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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS DEPARTAMENTO DE FÍSICA LABORATÓRIO DE FÍSICA III CAMPO ELÉTRICO ACADÊMICOS: Alexandro Lopes RA: 89151 Elvis Magalhães Silva da Rocha RA: 89793 PROFESSOR(A) : Francielle Sato TURMA: 3066/32 MARINGÁ, 20 DE AGOSTO DE 2015 2 Sumário 1. RESUMO ...................................................................................................................... 3 2. INTRODUÇÃO............................................................................................................. 3 3. OBJETIVOS ................................................................................................................. 4 4. MATERIAIS UTILIZADOS ........................................................................................ 5 5. PROCEDIMENTOS ..................................................................................................... 5 6. RESULTADOS E DISCUSSÕES ................................................................................. 7 7. CONCLUSÕES ........................................................................................................... 12 8. REFERÊNCIAS .......................................................................................................... 12 3 1. RESUMO Neste experimento foram abordados os seguintes conceitos: linhas equipotenciais de campo, campo elétrico e potencial eletrostático. Em uma cuba eletrolítica foi utilizado água de torneira (contendo sais minerais) como solução condutora. Determinaram-se superfícies equipotenciais concêntricas e equipotenciais entre duas chapas paralelas conectadas a uma fonte de tensão de corrente contínua, mergulhadas na solução. Através de uma sonda mergulhada na solução, conectada a um multímetro, mapeou-se linhas equipotenciais, que foram utilizadas para obter o campo elétrico. Com os dados dos experimentos em mãos realizou-se a análise dos mesmos. 2. INTRODUÇÃO Um campo elétrico assim como um campo gravitacional é um campo de forças, ou seja, é a influência que uma ou mais cargas elétricas tem sobre o espaço ou outras cargas, esse campo atua de forma particular, suas linhas de força saem da carga positiva e se direcionam para a carga negativa. São inumeráveis a quantidade de aplicações na física moderna relativa a um campo elétrico. Figura 1 – Representação de um campo elétrico por linhas imaginárias O campo elétrico, em um ponto do espaço, é definido como a força por unidade de carga positiva naquele ponto. A equação de definição é: 4 O vetor campo elétrico é tangente, em cada ponto, às linhas de força e tem o sentido das mesmas. As propriedades de um campo elétrico podem ser escritas através do conceito de potencial. O potencial V (x,y,z) em um ponto do espaço se relaciona com o campo elétrico E (x,y,z), através da equação: Isto quer dizer que o campo elétrico aponta na direção de máxima variação do potencial no sentido em que V diminui. Por limitações experimentais, a intensidade do vetor campo elétrico, num ponto (P) do espaço é dado por: Onde ∆V é a diferença de potencial (d.d.p) entre dois pontos e ∆L é a distância entre eles. Em um campo elétrico, uma superfície selecionada de tal forma que todos os pontos sobre ela tenham o mesmo potencial, é conhecida como superfície equipotencial. Uma linha sobre tal superfície é uma linha equipotencial. O trabalho realizado para deslocar uma carga de prova sobre uma superfície equipotencial é nulo, ou seja, o vetor campo elétrico, em cada ponto de uma superfície equipotencial, é sempre perpendicular a ela. Desta forma as equipotenciais são sempre perpendiculares às linhas de força. 3. OBJETIVOS O objetivo deste experimento foi traçar as equipotenciais de um campo elétrico, em uma cuba eletrolítica. Em seguida, determinar o campo elétrico, em módulo, direção e 5 sentido, devido a algumas distribuições de cargas elétricas e analisar o potencial e campo no interior de um anel metálico, isolado. 4. MATERIAIS UTILIZADOS Foram utilizados uma fonte de tensão alternada (AC), cuba de vidro, pontas de prova, placas metálicas, anel metálico, voltímetro, papel milímetrado, fios, jacarés, fita crepe, água da torneira (solução eletrolítica) e suportes. 5. PROCEDIMENTOS Primeiro, montamos o esquema da Figura 2, colocando água na cuba, de modo que as pontas metálicas fiquem ligeiramente mergulhadas. A fonte foi ligada e ajustada para 5V. Figura 2: Determinação de superfícies equipotenciais com dois pólos de sinais diferentes. Com a ponta de prova (+) do voltímetro, na vertical, na função (AC), determinamos pelo menos sete pontos de mesmo potencial e transferimos para o papel milimetrado. Repetimos o procedimento anterior para outros potencias diferentes, procurando mapear a superfície inteira. Unimos os pontos de mesmo potencial para obter as linhas equipotenciais. 6 Com as duas pontas de provas, espaçadas de um centímetro, fizemos uma varredura de 360° sobre cada circunferência, de torno dos pontos A, B e C e determinamos ( Vmax). Para esta situação registramos a posição das pontas de prova, permitindo traçar, posteriormente, a direção do campo e determinar, aproximadamente, o seu valor, em torno dos pontos considerados. Figura 3: Determinação de superfícies equipotenciais entre duas placas paralelas. Com relação à figura 3, substituímos as pontas pelas placas metálicas. Obtemos as equipotenciais do campo elétrico e medimos a distância entre as placas e anotamos. Em seguida obtemos uma nova configuração introduzindo entre as placas um anel metálico no centro da superfície. Por fim, determinamos o potencial elétrico de cinco pontos no interior do anel. 7 6. RESULTADOS E DISCUSSÕES Primeiramente foi realizado o experimento de análise das superfícies equipotenciais entre as pontas metálicas. Esperava-se superfícies na configuração conforme a figura abaixo. Figura 4 - Superficies equipotenciais de um dipolo Fonte: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=33526 Segue na Figura 05 abaixo o gráfico com a representação das superfícies equipotenciais entre as pontas metálicas banhadas na cuba. Figura 06 – Superfícies equipotenciais do dipolo 0 2 4 6 8 10 12 14 16 0 5 10 15 20 Ei xo y ( cm ) Eixo x (cm) Gráfico: Superfícies Equipotenciais para o dipolo Sup. Equip. 01 - V= 1,600 V Sup. Equip.02 - V= 2,000 V Sup. Equip. 03 - V= 2,400V Sup. Equip. 04 - V= 2.666 V Sup. Equip. 05 - V= 3,670 V Sup. Equip. 06 - V= 2,860V Sup. Equip. 07 - V= 3,300 V 8 Conforme é possível visualizar no gráfico acima as superfícies apresentaram configuração conforme esperado. Na legenda doGráfico, plotado no software Excel 2007, estão demonstrados os valores do potencial de cada superfície equipotencial. As linhas de forças entre estes polos são perpendiculares entre as superfícies equipotenciais. Utilizando a equação 3 citada acima é possível calcular o módulo do Campo Elétrico nos pontos A, B e C. O ΔL foi denotado como a a posição da coordenada em x do ponto, este valor pode ser adquirido como a média entre as coordenadas dos extremos da ponta de prova. Segue abaixo a Tabela 01 com os valores das coordenadas dos extremos da ponta de prova em cada ponto, assim como seus valores médios e o potencial em torno dos mesmos. Tabela 01 - Coordenadas de cada ponto e seu potencial Ponto A Ponto B Ponto C x (cm) y (cm) x (cm) y (cm) x (cm) y (cm) 3,4 7,4 2,5 11,6 11,6 12,1 4,5 7,6 3,5 12 12,6 11,8 Ponto médio 4,0 7,5 3,0 11,8 12,1 12,0 Potencial (V) 0,184 Potencial (V) 0,136 Potencial (V) 0,127 Segue o cálculo para o valor do campo elétrico no ponto A, B e C. 9 Por propagação de erro foi calculado o erro inerente a cada valor calculado. Segue como demonstração de cálculo para o erro sobre o valor do campo no ponto A. Como o erro possui as mesmas dimensões físicas da propriedade referente, nos cálculos não foram adicionadas as unidades. Considerando que a configuração das linhas de campo é da seguinte forma: saem do polo positivo e vão de encontro com o negativo, logo, a densidade de linhas próximo da linha horizontal entre os polos é maior, assim conforme a distanciação do ponto desta região o valor em módulo do campo também decresce, e isto é visível nos valores em módulo calculados acima, pois o ponto A (4,6 V/m) esta em uma região onde as linhas de campo são em maior número assim como o ponto B (4,53 V/m) em menor e o mesmo para C (1,05 V/m). Para os outros erros foi realizado o mesmo processo de cálculo, segue abaixo a Tabela 02 com os valores dos Campos Elétricos e seus respectivos erros. Tabela 02 – Campos Elétricos e seus respectivos erros Ponto Campo Elétrico (V/m) erro (v/m) A 4,60 0,03 B 4,53 0,04 C 1,050 0,004 A direção do campo em cada ponto esta representada no gráfico abaixo (Figura 07). Como do lado esquerdo do gráfico estava o pólo positivo e do lado direito o negativo as o campo esta saindo da esquerda e indo ao encontro do lado direito. 10 Figura 7 – Direção do campo Elétrico para cada ponto Após foi realizado o experimento de análise das superfícies equipotenciais formadas por duas placas metálicas situadas paralelamente uma das outra e com cargas opostas de módulos iguais. Foram coletados dados suficientes para quatro superfícies equipotenciais entre as placas paralelas. Era esperado que estas superfícies demonstrassem ser paralelas as placas, pois as linhas do campo Elétrico entre as placas são direcionais de uma placa a outra, e as linhas das superfícies equipotenciais, por definição, são perpendiculares a estas. Segue abaixo a Tabela 03 com os valores do potencias em cada ponto para cada superfície equipotencial. Tabela 03 – Dados das superfícies equipotenciais entre placas paralelas Sup. Equip. 01 Potencial (V) ± 0,001 Sup. Equip. 02 Potencial (V) ± 0,001 Sup. Equip. 03 Potencial (V) ± 0,001 Sup. Equip. 04 Potencial (V) ± 0,001 x y x y x y x y 15 13 0,673 15 10 1,935 15 6 3,421 15 3 4,350 12 13 0,687 12 10 1,932 12 6 3,414 12 3 4,350 6 13 0,650 6 10 1,918 6 6 3,444 6 3 4,350 0 13 0,680 0 10 1,948 0 6 3,447 0 3 4,350 Média 0,67 Média 1,93 Média 3,43 Média 4,350 Desvio padrão 0,02 Desvio padrão 0,01 Desvio padrão 0,02 Desvio padrão 0 0 2 4 6 8 10 12 14 0 2 4 6 8 10 12 14 Ei xo y ( cm ) Eixo x (cm) Direção do Campo Elétrico em cada ponto Ponto A Ponto B Ponto C 11 Como sequência segue o gráfico (Figura 08) com o valor médio do potencial em cada ponto. Figura 8 - Superfícies Equipotenciais entre placas paralelas carregadas A configuração das linhas das superfícies equipotenciais entre as placas paralelas se demonstraram conforme o esperado. O potencial aplicado entre as placas foi de 5V e a distância entre elas é 0,15 m, tal que o Campo Elétrico no interior das placas fosse: Introduzindo o anel no interior das placas paralelas, verificou-se que o potencial (3,170 V) possuía valor muito próximo do valor do potencial na região fora do anel (3,124). 0 2 4 6 8 10 12 14 0 5 10 15 20 Ei xo x ( cm ) Eixo y (cm) Gráfico: Superfícies Equipotenciais entre placas paralelas Sup. Equip. 01 - V = 0,67 V Sup. Equip. 02 - V = 1,93 Sup. Equip. 03 - V = 3,43 Sup. Equip. 04 - V = 4,350 V 12 Estes valores não possuem uma diferença significativa a um nível de 5% de significância. Isto significa que o material (anel metálico) não causa efeito no potencial existente. Na superfície do anel ocorre uma indução de carga, o lado direcionado para a placa carregada positivamente apresenta cargas negativas e neste sentido o lado no anel voltado para a placa carregada de forma negativa apresenta cargas positivas em sua superfície. 7. CONCLUSÕES Foi possível: traçar as superfícies equipotenciais de um campo elétrico, em uma cuba eletrolítica; determinar o campo elétrico, em módulo, direção e sentido, devido a algumas distribuições de cargas elétricas e analisar o potencial e campo no interior de um anel metálico, isolado. 8. REFERÊNCIAS [1] Apostila de Laboratório de Física III – Eletricidade e Magnetismo – UEM [2] HALLIDAY, D.; RESNICK, R.. Fundamentos de Física - Eletromagnetismo. 3a ed.. Rio de Janeiro/RJ, Livros Técnicos e Científicos Editora S.A., 1994, Vol. 3. [3] TIPLER, P. A.. F´ısica - Eletricidade e Magnetismo. 3a ed.. Rio de Janeiro - RJ, Editora Guanabara Koogan S.A., 1995, Vol. 3. [4] http://www.sofisica.com.br/conteudos/Eletromagnetismo/Eletrostatica/campo.php
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