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* LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL UNIESP – 4º SEMESTRE – 2014 Prof. Faria * LEI DE DROGAS * PORTE E CULTIVO PARA CONSUMO PRÓPRIO * LEI DE DROGAS Lei n. 11.343, de 23 de agosto de 2006: Nova Lei Antidrogas; Institui o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas (Sisnad); Prescreve medidas para prevenção e reinserção de dependentes de drogas; Estabelece normas para a repressão ao tráfico ilícito; Define os ilícitos penais. * LEI DE DROGAS Principais inovações na área criminal: Tratamento diferenciado em relação ao usuário; tipificação de crime específico para a cessão de pequena quantia de droga para consumo conjunto; Agravamento da pena do tráfico; Criação da figura do tráfico privilegiado; Tipificação do financiamento ao tráfico. * LEI DE DROGAS Porte e cultivo para consumo próprio: Art. 28: “Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar será submetido às seguintes penas: I advertência sobre os efeitos das drogas; II prestação de serviços à comunidade; III medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo.” * LEI DE DROGAS Objetividade jurídica: saúde pública; Natureza jurídica: conduta é crime; Condutas típicas: adquirir (título oneroso ou gratuito); trazer consigo (portar); guardar; ter em depósito; transportar. crime de ação múltipla: mais de uma conduta em relação à mesma droga constitui crime único. Ex. agente que compra e depois traz consigo o entorpecente. * LEI DE DROGAS Figura equiparada: art. 28 § 1º: “às mesmas medidas submete-se quem, para seu consumo pessoal, semeia, cultiva ou colhe plantas destinadas à preparação de pequena quantidade de substância ou produto capaz de causar dependência física ou psíquica.” Dispositivo é aplicado para pessoas que plantam algumas poucas mudas de maconha em sua própria residência para consumo pessoal. * LEI DE DROGAS Lei pune o perigo social pela detenção atual da substância. O perigo social deixa de existir quando foi consumida (fato atípico). Elemento subjetivo do tipo: droga deve ser exclusivamente para uso do agente (consumo próprio). Objeto material: substância entorpecente ou que determine dependência física ou psíquica. * LEI DE DROGAS Elemento normativo do tipo: expressão "sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar". Crime de perigo abstrato: pune o risco à saúde pública, representado por quem detém o entorpecente. Sujeito ativo: qualquer pessoa (usuário eventual ou viciado). Sujeito passivo: O Estado. * LEI DE DROGAS Consumação: modalidade adquirir é instantânea; trazer consigo, guardar, ter em depósito e transportar são crimes permanentes. Tentativa: é possível na modalidade adquirir e inadmissível nas modalidades permanentes. Penas: não prevê pena privativa de liberdade em abstrato. * TRÁFICO IÍCITO DE DROGAS * LEI DE DROGAS Tráfico ilícito de drogas: art. 33. Art. 33: ”Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar.” * LEI DE DROGAS Objetividade jurídica: saúde pública. Sujeito ativo: qualquer pessoa (crime comum). Coautoria e participação possíveis em todas condutas descritas no tipo penal. Sujeito passivo: coletividade. Elemento subjetivo: Todas as figuras relacionadas ao tráfico são dolosas. Condutas típicas: 18 condutas típicas (verbos). * LEI DE DROGAS Crime de ação múltipla: possui várias condutas típicas separadas pela conjunção alternativa "ou“, que constitui crime único. Objeto material (norma penal em branco): termo drogas (substâncias ou os produtos capazes de causar dependência) devem ser especificados em lei ou relacionados em listas atualizadas periodicamente pelo Poder Executivo da União (art. 1º parágrafo único) * LEI DE DROGAS Dependência física: estado fisiológico alterado com uma adaptação do organismo à presença continuada da droga, de tal forma que sua retirada desencadeia distúrbios fisiológicos (síndrome de abstinência). Dependência psíquica: desejo intenso de usar a droga para obter prazer, alívio de tensão ou evitar desconforto emocional. * LEI DE DROGAS Elemento normativo do tipo: contido na expressão "sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar“. Consumação: momento em que o agente realiza a conduta típica (crimes instantâneos ou permanentes). Tentativa: em tese é possível, mas difícil (infração autônoma de inúmeras figuras que normalmente constituiriam ato preparatório de condutas ilícitas posteriores). * LEI DE DROGAS Figuras equiparadas ao tráfico: semear e cultivar plantas destinadas à matéria prima; possuir sem autorização legal matéria-prima, insumo ou produto químico destinado à preparação de drogas; permitir utilização de local para o tráfico ilícito de drogas. Pena: reclusão de cinco a quinze anos e pagamento de quinhentos a mil e quinhentos dias-multa. * LEI DE DROGAS Demais crimes: induzir, instigar ou auxiliar alguém ao uso indevido de droga; oferecer droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa de seu relacionamento, para juntos a consumirem; condutas típicas relacionadas a máquinas ou objetos em geral destinados à fabricação ou produção de substância entorpecente. * LEI DE DROGAS Associação para o tráfico: associarem-se duas ou mais pessoas para o fim de praticar, reiteradamente ou não, qualquer dos crimes previstos (art. 35). Pena - reclusão, de 3 a 10 anos, e multa. Crime de concurso necessário de condutas paralelas: ajuda mútua dos indivíduos. Obs.: crime comum de associação criminosa (pelo menos três pessoas). * LEI DE DROGAS Financiamento ao tráfico: “financiar ou custear a prática de qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1o, e 34 desta Lei” (art. 36). Informante colaborador: colaborar, como informante, com grupo, organização ou associação destinados à prática de qualquer dos crimes previstos na Lei (art. 37). * LEI DE DROGAS Prescrever ou ministrar, culposamente, drogas, sem que delas necessite o paciente, ou fazê-lo em doses excessivas ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar (art. 38) Conduzir embarcação ou aeronave após o consumo de drogas, expondo a dano potencial a incolumidade de outrem (art. 39). * LEI DE DROGAS Causas de aumento de pena (art. 40): Delitos ligados ao tráfico; não incidem nos crimes de consumo próprio, culposo e de direção de embarcação ou aeronave; Aumento de 1/6 a 2/3; Causas de diminuição de pena (art. 41): Indiciado ou acusado que colaborar voluntariamente com a investigação policial e o processo criminal; Diminuição de 1 a 2/3. * FIM
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