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Fundamentos da Contabilidade Pública NOTA AV1 – 6,0 Conteúdo do exercício Metodologia Ativa - Resolução de problemas: o objetivo dessa atividade é instigar a resolução de problemas com base no que foi estudado nesta disciplina. Aqui você deve explorar as possibilidades da metodologia ativa na contextualização do assunto proposto, para a solução de problemas. Preparado(a)? Vamos começar! Você já viu ao longo da disciplina como a Contabilidade Pública é responsável pela orientação, estudo, registro e controle dos bens públicos. Abordando o tema conservação do patrimônio público, sugerimos que você pesquise sobre a vandalização de monumentos públicos. Aqui estão apresentados alguns fatos sobre o assunto: ● A estátua em homenagem a Noel Rosa teve um dos braços e uma perna arrancada por vândalos em dezembro de 2015. O reparo das peças custou na ocasião, segundo a prefeitura, R$ 95 mil. ● A estátua do poeta Carlos Drummond de Andrade, que fica em Copacabana, já foi alvo de vandalismo diversas vezes. Inaugurada há 15 anos, a prática de arrancar os óculos do monumento já virou uma espécie de fixação dos vândalos. ● Alvo de vandalismo por parte de desconhecidos, a estátua de Michael Jackson instalada em uma laje da favela Santa Marta (Botafogo) precisou ser retirada porque corria o risco de desabar. O cartunista Ique, autor da obra, estimou o prejuízo inicial em cerca de R$ 20 mil. ● Em 2015, a estátua em homenagem ao maestro Tom Jobim, instalada no Arpoador, teve três cordas do violão e a extremidade do braço do instrumento (conhecida como cabeça) danificados. Na ocasião, uma câmera de segurança filmou o momento em que cinco jovens praticaram o crime. ● O monumento em homenagem a Renato Russo, na Ilha do Governador, teve os óculos roubado em 2015. Inaugurada em 2012, a estátua em homenagem ao líder da banda Legião Urbana, que morreu em 1996, fica na Estrada do Galeão. Fonte: https://oglobo.globo.com/rio/cinco-estatuas-que-ja-foram- vandalizadas-no-rio-20926763 Diante do contexto exposto, elabore uma dissertação de até 30 linhas e desenvolva os seguintes tópicos: ▪ Analisando as informações sobre os vandalismos ocorridos aos monumentos do Rio de janeiro, pode-se afirmar que os monumentos pertencem a qual tipo de bem público? ▪ As entidades públicas responsáveis pela manutenção dos monumentos devem retirá-los dos locais? Se sim, quando fizerem isso haverá alguma variação patrimonial no balanço da entidade pública responsável? ▪ Na sua opinião, a conservação dos monumentos é de responsabilidade apenas da administração pública? Aprofunde os seus estudos a partir da seguinte leitura: http://www.saojosedorioclaro.mt.gov.br/noticia/index/cuidar-do- patrimonio-publico-e-um-dever-de-todos-/1100. Caso tenha alguma dúvida, envie uma mensagem para a tutoria. Contamos com a sua participação. Bons estudos! Ao longo do tempo a cidade constrói histórias e guarda nas ruas, praças e monumentos, várias memórias. Esse território simbólico é propriedade de todos. Mas o desconhecimento e o desprezo pela cultura e a memória da cidade coloca em xeque a noção de cidadania e a responsabilidade pela guarda, vigilância e conservação desse patrimônio. Se a cultura está cada vez mais associada a entretenimento, tudo é diversão até pichação nos equipamentos e monumentos urbanos. Os bens públicos, administrados pelo Estado, são de responsabilidade de todos, sua guarda, conservação e vigilância. Mas uma população que despreza a memória, ninguém mais presta atenção de quem é o busto, o que significa o monumento, muito menos se interessa em saber do serviço que aquele equipamento presta a população e quanto custa a sua manutenção. A Lei da Ação Popular nº 4.717/1965 define o patrimônio público como um conjunto de bens e direitos de valor econômico, artístico, estético, histórico ou turístico, que são pertencentes aos entes da administração pública direta e indireta. Dentre os patrimônios públicos, estão inclusos alguns bens materiais, como edifícios, sedes de serviços públicos, postos de saúde, escolas ou até mesmo praças e monumentos. Além destes, também podem ser incluídos bens imateriais, como valores históricos, éticos e econômicos. Sua importância para a gestão e para a população é inquestionável. Ambos possuem o papel de zelar por esses bens, que têm como função servir toda a comunidade. Em resumo o Código Civil em seu artigo 98, esclarece que são públicos todos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno. Assim fica claro que todos os demais são bens particulares. Diante da abrangência do conceito de bens públicos, é necessário efetuar uma divisão a fim de facilitar a compreensão e o estudo do tema. Seguindo a linha de raciocínio adotada pelo Código Civil em seu artigo 99, os bens públicos são classificados de acordo com a sua destinação, sendo de uso comum do povo, de uso especial ou dominicais. A doutrina menciona que diante da divisão efetuada pelo artigo 99 do Código Civil é possível com base em um aspecto jurídico dividir os bens classificados pela lei conforme a sua destinação ou afetação, em bens do domínio público do Estado e em bens do domínio privado do Estado. Cabe ressaltar que esses bens são de responsabilidade da administração pública e os recursos destinado para a manutenção e construção estão previstos na Lei Orçamentária ou são destinados após a solicitação de créditos adicionais (despesas orçamentárias) (KOHAMA, 2016; PISCITELLI; TIMBÓ, 2019) A variações patrimoniais quantitativas afetam uma conta do ativo em contrapartida de uma conta de receita sob a ótica patrimonial (variação patrimonial aumentativa). Pode também ocorrem em uma conta do passivo em contrapartida de uma despesa (variação patrimonial diminutiva) O patrimônio histórico faz parte da identidade de uma sociedade, quanto suas características, costumes, seu comportamento, além de ser um registro fundamental para seus sucessores. A proteção do patrimônio cultural brasileiro é dever do Estado e responsabilidade de toda a sociedade. O Poder Público, através do seu poder de polícia, tem o dever-poder de exigir que a propriedade privada atenda à sua função social. A proteção desses bens pode se dar de diversas formas, e uma delas é o instituto do tombamento, através do qual tanto o proprietário dos bens tombados como o ente estatal se encontram vinculados a diversas obrigações, as quais acarretarão restrições parciais na propriedade, que colocam em pauta a relativização do caráter absoluto desse direito, especialmente a partir da nova ordem jurídica posta pela Constituição Federal de 1988. A Constituição Federal, em seu art. 216, §1º, dispõe como dever do Poder Público, com a colaboração da sociedade, a promoção e proteção do patrimônio cultural brasileiro. REFERENCIAS: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l4717.htm KOHAMA, Heilio. Contabilidade publica: Teoria e Prática. 11 ed.São Paulo: Atlas, 2010. 347 p. KOHAMA, Heilio. Contabilidade pública: Teoria e prática. 13 ed.São Paulo: Atlas, 2013. 399 p. https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10647933/artigo-216-da-constituicao- federal-de-1988
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