuímos fatores imutáveis. 
Porém, quanto mais próximo da camada central, 
maior a facilidade de gerar mudanças. Nas 
camadas distais há menor probabilidade de 
mudança já que ela depende de pessoas 
responsáveis e outros fatores. 
H á i n t e r s e c c i o n a l i d a d e n o s f a t o r e s , 
multiplicando-os, já que eles interagem entre si 
influenciando a forma como experimentamos a 
v i d a e m s o c i e d a d e . Q u a n t o m a i o r a 
m u l t i p l i c a ç ã o d o s f a t o r e s , m a i o r a 
vulnerabilidade daquele indivíduo. 
“A concepção de vulnerabilidade denota a 
multideterminação de sua gênese não 
estritamente condicionada à ausência de 
precariedade no acesso à renda, mas atrelada 
também às fragilidades de vínculo afetivo-
relacionais e desigualdades de acesso a bens e 
serviços públicos”. 
2. História das políticas de saúde no Brasil 
Brasil colônia: 
- Ausência de políticas de Estado ou proteção 
social 
- Instituições religiosas e de caridade na 
responsabilidade pela saúde do povo 
 
Modelo de Dahlgreen e Whitehead (1991)
MEDICINA NOVE DE JULHO 
JÉSSICA SANTANA SILVA
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- Inauguração da Escola Médico-Cirúrgica, a 
primeira faculdade de medicina do país (1808) 
Brasil república: 
- Incentivo a imigração e exportação 
- Reforma na saúde pública na Primeira 
República 
- Gestão de Oswaldo Cruz como diretor-geral 
da saúde pública (1903) 
- Ênfase no saneamento urbano das principais 
cidades e no combate às epidemias de febre 
amarela, peste bubônica e varíola 
- Revolta da vacina (1904) 
- Endemia de ancilostomíase, malária e mal de 
Chagas (1910-1920) 
- Lei Eloy Chaves (1923), regulamentação do 
s e g u r o s o c i a l ; c r i a ç ã o d o s i s t e m a 
previdenciário e CAPS 
- Reformas no setor público, criação dos IAPS e 
início da previdência social (1930) 
- Primeira constituição brasileira (1934) 
Período democrático: 
- Surgimento da medicina preventiva e 
comunitária (1945-1963) 
- Industrialização e expansão de grandes 
centros urbanos 
- Aumento das doenças crônicas 
- Surgimento de grandes hospitais com ênfase 
na assistência curativa 
- Incentivo à iniciativa privada 
- Crescimento de hospitais e ambulatórios 
particulares conveniados 
- Aumento dos custos com saúde 
- Sistema médico industrial 
Ditadura militar: 
- Per íodo de ausênc ia da democrac ia 
(1963-1984) 
- Criação do INPS (1966) 
- Movimento pela reforma sanitária brasileira 
(década de 1970) 
» Saúde é um direito de todo cidadão, 
independente de contribuição ou 
qualquer outro 
» Critério de discriminação 
» As ações de saúde integradas em um 
único sistema, garantem o acesso de 
toda a população a todos os serviços de 
saúde 
» A gestão administrativa e financeira das 
ações de saúde deve ser descentralizada 
para estados e municípios 
» O Estado deve promover a participação 
e o controle social das ações de saúde 
- Criação do INAMPS (1977) 
- Expansão e consolidação do complexo 
médico-empresarial e crescimento do setor 
privado 
Redemocratização: 
- Abertura política e eleições diretas (1980) 
- VIII Conferência Nacional de Saúde (1986) 
» Marco do movimento sanitarista 
» Maior participação na história de todos 
os movimentos sociais 
» Definição de estratégias e consolidação 
da via institucional a serem defendidas 
na constituinte de 1988 
Faculdade de Medicina da Bahia (UFBA)
Hospital das Cínicas (FMUSP)
MEDICINA NOVE DE JULHO 
JÉSSICA SANTANA SILVA
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- Constituição cidadã e criação do SUS (1988) 
- Leis orgânicas do SUS: 8080 e 8142 
MEDICINA NOVE DE JULHO 
JÉSSICA SANTANA SILVA