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Diagnósticos Médicos I – Felipe Pagnoncelli Fachin Anatomia Radiológica do Fígado e Vias Biliares Técnicas de Imagem 1º USG 2º TC 2º ou 3º RM US: primeiro exame solicitado em pacientes com dor no HD, função hepática suspeita. É um método de rastreamento, rápido, portátil, barato e não envolve radiação. USG avalia bem tanto lesões sólidas quanto císticas. Hepatites podem passar despercebidas na US, até mesmo a crônica. Desvantagens da US: arcos costais dificultam visibilidade. Áreas nuas: superior e anterior. TC: útil na avaliação do fígado à procura de anormalidades focais e difusas. A TC sem contraste é usada em casos de função renal comprometida, alérgicos ao contraste ou lesão de alta densidade. A TC identifica lesões extra-hepáticas. Avalia principalmente parênquima e nódulos hepáticos. Possibilita avaliar a extensão, invasão e metástases. Nem sempre consegue avaliar hepatites. Solicita-se TC só se houver complicações. RM é menos usada que a TC ou US uma vez que tem disponibilidade limitada. Parece ser um pouco mais específica no diagnóstico das lesões focais do que a TC. A RM avalia parênquima em sequencias, de multiformas. No entanto tem alto custo, maior tempo de realização do exame. Não visualiza bem calcificações. Exame com radioisótopos não é usado com frequência na avaliação. RX não é bom método para diagnóstico. Para as vias biliares, a colangiografia (Rx + contraste no trato biliar) visualiza via biliar intraoperatória. Para as vias biliares a US é um bom método, visualiza a vesícula e as vias extra-hepáticas. As vias viliares são de difícil visualização na TC. Na TC a gordura é hipodensa, assim como a agua e o ar (mais ainda) A via biliar intrahepatica é de difícil visualização pela US, a não ser que esteja dilatada. Portanto, a USG é excelente método se paciente estivem em jejum adequado Se US de vias biliares normal, não há necessidade de TC. TC é indicada para analise tumores. A US, TC ou a RM raramente detectam doenças difusas do fígado em suas fases iniciais. Contraste de US contraste de microbolhas: avalia melhor a vascularização. No realce hepático por contraste, as lesões malignas tendem a contrastar antes pela neovascularização, mas também esvazia rápido. O hemangioma hepático contrasta de fora para dentro. Na US, se faz uma linha da veia cava superior para o centro da vesícula, separando o lobo D e E. Da para analisar veias hepáticas e ramos da porta Na TC, as calcificações (ossos), sangue agudo e o contraste são hiperdensos. Dá para analisar corpo vertebral, aorta, VCI, veias hepáticas e porta. Anatomia O parênquima hepático possui 40 a 70 UH, mais que o baço. Na RM é isointenso em T1 e os vasos hiperintensos em T2. O fígado possui irrigação dupla. 75% do sistema porta e 25% da artéria hepática. O fígado possui três lobos funcionais. O direito, dividido em anterior e posterior, o esquerdo, dividido em medial e lateral, e o lobo caudado. A veia hepática media divide o segmento anterior do medial. A veia hepática direita separa o anterior do posterior. A veia hepática esquerda separa o medial do lateral. O lobo caudado encontra-se posterior e separado do resto do fígado. Lobo caudado Segmento superior lateral esquerdo Segmento inferior lateral esquerdo Segmento medial esquerdo Segmento inferior anterior direito Segmento inferior posterior direito Segmento superior posterior direito Segmento superior anterior direito Veia hepática direita V, VI e VII Veia hepática média IV, V e VIII Veia hepática esquerda II e III Cirrose: Inflamação, regeneração e fibrose que leva a alteração da circulação hepática e colestase. O fígado apresenta contorno irregular, textura grosseira, superfície nodular, a fissura intra-hepática pode tornar-se proeminentes. A US da cirrose revela um fígado pequeno, com ecogenicidade aumentada. Na TC contrastada, as áreas de fibrose apresentam densidade semelhante a do parênquima. Na RM o fígado apresenta-se heterogêneo. Hepatite: Há intumescimento e edema dos hepatócitos. A hepatite crônica pode demonstrar padrão parenquimatoso ecogênico grosseiro na US. A TC e RM não são usada em paciente com hepatite aguda. - Hepatite A transmissão fecal oral - Diagnóstico radiológico: US bainhas periportais, faixas ecogênicas grossas e proeminentes circundando o porta hepático. Pode haver hepatomegalia e espessamento da vesícula. - Hepatite B transmissão sanguínea e contato sexual. - Hepatite C transmissão sanguínea. - Hepatite D necessita do vírus B para sua infectividade. - Hepatite E transmissão fecal oral - Na forma hepática fulminante o paciente evolui com icterícia, coagulopatias, encefalopatia hepática, necrose hepática. - Hepatite crônica: pode ter exame normal ou alterações discretas. Hemangioma - US: hiperecogênico - TC: hipodenso (sem contraste) Com contraste: impregnação centrípeta Fase de equilíbrio: mantem-se impregnado - RM: hipodenso em T1 e hiperdenso em T2 Adenoma Hepático - US: ecogenicidade variável - TC: baixa densidade (preto), realce interno após injeção de contraste, apresentam áreas de heterogenicidade resultante de hemorragia e necrose. - RM: hiperdenso em T1 e T2, acentuada queda do sinal da lesão na sequencia T1 fora de fase. Hiperplasia Nodular Focal - US: ecogenicidade variável - TC: iso ou hipoatenuante sem contraste Com contraste: impregnação rápida da fase arterial Clareamento rápido: portal/equilíbro Cicatriz central se impregna mais em fases tardias - RM: cicatriz hipointensa em T1 e hiperintensa em T2. Carcinoma Hepatocelular - US: hipoecogenico - TC: sem contraste: hipodenso Com contraste: realce na fase arterial e clareamento na portal - RM: hipossinal em T1 e hipersinal em T2 Pseudocápsula fibrosa na fase de equilíbrio Massa solitária, envolvimento multifocal e infiltração difusa Carcinoma fibrolamelar - US: hiperecogênica - TC: hipodenso, heterogêneo e com calcificações Realce ao contraste Cicatriz com baixa densidade - RM: tumor com hipossinal em T1 e hipersinal heterogêneo em T2 Cicatriz com hiposinal em T1 e T2 Metástases - Hipovasculares Fase arterial nódulos hipoatenuantes Fase portal realce heterogêneo ou anelar com contraste - Hipervasculares: Fase arterial realce anelar Fase portal nódulos hipoatenuantes
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