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CST em Gestão de Turismo Fundamentos do Turismo Aula nº 06 Políticas Públicas no Turismo no Brasil Órgãos Integrantes do Sistema de Turismo Impactos da atividade turística Sustentabilidade Profª. Me. Cláudia De Stefani CST em Gestão de Turismo | Fundamentos do Turismo | Aula n° 06 2 Introdução Nesta última aula da disciplina vamos abordar a importância superestrutura jurídico-admisnistrativa da atividade turística. Com certeza você se lembra da localização dessa no Sistema Turístico. A mesma possui relação direta e responsabilidades com a infraestrutura, além de influenciar todo o sistema por meio das políticas públicas. Vamos acompanhar a evolução das políticas, leis e decretos do país ligados ao Turismo. Também abordaremos os impactos causados pela nossa atividade destacando a importância da sustentabilidade como princípio de desenvolvimento. Problematização Após a leitura deste material, esperamos que você compreenda o que está envolvido na superestrutura da atividade turística: seus órgãos, responsáveis pela política e quais as legislações que norteiam o rumo do turismo no Brasil. Não esqueça de complementar sua leitura com as fontes sugeridas ao longo do texto. Contextualização Políticas Públicas no Turismo no Brasil Talvez você não goste da palavra política, haja vista que a mesma é confundida com politicagem ou avaliada por meio de um sistema político. Mas seu significado é bonito e necessário, considerando os procedimentos relativos à pólis (cidade-Estado) dos tempos da antiga Grécia. Assim, outros termos como sociedade, comunidade, coletividade representam a política. CST em Gestão de Turismo | Fundamentos do Turismo | Aula n° 06 3 Uma política pública engloba ações que o estado determina sobre sua relação com a sociedade, regras de convívio para que todos saiam beneficiados. Para Goeldner, Ritche e Mclntosh (2002), a política de turismo possui as seguintes funções: a) define as regras do jogo, ou seja, os termos nos quais as operações turísticas devem funcionar; b) estabelece atividades e comportamentos aceitáveis; c) fornece uma direção comum e a orientação para todos os interessados no turismo em uma destinação; d) facilita o consenso em torno de estratégias e objetivos específicos em uma destinação; e) fornece uma estrutura para discussões públicas e privadas sobre o papel e as contribuições do setor turístico para a economia e para a sociedade em geral; f) permite que o turismo estabeleça interfaces com outros setores da economia de forma mais eficaz. De um ponto de vista mais geral, uma política de turismo formalmente determinada tratatá em nível nacional de áreas como: a) os papéis do turismo dentro do desenvolvimento socioeconômico geral da destinação; b) o tipo de destinação que irá cumprir de forma mais eficaz desejadas; c) taxação - tipos e níveis; d) financiamento do setor turístico - fontes e prazos; e) natureza e direção do desenvolvimento e manutenção do produto; f) acesso e infra-estrutura de transportes; CST em Gestão de Turismo | Fundamentos do Turismo | Aula n° 06 4 g) práticas regulamentadoras (como companhias aéreas e agências de turismo); h) práticas e restrições ambientais; i) imagem e credibilidade do setor; j) relacionamentos na comunidade; k) oferta de recursos humanos e mão-de-obra; l) legislação sindical e trabalhista; m) tecnologia; n) práticas de marketing; o) funcionamento do turismo estrangeiro. Acompanhe na nossa linha do tempo a evolução da política pública de Turismo brasileira e repare quão jovem é a profissionalização da nossa atividade no país: 1930 - Primeiros sinais da participação do Estado na atividade turística. Foi criada a Divisão de Turismo, setor do departamento de imprensa e progaganda vinculado à presidência da República com a atribuição de fiscalização às atividades relativas às agências de viagens. O Estado começa a valorizar atividades setorias e começa a ter alguma ações e não política nacional para o turismo, nem planos ou programas. Surgem aspectos parciais legais atendendo a atividade. 1938 - Decreto-lei 406, de 4 de maio de 1938, art. 59, que dispõe sobre a venda de passagens aéreas, marítimas e terrestres 1958 - Combratur – Comissão Brasileira de Turismo para acompanhar a política nacional de turismo, mal iniciou sua atuação, foi extinta em 1962. Assim, não implementou suas diretrizes, nem mesmo plano de metas (que existiram para vários setores da economia, destacando o setor industrial). Inicia-se discussão de organização voltada para os meios de hospedagem. CST em Gestão de Turismo | Fundamentos do Turismo | Aula n° 06 5 1966 - Decreto-lei 55, de 18 de novembro de 1966, que institui a Política Nacional de Turismo. O artigo 1º desse decreto- apresenta a política como: “atividade decorrente de todas as iniciativas ligadas à indústria do turismo, sejam originárias do setor privado ou público, isoladas ou combinadas entre si, desde que reconhecido seu interesse para o desenvolvimento econômico do país” 1966 – criação da Embratur como Empresa Brasileira de Turismo que veio fiscalizar as agências de viagens, meios de hospedagem e desenvolver a atividade turística do país. Caracteriza um novo período para a política de turismo brasileira. 1967 - foi regulamentado o Sistema Nacional de Turismo pelos decretos 60.224 e decreto-lei 55/66. 1969 - Indicações para elaboração do Plantur – Plano Nacional de Turismo. 1971 - foi criado o Fungetur – Fundo Geral do Turismo, que teve como objetivo prover recursos para financiamento de empreendimentos, obras e serviços de finalidade ou interesse turísticos. 1973 - o decreto 71.791 dispões sobre zonas prioritárias para o desenvolvimento do turismo. 1976 - o Departamento de Aviação Civil (DAC) autoriza a realização de Vôos de Turismo Doméstico (VTD) com desconto e a Embratur fixa os processos de pedido de tramitação desses vôos.O decreto 78.549 estabelece o novo estatuto Entenda o que acontecia no Brasil na época da criação da Embratur com este polêmico texto do Prof. João dos Santos Filho: http://www.espacoacademico.com.br/084/84jsf.htm CST em Gestão de Turismo | Fundamentos do Turismo | Aula n° 06 6 da Embratur e outro decreto (1.485) institui estímulos fiscais ao turismo estrangeiro no país. 1977 - uma deliberação normativa (nº 18) da Embratur regulamenta as excursões no programa Turismo Doméstico Rodoviário (TDR). Somente nesse ano, 11 anos depois da criação da embratur, publica-se um documento contendo a Política Nacional de Turismo, na II Reunião do Sistema Nacional de Turismo. 1980 - instituído o decreto 84.934, que regulamenta a atividade das agências de viagens e delimita seu campo de atuação. 1981- instituía-se o Brasil Air Pass, para estrangeiros, que podiam viajar pelo país todo por 21 dias, sem repetir um trecho, por 330 dólares, e o seguro turismo para estrangeiros. 1982 - foram homologados convênios para a implantação de terminais de turismo social e foi assinado um acordo entre a Embratur e o Ministério do Trabalho, com a finalidade de estimular os sindicatos a organizar viagens turísticas na baixa temporária. 1983 - começou a ser elaborada uma estratégia, pela Embratur, para atingir um público mais sofisticado. Surgiu a idéia de utilizar a arte para criar uma nova imagem do Brasil no exterior. O VTD é substituído pelos planos Brasil Turístico Individual (BTI) e Brasil Turístico em Grupo (BTG), com tarifas reduzidas. A intenção da Embratur era demonstrar que o Brasil era a opção mais barata. 1986 - institui-se o Passaporte Brasil, destinado a promover o turismo interno e estimula-sea criação de albergues da juventude. Atente que de 1962 a 1987 - passamos pelo período de pseudopolíticas, pois o turismo não era considerado em políticas regionais nem mesmo urbanas. Não houve implementação. Não foi considerado em políticas estratégias para o desenvolvimento da atividade turística. 1988 - Marco: Constituição de 1988 destacando a novidade no tratamento do assunto: CST em Gestão de Turismo | Fundamentos do Turismo | Aula n° 06 7 Art. 180, cap. I, do título VII: A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios promoverão e incentivarão o turismo como fator de desenvolvimento social e econômico. Destaca-se co-responsabilidade das três esferas de governo na promoção do turismo e no incentivo a este setor. 1991 - Lei 8.181, de 28 de março de 1991 - reestruturação da Embratur deixande ser “empresa”, se tornando Instituto Brasileiro do Turismo. Há redefinição da Política Nacional de Turismo. 1992 - Decreto 448, 14 de fevereiro 1992 institui a Política Ncional de Turismo visando o desenvolvimento do turismo e seu equacionamento como fonte de renda nacional. Diretrizes: A prática do turismo como fonte de valorização e preservação do patrimônio natural e cultural do país. E a valorização do homem como o destinatário final do desenvolvimento turístico. (o principal agente do turismo). Os dados para o turismo começam a se organizar (estatísticas), estudos de demanda, quantidade de emprego e renda gerado pela atividade, divisas deixadas pelos turistas. Crises impedem a aplicação das políticas no governo Collor, período marcado por instabilidades políticas e econômicas no país, dificultou a aplicação da política para o setor. 1994 - PNMT – Programa Nacional de Municipalização do Turismo. Capacitar a oferta turística dos municípios turísticos para receber os turistas. Serviu como base para as políticas seguintes. Estimulou a criação de Conselhos e Fundos Municipais valorizando o pensamento na base local. Veio estruturar os municípios turísticos, fomentar e incentivar investimentos no setor. 1996 até 1999 - Implantação da Política Nacional de Turismo de forma efetiva. “Se a superestrutura não dita as regras, não temos a infraestrutura”. Há Ordenação das ações do setor público orientando os esforços do Estado e os recursos públicos para o bem-estar social. Também definição de parâmetros CST em Gestão de Turismo | Fundamentos do Turismo | Aula n° 06 8 para planejamento e execução dos governos estaduais e municipais, além de orientação referencial para o setor privado. Houve tentativa de equilibrar desequilíbrios regionais, descentralizando as ações para estados e municípios para facilitar a aplicação considerando especificidades. 2003 - criação do Mtur - Ministério do Turismo. Pois antes estava em outras pastas, como no Ministério do Esporte e Turismo. Exclusividade de ações para o setor com políticas específicas atuantes efetivamente até a atualidade. Órgãos Integrantes do Sistema de Turismo Acompanhando este organograma você pode reconhecer a composição dos órgãos integrantes do sistema nacional de turismo: Fonte: MTUR, 2013. CST em Gestão de Turismo | Fundamentos do Turismo | Aula n° 06 9 Em destaque, as funções das principais pastas: � Embratur – Instituto Brasileiro de Turismo: promoção, no marketing e no apoio à comercialização dos produtos, serviços e destinos turísticos brasileiros no exterior � Conselho de Turismo- é formado por representantes do governo federal e dos diversos segmentos do turismo. O Conselho em 2013 é integrado por 71 conselheiros de instituições públicas, entidades privadas e do terceiro setor em âmbito nacional. Tem a atribuição de assessorar o ministro de Estado do Turismo na formulação e a aplicação da Política Nacional de Turismo e dos planos, programas, projetos e atividades derivados. � Secretaria Nacional de Políticas Públicas - auxilia na formulação, na elaboração e no monitoramento da Política Nacional de Turismo, de acordo com as diretrizes propostas e os subsídios fornecidos pelo Conselho Nacional de Turismo. � Secretaria Nacional de Programas de Desenvolvimento do Turismo - subsidia a formulação dos planos, programas e ações destinados ao desenvolvimento e ao fortalecimento do turismo nacional. Também estabelece e acompanha os programas de desenvolvimento regional de turismo e a promoção do apoio técnico, institucional e financeiro para os Estados e Distrito Federal. � Organismos oficiais estaduais – Secretarias Estaduais de Turismo com pastas independentes ou ligadas a outros temas, como uma Secretaria Estadual de Turismo e Meio Ambiente, ou Indústria, Comércio e Turismo. � Organismos oficiais municipais – Departamentos, secretarias, institutos municipais dependendo da formatação. � Organismos do terceiro setor (sociedade civil organizada) - que coordenam interesses privados e constituem entidades de classes. Conheça algumas detalhadamente acessando os links: CST em Gestão de Turismo | Fundamentos do Turismo | Aula n° 06 10 • ABAV – Associação Brasileira de Agências de Viagens http://www.abav.com.br/ Vem representar os interesses das Agências de Viagens defendendo a classe, colaborando com os poderes públicos no estudo e solução dos problemas do setor, promovendo a a divulgação e publicidade das matérias de interesse da entidade, promovendo eventos que contribuam para o desenvolvimento técnico do setor, bem como treinamentos, dentre outras atividades. • ABEOC – Associação Brasileira de Empresas de Eventos http://www.abeoc.org.br/ Tem por finalidade coordenar, orientar e defender os interesses de suas associadas, representadas por empresas organizadoras, promotoras e prestadoras de serviços para eventos, cadastradas no Ministério do Turismo, conforme Lei Geral do Turismo 11.771/08 e seu Decreto Regulamentador. Presente em 13 Estados com 500 empresas associadas. • ABIH – Associação Brasileira da Indústria de Hotéis http://www.abih.com.br/ É uma das entidades mais antigas do turismo nacional, existe desde 1936,. com 3.200 associados em todo o Brasil. Atua como um órgão técnico e consultivo na busca de solução para os problemas do setor de hospedagem. Vem investindo na valorização da atividade econômica dos hoteleiros, promovendo a aproximação e a ampliação das oportunidades de negócios para seus associados. • ABRASEL – Associação Brasileira de Bares e Restaurantes http://www.abrasel.com.br/ Existe para representar e desenvolver o setor de alimentação fora do lar, promovendo ações que contribuam para o crescimento sustentável do Brasil. CST em Gestão de Turismo | Fundamentos do Turismo | Aula n° 06 11 • BRAZTOA – Associação Brasileira das Operadoras de Turismo http://www.braztoa.com.br/home/index.php Tem como missão ser reconhecida pelas operadoras de turismo, parceiros e setor turístico, nacional e internacional, como referência de competência e vanguarda na promoção de ações e parcerias para o setor empresarial. Plano Nacional de Turismo Nosso principal instrumento da política pública no país é o Plano Nacional de Turismo – PNT, que vem sendo atualizado de tempos em tempos e tem como premissa a gestão descentralizada do Turismo. No período de 2011 a 2012 segue-se o plano até 2010 e o documento referencial Turismo no Brasil 2011-2014. Por haver mudança de governo e de estrutura do Ministério do Turismo, bem como problemas adminsitrativos e jurídicos o novo plano foi lançado em 2013. No quadro podemos comparar as estruturas desses documentos: PNT 2007 - 2010 PNT 2013 - 2016 Visão O turismo no Brasil contemplará as diversidades regionais, configurando-se pela geração de produtos marcados pela brasilidade, proporcionando aexpansão do mercado interno e a inserção efetiva do País no cenário turístico mundial. A criação de emprego e ocupação, a geração e distribuição de renda, a redução das desigualdades sociais e regionais, a promoção da igualdade de oportunidades, o respeito ao meio ambiente, a proteção ao patrimônio histórico e cultural e a geração de divisas sinalizam o horizonte a ser alcançado pelas ações estratégicas indicadas. Posicionar o Brasil como uma das três maiores economias turísticas do mundo, até 2022. CST em Gestão de Turismo | Fundamentos do Turismo | Aula n° 06 12 Objetivos (i)Desenvolver o produto turístico brasileiro com qualidade, contemplando nossas diversidades regionais, culturais e naturais. (ii)Promover o turismo com um fator de inclusão social, por meio da geração de trabalho e renda e pela inclusão da atividade na pauta de consumo de todos os brasileiros. (iii) Fomentar a competitividade do produto turístico brasileiro nos mercados nacional e internacional e atrair divisas para o País. *e uma série e objetivos específicos (i) incentivar o brasileiro a viajar pelo Brasil; (ii) incrementar a geração de divisas e a chegada de turistas estrangeiros; (iii) melhorar a qualidade e aumentar a competitividade do turismo brasileiro; (iv) preparar o turismo brasileiro para os megaeventos; e (v) promover o apoio à pesquisa, inovação e conhecimento. Metas Meta 1 - promover a realização de 217 milhões de viagens no mercado interno Meta 2: criar 1,7 milhão de novos empregos e ocupações Meta 3: estruturar 65 destinos turísticos com padrão de qualidade internacional Meta 4: gerar 7,7 bilhões de dólares em divisas Meta 1. Aumentar para 7,9 milhões a chegada de turistas estrangeiros ao país. Meta 2 . Aumentar para US$10,8 bilhões a receita com o turismo internacional até 2016. Meta 3. Aumentar para 250 milhões o número de viagens domésticas realizadas até 2016. Meta 4. Elevar para 70 pontos o índice médio de competitividade turística nacional até 2016. Meta 5. Aumentar para 3,6 milhões as ocupações formais no setor de turismo até 2016. Estratégias de Atuação Macroprogramas Planejamento e Gestão Informação e Estudos Turísticos Logística de Transportes Regionalização do Turismo Fomento à Iniciativa Privada Infraestrutura Pública Qualificação dos Equipamentos e Serviços Turísticos Promoção e Apoio à Comercialização Ações Conhecer o Turista, o Mercado e o Território Estruturar os Destinos Turísticos Fomentar, Regular e Qualificar os Serviços Turísticos Promover os Produtos Turísticos Estimular o Desenvolvimento Sustentável da Atividade Turística Fortalecer a Gestão Descentralizada, as Parcerias e a Participação Social Pode-se perceber que as metas ficaram menos ambiciosas e a regionalização continua tendo grande destaque. O Programa Nacional de Regionalização – Roteiros do Brasil foi lançado oficialmente em 2004 se constituindo num modelo de gestão descentralizada, coordenada e integrada, que esteve presente dentro do CST em Gestão de Turismo | Fundamentos do Turismo | Aula n° 06 13 Macroprograma de Estruturação e Diversificação da Oferta Turística, do Plano Nacional de Turismo 2003-2007 e continuou no Plano 2007-2010 e no Plano de 2013-2016 está na ação Promover os Produtos Turísticos. Acredita-se que a organização, estruturação e divulgação do turismo em regiões tende a fortalecer a atividade aumentando a inserção competitiva no mercado internacional, o fluxo, a permanência e o gasto dos visitantes. Lei Geral do Turismo A nossa legislação mais importante tomou forma em 2010 e ficou conhecida como a Lei Geral do Turismo. Para saber mais, acesse o Decreto nº 7.381, de 02 de dezembro de 2010 queregulamenta a Lei 11.771, de 17 de setembro de 2008: http://www.turismo.gov.br/export/sites/default/turismo/legislacao/downl oads_legislacao/Decreto_7381-2010.pdf Este decreto estabelece normas sobre a Política Nacional de Turismo, define as atribuições do Governo Federal no planejamento, desenvolvimento Consulte e conheça: Plano Nacional de Turismo 2013-2016: http://www.turismo.gov.br/turismo/o_ministerio/plano_nacional/ Programa de regionalização do Turismo: http://www.turismo.gov.br/turismo/programas_acoes/regionalizacao_turismo/ Plano Aquarela: http://www.turismo.gov.br/export/sites/default/turismo/o_ministerio/publicaco es/downloads_publicacoes/Plano_Aquarela_2020.pdf CST em Gestão de Turismo | Fundamentos do Turismo | Aula n° 06 14 e estímulo ao setor turístico, dispõe sobre o Plano Nacional de Turismo - PNT, institui o Sistema Nacional de Turismo, o Comitê Interministerial de Facilitação Turística, dispõe sobre o fomento de atividades turísticas com suporte financeiro do Fundo Geral de Turismo - FUNGETUR, o cadastramento, classificação e fiscalização dos Prestadores de Serviços Turísticos e estabelece as normas gerais de aplicação das sanções administrativas Reconhecimento da Profissão de Turismológo Em 2012, a lei nº 12.591 reconhece a profissão de turismólogo considerando suas atividades, as quais você pode consultar no link: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12591.htm. E o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) desde março de 2013 inclui na Classificação Brasileira de Ocupações (CBO) a ocupação de turismólogo. Impactos da Atividade Turística Como toda atividade econômica, o turismo traz transformações para o espaço onde é desenvolvido, afetando de forma positiva e negativa às realidades. Um impacto é uma ação ou um conjunto de ações que incidem sobre determinado aspecto no ambiente, originando uma transformação no seu comportamento ao longo do tempo. E não tratamos apenas do ambiente natural, mas também do ambiente social, cultural e econômico. O importante ao analisar um impacto é: se ele é positivo, devemos pensar em estratégias de manutenção e maximização de seus benefícios. Se esse é negativo devemos pensar em eliminá-lo ou pelo menos diminuí-lo. Observe no esquema diversas possibilidades de impactos positivos (benefícios) e impactos negativos gerados pela atividade turística: CST em Gestão de Turismo | Fundamentos do Turismo | Aula n° 06 15 Durante todo o curso você terá que analisar os impactos da atividade e obviamente em sua atuação profissional. Fique de olho! Sustentabilidade Para termos a execução de uma atividade turística benéfica para a sociedade não podemos nos distanciar do conceito de desenvolvimento sustentável. Quando essa ideia se reforça no mundo esse é tido como “o desenvolvimento que atende às necessidades do presente, sem comprometer o atendimento das necessidades das gerações futuras” (Relatório de Brundtland - Comissão Mundial do Meio Ambiente e Desenvolvimento). CST em Gestão de Turismo | Fundamentos do Turismo | Aula n° 06 16 Pensamos na sustentabilidade em todas as áreas mencionadas nos impactos: ambiental, social, cultural e econômica. Esta forma de desenvolvimento para o turismo possui quatro características específicas de acordo com o Quality Tourism Susteined (1991): 1. respeito ao meio ambiente natural - o turismo não pode por em risco ou agredir irreversivelmente as regiões na qual se desenvolve; 2. harmonia entre a cultura e os espaços sociais da comunidade receptora sem agredi-la ou transformá-la; 3. distribuição eqüitativa dos benefícios do turismo entre a comunidade receptora, os turistas e os empresários do setor; 4. um turista mais responsável e atencioso, receptivo às questões da conservação ambiental, sensível às interações com as comunidades receptoras; educado para ser menos consumistae com uma postura orientada para o entendimento e a compreensão dos povos e locais visitados. Esta forma de desenvolvimento exige empenho, vontade política, conhecimento, capacitação e consciência e requer reeducação. Torna-se um processo contínuo e sem fim. O turismo representa, para muitas localidades, uma atividade econômica importante. Os benefícios gerados como fonte indutora de renda e emprego causam impacto, inclusive, para outros setores da economia. Apesar disso, o turismo condiciona os seus consumidores a se deslocarem até o produto turístico, o que faz com que a atividade se torne vulnerável a qualquer modificação que aconteça no meio ambiente, no meio cultural, social ou econômico. As discussões sobre o conceito de turismo sustentável começaram a acontecer a partir da década de 1990 e têm como parâmetros os debates em torno do conceito de desenvolvimento sustentável. O termo sustentável, CST em Gestão de Turismo | Fundamentos do Turismo | Aula n° 06 17 de acordo com John Swarbrooke (2000a), passou a ser usado explicitamente a partir de 1970 e as idéias que o baseiam surgiram nos modelos de planejamento urbano. A Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento publicou em 1987 o Relatório Bundtland, que afirma que o desenvolvimento sustentável deve garantir o atendimento das necessidades do presente sem comprometer a possibilidade das futuras gerações em atender suas próprias necessidades (DIAS, 2003; OMT, 2003). Esse relatório é baseado na idéia de que o crescimento econômico deve ocorrer de maneira ecológica e socialmente mais igualitária. A ênfase ocorre na dimensão do meio ambiente e da sustentabilidade, pois é, antes das dimensões sociais e econômicas, o grande impasse na discussão sobre turismo sustentável. Segundo o Observatório de Sustentabilidade e Qualidade de Vida (2004), desenvolvimento sustentável é o processo político-participativo que integra as sustentabilidades econômica, ambiental e cultural, coletivas e individuais, tendo em vista o alcance e a manutenção da qualidade de vida, seja nos momentos de disponibilização de recursos, seja quando dos períodos de escassez, tendo como perspectivas a cooperação e a solidariedade, entre os povos e as gerações. Já o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (2004) afirma que o desenvolvimento sustentável busca conciliar as necessidades econômicas, sociais e ambientais sem comprometer o futuro de quaisquer dessas demandas. Como impulsor da inovação, de novas tecnologias e da abertura de novos mercados, o desenvolvimento sustentável fortalece o modelo empresarial atual baseado em ambiente de competitividade global. No último conceito apresentado, está implícito que a sustentabilidade, não importando o nível geográfico, será atingida se houver integração entre os atores que interferem nos mercados: poder público, iniciativa privada, sociedade, organizações não governamentais, etc. CST em Gestão de Turismo | Fundamentos do Turismo | Aula n° 06 18 O setor público influencia o turismo e tem papel especial no desenvolvimento do turismo sustentável e na formulação de políticas de regulamentação, infra-estrutura e certificações oficiais. Eduardo Yázigi (2001) aponta uma característica do turismo importante para as abordagens desse capítulo, quando afirma que a atividade turística pode autodestruir-se com a sua própria execução, o que serve de alerta para a complexidade e o cuidado que se deve ter ao se planejar e desenvolver o sistema turístico. Neste contexto se insere o conceito de desenvolvimento sustentável feito pelo Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (2004). Na Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada em 1992, a abordagem do desenvolvimento sustentável passou por um maior detalhamento, sendo exposta na Agenda 21, adotada pela conferência. A partir de então, vários governos nacionais já assumem a sustentabilidade como política essencial de desenvolvimento. A OMT aplica os princípios de desenvolvimento sustentável aos seus estudos e contextualiza o conceito a atividade turística. O desenvolvimento do turismo sustentável atende às necessidades dos turistas de hoje e das regiões receptoras, ao mesmo tempo em que protege e amplia as oportunidades para o futuro. É visto como um condutor ao gerenciamento de todos os recursos, de tal forma que as necessidades econômicas, sociais e estéticas possam ser satisfeitas sem desprezar a manutenção da integridade cultural, dos processos ecológicos essenciais, da diversidade biológica e dos sistemas que garantem a vida. (OMT, 2003, p. 24) A Agenda 21 é um programa de ação que trata das principais questões ambientais e de desenvolvimento em nível global e oferece um roteiro para assegurar o futuro sustentável do planeta. Dentro desses parâmetros, a OMT, o Conselho Mundial de Viagens e Turismo – WTTC e o Conselho da Terra elaboraram o relatório Agenda 21 para Viagens e Turismo, que apresenta o papel específico que as viagens e turismo podem desempenhar na conquista dos objetivos da Agenda 21. CST em Gestão de Turismo | Fundamentos do Turismo | Aula n° 06 19 Para o governo, associações nacionais de turismo e organizações comerciais representativas, o objetivo é estabelecer sistemas e procedimentos para incorporar a sustentabilidade no centro do processo de tomada de decisão e identificar as ações necessárias ao turismo sustentável (OMT, 2003). Para as empresas, o objetivo é estabelecer procedimentos para incorporar as questões do desenvolvimento sustentável como parte central das funções gerenciais (OMT, 2003). Destacam-se aqui a Área de Prioridade 4, na primeira parte, que compreende o planejamento para a prática do turismo sustentável e a Área de Prioridade 6, que aborda a participação de todos os setores da sociedade no turismo. Swarbrooke (2000a) define três dimensões no estudo do desenvolvimento sustentável e as considera igualmente importantes, embora o meio ambiente receba mais atenção. O autor ainda destaca que o turismo sustentável somente pode ser administrado com êxito se as inter-relações entre todas as dimensões forem identificadas. A dimensão ambiental trata da capacidade de suporte dos ecossistemas de absorver ou se recuperar das agressões provocadas pela ação do homem. A inter-relação entre o turismo e o meio ambiente é incontestável, uma vez que este último constitui a “matéria-prima” da atividade (RUSCHMANN, 1997, p. 19). Ao mesmo tempo em que pode ser um inimigo do meio ambiente natural, o turismo pode ser benéfico quando oferece motivação para sua conservação. De qualquer forma, as conseqüências negativas da atividade turística sobre a natureza podem ser mais facilmente ou visivelmente destacadas. A Tabela a seguir mostra alguns impactos do turismo sobre o meio ambiente natural. Impactos da atividade turística sobre o meio ambiente natural Aspecto do impacto Conseqüência em potencial Composição de espécies da flora e da fauna - Perturbação de hábitos de reprodução - Matança de animais pela caça - Matança de animais para fornecimento de produtos para o mercado de souvenirs - Migração de animais para o interior e para o exterior - Pisoteamento e danos à vegetação pela passagem de pedestres e veículos CST em Gestão de Turismo | Fundamentos do Turismo | Aula n° 06 20 - Destruição de vegetação pela coleta de madeira ou plantas - Mudança na extensão e/ou na natureza da cobertura vegetal por sua remoção ou pelo planejamento de facilidades de acomodação para turistas - Criação de reservas/santuários de vida selvagem ou restauração de habitat Poluição - Poluição das águas pela descarga de detritos, derramamentosde óleo/petróleo - Poluição do ar por emissão de veículos, queima de combustíveis para aquecimento e iluminação - Poluição sonora devido ao transporte de turistas e suas atividades Erosão - Compactação de corpos sólidos causando aumento de deslizamento da superfície e erosão - Alteração do risco de ocorrência de deslizamento/movimentação - Alteração do risco de avalanches - Danos às características geológicas (ex.: montanhas rochosas altas e cavernas) - Danos à ribanceira de rios Recursos naturais - Esgotamento do solo e fornecimento de água na superfície - Esgotamento de combustível fóssil que gera energia para as atividades dos turistas - Alteração do risco de incêndios - Esgotamento dos recursos minerais para materiais de construção - Exploração excessiva de recursos biológicos (ex.: pesca descontrolada) - Alteração nos padrões hídricos - Alteração da terra usada para produção primária Impacto visual - Facilidades (ex.: edificações, teleféricos, estacionamentos) - Lixo esparramado - Detritos, florescimento de algas Fonte: SWARBROOKE, 2000a, p. 79. Os impactos, positivos e negativos também podem ser sentidos no meio ambiente construído, que existe em três níveis: construções e estruturas isoladas, povoados de pequeno porte e povoados de grande porte, como as cidades e metrópoles (SWARBROOKE, 2000a). A Tabela abaixo apresenta as conseqüências do turismo construído sobre o meio ambiente. Impactos do turismo construído no meio ambiente Aspectos do impacto Conseqüências potenciais Formas urbanas - Transformação das características da área construída devido à expansão urbana ou à continuação de seu desenvolvimento - Transformação do uso da região residencial, comercial ou industrial (ex.: transformação de casas residenciais em hotéis, pensões, etc.) - Transformação da estrutura urbana (ex.: rodovias, vias pavimentadas, objetos das ruas) CST em Gestão de Turismo | Fundamentos do Turismo | Aula n° 06 21 - Surgimento de contrastes entre urbanização de áreas para a população turística e para a população local Infra-estrutura - Excesso de infra-estrutura (ex.: rodovias, estradas de ferro, estacionamentos, rede de eletricidade, sistemas de comunicação, depósitos para lixo, edifícios, fornecimento de água) - Preparação de nova infra-estrutura ou melhoria das existentes - Administração ambiental para adaptação das áreas para uso dos turistas (ex.: muros de arrimo contra o mar, recuperação do solo) Impacto visual - Crescimento da área construída - Novos estilos arquitetônicos - Lixo - Embelezamento Restauração - Novo uso de edifícios em desuso - Restauração e preservação de edifícios e lugares históricos - Restauração de edifícios abandonados para uso residencial Poluição e danos - Poluição do ar causada pelos turistas e pelo tráfego de turistas - Danos em imóveis causados pelo trânsito de veículos ou de pedestres Fonte: SWARBROOKE, 2000a, p. 83 (adaptado). A segunda dimensão que Swarbrooke (2003a) aborda é a econômica. Embora não receba atenção suficiente se comparada com as questões ambientais, o turismo, para muitos países ou regiões é a principal entrada de divisas em moedas estrangeiras. Além disso, como já mencionado no capítulo sobre o efeito multiplicador, a atividade também gera impactos em outras áreas da economia. De qualquer forma, tanto o setor privado quanto o público devem alocar melhor os recursos, evitando desperdícios. A eficiência econômica deve ser avaliada em termos macro-sociais do que apenas por meio de critérios de lucratividade. É importante reconhecer que há limites, de acordo com Swarbrooke (2000b), a respeito do que a indústria em geral e as empresas privadas possam atingir em relação ao turismo sustentável. A Figura a seguir mostra que os obstáculos são tanto internos quanto externos. CST em Gestão de Turismo | Fundamentos do Turismo | Aula n° 06 22 Limitações à ação do turismo sustentável Fonte: SWARBROOKE, 2000b, p. 39. A última dimensão da sustentabilidade identificada por Swarbrooke (2000a) é a social, que aqui se apresentará como sócio-cultural, pelas estreitas relações entre o subsistema social e o cultural (BENI, 1998). Essa dimensão envolve o processo de desenvolvimento que centra suas atenções no ser humano, com objetivo de atender, inclusive, às necessidades intangíveis como as de bem-estar. Paralelamente a um crescimento econômico sustentável, tem como meta melhorar significativamente as condições de vida e os direitos da população local. Em linhas gerais, seus preceitos defendem que a base cultural de um povo ou localidade deve ser preservada. Além disso, a busca de soluções particulares que respeitem as características do ambiente e das tradições locais deve ser incentivada. Os impactos sócio-culturais do turismo geralmente ocorrem de maneira lenta e discreta, mas, em contrapartida, têm característica permanente, com pouca ou nenhuma oportunidade de reversão do processo. De acordo com Swarbrooke (2000a), há um grande número de fatores que determinam se o resultado dos impactos será positivo ou negativo, como a força e a coerência da sociedade e da cultura locais; a CST em Gestão de Turismo | Fundamentos do Turismo | Aula n° 06 23 natureza do turismo na sociedade; o grau de desenvolvimento econômico e social em relação aos turistas; e as medidas tomadas pelo setor público para administrar o turismo de modo a minimizar os custos sócio-culturais. Os principais problemas acontecem nas localidades de países emergentes, nos quais a maioria dos turistas é proveniente de países desenvolvidos. Alguns dos principais impactos do turismo nas sociedades e culturas estão ilustrados na figura abaixo. “Fica claro que os julgamentos que levam à colocação desses fatores em uma ou outra coluna são por demais subjetivos, mas parecem mesmo refletir a sabedoria popular na literatura do turismo sustentável” (SWARBROOKE, 2000a, p. 112). CST em Gestão de Turismo | Fundamentos do Turismo | Aula n° 06 24 Ignacy Sachs (1999) propõe mais uma área de sustentabilidade que deve ser atingida para se alcançar um desenvolvimento sustentável: a sustentabilidade espacial, que é voltada à questão da configuração territorial urbana e rural, e também tem como objetivo uma melhor distribuição territorial das atividades econômicas e dos assentamentos humanos. Essa questão em particular será tratada no próximo item, sobre o espaço turístico e as relações com o território. Síntese Chegamos ao final da disciplina Fundamentos do Turismo abordando temas importantíssimos para a compreensão do funcionamento estrutural da atividade turística, que, de alguma forma, acaba impactando na atuação ou prática dos stakeholders. Ao término dessa aula, você pode entender a evolução das políticas públicas aplicadas ao turismo. Importante lembrar que política aqui neste sentido não está relacionado à politicagem ou pessoa em específico. Política quer dizer um apanhado geral de orientações baseado em objetivos a serem cumpridos. Como foi comentado na aula passada, o sistur estuda as relações entre os conjuntos das relações ambientais, da organização estrutural e das ações operacionais da atividade turística. Esta nossa última aula tratou especificamente dos que está abrangendo o conjunto das relações ambientais e estruturais. O conjunto das ações operacionais foi visto em aulas anteriores. Por isso, é importante ter em mente que, ao estudar uma disciplina no curso de Gestão de Turismo ou em qualquer outro da área não se pode esquecer ou isolar o aprendizado em outras matérias. Isso se deve principalmente à interdisciplinaridade que o turismoenvolve. Quero me colocar à disposição para sanar suas dúvidas quanto ao conteúdo desse material: turismo@grupouninter.com.br. Desejo a todos, ótimos estudos! CST em Gestão de Turismo | Fundamentos do Turismo | Aula n° 06 25 1) A Lei n.º 11.711, de 17 de setembro de 2008, intitulada Lei Geral do Turismo, tornou-se um marco regulatório para o setor turístico brasileiro. Sobre a Lei Geral do Turismo, avalie as afirmações abaixo. I - A lei estabelece normas sobre a Política Nacional de Turismo e define atribuições do Governo Federal para o planejamento, desenvolvimento e estímulo ao setor. II - A lei cria o Comitê Interministerial de Facilitação Turística, que deve compartilhar a execução da Política Nacional de Turismo e a consecução das metas do Plano Nacional do Turismo com as demais políticas públicas. III - A lei institui o Sistema Nacional de Turismo que tem como órgão central o Ministério do Turismo e será composto por esse Ministério, pela EMBRATUR, pelo Conselho Nacional de Turismo e pelo Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes Estaduais de Turismo. IV - A lei extingue o Fundo Nacional de Turismo (FUNGETUR), que tem a finalidade de financiar, ou de apoiar planos, projetos, ações e empreendimentos reconhecidos pelo Ministério do Turismo como de interesse turístico. V - A lei disciplina a prestação de serviços turísticos, o cadastro, a classificação e a fiscalização dos prestadores de serviços, tais como meios de hospedagem, agências de turismo, transportes turísticos, organizadores de eventos, parques temáticos e acampamentos turísticos. É correto apenas o que se afirma em a) I, II, III e IV, apenas. b) I, II, III e V, apenas. c) II, III, IV e V, apenas. d) I, II, III, IV e V. CST em Gestão de Turismo | Fundamentos do Turismo | Aula n° 06 26 2) O Ministério do Turismo (MTUR), em seu macroprograma “Regionalização do Turismo”, que define as regiões turísticas como estratégicas na organização do turismo para fins de planejamento e gestão, contempla diversos programas e ações. Um desses programas é denominado “Estruturação da Produção Associada ao Turismo”, cujas principais ações são: o apoio à diversificação da oferta turística por meio de produtos associados, a valorização e divulgação de produtos associados ao turismo e a estruturação do turismo em áreas prioritárias. Essas ações compreendem I - o incentivo à criação de material de mídia, multimídia e impresso para divulgação de destinos turísticos a partir de produção associada. II - a sensibilização de guias de turismo, agentes de viagens e operadores quanto à agregação de valor aos roteiros a partir da inclusão de produtos associados. III - o apoio ao desenvolvimento de metodologias para formulação de projetos estratégicos em regiões com previsão de investimentos privados de médio e grande porte do setor turístico. IV - o suporte a projetos de sinalização turística, à implantação de centros de informações turísticas, à construção de aeroportos, e à identificação do patrimônio histórico e cultural com potencial para visitação turística. É correto apenas o que se afirma em a) I e II. b) II e IV. c) I, III e IV. d) I, II e III. CST em Gestão de Turismo | Fundamentos do Turismo | Aula n° 06 27 Referências BARRETTO, Margarita. Manual de iniciação ao estudo do turismo. Campinas: Papirus, 1995. BENI, Mário. Análise estrutural do turismo. São Paulo: Senac, 1998. BRASIL. Ministério do Turismo. Brasil. Banco de dados. Brasília: Mtur, 2010. CONSELHO empresarial brasileiro para o desenvolvimento sustentável. O que é desenvolvimento sustentável? Disponível em <www.cebds.com>. Acesso em 05 de junho de 2004. CRUZ, Rita. Política de turismo e território. São Paulo: Contexto, 2000. DIAS, Reinaldo. Planejamento do turismo: política e desenvolvimento do turismo no Brasil. São Paulo: Atlas, 2003. FERRAZ, J. A. Regime jurídico do turismo. Campinas: Papirus, 1992. OBSERVATÓRIO de sustentabilidade e qualidade de vida. Conceitos relacionados. Portal virtual de informações e indicadores de sustentabilidade e qualidade de vida. Disponível em <www.sustentabilidade.org.br>. Acesso em: 06 jun. 2004. OMT – Organização Mundial do Turismo. Guia de desenvolvimento do turismo sustentável. Porto Alegre: Bookman, 2003. RUSCHMANN, Doris. Turismo e desenvolvimento sustentável: a proteção do meio ambiente. Campinas: Papirus, 1997. SACHS, Ignacy. Caminhos para o desenvolvimento sustentável. São Paulo: Garamond, 1999. SWARBROOKE, John. Turismo sustentável: conceitos e impactos ambientais. São Paulo: Aleph, 2000a. ______. Turismo sustentável: meio ambiente e economia. São Paulo: Aleph, 2000b. YÁZIGI, Eduardo. A alma do lugar: turismo, planejamento e cotidiano. São Paulo: Contexto, 2001. CST em Gestão de Turismo | Fundamentos do Turismo | Aula n° 06 28 Respostas dos Exercícios 1) Alternativa “b” 2) Alternativa “a”
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