Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
CURSO DE DIREITO DOCENTE: ANA MARIA BLANCO MONTIEL ALVAREZ EDIÇÃO: RAFAEL LOURENÇO GONÇALVES ANO: 2015/1 TEORIA GERAL DO CONTRATO CURSO DE DIREITO - TEORIA GERAL DO CONTRATO – DOCENTE: ANA MARIA BLANCO MONTIEL ALVAREZ TEORIA GERAL DO CONTRATO NOÇÃO CONCEITUAL DE CONTRATO Contrato ≠ Instrumento Contratual ESTRUTURAL (do que é feito, qual sua natureza) Negócio Jurídico, Bilateral ou Plurilateral que se traduz em um acordo de vontades. FUNCIONAL (para que serve o contrato) Promover a circulação de riqueza. “Veste Jurídica, das operações econômicas) ENZO ROPPO NEGÓCIO JURÍDICO -> Quantidade de declarações de vontades externas. (Bilateral ou Plurilateral) CONTRATO CRITÉRIO OBRIGACIONAL NEGÓCIO JURÍDICO CRITÉRIO QUANTITATIVO UNILATERAL BILATERAL PLURILATERAL BILATERAL PLURILATERAL CURSO DE DIREITO - TEORIA GERAL DO CONTRATO – DOCENTE: ANA MARIA BLANCO MONTIEL ALVAREZ CONDIÇÕES DE VALIDADE DO CONTRATO PRINCÍPIOS DO DIREITO CONTRATUAL OBRIGAÇÃO COMO PROCESSO *PROPOSTA: Negócio Jurídico Unilateral – “Anúncio” *Art. 427 C.C – “Proposta e Contraproposta” ADIMPLEMENTO QUALIFICADO SATISFAÇÃO DO CREDOR EX IS TÊ N C IA • VONTADE V A LI D A D E •Art. 104 C.C • Verificar as hipoteses de NULIDADE (166 e 167 CC) e ANULIDADE (erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão, fraude contra credores). EF IC Á C IA • Efeitos gerados pelo negócio em relação às partes e em relação a terceiros. São elementos relacionados com a suspensão e resolução de direitos e deveres. PROPOSTA CONTATO CONTRA- PROPOSTA RECUSA DA CONTRA- PROPOSTA ACEITAÇÃO CONTRATO CURSO DE DIREITO - TEORIA GERAL DO CONTRATO – DOCENTE: ANA MARIA BLANCO MONTIEL ALVAREZ CONCEITOS a) DEVERES PRIMÁRIOS OU PRINCIPAL “Constituem o núcleo, a alma da relação obrigacional, tendo em vista o atingimento do seu fim. Por esta razão, são eles que definem o tipo de contrato, se a relação for obrigacional, sendo sempre os mesmos se for o mesmo tipo contratual.” b) DEVERERES SECUNDÁRIOS OU MERAMENTE ACESSÓRIOS Se destinam a preparar o cumprimento ou a assegurar a sua perfeita realização. c) DEVERERES SECUNDÁRIOS COM PRESTAÇÃO AUTÔNOMA SUCEDÂNEO É o dever que toma o lugar do dever principal diante da impossibilidade do cumprimento deste. Acaba assumindo a natureza indenizatória. d) DEVERERES SECUNDÁRIOS COM PRESTAÇÃO AUTÔNOMA COEXISTENTE É o dever que se impõe concomitantemente ao cumprimento do dever principal sempre que este não for cumprido no tempo, lugar e forma determinável. PRINCÍPIOS DO CONTRATO LIBERDADE FUNÇÃO SOCIAL DO CONTRATO CONFIANÇA BOA-FÉ FORÇA OBRIGATÓRIA DO CONTRATO RELATIVIDADE CONTRATUAL CURSO DE DIREITO - TEORIA GERAL DO CONTRATO – DOCENTE: ANA MARIA BLANCO MONTIEL ALVAREZ LIBERDADE PRECEITO FILOSÓFICO-POLÍTICO - (Art. 1, Inciso IV, CRFB) DIREITO FUNDAMENTAL – (Art. 5º - CRFB) LIVRE INICIATIVA ECONÔMICA – (Art. 170 - CRFB) AUTONOMIA PRIVADA “Possibilidade de autoderminação quanto aos efeitos jurídicos a serem experimentados.” LIBERDADE DE CONTRATAR (FACULDADE JURÍDICA) LIBERDADE CONTRATUAL (DECIDIR OS TERMOS DO CONTRATO) Art. 421 C.C AUTONOMIA PRIVADA Possibilidade de autoderminação quanto aos efeitos jurídicos a serem experimentados. LIBERDADE LIBERDADE DE CONTRATAR FUNÇÃO SOCIAL DO CONTRATO EM RAZÃO NOS LIMITES CURSO DE DIREITO - TEORIA GERAL DO CONTRATO – DOCENTE: ANA MARIA BLANCO MONTIEL ALVAREZ FUNÇÃO SOCIAL DO CONTRATO ART. 3º, I , CRFB -CONCRETIZAÇÃO DIRETRIZ SOLIDARIEDADE SOCIAL ART. 421 C.C – FUNDAMENTO PARA O EXERCÍCIO DA LIBERDADE. LIMITE EXTERNO PARA O EXERCÍCIO DA LIBERDADE. I. EFICÁCIA INTERSUBJETIVA (entre as partes contratantes) A. Contratos que instrumentalizam a propriedade dos bens de produção: percepção subjetiva da parte contratante como Poder-Dever-Pauta a conduta das partes para a utilização dos bens em razão de sua distinção. Ex.: S/A. B. Contratos que instrumentalizam necessidades essências da pessoa humana ou político-publicas – Relacionam-se com a projeção social que o bem negociado alcança. C. Contratos Comunitários: A comunidade subjacente ao contrato demanda a estrita consideração do interesse comum. Tais contratos têm subjacentemente interesse comum, dada a racionalidade econômico-social do contrato. Ex.: Seguro, Previdência Privada, Etc. II. EFICÁCIA TRANSUBJETIVA A. Tutela externa do crédito: Trata-se da eficácia da Função Social do Contrato que impõe a terceiros, deveres negativos, isto é, de não interferência na esfera contratual alheia, ou mais amplamente impondo tanto a consideração da eficácia contratual na esfera jurídica de terceiros determinados, quanto a consideração por terceiros do contrato já existente. B. Contratos com interdependência funcional: Neste caso a Função Social do Contrato assume especial relevância sempre que houver unidade finalística entre contratos distintos, os quais se encadeiam em buscar um resultado comum e final. Verifica-se a chamada supra contratualidade, que se revela no fato de que os contratos autônomos jurídica e economicamente, são meros instrumentos em vista do resultado final perseguido. CURSO DE DIREITO - TEORIA GERAL DO CONTRATO – DOCENTE: ANA MARIA BLANCO MONTIEL ALVAREZ C. Consideração da eficácia do contrato na esfera de terceiros não determinados e sobre bens de interesse. Lida com interesses difusos e coletivos ou individuais homogêneos e com bens de interesse da coletividade. Neste caso o contrato, embora beneficia as partes, veda interesses cuja titularidade é coletiva ou difusa, ou ainda individual/homogênea, podendo atingir também bens de interesse em comum. São exemplos da aplicação dessa eficácia a tutela da livre concorrência ou eventual limitação da liberdade contratual em razão de interesses ambientais. PERGUNTAS PARA VERIFICAR A INCIDÊNCIA DA FUNÇÃO SOCIAL DO CONTRATO I. EFICÁCIA INTERSUBJETIVA 1) O contrato diz respeito a propriedade sobre bens de produção? Caso positivo, a utilização dos bens está sendo feita de acordo com sua destinação? 2) O bem objeto do contrato diz respeito ao atendimento de necessidades humanas essenciais ou a implementação de políticas públicas? 3) O contrato é comunitário? II. EFICÁCIA TRANSUBJETIVA 1) Houve a interferência de terceiros sobre o contrato, prejudicando-o? 2) O contrato violado tem interdependência funcional em relação a outros contratos, em vista de uma finalidade supraconstitucional? 3) O contrato atinge de alguma forma a esfera de terceiros não-determinados e/ou bens de interesse comum? CONFIANÇA Titular as expectativas legitimas suscitadas numa parte pela outra CURSO DE DIREITO - TEORIA GERAL DO CONTRATO – DOCENTE: ANA MARIA BLANCO MONTIEL ALVAREZ BOA-FÉ BOA-FÉOBJETIVA E SUAS FUNÇÕES ART. 113 C.C -> Critério para interpretação do Negócio Jurídico. ART. 187 C.C -> Baliza para o exercício de direitos e posições jurídicas. ART. 422 C.C -> Fonte criadora de deveres jurídicos instrumentais. ATUAÇÃO DA BOA-FÉ OJJETIVA CONFORME ART. 187 C.C *Teoria dos atos próprios (Venire contra factum proprium) *Exceção do contrato não cumprido (exceptio non rite adimpleti contratos) *Adimplemento Substancial *Inadimplemento Antecipado da Obrigação *Suprécio -> impede a exigibilidade de uma pretensão se o titular permanecer inerte por longo tempo, de forma a criar na contraparte a legitima expectativa de que a mesma não será exercida. *Surrécio -> Trata-se de uma fazer prolongado que gera a expectativa legitima na contraparte de que certa situação persistirá. *TU QUOQUE -> Surpresa Contratual OBJETIVA SUBJETIVA CONDUTA PADRÃO DE ÉTICA, CORREÇÃO, HONESTIDADE, PROBIDADE, LEADADE E CONSIDERAÇÃO DOS INTERESSES DO PARCEIRO CONTRATUAL. CONVICÇÃO PSICOLÓGICA, E PESSOAL DE AGIR “DE BOA-FÉ”, NÃO CONTAMINANDO O DIREITO. CURSO DE DIREITO - TEORIA GERAL DO CONTRATO – DOCENTE: ANA MARIA BLANCO MONTIEL ALVAREZ ATUAÇÃO DA BOA-FÉ OBJETIVA COMO FONTE CRIADORA DE DEVERES JURÍDICOS INSTRUMENTAIS (Aet. 422) DEVER DE INFORMAÇÃO DEVER DE CUIDADO DEVER DE LEALDADE DEVER DE CONSIDERAÇÃO COM OS INTERESSES DO PARCEIRO CONTRATUAL DEVER DE EVITAR OU REDUZIR OS RISCOS DEVER DE NITIGAR O PRÓPRIO PREJUIZO DEVER DE ASSISTÊNCIA DEVER DE SIGILO, OMISSÃO OU SEGREDO DEVER DE ABSTENÇÃO DA CONDUTA QUE COLOQUE EM RISCO O PROGRAMA CONTRATUAL DEVER DE ZELO COM A PESSOA DO PARCEIRO CONTRATUAL E/OU SEU PATRIMÔNIO DEVERES INERENTES A FASE PÓS-CONTRATUAL RELATIVIDADE CONTRATUAL EXCEÇÕES À RELATIVIDADE CONTRATUAL CONTRATO EM FAVOR DE TERCEIRO CONTRATO COM PESSOA A DECLARAR CONTRATO COM PROMESSA DE FATO DE TERCEIRO AQUI TERMINA O CONTEÚDO QUE CAIRÁ NA PROVA DO GRAU A!
Compartilhar