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Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da 1• vara da Comarca de Vitória,Espírito Santo Processo n 001234 Banco Itaú(qualificação, endereço eletrônico e residencial), por seu advogado in fine assinado, ut instrumento de procuração em anexo (doc. n. Xxxx), nos autos do processo epigrafado promovido por Amanda, vem, respeitosamente, apresentar sua contestação com pedido de denunciação da lide, pelas razões de direito adiante articuladas: I. Fatos 1. Trata-se de uma ação de reintegração de posse promovida pelo autor contra o réu, alegando que Amanda celebrou com o Banco Itaú contrato de empréstimo, no valor de R$ 480.000,00 (quatrocentos e oitenta milcreais), a ser quitado em 48 parcelas mensais de R$ 10.000,00 (dez mil reais), para aquisição de um apartamento situado na cidade de Vitória, Espírito Santo, concedendo em garantia, mediante alienação fiduciária, o referido apartamento, avaliado em R$ 420.000,00 (quatrocentos e vinte mil reais). 2. Após o pagamento das primeiras 12 parcelas mensais, totalizando R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais), Amanda parou de realizar os pagamentos ao Banco itaú, que iniciou o procedimento de execução extrajudicial da garantia fiduciária, conforme previsto na Lei nº 9.514/97. Amanda foi intimada e não purgou a mora, e o imóvel foi a leilão em duas ocasiões, não havendo propostas para sua aquisição, de modo que houve a consolidação da propriedade do imóvel ao Banco Itau, com a quitação do contrato de financiamento. II. DENUNCIAÇÃO DA LIDE 5. O juiz concedeu o benefício da justiça gratuita que havia sido postulado na inicial em decisão interlocutória e, após, julgou procedentes os pedidos, condenando o Banco a restituir o valor de R$ 60.000,00 (sessenta mil reais) e a arcar com as custas processuais e os honorários sucumbenciais em 10% do valor da condenação 6. Prescreve o art. 125, I do CPC que é admissível à parte denunciar à lide o alienante imediato, no processo relativo à coisa cujo domínio foi transferido pelo denunciante, a fim de que possa exercer os direitos resultantes da “evicção”. 7. In casu, afigura-se aproximada a presença da reparação regressiva em favor do ora contestante da figura jurídica da “evicção” se julgada procedente a ação principal, emergindo no curso da instrução a obrigação do alienante “…” a obrigação de lhe restituir integralmente o preço pago pelo imóvel adquirido constante no ajuste contratual, corrigido monetariamente, mais juros moratórios a partir da citação (CC, arts. 447 e 450), mais a condenação dos ônus sucumbenciais. 8. Amanda com esteio no art. 128 do CPC, há de ser citado o ora denunciado à lide “…” (qualificar) no endereço registrado no preâmbulo. Jurisprudência AGRAVO DE INSTRUMENTO - COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA ESTADUAL - DENUNCIAÇÃO DA LIDE - CONFIGURAÇÃO - BANCO PATROCINADOR - PRELIMINAR REJEITADA - RECURSO NÃO PROVIDO. AGRAVO DE INSTRUMENTO - COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA ESTADUAL - DENUNCIAÇÃO DA LIDE - CONFIGURAÇÃO - BANCO PATROCINADOR - PRELIMINAR REJEITADA - RECURSO NÃO PROVIDO. AGRAVO DE INSTRUMENTO - COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA ESTADUAL - DENUNCIAÇÃO DA LIDE - CONFIGURAÇÃO - BANCO PATROCINADOR - PRELIMINAR REJEITADA - RECURSO NÃO PROVIDO. AGRAVO DE INSTRUMENTO - COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA ESTADUAL - - DENUNCIAÇÃO DA LIDE - CONFIGURAÇÃO - BANCO PATROCINADOR - PRELIMINAR REJEITADA - RECURSO NÃO PROVIDO. A Justiça Estadual é competente para julgar a ação em que o segurado pretende a cobrança de parcela de previdência privada. É cabível a denunciação à lide do banco patrocinador, tendo-se em vista a possibilidade de configuração do direito de regresso, e da comprovação de relação contratual garantidora de eventual condenação. (TJ-MG - AI: 10145095097336001 Juiz de Fora, Relator: Marcos Lincoln, Data de Julgamento: 10/03/2010, Câmaras Cíveis Isoladas / 11ª CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação: 22/03/2010) III.PEDIDOS 9. Ex positis, o demandado requer: a) seja ACOLHIDA A PRELIMINAR do banco Itaú extinguindo-se o feito sem resolução do mérito; e se, porventura, adentrado ao mérito, JULGADA IMPROCEDENTE A AÇÃO, condenando o autor ao pagamento dos ônus sucumbenciais; b) seja citado o denunciado, para, querendo, contestar na forma do art. 128 do CPC, sob pena de revelia. d) Cumuladamente, se vencido o ora contestante/denunciante na ação principal, condenando- o a indenizar o autor; no mesmo decisum julgar a ação secundária de denunciação da lide, acolhendo-a para condenar o denunciado a indenizar o denunciante em regresso, a lhe restituir integralmente o preço pago pelo imóvel adquirido constante no contrato de compra e venda por ambos firmado, corrigido monetariamente, incidindo juros moratórios a partir da citação (CC, arts. 447 e 450), mais a condenação dos ônus sucumbenciais (CPC, art. 327 c.c. art. 129, caput). e) a produção de provas em direito admitidas. P. Deferimento. Local , 18 de maio de 2021 , (Assinatura e OAB do Advogado)
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