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@veterinariando_ Helmintoses do abomaso Tricostrongilose Trichostrongylus axei Menor que 7mm Não apresenta cápsula bucal Macho possui espículos espessos Fêmeas possui cauda afilada Ruminantes, suínos e equinos Cosmopolita → Possui ciclo monoxênico (direto) → Não migratório → Período pré-patente: variável 1. Os ovos são eliminados por meio das fezes 2. No bolo fecal o ovo embrionado evolui de L1 até L3 (infectante) 3. L3 abandona o bolo fecal e migra para a vegetação 4. Os hospedeiros definitos se infectam ao ingerirem a L3 presente no pasto contaminado 5. L3 migara para o abomaso, onde ocorre muda para L4, L5 e diferenciação entre machos e fêmeas dando sequência ao ciclo reprodutivo → Parasita possui dependência estrita da pastagem para a transmissão → Influência das condições ambientais para a sobrevivência das L3, principalmente umidade e temperatura → L3 infectantes possuem fototropismo positivo e hidrotropismo positivo • Cada gota de orvalho pode conter centenas de L3 → A presença do parasito pode causar mudanças no pH, aumentando a permeabilidade da mucosa → A L3 é capaz de invadir os espaços entre as glândulas gástricas → Ocorrem lesões nodulares que tendem a se fundir formando placas e lesões maiores → A invasão da L3 na mucosa causa processo inflamatório com formação de nódulos, além disso aumenta o pH provocando aumento no volume de pepsina que aumentará a digestão proteica, esse aumento levará a elevação de pressão osmótica no lúmen ocasionando retenção de líquido → O processo inflamatório em si leva ao aumento da permeabilidade vascular, provocando extravasamento de líquido e proteínas levando o animal a quadros de hipoalbuminemia e diarreia → Infecções maciças – há perda de peso, diarreia, deficiência no crescimento → Infecções leves – há inapetência e fezes pastosas ostertagiose Ostertagia spp. São vermes finos com coloração acastanhada Medem cerca de 1cm Os espículos são diferentes dependendo da espécie Cápsula bucal pequena Machos possuem bolsa copuladora Ruminantes Cosmopolita, principalmente em regiões de clima temperado → Invasão das glândulas gástricas por L3 e surgimento das L4 → Elevação do pH (de 2 para 7) → Formação de edema, hiperemia e necrose da mucosa → Linfadenomegalia regional → Hipoalbuminemia e diarreia → Diarreia aquosa, anorexia, anemia, edema submandibular, aumento de peso e de cavidade abdominal → + comum em bezerros que iniciam pastejo Hemoncose Haemonchus contortus Haemonchus placei Haemonchus similis Possuem de 2 a 3cm e coloração avermelhada em espiral Macho possui bolsa copuladora com lobos assimétricos Fêmeas possuem apêndice vulvar Cápsula bucal possui lanceta perfurante pequena Chamado de “verme pirulito” Ruminantes Cosmopolita → São vermes hematófagos, capazes de consumir cerca de 0,05ml de sangue por dia → Provoca aumento de eritropoiese, perda de ferro e proteínas → Provoca lesões hemorrágicas na mucosa → Abomaso passar a ter conteúdo de coloração marrom Anemia, edemas, letargia, fezes escurecidas, pode ocorrer diarreias (melena) Perda de peso progressiva, fraqueza (sem anemia grave ou edemas importantes), inapetência → Clínico – por meio dos sinais e sintomas → Epidemiológico – histórico de pastejo + área endêmica → Parasitológico – exame coproparasitológico + coprocultura; exame necroscópico para encontrar vermes adultos, carcaça pálida e edematosa, medula óssea de ossos longos escassa → Método de FAMACHA – escala colorimétrica para comparação com a conjuntiva ocular dos pequenos ruminantes Helmintoses do intestino delgado Tricostrongilose intestinal Trichostrongylus colubriformis Trichostrongylus vitrinus Trichostrongylus capricola Possui menos de 7mm Não há cápsula bucal Machos possuem espículos espessos Fêmeas possuem cauda afilada Cosmopolita → T. colubriformis - bovinos e bubalinos → T. vitrinus - ovinos e caprinos → T. capricola - ovinos e caprinos → L3 penetram o epitélio intestinal, formam túneis entre o epitélio e a lâmina própria. Esses túneis se rompem 10 a 12 dias após a infecção, liberando as L4 causando hemorragia e edema → Ocorre enterite, particularmente no duodeno causando diarreia → Vilosidade se tornam menores, dificultando a absorção de nutrientes → Causam erosão da mucosa, principalmente nas áreas onde ficam os agrupamentos de vermes → Diarreia + perda de proteínas plasmáticas no lúmen intestinal → Em infecções maciças há perda de peso, deficiência no crescimento e diarreia → Em infecções leves há inapetência, fezes pastosas Cooperiose Cooperia oncophora Cooperia punctata Cooperia pectinata Cooperia surnabada Cooperia curticei Tamanho pequeno com cerca de 1cm Há vesículas cefálica pequena Possuem estrias cuticulares transversais na região esofágica Machos possuem bolsas copuladoras grandes Os espículos possuem sulcos e uma dilatação na região média Não há gubernáculo Fêmeas possuem apêndice vulvar pequeno e cauda longa e pontiaguda Cosmopolita → C. oncophora e C. curticei – patógenos moderados em bezerros e cordeiros, causando inapetência e baixos níveis de ganho de peso → C. punctata e C. pectinata, provavelmente C. surnabada – patogênicas pois penetram no epitélio intestinal e causam rupturas de tecidos, levando a atrofia das vilosidades intestinais e à redução na área viável para a absorção de nutrientes → Alças congestas com presença de petéquias → Diarreia presente em infecções maciças → Hipo/anorexia, redução do ganho de peso → C. punctata e C. pectinata causam diarreia, grave perda de peso e edema submandibular Toxocariose Toxocara vitulorum Possui de 2 a 40cm Extremidade anterior possui abertura bucal rodeada por 3 lábios Machos possuem cauda afilada com 1 espiculo As fêmeas são ovíparas Os ovos são arredondados, embrionados e de casca grossa geralmente irregular Desenvolvimento de L1 e L2 no interior do ovo Cosmopolita → Ciclo monoxênico (direto) → Migratório 1. Ovos larvados são liberados no ambiente por meio das fezes 2. Desenvolvimento de L1 até L2 no interior do ovo 3. Hospedeiro ingere a forma infectante por meio da ingestão de pastos contaminados 4. Ovos eclodem no intestino delgados e fazem migração para o fígado, rins, coração e pulmões 5. As larvas podem chegar na traqueia e serem deglutidas novamente, voltando para o intestino delgado onde continuarão seu desenvolvimento → L3 “manchas de leite” – reparação teciduais do parênquima hepático → L5 e adultos causam lesões mecânicas Provocam obstrução intestinal, ocasionando retenção de gases e líquidos o que leva a distensão abdominal e alterações do peristaltismo (dor difusa) Pode ocorrer perfuração de alça intestinal, levando a peritonite A destruição do epitélio faz com que ocorra menor absorção de nutrientes, aumenta a pressão osmótica e promove retenção de líquidos provocando diarreia → Lesões espoliativas Causam disfunções nutricionais que levam a emagrecimento e alteração de pelame → Lesões tóxicas Causam apatia e anorexia → Vermes adultos no intestino de bezerros de até 6 meses de idade – forma mais patogênica da infecção → Diarreia intermitente → Bezerros búfalos – maior letalidade Estrongiloidose Strongyloides papillosus Pequeno possui de 0,5 a 0,7cm Existência apenas de fêmeas, são ovovivíparas Ovos são elípticos, casca dupla e fina– larvados com L1 Alimentam-se de descamação celulares e secreções Ocorrem em filhotes a partir de 1 mês de idade → Ciclo monoxênico (direto) → Pode ou não ser migratório 1. Ovo larvado com L1 é liberado no ambiente por meio das fezes 2. Desenvolvimento até L3 (infectante) 3. L3 pode ser ingerida se desenvolvendo no intestino delgado até sua forma adulta 4. Podem penetrar por via percutânea, chegando aos pulmões e musculatura 5. Em animais gestantes a L3 pode atravessar o útero chegando ao feto → Penetração cutânea de L3 – causar pododermatites e lesões nos cascos; passagem pelo parênquima pulmonar pode causar petéquias → L5 e adultas no epitélio intestinal • Desgaste epitelial reduzindo absorção de nutrientes, pode haver retenção de líquido ocasionando diarreia • Os parasitos podem ativar células caliciformes, causando processo inflamatório na mucosa intestinal o que leva ao aumento da permeabilidade vascular, ocorrendo extravasamento proteico levando ao quadro de hipoalbuminemia. Além disso, pode haver aumento na produção de muco “enterite catarral” → Comumente observados em animais jovens – diarreia, anorexia, apatia, perda de peso, diminuição da taxa de crescimento → Clínico por meio dos sinais e sintomas → Epidemiológico – idade, histórico da propriedade → Parasitológico – coproparasitológico e necroscópico Helmintoses do intestino grosso Oesofagostomose Oesophagostomum columbianum O. venulosum O. radiatum Nematoides brancos, com 1 a 2cm de comprimento Possuem extremidade anterior afilada Cápsula bucal pequena, rodeada por coroa lamelar Vesícula cefálica ao redor da cápsula bucal Vesícula cervical Cosmopolita → Ciclo monoxênico (direto) → Pode ou não ser migratório 1. Eliminação dos ovos por meio das fezes 2. O ovo eclode e libera L1, nessa fase a larva se alimenta de bactérias presentes no bolo fecal até chegar a fase L3 3. L3 migra para as pastagens onde serão ingeridas por seu hospedeiro 4. L3 ingerida penetra na mucosa de qualquer parte do intestino formando nódulos onde muda para L4 5. L4 emerge na superfície da mucosa e migra para o cólon até seu desenvolvimento para fase adulta → L3/L4 – migração das L3 pela mucosa provoca reações inflamatórias e formação de nódulos de fibrose na parede intestinal. A reinfecção provoca reações ainda mais intensas, com nódulos de 2cm de diâmetro → L4 causam ulceração na mucosa → Alimentação das L5 e adultos na mucosa do cólon provoca enterite grave → Infecções maciças – colite ulcerativa, levando a um quadro crônicos de emaciação e redução da produção de carne, leite e lã → O. radiatum em bovinos – nódulos de 5mm de diâmetro com conteúdo purulento, surgem anemia (devido a hemorragia na mucosa) e hipoalbuminemia (devido ao extravasamento proteico) Tricuriose Trichuris globulosa Trichuris ovis Intestino grosso (ceco) Cosmopolita Adultos medem de 4 a 6cm Extremidade posterior mais grossa e se afila abruptamente e a anterior é fina, comprida e encravada na mucosa Chamado de “chicote” devido sua conformação Macho possui cauda enrolada com 1 espiculo Ovo é elíptico, casca grossa, marrom e bioperculados → Ciclo monoxênico (direto) → Não migratório → Período pré-patente – 6 a 12 semanas 1. Ovos eliminados nas fezes, liberação de L1 (infectante ) no solo 2. Desenvolvimento de L1 até fase adulta no ceco → Infecção geralmente leve e assintomática → Infecções maciças – inflamação diftérica da mucosa cecal → Favorece a invasão por agentes oportunistas (infecções secundárias) → Sinais clínicos – diarreia aquosa ou mucosa (hematoquezia) Tratamento Animais vermifugados apenas quando ocorrem sinais clínicos com a intenção de minimizar os custos de tratamento Uso de vermífugos em intervalos pré- estabelecidos durante todo o ano Animais vermifugados quando alguma condição ambiental favorece o desenvolvimento dos vermes ou devido às práticas de manejo como entrada de novas pastagens ou confinamento Baseado na prevenção de novas infestações de pastagens e apresenta resultados a médio e longo prazo Controle • Rotação de pastagens • Animais jovens pastam primeiro que os adultos • Utilização de animais de outras espécies • Considerar os fatores ambientais Condições climática Lotação da pastagens Condições físicas e agrostológica da pastagem • Considerar os fatores dos hospedeiros Idade do animais Espécie criada Fauna helmintológica Grau de infecção Bovinos adultos desenvolvem resistência aos helmintos por meio da manutenção de uma pequena carga parasitária
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