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SDE4055. TCC EM SAÚDE - O PAPEL DO TREINAMENTO RESISTIDO NA REABILITAÇÃO POS OPERATORIO DE LESAO E LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR EM PRATICANTES DE ESPORTES

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CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA
JARDEL CAVALCANTE MARTINS 
LARISSA HELEN COSTA SANTOS 
WILDERIK COSTA MARQUES 
TREINAMENTO RESISTIDO NA REABILITAÇÃO PÓS-OPERATÓRIA DE LESÃO DO LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR EM PRATICANTES DE ESPORTES: UMA REVISÃO INTEGRATIVA
FORTALEZA-CEARÁ
2022
JARDEL CAVALCANTE MARTINS
LARISSA HELEN COSTA SANTOS
WILDERIK COSTA MARQUES
TREINAMENTO RESISTIDO NA REABILITAÇÃO PÓS-OPERATÓRIA DE LESÃO DO LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR EM PRATICANTES DE ESPORTES: UMA REVISÃO INTEGRATIVA
Trabalho de Conclusão do Curso como parte das exigências para Graduação no Curso de Bacharelado em Educação Física do Centro Universitário Estácio do Ceará.
 Orientadora: Prof.ª. Dra Juliana Osorio Alves
FORTALEZA-CEARÁ
2022
CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DO CEARÁ
CURSO DE EDUCAÇÃO FISICA
TERMO DE APROVAÇÃO
TREINAMENTO RESISTIDO NA REABILITAÇÃO PÓS-OPERATÓRIA DE LESÃO DO LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR EM PRATICANTES DE ESPORTES: UMA REVISÃO INTEGRATIVA
JARDEL CAVALCANTE MARTINS 
LARISSA HELEN COSTA SANTOS 
WILDERIK COSTA MARQUES
Artigo apresentado como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Educação Física, tendo sido aprovado pela Banca Examinadora composta pelos Professores:
Data: _____/_____/________
Prof.ª. D.ra Juliana Osorio Alves
Orientadora - Centro Universitário Estácio do Ceará-ESTACIO FIC
 
Prof. Dra.Maria Aldeisa Gadelha
Centro Universitário Estácio do Ceará-ESTACIO FIC
Prof.Dr. Andreson Charles Freitas da Silva
Centro Universitário Estácio do Ceará-ESTACIO FIC
TREINAMENTO RESISTIDO NA REABILITAÇÃO PÓS-OPERATÓRIA DE LESÃO DO LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR EM PRATICANTES DE ESPORTES: UMA REVISÃO INTEGRATIVA
Jardel Cavalcante Martins ¹, Larissa Helen Costa Santos ¹, Wilderik Costa Marques¹, Juliana Osorio Alves2
1 Graduando (a) em Educação Física- Centro Universitário Estácio do Ceará
2. Doutora em Fisiologia pela Universidade Estadual do Ceará e docente do Curso e Educação Física do Centro Universitário Estácio do Ceará.
Autores para correspondência:
Jardel Cavalcante Martins
Telefone de contato: (85) 999880739
E-mail: jardelcavalcante83@gmail.com
Larissa Helen Costa Santos
Telefone de contato: (85) 988419818
E-mail: larissahelen.labjt@gmail.com
Wilderik Costa Marques
Telefone de contato: (85) 992438401
E-mail: derikhot@gmail.com
RESUMO
Introdução: Uma das temáticas amplamente discutidas na atualidade está relacionada as lesões e tratamentos do LCA (Ligamento Cruzado Anterior), pois esta se trata de uma das estruturas que mais sofre danos em decorrência de entorses de joelho, ocasionadas na grande maioria das vezes na realização de esportes. A maioria dos contundidos em casos de LCA se submetem a procedimentos cirúrgicos para reparação, como exemplo as cirurgias de meniscos e de ligamento cruzado anterior do joelho, hoje muitas técnicas vem sendo desenvolvidas e com bons resultados proporcionando assim uma boa estabilidade no joelho, desta forma vem ganhando bastante popularidade o treinamento resistido como alternativa não somente para fins estéticos, como também de saúde. Objetivo: Evidenciar o papel do treinamento resistido na reabilitação pós-operatória de lesão do ligamento cruzado anterior em pacientes praticantes de esportes. Métodos: Esta pesquisa possui característica de uma revisão de literatura integrativa do tipo qualitativa de referenciais bibliográficos, na qual passou por uma coleta de dados e informações, pretendendo-se exemplificar o papel do treinamento resistido na reabilitação pós-operatória de lesão do ligamento cruzado anterior em praticantes de esportes. O presente estudo, foi extraído através de buscas nas bases de dados do Scienific Eletronic Library Online (SciELO) e Google acadêmico, com o uso dos Descritores em Ciências da Saúde (Decs): “treinamento resistido”, “ligamento cruzado anterior”, “reabilitação”, “lesão” e “praticantes de esportes”. Resultados: Corroborando com os resultados positivos do estudo de Thiele, Beynnon et al. (2012), realizou um estudo equivalente, sendo com 36 pacientes, sem discriminação de sexo e idade, alguns sendo praticantes de musculação e outros de futebol. Utilizando protocolo acelerado com exercícios isotônicos de resistência e propriocepção em um período de 19 semanas. Resultando em melhoras na ADM ativa, propriocepção e na força muscular; redução do quadro álgico, comparado ao grupo controle. Conclusão: Sendo assim, estudos constatam que só a cirurgia não teria um resultado positivo de recuperação na lesão, com isso diversos tratamentos foram aliados ao processo cirúrgico dentre vários, o treinamento resistido ganha destaque em seu uso no pós-operatório desses pacientes.
Palavras-chave: Treinamento Resistido. Lesão. Reabilitação. Lesão do Ligamento Cruzado. Praticantes de esportes.
ABSTRACT
Introduction: One of the topics widely discussed today is related to injuries and treatments of the ACL (Anterior Cruciate Ligament), as this is one of the structures that suffers the most damage as a result of knee sprains, caused in most cases in the of sports. Most of those injured in ACL cases undergo surgical procedures for repair, such as meniscus and anterior cruciate ligament surgeries of the knee, today many techniques have been developed and with good results, thus providing good stability in the knee, in this way resistance training has been gaining popularity as an alternative not only for aesthetic purposes, but also for health. Objective: To highlight the role of resistance training in the postoperative rehabilitation of anterior cruciate ligament injuries in patients who practice sports. Methods: This research has the characteristic of an integrative literature review of the qualitative type of bibliographic references, in which it underwent a collection of data and information, intending to exemplify the role of resistance training in the postoperative rehabilitation of anterior cruciate ligament injuries. in sports practitioners. The present study was extracted through searches in the Scienific Electronic Library Online (SciELO) and Google academic databases, using the Health Sciences Descriptors (Decs): "resistance training", "anterior cruciate ligament", " rehabilitation”, “injury” and “sports players”. Results: Corroborating the positive results of the study by Thiele, Beynnon et al. (2012), carried out an equivalent study, with 36 patients, without discrimination of sex and age, some being bodybuilders and others soccer. Using an accelerated protocol with isotonic resistance and proprioception exercises over a period of 19 weeks. Resulting in improvements in active ROM, proprioception and muscle strength; reduction of pain, compared to the control group. Conclusion: Thus, studies find that surgery alone would not have a positive result of recovery in the injury, with that several treatments were combined with the surgical process among many, resistance training gains prominence in its use in the postoperative period of these patients.
Keywords: Resistance Training. Lesion. Rehabilitation. Cruciate Ligament Injury. Sports practitioners.
SUMÁRIO
	RESUMO.................................................................................................................
	5
	ABSTRACT.............................................................................................................
	6
	1 INTRODUÇÃO.....................................................................................................
	8
	2 METODOLOGIA..................................................................................................
	12
	3 RESULTADOS ......................................................................................................
4 DISCUSSÃO..........................................................................................................
	13
14
	5 CONCLUSÃO......................................................................................................
	19REFERÊNCIAS......................................................................................................
	20
1 INTRODUÇÃO 
Uma das temáticas amplamente discutidas na atualidade está relacionada as lesões e tratamentos do LCA (Ligamento Cruzado Anterior), pois esta se trata de uma das estruturas que mais sofre danos em decorrência de entorses de joelho, ocasionadas na grande maioria das vezes na realização de esportes. Na perspectiva de Andrews, Harrelson e Wilk (2000) o joelho é uma das articulações do corpo humano que está mais propensa a lesões nas práticas esportivas, cerca de 50% dos casos. 
	A maioria dos contundidos em casos de LCA se submetem a procedimentos cirúrgicos para reparação, como exemplo as cirurgias de meniscos e de ligamento cruzado anterior do joelho, hoje muitas técnicas vem sendo desenvolvidas e com bons resultados proporcionando assim uma boa estabilidade no joelho (BONFIM, PACCOLA e BARELA, 2003).
	Contudo, Bonfim, Paccola e Barela (2003) ainda reiteram que por questões de diminuição sensorial, mesmo embora após a cirurgia e estabilização do joelho pode-se não ocorrer a recuperação completa do indivíduo, não retornando assim a funcionalidade completa.
	Fleck e Figueira (2003) destacam que atualmente vem ganhando bastante popularidade o treinamento resistido como alternativa não somente para fins estéticos, como também de saúde. Nos casos de recuperação de lesões de LCA principalmente nos últimos anos, é possível perceber que a sua incorporação no processo de reabilitação tem se tornado importante meio para esta finalidade.
Desta forma, se faz necessário destacar a importância do tratamento resistido na recuperação dos pacientes com lesão do cruzamento anterior do joelho, além de evidenciar o papel do treinamento resistido na reabilitação pós-operatória de lesão do ligamento cruzado anterior em pacientes praticantes de esportes.
A suscetibilidade do joelho a lesões traumáticas está diretamente ligada ao fato de que este é constantemente submetido a grandes esforços físicos por estar situado entre o braço de força e o braço de alavanca e por não ter proteção de tecidos adiposos e nem musculares. A falta de proteção nas articulações do joelho são fatores propiciadores de maior incidência de lesões (HOPPENFELD, 2001).
	Sendo o joelho uma articulação inferior intermediária, estabilizado pelo sistema de ligamentos dos músculos e do ponto de vista ósseo instável, o LCA se torna o ligamento do joelho mais propenso a lesões por este ser o principal dessa articulação. (RUOTI et al, 2000) O LCA promove uma maior estabilização entre o fêmur e a tíbia e limita a movimentação e a flexão dos membros inferiores.
O ligamento cruzado anterior (LCA) é umas das temáticas mais discutidas na atualidade pelos ortopedistas, devido as crescentes tendências de reconstrução anatômica avançaram então os estudos acerca dessa temática. A cirurgia reconstrutiva de LCA vem ganhando grande destaque, muito embora não haja um consenso considerável sobre a reconstrução com preservação do movimento (LUZO et al, 2016). 
	Weinstein e Buckwalter (2000) afirmam que o LCA é a principal estrutura que garante a movimentação anterior ao joelho não submetido a carga. São os ligamentos cruzados que estabilizam o plano sagital e é ele quem controla o deslocamento do fêmur sobre a tíbia impedindo de um ou outro se deslocar sobre o outro anteriormente e posteriormente.
	Shwartsmann (2003), destaca a importância dos testes de gaveta anterior que fazem a identificação e avaliação da instabilidade da articulação. Esses testes são realizados com quadril a 45º e joelho a 90º posicionando as mãos em torno da tíbia estabilizando o pé do paciente e deslocando anteriormente a mesma. 
A princípio eram utilizados como técnica cirúrgica o reparo de LCA, que visava consertar o ligamento lesado, no entanto os resultados obtidos eram insatisfatórios sendo então a técnica abandonada. Desde então foram surgindo novas técnicas extra e intra-articulares (FU et al, 2020). 
	Dentre as diversas técnicas de ligamento intra-articular podem-se ser citados os enxertos autólogos dos ligamentos patelares, flexores, quadricipital e homólogos que são pouco utilizados pois utilizam cadáveres humanos para o reparo especialmente pelo alto custo cirúrgico e baixa disponibilidade. Outros exemplos de enxertos muito utilizados são os fáscias lata e os sintéticos que no passado eram apenas provisórios mais hoje substituem os LCAs (FU et al, 2020).
	Delahunt et. al. (2012) cita que, após o tratamento cirúrgico começa a fase de reabilitação para evitar o comprometimento e problemas na cicatrização do enxerto. Inicia-se então um período de reabilitação do joelho. Inicialmente o paciente fazendo uso de uma órtese aguarda em sua residência não podendo colocar peso sobre a perna. Após duas semanas, inicia-se o tratamento fisioterapêutico, tratando a inflamação no joelho e ganhando movimento no joelho limitado com utilização de muletas (PEREIRA, ET. AL. 2012).
	Evangelista (2011) argumenta que, o tratamento fisioterapêutico no período pós-operatório tem cada vez mais evidencias concretas de que pode potencializar o retorno das funcionalidades do joelho e reabilitar o paciente para suas atividades cotidianas. No entanto esse retorno varia de paciente para paciente e cada um vai apresentando fases de progresso diferentes.
	Sampaio (2015) enfatiza que, a fisioterapia sempre buscou por métodos eficazes para a recuperação dos pacientes com lesão de LCA especialmente a recuperação das marchas funcionais o mais rapidamente possível. É comum a utilização de correntes AUSIE de eletroestimulação muscular na tentativa de fortalecimento do quadríceps e dos movimentos do joelho.
	Juliano (2016) reitera, o uso de pilates no tratamento pós-operatório dos pacientes com lesões de LCA. Pois estes são exercícios que favorecem a boa postura, maior flexibilidade, percepção de movimentos e condicionamento físico. Storch (2015) e Silva (2015), ainda ressalta que esses exercícios físicos além de fortalecerem a mobilização articular como um todo, e promovem o alongamento do tronco o alongamento da coluna vertebral etc.
	Souza (2018) infere que esses alongamentos são extremamente importantes para o retorno mais próximo do que era anteriormente, evitando consequentemente o encurtamento dos músculos da coxa e uma maior flexibilidade muscular. Liebenson, (2017) salienta que essas atividades são necessárias para o retorno da funcionalidade da articulação especialmente aquelas que estão relacionadas à marcha e os treino sensório-motor.
	Andretta (2016) e Pimenta (2012), afirmam que o treinamento resistido com musculação deve ser realizado em torno de 90 a 180 dias após o procedimento cirúrgico realizando exercícios para quadríceps através de exercícios de cadeira cinética fechada. No entanto os estudos apontam que a partir de 240 dias do pós-cirúrgico o paciente com todo acompanhamento de reabilitação o paciente poderá retornar as suas atividades de esportes e condicionamento físico. Contudo vale ressaltar que cada pessoa tem um processo diferente podendo se prolongar ou antecipar o processo.
	 Lepieszynski (2003) atesta que, esse tipo de tratamento concentrado tende a minimizar os riscos do paciente com lesões de LCA desenvolver fibrose, doença que é muito comum aos pacientes com essa doença. Andrews, Harrelson e Wilk (2000) ainda ressalta que que pelas lesões de LCA os pacientes reduzem a força do quadríceps.
	Os mesmos teóricos ainda reiteram que nas primeiras semanas de reabilitação com treinamento assistido são bem-vindas contrações isométricas de quadríceps e pequenos agachamentos. A partir desse período já podem ser realizados elevações das pernas com pesos, alongamentos, treino em bicicletas, marchas, exercícios com bola respeitando os limites dos pacientes (ANDREWS, HARRELSON E WILK, 2000).
	Com o passar dos meses o treino vai se intensificando até o paciente lesionado retornar a sua normalidade. Para os autores Barbalho, Fatarelli e Zoghbi (2015), são eficazes para arecuperação dos pacientes com lesão de LCA exercícios de CCA E CCF que são exercícios em cadeias abertas e fechadas.
	Em exercícios de CCA (Cadeia Cinética Aberta) trabalham especialmente os músculos do quadríceps que sofreram atrofias com os processos cirúrgicos. Já nos exercícios de CCF que envolve o trabalho de músculos agonistas e adversários. (BARBALHO; FATARELLI e ZOGHBI, 2015). Os teóricos ainda ressaltam a importância dos exercícios de leg press e agachamentos que são recomendados no processo de reabilitação.	
2 METODOLOGIA 
Esta pesquisa possui característica de uma pesquisa de revisão de literatura integrativa do tipo qualitativa de referenciais bibliográficos, na qual foram usados como referencial teórico-metodológico trabalhos científicos (artigos e monografias) de plataformas eletrônicas.
A pesquisa integrativa passou por uma coleta de dados e informações, que possam vir a dar substância ao estudo, pretendendo-se exemplificar o papel do treinamento resistido na reabilitação pós-operatória de lesão do ligamento cruzado anterior em praticantes de esportes.
O presente estudo, foi extraído através de buscas nas bases de dados do Scienific Eletronic Library Online (SciELO) e Google acadêmico, com o uso dos Descritores em Ciências da Saúde (Decs): “treinamento resistido”, “ligamento cruzado anterior”, “reabilitação”, “lesão” e “praticantes de esportes”.
A pesquisa teve como critérios de inclusão, artigos entre os anos de 2000 a 2021, abordando sobre o treinamento resistido na reabilitação pós-operatória de lesão do ligamento cruzado em praticantes de esportes; que sejam originais e completos, disponíveis na íntegra, nos idiomas português e inglês, sendo do tipo análise de dados bibliográficos.
Já os critérios de exclusão, serão excluídos os artigos que não retratem o tema do estudo, que não tenham o idioma português e inglês, que não estejam disponíveis na íntegra e que não são completos e originais. 
Os dados foram agrupados em categorias temáticas e analisados à luz da literatura pertinente ao tema. Sendo desenvolvido com três etapas: pré-análise, exploração do material e interpretação dos resultados, a partir da análise foram escolhidos estudos que se referem ao treinamento resistido na reabilitação pós-operatória de lesão do ligamento cruzado anterior em praticantes de esportes.
3 RESULTADOS 
O presente estudo teve o objetivo de evidenciar o papel do treinamento resistido na reabilitação pós-operatória de lesão do ligamento cruzado anterior em pacientes praticantes de esportes, bem como a importância do uso do tratamento resistido na recuperação dos pacientes com essa lesão nos joelhos. Para isto, foi realizado um levantamento bibliográfico como demonstrado no quadro 1.
Quadro 1- Artigos que realizaram Treinamento Resistido Na Reabilitação Pós-Operatória de Lesão do Ligamento Cruzado Anterior em Praticantes de Esportes em diversos tipos de grupos.
	Estudo/ Autor/ ano
	Grupos
	Modalidade
	Principais resultados
	Silva et al., 2010.
	Paciente fisicamente ativo (17 anos, 180 cm de altura e 82 kg),
	Praticante de futebol society e futsal, com uma frequência de 02 a 03 vezes por semana.
	Na fase trans. e pós-operatória o paciente foi submetido ao uso de brace travado em extensão com o intuito de evitar a translação tibial posterior e a descarga de peso foi orientada para ser realizada conforme a tolerância do paciente, com o uso de muletas e com o joelho em extensão.
Desenvolvido um treinamento resistido, dando ênfase ao fortalecimento excêntrico do quadríceps e glúteo médio, iniciando em cadeia cinética aberta e evoluindo para cadeia cinética fechada.
O Tratamento consistiu de 06 semanas em sua primeira fase e já na segunda fase compreendeu o período da 7ª à 16ª semana, havendo um incremento de exercícios com carga gradual objetivando o aumento tanto da resistência como da força muscular.
	Rogert et al.,2020
	60 pacientes para o análise por protocolo, 33 no Grupo 4ST e 27 no Grupo ST / G
	Ensaio clinico randomizado feito na França com pacientes em dois grupos diversos (modalidade indefinida).
	O método utilizado no estudo foi comparar os dois grupos por meio da pontuação subjetiva do International Knee Documentation Committee (IKDC), da recuperação isocinética da força muscular e do retorno ao trabalho em 2 anos. 
As complicações da RLCA encontradas foram disestesia anteromedial, lesão de ciclope que requer revisão cirúrgica, laceração recorrente do enxerto ,força contralateral não recuperada, tensão e dor no joelho, deficiências posturais e diferenças de força de até 10% entre os membros dominantes e não dominantes.
	Thiele et al., 2009
	30 pacientes homens, com idade de 30 a 39 anos, utilizando a reabilitação e o mesmo protocolo de tratamento
	 Praticantes de atividade esportiva recreacional, submetidos à operação de reconstrução do ligamento cruzado anterior por meio do tendão patelar.
	 Após 4 meses de tratamento, os resultados demonstraram que os pacientes tratados com o protocolo adaptado apresentam resultados semelhantes aos obtidos com o protocolo original em relação às condições musculares.
Utilizou protocolo acelerado com crioterapia, mobilização patelar, propriocepção na bola, exercícios de cadeia cinética fechada, exercício isotônico.
Havendo diminuição do quadro álgico; ganho de ADM e de estabilidade articular; aumento de força muscular e retorno às atividades recreacionais precoce.
	Beynnon et al., 2012
	36 pacientes, sem discriminação de sexo e idade.
	Realizado em 19 semanas. Atividade esportiva indefinida ( praticantes de musculação/futebol).
	 Foi utilizado protocolo acelerado com Exercícios isotônicos de resistência e propriocepção. 
 Houve melhoras na ADM ativa, propriocepção e na força muscular; redução do quadro álgico, comparado ao grupo controle.
	Lee et al.,2016
	8 pacientes homens, sem discriminação de idade
	Realizado em 12 semanas, atividades esportivas indeterminadas.
	Ocorreu efeitos positivos, sobre o aumento da força muscular isométrica, ganho de massa muscular, e melhora na capacidade proprioceptiva, comparado ao grupo controle.
4 DISCUSSÃO
Após uma análise de diversos artigos sobre o tema, foram filtrados e escolhidos dentre eles 5 que teriam preenchidos os critérios inicialmente inclusos e especificados. Dos estudos inclusos todos demonstraram que utilizaram como método para reabilitação do processo operatório em seus pós o uso do treinamento resistido, e apresentaram resultados positivos, como o aumento da força, o ganho de massa muscular e a redução do quadro álgico com melhoras significativas no uso do tratamento. 
No estudo apresentado por Silva et al (2010), o paciente é fisicamente ativo, com díade de 17 anos, 180 cm de altura e 82 kg, além de ser praticante de futebol society e futsal, e praticava o esporte com uma frequência de 02 a 03 vezes por semana. No decorrer do seu tratamento, tanto na fase trans., como na pós-operatória o paciente foi submetido ao uso de brace travado em extensão com o intuito de evitar a translação tibial posterior e a descarga de peso foi orientada para ser realizada conforme a tolerância do paciente, com o uso de muletas e com o joelho em extensão.
Sendo utilizado um treinamento resistido diferenciado e programado dando ênfase ao fortalecimento excêntrico do quadríceps e glúteo médio, com o uso da cadeia cinética aberta e evoluindo para cadeia cinética fechada, tendo como tempo do processo de tratamento o período de 06 semanas em sua primeira fase e já na segunda fase o período da 7ª à 16ª semana, incluindo no final, exercícios com carga gradual objetivando o aumento tanto da resistência como da força muscular.
Diferente do estudo de Silva et al. (2010), que foi realizado com um atleta society, o estudo de Roger et al. (2020), já ocorreu com 60 participantes com modalidades esportivas indefinidas, atletas e semi atletas, sendo realizado um ensaio clinico randomizado feito na França. Dessa forma, foi utilizado um método de comparação em ambosos dois grupos por meio da pontuação subjetiva do Internati-onal Knee Documentation Committee (IKDC), da recuperação isocinética da força muscular para que ocorresse o retorno ao trabalho em 2 anos. Contudo, como resultado houve algumas complicações em ambos os grupos como laceração recorrente do enxerto, força contralateral não recuperada, tensão e dor no joelho, deficiências posturais e diferenças de força de até 10% entre os membros dominantes e não dominantes, até completar a fase final do tratamento, não sendo tanto eficaz para todos os participantes. 
No entanto, em outro estudo apresentado por Thiele et al. (2009), foi realizado com 30 pacientes homens, com idades entre 30 a 39 anos, utilizando a reabilitação e o mesmo protocolo de tratamento resistido, sendo eles praticantes de atividade esportiva recreacional, submetidos à operação de reconstrução do ligamento cruzado anterior por meio do tendão patelar.
	Como resultado após 4 meses de tratamento, foi demonstrado que os pacientes tratados com o protocolo adaptado apresentam resultados semelhantes aos obtidos com o protocolo original em relação às condições musculares, sendo utilizado programa de treinamento resistido composto por crioterapia, mobilização patelar, propriocepção na bola, exercícios de cadeia cinética fechada, exercício isotônico, apresentando resultados satisfatórios como a diminuição do quadro álgico, ganho de ADM e de estabilidade articular, aumento de força muscular e retorno às atividades recreacionais antes do período proposto. 
Corroborando com os resultados positivos do estudo de Thiele, Beynnon et al. (2012), realizou um estudo equivalente, sendo com 36 pacientes, sem discriminação de sexo e idade, com atividade esportiva indefinida, alguns sendo praticantes de musculação e outros de futebol. Foi utilizado protocolo acelerado com exercícios isotônicos de resistência e propriocepção em um período de 19 semanas. Como resultado, constatou melhoras na ADM ativa, propriocepção e na força muscular; redução do quadro álgico, comparado ao grupo controle.
Contudo, no último estudo obtido e realizado por Lee et al. (2016), com 8 pacientes homens, sem discriminação de idade, em um período de 12 semanas, praticantes de atividades esportivas indeterminadas.	Direcionado um treinamento resistido, como resultado correu efeitos positivos, sobre o aumento da força muscular isométrica, ganho de massa muscular, e melhora na capacidade proprioceptiva, comparado ao grupo controle.
Mesmo que ambos os estudos obtiveram resultados satisfatórios quando utilizado o treinamento resistido na reabilitação pós-operatória de lesão do ligamento cruzado anterior em pacientes praticantes de esportes, necessita-se de mais estudos que corrobore com a eficácia e eficiência do método de treinamento resistido, pois necessita avaliar a forma mais eficiente, método e até o tempo que será utilizado o tratamento nos diversos grupos de indivíduos, para dessa forma possa comprovar categoricamente que seria o método mais eficaz de tratamento em ambos os praticantes . 
5 CONCLUSÃO
 A lesão nos joelhos é uma das mais comuns, devido à falta de proteção em suas articulações, tornando fatores propiciadores de maior incidência em ambas as lesões desde pessoas comuns até praticantes esportivos. O ligamento cruzado anterior (LCA) tornou-se um dos temas mais discutidos entre os especialistas no processo de reconstrução do membro, como a cirurgia reconstrutiva e posteriormente o trabalho desenvolvido para tratamento do pós-operatório, preservando assim a reabilitação completa do movimento do joelho. 
Sendo assim, estudos constatam que só a cirurgia não teria um resultado positivo de recuperação na lesão, com isso diversos tratamentos foram aliados ao processo cirúrgico dentre vários o treinamento resistido ganha destaque em seu uso no pós-operatório desses pacientes. 
Alguns estudos comprovam a importância e eficácia dos pacientes que utilizam do treinamento resistido na reabilitação, tendo como resultado o retorna as suas atividades de esportes e condicionamento físico totalmente recuperado. 
Contudo, vale ressaltar que o processo de recuperação se torna diferente em ambos os indivíduos, podendo se prolongar ou antecipar, além disso conclui-se que apesar de alguns estudos já serem positivos quanto a utilização do uso do treinamento resistido, necessita ainda de mais estudos que referencie o método dentro de sua proporção, estabilidade e tempo.
REFERÊNCIAS
ANDREWS, J. R.; HARRELSON, G. L.; WILK, K. E. Reabilitação física das lesões desportivas. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000.
ANDRETTA, Alessandra Carvalho. Os procedimentos abordados para a recuperação de lesões de joelho dentro das academias de ginástica em Curitiba. Monografia para conclusão do curso de bacharelado de Educação Física da Universidade Federal do Paraná. Curitiba, 2006.
BARBALHO, Matheus de Siqueira Mendes; FATARELLI, Ismael Fernando de Carvalho; ZOGHBI, Lucas de Carvalho. O uso da cinesioterapia na reconstrução do ligamento cruzado anterior utilizando cadeia cinética aberta e cadeia cinética fechada. Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício, São Paulo, v.9, n.54, p.481-488. Jul./Ago. 2015.
BONFIM, T.R., PACCOLA, C.A.J., BARELA, J.A. Proprioceptive and behavior impairment in individuals with anterior cruciate ligament reconstructed knees. Archives of Physical Medicine and Rehabilitation, v.84, n.8, p. 1217-1223, 2003.
BROWN, D. E.; NEUMANN, R. D. Segredos em ortopedia; respostas necessárias ao dia-a-dia em rounds, na clínica, em exames orais e escritos. Porto Alegre: Artes Médicas. 1996.
CAMANHO, G. L. Patologia do joelho. São Paulo: Sarvier,1996
DELAHUNT, E. SWEENEY, L. CHAWKE, M. KELLEHER, J. MURPHY, K. PATTERSON, M. PRENDIVILLE, A. Lower Limb Kinematic Alterations during Drop Vertical Jumps in Female Athletes Who Have Undergone Anterior Cruciate Ligament Reconstruction. Journal Of Orthopaedic Research. 2012.
ESTRELA, C. Metodologia Científica: Ciência, Ensino, Pesquisa. 3ª. ed. Porto Alegre: Artes Medicas, 2018.
EVANGELISTA, A. Reabilitação Acelerada. São Paulo: Phorte, 2011.
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