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APG 03 - Senti, doeu

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1 
 
 @jumorbeck 
 
Objetivos 
1- Estudar a anatomofisiologia da medula e dos 
nervos espinais; 
 *vias sensitivas 
CONCEITOS IMPORTANTES 
➢ substância cinzenta: tecido nervoso constituído de 
neuróglia, corpos de neurônios e fibras 
predominantemente amielínicas; 
➢ substância branca: tecido nervoso formado de neuróglia e 
fibras predominantemente mielínicas; 
➢ núcleo: massa de substância cinzenta dentro de substância 
branca, ou grupo delimitado de neurônios com 
aproximadamente a mesma estrutura e mesma função; 
➢ formação reticular: agregado de neurônios separados por 
fibras nervosas que não correspondem exatamente às 
substâncias branca ou cinzenta e ocupa a parte central do 
tronco encefálico; 
➢ córtex: substância cinzenta que se dispõe em uma camada 
fina na superfície do cérebro e do cerebelo; 
➢ trato: feixe de fibras nervosas com aproximadamente a 
mesma origem, mesma função e mesmo destino. As fibras 
podem ser mielínicas ou amielínicas. Na denominação de 
um trato. usam-se dois nomes: o primeiro indicando a 
origem e o segundo a terminação das fibras. Pode, ainda, 
haver um terceiro nome indicando a posição do trato. 
Assim, trato corticoespinhal lateral indica um trato cujas 
fibras se originam no córtex cerebral, terminam na medula 
espinhal e se localiza no funículo lateral da medula. 
➢ fascículo: usualmente o termo se refere a um trato mais 
compacto. Entretanto, o emprego do termo fascículo, em 
vez de trato, para algumas estruturas deve-se mais à 
tradição do que a uma diferença fundamental existente 
entre eles; 
➢ lemnisco: o termo significa fita. Ê empregado para alguns 
feixes de fibras sensitivas que levam impulsos nervosos ao 
tálamo; 
➢ funículo: o termo significa cordão e é usado para a 
substância branca da medula. Um funículo contém vários 
tratos ou fascículos; 
➢ decussação: formação anatômica constituída por fibras 
nervosas que cruzam obliquamente o plano mediano e que 
têm aproximadamente a mesma direção. O exemplo mais 
conhecido é a decussação das pirâmides. 
➢ comissura: formação anatômica constituída por fibras 
nervosas que cruzam perpendicularmente o plano mediano 
e que têm, por conseguinte, direções diametralmente 
opostas. O exemplo mais conhecido é o corpo caloso; 
➢ fibras de projeção: fibras de projeção de uma determinada 
área ou órgão do sistema nervoso central são fibras que 
saem fora dos limites desta área ou deste órgão; 
➢ fibras de associação: fibras de associação de uma 
determinada área ou órgão do sistema nervoso central são 
fibras que associam pontos mais ou menos distantes desta 
área ou deste órgão sem, entretanto, abandoná-lo. 
➢ modulação: mudança da excitabilidade de um neurônio 
causada por axônios de outros neurônios não relacionados 
com a função do primeiro. Por exemplo, um axônio pode 
mudar a excitabilidade de um neurônio motor sem se 
relacionar diretamente com a motricidade; 
MACHADO, 3ª ed. 
Anatomia da medula espinal 
↠ Medula significa miolo e indica o que está dentro 
(MACHADO, 3ª ed.). 
↠ Usualmente inicia-se o estudo do sistema nervoso 
central pela medula, por ser o órgão mais simples deste 
sistema e onde o tubo neural foi menos modificado 
durante o desenvolvimento (MACHADO, 3ª ed.). 
↠ A medula espinhal é uma massa cilindroide, de tecido 
nervoso, situada dentro do canal vertebral, sem 
entretanto ocupá-lo completamente. No homem adulto. 
mede aproximadamente 45 centímetros, sendo um 
pouco menor na mulher (MACHADO, 3ª ed.). 
ENVOLTÓRIOS DA MEDULA – MENINGES 
↠ Como todo o sistema nervoso central, a medula é 
envolvida por membranas fibrosas denominadas 
meninges, que são: dura-máter; pia-máter e aracnoide. A 
dura-máter é a mais espessa, razão pela qual é também 
chamada paquimeninge. As outras duas constituem a 
leptomeninge (MACHADO, 3ª ed.). 
↠ As três meninges espinais revestem os nervos 
espinais até sua passagem pelos forames intervertebrais 
da coluna vertebral. A medula espinal também é protegida 
por um coxim de tecido adiposo e tecido conjuntivo 
localizado no espaço epidural (extradural segundo a 
Terminologia Anatômica), espaço entre a dura-máter e a 
parede do canal vertebral (TORTORA, 14ª ed.). 
 
APG 03 
2 
 
 @jumorbeck 
 
DURA-MÁTER 
↠ A meninge mais externa é a dura-máter, formada por 
abundantes fibras colágenas que a tornam espessa e 
resistente. A dura-máter espinhal envolve toda a medula, 
como se fosse um dedo de luva, o saco dural 
(MACHADO, 3ª ed.). 
↠ Cranialmente, a dura-máter espinhal continua com a 
dura-máter craniana, caudalmente termina em um fundo-
de-saco no nível da vértebra S2. Prolongamentos laterais 
da dura-máter embainham as raízes dos nervos espinhais, 
continuando com o tecido conjuntivo (epineuro) que 
envolve estes nervos (MACHADO, 3ª ed.). 
ARACNÓIDE 
↠ Esta membrana intermediária, delgada e avascular é 
formada por células e fibras finas e dispersas de material 
elástico e de colágeno (TORTORA, 14ª ed.). 
↠ A aracnoide espinhal dispõe entre a dura-máter e a 
pia-máter. Compreende um folheto justaposto à dura-
máter e um emaranhado de trabéculas, as trabéculas 
aracnóideas, que unem este folheto à pia-máter 
(MACHADO, 3ª ed.). 
PIA-MÁTER 
↠ A pia-máter é a meninge mais delicada e mais interna. 
Ela adere intimamente ao tecido nervoso da superfície da 
medula e penetra na fissura mediana anterior 
(MACHADO, 3ª ed.). 
↠ Quando a medula termina no cone medular, a pia-
máter continua caudalmente, formando um filamento 
esbranquiçado denominado filamento terminal. Este 
filamento perfura o fundo-do-saco dural e continua 
caudalmente até o hiato sacral. Ao atravessar o saco dural, 
o filamento terminal recebe vários prolongamentos da 
dura-máter e o conjunto passa a ser denominado 
filamento da dura-máter espinhal. Este, ao inserir-se no 
periósteo da superfície dorsal do cóccix, constitui o 
ligamento coccígeo (MACHADO, 3ª ed.). 
 
↠ A pia-máter forma, de cada lado da medula, uma prega 
longitudinal denominada ligamento denticulado, que se 
dispõe em um plano frontal ao longo de toda a extensão 
da medula (MACHADO, 3ª ed.). 
↠ Projeções membranosas triangulares da pia-máter 
suspendem a medula espinal no meio de sua bainha dural. 
Estas projeções, chamadas ligamentos denticulados, são 
áreas de espessamento da pia-máter. Elas se projetam 
lateralmente e se fundem com a aracnoide-máter e com 
a superfície interna da dura-máter, entre as raízes 
anterior e posterior dos nervos espinais em ambos os 
lados (TORTORA, 14ª ed.). 
↠ Como são encontrados em toda a extensão da 
medula espinal, os ligamentos denticulados protegem a 
medula espinal contra deslocamentos súbitos decorrentes 
3 
 
 @jumorbeck 
 
de traumatismo. Entre a aracnoide-máter e a pia-máter 
existe um espaço, o espaço subaracnóideo, que contém 
líquido cerebrospinal – líquido que, entre outras funções, 
absorve energia decorrente de um impacto (TORTORA, 
14ª ed.). 
 
TOPOGRAFIA VERTEBROMEDULAR 
↠ Cranialmente, a medula limita-se com o bulbo, 
aproximadamente ao nível do forame magno do osso 
occipital. O limite caudal da medula tem importância clínica 
e, no adulto, situa-se geralmente na 2ª vértebra lombar 
(L2). A medula termina afilando-se para formar um cone, 
o cone medular. que continua com um delgado filamento 
meníngeo, o filamento terminal (MACHADO, 3ª ed.). 
↠ A medula apresenta forma aproximadamente 
cilíndrica, sendo ligeiramente achatada no sentido 
anteroposterior. Seu calibre não é uniforme, pois 
apresenta duas dilatações denominadas intumescência 
cervical e intumescência lombar. situadas nos níveis 
cervical e lombar, respectivamente (MACHADO, 3ª ed.). 
↠ Estas intumescências correspondem às áreas em que 
fazem conexão com a medula as grossas raízes nervosas 
que formam os plexos braquial e lombossacral. destinadas 
à inervação dos membros superiores e inferiores, 
respectivamente. A formação destas intumescências se 
deve à maior quantidadede neurônios e, portanto, de 
fibras nervosas que entram ou saem destas áreas e que 
são necessárias para a inervação dos membros 
(MACHADO, 3ª ed.). 
 
↠ A medula espinal é composta pelos segmentos 
cervical, torácico, lombar e sacral, nomeados de acordo 
com a porção da coluna vertebral onde os nervos entram 
e saem. A medula espinal dá origem a 31 pares de nervos 
espinais, que saem da coluna vertebral através dos 
forames intervertebrais e sacrais. Cada nervo espinal é 
constituído de um feixe de axônios, células de Schwann 
e bainhas de tecido conectivo (SEELY, 10ª ed.). 
↠ Os nervos que suprem os membros inferiores e 
outras estruturas na porção inferior do corpo surgem das 
regiões lombar e sacral. Eles deixam a intumescência 
lombossacral e o cone medular, descem pelo canal 
vertebral, e saem através dos forames intervertebrais e 
sacrais da segunda vértebra lombar até a quinta vértebra 
sacral. As várias raízes (origens) dos nervos espinais que 
se estendem inferiormente a partir da intumescência 
lombossacral e do cone medular se assemelham a uma 
cauda de cavalo e são, por essa razão, chamadas de 
cauda equina (SEELY, 10ª ed.). 
A diferença de tamanho entre a medula e o canal vertebral, bem 
como a disposição das raízes dos nervos espinhais mais caudais, 
formando a cauda equina, resultam de ritmos de crescimento 
diferentes, em sentido longitudinal, entre medula e coluna vertebral. 
Até o quarto mês de vida intrauterina, medula e coluna crescem no 
mesmo ritmo. Por isso, a medula ocupa todo o comprimento do canal 
vertebral, e os nervos, passando pelos respectivos forames 
intervertebrais, dispõem-se horizontalmente, formando com a medula 
um ângulo aproximadamente reto. Entretanto, a partir do quarto mês, 
4 
 
 @jumorbeck 
 
a coluna começa a crescer mais do que a medula, sobretudo em sua 
porção caudal. Como as raízes nervosas mantêm suas relações com 
os respectivos forames intervertebrais, há o alongamento das raízes 
e diminuição do ângulo que elas fazem com a medula. Estes 
fenômenos são mais pronunciados na parte caudal da medula, levando 
à formação da cauda equina (MACHADO, 3ª ed.). 
Ainda como consequência da diferença de ritmos de crescimento 
entre coluna e medula, há um afastamento dos segmentos medulares 
das vértebras correspondentes. Assim, no adulto, as vértebras T11 e 
T12 não estão relacionadas com os segmentos medulares de mesmo 
nome, mas sim com segmentos lombares. O fato é de grande 
importância clínica para diagnóstico, prognóstico e tratamento das 
lesões vértebromedulares. Assim, uma lesão da vértebra T 12 pode 
afetar a medula lombar. Já uma lesão da vértebra L3 irá afetar apenas 
as raízes da cauda equina, sendo o prognóstico completamente 
diferente nos dois casos (MACHADO, 3ª ed.). 
FORMA E ESTRUTURA GERAL DA MEDULA 
↠ Um corte transverso da medula espinal mostra a 
substância branca envolvendo a parte interna, formada 
pela substância cinzenta. A substância branca é composta 
basicamente por feixes de axônios mielinizados. Dois 
sulcos na substância branca da medula espinal a dividem 
em dois lados – direito e esquerdo (TORTORA, 14ª ed.). 
↠ A superfície da medula apresenta os seguintes sulcos 
longitudinais, que a percorrem em toda a extensão: 
(MACHADO, 3ª ed.). 
➢ sulco mediano posterior; 
➢ fissura mediana anterior; 
➢ sulco lateral anterior e sulco lateral posterior. 
↠ Na medula cervical existe, ainda, o sulco intermédio 
posterior, situado entre o mediano posterior e o lateral 
posterior, e que continua em um septo intermédio 
posterior no interior do funículo posterior (MACHADO, 3ª 
ed.). 
↠ Nos sulcos lateral anterior e lateral posterior fazem 
conexão, respectivamente, as raízes ventrais e dorsais 
dos nervos espinhais (MACHADO, 3ª ed.). 
SUBSTÂNCIA CINZENTA 
↠ Na medula, a substância cinzenta localiza-se por dentro 
da branca e apresenta a forma de uma borboleta ou de 
um H. Nela distinguimos, de cada lado, três colunas que 
aparecem nos cortes como cornos e que são as colunas 
anterior, posterior e lateral. A coluna lateral, entretanto, só 
aparece na medula torácica e parte da medula lombar. No 
centro da substância cinzenta localiza-se o canal central 
da medula (ou canal do epêndima), resquício da luz do 
tubo neural do embrião (MACHADO, 3ª ed.). 
Os cornos posteriores contêm corpos celulares e axônios de 
interneurônios, bem como axônios de neurônios sensitivos. Lembre-
se de que os corpos celulares dos neurônios sensitivos estão 
localizados no gânglio sensitivo do nervo espinal (TORTORA, 14ª ed.). 
Nos cornos anteriores encontram-se núcleos motores somáticos, os 
quais são agrupamentos de corpos celulares de neurônios motores 
somáticos que geram os impulsos nervosos necessários para a 
contração dos músculos esqueléticos (TORTORA, 14ª ed.). 
Entre os cornos posteriores e os anteriores estão os cornos laterais, 
os quais são encontrados apenas nos segmentos torácico e lombar 
alto da medula espinal. Os cornos laterais contêm neurônios motores 
autônomos, agrupamentos de corpos celulares de neurônios motores 
autônomos que regulam a atividade dos músculos cardíacos, dos 
músculos lisos e das glândulas (TORTORA, 14ª ed.). 
↠ A comissura cinzenta forma a barra transversal do H 
(TORTORA, 14ª ed.). 
 
↠ Existem vários critérios para a divisão desta substância 
cinzenta. Um deles considera duas linhas que tangenciam 
os contornos anterior e posterior do ramo horizontal do 
H, dividindo a substância cinzenta em coluna anterior, 
coluna posterior e substância cinzenta intermédia. Por sua 
vez, a substância cinzenta intermédia pode ser dividida 
em substância cinzenta intermédia central e substância 
cinzenta intermédia lateral por duas linhas 
anteroposteriores. De acordo com este critério, a coluna 
lateral faz parte da substância cinzenta intermédia lateral. 
(MACHADO, 3ª ed.). 
 
5 
 
 @jumorbeck 
 
↠ Na substância cinzenta da medula espinal e do 
encéfalo, agrupamentos de corpos celulares neuronais 
constituem grupos funcionais conhecidos como núcleos. 
Os núcleos sensitivos recebem aferências (influxo) de 
receptores por meio de neurônios sensitivos, e os 
núcleos motores originam eferências para tecidos 
efetores por meio de neurônios motores (TORTORA, 14ª 
ed.). 
SUBSTÂNCIA BRANCA 
↠ A substância branca formada por fibras, a maior parte 
delas mielínicas, que sobem e descem na medula e 
podem ser agrupadas de cada lado em três funículos ou 
cordões: (MACHADO, 3ª ed.). 
➢ funículo anterior: situado entre a fissura mediana 
anterior e o sulco lateral anterior; 
➢ funículo lateral: situado entre os sulcos lateral 
anterior e lateral posterior; 
➢ funículo posterior: entre o sulco lateral posterior 
e o sulco mediano posterior, este último ligado 
à substância cinzenta pelo septo mediano 
posterior. Na parte cervical da medula, o funículo 
posterior é dividido pelo sulco intermédio 
posterior em fascículo grácil e fascículo 
cuneiforme. 
↠ Os cornos anteriores e posteriores dividem a 
substância branca de cada lado em três grandes áreas 
chamadas de funículos. Cada funículo, por sua vez, 
apresenta diferentes feixes de axônios com uma origem 
ou destino comuns que transmitem informações 
semelhantes. Estes feixes, que podem se estender por 
grandes distâncias para cima ou para baixo na medula 
espinal, são conhecidos como tratos (TORTORA, 14ª ed.). 
Lembre-se de que tratos são feixes de axônios no SNC, enquanto os 
nervos são feixes de axônios no SNP (TORTORA, 14ª ed.). 
Os tratos sensitivos (ascendentes) são formados por axônios que 
conduzem impulsos nervosos em direção ao encéfalo. Os tratos 
compostos por axônios que levam os impulsos nervosos que saem do 
encéfalo são chamados de tratos motores (descendentes) 
(TORTORA, 14ª ed.). 
VIAS ASCENDENTES 
Nervos são cordões esbranquiçados constituídos por feixes de fibras 
nervosas, reforçadas por tecido conjuntivo, que unem o sistema 
nervoso centralaos órgãos periféricos (MACHADO, 3ª ed.) 
A função dos nervos é conduzir, através de suas fibras, impulsos 
nervosos do sistema nervoso central para a periferia (impulsos 
eferentes) e da periferia para o sistema nervoso central {impulsos 
aferentes) (MACHADO, 3ª ed.) 
Os nervos são muito vascularizados, sendo percorridos 
longitudinalmente por vasos que se anastomosam, o que permite a 
retirada do epineuro em um trecho de até 15 cm sem que ocorra 
lesão nervosa. Por outro lado, os nervos são quase totalmente 
desprovidos de sensibilidade. Se um nervo é estimulado ao longo de 
seu trajeto, a sensação geralmente dolorosa é sentida não no ponto 
estimulado, mas no território sensitivo que ele inerva (MACHADO, 3ª 
ed.) 
Costuma-se distinguir em um nervo uma origem real e uma origem 
aparente. A origem real corresponde ao local onde estão localizados 
os corpos dos neurônios que constituem os nervos, como a coluna 
anterior da medula, os núcleos dos nervos cranianos ou os gânglios 
sensitivos, no caso de nervos sensitivos. A origem aparente 
corresponde ao ponto de emergência ou entrada do nervo na 
superfície do sistema nervoso central (MACHADO, 3ª ed.) 
↠ As fibras que formam as vias ascendentes da medula 
relacionam-se direta ou indiretamente com as fibras que 
penetram pela raiz dorsal do nervo espinhal, trazendo 
impulsos aferentes de várias partes do corpo 
(MACHADO, 3ª ed.). 
CURIOSIDADE - TORTORA 
Os diversos segmentos da medula espinal variam em tamanho, 
formato, quantidades relativas de substância cinzenta e substância 
branca, e distribuição e formato da substância cinzenta. Por exemplo, 
a quantidade de substância cinzenta é maior nos segmentos cervical 
e lombar porque estes segmentos são responsáveis pelas inervações 
sensitiva e motora dos membros. Além disso, mais tratos sensitivos e 
motores são encontrados nos segmentos superiores da medula 
espinal do que nos inferiores. Portanto, a quantidade de substância 
branca diminui do segmento cervical para o segmento sacral da 
medula espinal. 
Existem duas razões principais para esta variação: 
➢ à medida que a medula espinal sobe do segmento sacral 
para o segmento cervical, mais axônios ascendentes se 
juntam à substância branca para formar mais tratos 
sensitivos; 
➢ à medida que a medula espinal desce do segmento cervical 
para o segmento sacral, os tratos motores diminuem sua 
espessura, pois mais axônios descendentes deixam estes 
tratos para realizar sinapse com neurônios da substância 
cinzenta 
NERVOS ESPINAIS 
↠ Os nervos espinais são vias de comunicação entre a 
medula espinal e regiões específicas do corpo. A medula 
espinal parece ser segmentada, pois os 31 pares de 
nervos espinais se originam, em intervalos regulares, dos 
forames intervertebrais. De fato, considera-se que cada 
par de nervos espinais surge de um segmento espinal. Na 
medula espinal não existe segmentação óbvia; no 
entanto, por questões de conveniência, a nomeação dos 
nervos espinais se faz de acordo com o segmento nos 
quais estão localizados. Existem 8 pares de nervos 
6 
 
 @jumorbeck 
 
cervicais (C1-C8), 12 pares de nervos torácicos (T1–T12), 5 
pares de nervos lombares (L1–L5), 5 pares de nervos 
sacrais (S1–S5) e 1 par de nervos coccígeos (Co1) 
(TORTORA, 14ª ed.). 
↠ O primeiro par de nervos espinais cervicais emerge 
da medula espinal entre o occipital e o atlas (primeira 
vértebra cervical, ou C I). A maioria dos nervos espinais 
restantes sai da medula pelos forames intervertebrais, 
formados por duas vértebras adjacentes (TORTORA, 14ª 
ed.). 
↠ Os nervos C1–C7 emergem do canal vertebral acima 
de suas vértebras correspondentes. O nervo espinal C8 
sai do canal vertebral entre as vértebras C7 e T1 
(TORTORA, 14ª ed.). 
↠ Os nervos T1–L5 emergem do canal vertebral abaixo 
de suas vértebras correspondentes. As raízes dos nervos 
sacrais (S1–S5) e coccígeos (Co1) entram no canal sacral, 
a parte do canal vertebral localizada no sacro. Na 
sequência, os nervos S1–S4 saem do canal sacral através 
dos quatro pares de forames sacrais anterior e posterior, 
e os nervos S5 e Co1, através do hiato sacral (TORTORA, 
14ª ed.). 
Um nervo espinal típico tem duas conexões com a medula: uma raiz 
posterior e uma raiz anterior. Estas raízes se unem para formar um 
nervo espinal no forame intervertebral. Como a raiz posterior contêm 
axônios sensitivos e a raiz anterior apresenta axônios motores, o nervo 
espinal é classificado como um nervo misto. A raiz posterior contém 
um gânglio, no qual estão localizados os corpos celulares dos neurônios 
sensitivos (TORTORA, 14ª ed.). 
REVESTIMENTO DE TECIDO CONJUNTIVO DOS NERVOS ESPINAIS 
↠ Cada nervo espinal e craniano é formado por vários 
axônios e apresenta membranas protetoras de tecido 
conjuntivo. Axônios dentro de um nervo, mielinizados ou 
não, são envolvidos pelo endoneuro, a camada mais 
profunda. O endoneuro é uma malha de fibras de 
colágeno, fibroblastos e macrófagos. Vários axônios com 
seu endoneuro se agrupam em feixes chamados de 
fascículos, cada qual envolvido pelo perineuro, a camada 
média (TORTORA, 14ª ed.). 
↠ O perineuro é uma camada mais espessa de tecido 
conjuntivo. Ele é composto por até 15 camadas de 
fibroblastos em uma rede de fibras de colágeno 
(TORTORA, 14ª ed.). 
↠ A camada externa, que cobre todo o nervo, é 
conhecida como epineuro. Ele é formado por fibroblastos 
e fibras colágenas grossas. Projeções do epineuro 
também preenchem os espaços entre os fascículos. A 
dura-máter das meninges espinais se funde com o 
epineuro no momento em que o nervo passa pelo 
forame intervertebral (TORTORA, 14ª ed.). 
 
 
DISTRIBUIÇÃO DOS NERVOS ESPINAIS 
RAMOS 
↠ Logo após passar pelo seu forame intervertebral, um 
nervo espinal se divide em vários ramos. O ramo posterior 
(dorsal) supre os músculos profundos e a pele da face 
posterior do tronco (TORTORA, 14ª ed.). 
↠ O ramo anterior (ventral) supre os músculos e as 
estruturas dos quatro membros, bem como a pele das 
faces lateral e anterior do tronco (TORTORA, 14ª ed.). 
↠ Além dos ramos anterior e posterior, os nervos 
espinais dão origem a ramos meníngeos. Estes ramos 
entram novamente no canal vertebral pelo forame 
intervertebral e suprem as vértebras, os ligamentos 
vertebrais, os vasos sanguíneos da medula espinal e as 
meninges (TORTORA, 14ª ed.). 
PLEXOS 
↠ Os axônios dos ramos anteriores dos nervos espinais, 
com exceção dos nervos torácicos T2 a T12, não 
AXÔNIO ENDONEURO FASCÍCULO
PERINEUROEPINEURO
7 
 
 @jumorbeck 
 
chegam diretamente às estruturas corporais supridas por 
eles. Em vez disso, eles formam redes em ambos os lados 
do corpo, por meio da ligação de vários axônios de ramos 
anteriores de nervos adjacentes. Esta rede axônica é 
chamada de plexo (TORTORA, 14ª ed.). 
↠ Os principais plexos são o plexo cervical, o plexo 
braquial, o plexo lombar e o plexo sacral. Também existe 
um pequeno plexo coccígeo. Os nervos que saem dos 
plexos são nomeados de acordo com as regiões que 
suprem ou com o trajeto que seguem. Cada nervo pode, 
por sua vez, apresentar vários ramos que recebem seus 
nomes conforme as estruturas inervadas (TORTORA, 14ª 
ed.). 
NERVOS INTERCOSTAIS 
↠ Os ramos anteriores dos nervos espinais T2 a T12 não 
formam plexos e são conhecidos como nervos 
intercostais ou nervos torácicos. Estes nervos se 
conectam diretamente às estruturas supridas nos 
espaços intercostais (TORTORA, 14ª ed.). 
↠ Após deixar seu forame intervertebral, o ramo anterior 
do nervo T2 inerva os músculos intercostais do segundo 
espaço intercostal e supre a pele da axila e a região 
braquial posteromedial (TORTORA, 14ª ed.). 
↠ Os nervos T3 a T6 se projetam pelos sulcos das 
costelas até os músculos intercostais e a pele das partes 
anterior e lateral da parede torácica (TORTORA, 14ª ed.). 
↠ Os nervos T7 a T12 suprem os músculos intercostais 
e os músculos abdominais, junto com a pele sobrejacente.Os ramos posteriores dos nervos intercostais suprem os 
músculos profundos do dorso e a pele da parte posterior 
do tórax (TORTORA, 14ª ed.). 
PLEXO CERVICAL 
↠ O plexo cervical é formado pelas raízes (ramos 
anteriores) dos primeiros quatro nervos cervicais (C1–C4), 
com contribuições de C5 (TORTORA, 14ª ed.). 
↠ Existe uma raiz de cada lado do pescoço, junto com 
as primeiras quatro vértebras cervicais. O plexo cervical 
supre a pele e os músculos da cabeça, do pescoço e das 
partes superiores dos ombros e do tórax (TORTORA, 14ª 
ed.). 
↠ Os nervos frênicos originam-se dos plexos cervicais e 
fornecem fibras motoras que inervam o diafragma. Ramos 
do plexo cervical também apresentam trajetória junto a 
dois nervos cranianos, o acessório (XI) e o hipoglosso (XII) 
(TORTORA, 14ª ed.). 
 
 
O nervo frênico se origina de C3, C4 e C5 e supre o diafragma. A 
lesão completa da medula espinal acima da origem do nervo frênico 
causa parada respiratória. Nas 
lesões do nervo frênico, a respiração para porque este nervo não 
consegue mais enviar impulsos nervosos para o diafragma (TORTORA, 
14ª ed.). 
PLEXO BRAQUIAL 
↠ As raízes (ramos anteriores) dos nervos espinais C5 a 
C8 e T1 formam o plexo braquial. Ele passa acima da 
primeira costela, posteriormente à clavícula, e então entra 
na axila. (TORTORA, 14ª ed.). 
↠ Como o plexo braquial é muito complexo, é necessária 
uma explicação sobre suas partes. Como nos demais 
plexos, as raízes são os ramos anteriores dos nervos 
espinais. As raízes de vários nervos espinais se unem para 
formar troncos na parte inferior do pescoço – os troncos 
superior, médio e inferior (TORTORA, 14ª ed.). 
8 
 
 @jumorbeck 
 
↠ Posteriormente às clavículas, os troncos se ramificam 
em divisões – a divisão anterior e a divisão posterior. Nas 
axilas, as divisões se unem para formar fascículos, 
conhecidos como fascículos lateral, medial e posterior. Os 
fascículos recebem sua denominação com base na sua 
relação com a artéria axilar, uma grande artéria que leva 
sangue para o membro superior (TORTORA, 14ª ed.). 
↠ Os ramos destes fascículos formam os principais 
nervos do plexo braquial (TORTORA, 14ª ed.). 
 
↠ O plexo braquial fornece quase toda a inervação dos 
ombros e dos membros superiores. Cinco grandes ramos 
terminais se originam do plexo braquial: (TORTORA, 14ª 
ed.). 
➢ O nervo axilar supre os músculos deltoide e 
redondo menor. 
➢ O nervo musculocutâneo inerva os músculos 
anteriores do braço. 
➢ O nervo radial supre os músculos da região 
posterior do braço e do antebraço. 
➢ O nervo mediano inerva a maioria dos músculos 
da região antebraquial anterior e alguns 
músculos da mão. 
➢ O nervo ulnar supre os músculos anteromediais 
do antebraço e a maioria dos músculos da mão. 
 
 
PLEXO LOMBAR 
↠ As raízes (ramos anteriores) dos nervos espinais L1 a 
L4 formam o plexo lombar. Ao contrário do plexo 
braquial, existem poucas interconexões entre as fibras do 
plexo lombar (TORTORA, 14ª ed.). 
↠ De cada lado das quatro primeiras vértebras lombares, 
o plexo lombar se projeta obliquamente para fora, entre 
as cabeças superficial e profunda1 do músculo psoas maior 
e anteriormente ao músculo quadrado do lombo. Entre as 
cabeças do músculo psoas maior, as raízes dos plexos 
lombares se separam em divisões anterior e posterior, as 
quais dão origem aos ramos periféricos dos plexos 
(TORTORA, 14ª ed.). 
↠ O plexo lombar supre a parede abdominal 
anterolateral, os órgãos genitais externos, e parte dos 
membros inferiores (TORTORA, 14ª ed.). 
 
RAÍZES TRONCOS DIVISÕES
FASCÍCULOSNERVOS
9 
 
 @jumorbeck 
 
 
O maior nervo que se origina do plexo lombar é o nervo femoral. 
Lesões do nervo femoral, que podem ser secundárias a ferimentos 
por arma branca ou por arma de fogo, são caracterizadas pela 
incapacidade de estender a perna e pela perda de sensibilidade na pele 
da parte antero-medial da coxa (TORTORA, 14ª ed.). 
PLEXO SACRAL E COCCÍGEO 
↠ As raízes (ramos anteriores) dos nervos espinais L4–
L5 e S1–S4 formam o plexo sacral. Este plexo está 
situado, em sua maior parte, anteriormente ao sacro 
(TORTORA, 14ª ed.). 
↠ O plexo sacral inerva as regiões glúteas, o períneo e 
os membros inferiores. O maior nervo do corpo – o 
nervo isquiático – se origina deste plexo (TORTORA, 14ª 
ed.). 
↠ As raízes (ramos anteriores) dos nervos espinais S4–
S5 e os nervos coccígeos formam um pequeno plexo 
coccígeo. Deste plexo se originam os nervos 
anococcígeos, que suprem uma diminuta área cutânea 
sobre o cóccix (TORTORA, 14ª ed.). 
 
 
 
DERMÁTOMOS 
↠ A pele de todo o corpo é inervada por neurônios 
sensitivos somáticos que levam impulsos nervosos para a 
medula espinal e para o encéfalo. Cada nervo espinal 
contém neurônios sensitivos que suprem um segmento 
específico do corpo (TORTORA, 14ª ed.). 
↠ Dermátomo é uma área cutânea que fornece 
aferência (influxo) sensitiva para o SNC por meio das 
raízes posteriores de um dos pares de nervos espinais 
ou do nervo trigêmeo (V) (TORTORA, 14ª ed.). 
↠ A inervação em dermátomos contíguos por vezes se 
sobrepõe. O reconhecimento de quais segmentos 
medulares estão relacionados com cada dermátomo 
possibilita a localização de lesões na medula espinal 
(TORTORA, 14ª ed.). 
↠ Se a pele de uma região específica for estimulada, 
mas a sensação não for percebida, os nervos daquele 
dermátomo provavelmente estão lesados. Em regiões 
onde ocorre sobreposição considerável, existe pouca 
perda de sensibilidade se um dos nervos responsáveis 
pelo dermátomo for danificado (TORTORA, 14ª ed.). 
10 
 
 @jumorbeck 
 
 
Fisiologia da medula espinal 
↠ A medula espinal tem duas funções principais na 
manutenção da homeostasia: propagação do impulso 
nervoso e integração de informações. Os tratos de 
substância branca são vias rápidas para propagação dos 
impulsos nervosos. As aferências sensitivas trafegam por 
estas vias em direção ao encéfalo, e as eferências 
motoras são enviadas pelo encéfalo, por essas vias, para 
os músculos esqueléticos e outros tecidos efetores. A 
substância cinzenta recebe e integra as aferências e 
eferências (TORTORA, 14ª ed.). 
↠ Os impulsos nervosos provenientes dos receptores 
sensitivos se propagam na medula espinal até o encéfalo 
por meio das seguintes vias principais em cada lado da 
medula: o trato espinotalâmico e os tratos do funículo 
posterior (TORTORA, 14ª ed.). 
O trato espinotalâmico transmite impulsos nervosos relacionados com 
dor, calor, frio, prurido, cócegas, pressão profunda e tato grosseiro. O 
funículo posterior é formada por dois tratos: o fascículo grácil e o 
fascículo cuneiforme. Os tratos do funículo posterior conduzem 
impulsos nervosos associados a tato discriminativo, pressão leve, 
vibração e propriocepção consciente (a percepção consciente das 
posições e movimentos dos músculos, tendões e articulações) 
(TORTORA, 14ª ed.). 
Os sistemas sensitivos mantêm o SNC informado sobre mudanças nos 
ambientes externo e interno. As informações sensitivas são integradas 
(processadas) por interneurônios na medula espinal e no encéfalo. 
Respostas a estas decisões integrativas são executadas por meio de 
atividades motoras – contrações musculares e secreções glandulares. 
REFLEXOS E ARCOS REFLEXOS 
↠ Reflexo é uma sequência de ações automática, rápida 
e involuntária que ocorre em resposta a um determinado 
estímulo. Alguns reflexos são naturais, como quando você 
tira a mão de uma superfície quente mesmo antes de 
ter a percepção consciente que ela de fato está quente. 
Outros reflexos são aprendidos ou adquiridos (TORTORA, 
14ª ed.). 
↠ Quando a integração ocorre na substância cinzenta da 
medula espinal, o reflexo é chamado de reflexo espinal. 
Um exemplo é o conhecido reflexo patelar. Se, por outro 
lado, a integração acontece no tronco encefálico, o 
reflexo então é chamado de reflexo craniano. Um 
exemplo é a movimentação de seus olhosenquanto você 
lê esta frase. Você provavelmente conhece melhor os 
reflexos somáticos, que envolvem a contração de 
músculos esqueléticos. Igualmente essenciais, no entanto, 
são os reflexos autônomos (viscerais), os quais 
geralmente não são percebidos conscientemente. Eles 
envolvem respostas dos músculos lisos, dos músculos 
cardíacos e das glândulas (TORTORA, 14ª ed.). 
↠ Os impulsos nervosos que se propagam em direção 
ao SNC, dentro dele ou para fora dele seguem padrões 
específicos, dependendo do tipo de informação, de sua 
origem e de seu destino. A via seguida pelos impulsos 
nervosos que produzem um reflexo é conhecida como 
arco reflexo (circuito reflexo). Um arco reflexo inclui os 
cinco componentes funcionais a seguir: (TORTORA, 14ª 
ed.). 
➢ Receptor sensitivo: a terminação distal de um 
neurônio sensitivo (dendrito) ou de uma 
estrutura sensitiva associada exerce a função de 
receptor sensitivo. Ela responde a um estímulo 
11 
 
 @jumorbeck 
 
específico – modificação dos ambientes interno 
ou externo – por meio da geração de um 
potencial graduado chamado de potencial 
gerador (ou receptor. Se um potencial gerador 
atinge o limiar de despolarização, ele irá gerar 
um ou mais impulsos nervosos no neurônio 
sensitivo (TORTORA, 14ª ed.). 
Todas as vias sensoriais possuem certos elementos em comum. Elas 
começam com um estímulo, na forma de energia física, que atua em 
um receptor sensorial. O receptor é um transdutor, o qual converte o 
estímulo em um sinal intracelular, que normalmente é uma mudança 
no potencial de membrana (SILVERTHORN, 7ª ed.). 
Se o estímulo produz uma mudança que atinge o limiar, são gerados 
potenciais de ação que são transmitidos de um neurônio sensorial até 
o sistema nervoso central (SNC), onde os sinais de entrada são 
integrados (SILVERTHORN, 7ª ed.). 
Como os receptores convertem os diversos estímulos físicos, como 
a luz ou o calor, em sinais elétricos? 
O primeiro passo é a transdução, a conversão da energia do estímulo 
em informação que pode ser processada pelo sistema nervoso. Em 
muitos receptores, a abertura ou fechamento de canais iônicos 
converte a energia mecânica, química, térmica ou luminosa 
diretamente em uma mudança no potencial de membrana 
(SILVERTHORN, 7ª ed.). 
Alguns mecanismos de transdução sensorial envolvem a transdução 
do sinal e sistemas de segundos mensageiros, que iniciam a mudança 
no potencial de membrana (SILVERTHORN, 7ª ed.). 
O estímulo abre ou fecha canais iônicos na membrana do receptor, 
direta ou indiretamente (via segundo mensageiro). Em muitas 
situações, a abertura de canais provoca influxo de Na+ ou de outros 
cátions no receptor, despolarizando a membrana. Em alguns casos, a 
resposta ao estímulo é uma hiperpolarização, quando o K+ deixa a 
célula (SILVERTHORN, 7ª ed.). 
A mudança no potencial de membrana do receptor sensorial é um 
potencial graduado, chamado de potencial receptor. Em algumas 
células, o potencial receptor desencadeia um potencial de ação que 
percorre a fibra sensorial até o SNC. Em outras células, o potencial 
receptor influencia a secreção de neurotransmissores pela célula 
receptora, o que, por sua vez, altera a atividade elétrica do neurônio 
sensorial associado (SILVERTHORN, 7ª ed.). 
➢ Neurônio sensitivo: os impulsos nervosos se 
propagam, a partir do receptor sensitivo, pelo 
axônio do neurônio sensitivo até as terminações 
axônicas, que estão localizadas na substância 
cinzenta da medula espinal ou do tronco 
encefálico. Nestes pontos, interneurônios enviam 
impulsos nervosos para a área do encéfalo 
responsável pela percepção consciente de que 
aconteceu um reflexo (TORTORA, 14ª ed.). 
 
Os receptores do sistema sensorial variam amplamente em 
complexidade, desde terminações ramificadas de um neurônio 
sensorial único até células complexas extremamente organizadas, 
como os fotorreceptores (SILVERTHORN, 7ª ed.). 
Um neurônio sensorial tem um campo receptivo 
Os neurônios somatossensoriais e visuais são ativados pelos estímulos 
que ocorrem dentro de uma área física específica, conhecida como 
campo receptivo do neurônio (SILVERTHORN, 7ª ed.). 
No caso mais simples, um campo receptivo está associado a um 
neurônio sensorial (o neurônio sensorial primário na via), o qual, por 
sua vez, faz sinapse com um neurônio do SNC (o neurônio sensorial 
secundário) (SILVERTHORN, 7ª ed.). 
Além disso, os neurônios sensoriais de campos receptivos vizinhos 
podem apresentar convergência, ou seja, diversos neurônios pré-
sinápticos enviam sinais para um menor número de neurônios pós-
sinápticos (SILVERTHORN, 7ª ed.). 
O tamanho dos campos receptivos secundários determina o quanto 
uma dada área é sensível a um estímulo (SILVERTHORN, 7ª ed.). 
➢ Centro de integração: uma ou mais regiões de 
substância cinzenta no SNC atuam como um 
centro de integração. No tipo mais simples de 
reflexo, o centro de integração é uma simples 
sinapse entre um neurônio sensitivo e um 
neurônio motor. A via reflexa que apresenta 
apenas uma sinapse no SNC é chamada de arco 
reflexo monossináptico. Os centros de 
integração são mais frequentemente 
compostos por um ou mais interneurônios, os 
quais podem transmitir impulsos para outros 
interneurônios ou para um neurônio motor. Um 
arco reflexo polissináptico envolve mais de dois 
tipos de neurônios e mais de um tipo de sinapse 
no SNC (TORTORA, 14ª ed.). 
Alguns estímulos chegam ao córtex cerebral, onde geram a 
percepção consciente, porém, outros agem inconscientemente, sem 
a nossa consciência. A cada sinapse ao longo da via, o sistema nervoso 
pode modular e ajustar a informação sensorial (SILVERTHORN, 7ª ed.). 
➢ Neurônio motor: impulsos gerados pelos centros 
de integração se propagam para fora do SNC 
em um neurônio motor que se estende até a 
parte do corpo que executará a resposta 
(TORTORA, 14ª ed.). 
➢ Efetor: a parte do corpo que responde ao 
impulso nervoso motor, como um músculo ou 
uma glândula, é chamada de efetor. Esta 
resposta é conhecida como reflexo. Se o efetor 
é um músculo esquelético, o reflexo é chamado 
de reflexo somático. Se o efetor é um músculo 
liso, um músculo cardíaco ou uma glândula, 
12 
 
 @jumorbeck 
 
então o reflexo é conhecido como reflexo 
autônomo (TORTORA, 14ª ed.). 
Como os reflexos são de modo geral previsíveis, eles fornecem 
informações úteis sobre a saúde do sistema nervoso e podem ajudar 
muito no diagnóstico de doenças. Lesões ou doenças em qualquer 
parte do arco reflexo podem causar a ausência de reflexos ou sua 
exacerbação (TORTORA, 14ª ed.). 
RECEPTORES 
O termo receptor sensorial refere-se à estrutura neuronal ou epitelial 
de transformar estímulos físicos ou químicos em atividade bioelétrica 
(transdução de sinais) para ser interpretada no sistema nervoso central 
(MACHADO, 3ª ed.). 
Pode ser um terminal axônico ou células epiteliais modificadas 
conectadas aos neurônios, como as células ciliadas da cóclea 
(MACHADO, 3ª ed.). 
CLASSIFICAÇÃO MORGOLÓGICA DOS RECEPTORES 
Distinguem-se dois grandes grupos: os receptores especiais e os 
receptores gerais (MACHADO, 3ª ed.). 
Os receptores especiais são mais complexos, relacionando-se com um 
neuroepitélio (retina, órgão de Coni etc.) e fazem parte dos chamados 
órgãos especiais do sentido: visão, audição e equilíbrio, gustação e 
olfação, todos localizados na cabeça (MACHADO, 3ª ed.). 
Os receptores gerais ocorrem em todo o corpo, fazem parte do 
sistema sensorial somático. que responde a diferentes estímulos, tais 
como tato, temperatura, dor e postura corporal ou propriocepção 
(MACHADO, 3ª ed.). 
CLASSIFICAÇÃO FISIOLÓGICA DOS RECEPTORES 
Usando-se como critério os estímulos mais adequados para ativar os 
vários receptores, estes podem ser classificados como: (MACHADO, 
3ª ed.). 
➢ Quimiorreceptores; 
➢ Osmorreceptores; 
➢ Termorreceptores; 
➢ Nociceptores; 
➢ Mecanorreceptores; 
Outra maneira de classificar os receptores, proposta inicialmentepor 
Sherrington, leva em conta a sua localização, o que define a natureza 
do estímulo que os ativa. Com base nesse critério, distinguem-se três 
categorias de receptores: (MACHADO, 3ª ed.).C 
➢ Exteroceptores.; 
➢ Proprioceptores; 
➢ Interoceptores.; 
CLASSIFICAÇÃO QUANTO À ADAPTAÇÃO A UMA ESTIMULAÇÃO 
CONTÍNUA OU SUSTENTADA 
➢ Receptores tônicos: são receptores de adaptação lenta que 
disparam rapidamente no início da ativação, depois 
diminuem e mantêm seus disparos enquanto o estímulo 
estiver presente. Os barorreceptores sensíveis à pressão, 
os receptores de irritação e alguns receptores táteis e 
proprioceptores são classificados nessa categoria. Em geral, 
os estímulos que ativam os receptores tônicos são 
parâmetros que devem ser monitorados continuamente no 
corpo (SILVERTHORN, 7ª ed.). 
➢ Receptores fásicos: são receptores de adaptação rápida 
que disparam quando recebem um estímulo, mas param 
de disparar se a intensidade do estímulo permanecer 
constante. Os receptores fásicos sinalizam especificamente 
as alterações em um parâmetro. Assim que o estímulo 
estiver em uma intensidade estável, os receptores fásicos 
adaptam-se a esse novo estado e se desligam. Esse tipo 
de resposta permite que o corpo ignore a informação que 
foi avaliada e considerada como não ameaçadora à 
homeostasia ou ao bem-estar (SILVERTHORN, 7ª ed.). 
Fibras aferentes somáticas exteroceptivas 
↠ Há quatro modalidades somatossensoriais: tato, 
propriocepção, temperatura e nocicepção, que inclui dor 
e prurido (SILVERTHORN, 7ª ed.). 
↠ Os receptores dos sentidos somáticos são 
encontrados tanto na pele quanto nas vísceras. A ativação 
dos receptores desencadeia potenciais de ação no 
neurônio sensorial primário associado. Na medula espinal, 
muitos dos neurônios sensoriais primários fazem sinapse 
com interneurônios, que funcionam como neurônios 
sensoriais secundários (SILVERTHORN, 7ª ed.). 
↠ A localização da sinapse entre os neurônios primário 
e secundário varia de acordo com o tipo de receptor 
(SILVERTHORN, 7ª ed.). 
↠ Os neurônios associados aos receptores da 
nocicepção, temperatura e tato grosseiro fazem sinapse 
com seus neurônios secundários assim que entram na 
medula espinal. Contudo, a maior parte dos neurônios do 
tato discriminativo,* da vibração e da propriocepção 
possuem axônios muito longos, os quais se projetam para 
cima, da medula espinal até o bulbo (SILVERTHORN, 7ª 
ed.). 
RECEPTORES SENSÍVEIS AO TATO 
↠ Os receptores táteis estão entre os receptores mais 
comuns do corpo. Eles respondem a muitas formas de 
contato físico, como estiramento, pressão sustentada, 
vibração (baixa frequência) ou toque leve, vibração (alta 
frequência) e textura. Eles são encontrados tanto na pele 
como em regiões mais profundas do corpo 
(SILVERTHORN, 7ª ed.). 
↠ Os receptores táteis da pele possuem muitas formas. 
Alguns são terminações nervosas livres, como os que 
respondem a estímulos nocivos. Outros são mais 
complexos. A maioria dos receptores do tato é difícil de 
13 
 
 @jumorbeck 
 
ser estudada devido ao seu pequeno tamanho. Entretanto, 
os corpúsculos de Pacini, que respondem à vibração (alta 
frequência), são um dos maiores receptores do corpo, e 
muito do que se conhece dos receptores 
somatossensoriais vem de estudos dessas estruturas 
(SILVERTHORN, 7ª ed.). 
Os corpúsculos de Pacini são constituídos de terminações nervosas 
encapsuladas em camadas de tecido conectivo. Eles são encontrados 
nas camadas subcutâneas da pele e nos músculos, nas articulações e 
nos órgãos internos (SILVERTHORN, 7ª ed.). 
Os corpúsculos de Pacini são receptores fásicos de adaptação rápida, 
e esta propriedade permite que eles respondam a um estímulo tátil, 
mas logo o ignore. Por exemplo, você sente sua camisa assim que a 
coloca, mas logo os receptores do tato se adaptam (SILVERTHORN, 
7ª ed.). 
RECEPTORES DE TEMPERATURA 
↠ Os receptores de temperatura são terminações 
nervosas livres que terminam nas camadas subcutâneas 
da pele. Os receptores para o frio são primariamente 
sensíveis a temperaturas mais baixas do que a do corpo. 
Os receptores para o calor são estimulados por 
temperaturas na faixa que se estende desde a 
temperatura normal do corpo (37 °C) a até 
aproximadamente 45 °C. Acima dessa temperatura, os 
receptores de dor são ativados, gerando uma sensação 
de calor doloroso (SILVERTHORN, 7ª ed.). 
↠ Existe um número consideravelmente maior de 
receptores para o frio do que para o calor. Os receptores 
de temperatura adaptam-se lentamente entre 20 e 40 
°C. Fora da faixa de 20 a 40 °C, em que a probabilidade 
de dano tecidual é maior, os receptores não se adaptam 
(SILVERTHORN, 7ª ed.). 
↠ Os termorreceptores utilizam uma família de canais 
catiônicos, chamada de potencial receptor transitório, ou 
canais TRP, para iniciar um potencial de ação 
(SILVERTHORN, 7ª ed.). 
NOCICEPTORES 
↠ Os nociceptores são neurônios com terminações 
nervosas livres, os quais respondem a vários estímulos 
nocivos intensos (químico, mecânico ou térmico) que 
causam ou têm potencial para causar dano tecidual 
(SILVERTHORN, 7ª ed.). 
↠ Os nociceptores são encontrados na pele, nas 
articulações, nos músculos, nos ossos e em vários órgãos 
internos, mas não no sistema nervoso central 
(SILVERTHORN, 7ª ed.). 
↠ A ativação da via nociceptiva inicia respostas 
adaptativas protetoras. Os sinais aferentes dos 
nociceptores são levados ao SNC por dois tipos de fibras 
sensoriais primárias: fibras(A-delta) e fibras C 
(SILVERTHORN, 7ª ed.). 
↠ A sensação mais comum transmitida por essas vias é 
percebida como dor, mas quando a histamina ou algum 
outro estímulo ativa um subgrupo de fibras C, percebe-
se a sensação chamada de prurido (coceira) 
(SILVERTHORN, 7ª ed.). 
↠ Os reflexos nociceptivos protetores iniciam com a 
ativação de terminações nervosas livres. Os canais iônicos 
respondem a estímulos químicos, mecânicos e térmicos 
dando origem a potenciais graduados, os quais disparam 
potenciais de ação se o estímulo for suficientemente 
intenso. Muitos desses canais são canais de potencial 
receptor transitório (TRP), da mesma família de canais dos 
termorreceptores (SILVERTHORN, 7ª ed.). 
PROPRIOCEPTORES 
↠ A sensibilidade proprioceptiva também é chamada 
propriocepção. A propriocepção permite que o indivíduo 
reconheça quais partes do corpo pertencem a si. Elas 
também permitem que nós saibamos onde nossa cabeça 
e nossos membros estão localizados e como eles estão 
se movendo, mesmo que nós não olhemos para eles, de 
modo que possamos caminhar, digitar ou nos vestir sem 
utilizar os olhos. A sinestesia é a percepção dos 
movimentos corporais (TORTORA, 14ª ed.). 
↠ As sensações proprioceptivas surgem em receptores 
chamados de proprioceptores. Como os proprioceptores 
se adaptam lentamente e apenas um pouco, o encéfalo 
recebe continuamente impulsos nervosos relacionados 
com a posição das diferentes partes do corpo e faz 
ajustes para garantir a coordenação. (TORTORA, 14ª ed.). 
↠ Três tipos de proprioceptores: os fusos musculares 
dentro dos músculos esqueléticos, os órgãos tendíneos 
dentro dos tendões e os receptores cinestésicos 
articulares dentro das cápsulas das articulações sinoviais 
(TORTORA, 14ª ed.). 
FUSOS MUSCULARES 
↠ Fusos musculares são os proprioceptores localizados 
nos músculos esqueléticos e que monitoram mudanças 
no comprimento dos músculos esqueléticos e participam 
dos reflexos de estiramento (TORTORA, 14ª ed.). 
14 
 
 @jumorbeck 
 
↠ Cada fuso muscular consiste em várias terminações 
nervosas sensitivas de adaptação lenta que envolvem 
entre três e dez fibras musculares especializadas, 
chamadas de fibras musculares intrafusais (TORTORA, 14ª 
ed.). 
↠ Os fusos musculares estão distribuídos na maioria das 
fibras musculares esqueléticas e estão alinhados 
paralelamente a elas (TORTORA, 14ª ed.). 
ÓRGÃOS TENDÍNEOS 
↠ Os órgãos tendíneos estão localizadosna junção de 
um tendão com um músculo. Por iniciarem os reflexos 
tendíneos, eles protegem os tendões e seus músculos 
associados contra danos causados pela tensão excessiv 
(TORTORA, 14ª ed.). 
↠ Cada órgão tendíneo consiste em uma cápsula fina de 
tecido conjuntivo que reveste alguns fascículos tendíneos 
(feixes de fibras colágenas). Penetrando na cápsula se 
encontram uma ou mais terminações nervosas sensitivas 
entrelaçadas entre e ao redor das fibras colágenas do 
tendão. Quando é aplicada tensão a um músculo, os 
órgãos tendíneos geram impulsos nervosos que se 
propagam para o SNC, fornecendo informações a 
respeito de mudanças na tensão muscular (TORTORA, 
14ª ed.). 
RECEPTORES CINESTÉSICOS ARTICULARES 
↠ Vários tipos de receptores cinestésicos articulares 
estão presentes dentro e ao redor das cápsulas 
articulares das articulações sinoviais. Terminações 
nervosas livres e mecanoceptores cutâneos do tipo II nas 
cápsulas das articulações respondem à pressão. Pequenos 
corpúsculos lamelares no tecido conjuntivo ao redor das 
cápsulas articulares respondem à aceleração e à 
desaceleração das articulações durante os movimentos 
(TORTORA, 14ª ed.). 
↠ Os ligamentos articulares contêm receptores 
semelhantes aos órgãos tendíneos que ajustam a inibição 
reflexa dos músculos adjacentes quando é exercida 
tensão excessiva em uma articulação (TORTORA, 14ª ed.). 
 
 
 
 
As informações sensoriais para o controle 
postural – MOCHIZUKI; AMADIO, 2006. 
O sistema somatossensorial difere de outros sistemas 
sensoriais porque seus receptores estão pelo corpo e 
não estão concentrados em locais especializados do 
corpo humano e porque responde a muitos diferentes 
tipos de estímulos agrupados em quatro categorias: 
toque, temperatura, posição do corpo e dor. 
Os receptores somatossensoriais de toque e de posição 
têm especial relação com o controle postural. A maioria 
desses receptores é mecanoreceptora porque responde 
às distorções físicas como alongamento e flexão. 
Os receptores proprioceptivos servem para duas 
funções: identificar a posição do corpo para auxiliar na 
identificação de coisas ao nosso redor e guiar os 
movimentos. Assim, os músculos esqueléticos têm dois 
mecanorreceptores proprioceptivos: os fusos musculares 
e os órgãos tendinosos de Golgi. Os fusos musculares 
informam sobre a intensidade de alongamento e a taxa 
de alongamento dos músculos. Os órgãos tendinosos de 
Golgi informam sobre o nível de força gerado pelo 
músculo em um tendão. 
 
Referências 
TORTORA. Princípios de Anatomia e Fisiologia. Disponível 
em: Minha Biblioteca, (14th edição). Grupo GEN, 2016. 
 
SILVERTHORN, Dee U. Fisiologia Humana. Disponível em: 
Minha Biblioteca, (7th edição). Grupo A, 2017. 
MACHADO A.; HAERTEL, L. M. Neuroanatomia funcional, 
Atheneu, 3ª ed. 
REGAN, J.; RUSSO, A.; VVANPUTTE, C. Anatomia e 
Fisiologia de Seely, 10ª ed. Porto Alegre: AMGH, 2016 
MOCHIZUKI, L.; AMADIO, A. C. As informações sensoriais 
para o controle postural. Fisioterapia em movimento, v.19, 
n. 2, p. 11-18, 2006.

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