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Dossie V



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FAJE – DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA
DISCIPLINA: Teoria do Conhecimento – 2014 – 2
PROFESSOR: ELTON VITORIANO RIBEIRO
	ALUNO: DAVID JOSÉ DOS SANTOS
ENTREGA: 29/10/2014
Dossiê: Teoria do conhecimento: A Justificação e Além, Cap. V.
Este capítulo trata da justificação, onde afirma: “para que haja conhecimento é necessário que as crenças verdadeiras sejam justificadas” (p.85). Seguem algumas características apresentadas da Justificação: A justificação epistêmica sempre é passível de anulação (defiasible) e uma crença justificada pode ser falsa. Pode-se fazer uma distinção entre justificação indutiva, “uma proposição justificativa não acarreta logicamente o que ela justifica” (p. 86) e justificação dedutiva, “a proposição justificativa acarreta aquilo que ela justifica” (p. 86). Conclui sua introdução trazendo que “(A verdade não é uma condição necessária para a justificação de uma proposição)” (p. 87) isso fundamenta o fiabilismo que admite crenças falsas e justificadas.
A justificação por inferência e o problema da regressão: Aqui é adotado pela maioria dos Epistemólogos a Justificação Indutiva. Alguns céticos defendem o aspecto dedutivo e atacam o fato de que não podemos ter certeza de um mundo externo à mente, argumento da regressão. Esse argumento vai de encontro a Justificação pela inferência. Opções contra o argumento da regressão:
(i) explicar por que uma regressão infinita de crenças necessárias não representa nenhum problema; (ii) mostrar o que podemos fazer para estancar a ameaçadora regressão, identificando assim o seu final; ou (iii) aceitar a justificação cética que a justificação por inferência é impossível, ou que pelo menos nós não temos acesso a elas.
Quatro soluções gerais para o problema da regressão infinita, sugerida pelos epistemólogos: (i) Infinitismo Epistêmico; Afirma a infinidade da regressão das justificativas por inferência, justificação linear, defendido por C. Peirce (1839 – 1914), fundador do pragmatismo. (ii) Coerentismo epistêmico; qualquer crença acarreta um sistema coerente de crenças justificadas, justificação alienar, e a justificação de qualquer crença depende da relação de coerência dessa com outras. A teoria coerentista da justificação epistêmica é diferente da teoria coerentista da verdade ( B. Blanshard (1939; 1980)), esta especifica o sentido da “verdade”, ou a natureza essencial dela. O primeiro busca a justificação como fator essencial do conhecimento (cf. 91-95). (iii) Fundacionalismo Epistêmico: A justificação epistêmica tem dois níveis, há casos de justificação não baseados em inferência (fundamentais), são crenças justificadas, mas não por meio de inferências referentes a outras crenças, não dependem delas. Todos os demais casos são inferenciais (não fundamentais), derivam da justificação fundamental. Temos o Fundacionalismo radical e o modesto, sendo que o segundo é mais aceito pelos epistemólogos, essa teoria foi primeiramente proposta por Aristóteles no livro Segundo Analíticos. Confiabilismo Epistêmico: Processos confiáveis de formação de crenças conferem a justificação epistêmica. Nele as fontes das crenças têm que ter o poder de conduzir a verdade (cf. 95- 103). (iv) Contextualismo epistêmico: Teoria sugerida por L. Wittgenstein (1969) e desenvolvida por D. Annis (1978), consiste em que “na base de qualquer crença fundamentada há uma crença sem fundamento” (p. 103). Nele a justificação varia devido ao contexto social (cf. 103- 105). 
O problema de Gettier: faz uma breve apresentação do artigo de 1963 de E. Gettier, onde ele contesta o fato do conhecimento ser uma crença, verdadeira e justificada, por três exemplos. A partir disso muitos filósofos proporão que o conhecimento propositivo tem uma quarta condição. O autor termina o capitulo dizendo que qualquer solução dada ao problema da justificação deve ser elucidada pelo problema de Gettier.
Referência Bibliográfica: MOSER, P.; MULDER, D.; TROUT, J. A Teoria do conhecimento: Uma introdução temática: São Paulo: Martins Fontes, 2004. P. 85 – 109.